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DALLE GRAVE

EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA


Advogados Associados &
OAB/SC 4.285
NASCIMENTO

VARA DE
FAZENDA PÚBLICA DE GASPAR – SC.

URGENTE

SUSAN THEISS, brasileira, solteira, inscrita no CPF sob o nº 004.953.179-42, no


RG sob o nº 3679917, professora, lotada na EEB Angélica e na EEB Zenaide, matrícula
17.235, residente e domiciliada na Rua José Koser, nº 125, Bairro Belchior Alto, no
município de Gaspar-SC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de
seus advogados que esta subscrevem, com fulcro no art.5.º, inciso LXIX, da Constituição
Federal, e nos moldes do estatuído pela Lei n.º 1.553/51 e no Código de Processo Civil,
propor o presente:

MANDADO DE SEGURANÇA, COM PEDIDO DE LIMINAR

Em face de ato do Secretario de Educação do Município de Gaspar-SC, Sr.


Emerson Antunes, Rua Coronel Aristiliano Ramos, nº 435, Centro, CEP: 89110-900, E-
mail: emerson.antunes@gaspar.sc.gov.br, Fone: (47) 3091-2200.

1 DOS FATOS

O impetrado, na qualidade de Secretário Municipal de Educação do Município de


Gaspar-SC, determinou, através da Portaria 6.940 de 16 de agosto de 2021 (cópia anexa), que

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todos os servidores municipais da educação se submetessem a vacinação contra o coronavírus,


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como condição para continuar a trabalhar no serviço público de educação do município.

O artigo 3º da Portaria 6.940/21 dispõe:

Art. 3ºA recusa, sem justa causa, em submeter-se à vacinação contra o coronavírus
caracteriza falta disciplinar do trabalhador da educação, passível das sanções
dispostas, respectivamente, na Lei Municipal nº 1.305, de 9 de outubro de 1991 e
Decreto-Lei Federal nº 5.452, de 1º de maio de 1943, sem exclusão de outras
legislações aplicáveis.
Parágrafo único. A partir do dia 10 de setembro de 2021, os trabalhadores da
educação que se recusarem, sem justa causa, em submeter-se à vacinação contra o
coronavírus não poderão adentrar nas Instituições de Ensino e terão falta
injustificada ao trabalho.

Em 08 de junho de 2021, impetrante já havia assinado o Termo de Consentimento


Livre e Esclarecido Recusa da Vacinação (cópia em anexo).

Outrossim a impetrante já foi contaminada pelo coronavírus em fevereiro de 2021


(cópia do exame em anexo), se tratou com o uso de medicamentos, adquiriu/criou imunidade
natural contra o coronavírus – SARS-Cov-2, conforme comprova o exame ImunoScov19
(cópia em anexo)

2 PRELIMINAR – COMPETÊNCIA JUSTIÇA ESTADUAL

Preliminarmente, destaca-se que compete à Justiça comum estadual o julgamento


de causas entre o poder público e servidora a ele vinculada por relação jurídico-
administrativa, tendo em vista a natureza estatutária do vínculo estabelecido. Esse é o
entendimento sedimentado pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Direita de
Inconstitucionalidade nº 3.395:

EMENTA : CONSTITUCIONAL E TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA


DO TRABALHO. ART.114, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EMENDA
CONSTITUCIONAL 45/2004. AUSÊNCIA DE INCONSTITUCIONALIDADE
FORMAL. EXPRESSÃO “RELAÇÃO DE TRABALHO”. INTERPRETAÇÃO
CONFORME À CONSTITUIÇÃO. EXCLUSÃO DAS AÇÕES ENTRE O PODER
PÚBLICO E SEUS SERVIDORES. PRECEDENTES. MEDIDA CAUTELAR
CONFIRMADA. AÇÃO DIRETA JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE.
1. O processo legislativo para edição da Emenda Constitucional 45/2004, que deu
nova redação ao inciso I do art. 114 da Constituição Federal, é, do ponto de vista
formal, constitucionalmente hígido. 2. A interpretação adequadamente
constitucional da expressão “relação do trabalho” deve excluir os vínculos de
natureza jurídico estatutária, em razão do que a competência da Justiça do
Trabalho não alcança as ações judiciais entre o Poder Público e seus servidores.

