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Tema do trabalho:
Papéis temáticos
Tete 2022
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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS
DISCIPLINA: Sintaxe II
Tema do trabalho:
Papéis temáticos
Índice
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1. Introdução........................................................................................................................................4
1.1. Objetivos geral...................................................................................................................................4
1.1. 1.. Objetivos específicos....................................................................................................................4
1.2. Metodologias................................................................................................................................4
2. Papéis temáticos...............................................................................................................................5
2.1. contextualização dos conceitos básicos.............................................................................................5
2.1.1. Relações entre sintaxe/ semântica..................................................................................................7
3. Considerações finais.........................................................................................................................9
4. Referências bibliográficas..............................................................................................................10
1. Introdução.
Nos estudos a respeito das classes acionais, teorizadas inicialmente por Vendler
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desenvolvidas por diversos outros linguistas, é frequente que na definição dessas classes sejam
envolvidas noções ligadas a papel temático, tal como afetividade e causalidade. É o caso de
trabalhos como o de Bertinetto (2001) e Van Valin (2005). Contudo, ainda não há uma
sistematização acerca das possíveis relações entre papéis temáticos e classes acionais. O
objetivo deste trabalho é entender as formas como essa relação pode ou não se estabelecer por
meio de análises de dados empíricos. Como suporte teórico, foram adotadas, para classes
acionais, as definições de Wachowicz & Foltran (2005) e, para papel temático, o trabalho de
Cansado (2005)
O termo sintaxe deriva-se do grego sintaxes (ordem, disposição) e tradicionalmente
remete à parte da Gramática dedicada à descrição do modo como as palavras são combinadas
para compor sentenças; essa descrição é organizada sob a forma de regras.
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2. Papéis temáticos
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martelo, ou seja, se é verdade que João quebrou o vaso com um martelo, então , é
necessariamente verdade que João: · tem controle sobre o desencadeamento do processo; · teve
intenção de quebrar o vaso; · e, conseqüentemente, é animado; · usou um instrumento para tal
ação, etc...
. Papéis temáticos
Tradicionalmente, é atribuída às funções gramaticais, tais como sujeito, objeto e outras,
a capacidade de expressarem, numa sentença, quem é causador da ação, quem sofre a ação, etc.
Por exemplo, (1) e (2):
(1) O leão matou o homem.
(2) O homem matou o leão.
Uma teoria anterior aos papéis temáticos afirmaria que é possível saber quem matou
observando o que ocupa a posição de sujeito, portanto agente, e quem morreu pelo que
está na posição de objeto. Entretanto, ao deparar com sentenças como:
(3) João abriu a porta com a chave.
(4) A chave abriu a porta.
(5) A porta abriu.
Essa hipótese deixa de funcionar. A posição de sujeito não é mais, necessariamente,
ocupada pelo agente da ação. Era preciso, portanto, algum conceito que explicasse como os
falantes sabem quem faz o quê na sentença separadamente da função gramatical. Dessa
necessidade, a partir dos estudos de Gruber (1965), Fillmore (1968) e Jackendoff (1972), surge a
noção de papel temático, que não é uma função gramatical, mas uma noção semântica
(Cançado, 2005).
A literatura desenvolveu a teoria dos papéis temáticos, e vários lingüistas criaram listas
dos papéis temáticos encontrados nas línguas naturais. De uma forma geral, contudo, não foi
conseguida uma homogeneidade de quais seriam esses papéis, e de quais são suas
características. Cada autor propõe uma definição diferente para um mesmo papel temático.
Agente, por exemplo, pode ser um elemento que tem controle sobre o desencadeamento da ação
(Halliday, 1967) ou simplesmente aquilo que causa a ação, voluntária ou involuntariamente
(Chafe, 1970). É essa inconsistência que dificulta a correlação de noções de papel temático com
outras teorias, como a das classes acionais. Para contornar esse problema, este trabalho adotou a
proposta teórica de Cançado (2005). A autora não toma papéis temáticos como princípios
teóricos, ou seja, não considera os papéis temáticos como os elementos básicos da teoria. Ela
parte de propriedades derivadas de acarretamentos lexicais para compor cada papel temático.
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Por exemplo, o verbo comprar acarreta um comprador, um objeto comprado, alguém de
quem se compra, o valor da compra. Acarreta também que esse comprador desencadeia a ação,
tem controle sobre ela, que o objeto comprado é deslocado e afetado, dentre outros. Dos
acarretamentos lexicais possíveis, foram selecionados, por meio de evidências empíricas, quatro
que são gramaticalmente relevantes, uma vez que a seu respeito podem ser feitas generalizações
gramaticais e porque têm impacto sobre a sintaxe. Esses acarretamentos são as seguintes
propriedades:
desencadeador, controle, afetado, objeto estativo. O último se desdobra em subcategorias, como
experienciador, locativo etc, as quais têm relevância nos estudos de hierarquia temática.
No exemplo com o verbo comprar, o comprador é marcado com as propriedades
“desencadeador” e “controle”, pos é ele quem inicia a ação e é quem tem o poder de interrompê-
la.
Já o objeto comprado, de “afetado”, pois ao passar para outra pessoa ele tem suas
propriedades modificadas. Dessa forma, os argumentos do verbo recebem não mais os rótulos
de “agente”, “paciente”, “tema”, os quais careciam de uma definição uniforme na literatura, mas
uma combinação das propriedades acima citadas
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(1) Carlos beijou Joana.
O papel temático de Carlos é ser agente dos argumentos colocados na sentença, partir
do verbo beijar designando a função de paciente para Joana. Então, os conteúdos
semânticos proporcionados pelos argumentos na sentença, acarretam determinados
papéis através de ações realizadas pelos verbos contidos nas preposições. Há uma grande
abrangência relacionada aos tipos de papéis temáticos propostas na literatura. Porém
serão analisadas apenas algumas propriedades.
• Paciente
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3. Considerações finais
Considerando que os dados que discutimos em nossa análise se estruturaram em torno de
diáteses possíveis comuns para os verbos destruir e explodir, ambos pertencentes à classe dos
verbos de destruição, os resultados revelaram que esses predicadores verbais não possuem
regularidade quanto à realização temática, uma vez que o verbo destruir não aceitou a formação
de construções cuja posição de sujeito era preenchida por um argumento com o papel temático
de Paciente. Entretanto, construções ergativos, com sujeito Paciente, foram licenciadas para o
verbo explodir e integram o conjunto de diáteses possíveis para esse verbo. Investigações,
trabalhos e pesquisas tornaram os estudos da linguagem mais complexos, e a semântica,
identificada como a ciência das significações irá acompanhar esse processo evolutivo. Por
conseguinte, os fenômenos semânticos abrangem muitos aspetos, dentro do formalismo foram
levantadas questões representadas pelos papéis temáticos.
As relações semânticas que proporcionam devidas associações entre os verbos e seus
argumentos ocupam papéis temáticos que recebem posições múltiplas, exercidas pelos
complementos. Então, o sujeito no panorama sintático não é apenas atribuído o papel de agente,
podendo ser considerado também como tema/afetado, instrumento e outros. Pois, os papéis
semânticos, em alguns casos são alterados em relação aos sentidos que os acarretamentos
estabelecem aos argumentos.
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4. Referências bibliográficas
OLIVEIRA, R. 2001 Semântica Formal: uma breve introdução. 1ª ed. São Paulo:
Mercado livre,
MÜLLER, N, 2003 Esmeralda Vailati, FOLTRAN, Maria José. Semântica Formal. São Paulo:
Contexto,
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