Você está na página 1de 159

ADMINISTRAÇÃO

GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais
da Administração Pública

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ADRIEL SÁ

Professor de Direito Administrativo, Administra-


ção Geral e Administração Pública em diversos
cursos presenciais e telepresenciais. Servidor
público federal da área administrativa desde
1999 e, atualmente, atuando no Ministério Pú-
blico Federal. Formado em Administração de
Empresas pela Universidade Federal de Santa
Catarina, com especialização em Gestão Públi-
ca. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É
coautor da obra “Direito Administrativo Facili-
tado” e autor da obra “Administração Geral e
Pública - Teoria Contextualizada em Questões”,
ambas publicadas pela Editora Juspodivm.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Administração Pública e Governo...................................................................4


1. Introdução..............................................................................................4
2. Sentido Subjetivo e Sentido Objetivo..........................................................5
3. Função Administrativa............................................................................ 10
4. Princípios da Administração Pública.......................................................... 13
4.1. Princípios Expressos............................................................................ 14
4.2. Princípios Implícitos ou Reconhecidos..................................................... 20
4.3. Princípios Expressos no Decreto-Lei n. 200/1967..................................... 28
Resumo.................................................................................................... 33
Mapa Mental............................................................................................. 38
Questões de Concurso................................................................................ 39
Gabarito................................................................................................... 69
Gabarito Comentado.................................................................................. 70

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GOVERNO


1. Introdução
A expressão Administração Pública pode assumir sentidos diversos, conforme o
contexto em que esteja inserida. Vejamos:

Administração Pública
Sentido Amplo Restrito
Subjetivo, Órgãos governamentais
Apenas órgãos administrativos
Orgânico ou Formal e administrativos
Objetivo, Material Funções políticas
Apenas funções administrativas
ou Funcional e administrativas

Perceba que o termo “Administração Pública” envolve, em sentido amplo, além dos
órgãos e funções administrativas, os órgãos e funções políticas. Desde logo, vamos
separar as funções administrativas das funções políticas (de Governo)1.

As funções administrativas são complementares às leis. São realizadas basica-


mente de forma vinculada, visando ao atendimento concreto, direto e imediato do
interesse da coletividade. O “concreto” é ponto distintivo da função legislativa, tipi-
camente abstrata. O “direto” tem como contraponto a função judicante, em que o
exercício se dá por provocação do particular (princípio da inércia ou demanda). E o
“imediato” é para contrapor com a o caráter mediato da Ciência da Administração.

Já as funções políticas (de Governo) são aquelas realizadas pela alta cúpula da
Administração. São de extração constitucional, como o ato de declaração de Guerra
pelo chefe do Executivo Federal. Possuem como traços marcantes a coordenação,
a direção e o planejamento. São os núcleos do Estado, marcados pela maior discri-

cionariedade, definidores das políticas públicas.


1
Não confundir o conceito de Administração Pública com o de Fazenda Pública. Esta locução é utilizada para
denominar o Estado em juízo, quer dizer, enquanto pessoa jurídica de Direito Público, o Estado é acionado
no polo passivo e atua no polo ativo das ações judiciais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Acrescente-se que as funções políticas ou de Governo concentram-se, primaria-

mente, nos Poderes Executivo e Legislativo. Isso mesmo, “primariamente”. Afinal,

no Brasil, segundo o STF (ADPF 45/DF, por exemplo), o Judiciário, ainda que indi-

retamente, pode contribuir para a concretização de políticas públicas.

Governo Administração

Natureza Política Administrativa

Conduta Independente Hierarquizada

Responsabilidade Constitucional e política Técnica e legal

Discricionária Vinculada ou neutra


Atividade
(atos de Governo) (atos de execução)

2. Sentido Subjetivo e Sentido Objetivo


Retomando o nosso quadro-resumo, perceba que a Administração Pública pode

assumir o sentido subjetivo e o objetivo.

Em um primeiro sentido, o subjetivo, orgânico ou formal, a expressão diz

respeito aos sujeitos, aos entes que exercem a atividade administrativa (pessoas

jurídicas, órgãos e agentes públicos). Para identificar o aspecto orgânico, suficiente

a seguinte pergunta: quem exerce a atividade?

Já o sentido objetivo, material ou funcional designa a natureza da atividade,

as funções desempenhadas pelos entes, caracterizando, portanto, a própria função

administrativa, exercida predominantemente pelo Poder Executivo. Pergunta-chave

para identificação do sentido: qual a atividade (função) exercida?

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

No Brasil, se levássemos em consideração apenas o critério subjetivo, incidirí-

amos na escola do Poder Executivo ou italiano, ou seja, na corrente que defende

que apenas o Executivo é quem administra. Com o critério objetivo ou funcional,

supera-se o aspecto meramente formal, levando-se em conta o conteúdo do ato,

de tal sorte a abranger, inclusive, os atos praticados por particulares que façam as

vezes do Estado, como as concessionárias de serviços públicos.

Apesar de ser óbvio, vale reforçar: não é tão só o Poder Executivo que edita atos

administrativos. Todos os Poderes editam atos administrativos quando, por exem-

plo, abrem sindicância, efetuam aquisição de bens, nomeiam um funcionário ou

concedem férias. A diferença básica é que compete tipicamente ao Poder Executivo

administrar, ao passo que os outros Poderes, ao exercerem atividades administra-

tivas, encontram-se no desempenho de atribuições atípicas.

Registre-se, ainda, que o Poder Executivo exerce, além da sua típica função

administrativa, as funções de governo, que não constituem objeto de estudo do

Direito Administrativo.

O Direito Administrativo rege toda e qualquer atividade de administração, pro-

venha esta do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário. Isso porque o ato adminis-

trativo não se desnatura pelo fato só de ser aplicado no âmbito do Legislativo ou do

Judiciário, desde que seus órgãos estejam atuando como administradores de seus

serviços, de seus bens ou de seu pessoal.

Assim, no sentido subjetivo (ou formal ou orgânico, que são vocábulos sinôni-

mos), a expressão Administração Pública abrange órgãos, entidades ou agentes,

que tenham por papel desempenhar tarefas administrativas do Estado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Em reforço: para encontrarmos o sentido subjetivo de Administração

Pública, basta perguntar: quem exerce a função? Já para o sentido mate-

rial, vale a pergunta: quais são as atividades exercidas?

Administração Pública

Aspectos

Orgânico/Subjetivo/Formal Material/Objetivo/Funcional

Quem exerce? O que se pratica?

Serviços Poder
Órgãos Pessoas Agentes Fomento Intervenção
públicos de polícia

Energia Placas de Termos Agências


Ministérios Autarquias Servidores
elétrica sinalização de parceria reguladoras

Exemplos Exemplos

Analisemos o sentido assumido pela expressão Administração Pública, quando

vista de maneira objetiva (ou material ou funcional).

Na visão objetiva, a administração pública consiste nas atividades levadas a efeito

pelos órgãos e agentes incumbidos de atender as necessidades da coletividade. Nesse

contexto, a expressão deve ser grafada com iniciais minúsculas, por se tratar efetiva-

mente da atividade administrativa, a qual, ao lado da legislativa e da judiciária, forma

uma das funções tripartites do Estado. Agora, ao se referir à estrutura formal propria-

mente dita (o sentido subjetivo), prefira o uso de iniciais maiúsculas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Sob o ponto de vista material, a administração pública envolve as seguintes

atividades finalísticas: fomento, polícia administrativa, serviço público e

intervenção. A seguir, breves explicações:

I – fomento: refere-se à atividade administrativa de incentivo à iniciativa priva-

da de utilidade ou interesse público, tais como o financiamento em condições

especiais, as desapropriações que beneficiem entidades privadas desprovi-

das do intuito do lucro e que executem atividades úteis à coletividade;

II – polícia administrativa: abrange as atividades administrativas restritivas ao

exercício de direitos individuais, tendo em vista o interesse de toda a cole-

tividade ou do Estado. Não se trata, aqui, das polícias civil, federal e militar,

que são órgãos da Administração Pública, e, por consequência, compõem a

Administração Pública, mas no sentido subjetivo (ainda que exerçam ativi-

dades de polícia administrativa). Um bom exemplo é a fiscalização exercida

pelas Prefeituras para a concessão de “certidão de habite-se”;

III – serviço público: diz respeito às atividades executadas direta ou indireta-

mente pela Administração Pública e em regime predominantemente de direito

público, em atendimento às necessidades coletivas. É exemplo o serviço de

transporte urbano coletivo prestado por concessionárias de serviços públicos;

IV – intervenção: é entendida como a regulamentação e a fiscalização da ativi-

dade econômica de natureza privada (art. 174 da CF/1988), a interferência

do Estado na propriedade privada (exemplos da desapropriação e do tomba-

mento), bem assim a atuação do Estado diretamente na ordem econômica

(art. 173 da CF/1988). Como regra, essa atuação dá-se por intermédio de

empresas públicas e de sociedades de economia mista, instituídas e manti-

das pelo Estado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Quanto à intervenção, há crítica doutrinária acerca do alcance da função admi-

nistrativa. Como sobredito, a intervenção pode ser indireta ou direta.

A forma indireta de intervenção é a realizada, por exemplo, pelo Banco Central

(pessoa jurídica de Direito Público), em atividade tipicamente regulatória, marcada

predominantemente por normas de Direito Público. É o que prevê o art. 174 da

CF/1988 (atividades de regulamentação e fiscalização do setor econômico, como

as tendentes ao combate da formação de cartéis e trustes).

A direta, por sua vez, efetua-se por entidades empresariais do Estado, em

concorrência com outras empresas do setor, regidas, portanto, predominan-

temente por normas de Direito Privado. Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, por

exemplo, a atividade que o Estado exerce a título de intervenção direta na ordem

econômica não é assumida pelo Estado como atividade pública, e, bem por isso,

não deveria ser considerada função administrativa.

As atividades anteriormente listadas são atividades finalísticas (vistas de

dentro para fora – Administração Extroversa). No entanto, não podemos esquecer

que nem todo o Direito Administrativo é o que enxergamos ou sentimos, pois há

também outras atividades, sobremaneira importantes, que ocorrem no interior do

Estado, como as atividades-meio (Administração Introversa ou Instrumental).

Exemplos de função instrumental (função-meio, interna à Administração) são as

finanças públicas e a nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de

concurso público.

Por outro lado, se as relações administrativas são firmadas entre o Estado e os

particulares, a Administração é Extroversa, a exemplo do Poder de Polícia. Já se

os atos são praticados no interior da estrutura administrativa, a Administração é

Instrumental, é Introversa, como a criação de novos órgãos ou pessoas jurídicas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Para Diogo de Figueiredo Moreira Neto, enquanto a Administração Pública Ex-

troversa é finalística, dado que ela é atribuída especificamente a cada ente políti-

co, obedecendo a uma partilha constitucional de competências, a Administração

Pública Introversa é instrumental, visto que é atribuída genericamente a todos

os entes, para que possam atingir aqueles objetivos.

3. Função Administrativa

Um conceito válido para a função administrativa é o que a define como a fun-

ção que o Estado, ou aquele que lhe faça as vezes, exerce na intimidade de uma

estrutura e regimes hierárquicos e que, no sistema constitucional brasileiro, se

caracteriza pelo fato de ser desempenhada mediante comportamentos infralegais

ou, excepcionalmente, infraconstitucionais vinculados, submissos ao controle de

legalidade pelo Poder Judiciário.

Esse conceito – de Celso Antônio Bandeira de Mello – descreve bem a função admi-

nistrativa do Estado, com alguns destaques. Vejamos.

I – A função administrativa é levada a efeito pelo Estado ou por aquele

que lhe faça as vezes.

Nem todas as atividades de administração pública serão, necessariamente,

realizadas pelo Estado. Exemplo disso é a prestação de serviços públicos,

muitas vezes desempenhados por particulares (concessionários, permissio-

nários e autorizatários, por exemplo), que fazem as vezes do Estado, uma

vez que, ao fim, seria incumbência do Poder Público a prestação de tais ser-

viços, em razão do disposto no art. 175 da CF/1988.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

II – Há toda uma hierarquia posta no desempenho da atividade administrativa.

De fato, há chefes e subordinados responsáveis pelo desempenho da atividade

administrativa. A presença da hierarquia é traço inerente à Administração.

Sem hierarquia, não teríamos administração, mas desorganização.

Antecipe-se que não há hierarquia (no sentido de subordinação) no exercício

de atividades tipicamente legislativas (produzir as leis) ou judiciais (julgar).

Na visão da doutrina majoritária, só há hierarquia, em sentido estrito, no

desempenho de atividades tipicamente administrativas.

III – A atividade administrativa pública é infralegal/infraconstitucional

(excepcionalmente, no último caso).

Tem razão o autor quando diz que, de regra, a atividade de administração

pública é infralegal, ou seja, abaixo e conforme a lei.

Com efeito, a Administração Pública deve dar cumprimento à intenção con-

tida na lei (mens legis), a qual é o instrumento estabelecedor do interesse

público. Se tivéssemos que posicionar a atividade administrativa normativa

dentro da clássica “Pirâmide de Kelsen”, seria no terceiro patamar, ou seja,

dos atos secundários, tão somente complementar às leis, pois não criam

direitos e obrigações, apenas destrincham o comando das normas primárias.

Por exceção, a Administração Pública dá cumprimento direto à Constituição.

É que, em nossa ordem normativa, temos as leis que “materializam” a von-

tade contida na Constituição.

Todavia, por vezes, a própria Constituição estabelece, de forma expressa, a

base normativa da conduta a ser adotada pela Administração. Embora seja

fato raro, pode ocorrer, como é o caso da autorização para a edição dos

chamados decretos autônomos, editados com base no inc. VI do art. 84 da

Constituição Federal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Esse assunto, a conduta a ser observada pela Administração, merece um cui-

dado maior. Por conta disso, em várias passagens deste livro falaremos das

características principais inerentes a tais condutas, que podem ser resumidas

a duas palavras: vinculação ou discricionariedade, que indicarão maior ou

menor grau de liberdade no que será feito pela Administração. Para parte da

doutrina, a vinculação significa completa ausência de liberdade da Administra-

ção, a qual deve agir em estrita conformidade com a Lei. Já discricionariedade

importaria relativa liberdade, com limites da Lei, dada à Administração.

IV – Os atos da Administração Pública estão sujeitos a controle judicial.

Isso é decorrência do princípio da inafastabilidade de jurisdição ou da jurisdi-

ção única, contido no inc. XXXV do art. 5º da CF/1988: “a lei não excluirá da

apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.

Notem que sequer a lei exclui da apreciação judicial atos que importem lesão,

efetiva ou potencial, de direitos. Não é porque um ato provém da Adminis-

tração que será excluído da apreciação do Judiciário. É claro que, para o

Judiciário pronunciar-se, haverá de ser cumprido o rito necessário.

Explique-se: em regra, para um tribunal ou juiz apreciar e pronunciar-se

sobre alguma questão, haverá de ocorrer a necessária provocação, ou seja,

o órgão judicial deverá ser demandado. Isso é o que se conhece no processo

civil por “inércia processual” (princípio da inércia ou da demanda): para que

o Judiciário se “movimente”, é necessário que alguém provoque sua atuação.

Todavia, a própria Administração pode fazer controle de seus atos, em razão

do princípio da autotutela. Nesse último caso, é desnecessária a provocação,

dado que a atuação pode ocorrer de ofício.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

4. Princípios da Administração Pública


Os princípios são os vetores fundamentais que alicerçam o edifício jurídico das

regras. Se os princípios são normas que antecedem as regras, é de perceber que

são dotados de carga normativa mais perene do que as leis, principalmente porque

não há hierarquia material entre princípios. Por exemplo, o princípio da eficiência é

o mais recente dos princípios expressos; todavia, não afasta a aplicação da legali-

dade. Tais postulados convivem de forma harmônica.

ESCLARECENDO

Imagine a construção de um prédio. Começamos por onde? Pela sua base, claro,

seus alicerces, que devem estar nivelados, para que o prédio não corra risco de

desmoronar. Se tivéssemos uma parte do alicerce mais elevada que as demais,

nosso prédio, certamente, tombaria.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Pois bem! Nosso “prédio”, daqui por diante, é a Administração Pública. Seus pi-
lares são os princípios, que dão suporte a toda a atividade da Administração. Suas
janelas são as regras (leis). Quebrar a janela é menos grave que derrubar um dos
alicerces, concordam?
Alguns desses “pilares” são explícitos na Constituição, e constam, por exemplo,
do caput do art. 37 da CF/1988. Outros são encontrados implicitamente no texto
constitucional, ou seja, são depreendidos do sistema jurídico-administrativo cons-
titucional, ou expressos em textos legais (no campo infraconstitucional), ou, ainda,
construídos pela doutrina pátria a partir da interpretação da ordem jurídica.

4.1. Princípios Expressos

É a Constituição de 1988 a responsável por consagrar as normas e princípios


básicos regentes da Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Po-
deres da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. São princípios
constitucionais expressos no caput do art. 37 da CF: Legalidade, Impessoalidade,
Moralidade, Publicidade e Eficiência.

ESQUEMATIZANDO

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Tais princípios valem para todos os Poderes, de todos os entes integrantes da Fe-

deração Brasileira (União, Estados, Distrito Federal e municípios) e respectivas Admi-

nistrações Direta e Indireta. Façamos a leitura do referido dispositivo constitucional:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...).

Nos termos da CF/1988, os princípios se dirigem a toda a Administração Direta

e, também, a toda a Administração Indireta, independentemente da natureza jurí-

dica da entidade. Assim, mesmo entidades da Administração Pública que explorem

atividades econômicas, como o Banco do Brasil e a Petrobras, submetem-se aos

princípios constitucionais da Administração Pública.

4.1.1. Legalidade

O princípio da legalidade significa dizer que a Administração Pública só pode

atuar quando autorizada ou permitida pela lei.

Destaca-se que o princípio da legalidade não é restrito à Administração. Também

é válido para os particulares, mas com outro enfoque (legalidade constitucional):

se uma norma não proibir, o particular, dispondo de forma livre de sua vontade,

pode agir da maneira que melhor entender.

Pode-se concluir, então, que a Administração Pública só pode agir da maneira

que a lei determinar ou autorizar, enquanto o particular age do modo que julgue

mais conveniente, desde que a lei (não apenas a Constituição) não o proíba.

Portanto, o agente público, responsável por tornar concreta a missão da Admi-

nistração Pública, não pode fazer tudo o que não seja proibido em lei, mas apenas

o que a norma autoriza ou determina. Para o particular, o princípio da legalidade

terá caráter mais restritivo que impositivo: não sendo proibido em norma, é pos-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

sível ao particular fazer. Parafraseando o autor Hely Lopes Meirelles2, o princípio

da legalidade para o administrador significa “deve fazer assim”, enquanto para os

particulares, “pode fazer assim”.

ESQUEMATIZANDO

4.1.2. Impessoalidade, Finalidade ou Isonomia

O princípio da impessoalidade estabelece um dever de imparcialidade na defesa

do interesse público, impedindo discriminações e privilégios indevidamente dispen-

sados a particulares no exercício da função administrativa.

2
MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. 40.ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Segundo esclarece Lucas Rocha Furtado3, o princípio da impessoalidade admite

seu exame sob os seguintes aspectos:


1) Dever de isonomia por parte da Administração Pública;
2) Dever de conformidade ao interesse público;
3) Imputação dos atos praticados pelos agentes públicos diretamente às pesso-
as jurídicas em que atuam.

Nesse contexto, pode-se dizer que o princípio da impessoalidade, expresso na CF/1988,


e implícito na Lei Federal 9.784/1999, tem uma “tripla formulação”, “três faces”.
Numa primeira visão, para parte da doutrina, a impessoalidade como princípio
significa que o administrador público só deve praticar atos voltados à consecução
do interesse público.
Numa segunda visão, os atos e provimentos administrativos são imputáveis
não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa em
nome do qual age o funcionário. Por essa linha, a Administração Pública responde
pelos atos dos agentes públicos, em razão da impessoalidade de sua atuação.
Uma terceira visão da impessoalidade se destaca na impossibilidade de a Ad-
ministração criar discriminações benéficas ou detrimentosas.

4.1.3. Moralidade

Pelo princípio da moralidade diz-se que a conduta da Administração deve ser


mais exigente do que simples cumprimento da frieza das leis. Deve-se distinguir
o justo do injusto, o lícito do ilícito, o honorável do desonorável, o conveniente do
inconveniente. A moralidade passa a ser pressuposto de validade dos atos do Es-
tado. Em toda a atuação estatal deverão estar presentes princípios da lealdade, da

boa-fé, da fidelidade funcional, entre outros, atinentes à moralidade.

3
FURTADO, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4.ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

É interessante registrarmos a distinção entre a legalidade e a moralidade, en-

quanto princípios, os quais, por razões óbvias, não podem ser entendidos como

sinônimos perfeitos.

Pelo princípio da legalidade, a Administração Pública só pode atuar de acordo

com o que a lei estabelece ou autoriza. Já a moralidade é um dos conceitos que

conta com um dos maiores graus de abstração no mundo jurídico, como visto.

ESQUEMATIZANDO

4.1.4. Publicidade

Pelo princípio da publicidade, a Administração Pública deve tornar públicos seus

atos, na forma prevista na norma. A publicidade é um princípio democrático, repu-

blicano, por assim dizer, que faz com que se possibilite o controle da Administração,

por razões que são dotadas de obviedade: sem se dar transparência aos atos da

Administração, inviável pensar no controle desta.

Apesar de não ser elemento de formação dos atos, a publicidade constitui requi-

sito de sua moralidade e eficácia, entendida esta última como aptidão do ato para

produção dos seus efeitos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

4.1.5. Eficiência

O princípio da eficiência envolve a procura de produtividade e economicidade e,

o que é mais importante, a exigência de reduzir os desperdícios de dinheiro público.

Esse princípio também é chamado de princípio da qualidade dos serviços pú-

blicos, sendo inserido no texto da CF/1988 por meio da Emenda Constitucional

19/1998, responsável pela Reforma Administrativa do Estado.

De pronto, esclareça-se que a eficiência não é eficácia ou efetividade. Ação

administrativa eficaz é aquela que alcançou a meta prevista. Por sua vez, na efe-

tividade, dá-se relevo aos resultados sociais planejados. E, por fim, na eficiência,

atém-se à relação custo versus benefício, isso é, menor volume de recursos públi-

cos para o alcance dos resultados previstos.

ESCLARECENDO

O governo do Estado “X” propõe a inclusão na Lei Orçamentária Anual de R$ 10

milhões de reais para a construção de 30 escolas públicas. O Legislativo aprova o

crédito orçamentário. As receitas previstas para amparar as despesas fixadas são

realizadas. O governo executa a construção de 30 escolas, dentro da vigência do

crédito orçamentário, utilizando-se de R$ 9 milhões de reais. As escolas, no entan-

to, ficam abandonadas, porque não se planejou a contratação de novos professores

e pessoal administrativo. No caso, a ação foi eficaz (alcançou a meta prevista), foi

eficiente (os recursos foram suficientes para o resultado pretendido), porém não

foi efetiva (o resultado social talvez não tenha sido alcançado).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

4.2. Princípios Implícitos ou Reconhecidos

Nem todos os princípios aplicáveis à Administração Pública se acham explícitos


no texto constitucional. Vejamos alguns desses princípios implícitos.

4.2.1. Supremacia do Interesse Público sobre o Interesse Privado

Esse princípio é chamado também de princípio da finalidade pública, presente


tanto no momento da elaboração da lei quanto no momento da sua execução em
concreto pela Administração Pública. Ele inspira o legislador e vincula a autoridade
administrativa em toda a sua atuação, ensina a autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro4.
Como expressão dessa supremacia, a Administração, por representar o interes-
se público (e não propriamente da maioria, já que o interesse desta pode não ser
público!), tem a possibilidade, nos termos da lei, de constituir terceiros em obriga-
ções mediante atos unilaterais; tais atos são imperativos.
Por exemplo, a lei confere à Administração os poderes de desapropriar, de re-
quisitar, de intervir, de policiar, de punir, de encampar, sempre com o objetivo de
atender ao interesse geral, que não pode ceder diante do interesse individual.

4.2.2. Indisponibilidade do Interesse Público

José dos Santos Carvalho Filho5 ensina que os bens e interesses públicos não
pertencem estritamente à Administração ou a seus agentes. Cabe-lhes apenas ge-
ri-los, conservá-los e por eles velar em prol da coletividade, esta sim a verdadeira
titular dos direitos e interesses públicos. Enfim, a Administração não tem liberdade

para dispor dos bens e interesses públicos, porque age na defesa alheia.

4
DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas, 2014.
5
CARVALHO FILHO, J. dos S. Manual de Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas, 2014.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

ESCLARECENDO

O Estado “X” enfrenta histórica crise econômica. E, para suprir os cofres públicos de

novos recursos, decide por alienar bens públicos imóveis. Então, o administrador

pode ou não vender os bens estatais?

Sim, pode! Porém, o procedimento para a alienação deve seguir o rito das leis, fazen-

do com que o agente público atue não de acordo com aquilo que considere o “melhor

caminho”, e sim conforme a norma. É a lei que torna indisponível a ação (o interesse

público, na realidade). Note que a indisponibilidade guarda uma estreita ligação com

o princípio da legalidade, este que abrange toda a atividade administrativa.