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No mesmo norte é a súmula 137 do STJ: “Compete à Justiça Comum Estadual


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processar e julgar ação de servidor público municipal, pleiteando direitos relativos ao vínculo
estatutário.”

O Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Município de Gaspar-SC foi


instituído pela Lei municipal 1305/91; competindo à Justiça comum o julgamento do feito,
uma vez que não estaria abrangido pela competência da Justiça do Trabalho conferida pela
Emenda Constitucional 45/2004 (Reforma do Judiciário).

A Impetrante apesar de não ter prestado concurso público passa a ser estatutária
com a instituição do regime jurídico único, mas não ocupa cargo efetivo, pois a proibição de
transposição automática de emprego público em cargo efetivo não afeta a submissão desses
servidores ao regime jurídico estatutário.

3 FUNDAMENTAÇÃO

O objeto do presente mandado de segurança é suspender, seja


liminarmente, seja ao final definitivamente, da exigência de obrigatoriedade da vacinação
contra Covid-19 pelo Sr. Secretário de Educação do Município de Gaspar-SC para que a
impetrante continue a trabalhar como professora da rede pública de ensino do município.

Data vênia, a determinação do impetrado em exigir a vacinação


da impetrante para continuar trabalhando como professora da rede pública de ensino do
município de Gaspar-SC é inconstitucional, ilegal e abusiva, porque a impetrante já adquiriu
imunidade natural e diante dos riscos de efeitos colaterais das vacinas predomina ainda o
direito individual de escolha em se submeter ou não à imunização por vacina.

Apesar de o teste apresentar que a impetrante adquiriu imunidade contra o


coronavírus, conforme laudo do exame ImunoScov19 que aponta “Anticorpos Proteina S
IgG: 225 U IB-BR” resultando em uma resposta imune Humoral Pós-COVID19 de 100%, o
impetrado negou seu pedido de isenção da obrigatoriedade de vacinação, conforme Ofício
089/2021/SEMED sob o argumento de que o Município segue a legislação sanitária estadual,
em especial Decreto 1.408/2, bem como Decreto Municipal nº 10.096/21 e Portaria nº
6.940/21 da Secretaria de Educação Municipal, o pedido de dispensa não preencheria os
requisitos legais (doc. em anexo).

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Quanto à origem e aplicação do exame ImunoScov19 desenvolvido pela empresa


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Imunobiotech:

Um grupo de cientistas comandado por médicos gaúchos desenvolveu um exame


considerado inovador em meio à pandemia do novo coronavírus. O teste, além de
identificar se a pessoa já teve contato ou não com o vírus, indica se o paciente está
desenvolvendo imunidade contra a Covid-19. O Laboratório Mont'Serrat, de Porto
Alegre, será o primeiro a aplicar os exames, a partir desta segunda-feira (8).
A tecnologia totalmente brasileira tem potencial para mudar o panorama de
enfrentamento à pandemia, explica Alberto Stein, médico, doutor em medicina pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e membro do grupo de pesquisa.
"É uma ferramenta para enfrentar a doença com mais segurança", diz Stein, à
medida em que as pessoas saibam se estão seguras para retomar suas atividades.
O pesquisador lembra que 85% dos contaminados pelo vírus são assintomáticos ou
têm sintomas muito leves. O teste é realizado a partir de uma coleta de sangue que
quantifica a presença de anticorpos reagentes à proteína S (responsável pela ligação
do vírus com a célula humana). Estudos mostram que parte dos anticorpos
produzidos contra essa proteína seriam neutralizantes, ou seja, anticorpos que
inibem a ligação da proteína S do vírus à enzima ACE2, presente na superfície das
células pulmonares.1

Conforme informações extraídas do Laboratório Mont’Serrat responsável por


aplicar o exame ImunoScov19:

ImunoScov19
Recomendado para pacientes a partir do 15°dia do inicio dos sintomas ou provável
contágio. Indicado também para verificar imunidade pós vacinal.Indica se teve
contato prévio e se formou anticorpos neutralizantes. Exame indicado para verificar
se a pessoa esta imune no momento.
Material: sangue
Prazo de liberação: 2 dias
O ImunoScov19® é um ensaio imunoenzimático do tipo ELISA que utiliza uma
metodologia mais sensível para identificar pacientes que já sofreram infecção pelo
SARS-CoV-2 ou que possuem algum grau de imunidade cruzada com o vírus. O
teste quantifica a concentração de anticorpos presente na amostra. O teste apresenta
uma altíssima sensibilidade (capacidade de identificar corretamente pessoas
com imunidade contra o vírus) de 98,2%. O teste detecta a presença de anticorpos de
classe IgG — imunoglobulinas de tipo G — para a proteína S total. Essa proteína é
composta por três componentes (S1, S2 e tronco, que liga as duas partes) que
formam a espícula viral do SARS-CoV-2. Esta estrutura fica na parte externa do
vírus e tem papel fundamental na entrada do vírus na célula humana. A porção S1 é
responsável pela ligação do vírus na célula humana (Docking) e a porção S2 pela
internalização partícula viral para dentro da célula. A proteína S por ser responsável
pela entrada do SARS-CoV-2 na célula humana estimula a produção de anticorpos
chamados neutralizantes, que bloqueiam a infecção do vírus no corpo. Este é o único
teste no mercado que oferece a possibilidade de detecção de anticorpos contra a
proteína S total conformacional

1
Disponível em: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/especiais/coronavirus/2020/06/742427-exame-
que-testa-imunidade-contra-coronavirus-tem-aplicacao-pioneira-em-porto-
alegre.html#.YTkLHycJaZg.whatsapp. Acesso em: 13/10/21.
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Sobre o Algoritmo criado para interpretar o teste: Os estudos de avaliação


populacional deste teste, realizados com amostras obtidas através de uma parceria
com a PUCRS e a UFRJ e utilizando amostras de pacientes saudáveis pré-Covid-
19 (amostras obtidas até 2018) bem como amostras sabidamente positivas para
COVID19, resultaram na criação de um algoritmo inovador que permite classificar
os pacientes em quatro grupos distintos: Grupo 1: Pacientes sem imunidade humoral
detectável (que representam 60,15% da população) Grupo 2: Pacientes com nível 1
de imunidade humoral cruzada (35,27% da população) Grupo 3: Pacientes com nível
2 de imunidade humoral cruzada (4,58% da população) Grupo 4: Pacientes com
imunidade humoral pós-Covid-19Entende-se por imunidade cruzada, a presença
de anticorpos semelhantes aos gerados em uma infecção do Covid-19. Isto ocorre
pela presença dos mesmos epítopos em patógenos diferentes. A homologia entre
proteínas virais é comum. No caso de diferentes espécies de corona vírus
esta homologia no geral chega a 75%, a subunidade S2 apresenta uma homologia
ainda maior de quase 99%.
Ainda estamos avaliando se a presença de anticorpos de imunidade cruzada pode
proteger o paciente da infecção pelo SARS-CoV-2, mas já existem evidências neste
sentido. Artigos publicados confirmam que uma antecipada reatividade cruzada à
subunidade S2 está correlacionada à sobrevivência após doença severa. Um artigo
na Science descreve que a existência de imunidade humoral pré-existente e “de
novo” ao SARS-CoV-2 em humanos. Assim, a distinção entre estas imunidades será
crítica para o nosso entendimento da suscetibilidade à infecção pela Covid-19 e/ou o
curso natural da doença. Em outra referência encontramos que anticorpos que
reconhecem um destes epitopos de fusão do peptídeo S2 estão implicados na
neutralização viral. A sua presença prévia à infecção pelo SARS-CoV-2
pode mitigar a severidade da Covid-19.
Com o exposto, fica mais evidente que o ImunoScov19® também é o teste ideal
para quantificar a imunidade pré-existente, bem como a imunidade adquirida após a
infecção. Mais recentemente temos utilizado este ensaio para detectar a resposta
humoral pós-vacinação. Demostramos recentemente que duas das vacinas
disponíveis no Brasil (de RNA e de vírus inativado) produzem uma resposta
humoral compatível com os níveis de resposta obtidos em pacientes que
desenvolvera a Covid-19.2

