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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CURSO DE ENGENHARIA AGRO-PECUÁRIA
DISCIPLINA: ECOLOGIA
Tema: Relações ecológicas

Discentes: Docente:
Ismalgy Eugénio Engº. Meque Tivane Samuel

Ulóngué, Março de 2024


Índice
1. Introdução......................................................................................................................1

2. Objectivos......................................................................................................................2

2.1 Objectivo Geral...........................................................................................................2

2.2 Objectivos Específicos................................................................................................2

3. Metodologia...................................................................................................................2

3.1. Materiais.....................................................................................................................2

3.2. Métodos......................................................................................................................2

4. Revisão Bibliográfica....................................................................................................3

4.1. Relações ecológicas....................................................................................................3

4.1.1. Conceito...................................................................................................................3

4.2. Tipos de Relações ecológicas.....................................................................................3

4.2.1.1. Sociedade..............................................................................................................4

4.2.1.2. Colônia.................................................................................................................4

4.2.2. Relações intraespecíficas desarmônica....................................................................4

4.2.2.1. Competição...........................................................................................................4

4.2.2.2. Canibalismo..........................................................................................................5

4.2.3. Relações interespecíficas harmônicas.....................................................................6

4.2.3.1. Mutualismo...........................................................................................................6

4.2.3.2. Comensalismo......................................................................................................7

4.2.3.3. Inquilinismo ou Epifitismo...................................................................................7

4.2.3.4. Simbiose...............................................................................................................7

4.2.4. Relações interespecíficas desarmônicas..................................................................8

4.2.4.1. Amensalismo........................................................................................................8

4.2.4.2. Herbivoria.............................................................................................................8

4.2.4.3. Predação...............................................................................................................8

4.2.4.4. Parasitismo...........................................................................................................9
4.2.4.5. Competição interespecífica..................................................................................9

5. Conclusão....................................................................................................................10

6. Referências Bibliográficas...........................................................................................11
1. Introdução

Conforme LOPES & ROSSO (2016) referem que nenhum organismo encontra-
se sozinho no ambiente. Assim, os organismos de diferentes espécies e até mesmo de
uma mesma espécie convivem e interagem uns com os outros. Logo, nos estudos de
Ecologia estão inclusos os estudos das relações entre os seres vivos de uma
comunidade.

As relações ecológicas ocorrem dentro de uma mesma população,


(intraespecífica), e entre populações diferentes, (interespecífica). Essas relações
estabelecem-se na busca por alimento, água, espaço, abrigo, luz ou parceiros para
reprodução, (ARAGUAIA 2017). Existem muitos tipos de interacções entre as
diferentes espécies, duas ou mais populações podem se afectar (ou não) mutuamente de
maneira benéfica, (relações harmônicas) neutra, ou adversa (relações desarmônicas)
(HANASAKI et al, 2013 p 33), existem centenas de milhares de espécies catalogadas
em nosso planeta e ainda muito mais para descobrir, todas interligadas, mantendo algum
tipo de interacção, algumas efémeras e outras imprescindíveis para a sobrevivência sem
a qual as espécies relacionadas não sobreviveriam, a maioria destas interacções são do
tipo consumidor-recurso constituindo a relação mais fundamental entre as espécies,
formando uma cadeia trófica concisa e complexa (RICKLEFS, 2003, p 256).

Desta forma o preste visa abordar a relações ecológicas destacando os tipos de


relações ecológicas existentes no ecossistema.

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2. Objectivos

2.1 Objectivo Geral

 Fazer revisão bibliográfica sobre relações ecológicas.

2.2 Objectivos Específicos

 Conceituar a relações ecológicas.


 Identificar os tipos de relações ecológicas.
 Descrever os tipos de relações ecológicas.

3. Metodologia

3.1. Materiais

Para elaboração do presente trabalho de modo que os objectivos específicos descrito


acima sejam concretizados usou ̵ se os seguintes materiais:

 Folhas A4;
 Caneta;
 Computador;
 Caderno;
 Manuais em formato electrónico.

3.2. Métodos

De modo a concretização do presente trabalho de acordo com os objectivos


recorreu se algumas referências bibliográficas encontradas em formato electrónico, que
serviu como fonte de informações param compilação e conclusão do próprio trabalho
que foi compilado por meio de um computador.

O trabalho foi realizado em três divisões, em que a primeira, foi de baixar


informações, a segunda, foi de compilação de informações necessárias para a realização
do trabalho. Uso de folhas A4 para descrição de informações importantes adquirida. Na
terceira fase foi de digitação das informações compiladas recolhidas, e no fim fez-se a
impressão do mesmo em formato físico.