4.2.3. Finalidade Pública

Como já registrado, há quem equipare o princípio da impessoalidade ao da fina-

lidade, dado que a atuação finalística deve ser impessoal. No entanto, outra parte

da doutrina aproxima a finalidade pública da teoria do abuso de poder, desdobran-

do-a em: desvio de finalidade e excesso de poder. Na primeira hipótese, o ato seria

praticado visando a fim diverso do interesse público, e, por isso, deveria ser anu-

lado, ante a gravidade do vício. Essa visão, contudo, voltará a ser examinada no

capítulo de poderes da Administração, para que analisemos outras peculiaridades.

Na visão de Celso Antônio Bandeira de Mello6, o princípio da finalidade impõe

ao administrador que sua atuação vise sempre ao objetivo da norma, cingindo-se

a ela, para concluir que a finalidade, em verdade, não é uma decorrência da lega-

lidade, mas é inerente a esta, integrando-as.

6
BANDEIRA DE MELLO, C. A. Curso de Direito Administrativo. 31.ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

4.2.4. Responsabilidade Civil do Estado

Por força do disposto no § 6º do art. 37 da Constituição Federal, as pessoas

jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos

responderão por danos causados a terceiros por seus agentes.

A responsabilidade civil do Estado aplica-se a qualquer das funções públicas, e

não somente aos danos provenientes dos atos administrativos, independendo da

existência de dolo ou culpa do agente público causador direto do dano.

A Constituição Federal consagrou a responsabilidade objetiva do Estado (teoria

do risco administrativo), segundo a qual, diante das inúmeras e variadas atividades

da administração, existe a probabilidade de serem causados danos a particulares e,

assim sendo, como toda a coletividade se beneficia das atividades administrativas,

deve-se também repartir o ônus do ressarcimento do dano causado.

4.2.5. Autotutela

O princípio da autotutela é reconhecido expressamente na Súmula 473 do STF.

Vejamos:

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Pelo princípio da autotutela, a Administração tem a prerrogativa de policiar seus

próprios atos, revogando aqueles inconvenientes e anulando aqueles ilegais.

Contudo, o art. 54 da Lei 9.784/1999 (Lei do Processo Administrativo Federal)

estabelece um limite temporal para a correção, ao dispor que o direito de a Admi-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

nistração anular atos administrativos que tenham produzido efeitos favoráveis para
os destinatários decai em cinco anos a partir da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé.

4.2.6. Igualdade

O princípio da igualdade decorre dos princípios da legalidade e da impessoalida-


de, fundamentando-se no art. 5º da CF/1988. De acordo com esse princípio, todos
os cidadãos devem receber igual tratamento da Administração, sendo vedado que
se estabeleça de modo desarrazoado qualquer privilégio, favoritismo ou desvalia
entre os administrados.

4.2.7. Especialidade ou Descentralização

O princípio da especialidade é ligado à ideia de descentralização administrati-


va, na busca de maior eficiência. Assim, ao criar pessoas jurídicas administrativas
(autarquias, por exemplo), como forma de descentralizar a prestação de serviços
públicos, o Estado visa à especialização de funções. Retira-se determinada tarefa
do centro da Administração, em que há um amontoado de competências, e a re-
distribui para a periferia (entidades administrativas descentralizadas), conferindo
mais dinamismo na ação administrativa.

4.2.8. Presunção de Legitimidade ou de Veracidade

Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro7, a presunção de legitimidade engloba dois as-
pectos: de um lado, a presunção de verdade (veracidade), que diz respeito à certeza
dos fatos; de outro lado, a presunção da legalidade, pois, se a Administração Pública
se submete à lei, presume-se, até prova em contrário, que todos os seus atos sejam

verdadeiros e praticados com observância das normas legais pertinentes.


7
DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas, 2014.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Uma aplicação do referido princípio pode ser encontrada no inc. II do art. 19

da CF/1988, o qual veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios

recusar fé aos documentos públicos.

4.2.9. Probidade Administrativa

A probidade é um aspecto constitucionalizado do princípio da moralidade. A

probidade diz respeito à integridade de caráter, honradez, ou seja, conceito estrei-

tamente relacionado com o de moralidade administrativa.

4.2.10. Segurança Jurídica

À semelhança da motivação, da razoabilidade e da proporcionalidade, o princípio

da segurança jurídica foi catalogado de forma expressa pela Lei Federal 9.784/1999.

Percebe-se sua presença no inc. XIII do parágrafo único do art. 2º da Lei, quando

impõe a interpretação da norma administrativa de forma a garantir o atendimento

do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

A segurança jurídica é um princípio geral do direito, não se restringindo ao Direi-

to Administrativo. Com base nele, em determinado momento, as relações jurídicas

devem se estabilizar, não sendo mais alteráveis na via administrativa.

4.2.11. Princípio da Confiança e Boa-fé

Relativamente ao princípio da confiança, implícito no ordenamento jurídico, o

princípio está atrelado à segurança jurídica, mas com ela não se confunde, reme-

tendo-nos à ideia de que os atos praticados pelo Poder Público são legítimos (pre-

sumem-se legais e verdadeiros), de tal sorte que os atos devem ser preservados

em nome da boa-fé, sobrepondo-se, no caso concreto, ao princípio da legalidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Enquanto o princípio da confiança protege a boa-fé do administrado, a boa-fé é

princípio que tanto se aplica aos administrados (protegendo-os e impondo-os pro-

ceder com lealdade e honestidade) como à Administração Pública, quando determi-

na que se atue com correção.

4.2.12. Motivação

Pelo princípio da motivação, a Administração tem o dever de motivar seus atos,

sejam eles discricionários, sejam vinculados. Assim, em regra, a validade do ato

administrativo depende do caráter prévio ou da concomitância da motivação pela

autoridade que o proferiu com relação ao momento da prática do próprio ato.

O princípio da motivação é o elo entre os princípios constitucionais, porque é ini-

maginável um Estado de Direito e Democrático em que os cidadãos não conheçam

os motivos pelos quais são adotadas as decisões administrativas.

Portanto, as decisões administrativas, provenientes de quaisquer dos Poderes,

devem ser precedidas dos pressupostos de fato e de direito que fundamentaram a

prática dos atos discricionários e vinculados.

Entretanto, há certos atos que dispensarão motivação para sua prática. Nesse

contexto, observemos o art. 50 da Lei 9.784/1999, o qual determina ser necessária

a motivação dos atos administrativos, como os que:

I – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções,


II – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de parece-
res, laudos, propostas e relatórios oficiais, e
III – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

A conclusão lógica decorrente é a de que se a lei determina que, nessas hipó-

teses, os atos administrativos deverão ser motivados, em outras, evidentemente,

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

poderão deixar de sê-lo.

Conclui-se que nem sempre a motivação prévia ou concomitante dos atos é

obrigatória. Ainda que desejável, poderá não ser expressamente exigida. Com efei-

to, cite-se a possibilidade de exoneração ad nutum (a qualquer tempo) de um ser-

vidor ocupante de cargo em comissão (de chefia ou assessoramento) (assessores

de Ministros de Estado, por exemplo), para os quais a Administração é eximida de

apresentar motivação expressa.

4.2.13. Razoabilidade

Pelo princípio da razoabilidade, as atitudes desprovidas de razão, desproposita-

das, não podem ser acolhidas pelo Direito. A discricionariedade oferecida ao admi-

nistrador não significa arbitrariedade, enfim, o administrador deve sempre adotar

as providências mais adequadas aos casos concretos apresentados.

4.2.14. Proporcionalidade

A proporcionalidade pode ser traduzida como a adequabilidade entre os meios

utilizados e os fins pretendidos (princípio da vedação de excesso). Se a conduta do

Administrador não respeita tal relação, será excessiva, portanto, desproporcional.

A ideia central da proporcionalidade é de que todos só são obrigados a suportar

restrições em sua liberdade ou propriedade, por iniciativa da Administração Públi-

ca, se imprescindíveis ao atendimento do interesse público.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

4.2.15. Continuidade do Serviço Público

O princípio da continuidade dos serviços públicos é assim enunciado por José


Cretella Júnior8: a atividade da Administração é ininterrupta, não se admitindo a
paralisação dos serviços públicos. Com outras palavras, os serviços públicos não
podem sofrer solução de continuidade. Dentre outros veículos normativos, há re-
gistro da continuidade no art. 22 do Código do Consumidor, ao se impor que os
prestadores de serviços públicos assegurem serviços adequados, eficientes, segu-
ros e, quanto aos essenciais, contínuos.

4.2.16. Sindicabilidade

A expressão sindicabilidade, por si só, revela-nos o conteúdo do princípio: ser


sindicável é ser controlável. Enfim, é a faculdade de os órgãos estatais fiscalizarem
os atos lesivos ao interesse público, por ilegais, ilegítimos ou ilícitos.
Perceba que o referido princípio, em um só tempo, engloba o princípio da auto-
tutela (prerrogativa de atuação de ofício por parte da Administração), como tam-
bém o princípio do controle judicial dos atos (sistema de jurisdição una ou única,
previsto no inc. XXXV do art. 5º da CF/1988).

4.2.17. Juridicidade

Conforme o princípio da legalidade administrativa, as ações do Estado são pre-


cedidas de leis. As leis são os veículos normativos que permitem ou autorizam à
Administração atuar ou deixar de atuar. No entanto, ao lado das leis, subsiste toda
uma gama de princípios, os quais gozam de força vinculante na condução da coi-
sa pública. Nesse contexto, em que a Administração deve conjugar as regras e os

princípios, é que surge o princípio da juridicidade.


8
CRETELLA Júnior, J. Manual de Direito Administrativo. 7.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Fácil concluir, portanto, que a juridicidade, além de englobar a conformidade

dos atos com as leis (princípio da legalidade), requer que a produção dos atos esta-

tais esteja em consonância com os princípios constitucionais expressos e implícitos.

4.2.18. Intranscendência Subjetiva das Sanções

No inc. XLV da CF/1988, previu-se que nenhuma pena passará da pessoa do con-

denado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de

bens ser, nos termos da lei, estendidos aos sucessores, até o limite do valor do pa-

trimônio transferido. Decorre do dispositivo o princípio da intranscendência subjetiva

das sanções, o qual impede que penalidades personalíssimas alcancem terceiros que

não participaram da conduta ou que, ao menos, tinham como evitar o ilícito.

4.3. Princípios Expressos no Decreto-Lei n. 200/1967

Segundo Bresser-Pereira (1998)9, no governo Goulart, em fevereiro de 1963, o

deputado Amaral Peixoto foi nomeado Ministro Extraordinário para a Reforma Ad-

ministrativa, com a incumbência de dirigir diversos grupos de estudos, encarrega-

dos da formulação de projetos de reforma, ou seja, para propor um novo desenho

para a administração pública brasileira.

No final desse ano, a Comissão de Estudos Técnicos para a Reforma Administra-

tiva (COMESTRA) apresentou quatro projetos importantes, tendo em vista:

1) uma reorganização ampla e geral da estrutura e das atividades do governo;

2) a expansão e fortalecimento do sistema do mérito;

3) novas formas de aquisição e fornecimento de material no serviço público; e

4) a organização administrativa do Distrito Federal (Brasília).

9
BRESSER-PEREIRA, L. C. Reforma do Estado para a cidadania: a reforma gerencial brasileira na perspectiva
internacional. São Paulo: Editora 34; Brasília: ENAP, 1998.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Os quatro projetos foram encaminhados pelo Presidente Goulart ao Congresso,


no início de 1964; mas nenhum deles foi convertido em lei. No entanto, serviram
mais tarde como informação básica para estudos do Poder Executivo que deram
origem ao Decreto-Lei n. 200, de 1967.
O Decreto-lei 200/67, apesar de estar no contexto da gestão burocrática, é
considerado a primeira tentativa de reforma gerencial da administração pública
brasileira, ou seja, um marco na tentativa de superação da rigidez burocrática. De
fato, a principal característica da reforma administrativa proposta pelo Decreto-lei
200/67 foi a descentralização e flexibilização administrativa proporcionada
por intermédio das entidades da Administração Indireta.
A norma previa uma reestruturação radical na administração pública federal,
baseada em alguns princípios fundamentais:

Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios


fundamentais:
I – Planejamento.
II – Coordenação.
III – Descentralização.
IV – Delegação de Competência.
V – Controle.

CAPÍTULO I
DO PLANEJAMENTO
Art. 7º A ação governamental obedecerá a planejamento que vise a promover o de-
senvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se segundo
planos e programas elaborados, na forma do Título III, e compreenderá a elaboração e
atualização dos seguintes instrumentos básicos:
a) plano geral de governo;
b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual;
c) orçamento-programa anual;
d) programação financeira de desembolso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

CAPÍTULO II

DA COORDENAÇÃO

Art. 8º As atividades da Administração Federal e, especialmente, a execução dos planos

e programas de governo, serão objeto de permanente coordenação.

§ 1º A coordenação será exercida em todos os níveis da administração, mediante a

atuação das chefias individuais, a realização sistemática de reuniões com a participação

das chefias subordinadas e a instituição e funcionamento de comissões de coordenação

em cada nível administrativo.

§ 2º No nível superior da Administração Federal, a coordenação será assegurada através

de reuniões do Ministério, reuniões de Ministros de Estado responsáveis por áreas afins,

atribuição de incumbência coordenadora a um dos Ministros de Estado (art. 36), funcio-

namento das Secretarias Gerais (art. 23, § 1º) e coordenação central dos sistemas de

atividades auxiliares (art. 31).

§ 3º Quando submetidos ao Presidente da República, os assuntos deverão ter sido

previamente coordenados com todos os setores neles interessados, inclusive no que

respeita aos aspectos administrativos pertinentes, através de consultas e entendimen-

tos, de modo a sempre compreenderem soluções integradas e que se harmonizem com

a política geral e setorial do Governo. Idêntico procedimento será adotado nos demais

níveis da Administração Federal, antes da submissão dos assuntos à decisão da autori-

dade competente.

Art. 9º Os órgãos que operam na mesma área geográfica serão submetidos à coorde-

nação com o objetivo de assegurar a programação e execução integrada dos serviços

federais.

Parágrafo único. Quando ficar demonstrada a inviabilidade de celebração de convê-

nio (alínea b do § 1º do art. 10) com os órgãos estaduais e municipais que exerçam

atividades idênticas, os órgãos federais buscarão com eles coordenar-se, para evitar

dispersão de esforços e de investimentos na mesma área geográfica.

CAPÍTULO III
DA DESCENTRALIZAÇÃO
Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente
descentralizada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

§ 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais:


a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de
direção do de execução;
b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devida-
mente aparelhadas e mediante convênio;
c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.
§ 2º Em cada órgão da Administração Federal, os serviços que compõem a estrutura
central de direção devem permanecer liberados das rotinas de execução e das tarefas
de mera formalização de atos administrativos, para que possam concentrar-se nas ati-
vidades de planejamento, supervisão, coordenação e controle.
§ 3º A Administração casuística, assim entendida a decisão de casos individuais, com-
pete, em princípio, ao nível de execução, especialmente aos serviços de natureza local,
que estão em contato com os fatos e com o público.
§ 4º Compete à estrutura central de direção o estabelecimento das normas, critérios,
programas e princípios, que os serviços responsáveis pela execução são obrigados a
respeitar na solução dos casos individuais e no desempenho de suas atribuições.
§ 5º Ressalvados os casos de manifesta impraticabilidade ou inconveniência, a execução
de programas federais de caráter nitidamente local deverá ser delegada, no todo ou em
parte, mediante convênio, aos órgãos estaduais ou municipais incumbidos de serviços
correspondentes.
§ 6º Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a autoridade nor-
mativa e exercerão controle e fiscalização indispensáveis sobre a execução local, condi-
cionando-se a liberação dos recursos ao fiel cumprimento dos programas e convênios.
§ 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão
e controle e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina admi-
nistrativa, a Administração procurará desobrigar-se da realização material de tarefas
executivas, recorrendo, sempre que possível, à execução indireta, mediante contrato,
desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente desenvolvida e capacitada
a desempenhar os encargos de execução.
§ 8º A aplicação desse critério está condicionada, em qualquer caso, aos ditames do
interesse público e às conveniências da segurança nacional.

CAPÍTULO IV
DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA
(Vide Decreto n. 83.937, de 1979)
Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentrali-
zação administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às deci-
sões, situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender.
Art. 12. É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral,
às autoridades da Administração Federal delegar competência para a prática de atos
administrativos, conforme se dispuser em regulamento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a


autoridade delegada e as atribuições objeto de delegação.
CAPÍTULO V
DO CONTROLE
Art. 13 O controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos
os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente:
a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das
normas que governam a atividade específica do órgão controlado;
b) o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais
que regulam o exercício das atividades auxiliares;
c) o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos
órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria.
Art. 14. O trabalho administrativo será racionalizado mediante simplificação de pro-
cessos e supressão de controles que se evidenciarem como puramente formais ou cujo
custo seja evidentemente superior ao risco.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

RESUMO
• Administração pública e governo: conceitos e objetivos

– Funções administrativas: são complementares às leis. São realizadas

basicamente de forma vinculada, visando ao atendimento concreto, direto

e imediato do interesse da coletividade.

– Funções políticas (de Governo): são aquelas realizadas pela alta cúpula

da Administração. São os núcleos do Estado, marcados pela maior discri-

cionariedade, definidores das políticas públicas.

Governo Administração

Natureza Política Administrativa

Conduta Independente Hierarquizada

Responsabilidade Constitucional e política Técnica e legal

Discricionária Vinculada ou neutra


Atividade
(atos de Governo) (atos de execução)

– Administração Pública em sentido subjetivo, orgânico ou formal: a ex-

pressão diz respeito aos sujeitos, aos entes que exercem a atividade administra-

tiva (pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos). Quem exerce a atividade?

– Administração Pública em sentido objetivo, material ou funcional:

designa a natureza da atividade, as funções desempenhadas pelos entes.

Qual a atividade (função) exercida?

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Administração Pública

Aspectos

Orgânico/Subjetivo/Formal Material/Objetivo/Funcional

Quem exerce? O que se pratica?

Serviços Poder
Órgãos Pessoas Agentes Fomento Intervenção
públicos de polícia

Energia Placas de Termos Agências


Ministérios Autarquias Servidores
elétrica sinalização de parceria reguladoras

Exemplos Exemplos

– Sob o ponto de vista material, são atividades finalísticas da admi-

nistração pública: fomento, polícia administrativa, serviço público

e intervenção.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

• Princípios expressos da Administração Pública

– Legalidade: significa dizer que a Administração Pública só pode atuar

quando autorizada ou permitida pela lei.

– Impessoalidade, finalidade ou isonomia: dever de imparcialidade na

defesa do interesse público, impedindo discriminações e privilégios indevi-

damente dispensados a particulares no exercício da função administrativa.

– Moralidade: a conduta da Administração deve ser mais exigente do que

simples cumprimento da frieza das leis.

– Publicidade: a Administração Pública deve tornar públicos seus atos, na

forma prevista na norma.

– Eficiência: envolve a procura de produtividade e economicidade e, o que é

mais importante, a exigência de reduzir os desperdícios de dinheiro público.

• Princípios implícitos ou reconhecidos da Administração Pública

– Supremacia do interesse público sobre o interesse privado: a Admi-

nistração, por representar o interesse público, tem a possibilidade, nos ter-

mos da lei, de constituir terceiros em obrigações mediante atos unilaterais.

– Indisponibilidade do interesse público: a Administração não tem liberda-

de para dispor dos bens e interesses públicos, porque age na defesa alheia.

– Finalidade pública: impõe ao administrador que sua atuação vise sempre

ao objetivo da norma.

– Responsabilidade civil do Estado: as pessoas jurídicas de direito público

e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão por

danos causados a terceiros por seus agentes.

– Autotutela: a Administração tem a prerrogativa de policiar seus próprios

atos, revogando aqueles inconvenientes e anulando aqueles ilegais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

– Igualdade: todos os cidadãos devem receber igual tratamento da Admi-

nistração, sendo vedado que se estabeleça de modo desarrazoado qualquer

privilégio, favoritismo ou desvalia entre os administrados.

– Especialidade ou descentralização: ligado à ideia de descentralização

administrativa, na busca de maior eficiência.

– Presunção de legitimidade ou de veracidade: engloba dois aspectos:

de um lado, a presunção de verdade (veracidade), que diz respeito à certe-

za dos fatos; de outro lado, a presunção da legalidade, pois, se a Adminis-

tração Pública se submete à lei, presume-se, até prova em contrário, que

todos os seus atos sejam verdadeiros e praticados com observância das

normas legais pertinentes.

– Probidade administrativa: diz respeito à integridade de caráter, hon-

radez, ou seja, conceito estreitamente relacionado com o de moralidade

administrativa.

– Segurança jurídica: as relações jurídicas devem se estabilizar, não sendo

mais alteráveis na via administrativa.

– Princípio da confiança e boa-fé: os atos praticados pelo Poder Público

são legítimos (presumem-se legais e verdadeiros), de tal sorte que os atos

devem ser preservados em nome da boa-fé, sobrepondo-se, no caso con-

creto, ao princípio da legalidade.

– Motivação: a Administração tem o dever de motivar seus atos, sejam eles

discricionários, sejam vinculados.

– Razoabilidade: o administrador deve sempre adotar as providências mais

adequadas aos casos concretos apresentados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

– Proporcionalidade: adequabilidade entre os meios utilizados e os fins

pretendidos (princípio da vedação de excesso).

– Continuidade do serviço público: a atividade da Administração é inin-

terrupta, não se admitindo a paralisação dos serviços públicos.

– Sindicabilidade: é a faculdade de os órgãos estatais fiscalizarem os atos

lesivos ao interesse público, por ilegais, ilegítimos ou ilícitos.

– Juridicidade: requer que a produção dos atos estatais esteja em conso-

nância com os princípios constitucionais expressos e implícitos.

– Intranscendência subjetiva das sanções: impede que penalidades per-

sonalíssimas alcancem terceiros que não participaram da conduta ou que,

ao menos, tinham como evitar o ilícito.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

MAPA MENTAL
Supremacia do interesse público sobre o interesse privado:
a Administração, por representar o interesse público, tem a
possibilildade, nos termos da lei, de constituir terceiros em
obrigações mediante atos unilaterais

Indisponibilidade do interesse público: a Administração não


tem liberdade para dispor dos bens e interesses públicos,
porque age na defesa alheia
Princípios implícitos
Finalidade pública: impõe ao administrador que sua atuação ou reconhecidos da
vise sempre ao objetivo da norma Administração Pública
Responsabilidade civil do Estado: as pessoas jurídicas de
direito público e as de direito privado prestadoras de servi-
ços públicos responderão por danos causados a terceiros por
seus agentes

Autotutela: a Administração tem a prerrogativa de policiar


seus próprios atos, revogando aqueles incovenientes e anu-
lando aqueles ilegais

Igualdade: todos os cidadãos devem receber igual tratamento Administração


da Administração, sendo vedado que se estabeleça de modo Pública e Governo
desarrazoado qualquer privilégio, favoritismo ou desvalia entre
os administrados

Especialidade ou descentralização: ligado à ideia de descentra-


lização administrativa, na busca de maior eficiência
Legalidade: significa dizer que a Administração
Presunção de legitimidade ou de veracidade: engloba dois Pública só pode atuar quando autorizada ou permi-
aspectos: de um lado, a presunção de verdade (veracidade), tida pela lei
que diz respeita à certeza dos fatos; de outro lado, a presun-
Impessoalidade, finalidade ou isonomia: dever de
ção da legalidade, pois, se a Administração Pública se sub-
imparcialidade na defesa do interesse público, impe-
mete à lei, presume-se, até prova em contrário, que todos os
dindo discriminações e privilégios indevidademente
seus atos sejam verdadeiros e praticados com observância das
Princípios dispensados a particulares no exercício da função
normas legais pertinentes
administrativa
expressos da
Probidade administrativa: diz respeito á integridade de caráter, Administração Moralidade: a Administração Pública deve tornar
honradez, ou seja, conceito estreitamente relacionado com o
Pública públicos seus atos, na forma prevista na norma
de moralidade administrativa
Publicidade: a Administração Pública deve tornar
Segurança jurídica: as relações jurídicas devem se estabilizar,
públicos seus atos, na forma prevista na norma
não sendo mais alteráveis na via administrativa
Eficiência: envolve a procura de produtividade e
Princípio da confiança e boa-fé: os atos praticados pelo Poder
econnomicidade e, o que é mais importante, a exi-
Público são legítimos (presumem-se legais e verdadeiros), de
gência de reduzir os desperdícios de dinheiro público
tal sorte que os atos devem ser preservados em nome da boa-
fé, sobrepondo-se, no caso concreto, ao princípio da legalidade
Funções São complementares às leis; realizadas basicamente
Motivação: a Administração tem o dever de motivar seus atos,
Administrativas de forma vinculada, visando ao atendimento concreto,
sejam discricionários, sejam vinculados
direto e imediato do interesse da coletividade
Razoabilidade: o administrador deve sempre adotar as pro-
vidências mais adequadas aos casos concretos apresentados Funções
Políticas São aquelas realizadas pela alta cúpula da Administra-
Proporcionalidade: adequabilidade entre os meios utilizados e (de Governo) ção; são os núcleos do Estado, marcados pela maior
os fins pretendidos (princípio da vedação de excesso) discricionariedade, definidores das políticas públicas
Continuidade do serviço público: a atividade da Administração
Administra-
é ininterrupta, não se admitindo a paralisação dos serviços
ção Pública em Quem exerce a atividade?
públicos
sentido subjetivo,
Diz respeito aos sujeito, aos entes que exercem a ati-
Sindicabilidade: é a faculdade de os órgãos estatais fiscaliza- orgâncio ou formal
rem os atos lessivos ao interesse público, por ilegais, ilegítimos vidade admistrativa (pessoas jurídicas, órgãos e agen-
ou ilícitos tes públicos)

Juricidade: requer que a produção dos atos estatais esteja Administração Pública
em consoância com os princípios constitucionais expressos e
em sentido objetivo,
implícitos Qual a atividade (função) exercida?
material ou funcional
Intranscendência subjetiva das sanções: impede que penalida- Designa a natureza da atividade, as funções desempe-
des personalíssimas alcancem terceiros que não participaram nhadas pelos entes
da conduta, ou que, ao menos, tinham como evitar o ilícito.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (FUNDEP/AGENTE DE SERVIÇOS PÚBLICOS/UBERABA/2016) Sobre a

Administração Pública, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A Administração Pública é todo o aparelhamento do Estado, preordenado à rea-

lização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas.

b) As atividades exercidas pela Administração Pública indireta são atividades cen-

tralizadas.

c) A Administração Pública tem como objetivo trabalhar a favor do interesse públi-

co, dos direitos e interesses dos cidadãos que administra.

d) A Administração Pública direta é desempenhada pelos Poderes da União, pelos

Estados, Distrito Federal e Municípios.

