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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

AUXILIAR DE LOGÍSTICA

MESA DIRETORA

Presidente - Caio André (PSC)


1º Vice-Presidente - Yomara Lins (União Brasil)
2º Vice-Presidente – Everton Assis (PSL)
3º Vice-Presidente – Lissandro Breval (Avante)
Secretário Geral – João Carlos (Republicanos)
1º Secretário – Glória Carrate (PL)
2º Secretário – Jaildo Oliveira (IzPC do B)
3º Secretário – Ivo Neto (Patriota)
Ouvidor – Capitão Carpê (Republicanos)
Corregedor – Rosivaldo Cordovil (PSDB)

Ficha Técnica
Ebook - Auxiliar de Logística
Autor: Glaiciane de Moraes Andrade
Revisão Pedagógica e EAD: Professora Msc. Victória Corrêa Fortes

Proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização da editora.


A distribuição e download deste e-book são gratuitos dentro da plataforma Escola
do Legislativo da Câmara Municipal de Manaus, no entanto, sua comercialização e/ou
redistribuição é terminantemente proibida.

©️ Copyright 2022 – Istud Ltda ME


Categoria: Formação Básica

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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

SUMÁRIO
1. UNIDADE I............................................................................................ 5
1. CONCEITOS E ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR DE LOGÍSTICA............. 5
1.1 O QUE É LOGÍSTICA.......................................................................... 5
1.2 COMO FUNCIONA A LOGÍSTICA...................................................... 5
1.3 ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR DE LOGÍSTICA.................................... 6
1.3 COMO É O MERCADO DE TRABALHO AUXILIAR DE LOGÍSTICA.. 6
2. UNIDADE II........................................................................................... 7
2. CADEIA DE SUPRIMENTOS................................................................. 7
2.1 O QUE É QUAL A SUA IMPORTÂNCIA ............................................ 7
2.2 PLANEJANDO A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS............. 7
2.3 SETE DICAS PARA POTENCIALIZAR SEU PLANEJAMENTO............ 9
3. UNIDADE III.......................................................................................... 10
3. OPERAÇÕES DE ESTOQUE E ARMAZENAGEM................................. 10
3.1 O QUE É ESTOQUE E ARMAZENAGEM .......................................... 10
3.2 PROCESSO DE RECEBIMENTO......................................................... 10
3.3 PROCESSO DE ARMAZENAGEM...................................................... 11
3.4 PROCESSO DE SEPARAÇÃO............................................................. 12
3.5 PROCESSO DE EXPEDIÇÃO.............................................................. 13
UNIDADE IV.............................................................................................. 14
4. MOVIMENTAÇÃO DE TRANSPORTE DE CARGA............................... 14
4.1 O QUE É MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS?........................................ 14
4.2 ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
14
4.3 TRANSPORTE E LEVANTAMENTO DE CARGAS............................... 16
4.4 NORMAS REGULAMENTADORAS - NR11....................................... 19
5. UNIDADE V........................................................................................... 21
5 . ESTRUTURA DE TRANSPORTE E ARMAZENAGEM.......................... 21
5.1 ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM PORTA-PALETES..................... 21
5.2 ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM PUSH BACK E FLOW RACK.... 22
5.3 ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM DRIVE-IN E DRIVE-THROUGH.23
5.4 ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM DINÂMICAS............................. 23
5.5 ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM CANTILEVER............................ 24
6. UNIDADE VI.......................................................................................... 25
6. FLUXOS E PROCESSOS LOGÍSTICOS................................................. 25
6.1 MAS O QUE SÃO FLUXOS LOGÍSTICOS E OS TIPOS FLUXOS....... 25
6.2 O FLUXO DE INFORMAÇÃO NA LOGÍSTICA DE ARMAZENAGEM.25
6.3 LOGÍSTICA: ENTENDA COMO FUNCIONA ..................................... 26
6.4 A LOGÍSTICA DE PÓS-VENDA E PÓS-CONSUMO........................... 26

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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

INTRODUÇÃO

Quando falamos e pensamos em logística, é comum, em um primeiro mo-


mento, pensar que ela está apenas relacionada ao transporte ou entrega de de-
terminado produto. Mas essa é uma imagem bem reduzida desse conceito. Este
curso tem por objetivo apresentar o processo da logística, destacando a impor-
tância dela para o sucesso das organizações.
A logística está relacionada com o fluxo de materiais e informações na
cadeia produtiva. Estudaremos as empresas que estão relacionadas nesse fluxo,
entendermos sobre o interesse conceito da cadeia de suprimentos e examinare-
mos alternativas capazes de erar um adequado planejamento e controle dessa
cadeia, uma vez que isto é essencial para o sucesso das empresas.
O auxiliar de logística é o profissional responsável execução de atividades
de processos e operações logísticas, atendendo a suprimentos, produção e dis-
tribuição de bens e serviços, em conformidade com as normas de saúde, higiene,
meio ambiente, segurança e legislação vigente.

Então mãos à obra. Lembre-se: nunca deixe de aperfeiçoar seus conheci-


mentos, a busca pelo conhecimento deve ser contínua.

“Estudar é o caminho para o sucesso.”

Autor Desconhecido

Bons estudos!

Glaiciane de Moraes Andrade


Consultora empresarial, tutora e Administradora

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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

UNIDADE I
1. CONCEITOS E ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR DE LOGÍSTICA
1.1 O QUE É LOGÍSTICA
É fácil entender o que é logística.

Quando você combina um passeio com os seus amigos, vocês se pro-


gramam para realizá-lo, certo?

Analisam o que será preciso levar, onde vão se encontrar, como che-
garão ao local, entre outros aspectos.

Todo este planejamento é logística. Ou seja, a logística envolve a ges-


tão, o armazenamento e a distribuição de recursos para uma determinada
atividade.

Pensou que logística se resumisse apenas a transporte?