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4. Revisão Bibliográfica

4.1. Relações ecológicas

4.1.1. Conceito

Segundo ELTON (1998) diz que relações ecológicas são as interacções que
ocorrem entre os seres vivos. Essas relações podem ocorrer entre indivíduos de uma
mesma espécie ou de espécies diferentes.

De acordo com BEDUKA (2019) as relações ecológicas são as interacções que


os organismos têm entre si, seja para cooperar ou prejudicar uns aos outros. Nenhum ser
vivo consegue viver completamente sozinho, ele sempre irá interagir com outros, de
forma positiva, negativa ou neutra.

Por sua LOPES & ROSSO (2016) referem que as relações ou interacções
ecológicas são os efeitos que os organismos em uma comunidade têm um sobre o outro.
No mundo natural, nenhum organismo existe em absoluto isolamento e, portanto, cada
organismo deve interagir com o meio ambiente e outros organismos.

4.2. Tipos de Relações ecológicas

Segundo ARAGUAIA (2017), as relações ecológicas são interacções que ocorrem


entre os seres vivos. Elas podem ser classificadas da seguinte formas:

 Relações Intraespecíficas: são aquelas que ocorrem entre indivíduos da mesma


espécie.
 Relações Interespecíficas: ocorrem entre indivíduos de espécies diferentes.

Além dessa classificação, as relações ecológicas podem ser tidas como


harmónicas ou desarmónicas.

 Relações harmónicas: quando traz benefícios a todos os envolvidos, ou traz


benefício a um, mas sem causar prejuízo ao outro organismo envolvido na
relação; é também conhecida como positiva.
 Relações desarmónicas: quando causa algum prejuízo para algum dos
envolvidos; é também conhecida como negativa.

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4.2.1. Relações intraespecíficas harmónicas

4.2.1.1. Sociedade

Nesse tipo de relação, os indivíduos de uma mesma espécie vivem juntos, sem
união física, e apresentam uma divisão de trabalhos entre eles. Tal tipo traz benefícios a
todos os envolvidos, sendo classificado como relação harmônica. São exemplos
as sociedades das formigas, abelhas e cupins (ARAGUAIA, 2017).

As abelhas e formigas, diferenciam-se em rainha que realiza a postura, zangão


com funções reprodutivas e as obreiras (ou operárias) com outras funções, mas cada
indivíduo pode sobreviver separadamente. Por isso, estas espécies são chamadas
eusociais, ou seja, formam uma sociedade e não uma colônia (MOREIRA, 2009).

4.2.1.2. Colônia

Nesse tipo de relação, os indivíduos de uma mesma espécie vivem juntos, no


entanto, podem apresentar ou não divisão de trabalho. Tal tipo traz benefícios a todos os
envolvidos, sendo classificado também como relação harmônica. São exemplos
caravelas (há divisão de trabalho) e colônia de bactérias (não há divisão de trabalho)
(LOPES & ROSSO, 2016).

4.2.2. Relações intraespecíficas desarmônica

4.2.2.1. Competição

A competição sempre será uma relação desarmônica quer seja intra ou


interespecífica, a competição pode existir por disputa de recursos, isto é, água, luz,
alimentos entre outros (competição exploratória) ou por disputa de território ou
parceiros para reprodução (competição por interferência). Esaa competição pode ser
exploratória e por interferência.

Na competição exploratória os indivíduos não interagem entre si directamente


mas acabam esgotando os recursos disponíveis mutuamente, isso acaba sendo um factor
limitante, há uma competição por alimento, mas um indivíduo não é directamente
afectado pelos outros como é o caso dos gafanhotos (Chorthippus spp.) em cuja
população é afectada pelo esgotamento dos recursos caso este seja limitado e não por
“lutarem” entre si.

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Diferentemente do que acontece na competição por interferência onde os
espécimes literalmente lutam entre si pela posse de um território bem como seus
recursos, ou para acasalar, aqui temos um uma interacção directa entre os indivíduos
como é o caso dos felinos das savanas ou os servos nos campos. Independentemente de
como ocorre a competição, sempre haverá um efeito sobre as taxas de sobrevivência,
crescimento e reprodução dos indivíduos; sendo assim uma relação unilateral (HADEL,
2008).