Questão 2    (FUNCAB/AGENTE PENITENCIÁRIO/SEJAP/MA/2016) Considerando

que a Administração Pública pode ser, em sentido estrito, analisada sob dois aspec-

tos: objetivo ou material; e subjetivo ou orgânico ou formal, é correto afirmar que:

a) a Administração Pública é uma “máquina” composta por órgãos e entidades or-

ganizados sem hierarquia sob a direção de um chefe de Estado.

b) no aspecto objetivo a Administração Pública pode ser considerada o conjunto de

órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função econômica.

c) a Administração Pública é uma atividade subjetiva do governo, objetivando a

realização das necessidades individuais.

d) a Administração Pública é uma atividade concreta do Estado, objetivando a re-

alização das necessidades individuais.

e) o objeto da Administração Pública é a função pública, que abrange o fomento,

a polícia administrativa e o serviço público.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 3    (VUNESP/AGENTE/IPSMI/2016) A atividade de ordem superior, de di-

reção suprema e geral do Estado, em seu conjunto e em sua unidade, que tem por

finalidade determinar os fins da ação do Estado e assinalar diretrizes para as outras

funções é a função

a) legislativa.

b) jurisdicional.

c) política ou de governo.

d) de fomento.

e) residual.

Questão 4    (IDECAN/PROCURADOR LEGISLATIVO/CM ARACRUZ/2016) Nos ter-

mos da doutrina do Direito Administrativo, o termo Administração Pública pode ser

entendido em seu sentido formal e material. Quanto ao tema, assinale a afirmativa

correta.

a) O sentido formal, também chamado de funcional, corresponde à atividade ad-

ministrativa desempenhada pelo poder público.

b) O sentido material, também denominado objetivo, refere-se à Administração

Pública enquanto atividade administrativa.

c) A distinção de Administração Pública no sentido objetivo e subjetivo reflete uma

atual concepção doutrinária, surgida a partir de 1990.

d) A prestação de serviços públicos, o fomento de pesquisas e a gestão dos bens

públicos compreendem à Administração Pública em seu sentido orgânico.

Questão 5    (CEV UECE/ADVOGADO/FUNECE/2017) Atente ao seguinte excerto:

“...representa o conjunto de atividades que costumam ser consideradas próprias

da função administrativa. O conceito adota como referência a atividade (o que é

realizado), não obrigatoriamente quem a exerce”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

(Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, Direito Administrativo Descomplicado.)

O trecho acima remete ao conceito de Administração Pública denominado conceito

a) material.

b) formal.

c) orgânico.

d) subjetivo.

Questão 6    (CRS/PM-MG/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS/CFO/

2016) Em relação à Administração Pública e Governo, marque a alternativa COR-

RETA.

a) Existe diferença entre as três funções do Estado. Embora o poder estatal seja

uno, indivisível e indelegável, ele desdobra-se em três funções: a legislativa, a exe-

cutiva e a moderadora.

b) Em sentido objetivo, a Administração Pública abrange as atividades exercidas

pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes incumbidos de atender concretamente às

necessidades coletivas; corresponde à função administrativa, atribuída preferen-

cialmente aos órgãos do Poder Executivo.

c) A função política compreende o serviço público, a intervenção, o fomento e a

polícia.

d) O regime jurídico da Administração Pública é predominantemente de direito

privado.

Questão 7    (MPE/SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) SINÔNIMO DE FUNÇÃO DE

GOVERNO PARA A DOUTRINA BRASILEIRA, a função administrativa consiste pri-

mordialmente na defesa dos interesses públicos, atendendo às necessidades da

população, inclusive mediante intervenção na economia.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 8    (MACHADO DE ASSIS/CONTROLADOR/CM RG PIAUÍ/2016) A respeito

do conceito de Administração Pública, assinale a opção ERRADA.

a) É a atividade desenvolvida pelo Estado ou seus delegados, sob o regime de

Direito Público, destinada a atender de modo direto e mediato, necessidades con-

cretas da coletividade.

b) É todo o aparelhamento do Estado para a prestação dos serviços públicos, para

a gestão dos bens públicos e dos interesses da comunidade.

c) A Administração Pública direta e indireta ou fundacional, de qualquer dos po-

deres da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos

princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

d) A Administração Pública é um instrumento para o Estado conseguir seus objetivos.

Questão 9    (MACHADO DE ASSIS/CONTROLADOR/CM RG/PIAUÍ/2016) A Adminis-

tração Pública deve:

I – Ter competência limitada.

II – Ter caráter instrumental.

III – Praticar atos com responsabilidade técnica e legal.

É correto o que se afirma em:

a) II

b) I, II e III

c) I e III

d) I

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 10    (MACHADO DE ASSIS/AGENTE ADMINISTRATIVO/CM BELÉM DO SF/

2016) Todas as afirmações relacionadas à conceituação de Administração Pública

estão corretas, EXCETO.

a) A Administração não pratica atos de governo; pratica tão somente atos de exe-

cução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência dos ór-

gãos e de seus agentes.

b) Administração Pública abrange as atividades exercidas pelas entidades, órgãos

e agentes incumbidos de atender concretamente às necessidades coletivas.

c) Os poderes da Administração Pública são eminentemente instrumentais, ou

seja, são instrumentos conferidos à Administração e utilizados exclusivamente com

a finalidade de satisfazer o interesse público.

d) À Administração Pública faculta-se agir somente de acordo com a Lei ou manei-

ra a não afrontá-la, isto é, pode fazer tudo aquilo que a Lei não proíbe.

Questão 11    (COPESE UFPI/ESTAGIÁRIO/TRF1/2016) Sobre a Administração Pú-

blica, assinale a opção que contém a sentença inteiramente CORRETA.

a) A atividade administrativa compreende o serviço público, a intervenção no do-

mínio econômico, o fomento e a polícia.

b) Na atividade administrativa não se verificam atos de produção jurídica de qual-

quer espécie.

c) Administração Pública em sentido objetivo, segundo a doutrina, refere-se às

pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem a função administrativa.

d) A definição da função administrativa, pelo critério formal, não leva em conta o

regime jurídico empregado na execução da atividade, mas sim a natureza desta.

e) Administração Direta é o mesmo que administração descentralizada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 12    (CRESCER/AGENTE CARTORÁRIO/CRP/PI/2016) Sobre o conceito de

Administração Pública sob os aspectos orgânico, formal e material, assinale a alter-

nativa INCORRETA:

a) O Brasil adota o critério formal de Administração Pública; portanto, somente é

Administração Pública aquilo que nosso direito assim considera, não importando a

atividade que exerça.

b) No Brasil, somente são entidades da administração indireta estas, independen-

temente da atividade que exerçam: autarquias, fundações públicas, empresas pú-

blicas e sociedades de economia mista.

c) Existem atividades materialmente integrantes da Administração Pública brasi-

leira que não desempenham função administrativa, e sim atividade econômica.

d) Há entidades privadas, não integrantes da Administração Pública formal, que

exercem atividades identificadas como próprias da função administrativa.

e) A Administração Pública em seu sentido formal age como sendo o conjunto de

órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função adminis-

trativa do estado.

Questão 13    (VUNESP/DELEGADO DE POLÍCIA/PC/SP/2018) O conceito de Admi-

nistração Pública possui vários sentidos, sendo correto afirmar que:

a) sob o sentido material, entende-se como Administração Pública o conjunto de

órgãos do Estado, isto é, a estrutura estatal.

b) sob o sentido formal, a Administração Pública deve ser entendida como o con-

junto de funções administrativas exercidas pelo Estado.

c) sob o sentido material, a Administração Pública deve ser entendida como a ati-

vidade administrativa exercida pelo Estado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

d) sob o sentido empreendedor, a Administração Pública é o conjunto de funções

administrativas exercidas pelo Estado de forma empreendedora, visando o atingi-

mento das suas finalidades.

e) sob o sentido objetivo, entende-se como Administração Pública a estrutura orgânica

do Estado, definidora do conjunto de estruturas de competências legalmente definidas.

Questão 14    (FCC/TÉCNICO LEGISLATIVO/CL/DF/FOTÓGRAFO/2018) O termo Ad-

ministração Pública comporta diversos sentidos, a depender do critério adotado

para sua conceituação. Pode-se definir Administração Pública em sentido amplo e

em sentido estrito. Deixando-se de lado a Administração Pública em sentido amplo,

é possível conceituar Administração Pública a partir de dois critérios, o subjetivo e

o objetivo, que compreendem

a) os órgãos governamentais e os órgãos administrativos, como a função política

e a administrativa propriamente dita.

b) os órgãos governamentais e a função política, em especial a partir da judiciali-

zação das políticas públicas, ocorrida pelo aumento em extensão e profundidade do

controle judicial do ato administrativo.

c) as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem função adminis-

trativa, excluindo-se as pessoas jurídicas que compõem a administração indireta

sujeitas a regime jurídico de direito privado.

d) as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem a função adminis-

trativa e a atividade administrativa por eles exercida, ou seja, a função administra-

tiva propriamente dita.

e) as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem a função admi-

nistrativa e a função administrativa exercida pelo Poder Executivo, excluindo-se as

atividades da mesma natureza exercida pelos demais Poderes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 15    (INAZ DO PARÁ/FISCAL/CORE/MS/2018) A Administração Pública, di-

reta e indireta, é composta por pessoas jurídicas que agem por si mesma. A von-

tade do agente público no exercício regular de sua função é a vontade do Estado

e ambas se confundem. Há quem diferencie Administração Pública (Estado) de

“Administração Pública” com iniciais minúsculas. No sentido objetivo material ou

orgânico, a Administração Pública é a atividade concreta e imediata do Estado. No

sentido subjetivo, é possível afirmar: “Exerce a Administração Pública aquele quem

a lei define”.

Considerando o sentido material objetivo da Administração Pública, exerce função

administrativa:

a) Prefeitos, governadores, presidente da república, vereadores, deputados e se-

nadores.

b) União, Estados, municípios e Distrito Federal.

c) Entes federados e entes administrativos com personalidade jurídica.

d) Empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundações.

Questão 16    (COPEVE UNIFAL/ASSISTENTE/UNIFAL/2018) A função principal do

Estado-nação no mundo contemporâneo – realizada por meio do governo e da

Administração Pública – é a de ampliar de forma sistemática as oportunidades indi-

viduais, institucionais e regionais. Deve preocupar-se, também, em gerar estímu-

los para facilitar a incorporação de novas tecnologias e inovações no setor público

que proporcionem as condições exigidas para atender às demandas da sociedade

contemporânea. Posto isso, em um sentido amplo, qual é a melhor definição de

Administração Pública?

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

a) É um sistema complexo, composto de instituições e órgãos do Estado, normas,

recursos humanos, infraestrutura, tecnologia, cultura, entre outras, encarregado

de exercer de forma adequada a autoridade política e as suas demais funções cons-

titucionais, visando ao bem comum.

b) É o conjunto de órgãos do Estado encarregado de exercer, em benefício do bem

comum, funções previstas na Constituição.

c) É o conjunto de ideias, atitudes e normas que determinam a forma de exercer

a autoridade política e de atender aos interesses públicos.

d) É o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agen-

tes, as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os

fins desejados pelo Estado.

Questão 17    (IADES/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CAU/RO/2018) A Administra-

ção Pública pode ser classificada no sentido subjetivo e no sentido objetivo. No

sentido subjetivo, a expressão Administração Pública

a) indica o universo de órgão e pessoas que desempenham a função administrativa.

b) define o dever do Estado de prestar serviços à sociedade.

c) é a função do Estado de incentivar pessoas de direito privado à prestação de

atividade de interesse social.

d) representa as limitações ao exercício do direito à liberdade ou à propriedade.

e) consiste nos atos de regulação e fiscalização das atividades privadas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 18    (CPCON UEPB/CONTADOR/CM JUCURUTU/2018) Marque a alternativa

CORRETA sobre os conceitos relacionados à Administração Pública.

a) Administração Pública está relacionada a todo o aparelhamento do Estado, pre-

destinado à realização de serviços privados, com o objetivo de satisfazer as neces-

sidades individuais.

b) A Administração Pública está ligada à arte de gerir os serviços públicos, ou seja,

não só prestar o serviço, mas executá-lo, bem como dirigir, governar e exercer a

vontade com o objetivo de obter um resultado útil.

c) Verifica-se a inexistência de uma sintonia entre a Administração Pública e o Ser-

viço Público, tendo em vista que a execução de um não depende do outro.

d) Na Administração Pública é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe; na adminis-
tração particular, só é permitido fazer o que a lei autoriza.
e) As funções administrativas (planejamento, organização, direção e controle) pre-
sentes na administração particular, não têm relação com a Administração Pública.

Questão 19    (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CRESS/PR/2018) Quanto


à Administração Pública, julgue o item.
A Administração Pública em sentido objetivo designa a natureza da atividade exer-
cida pelos referidos entes.

Questão 20    (IADES/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/CAU/AC/2019) Assinale a alterna-


tiva que representa um dos princípios que regem a Administração Pública brasileira.
a) Duplo grau de jurisdição
b) Juiz de paz
c) Concorrência
d) Moralidade

e) Especificidade

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 21    (NC-UFPR/ADVOGADO/FPMA/2019) Três princípios constitucionais

gerais aplicáveis à Administração Pública são:

a) publicidade, economia e moralidade.

b) moralidade, celeridade e legalidade.

c) impessoalidade, moralidade e publicidade.

d) licitação pública, eficiência e impessoalidade.

e) moralidade, legalidade e juridicidade.

Questão 22    (INSTITUTO EXCELÊNCIA/TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO LEGISLA-

TIVA/CM CORUMBATAÍ DO SUL/2019) Os atos da Administração Pública são ex-

ternados através de seus agentes, os quais são os responsáveis pelas decisões

governamentais, bem como pela execução das mesmas. Assinale a alternativa

que corretamente apresenta os princípios constitucionais que balizam atividade

administrativa:

a) Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.

b) Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Oportunidade.

c) Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficácia.

d) Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Criteriosidade.

Questão 23    (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20/SE/

2019) Acerca da Administração Pública na Constituição Federal de 1988, julgue

o item.

A densificação do significado do princípio da moralidade é uma prerrogativa do ad-

ministrador, como intérprete, no caso concreto, escapando ao exame judicial sob

pena de invasão do mérito administrativo e de vulneração à separação de Poderes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 24    (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20/SE/

2019) Acerca da Administração Pública na Constituição Federal de 1988, julgue o item.

O princípio da publicidade assegura o acesso até mesmo a informações considera-

das como inúteis administrativamente, viabilizando devassa somente limitada por

razões de segurança ou quando o próprio interesse público justificar.

Questão 25    (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20/SE/2019)

Acerca da Administração Pública na Constituição Federal de 1988, julgue o item.

Os mecanismos que asseguram a efetivação do princípio da publicidade são dinâ-

micos e devem observar aprimoramento constante, garantindo exatidão e clareza

das informações.

Questão 26    (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20/SE/2019)

Acerca da Administração Pública na Constituição Federal de 1988, julgue o item.

A publicidade exigida constitucionalmente é material ou real, ao contrário de mera-

mente formal, ou seja, impõe-se ao administrador que garanta o efetivo conheci-

mento, pelos interessados, dos atos estatais que lhes digam respeito.

Questão 27    (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20/SE/2019)

Acerca da Administração Pública na Constituição Federal de 1988, julgue o item.

O princípio da eficiência, além de estimular a busca constante pela Administração

de resultados melhores, assegura mecanismos de controle desses resultados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 28    (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR/CRESS-SC/2019)

Em relação à Administração Pública, julgue o item.

O princípio da publicidade impõe a regra de que todo ato administrativo deve ser

publicado, exceto quando o sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e

do Estado.

Questão 29    (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR/CRESS/SC/2019)

Em relação à Administração Pública, julgue o item.

São princípios constitucionais da Administração Pública: legitimidade; pessoalida-

de; moralidade; e eficiência.

Questão 30    (QUADRIX/AGENTE FISCAL/CRESS/SC/2019) A respeito das disposi-

ções constitucionais referentes à Administração Pública, julgue o item.

A publicidade dos programas, dos serviços e das campanhas dos órgãos públicos

deve ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, não podendo con-

ter nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de servidores

públicos.

Questão 31    (NC-UFPR/ADVOGADO/PREFEITURA DE MATINHOS/2019) Desdêmo-

na, Prefeita do Município X, espalhou diversos cartazes e outdoors pela cidade, sem

caráter educativo, informativo, ou de orientação social, caracterizando, por conse-

guinte, promoção pessoal. Nesse caso, Desdêmona violou:

a) o princípio da moralidade, mas não o da impessoalidade.

b) o princípio da publicidade.

c) principalmente o princípio da impessoalidade.

d) o princípio da eficiência.

e) o princípio da legalidade, mas não o da moralidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 32    (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CREF20/SE/2019) No que

concerne à administração direta e indireta, julgue o item.

O princípio do controle, ou da tutela administrativa, tem como um de seus traços

a vinculação das entidades da administração indireta a uma supervisão ministerial

quanto à persecução dos fins que ensejaram sua criação.

Questão 33    (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR/CRESS/SC/2019)

Em relação à Administração Pública, julgue o item.

É consequência do princípio da indisponibilidade do interesse público a realização

de licitação para celebração de contratos administrativos.

Questão 34    (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR/CRESS/SC/2019)

Em relação à Administração Pública, julgue o item.

O princípio da autotutela permite que a Administração Pública anule seus próprios

atos por vício de ilegalidade.

Questão 35    (QUADRIX/ADVOGADO I/CRA/PR/2019) Julgue o item acerca dos

princípios da Administração Pública.

Os direitos fundamentais esvaziam o princípio da supremacia do interesse público

sobre o particular na medida em que funcionam como limite contra majoritário.

Questão 36    (QUADRIX/ADVOGADO I/CRA/PR/2019) Julgue o item acerca dos

princípios da Administração Pública.

O princípio da autotutela encerra verdadeiro poder-dever, impondo à Administração

que, constatando irregularidade, tome a iniciativa de restaurar a observância da

legalidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 37    (QUADRIX/ADVOGADO I/CRA/PR/2019) Julgue o item acerca dos

princípios da Administração Pública.

O princípio da proteção da confiança abrange inclusive o poder normativo da Admi-

nistração, resguardando os administrados contra a ruptura repentina da disciplina

vigente.

Questão 38    (QUADRIX/ADVOGADO I/CRA/PR/2019) Julgue o item acerca dos

princípios da Administração Pública.

O princípio da precaução privilegia medidas preventivas como forma de se evitarem

danos irreversíveis ou de difícil reparação.

Questão 39    (QUADRIX/ADVOGADO I/CRA/PR/2019) Julgue o item acerca dos

princípios da Administração Pública.

Em termos práticos, razoabilidade e proporcionalidade, no âmbito da Administra-

ção, são consideradas como institutos jurídicos sinônimos.

Questão 40    (QUADRIX/SECRETÁRIA I/CRA/PR/2019) Julgue o item a respeito dos

princípios da Administração Pública.

O princípio da precaução privilegia medidas preventivas como forma de se evitarem

danos irreversíveis ou de difícil reparação.

Questão 41    (VUNESP/ANALISTA/CRBIO1/2017) Viola a Constituição Federal a no-

meação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afi-

nidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da

mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento,

para o exercício de cargo em comissão ou de confiança

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

a) ou, ainda, de função gratificada, exceto se for na Administração indireta.

b) ou, ainda, de cargo provido por concurso.

c) no âmbito da Administração Pública direta e indireta em qualquer dos Poderes

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

d) não se estendendo às designações recíprocas no âmbito do Poder Judiciário.

e) ainda que realizadas anteriormente ao início do vínculo familiar entre o agente

público e o nomeado, designado ou contratado.

Questão 42    (VUNESP/ASSESSOR JURÍDICO/PREFEITURA DE PORTO FERREI-

RA/2017) Sobre os princípios que regem a Administração Pública, assinale a alter-

nativa correta.

a) O princípio da moralidade, segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Fede-

ral, precisa de intermediação legislativa para ser aplicado.

b) A Administração tem o poder de revogar ato administrativo considerado ofensi-

vo ao princípio da publicidade.

c) O princípio da juridicidade está vinculado à ideia de submissão da Administração

a todo o ordenamento jurídico, e não somente à lei em sentido estrito.

d) O princípio da proporcionalidade encontra-se expresso na Constituição Federal e

impede que a Administração restrinja os direitos dos particulares além do necessário.

e) O princípio da legalidade impõe ao gestor o dever de reconhecer, necessaria-

mente, qualquer ato administrativo inválido como nulo e possuidor de efeitos re-

troativos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 43    (VUNESP/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/IPRESB/2017) Entre os Prin-

cípios Constitucionais da Administração Pública, que se encontram explicitados no

caput do art. 37 da Carta Magna, figura o princípio da

a) lealdade e boa-fé.

b) finalidade.

c) impessoalidade.

d) motivação.

e) igualdade.

Questão 44    (VUNESP/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/IPRESB/2017) O servidor pú-

blico não só deverá averiguar os critérios de conveniência, oportunidade e justiça

em suas ações, mas, também, distinguir o que é honesto do que é desonesto. As-

sinale o Princípio Constitucional a que se refere o enunciado.

a) Legalidade.

b) Integridade.

c) Temperança.

d) Moralidade.

e) Impessoalidade.

Questão 45    (VUNESP/CONCURSO UNIFICADO DE PROMOÇÃO/SEPOG/SP/2017)

O prefeito recém-eleito da cidade de Mil Maravilhas, pessoa muito popular, mas

pouco habituada com a gestão pública, tomou a decisão de atrair recursos pri-

vados para seus projetos, da mesma forma como fazia com suas empresas pri-

vadas. Apenas o grupo de amigos empresários do prefeito investiu recursos,

mesmo porque esse foi um assunto tratado no âmbito privado do gabinete do

prefeito. Muito embora não houvesse má-fé entre o prefeito e os empresários

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

locais, quais princípios da Administração Pública foram desrespeitados por esse

prefeito?

a) Moralidade, pois atuou de maneira sorrateira, favorecendo seus amigos empre-

sários; e Eficiência, na medida em que os amigos empresários exigirão em troca

algo que potencialmente prejudicará a população desse município.

b) Legalidade, pois um prefeito não pode tomar decisões isoladas e sem consultar

sua equipe jurídica e legislativa; e Impessoalidade, em função de favorecer direta-

mente os seus amigos empresários.

c) Impessoalidade, na medida em que favoreceu seus amigos empresários; e Pu-

blicidade, pois não se divulgou a proposta de busca de recursos privados de manei-

ra ampla, acessível e transparente.

d) Eficiência, pois não se calculou o retorno do investimento pretendido pelos ami-

gos empresários; e Moralidade, em função de utilizar a posição num cargo execu-

tivo para favorecer seus amigos empresários.

e) Publicidade, na medida em que o assunto foi tratado de maneira privada e sem

o amplo conhecimento dos possíveis interessados; e Eficiência, pois, ao se tratar o

assunto dessa forma, a população sairá prejudicada.

Questão 46    (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CM DE MOGI CRUZES/2017) Com

relação aos princípios da Administração Pública, é correto afirmar que

a) a ampla defesa e o contraditório são considerados direitos e garantias funda-

mentais do acusado, mas o ordenamento jurídico brasileiro hodiernamente não os

recepciona como princípios da Administração Pública.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

b) a Administração, orientada pelo princípio da eficiência, pode revogar seus pró-

prios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se

originam direitos; ou anulá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade.

c) a razoabilidade é princípio implícito na Constituição Federal, não contemplado

no ordenamento jurídico brasileiro, cuja violação se constitui em ato de improbida-

de administrativa.

d) deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo constitui ato de im-

probidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública,

podendo ser aplicada ao responsável a perda da função pública.

e) a segurança jurídica e o interesse público são considerados garantias implícitas

na Constituição Federal, entretanto, o ordenamento jurídico brasileiro hodierna-

mente não os recepciona como princípios da Administração Pública.

Questão 47    (VUNESP/CONTROLADOR INTERNO/CM DE ITAQUAQUECETUBA/2018)

Assinale a alternativa que contempla corretamente uma característica da Adminis-

tração Pública.

a) Prática de atos políticos.

b) Pode fazer o que a lei permite e o que não proíbe.

c) Detém poderes de caráter instrumental.

d) Desprovida de poder de polícia.

e) Conduta não hierarquizada.