Bem, ele faz parte, e é uma parcela muito significativa, mas existem
outras tarefas envolvidas no processo.

A logística é tão essencial em vários setores e atividades, que é uma


área de trabalho, e requer profissionais especializados no ramo.

De acordo Ronald Ballou, (1999), “Logística é o processo de planejamento


do fluxo de materiais, objetivando a entrega das necessidades na qualidade
desejada, no tempo certo, otimizando recursos e aumentando a qualidade
nos serviços.”

1.2 COMO FUNCIONA A LOGÍSTICA

A gestão logística pode ser dividida em dois tipos de atividades:


Principais: transporte, gestão de estoque e processamento de pedidos

Secundárias: armazenagem, manuseio de materiais, embalagem,


compras, gestão de produtos e sistema de gestão.

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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

Além disso, a cadeia logística também pode ser organizada em três

principais fases:
Suprimentos: gestão da matéria-prima e suprimentos para indústrias, in

cluindo o processo de pedido aos fornecedores, transporte, armazenagem


e distribuição

Produção: controle dos SKUs (códigos de estoque dos produtos), fluxo de


materiais, abastecimento e distribuição inicial do produto

Distribuição: gerenciamento dos pedidos dos clientes e meios de distribuição,


incluindo a gestão do estoque, armazenagem e entrega.

Em qualquer tipo de negócio, existe um processo de compra de produtos ou


materiais, produção ou armazenagem e entrega do produto final ao cliente
— com exceção das empresas de serviços, que pulam a etapa de produção
e entregam experiências/atividades em vez de bens.

1.3 ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR DE LOGÍSTICA


O auxiliar de logística é responsável por comprar materiais e equipamentos;
inspecionar e armazenar materiais; realizar o acompanhamento do estoque da
empresa; dar atenção aos prazos de entrega; negociar preços com fornecedores
e controlar custos de frete; dar entrada nas notas fiscais, entre outras funções.

Para tornar-se um auxiliar de logística basta ter o ensino médio ou cursos


técnicos, porém, com o crescimento do mercado e o aumento do número de pes-
soas interessadas em ingressar nessa área, a formação em administração pode
ser um diferencial interessante para conseguir uma vaga.

Média salarial no Brasil R$ 1.406,00 dependendo do porte da empresa, se-


gundo informações do site Vagas.

1.3 COMO É O MERCADO DE TRABALHO AUXILIAR DE LOGÍSTICA


Como a área pode ser aplicada em empresas de todos os tamanhos, o pro-
fissional pode conseguir uma vaga de auxiliar de logística em diferentes setores,
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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

o que abre o leque de possibilidades de emprego.

O salário da profissão, atualmente, mas lembre-se de que, quanto mais


qualificado é o profissional, maiores as chances de crescimento no setor.

Apesar de algumas vagas não exigirem formação superior, é a partir de um


curso específico da área que o profissional aprende quais são as formas corretas
e mais eficientes de realizar seu trabalho, além da qualificação contribuir com a
carreira da empresa e do funcionário.

UNIDADE II
CADEIA DE SUPRIMENTOS
2.1 O QUE É QUAL A SUA IMPORTÂNCIA
O que é Cadeia de Suprimentos? Também conhecida como Supply Chain
Management (SCM), a cadeia de suprimentos é o conjunto de atividades que en-
volvem a produção, armazenamento e transporte de produtos ou serviços. Isso
inclui a compra de matérias-primas, controle de estoque e o transporte do pro-
duto até o cliente final. Porém, é preciso que todas as atividades sejam muito
bem planejadas e otimizadas para que possam gerar resultados positivos. Além
disso, o planejamento precisa ser feito integrando todos os setores que influen-
ciam na produção.

Para que serve a Cadeia de Suprimentos? O objetivo da cadeia de supri-


mentos é gerar a satisfação do cliente, atendendo a todos os seus requisitos no
menor tempo possível, com foco na redução de custos e aumento na qualidade
do produto. Isso faz com que a cadeia de suprimentos seja extremamente uti-
lizada dentro da metodologia Lean Manufacturing, pois essa filosofia também
visa aumentar o valor agregado aos olhos do cliente, eliminando ao máximo, os
desperdícios existentes no processo. Isto quer dizer que a cadeia de suprimen-
tos é feita para que haja uma troca de todas as informações necessárias entre
os setores, e assim eles possam trabalhar de forma estruturada. Isso diminui o
número de falhas e as descontinuidades na produção.

2.2 PLANEJANDO A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Cada empresa produz diferentes produtos de variadas formas, e por


isso as tomadas de decisão precisam ir ao encontro do seu processo produ-
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tivo, especificamente. Sendo assim, o primeiro passo é realizar uma análise


geral da empresa. Essa análise é fundamental para encontrar os pontos de
fragilidade dentro do processo, assim como todos os dados importantes de
cada etapa. Além disso, ela deve conter informações sobre os fornecedo-
res, e principalmente sobre os clientes.

Sendo assim, a gestão de cadeia de suprimentos será interna e ex-


terna, abrangendo todos os pontos que atuam direta e indiretamente na
produção. Logo, deve ser feito um estudo para conhecer mais sobre cada
parte do processo, assim como uma pesquisa sobre as empresas que são
referência nos índices de produção

(tempo, qualidade e preço). Ah! E não basta apenas realizar um bom pla-
nejamento, os produtos acabados no final da produção precisam atender aos
requisitos do cliente.

Para isso, o contato e a fidelidade entre produtor e consumidor são essen-


ciais. Então vamos ver em quais pontos você deve focar sua atenção na hora ela-
borar esse planejamento?