4.2.2.2. Canibalismo

Nesse tipo de relação, um indivíduo alimenta-se de outro da mesma espécie,


assim, trata-se de uma relação desarmónica. O canibalismo ocorre, por exemplo o caso
do rato almiscarado, (Ondatra zibethicus), eles vivem em grupos familiares sua casa
pode ser uma toca ou um buraco nas margens do rio, também podem viver em bancos
de lodo ou em plantas nas águas rasas. A fêmea do ratoalmiscarado pode dar à luz
várias ninhadas em um ano. Quando a população aumenta a ponto de faltar lugar para a
construção de ninhos. Os ratos machos matam e se alimentam de fêmeas e filhotes
indefesos (ENCICLOPÉDIA ESCOLAR BRITANNICA, 2017).

Algumas vezes essa relação também acontece no momento ou após a


fecundação, essa modalidade de canibalismo é chamada de canibalismo sexual e os
exemplos mais famosos estão entre os insectos da família Mantoideae como o Louva-a-
deus, neste grupo de insectos o canibalismo é muito comum, principalmente no que
tange o processo reprodutivo. É hábito comum as fêmeas devorarem os machos durante
ou logo após a cópula (BEGON et al., 2006 apud LAURENO, 2017).

Ainda há a modalidade de Canibalismo intra-uterino que acontece em algumas


espécies de tubarões como o Tubarão-cabeça-chata (Carcharhinus leucas), Tubarão
Mako (Isurus oxyrhynchus) entre outros, onde os embriões desenvolvidos vão se
alimentar de alguns outros que permanecem no útero da mãe, ou seja, os embriões mais
fortes devoram os mais fracos, além dos ovos não fecundados (SCHMIDT-NIELSEN,
2002).

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4.2.3. Relações interespecíficas harmônicas

As relações entre diferentes espécies podem ser: mutualismo, inquilinismo e


comensalismo, sendo essas relações harmônicas e amensalismo, predação, parasitismo e
competição, relações desarmônicas.

4.2.3.1. Mutualismo

O mutualismo são relações que beneficiam ambas as partes. Nós podemos ter
mutualismo de tipo: trófico, defensivo ou dispersivo.

No mutualismo trófico, cada parceiro é especializado para proporcionar um


nutriente limitante diferente. São exemplos de mutualismo tróficos os liquens, e as
micorrizas, e bactérias Rhizobium que forma nódulos radiculares fixadoras de
nitrogênio. Nesses casos, cada um dos parceiros da relação supre um nutriente limitante
ou recurso energético que o outro não pode obter por si próprio. A Rhizobium pode
assimilar nitrogênio molecular (N2 ) do solo – uma característica útil em solos pobres
em nitrogênio, mas precisa de carboidratos supridos por uma planta para a energia que
precisa para fazer isso. As bactérias nos rumens das vacas e outros ungulados podem
digerir celulose das fibras vegetais, as quais as enzimas digestivas da própria vaca não
podem fazer (AMABIS & MARTHO, 2015).

O mutualismo defensivo envolve espécies que recebem alimento ou abrigo de


seus parceiros em troca de defendê-los contra herbívoros, predadores ou parasitas. Por
exemplo, em alguns ecossistemas marinhos, peixes e camarões especializados limpam
os parasitas da pele e das guelras de outras espécies de peixes. Estes limpadores se
beneficiam do valor alimentar do parasita que eles removem, e os peixes tratados ficam
livres da carga de alguns parasitas. Algumas formigas protegem as plantas de acácias
dos herbívoros e são “recompensadas” com alimento e lugares de ninho (AMABIS &
MARTHO, 2015).

O mutualismo dispersivo geralmente envolve animais que transportam o pólen


entre flores em troca de recompensas, como néctar, ou aqueles que comem frutas
nutricionais e dispersam as sementes que elas contêm em habitats adequados. O
mutualismo de dispersão de sementes não é normalmente especializado: por exemplo,
uma única espécie de ave pode comer muitos tipos de frutos, e cada tipo de fruto pode
ser comido por muitos tios de animais. As relações planta-polinizador tendem a ser mais
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restritivas, porque é de interesse da planta que um visitante da flor carregue seu pólen
para outra planta da mesma espécie (AMABIS & MARTHO, 2015)..