Questão 48    (VUNESP/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ/SP/2018) Assinale a alterna-

tiva que é conforme ao regime jurídico administrativo.

a) A Administração pode renunciar ao exercício de competências concedidas por lei.

b) A lei encerra o pressuposto, fundamento e limite da atividade administrativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

c) Para a satisfação de interesses coletivos, a Administração é impedida de limitar

o exercício de direitos individuais.

d) O regime jurídico administrativo concede prerrogativas à Administração simila-

res às existentes no regime de direito privado.

Questão 49    (VUNESP/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/PAULIPREV/2018) A Câmara

Municipal do Município de Pindorama aprovou lei de iniciativa do legislativo munici-

pal criando a “segunda-feira sem automóvel”, para impedir a circulação de veículos

dentro da área urbana do Município às segundas-feiras. Ao vetar totalmente a lei,

sob o fundamento de ofensa ao interesse público e cerceamento do direito de ir e

vir, o Prefeito do Município de Pindorama está exercendo

a) função administrativa, pois está realizando a gestão concreta, prática e rotineira

dos assuntos da municipalidade.

b) função política ou de governo, porque o veto constitui ato de superior gestão da

vida estatal, praticado no exercício de competência discricionária.

c) função legislativa típica, porque o veto é ato do processo legislativo exercido pelo

Chefe do Executivo de maneira típica por expressa determinação constitucional.

d) função jurisdicional, pois está aplicando o direito a um caso concreto em razão

de um conflito de interesses.

e) função de controle, em razão do poder de tutela que o Executivo exerce sobre

as leis emanadas do Poder Legislativo.

Questão 50    (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CM DE SÃO JOAQUIM BARRA/2018)

Leia o seguinte texto extraído da obra de Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2014:62):

“O Direito Administrativo nasceu e desenvolveu-se baseado em duas ideias opos-

tas: de um lado, a proteção aos direitos individuais frente ao Estado, que

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

serve de fundamento ao princípio da legalidade, um dos esteios do Estado de Di-

reito; de outro lado, a necessidade de satisfação dos interesses coletivos,

que conduz à outorga de prerrogativas e privilégios para a Administração Pública,

quer para limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do bem-estar

coletivo (poder de polícia), quer para a prestação de serviços públicos”. (grifos no

original).

O trecho da obra transcrito refere-se ao

a) regime da Administração, que pode ter a sujeição exemplificada por meio do

poder da Administração Pública de aplicar sanções administrativas.

b) princípio da supremacia do interesse público, que pode ser exemplificado por

meio da sujeição à observância da lei e do direito.

c) interesse público primário, que se resume à prerrogativa contida na ideia de

que a Administração Pública não tem disponibilidade sobre os interesses públicos

confiados à sua guarda e realização.

d) princípio da supremacia do interesse público, que pode ser exemplificado por

meio da prerrogativa de imunidade tributária das empresas públicas.

e) regime jurídico administrativo, que pode ter a prerrogativa exemplificada por

meio do poder da Administração de ocupar temporariamente um imóvel alheio.

Questão 51    (VUNESP/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ/SP/2018) A Administração

tem o dever de realizar o interesse público sem a promoção do servidor público ou

autoridade que realizou o ato. Essa previsão, concernente ao regime jurídico admi-

nistrativo, é conforme ao princípio da

a) supremacia do interesse público.

b) impessoalidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

c) publicidade.

d) motivação.

Questão 52    (VUNESP/CONTROLADOR INTERNO/PAULIPREV/2018) Em um deter-

minado julgado, o Supremo Tribunal Federal – STF afirmou que “a destinação de

verbas públicas para o custeio de evento cultural tipicamente privado, sem amparo

no regime jurídico-administrativo, traduz-se em favorecimento a segmento social

determinado, incompatível, portanto, com o interesse público e com os preceitos

constitucionais...”.

Os princípios constitucionais que regem a Administração Pública e aos quais a afir-

mação do STF se refere são:

a) publicidade e impessoalidade.

b) legalidade e moralidade administrativa.

c) impessoalidade e moralidade administrativa.

d) impessoalidade e eficiência.

e) publicidade e moralidade administrativa.

Questão 53    (VUNESP/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/PAULIPREV/2018) O princípio

da eficiência foi incluído na Constituição Federal de 1988 a partir da emenda cons-

titucional n. 19, de 04 de junho de 1998. Neste princípio fica estabelecida, ainda

que de maneira não absoluta, a ideia de bom desempenho das funções públicas,

que corresponde à constante melhoria na qualidade dos bens e serviços produzidos

e ofertados pelo Estado brasileiro.

Considerando a eficiência um princípio norteador da Administração Pública, assina-

le a alternativa correta.

a) O princípio da eficiência advém do movimento de reforma gerencial da Administra-

ção Pública brasileira, e reforça a ideia de melhor rendimento das atividades estatais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

b) O princípio da eficiência substituiu no texto constitucional do País o princípio da

economicidade, pois ambos são de natureza implícita e almejam a modicidade dos

gastos públicos.

c) O princípio da eficiência depende de lei complementar para sua efetivação como

instrumento, haja vista a abrangência do termo que possibilita múltiplas interpre-

tações na gestão estatal no Brasil.

d) O princípio da eficiência é relativo, de forma que só é aplicável a órgãos e servido-

res públicos que desempenham atividades-fim na organização do Estado brasileiro.

e) O princípio da eficiência sobrepõe-se ao princípio da legalidade, o que torna a

Administração Pública brasileira cada vez menos burocrática e mais próxima dos

modus operandi da gestão empresarial.

Questão 54    (VUNESP/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/PAULIPREV/2018) Propaganda

veiculada em rádio, televisão e na internet associando determinado agente público

à realização de obras públicas, sem a finalidade de orientar, informar e educar a

sociedade, é ato que pode caracterizar ofensa ao princípio da

a) legalidade.

b) publicidade.

c) supremacia do interesse público.

d) impessoalidade.

e) eficiência.

Questão 55    (VUNESP/AGENTE ADMINISTRATIVO/CM DE INDAIATUBA/2018) São,

entre outros, princípios expressos na Constituição Federal:

a) razoabilidade, legalidade e motivação.

b) legalidade, eficiência e autotutela.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

c) motivação, razoabilidade e moralidade.

d) moralidade, eficiência e publicidade.

e) segurança Jurídica, autotutela e impessoalidade.

Questão 56    (VUNESP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/PC/SP/2018) Lei estadual que

vede a realização de processo seletivo para o recrutamento de estagiários pelos

órgãos e pelas entidades do poder público estadual fere o princípio da

a) eficiência.

b) legalidade.

c) impessoalidade.

d) segurança jurídica.

e) continuidade do serviço público.

Questão 57    (VUNESP/TÉCNICO EM LICITAÇÕES/PREFEITURA DE SBC/2018)

Quanto aos Princípios de Direito Administrativo previstos na Constituição Federal,

assinale a alternativa correta.

a) Eficiência e Publicidade são princípios implícitos.

b) Legalidade e Reserva Legal são sinônimos.

c) Impessoalidade e Moralidade são princípios explícitos.

d) Autotutela e Motivação são princípios explícitos.

e) Continuidade do serviço público e Segurança jurídica são princípios explícitos.

Questão 58    (VUNESP/ENCARREGADO DE RECURSOS HUMANOS/CM DE SÃO JOA-

QUIM BARRA/2018) A Administração Pública somente pode impor aquilo que a lei

autorizar, tratando-se de uma projeção das liberdades públicas, que dirige o regime

administrativo dos órgãos governamentais, evitando o arbítrio e o abuso de poder.

Tal afirmativa traduz o princípio administrativo da

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

a) moralidade.

b) eficácia.

c) publicidade.

d) legalidade.

e) impessoalidade.

Questão 59    (VUNESP/SECRETÁRIO GERAL/PREFEITURA DE SERRANA/2018) Um

agente público do Município de Serrana está diante de uma situação em que pre-

tende realizar uma conduta, no desempenho de suas atribuições, e verifica que a

lei não proíbe, mas também não prevê expressamente tal conduta. De acordo com

os princípios que regem a Administração Pública, o agente

a) não deve praticar o ato, pois, pelo princípio da legalidade, na Administração Pú-

blica somente se pode fazer o que a lei autoriza.

b) deve praticar o ato, apesar da ausência de previsão legal, desde que o ato com-

provadamente atenda ao interesse público.

c) não deve praticar o ato, pois, pelo princípio da impessoalidade, não se pode dis-

criminar ou privilegiar alguém no exercício da função administrativa.

d) deve praticar o ato, apesar da ausência de previsão legal, desde que se observe

o princípio da moralidade, ou seja, que o ato seja moralmente defensável.

e) não deve praticar o ato, pois, o ato violaria a boa-fé subjetiva, já que o que in-

teressa para o direito administrativo é a intenção e não a conduta praticada.

Questão 60    (VUNESP/AGENTE ADMINISTRATIVO/CM DE INDAIATUBA/2018) A

Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os

tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,

em todos os casos, a apreciação judicial.

O enunciado se refere ao princípio da

a) economia processual.

b) autotutela.

c) publicidade.

d) motivação.

e) vinculação.

Questão 61    (VUNESP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/PC/BA/2018) Um Estado que

tributasse desmesuradamente os administrados enriqueceria o Erário, com maior

volume de recursos, o que, por outro lado, tornaria a sociedade mais pobre. Tal

conduta de exação excessiva viola o princípio pelo qual deve prevalecer

a) o interesse público secundário.

b) o interesse público primário.

c) a supremacia do interesse público.

d) o interesse público como direito subjetivo.

e) o direito subjetivo individual.

Questão 62    (VUNESP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/PC/BA/2018) Se um determi-

nado agente público se vale de uma competência que lhe é legalmente atribuída

para praticar um ato válido, mas que possui o único e exclusivo objetivo de preju-

dicar um desafeto, é correto afirmar que tal conduta feriu o princípio da

a) finalidade, que impõe aos agentes da Administração o dever de manejar suas

competências obedecendo rigorosamente à finalidade de cada qual.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

b) supremacia do interesse público sobre o interesse privado, que é princípio geral

de direito inerente a qualquer sociedade.

c) razoabilidade, pelo qual o Administrador, na atuação discricionária, terá de obe-

decer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, com o senso normal.

d) proporcionalidade, já que a Administração não deve tomar medidas supérfluas,

excessivas e que passem do estritamente necessário à satisfação do interesse público.

e) motivação, porque a Administração deve, no mínimo, esclarecer aos cidadãos as

razões pelas quais foram tomadas as decisões.

Questão 63    (VUNESP/ENCARREGADO DE RECURSOS HUMANOS/CM DE SÃO JOA-

QUIM BARRA/2018) A Constituição Federal expressa cinco princípios básicos do Di-

reito Administrativo. No entanto, a doutrina reconhece outros princípios implícitos,

quando se afirma que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer

natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a in-

violabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à proprieda-

de”, referindo-se ao princípio implícito da

a) autotutela.

b) ampla defesa ou contraditório.

c) segurança jurídica ou controle jurídico.

d) proporcionalidade ou razoabilidade.

e) igualdade ou isonomia.

Questão 64    (VUNESP/CONTADOR JUDICIÁRIO/TJ/SP/2019) A Administração Pú-

blica direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,

moralidade, bem como aos da

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

a) exclusividade e tempestividade.

b) transparência e unidade.

c) universalidade e anualidade.

d) eficácia e do marketing.

e) publicidade e eficiência.

Questão 65    (VUNESP/CONTROLADOR INTERNO/CM DE SERRANA/2019) São prin-

cípios que regem a Administração Pública direta e indireta no Brasil, conforme o

caput do art. 37 da Constituição:

a) impessoalidade, legalidade, publicidade, eficiência e moralidade.

b) liberalismo, igualdade, eficiência, moralidade e publicidade.

c) liberdade, impessoalidade, moralismo, publicidade e eficácia.

d) impessoalidade, legalidade, supremacia do interesse público, transparência e

moralidade.

e) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e igualdade.

Questão 66    (VUNESP/ENCARREGADO DO SETOR DE LICITAÇÃO/UNIFAI/2019) A

respeito dos princípios administrativos, assinale a alternativa correta.

a) Em função do princípio da publicidade, a ausência de divulgação de todo ato o

torna necessariamente nulo.

b) O princípio da eficiência impõe que a Administração fiscalize de maneira ri-

gorosa a obediência às formalidades legais, independentemente dos resultados

alcançados.

c) O princípio modalidade, por possuir conteúdo indeterminado, tem a sua aplica-

ção necessariamente condicionada à prévia expedição de lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

d) O princípio da legalidade implica na necessidade de que a realização de toda e

qualquer conduta administrativa esteja estritamente autorizada por lei em sentido

formal.

e) O princípio da impessoalidade veda que os agentes públicos se promovam às

custas da Administração Pública.

Questão 67    (VUNESP/ANALISTA/PREFEITURA DE ITAPEVI/2019) Considere o caso

hipotético de um funcionário público atender amigos e familiares “furando a fila”,

ou seja, dar um “jeitinho” para “acelerar” um determinado serviço público a fim

de que amigos e familiares não precisem aguardar a vez na fila de espera. Tal fun-

cionário agiu de maneira incorreta e incompatível com o esperado no contexto do

atendimento ao público.

Quais são o princípio e o tipo de conduta que teriam evitado tal situação?

a) Civilidade, ou seja, o reconhecimento de que as pessoas nascem iguais perante

a Lei e, por isso, devem ser tratadas de forma igualitária.

b) Legalidade, pois as pessoas são portadoras de direitos e deveres e, devido a

isso, devem respeitar as Leis.

c) Impessoalidade, ou seja, um atendimento eficiente, ético e transparente a to-

dos sem qualquer favorecimento.

d) Protocolar, pois cabe ao funcionário público agir de forma equilibrada e cordial

à medida do possível.

e) Moralidade, ou seja, o tratamento deve ser frio e calculista a todas as pessoas,

inclusive amigos e colegas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 68    (VUNESP/PROFISSIONAL DE APOIO AO ENSINO, PESQUISA E EXTEN-

SÃO/UNICAMP/2019) A Câmara de um Município do interior de São Paulo aprova,

em 31 de dezembro de 2017, lei destinando verbas públicas para o custeio de

evento cultural de caráter privado, realizado anualmente por empresa da família de

um grande produtor rural que já foi prefeito do Município.

Essa lei mostra-se incompatível com o interesse público e com o princípio da

a) eficiência.

b) motivação.

c) segurança jurídica.

d) impessoalidade.

e) publicidade.

Questão 69    (VUNESP/CONTROLADOR INTERNO/PREFEITURA DE ITAPEVI/2019)

Quando a Administração anula seus próprios atos, em razão de estarem eivados de

vícios que os tornam ilegais, trata-se de controle administrativo interno alicerçado

na aplicação do princípio

a) da Moralidade.

b) da Revogação.

c) da Autotutela.

d) da Investidura.

e) da Revisão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

GABARITO
1. b 25. C 49. b

2. e 26. E 50. e

3. c 27. C 51. b

4. b 28. C 52. c

5. a 29. E 53. a

6. b 30. C 54. d

7. E 31. c 55. d

8. a 32. C 56. c

9. b 33. C 57. c

10. d 34. Anulado 58. d

11. a 35. E 59. a

12. c 36. C 60. d

13. c 37. C 61. b

14. d 38. C 62. a

15. c 39. E 63. e

16. a 40. C 64. e

17. a 41. c 65. a

18. b 42. c 66. e

19. C 43. c 67. c

20. d 44. d 68. d

21. c 45. c 69. c

22. a 46. d 

23. E 47. c

24. E 48. b

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

GABARITO COMENTADO

Questão 1    (FUNDEP/AGENTE DE SERVIÇOS PÚBLICOS/UBERABA/2016) Sobre a

Administração Pública, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A Administração Pública é todo o aparelhamento do Estado, preordenado à rea-

lização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas.

b) As atividades exercidas pela Administração Pública indireta são atividades cen-

tralizadas.

c) A Administração Pública tem como objetivo trabalhar a favor do interesse públi-

co, dos direitos e interesses dos cidadãos que administra.

d) A Administração Pública direta é desempenhada pelos Poderes da União, pelos

Estados, Distrito Federal e Municípios.

Letra b.

A Administração Pública indireta realiza atividades descentralizadas. A Ad-

ministração indireta é composta, exclusivamente, por pessoas administrativas; é

constituída por entidades de Direito Público e Privado. Todas têm personalidade

jurídica própria e autonomia, e agem por outorga do serviço ou pela delegação da

execução.

a) Correta. A Administração Pública é, sim, todo aparelhamento do Estado, com

objetivo a realização de serviços públicos e a finalidade é a satisfação da coletivi-

dade. A organização da Administração Pública compreende: a criação de órgãos e

entidades, a sua estruturação, eventuais alterações e extinções; as atribuições de

competências administrativas aos órgãos e entidades e a criação/extinção de car-

gos/funções.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

c) Correta. É exatamente esse o objetivo da Administração Pública: trabalhar em

favor do interesse público e dos diretos e interesses do cidadão.

d) Correta. A Administração Direta compreende as competências e serviços inte-

grados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios,

assim como os órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público

da União. Ainda, incluímos as entidades federativas (Estados, Distrito Federal e

Municípios).

Questão 2    (FUNCAB/AGENTE PENITENCIÁRIO/SEJAP/MA/2016) Considerando

que a Administração Pública pode ser, em sentido estrito, analisada sob dois aspec-

tos: objetivo ou material; e subjetivo ou orgânico ou formal, é correto afirmar que:

a) a Administração Pública é uma “máquina” composta por órgãos e entidades or-

ganizados sem hierarquia sob a direção de um chefe de Estado.

b) no aspecto objetivo a Administração Pública pode ser considerada o conjunto de

órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função econômica.

c) a Administração Pública é uma atividade subjetiva do governo, objetivando a

realização das necessidades individuais.

d) a Administração Pública é uma atividade concreta do Estado, objetivando a re-

alização das necessidades individuais.

e) o objeto da Administração Pública é a função pública, que abrange o fomento,

a polícia administrativa e o serviço público.

Letra e.

A expressão Administração Pública pode assumir sentidos diversos, conforme o

contexto em que esteja inserida.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 71 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

No sentido Subjetivo, Orgânico ou Formal, envolve, de forma ampla, órgãos go-

vernamentais e administrativos e, de forma restrita, apenas órgãos administrativos.

Nesse sentido, a expressão diz respeito aos sujeitos, aos entes que exercem a ativi-

dade administrativa (pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos). Para identificar

o aspecto orgânico, é suficiente a seguinte pergunta: quem exerce a atividade?

No sentido Objetivo, Material ou Funcional envolve, de forma ampla, funções

políticas e administrativas e, de forma restrita, apenas funções administrativas.

Nesse sentido, a expressão designa a natureza da atividade, as funções desem-

penhadas pelos entes, caracterizando, portanto, a própria função administrativa,

exercida predominantemente pelo Poder Executivo. Pergunta-chave para identifica-

ção do sentido: qual a atividade (função) exercida?

Sob o ponto de vista Objetivo, Material ou Funcional, a Administração Públi-

ca abarca as seguintes atividades finalísticas: fomento, polícia administrativa,

serviço público e intervenção. A seguir, breves explicações:

I – fomento: refere-se à atividade administrativa de incentivo à iniciativa privada

de utilidade ou interesse público, tais como o financiamento em condições espe-

ciais, as desapropriações que beneficiem entidades privadas desprovidas do intuito

do lucro e que executem atividades úteis à coletividade;

II – polícia administrativa: abrange as atividades administrativas restritivas ao

exercício de direitos individuais, tendo em vista o interesse de toda a coletividade

ou do Estado. Não se trata, aqui, das polícias civil, federal e militar, que são órgãos

da Administração Pública, e, por consequência, compõem a Administração Pública,

mas no sentido subjetivo (ainda que exerçam atividades de polícia administrativa).

Um bom exemplo é a fiscalização exercida pelas Prefeituras para a concessão de

“certidão de habite-se”;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 72 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

III – serviço público: diz respeito às atividades executadas direta ou indiretamen-

te pela Administração Pública e em regime predominantemente de direito público,

em atendimento às necessidades coletivas. É exemplo o serviço de transporte ur-

bano coletivo prestado por concessionárias de serviços públicos;

IV – intervenção: é entendida como a regulamentação e a fiscalização da ativida-

de econômica de natureza privada (art. 174 da CF/1988), a interferência do Estado

na propriedade privada (exemplos da desapropriação e do tombamento), bem as-

sim a atuação do Estado diretamente na ordem econômica (art. 173 da CF/1988).

Como regra, essa atuação dá-se por intermédio de empresas públicas e de socie-

dades de economia mista, instituídas e mantidas pelo Estado.

Assim, destacamos os erros das alternativas e a correção da alternativa gabarito:

 a Administração Pública é uma “máquina” composta por órgãos e entidades orga-

nizados sem hierarquia sob a direção de um chefe de Estado.

b) no aspecto objetivo a Administração Pública pode ser considerada o conjunto de

órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função econômi-

ca (administrativa).

c) a Administração Pública é uma atividade subjetiva do governo, objetivando a

realização das necessidades individuais (coletivas).

d) a Administração Pública é uma atividade concreta do Estado, objetivando a re-

alização das necessidades individuais (coletivas).

e) o objeto da Administração Pública é a função pública, que abrange o fomento,

a polícia administrativa e o serviço público.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 73 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 3    (VUNESP/AGENTE/IPSMI/2016) A atividade de ordem superior, de di-

reção suprema e geral do Estado, em seu conjunto e em sua unidade, que tem por

finalidade determinar os fins da ação do Estado e assinalar diretrizes para as outras

funções é a função

a) legislativa.

b) jurisdicional.

c) política ou de governo.

d) de fomento.

e) residual.

Letra c.

De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello1,

a função do Estado ou função pública, no Estado Democrático de Direito, é a atividade


exercida no cumprimento do dever de alcançar o interesse público, mediante o uso de
poderes instrumentalmente necessários conferidos pela ordem jurídica.

O autor destaca três funções públicas: a legislativa (também chamada de norma-

tiva), a administrativa (também chamada de executiva) e a jurisdicional. Ainda,

aqueles atos que não se enquadram em nenhuma dessas três classificações são

chamados de atos da função política ou de governo.

Vejamos cada uma delas.

A função legislativa é aquela que o Estado, de modo exclusivo, exerce por meio

da edição de normas gerais e abstratas, que inovam na ordem jurídica e estão su-

bordinadas diretamente à Constituição.

A função administrativa é a função que o Estado, ou quem lhe faça as vezes,

exerce na intimidade de uma estrutura e regime hierárquicos e que, no sistema


1
MELLO, C. A. B. de. Curso de Direito Administrativo. 31.ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 74 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

constitucional brasileiro se caracteriza pelo fato de ser desempenhada por compor-

tamentos infralegais ou, excepcionalmente, submissos todos a controle de legali-

dade pelo Poder Judiciário.

A função jurisdicional também é atribuída exclusivamente ao Estado para resolu-

ção de conflitos de interesses com força de coisa julgada.

Por fim, a função política ou de governo (nosso gabarito), que é a atividade de

ordem superior, de direção suprema e geral do Estado, em seu conjunto e em sua

unidade, que tem por finalidade determinar os fins da ação do Estado e assinalar

diretrizes para as outras funções.

Iniciativa de leis pelo chefe do Poder Executivo, a sanção, o veto, o impeachment,

a decretação de calamidade pública e a declaração de guerra.

Questão 4    (IDECAN/PROCURADOR LEGISLATIVO/CM ARACRUZ/2016) Nos ter-

mos da doutrina do Direito Administrativo, o termo Administração Pública pode ser

entendido em seu sentido formal e material. Quanto ao tema, assinale a afirmativa

correta.

a) O sentido formal, também chamado de funcional, corresponde à atividade ad-

ministrativa desempenhada pelo poder público.

b) O sentido material, também denominado objetivo, refere-se à Administração

Pública enquanto atividade administrativa.

c) A distinção de Administração Pública no sentido objetivo e subjetivo reflete uma

atual concepção doutrinária, surgida a partir de 1990.

d) A prestação de serviços públicos, o fomento de pesquisas e a gestão dos bens

públicos compreendem à Administração Pública em seu sentido orgânico.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 75 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra b.

Trata-se da perfeita definição de Administração Pública em seu sentido material,

critério que leva em conta as atividades administrativas que são prestadas à cole-

tividade, e não quem é o responsável pela respectiva prestação.

a) Incorreta. A alternativa faz uso do sentido material da Administração Pública,

que corresponde às atividades administrativas desempenhadas pelo Poder Público.

c) Incorreta. Nos dias atuais, a utilização de apenas um dos critérios é insuficiente

para chegar à definição de Administração Pública. Ainda que o critério utilizado em

nosso ordenamento jurídico seja, predominantemente, o subjetivo, deve ser feito

uso, concomitantemente, do critério objetivo, permitindo que atividades essenciais

para a coletividade sejam consideradas, igualmente, Administração Pública.

d) Incorreta. A alternativa lista uma série de atividades que, costumeiramente,

são consideradas Administração Pública em sentido material, objetivo ou funcional.

Questão 5    (CEV UECE/ADVOGADO/FUNECE/2017) Atente ao seguinte excerto:

“...representa o conjunto de atividades que costumam ser consideradas próprias

da função administrativa. O conceito adota como referência a atividade (o que é

realizado), não obrigatoriamente quem a exerce”.

(Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, Direito Administrativo Descomplicado.)

O trecho acima remete ao conceito de Administração Pública denominado conceito

a) material.

b) formal.

c) orgânico.

d) subjetivo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 76 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra a.