Contato com fornecedores

A escolha da matéria-prima é parte fundamental no processo de pro-


dução. O contato com os fornecedores deve ser recorrente, além de sempre
mantê-lo informado sobre mudanças na sua produção. Assim, os prazos e
quantidades estarão sempre acompanhando sua produtividade, evitando
atrasos ou acúmulo no estoque.
Estoque Um dos principais pontos do planejamento é o uso do estoque. O
local de ar

mazenagem e o tempo de permanência do produto devem ser levados em


consideração na sua elaboração, principalmente se tratando de produtos pere-
cíveis. O ideal é usar o método Just in Time e ferramentas como o Kanban, para
que não haja falta nem excesso de materiais no estoque, gerando ainda mais
custo.

Marketing e equipe de vendas

Para efetuar anúncios e fechar vendas em uma empresa, é necessário que


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toda a equipe esteja por dentro do andamento da produção. Assim, ela pode
fazer cumprir os prazos e solicitações dos clientes, dentro das condições de pro-
dução.

Manutenção

Os intervalos efetuados para manutenção das máquinas afetam direta-


mente a produção, e precisam constar no planejamento. Nesse caso, é usada a
manutenção preditiva para gerar maior qualidade do processo.

Transporte

Além de planejar todo o processo de logística dentro da empresa, é


preciso tomar cuidado com o que acontece fora dela. É necessária uma equipe
de transporte de total confiança, sendo terceirizada ou não, para que os prazos
sejam respeitados.

Fatores externos

O planejamento também deve conter saídas para alguns tipos de imprevis-


tos mais comuns, como fatores econômicos e ambientais. Essas medidas podem
ser para cortes de gastos em tempos de crise, sem que afete a qualidade do pro-
duto, e ainda contatos de outros fornecedores, caso o atual tenha sido afetado.

2.3 SETE DICAS PARA POTENCIALIZAR SEU PLANEJAMENTO

Além dos pontos apresentados, existem algumas dicas que podem ajudar a
estruturar o planejamento da cadeia de suprimentos para torná-lo mais eficiente:
Softwares de Integração:
O uso de um software de ERP fará de forma rápida e organizada a ligação
de todos os setores da empresa. Apesar do investimento elevado, os ERPs tra-
zem maior segurança e resultados melhores.
Prepare sua equipe:
Feito o planejamento completo, toda a equipe (de todos os níveis de ope-
ração) deve tomar conhecimento das etapas e de como será feito o processo.
Apenas com uma equipe preparada e capacitada o planejamento será eficaz.
Equilibre os fluxos:
É preciso encontrar os gargalos da produção. Os fluxos de cada etapa den-
tro da produção precisam estar alinhados para que um não atrapalhe o outro.
SAC:
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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

Todas as empresas precisam de um bom sistema de reclame aqui, onde


não apenas recebam as reclamações e sugestões dos consumidores, como tam-
bém respondam e resolvam o problema rapidamente.
Antecipe problemas:
Caso algumas partes da cadeia produtiva sejam serviços terceirizados, é
importante frisar com as empresas os prazos e contratos, e ter sempre um plano
B caso alguma delas deixe de cumprir os compromissos. Além disso, outros con-
tatos de fornecedores são essenciais para emergências.
Não se esqueça da qualidade:
Mesmo conseguindo uma produção enxuta e interligada, não se pode
esquecer da qualidade do produto final. Algumas ferramentas podem ajudar a
manter o nível do produto.
Controle sua produção:
O planejamento da cadeia de suprimentos pode ficar ultrapassado depois
de certo tempo, por isso é essencial manter o controle da produção. O uso do
Seis Sigma é uma maneira eficiente de acompanhar o andamento do processo, e
se os resultados ainda são positivos.

UNIDADE III

3. OPERAÇÕES DE ESTOQUE E ARMAZENAGEM


3.1 O QUE É ESTOQUE E ARMAZENAGEM

ESTOQUE
Podemos definir estoque como a acumulação armazenada de recursos
materiais em um sistema de produção e/ou operações. As categorias de estoque
são:
Estoque de matéria-prima: Materiais a serem processados que farão parte
do produto final. Exemplos: madeiras, algodão etc.
Estoque produto acabado: A espera do consumidor. Exemplo: carro, gela-
deira, televisão etc.
Estoque produto em processo: Material em processamento, ou a espe-
ra de processamento, não é produto semiacabado. Exemplo: Carro na linha de
montagem
O que é armazenagem?
A armazenagem é uma das atividades da cadeia logística das empresas e
tem um papel fundamental no atendimento de demandas e na gestão dos esto-
ques. As empresas podem optar basicamente por dois modelos de armazena-
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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

gem, a própria ou terceirizada.


Armazenagem própria vs terceirizada
A armazenagem própria é aquela que é operada pela própria empresa
em estrutura de armazém próprio ou locado. Já a armazenagem terceirizada, é
operada por uma empresa contratada conhecida no mercado como Operador
Logístico.
Os Operadores Logísticos prestam serviço de armazenagem para uma ou
mais empresas e a complexidade das operações na sua grande maioria é alta,
isso porque eles armazenam mercadorias de vários clientes ao mesmo tempo e
cada cliente possui regras de atendimento diferenciadas. A opção por um ou ou-
tro modelo de operação depende do negócio da empresa e o quanto a logística
é estratégica para a empresa.
Independente do modelo de operação, a movimentação de produtos aca-
bados, semiacabados e matéria prima para atendimento de vendas, produção ou
demais áreas, requer estratégias de movimentação, estruturas de armazenagem
e layout diferenciados para redução do tempo de movimentação e custos. A se-
guir, vamos abordar de forma macro os 4 principais processos de armazenagem.
São eles: recebimento, armazenagem, separação e expedição.