4.2.3.2. Comensalismo

Chamamos de comensalismo a interacção em que uma população se beneficia


enquanto a outra não recebe nenhum efeito, A espécie que obtém ganhos é denominada
como comensal, e seus ganhos, como o nome da relação sugere, estão relacionados à
aquisição de alimento ou de locomoção (AMABIS & MARTHO, 2015). Vários são os
exemplos de comensalismos existentes tais como Anêmonas-do-mar (Actinaria spp) e
peixe-palhaço (Amphiprion spp): o peixe-palhaço é a espécie comensal e para se
proteger, costuma se esconder nos tentáculos das anêmonas e, eventualmente, aproveita-
se de restos de alimentos deixados por elas; o tubarão e o peixe rêmora, preso em seu
ventre através de uma ventosa (semelhante a um disco adesivo). Enquanto o tubarão
encontra uma presa, estraçalhando-a e devorando-a, a rêmora aguarda pacientemente,
limitando-se a comer apenas o que o grande tubarão não quis (SCHMIDTNIELSEN,
2002).

4.2.3.3. Inquilinismo ou Epifitismo

É uma outra forma especifica de comensalismo já que que apenas uma das partes
obtém benefício, sem prejuízo da outra. Se trata de uma associação que acaba ocorrendo
como mecanismo de proteção, vivendo uma espécie (inquilina) sobre a superfície ou no
interior da outra (hospedeira). Esse termo é normalmente empregado para associações
de espécies vegetais, contudo também aplicável a organismos animais (CONSTATINO,
2017 apud LAURENO, 2017).

4.2.3.4. Simbiose

Existe uma relação ainda mais intrínseca, que se refere aos indivíduos de
espécies diferentes que vivem em relação íntima, então quando ocorre uma associação
física entre organismos mutualistas nós chamamos isso de simbiose, temos exemplos
frequentemente citados como As algas e os fungos formando os líquens, as bactérias no
intestino dos cupins que ajudam a digerir a celulose e ainda as bactérias no intestino dos
pássaros guia-de-mel como o Indicador (Prodotiscus regulus) que ajudam a digerir a
cera das colmeias das abelhas. Simbioses ocorrem em toda parte do mundo vivo, e os

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humanos não são exceção, os humanos têm bactérias benéficas nos intestinos que os
ajudam a digerir e a assimilar nutrientes (FILHO, 2010 apud LAURENO, 2017).

4.2.4. Relações interespecíficas desarmônicas

4.2.4.1. Amensalismo

O amensalismo é a modalidade de relação em que uma espécie inibe o


crescimento de outra, sem ser beneficiada. Essa interacção também pode ser chamada
de antibiose. Frequentemente, isso ocorre pela liberação de substâncias químicas no
meio. O exemplo mais notável ocorre nas chamadas “marés vermelhas”. Nesse caso, a
proliferação excessiva de certas algas dinofíceas (filo Pirroficeas) resulta na liberação
de toxinas que acarretam a morte de crustáceos, moluscos e peixes, sendo prejudiciais
até mesmo ao homem. Outro exemplo são de fungos que secretam antibióticos,
impedindo a multiplicação de bactérias (LOPES & ROSSO, 2016).

4.2.4.2. Herbivoria

É uma interação em que partes de uma planta viva servem de alimento para um
animal, sendo assim uma relação desarmônica já que a planta é prejudicada enquanto o
animal se beneficia. Para Odum (1988) apud Laureno (2017), a herbivoria é análoga a
predação e o parasitismo, segundo o autor, dependendo da parte da planta que é
consumida pelos herbívoros, eles podem agir tanto como predadores quanto como
parasitas.

Do ponto de vista das relações consumidor/recurso, os herbívoros funcionam


como predadores quando consomem plantas inteiras ou como parasitas quando
consomem tecidos vivos sem matar suas vítimas. Peroni & Hernandes (2011) apud
Laureno (2017) afirmam que a herbivoria, ou pastejo, em alguns casos pode promover
um aumento da riqueza de espécies em áreas utilizadas por pastadores, este processo é
também chamado de coexistência mediada pelo consumidor.

4.2.4.3. Predação

Um predador pode ser definido como um organismo que consome todo ou parte
de outro organismo (sua presa), beneficiando, dessa forma, a si mesmo, porém,
afectando negativamente a presa, reduzindo seu crescimento, sua fecundidade e em

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muitos casos sua sobrevivência. Um exemplo de predação pode ser observado em leões
que se alimentam de animais como a zebra (LOPES & ROSSO, 2016).

Do ponto de vista ecológico a predação acaba sendo um mecanismo que regula a


densidade populacional de presas e predadores (WIEDENMANN et al., 1996;
LEGASPI & LEGASPI, 1998, apud VIVAN, 2002), existem diversas situações nas
quais a predação pode manter as densidades populacionais de suas presas sob níveis
baixos, de tal forma que os recursos não sejam limitantes e os indivíduos não compitam
por eles. Nestes casos, ao reduzirem a densidade populacional de espécies com alta
capacidade de competição, os predadores evitam a exclusão competitiva e promovem a
coexistência de espécies na comunidade (PERONI; HERNANDEZ, 2011).

