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O Poder executivo não só exerce sua função típica, que é administrar, mas também exerce
função atípica normativa.
O direito administrativo pode ser conceituado de acordo com vários critérios. Desses, o que
prepondera, para a melhor doutrina, é o critério do Poder Executivo, segundo o qual o direito
administrativo é o conjunto de regras e princípios jurídicos que disciplina a organização e
atividade desse poder. O que prepondera é o critério da Administração Pública.
O direito administrativo, por ser um dos ramos do direito público, disciplina não somente
atividade administrativa do Poder Executivo, mas também a do Poder Legislativo e do
Judiciário.
As decisões judiciais com efeitos vinculantes ou eficácia erga omnes são consideradas fontes
secundárias de direito administrativo, e não fontes principais.
Composto
Reúnem em sua estrutura outros
órgãos menores, com função principal
idêntica ou com funções auxiliares
diversificadas
Autuação Singular/ Atuam e decidem por meio de um
unipessoais único agente/chefe/representante
Colegiado/ Atuam e decidem pela manifestação
pluripessoais conjunta e majoritária da vontade de
seus membros
Os órgãos públicos superiores são os de direção, controle e comando, mas sujeitos à
subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia. Eles gozam de autonomia
administrativa e financeira.
Os órgãos públicos burocráticos são aqueles que estão a cargo de uma só pessoa física ou de
várias pessoas ordenadas verticalmente.
Competência
exclusiva
Nem toda ação da administração pública é considerada ato administrativo, a exemplo daquelas
praticadas pelas empresas públicas e sociedade de economia mista.
Fato administrativo
A competência para a prática de ato administrativo nem sempre decorre de lei, e não pode ser
objeto de delegação ou avocação. Sempre decorre de lei, segundo a maioria da doutrina.
Há incompetência quando o agente pratica o ato visando fim diverso daquele previsto, explícita
ou implicitamente, na regra de competência. Há desvio de finalidade e não de incompetência.
O poder legal conferido aos agente público para o desempenho específico das atribuições de
seu cargo constitui um requisito do ato administrativo, ou seja, o requisito da competência.
Motivo é o resultado que a administração quer alcançar com a prática do ato. Finalidade.
De acordo com a teoria do órgão, quando determinada pessoa, de boa fé, desempenha função
pública em situações de emergência, deve ser aplicada a teoria do órgão, pois sua atuação será
imputável ao Estado, a exemplo do que ocorre com o denominado agente de fato. Não
necessariamente. É preciso dizer que a teoria adotada é essa mesma, ou seja, a Teoria do
Órgão (não é a Teoria do mandato e nem a da Representação).
Recebimento de um processo, o
cadastramento de uma petição no
sistema administrativo do órgão etc.
Suponha que Maurício, servidor público federal, delegue autoridade hierarquicamente inferior
a competência que ele tem para decidir recursos administrativos. Nessa hipótese, não qualquer
ilegalidade no ato de delegação. Decisão de recursos administrativos não pode ser delegado.
Não viola o princípio da motivação dos atos administrativos o ato da autoridade que, ao
deliberar acerca de recurso administrativos o ato da autoridade que, ao deliberar acerca de
recurso administrativo, mantém decisão com base em parecer da consultoria jurídica, sem
maiores considerações. O próprio parecer é a motivação do ato.
Uma autoridade poderá, se não houver impedimento legal, delegar parte de sua competência a
outros titulares de órgãos, desde que esses lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando
for conveniente, unicamente em razão de circunstâncias técnicas, sociais e econômicas. A
delegação poderá ocorrer, ainda que os órgãos ou agentes não sejam subordinados. Não há
necessidade de haver hierarquia entre os órgãos para haver a delegação. A delegação poderá
ocorrer entre órgãos do mesmo nível, ainda que não sejam da mesma organização
administrativa.
