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Astra Hilario Castomo

INTERACÇÕES ECOLÓGICAS

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2024
1

Astra Hilário Castomo

INTERACÇÕES ECOLÓGICAS

Licenciatura Em Geoprocessamento E Análise De Riscos

O presente trabalho é de carácter


avaliativo a ser entregue no
Departamento de geociência e na
o
cadeira de Ecologia 1º Ano, I
2

Semestre.Sob orientação de;


Dr: José Celestino Lyavila

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2024

Índic

Introdução...................................................................................................................................3

1. Interacções ecológicas............................................................................................................4

1.1. Relações harmónicas Intra-específicas............................................................................4

1.1.1. Sociedade..........................................................................................................................4

1.1.2. Colónia..............................................................................................................................5

1.2. Relações Desarmónicas Intra-específicas........................................................................5

1.2.1. Canibalismo..................................................................................................................5

1.3. Relações Harmónicas Interespecíficas.............................................................................5

1.3.1. Comensalismo..............................................................................................................5
3

1.3.2. Inquilinismo.................................................................................................................5

1.3.3. Mutualismo......................................................................................................................6

1.3.4. Simbiose............................................................................................................................6

1.3.5. Foresia..............................................................................................................................6

1.4. Relações Desarmónicas Interespecíficas.............................................................................6

1.4.1. Predatismo........................................................................................................................6

1.4.2. Parasitismo........................................................................................................................6

1.4.3. Esclavagismo....................................................................................................................7

1.4.4. Amensalismo....................................................................................................................7

1.5. Relações Desarmónicas Intra-específicas e Interespecíficas...............................................7

1.5.1. Competição.......................................................................................................................7

Conclusão....................................................................................................................................8

Referências bibliográficas...........................................................................................................9

Introdução
O presente trabalho que tem como tema interacções ecológicas, pretendemos revirar as
comunidades bióticas que encontram-se várias formas de interacções entre os seres vivos que
as formam. Essas interacções se diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos
vivos mantêm entre si. Algumas dessas interacções; se caracterizam pelo benefício mútuo de
ambos os seres vivos, ou de apenas um deles, sem o prejuízo do outro. Essas relações são
denominadas harmónicas ou positivas. Outras formas de interacções; caracterizadas pelo
prejuízo de um de seus participantes em benefício do outro. Esses tipos de relações recebem o
nome de desarmónicas ou negativas.

As interacções ecológicas são divididas, sendo que, lhes trazem benefícios (harmónicas) ou
prejuízos (desarmónicas) e tanto podem ser entre indivíduos da mesma espécie (relações
intra-específicas), quanto de espécies distintas (relações interespecíficas).
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Objectivos
Geral:
 Compreender as interacções ecológicas.

Específicos:
 Mencionar as interacções intra-específicas e interespecíficas;
 Identificar as relações harmónicas e desarmónicas;
 Mostrar as similitudes desarmónica da competição.

A metodologia usada para elaboração do trabalho, foi necessário auxílio de obras científicas
que abordam o tema em destaque, sendo elas físicas e electrónicas. A estrutura deste trabalho
obedece as normas em vigor na Universidade Rovuma.

1. Interacções ecológicas
A Ecologia é o ramo da ciência que estuda as relações mútuas que os seres vivos estabelecem
entre si e com o ambiente físico. Esse objecto de estudo, baseado nas interacções que ocorrem
no mundo natural.

Segundo Raven, Evert e Eichhorn (2001);


[...] a interacção é um tema central no campo da Ecologia. Nenhum organismo vivo
na comunidade, seja ela uma área de bosque, uma pastagem, uma lagoa ou um recife
de coral, existe isoladamente. Cada organismo participa de certo número de
interacções, tanto com outros organismos quanto com os componentes inertes do
ambiente, (p.742)

O entendimento dos diferentes fenómenos que englobam essas relações e interacções entre
seres vivos (incluindo o homem) e os componentes abióticos é amplamente discutido à luz de
teorias ecológicas. O ambiente é alterado, físico e quimicamente, pela maneira como os
indivíduos realizam suas actividades. (Begon et al, 2007, p. 223).
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As relações ecológicas se particularizam pela forma de interacção que os seres vivos mantêm
entre si sendo categorizadas de acordo com os benefícios e/ou prejuízos que trazem aos
organismos. Dessa forma, podem ser divididas em dois grupos: harmónicas ou positivas e
desarmónicas e ou negativas.