O enunciado da questão conceitua a Administração em sentido objetivo, material

ou funcional, que define a Administração Pública como a própria função adminis-

trativa que exerce.

Por sua vez, o conceito de Administração Pública em sentido orgânico (formal ou

subjetivo), é aquele no qual se define a Administração Pública como um conjunto

de órgãos, pessoas jurídicas e agentes do ordenamento jurídico, ou seja, neste

sentido, Administração Pública é o que a Constituição e as leis dizem que é.

Questão 6    (CRS/PM/MG/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS/CFO/

2016) Em relação à Administração Pública e Governo, marque a alternativa CORRETA.

a) Existe diferença entre as três funções do Estado. Embora o poder estatal seja

uno, indivisível e indelegável, ele desdobra-se em três funções: a legislativa, a exe-

cutiva e a moderadora.

b) Em sentido objetivo, a Administração Pública abrange as atividades exercidas

pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes incumbidos de atender concretamente às

necessidades coletivas; corresponde à função administrativa, atribuída preferen-

cialmente aos órgãos do Poder Executivo.

c) A função política compreende o serviço público, a intervenção, o fomento e a

polícia.

d) O regime jurídico da Administração Pública é predominantemente de direito

privado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 77 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra b.

O sentido objetivo é sinônimo de material ou funcional, sendo aquele em que a

Administração Pública é entendida como o conjunto de atividades próprias das fun-

ções administrativas.

a) Incorreta. As três funções do Estado são a legislativa, a executiva e a judiciá-

ria. Essas três funções representam cada um dos Poderes estabelecidos na Consti-

tuição, quais sejam, o Poder Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

c) Incorreta. É a função administrativa que compreende o serviço público, a inter-

venção, o fomento e a polícia.

d) Incorreta. O regime jurídico da Administração Pública é de direito público, e

não privado.

Questão 7    (MPE/SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2016) SINÔNIMO DE FUNÇÃO DE

GOVERNO PARA A DOUTRINA BRASILEIRA, a função administrativa consiste pri-

mordialmente na defesa dos interesses públicos, atendendo às necessidades da

população, inclusive mediante intervenção na economia.

Errado.

A função administrativa difere da função de governo, em sua finalidade primordial.

Enquanto a função de governo se relaciona com a elaboração programática de po-

líticas públicos e ações de fomento, a função administrativa se dedica à execução

dessas políticas definidas pelos órgãos que possuem a função de governo.

Assim, a questão erra ao colocar em “pé” de igualdade as duas funções. A defesa

dos interesses públicos, o atendimento das necessidades da população e a inter-

venção na economia são ações que podem ser tomadas em ambos os níveis – na

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 78 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

definição de políticas públicas nesse sentido e na execução, pelos órgãos e entida-

des administrativos de tais políticas.

Questão 8    (MACHADO DE ASSIS/CONTROLADOR/CM RG/PIAUÍ/2016) A respeito

do conceito de Administração Pública, assinale a opção ERRADA.

a) É a atividade desenvolvida pelo Estado ou seus delegados, sob o regime de

Direito Público, destinada a atender de modo direto e mediato, necessidades con-

cretas da coletividade.

b) É todo o aparelhamento do Estado para a prestação dos serviços públicos, para

a gestão dos bens públicos e dos interesses da comunidade.

c) A Administração Pública direta e indireta ou fundacional, de qualquer dos po-

deres da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos

princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

d) A Administração Pública é um instrumento para o Estado conseguir seus objetivos.

Letra a.

A atividade administrativa deve atender de modo direto e imediato aos interesses

primários da coletividade.

Em verdade, trata-se de atendimento do interesse público primário, consistente

nas demandas sociais em que deve ser fundamentada toda a atividade da Admi-

nistração Pública.

b) Correta. Os órgãos e entidades da Administração Pública representam o instru-

mento por meio qual se deve realizar a execução de políticas públicas. Para tanto,

o Estado deve prestar os serviços públicos que lhes foram concedidos pela Cons-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 79 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

tituição e pela lei, bem como gerir o seu patrimônio, visando alcançar a satisfação

dos interesses da coletividade.

c) Correta. São os termos do art. 37, caput, da CF/1988:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalida-
de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)

d) Correta. Como vimos, o Estado instrumentaliza seus objetivos pela realização

de políticas públicas, prestação de serviços públicos, atividades de polícia admi-

nistrativa, entre outras funções, que são executadas por meio da Administração

Pública, visando atingir os objetivos traçados pelo gestor público.

Questão 9    (MACHADO DE ASSIS/CONTROLADOR/CM RG/PIAUÍ/2016) A Adminis-

tração Pública deve:

I – Ter competência limitada.

II – Ter caráter instrumental.

III – Praticar atos com responsabilidade técnica e legal.

É correto o que se afirma em:

a) II

b) I, II e III

c) I e III

d) I

Letra b.

I- Correta. A Administração Pública possui sua competência estipulada em lei, por

meio da qual se submete em virtude do princípio da legalidade. Dessa forma, à

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 80 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Administração só é permitido agir conforme a competência prevista em lei, sendo

essa competência limitada ao preceito legal.

II- Correta. A Administração Pública é o instrumento por meio do qual o Estado

realiza seus objetivos. Por meio da Administração, o Estado organiza a prestação

de serviços, exerce polícia administrativa, arrecada verba pública dentre outras

funções previstas na Constituição e na lei.

III- Correta. A Administração será responsabilizada pelos atos danosos que seus

agentes praticarem a terceiros. Nesse sentido, até mesmo atos lícitos podem acar-

retar a responsabilização da Administração. Dessa forma, exige-se que os atos ad-

ministrativos sejam praticados com responsabilidade técnica e legal, a fim de evitar

futuras ações de responsabilização do Estado e do servidor que praticou o ato.

Questão 10    (MACHADO DE ASSIS/AGENTE ADMINISTRATIVO/CM BELÉM DO SF/

2016) Todas as afirmações relacionadas à conceituação de Administração Pública

estão corretas, EXCETO.

a) A Administração não pratica atos de governo; pratica tão somente atos de exe-

cução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência dos ór-

gãos e de seus agentes.

b) Administração Pública abrange as atividades exercidas pelas entidades, órgãos

e agentes incumbidos de atender concretamente às necessidades coletivas.

c) Os poderes da Administração Pública são eminentemente instrumentais, ou

seja, são instrumentos conferidos à Administração e utilizados exclusivamente com

a finalidade de satisfazer o interesse público.

d) À Administração Pública faculta-se agir somente de acordo com a Lei ou manei-

ra a não afrontá-la, isto é, pode fazer tudo aquilo que a Lei não proíbe.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 81 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra d.

À Administração Pública só é permitido agir conforme previsto em lei, por força do

princípio da legalidade, insculpido no art. 37, caput da CF/1988:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)

a) Correta. Os atos de governo do Estado são praticados pelo chefe do Poder Exe-

cutivo ou pelas pessoas que o substituam. Os atos de execução são praticados pela

Administração Pública, que funciona como o instrumento de execução que permite

ao Estado, por meio de seus órgãos e entidades, buscar a concretização do inte-

resse público.

b) Correta. Administração Pública em sentido subjetivo compreende os órgãos,

entidades e agentes previstos no ordenamento jurídico que exercem as atividades

administrativas. Em seu sentido objetivo, Administração Pública é a própria função

administrativa realizada pelo Estado.

c) Correta. Os poderes da Administração Pública consistem em prerrogativas que

permitem à Administração atingir sua finalidade primária.

Questão 11    (COPESE UFPI/ESTAGIÁRIO/TRF1/2016) Sobre a Administração Pú-

blica, assinale a opção que contém a sentença inteiramente CORRETA.

a) A atividade administrativa compreende o serviço público, a intervenção no do-

mínio econômico, o fomento e a polícia.

b) Na atividade administrativa não se verificam atos de produção jurídica de qual-

quer espécie.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 82 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

c) Administração Pública em sentido objetivo, segundo a doutrina, refere-se às

pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem a função administrativa.

d) A definição da função administrativa, pelo critério formal, não leva em conta o

regime jurídico empregado na execução da atividade, mas sim a natureza desta.

e) Administração Direta é o mesmo que administração descentralizada.

Letra a.

A Administração Pública pode ser vista sob dois enfoques: subjetiva ou objetiva-

mente. Subjetivamente, são as pessoas, os agentes e os órgãos, ou seja, aqueles

que desempenham algo. Já, materialmente, são as atividades como: serviço públi-

co, fomento, poder de polícia e intervenção.

As demais alternativas estão incorretas:

b) Incorreta. Os atos administrativos são atos jurídicos, por serem produtores de

efeitos como extintivos, exemplo da revogação e anulação.

c) Incorreta. Esse é o conceito de subjetivo, orgânico ou formal. O objetivo é a

matéria, são as funções, logo, funcional ou técnico.

d) Incorreta. O critério formal não se confunde com o material. O formal é o que

leva em consideração a capa, enfim, o regime jurídico, os princípios que regem a

Administração Pública.

e) Incorreta. A Descentralização é a Indireta, ou seja, formada por pessoas jurí-

dicas, de direito público ou privado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 83 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 12    (CRESCER/AGENTE CARTORÁRIO/CRP/PI/2016) Sobre o conceito de

Administração Pública sob os aspectos orgânico, formal e material, assinale a alter-

nativa INCORRETA:

a) O Brasil adota o critério formal de Administração Pública; portanto, somente é

Administração Pública aquilo que nosso direito assim considera, não importando a

atividade que exerça.

b) No Brasil, somente são entidades da administração indireta estas, independen-

temente da atividade que exerçam: autarquias, fundações públicas, empresas pú-

blicas e sociedades de economia mista.

c) Existem atividades materialmente integrantes da Administração Pública brasi-

leira que não desempenham função administrativa, e sim atividade econômica.

d) Há entidades privadas, não integrantes da Administração Pública formal, que

exercem atividades identificadas como próprias da função administrativa.

e) A Administração Pública em seu sentido formal age como sendo o conjunto de

órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função adminis-

trativa do estado.

Letra c.

Sob o sentido material, a Administração Pública consubstancia-se no conjunto de

atividades próprias das funções administrativas exercida diretamente pelo Estado,

abrangendo tanto as atividades típicas de Administração quanto as atividades eco-

nômicas.

a) Correta. Sob o sentido formal, Administração Pública é o conjunto de órgãos,

agentes e pessoas jurídicas composto exclusivamente pela Administração Direta e

Indireta, não importando a atividade exercida.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 84 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

b) Correta. São os termos do art. 4º, II, alíneas ‘a’ a ‘d’ do Decreto n. 200/1967:

Art. 4° A Administração Federal compreende:


(...)
II – A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entida-
des, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.

d) Correta. É o que ocorre no caso das concessões e das permissões de serviços

públicos, em que entidades privadas recebem delegação da Administração Pública

para a prática de determinado serviço público.

e) Correta. Ver comentário da letra “a”.

Questão 13    (VUNESP/DELEGADO DE POLÍCIA/PC/SP/2018) O conceito de Admi-

nistração Pública possui vários sentidos, sendo correto afirmar que:

a) sob o sentido material, entende-se como Administração Pública o conjunto de

órgãos do Estado, isto é, a estrutura estatal.

b) sob o sentido formal, a Administração Pública deve ser entendida como o con-

junto de funções administrativas exercidas pelo Estado.

c) sob o sentido material, a Administração Pública deve ser entendida como a ati-

vidade administrativa exercida pelo Estado.

d) sob o sentido empreendedor, a Administração Pública é o conjunto de funções

administrativas exercidas pelo Estado de forma empreendedora, visando o atingi-

mento das suas finalidades.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 85 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

e) sob o sentido objetivo, entende-se como Administração Pública a estrutura or-

gânica do Estado, definidora do conjunto de estruturas de competências legalmen-

te definidas.

Letra c.

Sob o sentido material, a Administração Pública consubstancia-se no conjunto de

atividades próprias das funções administrativas exercida diretamente pelo Estado.

a) Incorreta. Sob o sentido material, a Administração é o conjunto de atividades

próprio das funções administrativas exercidas pelo Estado.

b) Incorreta. Sob o sentido formal, Administração Pública é o conjunto de órgãos,

agentes e pessoas jurídicas composto exclusivamente pela Administração Direta e

Indireta.

d) Incorreta. O sentido empreendedor não é relacionado pela doutrina como um

dos sentidos de Administração Pública.

e) Incorreta. O sentido objetivo é sinônimo de material ou funcional, sendo aque-

le em que a Administração Pública é entendida como o conjunto de atividades pró-

prias das funções administrativas.

Questão 14    (FCC/TÉCNICO LEGISLATIVO/CL/DF/FOTÓGRAFO/2018) O termo Ad-

ministração Pública comporta diversos sentidos, a depender do critério adotado

para sua conceituação. Pode-se definir Administração Pública em sentido amplo e

em sentido estrito. Deixando-se de lado a Administração Pública em sentido amplo,

é possível conceituar Administração Pública a partir de dois critérios, o subjetivo e

o objetivo, que compreendem

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 86 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

a) os órgãos governamentais e os órgãos administrativos, como a função política

e a administrativa propriamente dita.

b) os órgãos governamentais e a função política, em especial a partir da judiciali-

zação das políticas públicas, ocorrida pelo aumento em extensão e profundidade do

controle judicial do ato administrativo.

c) as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem função adminis-

trativa, excluindo-se as pessoas jurídicas que compõem a administração indireta

sujeitas a regime jurídico de direito privado.

d) as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem a função adminis-

trativa e a atividade administrativa por eles exercida, ou seja, a função administra-

tiva propriamente dita.

e) as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem a função admi-

nistrativa e a função administrativa exercida pelo Poder Executivo, excluindo-se as

atividades da mesma natureza exercida pelos demais Poderes.

Letra d.

A expressão Administração Pública pode assumir sentidos diversos, conforme o

contexto em que esteja inserida. Vejamos:

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Sentido AMPLO RESTRITO
Subjetivo, orgânico ou Órgãos governamentais e Apenas órgãos
Formal administrativos administrativo
Objetivo, Material ou Funções políticas e Apenas funções
Funcional administrativa administrativas

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 87 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Perceba que a banca requer apenas o sentido estrito. E, nesse contexto, temos as

pessoas, órgãos e agentes (aspecto subjetivo) desempenham as funções adminis-

trativas (critério objetivo ou funcional).

a) Incorreta. O enunciado da questão menciona “deixando de lado o sentido am-

plo”, ou seja, requer-se o sentido estrito. Portanto, não engloba os órgãos políticas

e as funções de governo.

b) Incorreta. Idêntica consideração feita na letra “a”. A banca adotou o sentido

amplo.

c) Incorreta. Não são excluídas as entidades da Administração Indireta. Toda a

estrutura formal do Estado é considerada em seu sentido subjetivo. E a Adminis-

tração Indireta ou Descentralizada é composta, também, por estruturas estatais.

e) Incorreta. No Brasil, a separação não é rígida, afinal, todos os poderes podem

administrar, ainda que atipicamente. Logo, o conceito engloba os demais poderes e

suas funções administrativas.

Questão 15    (INAZ DO PARÁ/FISCAL/CORE/MS/2018) A Administração Pública, di-

reta e indireta, é composta por pessoas jurídicas que agem por si mesma. A von-

tade do agente público no exercício regular de sua função é a vontade do Estado

e ambas se confundem. Há quem diferencie Administração Pública (Estado) de

“Administração Pública” com iniciais minúsculas. No sentido objetivo material ou

orgânico, a Administração Pública é a atividade concreta e imediata do Estado. No

sentido subjetivo, é possível afirmar: “Exerce a Administração Pública aquele quem

a lei define”.

Considerando o sentido material objetivo da Administração Pública, exerce função

administrativa:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 88 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

a) Prefeitos, governadores, presidente da república, vereadores, deputados e se-

nadores.

b) União, Estados, municípios e Distrito Federal.

c) Entes federados e entes administrativos com personalidade jurídica.

d) Empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundações.

Letra c.

O sentido objetivo de administração é caracterizado como o conjunto próprio de

atividades, próprias da função administrativa, como os serviços públicos, a polícia

administrativo, o fomento e a intervenção. É a própria função administrativo em si.

Por outro lado, temos o sentido subjetivo, caracterizado como o conjunto de ór-

gãos, pessoas jurídicas e agentes previstos expressamente no ordenamento jurídi-

co, independentemente da atividade exercida. Aqui encontram-se a Administração

Direta e Indireta. Esse é o critério adotado no Brasil.

Nesse sentido, a questão solicita a alternativa em que se encontram aqueles que

exercem função administrativa, ou seja, a administração em sentido objetivo. Como

se pode perceber, as alternativas “a”, “b” e “d” trazem os órgãos e entidades da Ad-

ministração Direta e Indireta, apresentando a administração em sentido subjetivo.

Veja os termos do art. 4º do Decreto n. 200/1967:

Art. 4° A Administração Federal compreende:


I – A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II – A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entida-
des, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 89 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Dessa forma, a alternativa que representa o sentido material da administração é a

letra “c”, que traz as pessoas responsáveis por exercer diretamente a função admi-

nistrativa.

Questão 16    (COPEVE UNIFAL/ASSISTENTE/UNIFAL/2018) A função principal do

Estado-nação no mundo contemporâneo – realizada por meio do governo e da

Administração Pública – é a de ampliar de forma sistemática as oportunidades indi-

viduais, institucionais e regionais. Deve preocupar-se, também, em gerar estímu-

los para facilitar a incorporação de novas tecnologias e inovações no setor público

que proporcionem as condições exigidas para atender às demandas da sociedade

contemporânea. Posto isso, em um sentido amplo, qual é a melhor definição de

Administração Pública?

a) É um sistema complexo, composto de instituições e órgãos do Estado, normas,

recursos humanos, infraestrutura, tecnologia, cultura, entre outras, encarregado

de exercer de forma adequada a autoridade política e as suas demais funções cons-

titucionais, visando ao bem comum.

b) É o conjunto de órgãos do Estado encarregado de exercer, em benefício do bem

comum, funções previstas na Constituição.

c) É o conjunto de ideias, atitudes e normas que determinam a forma de exercer

a autoridade política e de atender aos interesses públicos.

d) É o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes,

as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins

desejados pelo Estado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 90 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra a.

Para Matias Pereira, a Administração Pública, num sentido amplo, é um sistema

complexo, composto de instituições e órgãos do Estado, normas, recursos huma-

nos, infraestrutura, tecnologia, cultura, entre outras, encarregado de exercer de

forma adequada a autoridade política e as suas demais funções constitucionais,

visando o bem comum.

Além das instituições, a Administração congrega a ideia de instituições, afinal, na

questão, aborda-se o sentido amplo de Administração Pública. Vai além do simples

conjunto de órgãos (letra “b”) ou ideias, atitudes e normas (letra “c”).

Ah! Na letra “d”, temos a definição de Hely Lopes para o Direito Administrativo: ”É

o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes, as

atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins

desejados pelo Estado”.

Questão 17    (IADES/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CAU/RO/2018) A Administra-

ção Pública pode ser classificada no sentido subjetivo e no sentido objetivo. No

sentido subjetivo, a expressão Administração Pública

a) indica o universo de órgão e pessoas que desempenham a função administrativa.

b) define o dever do Estado de prestar serviços à sociedade.

c) é a função do Estado de incentivar pessoas de direito privado à prestação de

atividade de interesse social.

d) representa as limitações ao exercício do direito à liberdade ou à propriedade.

e) consiste nos atos de regulação e fiscalização das atividades privadas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 91 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra a.

O conceito subjetivo de Administração Pública se vincula à palavra sujeito e à pa-

lavra pessoa.

Como disse a alternativa “a”: no sentido subjetivo e no sentido objetivo, a Adminis-

tração Pública indica o universo de órgão e pessoas que desempenham a função

administrativa.

Questão 18    (CPCON UEPB/CONTADOR/CM JUCURUTU/2018) Marque a alternativa

CORRETA sobre os conceitos relacionados à Administração Pública.

a) Administração Pública está relacionada a todo o aparelhamento do Estado, pre-

destinado à realização de serviços privados, com o objetivo de satisfazer as neces-

sidades individuais.

b) A Administração Pública está ligada à arte de gerir os serviços públicos, ou seja,

não só prestar o serviço, mas executá-lo, bem como dirigir, governar e exercer a

vontade com o objetivo de obter um resultado útil.

c) Verifica-se a inexistência de uma sintonia entre a Administração Pública e o Ser-

viço Público, tendo em vista que a execução de um não depende do outro.

d) Na Administração Pública é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe; na adminis-

tração particular, só é permitido fazer o que a lei autoriza.

e) As funções administrativas (planejamento, organização, direção e controle) pre-

sentes na administração particular, não têm relação com a Administração Pública.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 92 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra b.

Realmente, a Administração Pública não só deve prestar o serviço público, como

executá-lo e coordená-lo, objetivando sempre o interesse público. Ademais, tem

como principal função a formulação de políticas públicas e sua execução.

a) Incorreta. Em verdade, a Administração Pública e todo o seu aparelhamento

estão destinados à realização de políticas públicas, dentre elas os serviços públicos,

visando o interesse da coletividade, e não a satisfação de necessidades individuais.

No direito administrativo vigora o princípio da supremacia do interesse público so-

bre o interesse privado, portanto, não há como afirmar que o objetivo da adminis-

tração é satisfazer as necessidades individuais.

c) Incorreta. Conforme explicitado, uma das funções da Administração Pública

é a gestão do serviço público, por meio do qual serão atendidas as necessidades

dos administrados, visando o bem comum. Sendo assim, deve haver uma sintonia

entre a Administração Pública e o serviço público, já que a prestação de serviços

públicos depende e é competência da Administração Pública, seja diretamente ou

por particulares seus delegatários.

d) Incorreta. A alternativa inverteu os conceitos, isso porque na Administração

Pública, em decorrência do princípio da legalidade, só é permitido fazer o que a lei

autoriza; já na administração particular, é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe.

e) Incorreta. As funções administrativas de planejamento, organização, direção

e controle que vigoram na administração particular, poderão, em certo grau, estar

presentes na Administração Pública. Isso porque, atualmente no Brasil, vigora o

modelo de Administração Pública gerencial, o qual tem o intuito de aproveitar, na

medida do possível, modelos e práticas usadas no âmbito privado para aumentar

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 93 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

a qualidade, produtividade e eficiência da prestação dos serviços públicos. Sendo

assim, é incorreto afirmar que as funções elencadas pela alternativa não têm ne-

nhuma relação com a Administração Pública.

Questão 19    (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CRESS/PR/2018) Quanto

à Administração Pública, julgue o item.

A Administração Pública em sentido objetivo designa a natureza da atividade exer-

cida pelos referidos entes.

Certo.

A Administração Pública pode assumir o sentido subjetivo e o objetivo.

Em um primeiro sentido, o subjetivo, orgânico ou formal, a expressão diz res-

peito aos sujeitos, aos entes que exercem a atividade administrativa (pessoas jurí-

dicas, órgãos e agentes públicos). Para identificar o aspecto orgânico, é suficiente

a seguinte pergunta: quem exerce a atividade?

Já o sentido objetivo, material ou funcional designa a natureza da atividade,

as funções desempenhadas pelos entes, caracterizando, portanto, a própria função

administrativa, exercida predominantemente pelo Poder Executivo. Pergunta-chave

para identificação do sentido: qual a atividade (função) exercida?

Para melhor elucidação do conteúdo, observe o esquema a seguir:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 94 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Administração Pública

Aspectos

Orgânico/Subjetivo/Formal Material/Objetivo/Funcional

Quem exerce? O que se pratica?

Serviços Poder
Órgãos Pessoas Agentes Fomento Intervenção
públicos de polícia

Energia Placas de Termos Agências


Ministérios Autarquias Servidores
elétrica sinalização de parceria reguladoras

Exemplos Exemplos

Questão 20    (IADES/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/CAU/AC/2019) Assinale a alterna-

tiva que representa um dos princípios que regem a Administração Pública brasileira.

a) Duplo grau de jurisdição

b) Juiz de paz

c) Concorrência

d) Moralidade

e) Especificidade

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 95 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra d.

É a Constituição de 1988 a responsável por consagrar as normas e princípios bá-

sicos regentes da Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Po-

deres da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. São princípios

constitucionais expressos no caput do art. 37 da CF (LIMPE): legalidade, im-

pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Tais princípios valem para todos os Poderes, de todos os entes integrantes da

Federação Brasileira (União, Estados, Distrito Federal e municípios) e respectivas

Administrações Direta e Indireta. Façamos a leitura do referido dispositivo consti-

tucional:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...).

A banca mencionou, expressamente, a moralidade administrativa.

Questão 21    (NC-UFPR/ADVOGADO/FPMA/2019) Três princípios constitucionais

gerais aplicáveis à Administração Pública são:

a) publicidade, economia e moralidade.

b) moralidade, celeridade e legalidade.

c) impessoalidade, moralidade e publicidade.

d) licitação pública, eficiência e impessoalidade.

e) moralidade, legalidade e juridicidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 96 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra c.

Como vimos, é a Constituição de 1988 a responsável por consagrar as normas e

princípios básicos regentes da Administração Pública direta e indireta de qual-

quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. São

princípios constitucionais expressos no caput do art. 37 da CF (LIMPE): legali-

dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Tais princípios valem para todos os Poderes, de todos os entes integrantes da

Federação Brasileira (União, Estados, Distrito Federal e municípios) e respectivas

Administrações Direta e Indireta. Façamos a leitura do referido dispositivo consti-

tucional:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...).