3.2 PROCESSO DE RECEBIMENTO


Em nível de importância nos processos de armazenagem, o recebimento não
é a etapa que tem a maior atenção, mas é nessa etapa que serão definidas
informações importantes que gerarão mais velocidade na separação e maior
produtividade das equipes operacionais. No recebimento, são feitas as opera-
ções de conferência por quantidade, inspeção e identificação das mercadorias.
Conferência por quantidade: nessa etapa, após a organização dos
materiais, normalmente é realizado um processo de conferência cega
(onde o usuário não tem conhecimento do que deveria conferir para
redução de incidência de erro humano). Após isso, é possível identificar
divergências entre os dados da nota fiscal com os produtos físicos. Du-
rante a processo de conferência, podem ser coletados dados adicionais
do produto, como estado do material, lote, validade, fabricação e núme-
ro de série. Padrões e tecnologias mais recentes já são utilizados para
melhorias em eficiência e eficácia dos processos, como barras

Code-128 e Portais de Leitura RFID.

Inspeção: é a etapa que avalia se os produtos possuem alguma avaria ou


não conformidade. Também, pode-se coletar alguma amostra do produto
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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

para avaliação antes de seguir com o processo de armazenagem.

Identificação das mercadorias: nessa etapa as mercadorias são identifi-


cadas com um código de barras e este será a referência para qualquer
movimentação ou contagem dos produtos desde a entrada até a expe-
dição. Esse processo pode ser realizado manualmente, porém, é muito
ineficiente e ultrapassado para movimentação de mercadorias. Atual-
mente, os controles de movimentação de mercadorias em armazéns são
feitos por softwares com algoritmos inteligentes e com altos níveis de
automação com hardwares.

3.3 PROCESSO DE ARMAZENAGEM


Após a mercadoria ser conferida e identificada, inicia-se o processo
de alocação nos endereços para armazenar as mercadorias. Endereço é o
local onde uma ou mais mercadorias serão armazenadas, já a alocação, é
o processo que busca definir qual o melhor endereço para armazenar as
mercadorias considerando a proximidade com o Picking, setorização e de-
mais regras que possam dar produtividade na separação das mercadorias.

Após a alocação da mercadoria no endereço de destino, ela fica dis-


ponível para ser movimentada e passa a ser considerada no saldo de esto-
que. Para maior controle na movimentação das mercadorias no armazém,
sempre que uma mercadoria é retirada de um endereço e levada a outro
endereço do armazém, é feita a leitura do código de barras da mercadoria
com uso do coletor de dados. Esse processo permite

controlar e manter o registro do endereço de onde as mercadorias fo-


ram retiradas e para onde foram direcionadas.

Com o volume de movimentações de mercadorias, a acuracidade dos


estoques e a segurança passa a ser uma preocupação constante dos gesto-
res do armazém, e é nesse momento que o Inventário entra em cena. O in-
ventário é o processo que ajuda a manter maior acuracidade dos estoques
e evitar rupturas. Ele pode ser do tipo cíclico ou geral, o primeiro é realizado
com uma periodicidade curta e para apenas algumas mercadorias em esto-
que (geralmente pela curva ABC de giro dos produtos), ou seja, é gerado o
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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

inventário para um grupo de produtos ou endereços. Já o inventário geral


tem como propósito contar 100% dos itens em estoque e geralmente é fei-
to uma vez por ano, o qual tem sido cada vez menos adotado devido a alto
custo, período de execução e bloqueio de expedições.

3.4 PROCESSO DE SEPARAÇÃO


O processo de separação de mercadorias envolve basicamente o pla-
nejamento e a execução da separação. Parece algo relativamente simples,
mas é no planejamento que serão definidas quais mercadorias serão sepa-
radas, considerando diversas regras de separação, como FEFO, FIFO, dimi-
nuição de número de visitações, shelf life, data crítica, estado da mercadoria,
separações específicas, bloqueios de estoque e muito mais. Uma definição
errada pode causar interrupções em linha de produção da indústria e atra-
sos nas entregas para consumidores finais, tornando essa etapa uma das
mais críticas e complexas.

Para evitar esse tipo de problema é preciso avaliar detalhadamente


cada tipo de operação, suas exigências e características antes de definir a
estratégia para separação – tema para outro artigo. A separação de merca-
dorias pode ser manual, apenas com uso de coletores de dados, voz (Picking
by voice) ou pode usar níveis de automação avançados que reduzem o con-
tato do operador com a mercadoria. Na separação com uso de coletores ou
voz, o operador vai até o endereço da mercadoria, apanha a quantidade de
produtos e os leva até uma área de conferência (check out) e depois a mer-
cadorias vai para área de expedição.

Um exemplo de separação com automação, é o Picking by light que pode


ser aplicado para separação de mercadorias com alto nível de fracionamento
e embalagens lineares, onde normalmente se utilizam estruturas de flow rack,
especializadas para esse tipo de operação. Outro ponto importante a ser consi-
derado são as sazonalidades de vendas, períodos em que as vendas são muito
maiores que períodos normais.

Se a operação não estiver preparada para suportar volumes de separação


sazonais sem aumentar o tempo de separação das mercadorias é dor de cabeça
na certa, porque não será possível expedir as mercadorias no mesmo tempo de
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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

expedição de períodos não sazonais.

3.5 PROCESSO DE EXPEDIÇÃO


Esta é a última etapa operacional da armazenagem e responsável por con-
ferir e despachar as mercadorias para a empresa responsável pelo trans-
porte. Quando a empresa que opera a armazenagem não é responsável
pelo transporte, a sua responsabilidade sobre a mercadorias encerra-se no
momento que ela é entregue à transportadora.

Agora, se a empresa que opera a armazenagem também é responsável pela


distribuição das mercadorias até o destino, ela precisa planejar, executar e
controlar as etapas de transporte. Entretanto, independente se a etapa de
transportes é operada por ela ou não, a conferência de embarque acontece
da mesma forma e depois de finalizada a mercadoria passa a ser de res-
ponsabilidade da transportadora.