Nas relações harmónicas há benefício mútuo entre os grupos de espécies envolvidos,


ou benefício para um dos organismos, sem prejuízo para o outro. Já as relações
desarmónicas ou negativas são aquelas nas quais há prejuízo para algum dos grupos
de espécies envolvidos, com benefício do outro (Machado, 2003, p. 484).

Tanto as relações harmónicas como as desarmónicas podem ocorrer entre indivíduos da


mesma espécie e indivíduos de espécies diferentes. Quando as interacções ocorrem entre
organismos da mesma espécie, são denominadas relações intra-específicas ou homotípicas.
Quando as relações acontecem entre organismos de espécies diferentes, recebem o nome de
interespecíficas ou heterotróficas.

1.1. Relações harmónicas Intere-específicas


As relações intra-específicas harmónicas ocorrem as colónias e sociedades onde indivíduos da
mesma espécie, mantêm-se anatomicamente separados, cooperam entre si por meio de divisão
de trabalho como por exemplo: as abelhas, cupins, formigas (UBESCO, 2012).
1.1.1. Sociedade
É um tipo de relação entre indivíduos da mesma espécie, sem união física, porém
caracterizada pela divisão de trabalho. As sociedades das abelhas, das formigas e dos cupins
são bons exemplos deste tipo de relação. (Cerqueirra &Ferreira, 2017).

As sociedades são associações entre indivíduos da mesma espécie, organizados de um modo


cooperativo e não ligados anatomicamente. Os indivíduos componentes de uma sociedade se
mantêm unidos graças aos estímulos recíprocos. Ex. Alcateia, cardume, manada de búfalos,
homem, térmitas (cupins), formigas, abelhas.

1.1.2. Colónia
indivíduos associados anatomicamente. Exemplos: Com divisão de trabalho caravela (colónia
de acnidários ou celenterados); sem divisão de trabalho agrupamento de bactérias. (Cerqueirra
&Ferreira, 2017).

No entanto, “nas relações intra-específicas são apresentadas as formigas saúvas, conhecidas


por prejudicar as lavouras, e as caravelas, presentes no litoral nordeste, exemplificando
Sociedade e Colônia, respectivamente. (Paulino, 2005, p. 237).
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1.2. Relações Desarmónicas Intra-específicas


1.2.1. Canibalismo
Neste tipo de relação, o indivíduo alimenta-se outro da mesma espécie, tratando-se de uma
relação desarmónica. O canibalismo ocorre, por exemplo entre filhote de tubarões de algumas
espécies, como tubarão-cinza. Enquanto estão útero.

1.3. Relações Harmónicas Interespecíficas


1.3.1. Comensalismo
Comensalismo é a interacção na qual uma população é beneficiada, enquanto a outra não é
afectada, não ganhando e tão pouco perdendo com a interacção.

Quando o termo “comensal” é utilizado num sentido mais amplo refere-se a interacções em
que o ganho não é o acesso directo aos alimentos fornecidos pelo hospedeiro, mais sim, uma
combinação de transporte, apoio ou abrigo (Odum e Barrett, 2007).
[...] tradicionalmente, o termo comensalismo foi utilizado para designar relações
alimentares em que uma espécie se beneficiava dos restos alimentares da outra. No
entanto, a tendência actual é estender o conceito para qualquer tipo de relação,
alimentar ou não, em que uma das espécies se beneficia sem prejudicar a outra (Silva
Júnior e Sasson, 2005, p. 382).

1.3.2. Inquilinismo
Inquilinismo é uma relação na qual “uma espécie vive dentro da galeria, ninho ou outro
domicílio da outra, sem prejudicar o hospedeiro” (Aciesp, 1997, p. 148).

Porém, por ser uma interacção positiva para uma espécie e neutra para a outra envolvida na
relação, é então também considerada Comensalismo.

1.3.3. Mutualismo
Mutualismo é a interacção obrigatória ou facultativa entre duas espécies com benefício mútuo
de trocas directas de bens ou serviços, (Raven e Johnson, 2002).

O Mutualismo tem maior probabilidade de se desenvolver entre organismos com diferenças


de necessidades, pois se estas forem similares provavelmente estarão envolvidos na interacção
de Competição (Odum e Barrett, 2007).

Morin (1999) dividiu o Mutualismo em quatro categorias básicas de acordo com suas funções,
são estas: associações energéticas, nutricionais, de protecção e de transporte.

1.3.4. Simbiose
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O termo Simbiose foi definido pelo micologista alemão Anton De Bary (1879) como sendo
diferentes espécies que vivem juntas com, pelo menos, uma espécie sendo beneficiada (Schiff
e Lyman, 1982 apud Margulis e Fester, 1991)
Deste modo, em uma definição mais detalhada podemos dizer que simbiose é o viver
junto de duas diferentes espécies, sendo que esta poderia ser uma relação mutuamente
benéfica, prejudicial ou neutra para um dos parceiros no que diz respeito ao balanço
da relação (Bewer, 1994, p.43)

1.3.5. Foresia
É associação entre indivíduos de espécie diferentes em que se utiliza de outro para transporte
sem prejudica-lo. Como por exemplo temos a remola ou peixe-piolho no tubarão ou ate
mesmo, transporte de semente por pássaro e insecto.

1.4. Relações Desarmónicas Interespecíficas


1.4.1. Predatismo
Paulino (2005), salienta que, na interacção Predatismo:
[...] embora prejudicial à presa em termos de indivíduo, torna-se benéfico em termos
de espécie. De fato, os predadores evitam que as presas entrem em superpopulação,
fato que pode levá-las à morte pela fome, de forma mais significativa do que a própria
acção predadora. Além disso, os predadores exercem uma acção selectiva, já que as
presas capturadas são, muitas vezes, aquelas que apresentam menor capacidade de
fuga em virtude de estados de doença, velhice e outros factores. (p. 206).

1.4.2. Parasitismo
É uma relação ecológica entre indivíduos de espécies diferentes, onde uma espécie é
beneficiada (o parasita) e a outra é prejudicada (o hospedeiro).

Na interacção Parasitismo são citadas inúmeras adaptações dos parasitas para sua
sobrevivência no hospedeiro:
[...] como órgãos de fixação (ventosas e espinhos) e grande capacidade de reprodução,
o que compensa a alta mortalidade, principalmente quando o parasita passa do corpo
de um hospedeiro para o de outro. Muitos parasitas são hermafroditas ou se
reproduzem assexuadamente, o que também contribui para o sucesso reprodutivo, pois
muitas vezes é difícil o encontro de dois parceiros sexuais. Em geral, as características
que não conferem nenhuma vantagem ao parasita estão atrofiadas. (Linhares e
Gewasdsznajder, 2007, p. 483).

1.4.3. Esclavagismo
Esta “ocorre em algumas espécies de formiga, como a formiga-sanguinária. Elas atacam
outras espécies de formigas e capturam suas larvas e pupas, Depois que crescem, as formigas
capturadas passam a trabalhar como operárias, procurando comida para alimentar as
formigas-sanguinárias” (Linhares e Gewasdsznajder, 2007, p. 482).
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1.4.4. Amensalismo
Segundo ACIESP (1997), Amensalismo é a interacção na qual uma população é inibida ou
prejudicada, enquanto a outra não é afectada, não ganhando nada em troca, nem sofrendo
nada (-/0).