Caso o TCU identifique que uma aposentadoria por ele já registrada tenha sido concedida de
forma ilegal, sem que se caracterize má-fé do aposentado, a referida corte poderá anular esse
ato, a qualquer tempo. O prazo para anulação de atos em que for favorável ao administrado
quando este estiver de boa-fé é de 5 anos (prazo inicia-se da data da prática do ato). Logo o
ato de aposentadoria a que se refere a questão não pode ocorrer a qualquer tempo.
Não é possível o controle de legalidade exercido pelo Poder Judiciário na hipótese de remoção
de servidor público de ofício, mas com características de perseguição política, em razão de a
motivação atender ao interesse da administração. Se a remoção não for exclusivamente por
interesse público, ocorrerá então o desvio de finalidade, devendo o Poder Judiciário fazer o
devido controle (se provocado).
O excesso de poder, por uma das modalidades de abuso de poder, configurando-se quando um
agente público pratica determinado ato alheio à sua competência.
O desvio de finalidade do ato administrativo verifica-se quando o agente pratica o ato visando
a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
De acordo com a teoria dos motivos determinantes, os atos administrativos, quando tiverem
sua prática motivada, ficam vinculados aos motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos.
Havendo desconformidade entre os motivos e a realidade, ou quando os motivos forem
inexistentes, a administração deve revogar o ato. Necessita-se anular o ato.
A possibilidade da análise de mérito dos atos administrativos, ainda que tenha por base os
princípios constitucionais da administração pública, ofende o princípio da separação dos
poderes e o estado democrático de direito. Ao Poder Judiciário é cabível fazer o controle de
legalidade dos atos administrativos discricionários com base nos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade.
Material velado/intensivo I 2013
Direito Administrativo
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O Poder Judiciário poderá exercer amplo controle sobre os atos administrativos discricionários
quando o administrador, ao utilizar-se indevidamente dos critérios de conveniência e
oportunidade, desviar-se da finalidade de persecução de interesse público.
Cada vez mais a doutrina e a jurisprudência caminham no sentido de admitir o controle judicial
do ato discricionário. Essa evolução tem o propósito de substituir a discricionariedade do
administrador pela do Poder Judiciário.
O ato composto é aquele que resulta de manifestação de dois ou mais órgãos, singulares ou
colegiados, cuja vontade se funde para a formação de um único ato. ATO COMPLEXO.
Atos compostos são aqueles cuja vontade final da administração exige a intervenção de
agentes ou órgãos diversos, havendo certa autonomia, ou conteúdo próprio, em cada uma das
manifestações. ATO COMPLEXO.
Em decorrência do atributo da presunção de veracidade, não pode o ato administrativo ter sua
validade apreciada de ofício pelo Poder Judiciário. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE É QUANTO
AOS FATOS/ PRESUNÇÃO DE LEGITIMINADE É QUANTO AOS ATOS.
O ato que convalida ato anterior tem efeitos ex nunc. EFEITO EX TUNC.
Os atos praticados em decorrência do reexame de ofício precisam ser motivados, salvo quando
importarem alteração da decisão administrativa.
Para que haja a avocação não é necessária a presença de motivo relevante e justificativa
prévia, pois esta decorre da relação de hierarquia existente na administração pública. Será
permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a
avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
Perfeito, válido e eficaz Concluído o seu ciclo de formação, encontra-se ajustado às Possível
exigências legais e está disponível para a deflagração de
efeitos
Perfeito, inválido e eficaz Concluído o seu ciclo de formação, e apesar de não se achar Possível
conformado às exigências normativas, encontra-se
produzindo seus efeitos
Perfeito, válido e ineficaz Concluído o seu ciclo de formação, e estando adequados aos Possível
requisitos de legitimidade, ainda não se encontram
disponíveis a produzir efeitos, por depender de um termo
inicial/condição
suspensiva/autorização/aprovação/homologação da
autoridade controladora
Perfeito, inválido e ineficaz Quando esgotado o ciclo de formação encontra-se em Possível
desconformidade com a ordem jurídica, seus efeitos ainda
não podem fluir, por se encontrarem na dependência de
algum acontecimento previsto quando necessário para a
produção dos efeitos
Imperfeito, válido e É o ato que não completou seu processo de formação, Não é
eficaz portanto, não está apto a produzir seus efeitos possível
Licença é ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele
que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade.