O processo de conferência pode ser manual ou com automação. O manual


geralmente é feito com uso de coletor de dados conferindo todos os volu-
mes uma a um e é lento. Já o processo automatizado é muito mais rápido e
menos suscetível a erros devido à menor intervenção de pessoas.

Por Anderson Benetti, Gerente de Produto Logística | WMS TMS na Se

UNIDADE IV
4. MOVIMENTAÇÃO DE TRANSPORTE DE CARGA
4.1 O QUE É MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS?
A movimentação de cargas trata-se de uma técnica utilizada para
içar, transportar e deslocar determinada carga com o auxílio de máquinas,
equipamentos ou manualmente.

A movimentação de cargas tem como objetivo facilitar o transporte, a


montagem e o armazenamento das cargas.

Além disso, o processo de movimentação de cargas deverá minimizar


ou eliminar os possíveis riscos ergonômicos (movimentos repetitivos, esfor-
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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

ço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, etc) presentes


na execução da atividade.
Movimentação e transporte de cargas são serviços prestados por em-
presas transportadoras especializadas e que têm como função realizar o
deslocamento de materiais. Para que movimentação e transporte de cargas
sejam executados de forma segura e eficiente, são utilizadas técnicas espe-
cíficas de orçamento com o auxílio de equipamentos apropriados.

As técnicas de movimentação e transporte de cargas têm como objetivo


tornar a transferência, a montagem e o armazenamento de cargas de grande
porte mais fáceis e práticos, otimizando muito essa etapa. Dessa forma,
serviços de movimentação e transporte de cargas são muito utilizados pelos
mais variados segmentos da indústria, na construção civil.

4.2 ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE


CARGAS
Existe inúmeros equipamentos utilizados para a movimentação de cargas,
entre eles, destacaremos os seguintes: Guindaste, Empilhadeira, Ponte
rolante, Elevador de carga, Guincho, Talhas, Caminhão munck, Ascensores,
etc.
No entanto, entre os acessórios mais utilizados para a movimentação
de cargas, podemos destacar os seguintes: Cabos de aço, Ganchos, Esticado-
res, Eslinga, Moitão, Correntes, Cintas, Manilhas, cadernal, Roldanas, Olhal
de suspensão, Soquete, Sapatilha, Grampo para cabos (Clip’s), Esticadores,
etc.Legislação da Movimentação de Cargas

Primeiramente, é importante destacar que a norma regulamentadora nº 11


(Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais) do Ministé-
rio do Trabalho e Emprego, busca estabelecer os requisitos mínimos obrigatórios
de segurança à serem observados pelos empregadores e empregados na movi-
mentação de cargas e na prevenção dos acidentes de trabalho.

Assim como, a norma regulamentadora nº 12 (Segurança no Trabalho em Má-


quinas e Equipamentos) e a norma regulamentadora nº 17 (Ergonomia) também
estabelecem aspectos importantes de serem observados durante a movimenta-
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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

ção de cargas.
 Para consultar todas as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho
e Emprego, por favor, acesse: www.portal.mte.gov.br/legislacao/normas-re-
gulamentadoras-1.htm

Além disso, a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT também esta-


belece normas técnicas relacionadas a movimentação de cargas, como:
 NBR 16147:2013 (Equipamentos de levantamento e movimentação de cargas
— Comissionamento — Especificação);

 NBR 7500:2013 (Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movi-


mentação e armazenamento de produtos);

 NBR 8400:1984 (Cálculo de equipamento para levantamento e movimentação


de cargas – Procedimento);

 NBR 10014:1987 (Moitão e cadernal de aço para movimentação de carga em


embarcações – Especificação);

 NBR 11436:1988 (Sinalização manual para movimentação de carga por meio


de equipamento mecânico de elevação – Procedimento);

 NBR 13545:2012 (Movimentação de cargas — Manilhas);

 NBR 10014:1987 (Moitão e cadernal de aço para movimentação de carga em


embarcações – Especificação);

 NBR 10015:1987 (Moitão e cadernal para movimentação de carga em embar-


cações –

 Ensaio de carga – Método de ensaio);

 NBR ISO 3108:1998 (Cabos de aço para uso geral – Determinação da carga de
ruptura W

 real);

 NBR 13541:2014 (Linga de cabo de aço);

 NBR 7557:1982 (Guindaste de pneus);

 NBR ISO 2408:2008 (Cabos de aço para uso geral – Requisitos mínimos);

 NBR ISO 4309:2009 (Equipamentos de movimentação de carga – Cabos de


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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

aço – Cuidados, manutenção, instalação, inspeção e descarte);

 NBR 15637:2012 (Cintas têxteis para elevação de cargas);

 NBR ISO 11228-3:2014 (Ergonomia — Movimentação manual – Parte 3: Movi-


mentação de cargas leves em alta frequência de repetição);

 Entre outras.

4.3 TRANSPORTE E LEVANTAMENTO DE CARGAS


Atividades de transporte e levantamen-
to de cargas pesadas estão sempre presentes nas
operações de montagem. Tão importan-
tes quanto rigorosas, elas exigem muita atenção e
experiência, para que possam ser executadas com eficiência e segurança.
As normas NR-11 e NR-18, prescrevem condições para o transporte, movimentação,
armazenamento e manuseio de materiais.