Segundo informações passadas diretamente pelo Laboratório Mont’Serrat via


WhatsApp aos patronos da impetrante:

Este exame é executado como metodologia in house, seguindo RESOLUÇÃO DE


DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 302, DE 13 DE OUTUBRO DE 2005
(Publicada em DOU nº 198, de 14 de outubro de 2005) e NOTA TÉCNICA
CONJUNTA N° 001/2016 GEVIT/GGTPS/ANVISA GRECS/GGTES/ANVISA
(Aplicação de produtos rotulados como RUO em metodologias in house por
laboratórios clínicos).

A impetrante não olvida o fato de que a Avisa relativiza a eficácia e aplicação de


exames imunológicos para Covid-19, pois a ciência ainda está em desenvolvimento quanto à
quantidade mínima de anticorpos neutralizantes necessários para conferir proteção
imunológica contra a infecção pelo SARS-Cov-2, o que vale tanto para o pós covid-19 quanto

2
Disponível em: https://www.laboratoriomontserrat.com.br/exames-especificos/covid-19. Acesso em: 13/10/21.
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para o pós vacinação. Apenas se dá o direito, e pleiteia essa garantia em juízo, de que seja ela,
a titular do direito a vida, da liberdade de decisão e escolha quanto ao caminho seguir.

Desde o início da pandemia de coronavírus – SARS-Cov-2 vem-se observando


uma polarização de opiniões contra e a favor dos meios de combate e tratamento da doença.

Em primeiro lugar, como naturalmente deveria acontecer, observou-se uma


corrida pelo desenvolvimento de vacinas capazes de inibir o contágio ou amenizar os
sintomas da doença.

Concomitantemente, surgiu o tratamento precoce, com a intervenção


medicamentosa, mediante o uso de fármacos com efeitos antiviral (frisa-se, efeitos antivirais e
não antiviral), que visam a reduzir a carga de vírus no organismo e estimular a resposta
imunológica do corpo.

Para as duas correntes existem opiniões técnicas favoráveis, fato público e


notório, de fácil constatação pela leitura dos mais vários veículos de informação.

As vacinas desenvolvidas, conforme informações dos fabricantes e de casos


noticiados nos meios de comunicação e mesmo de redes sociais de fabricantes e expert, são
relativamente eficazes, no combate ao Covid-19. Imunizam parcialmente, e em percentuais
variáveis uma para a outra. Não inibem o contágio e minimizam os quadros de infecção de
forma até imprevisível, pois há muitos casos em que o paciente completa o ciclo de
imunização pela vacina é infectado pelo vírus e seu quadro evolui chegando ao óbito.

O tratamento precoce apesar dos relatos de sua eficácia dos médicos que aplicam
o protocolo e de pacientes que fizeram uso, não tinha estudos específicos e aprovação formal
para sua utilização, o que justificava os alertas quanto aos seus efeitos colaterais, a serem
administrados com o devido acompanhamento médico e orientação dos riscos.

Desse quadro geral se extrai que a ciência foi parcialmente utilizada, na medida
em que surgiram grupos defensores do tratamento precoce e grupos de defensores da
imunização por vacinação, isoladamente; esquecendo-se que a ciência fragmentada não é
ciência, mas sim experimento científico; e o destinatário final vira cobaia.

O resultado está sendo a violação dos direitos fundamentais, tanto de informação


quando da liberdade de escolha em fazer ou não fazer uso de determinado tratamento.

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Trata-se de direitos principiológicos, constitucionalmente garantidos pelo artigo 5º


da Carta da República, e reafirmados no artigo 15 do Código Civil Brasileiro.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelece;
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a
tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.

A imposição da obrigatoriedade da vacinação pelo Poder Público viola sem


justificativa plausível os referidos direitos fundamentais, porque as vacinas não são extreme
de duvidas seguras.