O TCU tem competência para efetuar o registro de aposentadoria dos empregados públicos,
muito embora estes sejam aposentados pelo regime geral de previdência social.
Para relembrar
VERACIDADE FATOS
LEGITIMIDADE ATOS
REVOGAÇÃO EX NUNC/RESPEITA:
VINCULADOS, CONSUMADOS E
DIREITO ADQUIRIDO
O ato se extingue pelo desfazimento volitivo quando sua retirada funda-se no advento de nova
legislação que impede a permanência da situação anteriormente consentida. Situação de
caducidade. A questão aborda o tipo de extinção denominado de caducidade, que é a retirada
do ato em face da superveniência de norma que incompatibiliza sua permanência.
Exemplifique-se com uma autorização para importar determinado produto. Posteriormente, lei
passa a proibir a importação. A autorização, no caso, caducou. Não se trata, portanto, de um
desfazimento volitivo, que seria aquele que depende da vontade do interessado: ele será
extinto independentemente de seu desejo.
É pacífico o entendimento de que os decretos não são considerados atos administrativos, pois
são, em verdade, atos normativos secundários. DECRETO SÃO ATOS ADMINISTRATIVOS,
NORMATIVOS. LEI SÃO ATOS ADMINISTRATIVOS, NORMATIVOS PRIMÁRIOS.
Licença Vinculada
Autorizaçã Discricionário e precário
o Pessoa física
Unilateral
Não se caracteriza como
serviço público
Concessão Contrato
Bilateral
Pessoa Jurídica ou
Consórcio
Precedido de licitação
Tarifa
Permissão Contrato de Adesão
Bilateral
Pessoa Física ou
Jurídica
Precedido de licitação
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
O abuso de poder caracteriza-se pelo excesso de poder e pelo desvio de finalidade. O excesso
de poder relaciona-se à competência, uma vez que resta configurado quando o agente público
extrapola os limites de sua atuação ou pratica ato que é atributo legal de outras pessoas.
A responsabilidade civil do Estado nas condutas lícitas tem fundamento na isonomia. Para
reestabelecer a isonomia, o Estado deverá indenizar o cidadão prejudicado.
Logo depois, a responsabilidade civil do Estado saiu da responsabilidade em situações pontuais para a
Teoria subjetiva. O Código Civil brasileiro de 1916 já falava na Teoria Subjetiva.
A responsabilidade civil do Estado na Teoria Subjetiva divide-se em dois eixos: culpa do agente e culpa
do serviço público.
Na modalidade de culpa do agente é preciso apontar a pessoa física culpada. Surge só nas condutas
ilícitas, ou seja, culpa ou dolo agente. É preciso visualizar quatro elementos: conduta estatal (ação do
estado), nexo causal, dano e elemento subjetivo (culpa ou dolo).
Na modalidade de culpa do serviço, não precisa apontar a pessoa física culpada. Também não precisa
mais demonstrar a culpa do agente. Surge a chamada culpa anônima, ou seja, a “falha no serviço”. Além
dos quatros elementos anteriores especificado na culpa do agente, é preciso demonstrar se o serviço for
ineficiente e se o serviço foi prestado de forma atrasada.
Material velado/intensivo I 2013
Direito Administrativo
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A partir da CF/1946, surge a chamada Teoria objetiva do Estado buscando dá maior proteção à vítima e
rigor para o Estado.
Na Teoria objetiva, o Estado passa a ser responsável nas condutas lícitas e ilícitas. A Teoria objetiva
divide-se em Risco integral, em que não se admite excludente e do Risco Administrativo que admite
excludente.
Na Teoria do Risco Administrativo, a responsabilidade do Estado será afastada quando se observa a culpa
exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior.
A teoria do Risco integral vai ser utilizado no Brasil nos casos de material bélico, acidentes
nucleares e dano ambiental.