Equipamentos de Transporte

Rodoviário: Rapidez e entrega porta a porta, redução das operações de


manuseio, porém fretes mais caros.
Ferroviário: Cargas mais pesadas e em grandes quantidades, fretes meno-
res, porém costuma demorar.
Marítima ou Fluvial: Mais barato, porém é demorado, o desembaraço nos
portos pode ser complicado e, além disso, exige maiores cuidados com
avarias.
Aérea: Excepcionalmente nos casos de cargas leves e de urgência.
Equipamentos de levantamento de cargas
Os equipamentos e acessórios para operações de elevação é escolhido
em função de:

1. Peso, volume e centro de gravidade;


2.
3. Altura de içamento;
4. Condições do terreno, inclusive obstáculos existentes no local;
5. Condições climáticas.
6. Com as informações do levantamento teremos:
7. Consultar equipamentos e acessórios a utilizar;
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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

8. Definir um plano de levantamento;


9. O plano de levantamento poderá ser de caráter formal ou informal, de
acordo com a complexidade da operação.
10. Na preparação do levantamento, as cargas deverão ser amarradas
por meio de cabos de aços, cintas ou corretes.
11. Certas circunstâncias, as cargas poderão ser mantidas estabilizadas
e/ou suspensas a determinada altura por pilhas de dormentes, estru-
turas tubulares etc.
12. Macacos hidráulicos e mecânicos;
13. Cilindros hidráulicos;
14. Talhas de arraste, de corrente e de engrenagens;
15. Talhas pneumáticas e elétricas;
16. Guinchos manuais, pneumáticos, elétricos e diesel;
17. Torres de elevação com plataforma de trabalho;
18. Sistemas de roldanas, simples ou múltiplas;
19. Balancins.
Uso dos equipamentos de Elevação e Transporte

Todo equipamento de elevação deve ser pro-


jetado, construído e operado de maneira
que ofereça as necessárias garantias de resistência e segurança, além de
serem conservados em perfeitas condições de trabalho, sendo expressa-
mente proibido ultrapassar os valores máximos de capacidade de trabalho,
colocando em risco as partes envolvidas.

Todos os equipamentos de transporte motorizados, deverão possuir


sinal de ad vertência (sonoro e luminoso), além do que deverão
ser permanentemente inspecionados, e as peças defeituosas imediatamen-
te substituídas.

A utilização deste equipamen-


to deve ser feita em condições ideais de iluminação.
Antes de movimentar o equipamento de elevação, certificar-se de que o
gancho está suficientemente alto para evitar choques contra outros equipa-
mentos ou estruturas.

19
AUXILIAR DE LOGÍSTICA

Todo equipamento deve ser rigorosamente inspecionado no início de cada


jornada de trabalho. Ao perceber qual-
quer irregularidade, interromper os trabalhos e
comunicar imediatamente os responsáveis.

Ooperadornãodeveoperaroequipamentosenãoestiveremperfeitascondições
físicas e psicológicas. Durante a operação, se por exemplo os ca-
bos se soltarem (ficarem bambos), o operador deve confe-
rir o movimento de subida destes cabos, certificando-se de que
estejam sendo enrolados corretamente nas ranhuras das polias.

Ooperadordeverespeitarsempreolimitedepesodoequipamento.Também
deve certificar-se que a carga está corretamente distribuída entre os gan-
chos e eslingas antes de iniciar o içamento. É proibido o transporte de qual-
quer outro objeto sobre a carga que estiver sendo içada. Também antes de
patolar (apoiar o equipamento no piso) deve, certificar-se de que não está
apoiado sobre canaletas, caixas subterrâneas, etc. Se for necessário devem
ser tomadas medidas alternativas que devem ser discutidas junto ao SESMT
da Contratada.

A armazenagem de produtos ou materiais só deve ser feita após obtida a


Permissão para Armazenagem, conforme descrito na OSHSMT 200741.

Todo equipamento de elevação e trans-


porte para uso das Contratadas e/ou suas
Subcontratadas deverá estar acompanhado de documento ART (Anotação de
Responsabilidade Técnica) para que seja li-
berado seu uso. Pode ser feita uma única
ART onde o engenheiro responsável especifica os equipamentos que cons-
tam nesta.
Também deve ser preparado um progra-
ma de inspeção periódica destes equipamentos
a ser feito pela Contratada responsável por estes, sendo que também deve ser emitido
um laudo acompanhado da ART específica para este, confirmando a inspeção.
Em operações de elevação e transporte quando o operador não tiver uma visão

20
AUXILIAR DE LOGÍSTICA

de toda a extensão do material que esti-


ver sendo transportado, este deve solicitar a
presença de um auxiliar para orientá-lo na condução do objeto que está sendo
transportado. Este auxiliar deve verifi-
car o alinhamento dos cabos de aço ou fitas,
alinhamento do objeto, orientar a passagem de pessoas e, se necessário,
isolar o local por onde o objeto está sendo conduzido. Durante a operação
de movimentação da peça, o local deve estar devidamente isolado sem a
presença de pessoas no raio de isolamento.

As pessoas adentrem à área isolada, bem como passem sob cargas


suspensas. Todo reparo a ser feito nos equipamentos de elevação e trans-
porte devem ser feito em local onde não haja trânsito. Todas as modifi-
cações, ampliações e reparos, devem conservar pelo menos os fatores de
segurança originais do equipamento.

Nunca movimentar o equipamento se não tiver certeza do sinal rece-


bido. Qualquer dúvida questione o responsável por esta comunicação. Seu
posicionamento deve ser de fácil acesso à visão do operador. Os cabos de
aço e cintas utilizados na movimentação ou transporte de materiais, deve-
rão ser inspecionados e as suas partes defeituosas devem ser substituídas.
É proibida a utilização de outros meios que não sejam Cabos de Aço ou Cin-
ta (Nylon ou Poliester) para içar peças através de talhas ou mono vias, e ou-
tros equipamentos de elevação. Manter os cabos sempre lubrificados para
o perfeito funcionamento do equipamento. Não arrastar ganchos e eslingas
pelo chão. Inspecionar as eslingas e ganchos quanto á trincas, rachaduras,
pontos de corrosão e se as travas estão em perfeito funcionamento. Ao de-
tectar qualquer irregularidade, saná-la imediatamente. Fica estabelecida a
frequência de 1 ano para a substituição do cabo de aço, desde que ele não
apresente avarias em sua estrutura, num período inferior.