O próprio impetrado fez o alerta à impetrante desses riscos quando da assinatura


do Termo de Consentimento Livre e Esclareci Recusa da Vacinação Contra Covid-19, mas
mesmo assim impõe a vacinação como obrigatória para a impetrante continuar a trabalhar:

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Argumentos como o de que quem não se vacinou contaminaria quem se vacinou


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não justifica a relativização aos sagrados direitos fundamentais individuais de liberdade de


escolha, porque os imunizados por vacina também continuam potenciais transmissores do
coronavírus.

Outro argumento para obrigar a vacinação é o de que o país dispõe de um Plano


Nacional de Imunização-PNI obrigatório, e que portanto a vacina contra a Covid-19 pode ser
imposta obrigatoriamente, mas esquece-se que aqueles imunizantes passaram por um processo
de desenvolvimento e aprovação regular e rigoroso, sem supressão de etapas, garantindo um
controle de eficácia e efeitos colaterais, o que não é o caso das vacinas contra a Covid-19,
ainda em desenvolvimento, ou seja, experimentais, com risco que legitimam a recusar de
quem não quer se vacinar, mantendo intacto o direito individual da liberdade de escolha.

Inclusive as autorizações de uso das vacinas concedidas pela Anvisa são todas
temporárias, por causa da supressão das etapas normais das fases de desenvolvimento dos
imunizantes.

A título de exemplificação, o parágrafo § 4º, do artigo 7, da PORTARIA


CONJUNTA SES/SED/DCSC nº 1967, de 11 de agosto de 2021 da, reprisado no artigo 6º,
§4º, do Decreto/SC nº 1408 DE 11 agosto de 2021, prevê “A impossibilidade de se submeter à
vacinação contra a Covid-19 deverá ser comunicada à chefia imediata e devidamente
comprovada por meio de documentos que fundamentam a razão clínica da não imunização”,
ou seja, a vacinação pode ser prescindida, não é absoluta no controle da pandemia porque não
traz em si as garantias desejadas e necessárias para uma imunização segura como as que se
têm para outras doenças.

A verdade é que a imposição é mais vontade pessoal ou política de quem deseja


tal medida do que uma medida efetiva como solução extreme de dúvida segura contra o
coronavírus.

Até as dúvidas desaparecerem, com o controle absoluto dos efeitos colaterais e


mapeamento dos grupos que podem apresente e atingirem um percentual desejável de
imunização, a vacinação contra a Covid-19 não pode ser obrigatória.

O direito individual da liberdade de decidir se sujeitar ou não a vacinação não


colide com o coletivo em usá-la como um dos meios de controle da pandemia, por que não se

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trata de uma solução absoluta ainda, encerra riscos importantes que não podem ser olvidados,
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“as reações adversas incluem cerca de 20 doenças, dentre elas artrite, narcolepsia, encefalite e
derrame. A trombose também foi adicionada à lista.”3

Alega-se que os riscos de não tomar a vacina são maiores que os possíveis efeitos
colaterais que podem ocorrer ao tomá-la, como se fosse argumento plausível para impor a
obrigatoriedade da vacina, e suprir o indivíduo o direito de decidir se assume os riscos de tais
efeitos colaterais.

A impetrante não está a incentivar quem quer que seja a se vacinar ou não, ou a
fazer uso, mediante orientação médica, de qualquer outro meio de controle e tratamento da
Covid-19, mas reluta em aceitar a relativização do seu direito individual fundamental da
liberdade de escolha de se vacinar ou não. Entende aceitável tal medida somente quando as
vacinas contra Covid-19 atingirem um grau de eficácia e controle de efeitos colaterais,
observando todas as fases ordinárias de desenvolvimento.

Em suma, como ato administrativo que é, a exigência de vacinação dos serviços


públicos da educação pelo impetrado encontra-se maculada pelo vício da
inconstitucionalidade e ilegalidade, porque ao pretender relativizar o direito máximo
individual da liberdade, no caso liberdade de escolha em se submeter ao tratamento
preventivo de saúde que é a vacinação, não traz em sim a garantia de segurança contra efeitos
colaterais. Ao contrário, exime-se de quaisquer responsabilidades ao alertar no Termo de
Consentimento Livre e Esclareci Recusa da Vacinação Contra Covid-19 da possibilidade de
efeitos colaterais e de que as vacinas não representam uma imunização absoluta.