Em 1946, quando a Teoria Objetiva foi introduzida no Brasil, só era utilizada nos danos
materiais. Hoje, fala-se também em danos morais.
A responsabilidade civil objetiva do Estado tipificado no art. 37, §VI é extracontratual, ou seja,
não decorre do contrato.
São sujeitos da Responsabilidade Civil do Estado: Pessoas jurídicas de Direito Público, Pessoas jurídicas
de Direito privado prestadoras de serviço público (se for exploradora de atividade econômica a Teoria será
subjetiva), concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviço.
A responsabilidade da pessoa jurídica pode ser primária ou subsidiária. Na primária, o Estado responde
pelo ato do seu agente. Já na subsidiária, o Estado responde pelo agente de outra pessoa jurídica, porque
a pessoa jurídica não tem dinheiro para pagar a conta. Responde por que descentralizou.
Na omissão, além dos 4 elementos da Teoria subjetiva, é necessário observar outros parâmetros:
descumprimento do dever-legal, princípio da reserva do possível (prestação do serviço dentro
de um padrão normal).
Quando o Estado cria situações de risco, a Teoria adotada é objetiva: defeito semafórico, material bélico/
acidente nuclear (risco integral).
O preso mata outro dentro do presídio, o Estado responde forma objetiva (assumi o risco).
Para ter a responsabilidade civil do Estado, o dano precisa ser jurídico. Dano jurídico é aquele
que gera lesão a um direito. Além de ser jurídico e certo, precisa ser especial (particularizado) e
anormal.
A vítima ajuíza ação contra o Estado e aa teoria adotada será a objetiva. O Estado pode ajuizar a ação de
regresso contra o servidor e a teoria que será considerada será a subjetiva (dolo ou culpa).
Se a vítima ajuizar uma ação judicial direta contra o servidor a Teoria adotada será a subjetiva.
Para o STF, a vítima deve ajuizar a ação contra o Estado. Porém, decisões recentes do STJ já admitem o
ajuizamento da ação direta contra o agente público.
Uma das hipóteses da denunciação da LIDE no CPC é a ação de regresso. Para a maioria da doutrina não
cabe denunciação da lide, pois traz o agente para o processo (fato novo/dolo ou culpa).
O STJ entende que é possível a denuncia a lide, mas o Estado não será obrigado a fazer.
O controle externo da atividade policial civil é função institucional realizada pelo MP estadual.
Por ser ato geral e abstrato, a expedição do regimento interno de determinado órgão público,
cuja finalidade é a regularização da funcionalidade do órgão, decorre do poder hierárquico.
Incorre em abuso de poder a autoridade que nega, sem amparo legal ou de edital, a nomeação
de candidato aprovado em concurso público para o exercício de cargo no serviço público
estadual, em virtude de anterior demissão no âmbito do poder público federal.
A contratação temporária de servidores sem concurso público bem como a prorrogação desse
ato amparadas em legislação local são consideradas atos de improbidade administrativa.
Material velado/intensivo I 2013
Direito Administrativo
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Para a configuração de ato de improbidade administrativa, exige-se a comprovação de lesão ao
patrimônio público.
Agente público que, ao assumir cargo público, preste, pela segunda vez, falsa declaração de
bens deve ser punido com demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis.
A probidade, que deve nortear a conduta dos administradores públicos, constitui fundamento
do princípio da eficiência.
As empresas públicas são submetidas ao regime jurídico instituído pela Lei n.º 8.112/1990.
É vedado à candidata gestante inscrita em concurso público o requerimento de nova data para
a realização de teste de aptidão física, pois, conforme o princípio da igualdade e da isonomia,
não se pode dispensar tratamento diferenciado a candidato em razão de alterações fisiológicas
temporárias.
Um agente público que, agindo de forma culposa, gere lesão ao patrimônio público, estará
obrigado a ressarcir integralmente o dano causado.
União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Administração direta e autarquias são pessoas
jurídicas de Direito Público abrangidas pela responsabilidade objetiva do Estado. Sobre as
pessoas jurídicas de Direito Privado que celebram com a Administração contrato de prestação
de serviços públicos incide a responsabilização solidária junto com a Administração.