Os cabos de aço e cintas deverão obrigatoriamente obedecer às normas


que seguem. Os cabos de aço, e as cintas que são utilizadas para elevação
21
AUXILIAR DE LOGÍSTICA

de materiais e equipamentos devem ser armazenados em local seco, areja-


do e onde não exista influência de intempéries ou ambientes corrosivos que
possam danificar sua estrutura, diminuindo sua capacidade de trabalho.
4.4 NORMAS REGULAMENTADORAS - NR11

É uma norma regulamentadora que estabelece tanto para as empresas


públicas quanto para as privadas normas mínimas de segurança para o
transporte e movimentação de cargas. Ela determina quais são as medidas
de segurança necessárias que evitarão ou auxiliarão na redução do número
de acidentes no ambiente de trabalho. Quais são os equipamentos:

Operação de elevadores, guindastes, transportes industriais e máquinas


transportadoras;
Transporte de sacas;
Armazenamento de materiais;
Movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de mármore,
granito e outras rochas.Dicas de segurança para o trabalho com empilha-
deiras:
ATransportar apenas quantidade permitida;
Ter cuidado ao trafegar em áreas menos iluminadas;
Usar itens sonoros para sinalizar movimento;
Usar barreiras para delimitar as áreas de tráfego;
Fazer manutenção sempre que necessário.

5 . ESTRUTURA DE TRANSPORTE E ARMAZENAGEM


As estruturas de armazenagem devem ser adequadas às necessidades da
empresa e, por isso, é essencial criar um planejamento para que tudo possa
funcionar de forma otimizada, mantendo toda a cadeia de processos exigidos
pela produção ou comercialização.

Vamos analisar as principais estruturas existentes e suas funcionalidades,


o que vai permitir que você conheça mais sobre o assunto, podendo escolher a
melhor estrutura para suas necessidades:
5.1 ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM PORTA-PALETES
22
AUXILIAR DE LOGÍSTICA

As estruturas de armazenagem porta-paletes são as mais utilizadas, ofere-


cendo melhores condições ao sistema logístico. Em sua configuração tradicional,
trata-se de uma estrutura em que todas as mercadorias e produtos são arma-

zenados em estantes que, por sua vez, são acessadas através de empilhadeiras.

O sistema permite o acesso a todos os volumes aleatoriamente, ou seja,


não é necessário retirar ou mover caixas ou paletes para ter acesso ao item de-
sejado. Além disso, é um tipo de estrutura que exige menor espaço nos corre-
dores, evitando acidentes e utilizando o ambiente em todo o seu espaço, inclu-
sive vertical.

As estruturas de armazenagem porta-paletes podem ser divididas em ca-


tegorias diferentes, dependendo do que seja melhor para o sistema logístico:

Corredores estreitos

Com corredores estreitos é possível otimizar o espaço do armazém,


aumentando o espaço disponível. Esse tipo de estrutura exige maior valor
de investimento, principalmente em decorrência da necessidade de trilhos
para a movimentação de empilhadeiras.

Transelevadores

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AUXILIAR DE LOGÍSTICA

Os transelevadores também otimizam a utilização do espaço, já que


o corredor é ainda melhor. Como se trabalha com alturas superiores, é
possível também elevar a densidade de carga, permitindo movimentação
mais rápida.

Autoportante

O espaço vertical pode ser melhor aproveitado com o autoportante


que, além disso, pode ser construído em menor tempo, com menos inves-
timento, já que a estrutura é usada como suporte de fechamento lateral e
de cobertura, permitindo melhor distribuição da carga.

Deslizante

A estrutura deslizante apresenta área reduzida para circulação, man-


tendo os paletes protegidos, apresentando um aspecto de bloco. É uma
estrutura usada em locais limitados, para mercadorias de baixo giro e
maior valor agregado.

5.2 ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM PUSH BACK E FLOW RACK


As estruturas de armazenagem push back é preparada com carrinhos ins-
talados em trilhos, que são empurrados pelos paletes e estocados em sequência
em cada módulo.

Trata-se de um modelo que permite estocar até 4 paletes de profundidade


em cada nível.

O sistema é um dos mais utilizados pelo fato de as empresas precisarem


de maior densidade de carga, permitindo maior número de endereços para os
paletes.

A estrutura push back é semelhante ao drive-in, com montagem por


longarinas e montantes. O nome do sistema vem da forma como as cargas
são movimentadas, podendo o plano de carga ser utilizado de acordo com
as necessidades de cada empresa.

No push back, o primeiro palete colocado é empurrado pelo próximo


e, dessa forma, são armazenados os seguintes. No entanto, esse sistema

24
AUXILIAR DE LOGÍSTICA

apresenta uma limitação para a quantidade de paletes em profundidade,


em razão da complexidade dos trilhos e da força exigida pela empilhadeira
dos paletes já armazenados.

Nas estruturas de armazenagem flow rack, o armazenamento é feito


de forma manual, em caixas, em conjunto com linhas de transportadoras,
servindo para mercadorias que são embaladas para seu destino.

A montagem é feita através de rodízios plásticos inclinados, colocando-


-se as caixas em sequência, que são remetidas por um lado e recebidas pelo
outro. É uma estrutura mais dinâmica, ideal para empresas que trabalham
com pequenos volumes, permitindo selecionar inclusive itens fracionados.

O sistema utiliza a ação da gravidade, permitindo fácil reposição e ma-


nuseio dos itens, utilizando como estrutura de sustentação os módulos por-
ta-paletes ou estruturas em cantoneira.

Sua principal vantagem é permitir melhor organização dos itens ar-


mazenados, tornando mais fácil sua localização.

5.3 ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM DRIVE-IN E DRIVE-


THROUGH
As estruturas de armazenagem drive-in oferecem maior capacidade
de estoque, atendendo principalmente o sistema LIFO (último que entra,
primeiro que sai). Os itens podem ser acumulados, retirando-se apenas os
que estejam mais acessíveis.