Questão 22    (INSTITUTO EXCELÊNCIA/TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO LEGISLA-

TIVA/CM CORUMBATAÍ DO SUL/2019) Os atos da Administração Pública são ex-

ternados através de seus agentes, os quais são os responsáveis pelas decisões

governamentais, bem como pela execução das mesmas. Assinale a alternativa que

corretamente apresenta os princípios constitucionais que balizam atividade admi-

nistrativa:

a) Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.

b) Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Oportunidade.

c) Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficácia.

d) Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Criteriosidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 97 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra a.

A questão versa sobre os princípios da Administração Pública, que têm como princí-

pios básicos e expressos, o famoso LIMPE. Delineamos os seus conceitos e as suas

principais características, a partir de Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

Legalidade:

É aqui que melhor se enquadra aquela ideia de que, na relação administrativa, a vonta-
de da Administração Pública é a que decorre da lei. Segundo o princípio da legalidade,
a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite.

Impessoalidade

[...]o princípio estaria relacionado com a finalidade pública que deve nortear toda a ati-
vidade administrativa. Significa que a Administração não pode atuar com vistas a pre-
judicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público
que tem que nortear o seu comportamento.

Moralidade

Em resumo, sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamen-


to da Administração ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora
em consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de boa admi-
nistração, os princípios de justiça e de equidade, a ideia comum de honestidade, estará
havendo ofensa ao princípio da moralidade administrativa.

Publicidade

O princípio da publicidade, que vem agora inserido no artigo 37 da Constituição, exige a


ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública, ressalvadas as hipó-
teses de sigilo previstas em lei.

Eficiência

O princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser considerado


em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desem-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 98 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

penho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em relação


ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, também com o
mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público.

Como sabemos, esses princípios estão presentes expressamente no caput do art. 37

da Constituição Federal:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalida-
de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)

Questão 23    (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20/SE/

2019) Acerca da Administração Pública na Constituição Federal de 1988, julgue o item.

A densificação do significado do princípio da moralidade é uma prerrogativa do ad-

ministrador, como intérprete, no caso concreto, escapando ao exame judicial sob

pena de invasão do mérito administrativo e de vulneração à separação de Poderes.

Errado.

A conduta da Administração deve ser mais exigente do que simples cumprimento

da frieza das leis. Deve-se distinguir o justo do injusto, o lícito do ilícito, o honorá-

vel do desonorável, o conveniente do inconveniente.

A moralidade passa a ser pressuposto de validade dos atos do Estado. Em toda a

atuação estatal deverão estar presentes princípios da lealdade, da boa-fé, da fide-

lidade funcional, entre outros, atinentes à moralidade.

Lealdade, boa-fé, honestidade são preceitos éticos desejados pela sociedade que

remunera os agentes públicos direta ou indiretamente. Por isso, o princípio da

moralidade pode ser considerado, a um só tempo, dever do administrador

e direito público subjetivo dos cidadãos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 99 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

O legislador constitucional, sensibilizado com a moralidade, traz algumas aplica-

ções práticas do princípio. Vejamos:

• Art. 5º, LXXIII (ação popular): a proteção da moralidade administrativa, nes-

se caso, depende de iniciativa exclusiva de qualquer cidadão (não é qualquer

particular, cuidado);

• Arts. 37, § 4º, e 85, V (atos de improbidade administrativa): para parte da

doutrina, a probidade é um aspecto da moralidade. A probidade diz respeito

à integridade de caráter, honradez, ou seja, conceito estreitamente correla-

cionado com o de moralidade administrativa;

• Art. 70 (princípios da legitimidade e economicidade, das quais irradia a mo-

ralidade): a Constituição Federal consagra os controles interno e externo,

sendo este, em termos parlamentares, a cargo das Casas Legislativas com o

auxílio técnico dos Tribunais de Contas. O controle parlamentar está previs-

to, ainda, no art. 50 e seus parágrafos, além do § 3º do art. 58 da CF/1988,

esta que confere poderes de investigação próprios das autoridades judiciais

às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). A esses órgãos incumbe

controlar os atos da Administração, inclusive sob o aspecto da moralidade.

Bom registrar que o conceito de moralidade é um conceito jurídico indeterminado,

tais como “bem comum” e “interesse público”. Apesar de tratar-se de um concei-

to vago, a moralidade administrativa não está imune ao controle judicial.

Basta ver o que nos informa o inc. XXXV do art. 5º da CF/1988 para chegar a essa

conclusão. Relembremos o dispositivo:

a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 100 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Perceba que nem mesmo a lei excluirá da apreciação judicial um ato que, ao me-

nos potencialmente, possa causar prejuízos. A simples utilização de um conceito

indeterminado, como a moralidade, não impede a atuação do Poder Judiciário de

exercer o legítimo controle do ato.

Cabe ao Judiciário o controle do ato administrativo, tanto sob o aspecto da legali-

dade quanto sob o aspecto da moralidade. Exemplo disso é a prática do nepotismo,

a qual é vista como imoral por diversos tribunais judiciais, como o próprio STF.

Questão 24    (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20/SE/

2019) Acerca da Administração Pública na Constituição Federal de 1988, julgue o item.

O princípio da publicidade assegura o acesso até mesmo a informações considera-

das como inúteis administrativamente, viabilizando devassa somente limitada por

razões de segurança ou quando o próprio interesse público justificar.

Errado.

Pelo princípio da publicidade, a Administração Pública deve tornar públicos seus

atos, na forma prevista na norma.

No entanto, há exceções ao dever de a Administração tornar públicos seus atos,

desde que assim necessário. Nesse sentido, a CF/1988 estabelece no inc. XXXIII

do art. 5º:

Art. 5º
(...)
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segu-
rança da sociedade e do Estado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 101 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Note que o princípio da publicidade deve ser harmonizado com os princípios da

proporcionalidade e razoabilidade. Sobre o tema, o STF declarou inconstitucional

dispositivo de lei que previa a obrigatoriedade de publicação dos custos dos atos do

Executivo efetuados em jornais ou veículos similares (ADI 2.472/RS).

Outro dispositivo do texto constitucional que permite certa restrição à necessidade

de a Administração dar publicidade a seus atos é o inc. LX do art. 5º, com a seguin-

te redação:

a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimi-
dade ou o interesse social o exigirem.

Em síntese, ainda que a publicidade seja um princípio para os atos da Administra-

ção Pública, não se reveste de caráter absoluto, encontrando exceções no próprio

texto da CF/1988. E, claro, essas exceções não são apenas por razões de seguran-

ça ou quando o próprio interesse público justificar, como por exemplo, incluindo-se,

também, a defesa da intimidade.

Questão 25    (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20/SE/

2019) Acerca da Administração Pública na Constituição Federal de 1988, julgue o item.

Os mecanismos que asseguram a efetivação do princípio da publicidade são dinâ-

micos e devem observar aprimoramento constante, garantindo exatidão e clareza

das informações.

Certo.

De fato, embora a publicidade seja uma condição de eficácia do ato administrativo,

há casos em que será relativizada em favor da defesa da intimidade, do interes-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 102 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

se social e da segurança da sociedade. Como estamos tratando de possibilidades

de sigilo, a efetivação desse princípio é dinâmica e deve observar aprimoramento

constante, ou seja, o que hoje é declarado como de interesse social, amanhã po-

derá não ser mais.

Questão 26    (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20/SE/

2019) Acerca da Administração Pública na Constituição Federal de 1988, julgue o item.

A publicidade exigida constitucionalmente é material ou real, ao contrário de me-

ramente formal, ou seja, impõe‐se ao administrador que garanta o efetivo conheci-

mento, pelos interessados, dos atos estatais que lhes digam respeito.

Errado.

De pronto, já vamos corrigir o item:

A publicidade exigida constitucionalmente é formal, ao contrário da publicidade

material ou real, que impõe ao administrador que garanta o efetivo conhecimento,

pelos interessados, dos atos estatais que lhes digam respeito.

Assim, a Administração tem o dever de publicar os seus atos. Este é o primeiro

momento do princípio da publicidade, o que sugere uma noção formal, uma vez

que o dever de tornar público, tratado pela Constituição Federal, não estabelece

diretamente o acesso à matéria, ao conteúdo, mas somente à exposição do ato em

meios oficiais.

No entanto, o direito à informação visa também possibilitar ao administrado co-

nhecer a conduta interna dos agentes políticos. Esta é a vertente material ou real

do princípio da publicidade, que exige da Administração o acesso ao conteúdo das

informações da maneira mais clara possível.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 103 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 27    (QUADRIX/AGENTE DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO/CREF20/SE/

2019) Acerca da Administração Pública na Constituição Federal de 1988, julgue o item.

O princípio da eficiência, além de estimular a busca constante pela Administração

de resultados melhores, assegura mecanismos de controle desses resultados.

Certo.

O princípio da eficiência também chamado de princípio da qualidade dos serviços

públicos. Esse postulado foi inserido no texto da CF/1988 por meio da Emenda

Constitucional n. 19/1998, responsável pela Reforma Administrativa do Estado.

O princípio da eficiência pode ser analisado em confronto com o art. 70 da Cons-

tituição Federal, no qual está disciplinado o controle da Administração Pública

Federal, realizado pelo Congresso Nacional, com o auxílio do TCU (art. 70 da

CF/1988).

No âmbito da Corte de Contas Federal, é firme o entendimento de que o con-

trole da Administração Pública deve considerar não só aspectos restritos

de legalidade. De outra forma, devem ser levados em consideração aspectos rela-

cionados à racionalidade do gasto público, ou seja, a eficiência na utilização de tais

valores. É o que se conclui a partir do art. 70 da CF/1988, ao estabelecer o contro-

le da Administração também quanto à legitimidade e economicidade, enfim, se

houve eficiência ou não no dispêndio dos recursos públicos.

Ressalte-se, ainda, que o princípio ou dever de eficiência impõe-se a toda a Admi-

nistração Pública (art. 37, caput, da CF/1988). Parte da doutrina entende que, caso

atue eficientemente, o agente público exercerá suas atribuições com perfeição,

rendimento funcional e rapidez.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 104 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 28    (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR/CRESS/SC/2019)

Em relação à Administração Pública, julgue o item.

O princípio da publicidade impõe a regra de que todo ato administrativo deve ser

publicado, exceto quando o sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e

do Estado.

Certo.

Segundo o princípio da publicidade, a Administração Pública deve tornar públi-

cos seus atos, na forma prevista na norma. A publicidade é um princípio demo-

crático, republicano, por assim dizer, que faz com que se possibilite o controle da

Administração, por razões que são dotadas de obviedade: sem se dar transparência

aos atos da Administração, inviável pensar no controle desta. A transparência é

exigência, por exemplo, do devido processo legal (inc. LV do art. 5º da Constituição

Federal), afinal os princípios da ampla defesa e do contraditório só podem ser efe-

tivados se existente a publicidade.

No entanto, há exceções ao dever de a Administração tornar públicos seus atos,

desde que assim necessário. Nesse sentido, a CF/1988 estabelece no inc. XXXIII

do art. 5º:

Art. 5º
(...)
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado.

Ressalta-se que os critérios para definição das informações essenciais à segurança

da sociedade encontram-se regulamentados pela Lei de Acesso à Informação (Lei

n. 12.527/2011).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 105 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 29    (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR/CRESS/SC/2019)

Em relação à Administração Pública, julgue o item.

São princípios constitucionais da Administração Pública: legitimidade; pessoalida-

de; moralidade; e eficiência.

Errado.

O erro do item é:

1. Mencionar o princípio da legitimidade, quando o correto é Legalidade.

2. Mencionar o princípio da “pessoalidade”, quando o correto é Impessoalidade.

3. Deixar de mencionar o princípio da Publicidade.

Vejamos a CF/1988:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...].

Lembre-se do macete LIMPE – legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade

e eficiência.

Questão 30    (QUADRIX/AGENTE FISCAL/CRESS/SC/2019) A respeito das disposi-

ções constitucionais referentes à Administração Pública, julgue o item.

A publicidade dos programas, dos serviços e das campanhas dos órgãos públicos

deve ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, não podendo con-

ter nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de servidores

públicos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 106 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Certo.

O item está de acordo com o disposto na CF/1988:

Art. 37. [...].


§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públi-
cos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autorida-
des ou servidores públicos.

Questão 31    (NC-UFPR/ADVOGADO/PREFEITURA DE MATINHOS/2019) Desdêmo-

na, Prefeita do Município X, espalhou diversos cartazes e outdoors pela cidade, sem

caráter educativo, informativo, ou de orientação social, caracterizando, por conse-

guinte, promoção pessoal. Nesse caso, Desdêmona violou:

a) o princípio da moralidade, mas não o da impessoalidade.

b) o princípio da publicidade.

c) principalmente o princípio da impessoalidade.

d) o princípio da eficiência.

e) o princípio da legalidade, mas não o da moralidade.

Letra c.

É o que prevê o § 1º do art. 37 da CF:

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públi-
cos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autorida-
des ou servidores públicos.

Trata-se do princípio da impessoalidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 107 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 32    (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CREF20/SE/2019) No que

concerne à administração direta e indireta, julgue o item.

O princípio do controle, ou da tutela administrativa, tem como um de seus traços

a vinculação das entidades da administração indireta a uma supervisão ministerial

quanto à persecução dos fins que ensejaram sua criação.

Certo.

O princípio da supervisão ministerial (ou controle finalístico ou tutela administra-

tiva) diferencia-se do princípio da autotutela. Esse decorre a hierarquia, enquanto

aquele refere-se à vinculação. Em suma, o que temos é o seguinte:

AUTOTUTELA TUTELA
(controle hierárquico) (controle finalístico)
Decorre de hierarquia Inexiste hierarquia
Vinculação ou supervisão ministerial
Subordinação
ou controle finalístico
Controle pleno e ilimitado Controle restrito e limitado

Questão 33    (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR/CRESS/SC/2019)

Em relação à Administração Pública, julgue o item.

É consequência do princípio da indisponibilidade do interesse público a realização

de licitação para celebração de contratos administrativos.

Certo.

José dos Santos Carvalho Filho ensina que os bens e interesses públicos não per-

tencem estritamente à Administração ou a seus agentes. Cabe-lhes apenas geri-

-los, conservá-los e por eles velar em prol da coletividade, esta sim, a verdadeira

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 108 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

titular dos direitos e interesses públicos. Enfim, a Administração não tem liberdade

para dispor dos bens e interesses públicos, porque age na defesa alheia.

Logo, a conduta administrativa deve dirigir-se para o interesse público, de modo

que não haja contaminação pelo interesse pessoal dos agentes públicos e nem fa-

voreça a um particular, em detrimento de outros. Em outras palavras, não se pode

deixar de zelar pelo cumprimento do interesse público. O administrador não pode,

simplesmente, desistir de realizar o que é melhor para a sociedade, em respeito às

disposições do ordenamento jurídico em vigor.

Por isso, pode-se dizer que a licitação deriva do princípio da indisponibilidade do

interesse público, uma vez que cabe à Administração escolher a proposta mais van-

tajosa, podendo os licitantes participarem em igualdade de condições (princípio da

isonomia). O Administrador, como regra, não pode deixar de licitar, a não ser nas

hipóteses previstas em Lei.

Questão 34    (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR/CRESS/SC/2019)

Em relação à Administração Pública, julgue o item.

O princípio da autotutela permite que a Administração Pública anule seus próprios

atos por vício de ilegalidade.

Anulado.

A banca examinadora anulou o item mediante a seguinte justificativa:

Houve erro material na redação da palavra ilegalidade, que deveria ser legalidade.

Tal divergência prejudicou o entendimento objetivo do item. Sendo assim, a banca

examinadora decide anular o item.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 109 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Isto posto, cumpre ressaltar que havendo vício de legalidade, a Administração tem

a prerrogativa de anular os seus próprios atos, em virtude do princípio da autotu-

tela, consagrada na Súmula n. 473 do STF.

Questão 35    (QUADRIX/ADVOGADO I/CRA/PR/2019) Julgue o item acerca dos

princípios da Administração Pública.

Os direitos fundamentais esvaziam o princípio da supremacia do interesse

público sobre o particular na medida em que funcionam como limite contra

majoritário.

Errado.

Os direitos fundamentais funcionam como limites contra majoritário, mas não

esvaziam o princípio da supremacia do interesse público sobre o particular.

Ou seja, o que temos é um sopesamento ou equilíbrio entre a supremacia do

interesse público e os direitos fundamentais, por meio do critério da propor-

cionalidade.

Questão 36    (QUADRIX/ADVOGADO I/CRA/PR/2019) Julgue o item acerca dos

princípios da Administração Pública.

O princípio da autotutela encerra verdadeiro poder‐dever, impondo à Administração

que, constatando irregularidade, tome a iniciativa de restaurar a observância da

legalidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 110 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Certo.

O princípio da autotutela é reconhecido expressamente na Súmula n. 473 do STF.

Vejamos:

Súmula n. 473 do STF.


A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Ou seja, a Administração tem a prerrogativa de policiar seus próprios atos, revo-

gando aqueles inconvenientes e anulando aqueles ilegais. Assim, com base no prin-

cípio da autotutela, a Administração Pública tem o poder-dever de rever seus atos

quando estes estiverem eivados de vícios.

Questão 37    (QUADRIX/ADVOGADO I/CRA/PR/2019) Julgue o item acerca dos

princípios da Administração Pública.

O princípio da proteção da confiança abrange inclusive o poder normativo da Admi-

nistração, resguardando os administrados contra a ruptura repentina da disciplina

vigente.

Certo.

O princípio da proteção à confiança protege a boa-fé do administrado; por outras

palavras, a confiança que se protege é aquela que o particular deposita na Admi-

nistração Pública. O particular confia em que a conduta da Administração esteja

correta, de acordo com a lei e com o direito.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 111 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Um bom exemplo de quebra desse princípio é de um veículo oficial estacionado

num lugar onde seja proibido estacionar.

Relativamente ao princípio da confiança, implícito no ordenamento jurídico, há

quem defenda tratar-se da segurança jurídica sob o aspecto subjetivo. Nesse

contexto, o princípio está atrelado à segurança jurídica, mas com ela não se con-

funde, remetendo-nos à ideia de que os atos praticados pelo Poder Público são

legítimos (presumem-se legais e verdadeiros), de tal sorte que os atos devem ser

preservados em nome da boa-fé, sobrepondo-se, no caso concreto, ao princípio

da legalidade.

Questão 38    QUADRIX/ADVOGADO I/CRA/PR/2019) Julgue o item acerca dos prin-

cípios da Administração Pública.

O princípio da precaução privilegia medidas preventivas como forma de se evitarem

danos irreversíveis ou de difícil reparação.

Certo.

O princípio da precaução, de aplicação corrente no Direito Ambiental, remete-nos à

ideia de que, na visualização futura, ainda que remota, de eventuais danos, devem

ser adotadas medidas acautelatórias e protetivas do interesse público.

Para José dos Santos Carvalho Filho, se determinada ação acarreta risco para a

coletividade, deve a Administração adotar postura de precaução para evitar que

eventuais danos acabem por concretizar-se. Semelhante cautela é de todo conve-

niente na medida em que se sabe que alguns tipos de danos, por sua gravidade e

extensão, são irreversíveis ou, no mínimo, de dificílima reparação.

Com o fim de proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deverá ser am-

plamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando hou-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 112 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

ver ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica abso-

luta não será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente

viáveis para prevenir a degradação ambiental. (Princípio 15 da Declaração do Rio

sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992).

Questão 39    (QUADRIX/ADVOGADO I/CRA/PR/2019) Julgue o item acerca dos

princípios da Administração Pública.

Em termos práticos, razoabilidade e proporcionalidade, no âmbito da Administra-

ção, são consideradas como institutos jurídicos sinônimos.

Errado.

Os princípios da razoabilidade e proporcionalidade não são sinônimos, mas, segun-

do boa parte da doutrina brasileira, a proporcionalidade decorre da razoabilidade.

O princípio da razoabilidade constituirá um dos principais fundamentos para

controle dos atos administrativos, sobretudo em atos discricionários, o controle da

razoabilidade administrativa é fundamental, afinal, em tais atos a Administração

conta com certo grau de liberdade, o qual, contudo, não pode ultrapassar os limites

do “razoável”.

Mas, então, quais seriam esses limites? Só o caso específico permite concluir, como

no exemplo da convocação do aprovado apenas por Diário Oficial, em que, sem

dúvida, os limites foram ultrapassados pela Administração Pública. É fato inequívo-

co que a conduta desarrazoada é ilegítima, uma vez que arbitrária, excedendo os

contornos dados pela Lei.

Em síntese: as atitudes desprovidas de razão, despropositadas, não podem ser

acolhidas pelo Direito, sendo válidos os valores da média sociedade (do homem

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 113 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

médio). A discricionariedade oferecida ao administrador não significa arbitrarieda-

de, enfim, o administrador deve sempre adotar as providências mais adequadas

aos casos concretos apresentados.

O princípio da proporcionalidade, por sua vez, é reconhecido pela doutrina

como um dos orientadores da atuação administrativa. A proporcionalidade pode

ser traduzida como a adequabilidade entre os meios utilizados e os fins pretendidos

(princípio da vedação de excesso). Se a conduta do Administrador não respeita tal

relação, será excessiva, portanto, desproporcional. A ideia central da proporciona-

lidade é de que todos só são obrigados a suportar restrições em sua liberdade ou

propriedade, por iniciativa da Administração Pública, se imprescindíveis ao atendi-

mento do interesse público.

Assim: o princípio da razoabilidade tem relação próxima com o princípio da propor-

cionalidade.

Há doutrinadores que defendem a tese de que a razoabilidade seria maior que a

proporcionalidade.

De certa forma, essa asserção é verdadeira, haja vista a razoabilidade também

exigir a adequação entre meios e fins, pelo que não estaria incorreto, numa prova

de concurso, afirmar que o princípio da proporcionalidade está contido, ou é uma

decorrência da razoabilidade.

A razoabilidade é princípio dotado de forte carga de abstração; já a proporcionali-

dade é princípio mais concreto. Por exemplo: lei que exigisse a pesagem de botijão

na frente do consumidor seria não razoável. Agora, a interdição de estabelecimento

comercial com uso de força física imoderada seria desproporcional. Assim, a razo-

abilidade é vista no campo abstrato, já a proporcionalidade refere-se a práticas de

atos em si.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 114 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 40    (QUADRIX/SECRETÁRIA I/CRA/PR/2019) Julgue o item a respeito dos

princípios da Administração Pública.

O princípio da precaução privilegia medidas preventivas como forma de se evitarem

danos irreversíveis ou de difícil reparação.

Certo.

O princípio da precaução, de aplicação corrente no Direito Ambiental, remete-nos

à ideia de que, na visualização futura, ainda que remota, de eventuais danos, de-

vem ser adotadas medidas acautelatórias e protetivas do interesse público.

Para José dos Santos Carvalho Filho, se determinada ação acarreta risco para a

coletividade, deve a Administração adotar postura de precaução para evitar que

eventuais danos acabem por concretizar-se. Semelhante cautela é de todo conve-

niente na medida em que se sabe que alguns tipos de danos, por sua gravidade e

extensão, são irreversíveis ou, no mínimo, de dificílima reparação.

Questão 41    (VUNESP/ANALISTA/CRBIO1/2017) Viola a Constituição Federal a no-

meação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afi-

nidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da

mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento,

para o exercício de cargo em comissão ou de confiança

a) ou, ainda, de função gratificada, exceto se for na Administração indireta.

b) ou, ainda, de cargo provido por concurso.

c) no âmbito da Administração Pública direta e indireta em qualquer dos Poderes

da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 115 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

d) não se estendendo às designações recíprocas no âmbito do Poder Judiciário.

e) ainda que realizadas anteriormente ao início do vínculo familiar entre o agente

público e o nomeado, designado ou contratado.

Letra c.

O enunciado traz o texto da Súmula Vinculante n. 13, do Supremo Tribunal Federal,

que trata da prática do nepotismo na Administração Pública e determina:

A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por

afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da

mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento,

para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratifi-

cada na Administração Pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante

designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

Sobre as demais alternativas:

a) Incorreta. O texto da súmula fala em funções gratificadas tanto na administra-

ção direta quanto na indireta.

b) Incorreta. Não há menção a isso no trecho restante da Súmula.

d) Incorreta. Estende-se, sim! O nepotismo é proibido tanto na forma direta quan-

to na forma recíproca.

e) Incorreta. Se o vínculo familiar se formou depois do ingresso no serviço públi-

co, não há que se falar em nepotismo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 116 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 42    (VUNESP/ASSESSOR JURÍDICO/PREFEITURA DE PORTO FERREIRA/

2017) Sobre os princípios que regem a Administração Pública, assinale a alternativa

correta.

a) O princípio da moralidade, segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Fede-

ral, precisa de intermediação legislativa para ser aplicado.

b) A Administração tem o poder de revogar ato administrativo considerado ofensi-

vo ao princípio da publicidade.

c) O princípio da juridicidade está vinculado à ideia de submissão da Administração

a todo o ordenamento jurídico, e não somente à lei em sentido estrito.

d) O princípio da proporcionalidade encontra-se expresso na Constituição Federal e

impede que a Administração restrinja os direitos dos particulares além do necessário.

e) O princípio da legalidade impõe ao gestor o dever de reconhecer, necessaria-

mente, qualquer ato administrativo inválido como nulo e possuidor de efeitos re-

troativos.

Letra c.

Interessante questão, por abordar princípio pouco conhecido.