4.2.4.4. Parasitismo

O parasitismo ocorre quando uma espécie (o parasita) se alimenta de parte de


outro organismo (o hospedeiro), ao viver sobre ou dentro de um hospedeiro. O
parasitismo pode ser visto como uma forma especial de predação, mas, de forma oposta
ao predador convencional, um parasita, em geral, é muito menor que seu hospedeiro
(presa) e raramente o mata. Além, disso a maior parte dos parasitas permanece
associada ao seu hospedeiro de forma íntima, obtendo dele nutrientes e enfraquecendo-
o, prejudicando crescimento e desenvolvimento gradualmente ao longo do tempo.

Os parasitas podem ser classificados em: ectoparasitas, que parasita o lado


externo do corpo do hospedeiro, como, por exemplo, carrapatos, pulgas, piolhos;
endoparasitas que vivem internamente no corpo do hospedeiro, como, vermes, tênias,
microrganismos (LOPES & ROSSO, 2016)..

4.2.4.5. Competição interespecífica

A competição interespecífica ocorre quando duas populações de espécies


diferentes, em uma mesma comunidade, apresentam nichos ecológicos semelhantes,
fazendo com que haja um mecanismo de disputa pelo recurso quando este não é
suficiente para as duas populações (LOPES & ROSSO, 2016).

Na competição interespecífica, os indivíduos de uma espécie sofrem redução na


fecundidade, no crescimento ou na sobrevivência, como consequência da exploração de
recursos ou interferência de outra espécie, por exemplo, em competições entre animais

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que disputam território ou plantas que eliminam directamente compostos químicos no
solo para prejudicar o crescimento das competidoras (alelopatia). Um exemplo é a
competição entre plantas de espécies diferentes, em uma floresta densa, pela
disponibilidade luminosa (LOPES & ROSSO, 2016)..

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5. Conclusão

As relações ecológicas referem-se às interacções entre organismos em um


determinado ambiente ecológico. Elas são fundamentais para a compreensão da
dinâmica dos ecossistemas e para a manutenção do equilíbrio ecológico. Essas
interacções podem ocorrer entre organismos da mesma espécie (intraespecíficas) ou
entre organismos de espécies diferentes (interespecíficas), e podem ser classificadas
como harmônicas (benéficas para pelo menos uma das partes envolvidas) ou
desarmônicas (prejudiciais para pelo menos uma das partes envolvidas).

As relações ecológicas desempenham um papel crucial na estrutura e na


dinâmica dos ecossistemas. Elas influenciam a distribuição geográfica das espécies, a
diversidade biológica, a evolução e a estabilidade dos ecossistemas. Entender essas
interacções é essencial para a conservação da biodiversidade e para a gestão sustentável
dos recursos naturais. Portanto, a pesquisa contínua e a conscientização sobre as
relações ecológicas são fundamentais para garantir a saúde e a resiliência dos
ecossistemas em face dos desafios ambientais.

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6. Referências Bibliográficas

1. ARAGUAIA, Mariana. Relações ecológicas; Brasil Escola. 2017.


2. AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das Células 1. 4ª edição. São
Paulo: Editora Moderna, 2015.
3. ENCICLOPÉDIA ESCOLAR BRITANNICA, 2017, Rato-almiscarado.
4. LAUREANO, M. G. A importância das relações ecológicas na manutenção
da vida e a percepção dos alunos sobre o tema. Jaguaruna – SC, 2017.
5. LOPES, Sónia; ROSSO, Sérgio. Bio volume 1. (3.ed). São Paulo: Saraiva, 2016.
6. MOREIRA, A. P. T. Zoologia de invertebrados I. Florianópolis.
BIOLOGIA/EAD/UFSC, 2009.
7. SCHMIDT-NIELSEN, K. Fisiologia animal: adaptação e meio ambiente. 5.
ed. São Paulo: Santos Ed., 2002.
8. ODUM, E. P. Fundamentos de Ecologia. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 1971. 927p.
9. PERONI, N.; HERNÁNDEZ, M. I. M. Ecologia de populações e
comunidades. Florianópolis: CCB/EAD/UFSC, 2011.
10. VIVAN, L. M. et al. Comportamento de predação e conversão alimentar de
Podisus nigrispinus sobre a traça-do-tomateiro. Pesq. agropec. bras.,
Brasília , v. 37, n. 5, p. 581- 587, May 2002 .

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