O modelo permite maior densidade de itens armazenados, economi-


zando espaço de manobra e oferecendo menor custo por metro quadrado,
exigindo apenas um corredor frontal.

A desvantagem do sistema está na dificuldade e na demora de acesso


a itens específicos, que tenham sido armazenados anteriormente, já que
ficam isolados no fundo das prateleiras.

Nas estruturas de armazenagem drive through, o espaço de armazenamen-


25
AUXILIAR DE LOGÍSTICA

to oferece boa capacidade, eliminando a existência de espaço entre as prate-


leiras. No entanto, como o modelo utiliza o sistema de armazenagem FIFO
(primeiro que entra, primeiro que sai), o que chega primeiro deve sair em
primeiro lugar e, para que tudo funcione bem, é necessário um corredor
para a entrada e outro para a saída dos produtos.

Além disso, é preciso também haver corredores laterais para a circula-


ção de empilhadeiras.

5.4 ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM DINÂMICAS


A principal característica das estruturas de armazenagem dinâmicas é
a rotação automática do estoque, permitindo a aplicação do sistema FIFO.
Assim, o palete é colocado em uma das extremidades do armazém, desli-
zando até a outra através de uma pista de roletes, utilizando redutores de
velocidade para manter a carga estabilizada.

Esse tipo de estrutura permite maior concentração da carga, exigindo


apenas dois corredores, sendo um deles responsável pela recepção e outro
pela expedição e retirada do palete.

É um sistema bastante utilizado para produtos alimentícios, que


possuem controle de validade e cargas paletizadas. O sistema exige a
utilização de uma empilhadeira, instalada em trilho inclinado com roletes.
A empilhadeira deslizada de uma extremidade a outra, sendo contida no
final.

5.5 ESTRUTURAS DE ARMAZENAGEM CANTILEVER


As estruturas de armazenagem cantilever são mais utilizadas por em-
presas que armazenam produtos de maior comprimento, como canos, tu-
bos e tábuas.

O sistema consiste, basicamente, em armazenamento de peças apoia-


das sobre eixos, ou braços, em vez de prateleiras. Dessa forma, a estoca-
gem de peças é facilitada, sendo feito o abastecimento pela lateral.

O próprio sistema e a proporção das peças armazenadas podem exi-


26
AUXILIAR DE LOGÍSTICA

gir maiores espaços para a mobilidade, havendo, no entanto, a possibilida-


de de armazenamento compacto, quando é exigido maior concentração de
produtos.

As estruturas de armazenagem foram desenvolvidas para cada tipo de


necessidade. Com o planejamento correto, é possível garantir economia e
otimização nos armazéns.
Para entender como otimizar processos, é importante analisar o cus-
to do ciclo de vida da movimentação de materiais. Isso significa todas as
despesas entre o primeiro valor gasto para selecionar um método de movi-
mentação até a substituição total do método, peças ou equipamentos.

É importante incluir aqui também as despesas


com manutenção preditiva e custos gerais com manutenção e substituição
de peças.

UNIDADE V
6. FLUXOS E PROCESSOS LOGÍSTICOS
As empresas, desde a menor até a maior, passam por grandes mudanças
devido ao fato de o consumidor estar cada vez mais conectado, o que trouxe
uma série de comportamentos que são novidades para o mercado.

Agilidade, qualidade de serviços e produtos são as principais prioridades


do cliente. As compras são facilmente feitas pela internet e não basta oferecer
um bom produto. Seu negócio pode perder para outras empresas que o entre-
guem mais rápido, com mais qualidade e o armazenem de forma inteligente,
com foco total em rentabilidade.

A logística tem um papel muito importante nesse cenário. Os processos ma-


nuais se esgotaram. Agora, até mesmo os pequenos empresários podem contar
com softwares processuais que otimizam os fluxos logísticos da empresa.

6.1 MAS O QUE SÃO FLUXOS LOGÍSTICOS E OS TIPOS FLUXOS


27
AUXILIAR DE LOGÍSTICA

É o processo ou cadeia de processos fundamentais para atingir um objetivo


com foco no menor espaço de tempo, maior qualidade possível, visando o
menor custo ou desperdício.

Os principais tipos de fluxos são:


Fluxos de Materiais (responsável pelo transporte de materiais, que pode ser
realizado por meios como rodoviário, aeroviário, marítimo, entre outros);

Fluxos de informações (é o fluxo de dados que devem ser sempre corretos e


precisos para otimizar a eficácia dos processos organizacionais. Este fluxo pode
aumentar a competitividade empresarial);

Logística Reversa (é a logística de devolução, muito comum em serviços de co-


letas);

Fluxo econômico (trata-se do investimento estratégico em logística voltado para


atingir lucros crescentes).

6.2 O FLUXO DE INFORMAÇÃO NA LOGÍSTICA


DE ARMAZENAGEM
Informação é um bem de grande valor para qualquer negócio. Por isso, en-
caixar to

das as mudanças que faz parte de uma rotina dinâmica de uma empre-
sa em um fluxo de logística inteligente pode parecer complicado.

Afinal, é necessário saber onde cada produto está, quando um item está
acabando em alguma loja, quanto tempo demora para que novos suprimentos
cheguem e a melhor forma de estocar cada tipo de produto. Esses são alguns
dos desafios.

Por isso, é vital que a área de logística de uma empresa seja integrada por
um bom software. Ele será o motor do fluxo de informações que tornarão o pro-
cesso de logística eficaz e rápido.

NÚMERO E LOCALIZAÇÃO DOS ARMAZÉNS

Um sistema de armazenagem eficaz precisa ter bem definido como


ficará disposto o armazém em relação à fábrica principal e consumidores.
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