Conforme o princípio da legalidade administrativa, as ações do Estado são precedidas

de leis. As leis são os veículos normativos que permitem ou autorizam à Administra-

ção atuar ou deixar de atuar. No entanto, ao lado das leis, subsiste toda uma gama

de princípios, os quais gozam de força vinculante na condução da coisa pública.

Nesse contexto, em que a Administração deve conjugar as regras e os princípios, é

que surge o princípio da juridicidade.

Para Emerson Garcia, ao atingirem o ápice da pirâmide normativa, foi inevitável

a constatação de que o princípio da legalidade deixou de ser o único elemento de

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 117 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

legitimação e limitação da atividade estatal, isto porque dele não mais defluíam a

totalidade das regras e os princípios que a norteavam; pelo contrário, passaram a

coexistir lado a lado. Com a constitucionalização dos princípios, a concepção de

legalidade cedeu lugar à noção de juridicidade, segundo a qual a atuação

do Estado deve estar em harmonia com o Direito, afastando a noção de le-

galidade estrita – com contornos superpostos à regra –, passando a compreender

regras e princípios.

Fácil concluir que a juridicidade, além de englobar a conformidade dos atos com as

leis (princípio da legalidade), requer que a produção dos atos estatais esteja em

consonância com os princípios constitucionais expressos e implícitos.

As demais alternativas estão incorretas:

a) Incorreta. A moralidade é um princípio autônomo em relação à legalidade. In-

clusive, o STF, ao editar a Súmula Vinculante n. 13, que veda o nepotismo, deixou

claro que a vedação ao nepotismo não precisa de intermediação legislativa, por

decorrer de forma autônoma do princípio da moralidade.

b) Incorreta. Se o ato é ofensivo a princípios é porque está viciado. E atos vicia-

dos merecem ser anulados. A revogação recai sempre sobre atos legais e eficazes.

d) Incorreta. Está expresso? Não! Na verdade, por tal princípio, a Administração

deve evitar os excessos. Porém, não há sua previsão expressa na CF/1988.

e) Incorreta. O princípio da legalidade é um dos grandes pilares da Administração.

Porém, não é maior que outros. Não há hierarquia entre princípios. Por isto, a de-

pender do caso concreto, será necessária a modulação dos efeitos do ato inválido.

Modulação? O que é isto?

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 118 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Pelo princípio da segurança jurídica, vem-se admitindo que o ato, ainda que nulo,

possa gerar efeitos. E, no lugar do ordinário efeito ex tunc, conferir-se-á efeito ex

nunc ou ainda em algum lugar no futuro.

Questão 43    (VUNESP/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/IPRESB/2017) Entre os Prin-

cípios Constitucionais da Administração Pública, que se encontram explicitados no

caput do art. 37 da Carta Magna, figura o princípio da

a) lealdade e boa-fé.

b) finalidade.

c) impessoalidade.

d) motivação.

e) igualdade.

Letra c.

Questão tranquila, que cobra os princípios expressos constitucionais da Admi-

nistração Pública, lá do caput do art. 37 da CF/1988. Vejamos:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)

Dentre as alternativas, o único princípio elencado presente no art. 37 citado acima


é o princípio da impessoalidade, presente na letra “c”.

Questão 44    (VUNESP/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/IPRESB/2017) O servidor pú-

blico não só deverá averiguar os critérios de conveniência, oportunidade e justiça

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 119 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

em suas ações, mas, também, distinguir o que é honesto do que é desonesto. As-

sinale o Princípio Constitucional a que se refere o enunciado.

a) Legalidade.

b) Integridade.

c) Temperança.

d) Moralidade.

e) Impessoalidade.

Letra d.

A questão fala sobre os princípios constitucionais da Administração Pública, ou

seja, sobre o LIMPE.

A questão fala que o agente público deve distinguir o que é honesto do que é

desonesto. Falou em honestidade, em dever de agir, em probidade, lembramos de

qual princípio? Bingo! Isso mesmo, princípio da moralidade!

Vamos relembrar?

Veja o art. 37, caput, da CF/1988:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalida-
de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)

Questão 45    (VUNESP/CONCURSO UNIFICADO DE PROMOÇÃO/SEPOG/SP/2017) O

prefeito recém-eleito da cidade de Mil Maravilhas, pessoa muito popular, mas pouco

habituada com a gestão pública, tomou a decisão de atrair recursos privados para

seus projetos, da mesma forma como fazia com suas empresas privadas. Apenas

o grupo de amigos empresários do prefeito investiu recursos, mesmo porque esse

foi um assunto tratado no âmbito privado do gabinete do prefeito. Muito embora

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 120 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

não houvesse má-fé entre o prefeito e os empresários locais, quais princípios da

Administração Pública foram desrespeitados por esse prefeito?

a) Moralidade, pois atuou de maneira sorrateira, favorecendo seus amigos empre-

sários; e Eficiência, na medida em que os amigos empresários exigirão em troca

algo que potencialmente prejudicará a população desse município.

b) Legalidade, pois um prefeito não pode tomar decisões isoladas e sem consultar

sua equipe jurídica e legislativa; e Impessoalidade, em função de favorecer direta-

mente os seus amigos empresários.

c) Impessoalidade, na medida em que favoreceu seus amigos empresários; e Pu-

blicidade, pois não se divulgou a proposta de busca de recursos privados de manei-

ra ampla, acessível e transparente.

d) Eficiência, pois não se calculou o retorno do investimento pretendido pelos ami-

gos empresários; e Moralidade, em função de utilizar a posição num cargo execu-

tivo para favorecer seus amigos empresários.

e) Publicidade, na medida em que o assunto foi tratado de maneira privada e sem

o amplo conhecimento dos possíveis interessados; e Eficiência, pois, ao se tratar o

assunto dessa forma, a população sairá prejudicada.

Letra c.

Realmente, ao atrair recursos privados apenas de seus amigos empresários, o Pre-

feito violou, a um só tempo, a impessoalidade e a publicidade.

a
 ) Incorreta. Em verdade, conforme mencionado pela questão, não houve má-fé na

atitude do Prefeito, pelo que não se pode dizer que ele agiu de maneira sorrateira.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 121 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

b) Incorreta. Contrário do que afirmado, na sua função de administrador público,

o Prefeito tem, sim, liberdade para agir isoladamente, sem que esse fato, por si só,

viole a legalidade.

d/e) Incorretas. A eficiência não necessariamente foi violada, pois pode ser que

os amigos empresários do Prefeito fossem a melhor opção para a Administração

Pública. Ele deveria, contudo, ter permitido que outros interessados pudessem par-

ticipar do negócio.

Quanto à moralidade, note-se que não houve má-fé do Prefeito, pelo que não ne-

cessariamente houve violação a esse princípio.

Questão 46    (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CM DE MOGI CRUZES/2017) Com

relação aos princípios da Administração Pública, é correto afirmar que

a) a ampla defesa e o contraditório são considerados direitos e garantias funda-

mentais do acusado, mas o ordenamento jurídico brasileiro hodiernamente não os

recepciona como princípios da Administração Pública.

b) a Administração, orientada pelo princípio da eficiência, pode revogar seus pró-

prios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se

originam direitos; ou anulá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade.

c) a razoabilidade é princípio implícito na Constituição Federal, não contemplado

no ordenamento jurídico brasileiro, cuja violação se constitui em ato de improbida-

de administrativa.

d) deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo constitui ato de im-

probidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública,

podendo ser aplicada ao responsável a perda da função pública.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 122 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

e) a segurança jurídica e o interesse público são considerados garantias implícitas

na Constituição Federal, entretanto, o ordenamento jurídico brasileiro hodierna-

mente não os recepciona como princípios da Administração Pública.

Letra d.

O ato em questão está previsto no art. 11 da Lei n. 8.429/1992, e a punição cor-

respondente, no art. 12.

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios
da Administração Pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honesti-
dade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
(...)
VI – deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
(...)

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na


legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a
gravidade do fato:
[...]
III – na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da fun-
ção pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa
civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo de três anos.

a) Incorreta. Sim, a ampla defesa e o contraditório, a segurança jurídica e o

interesse público, são garantias fundamentais do acusado, mas também são prin-

cípios da Administração Pública, insculpidos no art. 37, caput, da Constituição de

1988.

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 123 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

No caso da segurança jurídica e do interesse público, o ordenamento jurídico os

reconhece como princípios. Mais especificamente no art. 2º da Lei n. 9.784/1999:

Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,


finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, con-
traditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

b) Incorreta. Está invertido, e o princípio apontado está errado. A Administração

pode revogar seus próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade; ou

anulá-los quando eivados de vícios que os tornam ilegais. E isso orientado pelo

princípio da autotutela.

c) Incorreta. A razoabilidade é princípio implícito? Sim, mas, apesar disso, ele é

contemplado no ordenamento jurídico sim, no art. 2º da Lei n. 9.784/1999:

Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,


finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

e) Incorreta. A segurança jurídica e o interesse público são considerados garan-

tias implícitas na Constituição Federal. Inclusive, o ordenamento jurídico brasileiro,

atualmente, recepciona-os como princípios da Administração Pública.

Questão 47    (VUNESP/CONTROLADOR INTERNO/CM DE ITAQUAQUECETUBA/2018)

Assinale a alternativa que contempla corretamente uma característica da Adminis-

tração Pública.

a) Prática de atos políticos.

b) Pode fazer o que a lei permite e o que não proíbe.

c) Detém poderes de caráter instrumental.

d) Desprovida de poder de polícia.

e) Conduta não hierarquizada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 124 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra c.

O regime jurídico de Direito Público garante à Administração a prerrogativa de

utilização de poderes instrumentais, a fim de melhor realizar a atividade admi-

nistrativa.

Nesse sentido, surgem os poderes disciplinar, hierárquico, de polícia, de autotutela,

entre outros.

a) Incorreta. A prática de atos políticos está relacionada à função de Governo

exercida pelo Chefe do Executivo, não se confundindo com os atos de Estado, que

são aqueles praticados na função administrativa.

b) Incorreta. Por força do princípio da legalidade, à Administração só é permitido

fazer o que está expressamente previsto em lei.

d) Incorreta. O poder de polícia confere prerrogativas para que a Administração

Pública, mediante atos normativos ou concretos, limite ou discipline direito indivi-

dual visando à garantia e manutenção do interesse público.

É por meio do poder de polícia que a administração fiscaliza estabelecimentos co-

merciais quanto à higiene, estabelece a correta ocupação do espaço territorial,

concede o usufruto de espaços públicos ao particular, entre outros.

O art. 78 do Código Tributário Nacional prevê:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da Administração Pública que, limitan-
do ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção
de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou
ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

e) Incorreta. A Administração Pública distribui suas competências internamente

utilizando-se do poder hierárquico.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 125 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Nesse sentido, o poder hierárquico consiste na prerrogativa da Administração Pú-

blica de distribuir verticalmente suas funções no âmbito de determinada estrutura

administrativa.

Decorrente dessa hierarquia, é possível que o superior reveja os atos praticados

pelos subordinados, quando os considere inoportunos ou inconvenientes, ou por

motivos de ilegalidade.

Questão 48    (VUNESP/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ/SP/2018) Assinale a alterna-

tiva que é conforme ao regime jurídico administrativo.

a) A Administração pode renunciar ao exercício de competências concedidas por lei.

b) A lei encerra o pressuposto, fundamento e limite da atividade administrativa.

c) Para a satisfação de interesses coletivos, a Administração é impedida de limitar

o exercício de direitos individuais.

d) O regime jurídico administrativo concede prerrogativas à Administração simila-

res às existentes no regime de direito privado.

Letra b.

A lei baliza toda a atuação da Administração Pública, segundo o princípio da le-

galidade. Tal princípio determina que a administração só poderá fazer o que a lei

permitir ou determinar. Portanto, os limites da atividade administrativa serão de-

lineados por meio de lei.

a
 ) Incorreta. A competência concedida por lei a Administração Pública para, por

exemplo, editar atos administrativos, é irrenunciável. O agente competente para

exercer determinada atividade administrativa deve exercê-la, não podendo renunciar.

c
 ) Incorreta. A administração pode limitar o exercício de direitos individuais por

meio, por exemplo, do exercício do poder de polícia administrativa. Este poder abran-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 126 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

ge as atividades administrativas que implicam restrições ou condicionamentos aos

direitos individuais impostos em prol do interesse de toda coletividade, como or-

dens, notificações, licenças, autorizações, fiscalização, sanções, por exemplo.

d) Incorreta. As prerrogativas concedidas à administração pelo regime jurídico

administrativo são típicas do direito público, marcadas pela supremacia do interes-

se público. Inexiste, portanto, tais prerrogativas no direito privado, onde predomi-

na a igualdade entre as partes.

Questão 49    (VUNESP/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/PAULIPREV/2018) A Câmara

Municipal do Município de Pindorama aprovou lei de iniciativa do legislativo munici-

pal criando a “segunda-feira sem automóvel”, para impedir a circulação de veículos

dentro da área urbana do Município às segundas-feiras. Ao vetar totalmente a lei,

sob o fundamento de ofensa ao interesse público e cerceamento do direito de ir e

vir, o Prefeito do Município de Pindorama está exercendo

a) função administrativa, pois está realizando a gestão concreta, prática e rotineira

dos assuntos da municipalidade.

b) função política ou de governo, porque o veto constitui ato de superior gestão da

vida estatal, praticado no exercício de competência discricionária.

c) função legislativa típica, porque o veto é ato do processo legislativo exercido pelo

Chefe do Executivo de maneira típica por expressa determinação constitucional.

d) função jurisdicional, pois está aplicando o direito a um caso concreto em razão

de um conflito de interesses.

e) função de controle, em razão do poder de tutela que o Executivo exerce sobre

as leis emanadas do Poder Legislativo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 127 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra b.

Perceba que o veto do prefeito a uma lei promulgada pela Câmara Municipal é um

exemplo de atividade colegislativa, enquadrada como função política exercida pelo

Prefeito, configurando verdadeiro ato de direção estatal

Analisando as demais alternativas, temos o seguinte:

a) Incorreta: função administrativa, pois está realizando a gestão concreta, prá-

tica e rotineira dos assuntos da municipalidade.

Conforme vimos, a função administrativa compreende o serviço público, a inter-

venção, o fomento e a polícia, não podendo o veto ser enquadrado em nenhuma

dessas atividades, uma vez que se trata de função política.

c) Incorreta: função legislativa típica, porque o veto é ato do processo legislati-

vo exercido pelo Chefe do Executivo de maneira típica por expressa determinação

constitucional.

O veto é uma atividade colegislativa. Ademais, o Chefe do Executivo municipal

não exerce tipicamente função legislativa, já que esta fica a cargo do Legislativo,

que a exerce de forma típica.

d) Incorreta: função jurisdicional, pois está aplicando o direito a um caso concreto

em razão de um conflito de interesses.

A função jurisdicional é exclusiva dos Juízos e Tribunais Judiciais, uma vez que o

ordenamento jurídico brasileiro adota o sistema jurídico de jurisdição una ou inglês,

no qual somente o Poder Judiciário exercerá a função jurisdicional.

e) Incorreta: função de controle, em razão do poder de tutela que o Executivo

exerce sobre as leis emanadas do Poder Legislativo

O controle exercido pelo Executivo sobre o Poder Legislativo existe, mas não em

razão do poder de tutela, e, sim, em razão do princípio da tripartição harmônica en-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 128 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

tre os poderes. Por sua vez, o princípio/poder da tutela administrativa (controle

finalístico ou supervisão ministerial) afirma que o Ministério/Secretaria, a que está

vinculada à entidade da administração indireta, poderá fiscalizar o cumprimento

das finalidades desta entidade, exercendo, sobre ela, o controle.

Questão 50    (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CM DE SÃO JOAQUIM BAR-

RA/2018) Leia o seguinte texto extraído da obra de Maria Sylvia Zanella Di Pietro

(2014:62):

“O Direito Administrativo nasceu e desenvolveu-se baseado em duas ideias opos-

tas: de um lado, a proteção aos direitos individuais frente ao Estado, que

serve de fundamento ao princípio da legalidade, um dos esteios do Estado de Direi-

to; de outro lado, a necessidade de satisfação dos interesses coletivos, que

conduz à outorga de prerrogativas e privilégios para a Administração Pública, quer

para limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do bem-estar coletivo

(poder de polícia), quer para a prestação de serviços públicos”. (grifos no original).

O trecho da obra transcrito refere-se ao

a) regime da Administração, que pode ter a sujeição exemplificada por meio do

poder da Administração Pública de aplicar sanções administrativas.

b) princípio da supremacia do interesse público, que pode ser exemplificado por

meio da sujeição à observância da lei e do direito.

c) interesse público primário, que se resume à prerrogativa contida na ideia de

que a Administração Pública não tem disponibilidade sobre os interesses públicos

confiados à sua guarda e realização.

d) princípio da supremacia do interesse público, que pode ser exemplificado por

meio da prerrogativa de imunidade tributária das empresas públicas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 129 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

e) regime jurídico administrativo, que pode ter a prerrogativa exemplificada por

meio do poder da Administração de ocupar temporariamente um imóvel alheio.

Letra e.

O regime da Administração designa, de forma ampla, os diversos regimes a que

a Administração Pública pode se submeter, seja ele o regime de direito público, do-

tado de prerrogativas, privilégios e poderes, como ocorre em relação às cláusulas

exorbitantes de um contrato administrativo, seja ele o regime de direito privado,

quando, então, a Administração atuará em pé de igualdade com o particular, como

ocorre no caso das empresas públicas e sociedades de economia mista que explo-

rem atividade econômica.

Por sua vez, o regime jurídico administrativo é tão somente aquele em que a

Administração utiliza seu poder de império, estabelecendo uma relação de vertica-

lidade com o administrado, respeitados os ditames legais, em que, por exemplo,

pode fechar um estabelecimento comercial ou desapropriar ou ocupar temporaria-

mente um imóvel. Tal regime está fundamentado nos princípios da supremacia do

interesse público e da indisponibilidade do interesse público.

Sendo assim, ao observar a questão, percebe-se que o trecho transcrito refere-se

ao regime jurídico administrativo, à medida que o referido regime representa,

de um lado, a limitação do poder estatal pela lei, por força da submissão ao princí-

pio da legalidade, e do outro, a outorga de prerrogativas e privilégios que permitem

à Administração Pública atingir o interesse público.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 130 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 51    (VUNESP/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ/SP/2018) A Administração

tem o dever de realizar o interesse público sem a promoção do servidor público ou

autoridade que realizou o ato. Essa previsão, concernente ao regime jurídico admi-

nistrativo, é conforme ao princípio da

a) supremacia do interesse público.

b) impessoalidade.

c) publicidade.

d) motivação.

Letra b.

O dever citado na questão é referente ao princípio da impessoalidade, mais espe-

cificamente no que diz respeito a neutralidade do servidor público.

O princípio da impessoalidade impõe as seguintes condutas:

Igualdade de tratamento às pessoas: tratamento igualitário para qualquer pessoa;

Neutralidade dos agentes públicos: todo ato praticado pelo agente público é im-

putado diretamente à Administração; então, é vedada a autopromoção do agente

por algum ato feito pela Administração Pública que foi por ele representada em tal

ato (art. 37, § 1º, da CF).

Exemplo: Políticos montam palanques na inauguração de uma obra pública com a

intenção de mostrar que foi sua própria pessoa que a construiu.

Respeito à finalidade dos atos administrativos: cada ato administrativo tem sua

finalidade e não poderá ser praticado sem obedecer tal finalidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 131 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Exemplo: servidor público é removido para um local de trabalho totalmente distan-

te de sua residência, apenas porque o prefeito não gosta dele.

Assim, ficou ainda mais claro que o dever da Administração citado na questão é de

fazer com que o servidor ou autoridade que realizou o ato não se promova, ou seja,

que seja neutro na sua atuação administrativa.

Questão 52    (VUNESP/CONTROLADOR INTERNO/PAULIPREV/2018) Em um deter-

minado julgado, o Supremo Tribunal Federal – STF afirmou que “a destinação de

verbas públicas para o custeio de evento cultural tipicamente privado, sem amparo

no regime jurídico-administrativo, traduz-se em favorecimento a segmento social

determinado, incompatível, portanto, com o interesse público e com os preceitos

constitucionais...”.

Os princípios constitucionais que regem a Administração Pública e aos quais a afir-

mação do STF se refere são:

a) publicidade e impessoalidade.

b) legalidade e moralidade administrativa.

c) impessoalidade e moralidade administrativa.

d) impessoalidade e eficiência.

e) publicidade e moralidade administrativa.

Letra c.

Perceba que, ao vedar a destinação de verba pública a evento cultural privado,

por favorecimento a segmento social determinado, incompatível, portanto, com o

interesse público, o STF está aplicando concretamente o princípio da impessoali-

dade, uma vez que este norteia toda a Administração Pública, desde a sua relação

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 132 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

com os administrados até o seu próprio comportamento, não podendo atuar para

prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas.

Ademais, a moralidade também foi prestigiada neste caso, uma vez que, notada-

mente, o benefício a pessoas determinadas, incidindo em improbidade adminis-

trativa, pois comete ato atenta contra os princípios da Administração Pública, uma

vez que viola a honestidade e a imparcialidade, conforme o art. 11, caput, da Lei

n. 8.429/1992:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: (...)

Com efeito, o princípio da moralidade deve ser observado na atuação do adminis-

trador. Como a Constituição erigiu o princípio da moralidade como princípio basilar

este pode ser objeto de controle, tanto externo, como interno, uma vez que é um

requisito do ato administrativo e não apenas mérito deste.

Questão 53    (VUNESP/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/PAULIPREV/2018) O princípio

da eficiência foi incluído na Constituição Federal de 1988 a partir da emenda cons-

titucional n. 19, de 04 de junho de 1998. Neste princípio fica estabelecida, ainda

que de maneira não absoluta, a ideia de bom desempenho das funções públicas,

que corresponde à constante melhoria na qualidade dos bens e serviços produzidos

e ofertados pelo Estado brasileiro.

Considerando a eficiência um princípio norteador da Administração Pública, assina-

le a alternativa correta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 133 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

a) O princípio da eficiência advém do movimento de reforma gerencial da Admi-

nistração Pública brasileira, e reforça a ideia de melhor rendimento das atividades

estatais.

b) O princípio da eficiência substituiu no texto constitucional do País o princípio da

economicidade, pois ambos são de natureza implícita e almejam a modicidade dos

gastos públicos.

c) O princípio da eficiência depende de lei complementar para sua efetivação como

instrumento, haja vista a abrangência do termo que possibilita múltiplas interpre-

tações na gestão estatal no Brasil.

d) O princípio da eficiência é relativo, de forma que só é aplicável a órgãos e servido-

res públicos que desempenham atividades-fim na organização do Estado brasileiro.

e) O princípio da eficiência sobrepõe-se ao princípio da legalidade, o que torna a

Administração Pública brasileira cada vez menos burocrática e mais próxima dos

modus operandi da gestão empresarial.

Letra a.

O princípio da eficiência subdivide-se em dois aspectos: quanto ao modo de atua-

ção do agente público, o qual deve buscar o melhor desempenho possível de suas

tarefas; e quanto ao modo de organização, estruturação e disciplina, sempre visan-

do o melhor resultado na prestação do serviço público.

Vejamos cada uma das alternativas:

a) Correta. O princípio da eficiência advém do movimento de reforma gerencial da

Administração Pública brasileira, e reforça a ideia de melhor rendimento das ativi-

dades estatais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 134 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

O princípio da eficiência elevou-se a categoria de princípio quando da vigência da

Emenda Constitucional n. 19/1998 quando as ideias neoliberais fizeram parte da

Administração Pública, buscando dar uma maior eficiência ao Estado.

b) Incorreta. O princípio da eficiência substituiu no texto constitucional do País

o princípio da economicidade, pois ambos são de natureza implícita e almejam a

modicidade dos gastos públicos.

A eficiência não substituiu a economicidade. E, conforme vimos na explanação ini-

cial, a eficiência comporta dois aspectos, repito: quanto ao modo de atuação do

agente público, o qual deve buscar o melhor desempenho possível de suas tarefas;

e quanto ao modo de organização, estruturação e disciplina, sempre visando o me-

lhor resultado na prestação do serviço público.

c) Incorreta. O princípio da eficiência depende de lei complementar para sua efe-

tivação como instrumento, haja vista a abrangência do termo que possibilita múl-

tiplas interpretações na gestão estatal no Brasil.

Nenhum princípio constitucional necessita de lei complementar para a produção

de efeitos, isto é, para ser eficaz. O princípio da eficiência é norma constitucional

de eficácia plena, produzindo efeitos e observância obrigatória, desde a Emenda

Constitucional n. 19/1998.

d) Incorreta. O princípio da eficiência é relativo, de forma que só é aplicável a

órgãos e servidores públicos que desempenham atividades-fim na organização do

Estado brasileiro.

N
 ovamente, conforme visto na explicação inicial, a eficiência deve irradiar-se por

toda a administração, desde a economia do material de trabalho, até a eficiente pres-

tação do serviço público. Isso, por sua vez, deve ocorrer em todos os setores, mes-

mo naqueles eminentemente burocráticos e que não desempenhem atividades-fim.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 135 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

e) Incorreta. O princípio da eficiência sobrepõe-se ao princípio da legalidade, o

que torna a Administração Pública brasileira cada vez menos burocrática e mais

próxima dos modus operandi da gestão empresarial.