Na esfera federal, a União é representada em juízo pela Advocacia Geral (CF. art. 131)
inclusive para a execução da dívida ativa de natureza tributária e, segundo o art. 188 do
1- que a lei tenha sido previamente declarada inconstitucional (visto que milita em seu favor a presunção
de constitucionalidade);
Caso o poder público seja condenado em ação de responsabilidade civil pelos danos causados
por seu servidor a terceiro, caberá ação regressiva do Estado contra o servidor, ação esta cujo
prazo prescricional será de três anos. Imprescritível/questão genérica. Segundo entendimento
recente, porém, ainda não pacificado do STJ, o prazo prescricional para que o lesado possa
intentar ação indenizatória contra as pessoas jurídicas de direito público e de direito privado
prestadoras de serviço público é de TRÊS ANOS, nos termos do art. 206, § 3º, inc. V, do CC, que
teria revogado o prazo quinquenal fixado pelo Dec. 20.910/32.
É assente no STF que o poder público ficará sujeito a indenizar o proprietário do bem atingido
pela instituição da reserva florestal, se, em decorrência dessa ação administrativa, o dominus
vier a sofrer prejuízos de ordem patrimonial.
O Estado só responderá pela indenização ao indivíduo prejudicado por ato legislativo quando
este for declarado inconstitucional pelo STF. Ocorre que além dessa situação há também a
responsabilização por "ato legislativo de efeito concreto", aquele com destinatário
determinado.
Na hipótese em que o usuário ou terceiro suporte dano causado por ação do concessionário ou
permissionário, em razão da prestação indireta de serviço público, a responsabilidade do
Estado será subsidiária.
A atual fase da responsabilidade objetiva do Estado foi materializada como nova concepção
com o julgamento do caso Blanco em 1873, na França, quando somente as regras de direito
público foram aceitas para a solução do caso, porquanto o Estado aparecia como causador de
dano a administrado.
Funcionário Público federal que, dirigindo um veículo oficial, em serviço, colida em um poste,
derrubando-o, somente estará obrigado a ressarcir o dano causado ao patrimônio público se
for condenado judicialmente a fazê-lo.
Um agente público que produza dano ao particular obriga o Estado a indenizar o particular,
desde que a vítima comprove que a omissão é a causa do prejuízo.
A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente
de aa vida ter concorrido para o seu aperfeiçoamento.
Considere que um paciente internado em hospital público tenha falecido após ter se jogado
pela janela. Nessa situação, a responsabilidade do Estado será objetiva, por omissão.
O Cespe trata a questão do paciente internado em hospital público que se suicida diferente da questão
do preso que se mata.
Serviços Públicos
Serviços coletivos
Prestados a toda a coletividade, seus usuários são
(UTI UNIVERSI)
indeterminados ou indetermináveis. Ex: os serviços
de iluminação pública, de limpeza urbana, de
segurança pública etc.
Serviços Prestados a um número determinado ou determinável
individuais (UTI de indivíduos, sendo mensurável a utilização de cada
SINGULI) um deles. Ex: energia domiciliar, serviço postal,
telefônico etc.
Prevalece o entendimento de que o conceito de serviço público deve ser pautada pelo critério
orgânico ou subjetivo, segundo o qual serviço público é aquele prestado pelos órgãos ou
entidades de natureza pública. Não prevalece esse entendimento.
O serviço de iluminação pública pode ser considerado uti universi, assim como o serviço de
policiamento público.
Apesar de não constar expressamente no art. 175 da CF, a autorização é considerada forma
indireta de prestação de serviços (prevista no art. 21, XI e XII da CF/88).
Autorização é a única forma de prestação de serviços que não precisa de licitação e nem de
contrato, pois é um ato, ora vinculado, ora discricionário. Segundo a doutrina será utilizada em
serviços de baixa complexidade e pouco investimento. Ex: Rádio Amador (telecomunicações).
Pode pessoa física ou jurídica. Possui a natureza jurídica de ato administrativo. Não precisa de
licitação e prazo determinado.
Nem toda a autorização será para prestação de serviços públicos, pois existe autorização para
atividades de interesse do particular (ex: porte de arma), bem como para a ocupação
transitória de um bem público (ex: circo/parque de diversões).
Existem duas espécies de permissão: ato administrativo que serve para a exploração de
atividades de interesse público (transporte escolar), bem como para a ocupação de bem
público (banca de jornal). Tal ato é discricionário e precário, não necessitando de licitação.
Como contrato de adesão que serve para prestação de serviços públicos. Tal contrato é
precário e revogável, necessitando de licitação.
São competentes para a prestação dos serviços públicos: União [presta os serviços previstos
no art. 21 da CF (rol taxativo)]; Municípios prestam os serviços de natureza local e os Estados
prestam os serviços remanescentes/residuais. Já o DF presta os serviços de competência dos
Estados e Municípios.
Material velado/intensivo I 2013
Direito Administrativo
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Lei Nº 8.987/1995
Regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos
Concessão de Delegação de sua Modalidade de Pessoa jurídica
serviço público prestação, feita pelo poder concorrência/em regra Consórcio de empresas
concedente, mediante (pessoas jurídicas)
licitação
Os serviços locais de gás canalizado são de competência dos Estados que podem prestá-lo
diretamente ou mediante concessão (a CF não permitiu autorização e nem permissão), sendo
vedada a edição de provisória para a sua regulamentação.
→Os serviços públicos de coleta domiciliar de lixo podem ser remunerados por taxa,
pois nesse caso o serviço é específico e divisível;
Conclusões os serviços facultativos são remunerados por tarifa, sendo que o pagamento só
será realizado quando na efetiva utilização do serviço. As tarifas não são tributos, tem
natureza contratual, por esse motivo o serviço prestado mediante o pagamento de tarifa só
podem ser suspensos pelo prestador se o usuário se tornar inadimplente.
A prestação de serviços públicos deve dar-se mediante taxas ou tarifas justas, que
proporcionem a remuneração pelos serviços e garantam o seu aperfeiçoamento, em atenção ao
princípio da modicidade.
Não é possível ao Estado cobrar individualmente pelos serviços gerais. Taxa e contribuição de
iluminação pública, juridicamente, são coisas diferentes.
Quando o serviço for prestado por um particular haverá a cobrança de uma tarifa.
Extinção da Concessão
Termo Indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda
contratual não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de
garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido
Encampação Retomada do serviço pelo Lei autorizativa específica
poder concedente durante o Prévio pagamento da indenização
prazo da concessão, por
motivo de interesse público
Caducidade Inexecução total ou parcial Serviço estiver sendo prestado de forma inadequada
do contrato ou deficiente
Precedida da verificação da Concessionária descumprir cláusulas contratuais ou
inadimplência da disposições legais ou regulamentares
concessionária em Concessionária paralisar o serviço ou concorrer para
processo administrativo, tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso
assegurado o direito de fortuito ou força maior
ampla defesa
Declarada a caducidade, Concessionária perder as condições econômicas,
não resultará para o técnicas ou operacionais para manter a adequada
poder concedente prestação do serviço concedido
qualquer espécie de Concessionária não cumprir as penalidades impostas
responsabilidade em por infrações, nos devidos prazos
relação aos encargos, ônus, Concessionária não atender a intimação do poder
obrigações ou compromissos concedente no sentido de regularizar a prestação do
com terceiros ou com serviço
empregados da Concessionária não atender a intimação do poder
concessionária concedente para, em 180 (cento e oitenta) dias,
apresentar a documentação relativa a regularidade
fiscal, no curso da concessão, na forma do art. 29 da
Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento
de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Na ação popular, o Ministério Público funciona como fiscal da lei, podendo, todavia, assumir o
polo ativo em caso de desistência do autor popular.