Ressalta-se novamente que a impetrante não está a combater o uso das vacinas
contra o coronavírus, mas sim a sua obrigatoriedade.

O Código de Nuremberg prevê que o consentimento voluntário do ser humano é


absolutamente essencial. Vejamos:

1. O consentimento voluntário do ser humano é absolutamente essencial. Isso


significa que as pessoas que serão submetidas ao experimento devem ser legalmente
capazes de dar consentimento; essas pessoas devem exercer o livre direito de
escolha sem qualquer intervenção de elementos de força, fraude, mentira, coação,
astúcia ou outra forma de restrição posterior; devem ter conhecimento suficiente do

3
Cf.: https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2021/07/efeitos-colaterais-sao-bastante-improvaveis-
apos-periodo-proximo-a-vacinacao, Acesso em: 20/08/21.
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assunto em estudo para tomarem uma decisão. Esse último aspecto exige que sejam
explicados às pessoas a natureza, a duração e o propósito do experimento; os
métodos segundo os quais será conduzido; as inconveniências e os riscos esperados;
os efeitos sobre a saúde ou sobre a pessoa do participante, que eventualmente
possam ocorrer, devido à sua participação no experimento. O dever e a
responsabilidade de garantir a qualidade do consentimento repousam sobre o
pesquisador que inicia ou dirige um experimento ou se compromete nele. São
deveres e responsabilidades pessoais que não podem ser delegados a outrem
impunemente.

O Código Civil (art. 15) dispõe que ninguém pode ser constrangido a submeter-se,
com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.

A Constituição Federal (art. 196) estabelece que, antes de ser dever do Estado, a
saúde é um direito da pessoa e ela deve ser a responsável pelas decisões que toma no que se
refere à integridade física e à saúde ela, sempre com supervisão de um Médico de confiança.

Ao contrário da finalidade, motivo e objeto declarados pelo impetrado, mormente


na Portaria nº 6.940/21, as vacinas não estão garantindo proteção ou imunização das pessoas
como ser quer fazer crer, ao contrário, tem causado diversos problemas de saúde e gerado
uma falsa expectativa de imunidade que por vezes é desafiada pelo óbito dos vacinados que
contaminados com o coronavírus após a imunização pela vacina quedam-se me casa na falsa
expectativa de que o quadro não vai se agravar e procuram tratamento tardiamente vindo a
óbito.

Acrescenta-se que tais vacinas não apresentam comprovações de eficácia,


segurança e efeitos, são experimentais como o próprio impetrado ressaltou no Termo de
Consentimento Livre e Esclareci Recusa da Vacinação Contra Covid-19 e não se encontram
devidamente testadas, até porque não houve tempo suficiente para comprovar que tragam os
benefícios esperados à população, considerando-se que historicamente a mais rápida foi a
vacina contra caxumba, que levou 4 anos para ficar pronta.

Excelência, garantir o direito individual da impetrante de liberdade em escolher


não se vacinar não fere o interesse de quem quer se vacinar, nem milita em desfavor da
imunização coletiva, pois todas as medidas de combate a Covid-19 ainda estão em estudo e
desenvolvimento, nenhuma encerra qualquer garantia de imunidade, tanto que quem se
vacinou deve continuar fazendo uso das demais medidas de contenção da pandemia, tais
como distanciamento social, uso de máscara, álcool em gel, etc.

Conforme anota JJ Gomes Canotilho, o problema da limitação de direitos


fundamentais é um dos mais importantes e complexos do direito constitucional, pois
os direitos estão, por vezes, em conflito com outros bens ou direitos

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constitucionalmente protegidos, impondo-se, nesse caso, a ponderação de bens e


direitos, tendo-se por objetivo a obtenção, se possível, de uma concordância prática
entre os vários bens e direitos protegidos jurídico-constitucionalmente.4

A verdade é que no cenário prático não há conflito entre direitos, por um lado
temos o poder público lançando mão de medidas disponíveis até o momento para tentar conter
a pandemia, mas tudo em desenvolvimento ainda, do outro lado a impetrante buscando
garantir seu direito individual de não tomar a vacina por enquanto, porque ainda tem riscos.
Mas um direito/interesse não colide, não anula, nem inviabiliza o outro. Pensar o contrário é
mero artifício de retórica política, de interesse em fazer algo que se elegeu com politicamente
correto, como se quem não quer se vacinar ainda não respeitasse a saúde alheia, o que não é
verdade.

Conforme se vê, para efeitos de análise e concessão da medida liminar, o fumus


boni iuris, encontra-se presente, diante da ameaça ao direito fundamental individual de
liberdade de escolha em que se submete ou não à vacinação, se é que isso represente
obstáculo ao processo de imunização coletiva. Para configuração do fumus boni juris, ensina
Theodoro Junior, “é preciso demonstrar a existência do direito material em risco”.5

Ainda da lição de Theodoro Junior, o periculum in mora consiste na possibilidade


de um dano potencial, um risco que corre o processo de não vir a ser satisfeito, caso venha
faltar as circunstâncias favoráveis a própria tutela 6, ou seja, é o fundado receio de que até que
a tutela jurisdicional principal venha a ser satisfeita, a impetrante tenha sofrido danos de
difícil reparação.

O periculum in mora resta indiscutível, pois, trata-se de questão de saúde, quiçá


vida ou morte, e de efeitos irreversíveis que as vacinas podem causar à impetrante que está
sendo compelida à vacinação sob pena de perder seu emprego, fonte de renda e sustendo da
família, redundando em mais de uma restrição a direitos fundamentais, de trabalhar.

A medida é plenamente reversível, pois evoluindo os estudos das vacinas e


passando por todas as etapas de produção e controle, realmente lançando-se mão da ciência

4
Citado por: SCHAFER, Jairo Gilberto. Direitos Fundamentais: proteção e restrições. Porto Alegre: Livraria
do Advogado, 2001, p. 61.
5
THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. São Paulo: Forense. p. 1.116. V- II.
6
Ibidem. p. 1.117.
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em sua totalidade, ao contrário do que se vê hoje, a vacinação poderá e deverá ser aprovada
NASCIMENTO

para uso permanente e obrigatório.

Não há plausibilidade na realização apressada de tão grave ação do impetrado,


não havendo nenhum indício de que a impetrada possa causar riscos à saúde de outrem, pois
já está imune naturalmente ao coronavírus, e está a disposição para cumprir as demais
determinações de contenção da pandemia.

Por oportuno, cabe trazer a baila que o Conselho da Europa (COE), a principal
organização de direitos humanos do mundo, é o órgão dirigente do Tribunal Europeu dos
Direitos do Homem, que 47 países membros, incluindo todos os Estados-membros da UE, são
partes contratantes do COE e da Convenção Europeia dos Direitos Humanos (CEDH), editou
a Resolução 2361/2-21 que proíbe os Estados de obrigar a vacinação contra o coronavírus ou
que ela possa ser usada para discriminar trabalhadores ou qualquer pessoa que não seja
vacinada. São estes os pontos específicos:

7.3. Sobre a garantia de alta aceitação da vacina:


7.3.1. Assegure-se de que os cidadãos sejam informados de que a vacinação NÃO é
obrigatória e que ninguém é pressionado política, socialmente ou de outra forma a
ser vacinado se não quiserem fazê-lo eles próprios.
7.3.2. Garantir que ninguém seja discriminado por não ser vacinado, por possíveis
riscos à saúde, ou por não querer ser vacinado.
A Resolução completa na versão original está disponível em
https://pace.coe.int/en/files/29004/html. Acesso em: 19/07/2021.

Por todos esses motivos, é razoável a concessão da liminar para suspender a


determinação do impetrado de obrigatoriedade de vacinação à impetrante. Está claro que é
uma ação deliberadamente política, pois a vacinação não tem o poder de garantir imunidade
que a impetrante já demonstrou ter através do exame, bem como guarda possíveis riscos de
efeitos colaterais, que podem até ser irreversíveis.

Ao Poder Judiciário cabe equacionar os ânimos e interesses que afloram neste


momento mundialmente calamitoso. Não lhe pode neste momento, como nunca faltou, bom
senso para sopesar e garantir na busca pelo interesse público os direitos individuais
insofismáveis.

É evidente que ninguém é contra uma vacina, desde que ela ofereça segurança e
eficácia, tenha efeitos comprovados e seja útil, o que não se tem, infelizmente, até o
momento.

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Quando a Lei 13.979/20 (art. 3o., III, d) fala em determinação de realização


NASCIMENTO

compulsória de vacinação e outras medidas profiláticas, é evidente que se refere a uma vacina
pronta, não a um experimento, como é o caso, até mesmo em razão do tempo insuficiente para
termos uma vacina segura, eficaz e com efeitos claros.

Além disso, tal lei não revogou o Código Civil (art. 15). Ambos se
complementam. Ora, se a vacina não estivesse causando problemas, não seria necessário
invocar o Código Civil. Entretanto, os problemas ocorrem a olhos vistos e nenhum ser
humano pode ser compelido a buscar a própria morte (nemo tenetur se detegere); por mais
remota possa se dizer ser a chance disso acontecer com quem se vacinar.

O objetivo da vacina seria imunizar a população, trazer saúde, proteger contra o


coronavírus. Ocorre que não necessariamente isso está acontecendo. Pessoas vacinadas estão
se reinfectando, tendo problemas de saúde e morrendo. Portanto, a imposição delas por parte
do impetrado constitui verdadeiro abuso de direito e de poder, sendo conduta inconstitucional
e ilícita.

A dimensão subjetiva dos direitos fundamentais diz respeito aos direitos de


proteção e de exigência de prestação por parte do indivíduo em face do Poder Público. A
dimensão objetiva estabelece diretrizes para a atuação dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário. Esta dimensão é também denominada eficácia irradiante dos direitos fundamentais,
vale dizer, o efeito irradiante é a capacidade que eles têm de alcançar os poderes públicos e
orientar o exercício de suas atividades principais.

Os direitos fundamentais conformam o comportamento do Poder Público, criando


para o Estado um dever de proteção desses direitos contra agressões (advindas do próprio
Estado ou de particulares); enfim, a feição objetiva obriga o Estado a adotar medidas que,
efetivamente, promovam e protejam os direitos fundamentais. Daí se vê que a atuação do
impetrado não é razoável, pois, não está promovendo ou protegendo o direito à liberdade, à
vida, à saúde, mas, agindo deliberadamente por algum impulso não previsto em lei ou com
interesses políticos.

4 REQUERIMENTOS

Pelo exposto, requer:

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1) PRELIMINARMENTE, a concessão de medida liminar para suspender


NASCIMENTO

exigência de vacinação para que a impetrante continue a trabalhar como professora da rede
pública de ensino do município de Gaspar-SC, mantendo-se integra sua remuneração, sem
descontos pelos dias em que foi impedida de acessar seu ambiente de trabalho;

2) Notificação do Ilmo. Sr. Secretário Municipal de Educação de Gaspar-SC,


autoridade coatora, a fim de que, no prazo legal, preste as informações que entender
necessárias;

3) Ao final, a concessão definitiva da segurança impetrada, após o cumprimento


dos trâmites legais, para concessão definitiva do efeito suspensivo da exigência de vacinação
contra a Covid-19 para que a impetrante trabalhe como professora da rede pública de ensino
do Município de Gaspar-SC;

4) Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente a


documental inclusa e demais que se fizerem necessárias ao regular deslinde do feito;

5) Concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, por não ter


condições de pagar as custas judiciais se prejuízo do próprio sustento e de sua família,
principalmente por correr o risco de perder seu emprego por ato o impetrado.

Dá à causa o valor de 1.000,00 (Hum mil reais) para efeito ficais.

Nestes termos, pede deferimento.

Blumenau – SC, 14 de setembro de 2021.

LUCIANE DALLE GRAVE


OAB/SC 12.574

IVAN LUCIANO DO NASCIMENTO


OAB/SC 18.250

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