O princípio da eficiência, assim como os demais, não se sobrepõe a nenhum outro,

porquanto deve somar-se aos demais com a finalidade de fundamentar o regime

jurídico-constitucional. Ademais, a eficiência não pode sobrepor-se ao princípio da

legalidade, uma vez que este é o princípio basilar da segurança jurídica e do Estado

de Direito.

Questão 54    (VUNESP/ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/PAULIPREV/2018) Propaganda

veiculada em rádio, televisão e na internet associando determinado agente público

à realização de obras públicas, sem a finalidade de orientar, informar e educar a

sociedade, é ato que pode caracterizar ofensa ao princípio da

a) legalidade.

b) publicidade.

c) supremacia do interesse público.

d) impessoalidade.

e) eficiência.

Letra d.

A questão versa sobre os princípios da Administração Pública, que têm como prin-

cípios básicos e expressos o famoso LIMPE. Delineamos os seus conceitos e as suas

principais características, com base na autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro:

Legalidade:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 136 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

É aqui que melhor se enquadra aquela ideia de que, na relação administrativa, a vonta-
de da Administração Pública é a que decorre da lei. Segundo o princípio da legalidade,
a Administração Pública só pode fazer o que a lei permite.

Impessoalidade

[...]o princípio estaria relacionado com a finalidade pública que deve nortear toda a ati-
vidade administrativa. Significa que a Administração não pode atuar com vistas a pre-
judicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público
que tem que nortear o seu comportamento.

Moralidade

Em resumo, sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamen-


to da Administração ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora
em consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de boa admi-
nistração, os princípios de justiça e de equidade, a ideia comum de honestidade, estará
havendo ofensa ao princípio da moralidade administrativa.

Publicidade

O princípio da publicidade, que vem agora inserido no artigo 37 da Constituição, exige a


ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública, ressalvadas as hipó-
teses de sigilo previstas em lei.

Eficiência

O princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser considerado


em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desem-
penho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em relação
ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, também com o
mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público.

Assim, podemos perceber que ofende a impessoalidade a publicidade feita asso-

ciando determinado agente público à realização de obras públicas, sem a finalidade

de orientar, informar e educar a sociedade, pois está enaltecendo a figura da pes-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 137 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

soa do agente e não informando a população das obras realizadas, sendo conduta

expressamente vedada pelo texto constitucional. Vejamos:

Art. 37. (...)


§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públi-
cos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autorida-
des ou servidores públicos.

Questão 55    (VUNESP/AGENTE ADMINISTRATIVO/CM DE INDAIATUBA/2018) São,

entre outros, princípios expressos na Constituição Federal:

a) razoabilidade, legalidade e motivação.

b) legalidade, eficiência e autotutela.

c) motivação, razoabilidade e moralidade.

d) moralidade, eficiência e publicidade.

e) segurança Jurídica, autotutela e impessoalidade.

Letra d.

Os princípios expressos são os constantes no caput do art. 37 da Constituição

Federal:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalida-
de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)

Portanto, a alternativa que apresenta princípios expressos na Constituição Federal

é a que apresenta: moralidade, eficiência e publicidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 138 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 56    (VUNESP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/PC/SP/2018) Lei estadual que

vede a realização de processo seletivo para o recrutamento de estagiários pelos

órgãos e pelas entidades do poder público estadual fere o princípio da

a) eficiência.

b) legalidade.

c) impessoalidade.

d) segurança jurídica.

e) continuidade do serviço público.

Letra c.

Como já vimos, a vedação de processo seletivo para o recrutamento de estagiários

pelos órgãos e pelas entidades do poder público estadual fere o princípio da im-

pessoalidade, o qual tem como uma de suas vertentes a realização de concursos

públicos e processos seletivos idôneos, a fim de possibilitar o acesso a todos de

forma isonômica.

Questão 57    (VUNESP/TÉCNICO EM LICITAÇÕES/PREFEITURA DE SBC/2018)

Quanto aos Princípios de Direito Administrativo previstos na Constituição Federal,

assinale a alternativa correta.

a) Eficiência e Publicidade são princípios implícitos.

b) Legalidade e Reserva Legal são sinônimos.

c) Impessoalidade e Moralidade são princípios explícitos.

d) Autotutela e Motivação são princípios explícitos.

e) Continuidade do serviço público e Segurança jurídica são princípios explícitos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 139 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra c.

Os princípios expressos do Direito Administrativo estão previstos no caput do art.

37 da CF/1988:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega-
lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao se-
guinte: (...)

Além desses, outros princípios são previstos de forma explícita na legislação, e de

forma implícita também.

Sendo assim, vamos à questão:

a) Incorreta. Eficiência e Publicidade são princípios expressamente previstos no

art. 37 da CF/1988.

b
 ) Incorreta. A legalidade refere-se ao fato de que a Lei deve prever todos os atos

a serem praticados pela Administração, estando essa restrita aos seus termos. A re-

serva legal é a exigência de que determinada matéria só possa ser tratada median-

te lei em sentido estrito, não se admitindo, por exemplo, a edição de decretos ou

resoluções para tal fim. Dessa forma, legalidade e reserva legal não são sinônimos.

c) Correta. Impessoalidade e Moralidade estão previstas no art. 37 da CF/1988:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalida-
de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)

d) Incorreta. Autotutela e motivação são princípios implícitos aplicáveis ao Direito

Administrativo.

A autotutela, por exemplo, está prevista no art. 53 da Lei n. 9.784/1999. Vejamos:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 140 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou

e) Incorreta. Continuidade do serviço público e segurança jurídica são princípios

implícitos.

Questão 58    (VUNESP/ENCARREGADO DE RECURSOS HUMANOS/CM DE SÃO JOA-

QUIM BARRA/2018) A Administração Pública somente pode impor aquilo que a lei

autorizar, tratando-se de uma projeção das liberdades públicas, que dirige o regime

administrativo dos órgãos governamentais, evitando o arbítrio e o abuso de poder.

Tal afirmativa traduz o princípio administrativo da

a) moralidade.

b) eficácia.

c) publicidade.

d) legalidade.

e) impessoalidade.

Letra d.

O princípio da legalidade está previsto no art. 37 da CF/1988 como sendo um dos

princípios que regem a Administração Pública:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalida-
de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 141 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Nesse sentido, o princípio da legalidade ensina que a atuação do administrador

público, para ser legítima, deve estar pautada nas previsões legais, sendo-lhe per-

mitido agir apenas dentro do previsto na lei.

a) Incorreta. A moralidade refere-se à exigência de que atuação do administrador,

além de respeitar a legalidade, seja ética, moral e de acordo com a boa-fé, não se

referindo às autorizações legais que fundamentam a atuação do Estado.

b) Incorreta. A eficácia refere-se ao grau de efetividade dos atos administrativos.

O ato eficaz é aquele que cumpre seu papel de forma correta.

c) Incorreta. O princípio da publicidade refere-se à exigência de exteriorização

dos atos públicos com o objetivo de tornar possível o controle interno e exter-

no sobre os atos praticados pela Administração Pública. Também está previsto no

art. 37, caput, da CF/1988:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)

e) Incorreta. O princípio da impessoalidade também está previsto no art. 37, exi-

gindo que a atuação do administrador seja voltada a garantir a isonomia entre os

particulares, não admitindo diferenças não fundamentadas em lei ou na Constitui-

ção, além de proibir a utilização da máquina pública para autopromoção.

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalida-
de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)

Questão 59    (VUNESP/SECRETÁRIO GERAL/PREFEITURA DE SERRANA/2018) Um

agente público do Município de Serrana está diante de uma situação em que pre-

tende realizar uma conduta, no desempenho de suas atribuições, e verifica que a

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 142 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

lei não proíbe, mas também não prevê expressamente tal conduta. De acordo com

os princípios que regem a Administração Pública, o agente

a) não deve praticar o ato, pois, pelo princípio da legalidade, na Administração Pú-

blica somente se pode fazer o que a lei autoriza.

b) deve praticar o ato, apesar da ausência de previsão legal, desde que o ato com-

provadamente atenda ao interesse público.

c) não deve praticar o ato, pois, pelo princípio da impessoalidade, não se pode dis-

criminar ou privilegiar alguém no exercício da função administrativa.

d) deve praticar o ato, apesar da ausência de previsão legal, desde que se observe

o princípio da moralidade, ou seja, que o ato seja moralmente defensável.

e) não deve praticar o ato, pois, o ato violaria a boa-fé subjetiva, já que o que in-

teressa para o direito administrativo é a intenção e não a conduta praticada.

Letra a.

No caso em tela, o agente público não deve praticar o ato, pois, pelo princípio da

legalidade, na Administração Pública somente se pode fazer o que a lei autoriza.

Correta a alternativa “a”.

b) Incorreta. Conforme visto, o princípio da legalidade veda a prática do ato.

c) Incorreta. A vedação à prática do ato reside no princípio da legalidade, não

havendo, em um primeiro momento, violação ao princípio da impessoalidade com

a prática do ato em comento.

d) Incorreta. Mais uma vez, o princípio da legalidade veda a prática do ato.

e) Incorreta. Não se pode afirmar que a prática do ato, por si só, violaria a boa-fé

subjetiva. O que justifica a vedação à prática do ato é a necessidade de observância

do princípio da legalidade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 143 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 60    (VUNESP/AGENTE ADMINISTRATIVO/CM DE INDAIATUBA/2018) A

Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os

tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo

de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,

em todos os casos, a apreciação judicial.

O enunciado se refere ao princípio da

a) economia processual.

b) autotutela.

c) publicidade.

d) motivação.

e) vinculação.

Letra d.

Decorre do princípio da autotutela administrativa o direito de a administração anu-

lar seus atos ilegais e revogar atos legais e válidos por motivo de oportunidade e

conveniência (mérito administrativo), ou seja, com discricionariedade, mas sempre

dentro dos limites da legalidade administrativa, respeitando os direitos adquiri-

dos. O princípio da autotutela surge da Súmula n. 473 do STF, que afirma:

A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os

tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo

de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,

em todos os casos, a apreciação judicial.

Analisando as demais alternativas, temos o seguinte:

a) Incorreta. O princípio da economia processual é um princípio aplicável ao pro-

cesso administrativo. Note que, como o processo é um instrumento para atingi-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 144 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

mento da lei e do interesse público, não deve conter formalismos excessivos, dis-

pensáveis para o atingimento da legalidade no processo.

c) Incorreta. O princípio da publicidade diz respeito à divulgação do procedimen-

to para conhecimento de todos os interessados e à divulgação dos atos praticados

pela Administração nas fases do procedimento, ressalvando-se as hipóteses de si-

gilo previstas na constituição e na legislação pertinente.

d) Incorreta. O Princípio da Motivação impõe à Administração a indicação dos

fundamentos de fato e de direito em suas decisões. Tal princípio justifica-se por

permitir o controle de legalidade, sendo formalidade necessária à edição do ato

administrativo.

e) Incorreta. O princípio da vinculação dá origem ao poder vinculado. O poder

vinculado é aquele que não confere liberdade escolha à Administração. A própria lei

define os elementos e requisitos necessários à formalização.

Questão 61    (VUNESP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/PC/BA/2018) Um Estado que

tributasse desmesuradamente os administrados enriqueceria o Erário, com maior

volume de recursos, o que, por outro lado, tornaria a sociedade mais pobre. Tal

conduta de exação excessiva viola o princípio pelo qual deve prevalecer

a) o interesse público secundário.

b) o interesse público primário.

c) a supremacia do interesse público.

d) o interesse público como direito subjetivo.

e) o direito subjetivo individual.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 145 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra b.

O interesse público subdivide-se em interesse público primário e secundário. O in-

teresse público primário é aquele que corresponde ao anseio geral da sociedade,

são interesses diretos do povo. Por sua vez, o interesse público secundário são

interesses do Estado, são interesses patrimoniais, que buscam cortar despesas e

aumentar receitas, para aumentar a riqueza estatal.

Com efeito, perceba que o interesse público secundário nunca poderá sobrepor-se

ao interesse primário, sob pena de ilegitimidade.

Por fim, o exemplo dado pela questão é aquele mesmo dado por Celso Antônio

Bandeira de Mello:

O autor exemplifica anotando que, enquanto mera subjetivação de interesses,

à moda de qualquer sujeito, o Estado poderia ter interesse em tributar desmesu-

radamente os administrados, que assim enriqueceria o Erário, conquanto empo-

brecesse a Sociedade; que, sob igual ótica, poderia ter interesse em pagar valores

ínfimos aos seus servidores, reduzindo-os ao nível de mera subsistência, com o quê

refrearia ao extremo seus dispêndios na matéria; sem embargo, tais interesses não

são interesses públicos, pois estes, que lhe assiste prover, são os de favorecer o

bem-estar da Sociedade e de retribuir condignamente os que lhe prestam serviços.

Portanto, a conduta de exação excessiva viola o princípio pelo qual deve prevale-

cer o interesse público primário.

Questão 62    (VUNESP/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/PC/BA/2018) Se um determi-

nado agente público se vale de uma competência que lhe é legalmente atribuída

para praticar um ato válido, mas que possui o único e exclusivo objetivo de preju-

dicar um desafeto, é correto afirmar que tal conduta feriu o princípio da

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 146 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

a) finalidade, que impõe aos agentes da Administração o dever de manejar suas

competências obedecendo rigorosamente à finalidade de cada qual.

b) supremacia do interesse público sobre o interesse privado, que é princípio geral

de direito inerente a qualquer sociedade.

c) razoabilidade, pelo qual o Administrador, na atuação discricionária, terá de obe-

decer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, com o senso normal.

d) proporcionalidade, já que a Administração não deve tomar medidas supérfluas,

excessivas e que passem do estritamente necessário à satisfação do interesse público.

e) motivação, porque a Administração deve, no mínimo, esclarecer aos cidadãos as

razões pelas quais foram tomadas as decisões.

Letra a.

O ato administrativo editado com o único e exclusivo objetivo de prejudicar um

desafeto é um ato que não atende a finalidade a que se propõe. Desse modo, o ato

administrativo praticado para atingir interesse privado do gestor público é consi-

derado nulo em razão do desvio de finalidade (ou de poder). De fato, perceba que

o qualquer que seja a finalidade do ato que não seja o interesse público ou a sua

finalidade imediata é razão para nulidade por vício no elemento do ato finalidade.

Analisando as demais alternativas, temos o seguinte:

b) Incorreta. Em tese e aparentemente, o interesse privado não se sobrepôs ao

interesse público, havendo, no entanto, desvio de finalidade. Com efeito, o princí-

pio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado é um superprincípio e um

dos pilares do Regime Jurídico-Administrativo. Nele sustentam-se todas as prerro-

gativas que dispõe a Administração necessárias para consecução do fim público a

que se destinam.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 147 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

c) Incorreta. O agente não feriu a razoabilidade, pois a própria questão afirma

que o ato é válido. Ademais, não houve desproporção na medida tomada, mas,

sim, desvio da finalidade pública. O princípio da razoabilidade tem como finalidade

aferir a compatibilidade entre meios e fins para a edição de um ato administrativo.

d) Incorreta. Do mesmo modo, não se pode afirmar que houve ferimento ao prin-

cípio da proporcionalidade, uma vez que, aparentemente, a medida tomada não

era desproporcional ao caso concreto, uma vez que não excedeu seus limites legais

(o agente era competente). O princípio da proporcionalidade impede justamente

que o administrador ultrapasse os limites legais, devendo agir dentro do devida-

mente necessário.

e) Incorreta. Não há elementos no enunciado para afirmar que não houve moti-

vação ou, se existente, tal motivação seria falsa. Se o fosse, o ato seria nulo pela

teoria dos motivos determinantes. Pela teoria dos motivos determinantes, a moti-

vação do ato vincula o agente público que o editou. Esta teoria diz, em resumo, que

o ato administrativo, ainda que discricionário, quando for motivado, fica vinculado

a motivação dada, para todos os efeitos jurídicos. Se os motivos são falsos ou ine-

xistentes, o ato praticado é nulo.

Questão 63    (VUNESP/ENCARREGADO DE RECURSOS HUMANOS/CM DE SÃO JOA-

QUIM BARRA/2018) A Constituição Federal expressa cinco princípios básicos do Di-

reito Administrativo. No entanto, a doutrina reconhece outros princípios implícitos,

quando se afirma que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer

natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a in-

violabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à proprieda-

de”, referindo-se ao princípio implícito da

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 148 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

a) autotutela.

b) ampla defesa ou contraditório.

c) segurança jurídica ou controle jurídico.

d) proporcionalidade ou razoabilidade.

e) igualdade ou isonomia.

Letra e.

Igualdade ou isonomia está intimamente ligada com a impessoalidade. Pelo refe-

rido princípio, a atuação da Administração Pública não admite diferenciações arbi-

trárias, devendo os semelhantes serem tratados de forma igual, e os desiguais de

forma desigual, na medida de suas desigualdades.

a) Incorreta. A autotutela administrativa é o poder que possui o próprio ente ou

entidade, de revogar ou anular seus atos, de ofício ou mediante provocação.

b) Incorreta. A ampla defesa ou contraditório é princípio aplicável aos processos

judiciais e administrativos. Tal princípio ensina que deve ser concedido às partes a

possibilidade de se defender com todos os meios e recursos possível, em grau de

paridade.

A ampla defesa encontra-se expressamente prevista no art. 5º, LV da CF. Vejamos:

Art. 5º, LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em


geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;

c) Incorreta. O princípio da segurança jurídica refere-se à estabilização do or-

denamento jurídico, não sendo permitidas situações que surpreendam o adminis-

trado, o que violaria a proteção da confiança que deve existir entre Administração

Pública e administrado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 149 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

d) Incorreta. O princípio da proporcionalidade refere-se à medida de utilizar os

meios adequados à resolução do problema.

Questão 64    (VUNESP/CONTADOR JUDICIÁRIO/TJ/SP/2019) A Administração Pú-

blica direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,

moralidade, bem como aos da

a) exclusividade e tempestividade.

b) transparência e unidade.

c) universalidade e anualidade.

d) eficácia e do marketing.

e) publicidade e eficiência.

Letra e.

É a Constituição de 1988 a responsável por consagrar as normas e princípios bá-

sicos regentes da Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Po-

deres da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. São princípios

constitucionais expressos no caput do art. 37 da CF (LIMPE).

Tais princípios valem para todos os Poderes, de todos os entes integrantes da

Federação Brasileira (União, Estados, Distrito Federal e municípios) e respectivas

Administrações Direta e Indireta. Façamos a leitura do referido dispositivo consti-

tucional:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 150 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Fica o registro adicional de que, nos termos da CF/1988, os princípios se dirigem

a toda a Administração Indireta, independentemente da natureza jurídica da enti-

dade. Assim, mesmo entidades da Administração Pública que explorem atividades

econômicas, como o Banco do Brasil e a Petrobras, submetem-se aos princípios

constitucionais da Administração Pública.

Questão 65    (VUNESP/CONTROLADOR INTERNO/CM DE SERRANA/2019) São prin-

cípios que regem a Administração Pública direta e indireta no Brasil, conforme o

caput do art. 37 da Constituição:

a) impessoalidade, legalidade, publicidade, eficiência e moralidade.

b) liberalismo, igualdade, eficiência, moralidade e publicidade.

c) liberdade, impessoalidade, moralismo, publicidade e eficácia.

d) impessoalidade, legalidade, supremacia do interesse público, transparência e

moralidade.

e) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e igualdade.

Letra a.

Assim dispõe a CF:

Art. 37. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)

E, juntos, formam o mnemônico LIMPE: legalidade, impessoalidade, moralidade,

publicidade e eficiência.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 151 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Questão 66    (VUNESP/ENCARREGADO DO SETOR DE LICITAÇÃO/UNIFAI/2019) A

respeito dos princípios administrativos, assinale a alternativa correta.

a) Em função do princípio da publicidade, a ausência de divulgação de todo ato o

torna necessariamente nulo.

b) O princípio da eficiência impõe que a Administração fiscalize de maneira rigoro-

sa a obediência às formalidades legais, independentemente dos resultados alcan-

çados.

c) O princípio modalidade, por possuir conteúdo indeterminado, tem a sua aplica-

ção necessariamente condicionada à prévia expedição de lei.

d) O princípio da legalidade implica na necessidade de que a realização de toda e

qualquer conduta administrativa esteja estritamente autorizada por lei em sentido

formal.

e) O princípio da impessoalidade veda que os agentes públicos se promovam às

custas da Administração Pública.

Letra e.

Assim prevê a CF:

Art. 37. (...) § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridades ou servidores públicos.

As demais alternativas estão incorretas:

a) Incorreta. De todo o ato? Há situações em que não precisamos divulgar os

atos, exemplo dos que afetem a segurança nacional.

b) Incorreta. O princípio da eficiência prima pelo controle, isso é fato, mas um

controle a posteriori, mais preocupado com os resultados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 152 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

c) Incorreta. Acredito que a banca quis dizer “moralidade”. O conteúdo é mais

elástico, isso é fato, mas nem por isso precisamos de lei. A Súmula Vinculante

n. 13 do STF é uma evidência disso. Vedou-se o nepotismo, independentemente da

existência de prévia lei.

d) Incorreta. Toda e qualquer? Será que a conduta pode estar autorizada em

veículos diversos da lei? Sim, como em decretos. Ademais, há situações em que o

legislador não consegue precisar o conteúdo do ato, e deixa margem de discricio-

nariedade para o gestor.

Questão 67    (VUNESP/ANALISTA/PREFEITURA DE ITAPEVI/2019) Considere o caso

hipotético de um funcionário público atender amigos e familiares “furando a fila”,

ou seja, dar um “jeitinho” para “acelerar” um determinado serviço público a fim

de que amigos e familiares não precisem aguardar a vez na fila de espera. Tal fun-

cionário agiu de maneira incorreta e incompatível com o esperado no contexto do

atendimento ao público.

Quais são o princípio e o tipo de conduta que teriam evitado tal situação?

a) Civilidade, ou seja, o reconhecimento de que as pessoas nascem iguais perante

a Lei e, por isso, devem ser tratadas de forma igualitária.

b) Legalidade, pois as pessoas são portadoras de direitos e deveres e, devido a

isso, devem respeitar as Leis.

c) Impessoalidade, ou seja, um atendimento eficiente, ético e transparente a to-

dos sem qualquer favorecimento.

d) Protocolar, pois cabe ao funcionário público agir de forma equilibrada e cordial

à medida do possível.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 153 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

e) Moralidade, ou seja, o tratamento deve ser frio e calculista a todas as pessoas,

inclusive amigos e colegas.

Letra c.

O princípio da impessoalidade admite seu exame sob os seguintes aspectos:

• dever de isonomia por parte da Administração Pública;

• dever de conformidade ao interesse público; e

• imputação dos atos praticados pelos agentes públicos diretamente às pesso-

as jurídicas em que atuam.

Nesse contexto, pode-se dizer que o princípio da impessoalidade, expresso na

CF/1988, e implícito na Lei Federal n. 9.784/1999, tem uma “tripla formulação”,

“três faces”.

Numa primeira visão, para parte da doutrina, a impessoalidade como princípio

significa que o administrador público só deve praticar atos voltados à consecução

do interesse público.

Por tal princípio, o tratamento conferido aos administrados em geral deve levar em

consideração não o “prestígio” social por estes desfrutado, mas sim suas condições

objetivas em face das normas que cuidam da situação, tendo em conta o interesse

público, que deve prevalecer.

Questão 68    (VUNESP/PROFISSIONAL DE APOIO AO ENSINO, PESQUISA E EXTEN-

SÃO/UNICAMP/2019) A Câmara de um Município do interior de São Paulo aprova,

em 31 de dezembro de 2017, lei destinando verbas públicas para o custeio de

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 154 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

evento cultural de caráter privado, realizado anualmente por empresa da família de

um grande produtor rural que já foi prefeito do Município.

Essa lei mostra-se incompatível com o interesse público e com o princípio da

a) eficiência.

b) motivação.

c) segurança jurídica.

d) impessoalidade.

e) publicidade.

Letra d.

Pelo princípio da impessoalidade, o tratamento conferido aos administrados em ge-

ral deve levar em consideração não o “prestígio” social por estes desfrutado, mas

sim suas condições objetivas em face das normas que cuidam da situação, tendo

em conta o interesse público, que deve prevalecer.

Questão 69    (VUNESP/CONTROLADOR INTERNO/PREFEITURA DE ITAPEVI/2019)

Quando a Administração anula seus próprios atos, em razão de estarem eivados de

vícios que os tornam ilegais, trata-se de controle administrativo interno alicerçado

na aplicação do princípio

a) da Moralidade.

b) da Revogação.

c) da Autotutela.

d) da Investidura.

e) da Revisão.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 155 de 159
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA
Fundamentos e Princípios Constitucionais da Administração Pública
Prof. Adriel Sá

Letra c.

O princípio da autotutela é reconhecido expressamente na Súmula n. 473 do STF.

Vejamos:

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os

tornam ilegais, porque deles não se originam direitos ou revogá-los, por motivo de

conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em

todos os casos, a apreciação judicial.

A Administração tem a prerrogativa de policiar seus próprios atos, revogando aque-

les inconvenientes e anulando aqueles ilegais.

Contudo, o art. 54 da Lei n. 9.784/1999 (Lei do Processo Administrativo Federal)

estabelece um limite temporal para a correção, ao dispor que o direito de a Ad-

ministração anular atos administrativos que tenham produzido efeitos favoráveis

para os destinatários decai em cinco anos a partir da data em que foram pratica-

dos, salvo comprovada má-fé.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 156 de 159
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 157 de 159
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 158 de 159
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA STELLA MARTINS JANUARIO - 05992943536, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar