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Cargos / ocupações / organograma dos

envolvidos nas operações de


movimentação de carga
Futuro Técnico em Logística, em sua atuação profissional, você poderá
perceber a relevância das pessoas nas organizações, suas atribuições e
contribuições. As atividades logísticas propiciam uma visão sistêmica da
organização, uma vez que esteja relacionada à movimentação de pessoas
matérias-primas e materiais intermediários e acabados, exigindo assim,
conhecimento, comprometimento e treinamento, para garantir a integridade
de todas as pessoas envolvidas na movimentação de cargas, assim como, a
otimização de recursos, sejam de equipamentos e instalações, como de
ambientais e demais recursos organizacionais.

O mercado de trabalho recebe muito bem os profissionais da logística,


pois o amplo campo de atuação permite ao profissional trabalhar nos
setores de transporte, alimentação, produtos farmacêuticos, indústria e
vestuário, entre outros. Com isso, este profissional pode desenvolver
atividades nas áreas de expedição e almoxarifado, redes de distribuição,
suporte nos processos de compras, identificação de fornecedores, logística
interna na indústria e transporte.

Observe no quadro abaixo como estão distribuídas as vagas para


logística de acordo com os níveis: técnico, superior e gerências ou
diretorias:
Figura 1 – Quadro de vagas

Fonte: Adaptado quadro Catho.

Ao analisar o gráfico, percebemos que 36% das oportunidades


oferecidas são para profissionais de nível técnico e que este número cresce
diariamente.
Você pode perceber que todas estas atividades descritas no anúncio
são tarefas realizadas pelo profissional da logística, e para que este
profissional possa saber exatamente qual é o seu papel na organização os
“cargos” são criados.

Afinal, o que são os cargos?

De acordo com Chiavenato (2010), o cargo é a composição de todas


as atividades desempenhadas por uma pessoa – o ocupante – que podem
ser englobadas em um todo unificado e que figura certa posição formal do
organograma da empresa.

Como também, para que você saiba exatamente o seu papel na


empresa, qual é o seu trabalho, quais são suas funções, a complexidade
das suas tarefas e quais são suas responsabilidades.

Ao desenvolver um programa de
descrição e análise de cargos, é
importante ter clareza, utilizando frases
simples e específicas, de acordo com
Chiavenato (2010):

1. O tipo de trabalho

2. O grau de complexidade

3. O grau de habilidades
requeridas

4. O grau em que os problemas


são padronizados

5. A responsabilidade de cada
fase do trabalho

6. O grau e tipo de atribuição


Após a criação dos cargos, eles podem ser classificados e alocados no
organograma organizacional.

O Organograma é usado para representar as relações hierárquicas


dentro de uma empresa ou a distribuição dos setores, unidades funcionais,
uma representação da organização em determinado momento e portanto,
pode mudar, deve ser flexível e de fácil interpretação.

Existem alguns tipos de organogramas, vamos conhecê-los?

Organograma vertical ou clássico: é o mais usado para


representar a hierarquia na empresa, é clássico e muito
utilizado. Apresenta os órgãos de decisão, de assessoria,
operacionais e o posicionamento hierárquico.

Observe o exemplo abaixo:


Figura 2 – Posicionamento do cargo no organograma clássico

Fonte: Adaptado de CHIAVENATO, 2010.

Organograma Radial ou Circular: é utilizado em empresas que


querem destacar a importância do trabalho em grupo. Neste
caso, não há a intenção de ressaltar a hierarquia na empresa,
porém, é uma estrutura pouco utilizada.

Figura 3 – Organograma radial ou circular

Fonte:<http://organogramas1tc.webnode.pt/tipos-de-organigramas/o-organograma-radial-ou-circular/>. Acesso em: 16 de

dez. de 2016.

Observe agora um organograma típico de um centro de distribuição, no


qual alguns cargos que trabalham com a movimentação das cargas estão
alocados :
Figura 4 – Organograma de um centro de distribuição

Fonte: <http://pt.slideshare.net/jmsvbatista/organograma-13586531>. Acesso em: 17 de nov. de 2016.

É possível observar que este é um organograma clássico de um centro


de distribuição e que os cargos denominados de “estoquista para entrada de
mercadoria” e “estoquista para saída de mercadoria”, trabalham diretamente
com a movimentação de cargas, sendo que o primeiro realiza o recebimento
de cargas e o segundo cargo apresentado trabalha com a saída de
mercadorias, ambos subordinados ao coordenador do Centro de
Distribuição.