Já Bewer (1994), o define seguindo a classificação de Haskell (1949) como uma interacção na
qual um organismo prejudica outros como um produto de suas actividades, sem se beneficiar
disso, estando o organismo potencialmente afectado presente ou não.

1.5. Relações Desarmónicas Intra-específicas e Interespecíficas


1.5.1. Competição
relação em que organismos da mesma espécie (intra-específicas) ou de espécies diferentes
(interespecíficas) disputam por recursos do meio que não existem em quantidades suficientes
para todos (alimento, território). (Cerqueirra &Ferreira, 2017).

Laurence (2006), caracterizando uma interacção de Competição, sendo negativa para a


espécie concorrente que não consegue se estabelecer e positiva para a espécie que produz a
substância que não terá concorrentes próximos. No mesmo subitem, a Competição
interespecífica é definida como:
[...] duas populações devem se estabelecer em uma comunidade quando o nicho
ecológico dessas duas populações é o mesmo ou muito semelhante. A semelhança ou
igualdade de nicho ecológico significa que ambos disputam os mesmos recursos do
meio. Caso esses recursos não sejam suficientes para a manutenção das populações,
elas entram em competição (Laurence, 2006, p. 87).

Conclusão
Chegado ao fim do nosso trabalho que versava de interacções ecológicas, dentro desse tema
averiguamos que, as relações ecológicas podem ser divididas em duas categorias: relações
interespecíficas que ocorrem em diferentes espécies e relações intra-específicas ocorre dentro
da mesma espécie, As relações interespecíficas têm como exemplo: Sociedade e um tipo de
relação de indivíduos da mesma espécie, sem união físico e é caracterizado pela divisão do
trabalho no caso das abelhas.

Enquanto, que nas relações intra-específicas temos como exemplo dos mosquitos saem
beneficiados por alimentarem se de sangue e acabam prejudicando a saúde humana. Nesse
caso as relações interespecífica tanto como intra-específicas são importantes param o
desenvolvimento do ecossistema.
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Portanto, as interacções podem ser do tipo consumidor recurso, como as relações entre
predador e presa, entre herbívoro e planta e entre parasita e hospedeiro. Os consumidores
podem ser chamados de predador, parasita, parasitóide, herbívoro e detritívoro.

Referências bibliográficas
ACIESP. (1997). Glossário de Ecologia. Ed. 2ª .São Paulo.

Begon M, Townsend CR E Harper JL. (2007) Ecologia – De Indivíduos a Ecossistemas. 4ªed.


Tradução: Adriano Sanches. Porto Alegre: Artmed. 225-468p

Bewer R. (1994).The Science of Ecology. Florida: Harcourt Brace College Publishers.

Cerqueira, L.L. M; Ferreira, L. A. D . (2017). Biodiversidade E Interações Ecológicas.


UFMT.

Laurence, J. (2006). Biologia. São Paulo: Nova Geração.

Linhares S e Gewasdsznajder F.(2007). Biologia. São Paulo: Editora Ática


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Machado, S. (2003). Biologia, de Olho no Mundo do Trabalho. São Paulo: Scipione.

Margulis L e Fester R. (1991). Symbiosis as a Source of Evolutionary Innovation: Speciation


and Morphogenesis. Boston: MIT Press.

Morin PJ. (1999).Community Ecology. New Jersey: Blackwell Science.

Odum EP e Barrett GW. (2007). Fundamentos de Ecologia. 5ªed. Tradução: Pégasus Sistemas
e Soluções. São Paulo: Thomson Learning,.

Paulino WR. (2005). Biologia. São Paulo: Editora Ática.

Raven, P. H.; Evert, R. F.; Eichhorn, S. E.( 2001). Biologia Vegetal. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan S.A.

Silva Junior C e Sasson S. (2005). Biologia. São Paulo: Editora Saraiva,. Ed. 7ª. vol. 3.

URBESCO, João Martins, João Manoel, Herik Martin Velloso; Luiz Carlos Ferrer .(2012).
Companhia das Ciências. 2. ed. São Paulo: Saraiva.

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