O Poder Legislativo exerce o controle parlamentar sobre os atos da Administração Pública, contando com
vários instrumentos para desempenhar tal atividade de controle externo ou heterocontrole. São
instrumentos de controle à disposição do Legislativo: comissão parlamentar de inquérito, pedido de
informação, convocação de autoridades.
É possível invocar o controle judicial sobre legalidade e mérito de ato administrativo. Hoje em
dia, parte da doutrina e da jurisprudência já admite que o Poder Judiciário possa controlar o
mérito do ato administrativo (conveniência e oportunidade) sempre que, no uso da
discricionariedade admitida legalmente, a Administração Pública agir contrariamente ao
Material velado/intensivo I 2013
Direito Administrativo
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princípio da razoabilidade.
As contas prestadas pelos chefes do poder executivo incluirão as suas próprias, as dos
presidentes dos órgãos dos poderes legislativo e judiciário e do chefe do Ministério Público, e
dependerão de parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.
O controle financeiro exercido pelo Poder Legislativo alcança tanto o Executivo como o
Judiciário e sua própria administração, no que se refere à receita, à despesa e à gestão dos
recursos públicos. Sujeitas a esse controle estão as áreas de atuação contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da Administração Pública pode ser exercida pelo sistema de controle
interno de cada Poder ou mediante controle externo exercido por um órgão vinculado às Casas
do Poder Legislativo: o Tribunal de Contas, que pode ser da União, do Distrito Federal, dos
Estados e dos Municípios. Cada um desses tribunais tem competência somente para fiscalizar
as contas do respectivo ente federativo e devem atuar nos termos previstos para o Tribunal de
Contas da União (art. 75).
O Tribunal dispõe de competência pra fiscalizar, mas não se insere na esfera do Poder
Executivo.
O poder normativo ou regulamentar é exercido pelo Chefe do Executivo quando este emite
decretos que não podem contrariar a lei, nem criar direitos, impor obrigações, proibições, ou
penalidades que não estejam previstos em lei. O controle sobre os atos normativos do Poder
Executivo é de legalidade, sendo sempre realizado no âmbito do Poder Judiciário. A Adm. Púb.
também realiza controle de legalidade.
O controle sobre as atividades das fundações públicas é realizada pelo Ministério Público.
O controle que o Poder Legislativo exerce sobre a administração pública limita-se à hipóteses
previstas na CF/1988 e abrange aspectos de legalidade e de mérito do ato administrativo.
O controle exercido pelo Poder Legislativo sobre os atos praticados pela administração pública
limita-se às hipóteses previstas na CF, bem como nas modalidades de controle estabelecidas
nas constituições estaduais.
O controle parlamentar exercido pelo Poder Legislativo se limita às hipóteses previstas na CF.
O recurso hierárquico impróprio deve ser dirigido à autoridade de outro órgão não integrado à
mesma hierarquia do órgão que proferiu o ato.
Abuso de Poder Excesso de Autoridade extrapola do seu poder e atua fora dos limites da
Poder/vício de sua competência.
competência
Desvio de Poder Ato é praticado visando finalidade diversa da prevista em lei.
ou de O agente pratica o ato dando-lhe finalidade diversa
finalidade/vício de
finalidade
O abuso de poder pode ocorrer na forma comissiva quanto na forma omissiva, porque a inércia
da autoridade administrativa lesa o patrimônio jurídico individual quando deixa de exercutar
determinada prestação a que estava legalmente obrigada.
A administração pública exerce seu poder disciplinar ao aplicar sanção de suspensão a servidor
público e seu poder discricionário ao determinar a suspensão como sanção a ser aplicada. O
poder disciplinar é vinculado quanto ao dever de punir e discricionário quanto à seleção da
pena aplicável. De acordo com o art 127 da lei 8112/90 que trata das punições.
O poder de polícia é caracterizado como a atividade estatal que limita o exercício de direitos
individuais em benefício do interesse público e é materializado por atos administrativos do
Poder Executivo, que atua tanto preventiva como repressivamente, nos limites da lei aplicável.