Quando falamos em movimentação de cargas e nas atividades destes


profissionais, podemos pensar em todas as suas atribuições.

Vamos conhecer as principais atividades do profissional responsável


pela movimentação de cargas e que poderão constar em um plano de
cargos:
Auxiliar no planejamento dos espaços e na distribuição de
mercadorias, prestando informações necessárias à tomada de
decisão sobre operações logísticas.

Ajudar na organização e conservação de produtos.

Acompanhar o trâmite de cargas até o veículo e agendar


coletas.

Auxiliar no planejamento de prazos e redução de custos por


meio do desenvolvimento de estudos e de alternativas na
logística.

Auxiliar na recepção e entrega de materiais.

Auxiliar na otimização dos processos de movimentação e


armazenagem de materiais.

Auxiliar no remanejo de materiais.

Auxiliar na conferência e controle de materiais e produtos.

Auxiliar na elaboração de inventários.

E quando nos referimos ao Técnico em Logística, na descrição de


cargos, outras atribuições são alocadas, com um maior índice de
complexidade, e que estarão acima do cargo “movimentação de cargas” no
organograma da empresa:
Elaborar relatórios registrando ocorrências de avarias, faltas ou
extravios de mercadorias.

Avaliar, pesquisar e sugerir a utilização de transporte por


modalidade e tipos de veículos.

No caso de inconsistência física ou documental, indicar


providências necessárias para fins de regularização (logística
reversa).

Elaborar sistemas de separação de mercadorias e transporte


interno.

Acompanhar e verificar o uso de equipamentos de segurança


individual.

A fim de evitar faltas, perdas e elevados custos, controlar a


adequada movimentação de mercadorias.

Fornecer à área de compras dados que orientem sobre lotes


mínimos de pedidos por produto.

Elaborar fluxos de movimentação interna de mercadorias,


otimizando a utilização de mercadorias.

Realizar o levantamento e elaborar relatórios do fluxo de


transporte de mercadorias e seus respectivos custos.

Planejar e executar estudos de sistemáticas de unificação de


embalagens para efeitos de transporte interno.

Movimentar mercadorias conforme sua natureza, tipo e classe.

Observar volume, peso, densidade, símbolos e demais marcas


contidas nas mercadorias, mantendo sua integridade física e
observando a segurança no trabalho e os cuidados ambientais
necessários.
É possível perceber que todas as atividades descritas acima são
planejadas, acompanhadas por relatórios e indicadores. Quando os
profissionais de logística fazem uso de indicadores, acabam auxiliando no
estabelecimento da quantificação de um processo e estabelecem padrões
para analisar o desempenho. Os indicadores que representam determinado
processo sinalizam como ele se encontra e mostram para os gestores como
as atividades estão sendo desenvolvidas.

Os indicadores são essenciais ao


planejamento e controle dos processos
organizacionais, pois constituem o início
do planejamento. Estabelecem medidas
verificadoras do cumprimento de metas e
objetivos e sinalizam o rumo que a
organização está seguindo, facilitando
assim a gestão na tomada de decisões.

Na medida em que você conhece a importância do cargo, o significado


das atividades desenvolvidas, percebe a importância e responsabilidade do
seu trabalho, sua posição no organograma da empresa e as relações que
deverá estabelecer com os colegas ou subordinados, torna-se mais claro
compreender que sua dedicação e empenho no desenvolvimento das suas
atividades são fundamentais para a maximização de resultados.

Veja algumas dicas de livros para


aprofundar a leitura deste conteúdo, não
pare por aqui!

BALLOU, Ronald H. Logística empresarial:


transporte, administração de materiais e
distribuição física. São Paulo: Atlas, 2011.

BERATAGLIA, Paulo Roberto. Logística e


gerenciamento da cadeia de
abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2009.

CHRISTOPHER, Martin. Logística e


gerenciamento da cadeia de suprimentos.
São Paulo: Cengage Learning, 2014.

PARANHOS FILHO, Moacyr. Gestão da


produção industrial. Curitiba: Ibpex, 2007.

TADEU, Hugo Ferreira Braga (Org.).


Gestão de estoques: fundamentos,
modelos matemáticos e melhores
práticas aplicadas. São Paulo: Cengage
Learning, 2010.

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