UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação a Distancia

Fernando Jorge Código: 708180951

Dificuldade de uso de Material didactico nas aulas de Ciências sociais, caso de estudo
escola secundária de Marringue, Período entre 2020/2022

Beira Novembro 2021

UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOCAMBIQUE

Instituto de Educação à Distancia da Universidade

Curso de licenciatura em ensino de historia

NOME: Fernando Jorge– Código - 708180951

Projecto de Pesquisa do curso

apresentado ao instituto de Educação
à Distância, como requisito parcial
para a o termino do curso

Supervisor- Joaquim Mazamera

BEIRA Dezembro 2021

Indice
CAPÍTULO I ----INTRODUÇÃO..........................................................................................4
1.1 Delimitação do tema.........................................................................................................5
1.1.2. Justificativa...................................................................................................................5
1.1.3 Objectivos da investigação.............................................................................................5
1.1.4 Problematização.............................................................................................................6
1.1.6 Hipóteses........................................................................................................................7
CAPITULO II --- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................8
CAPITULO III-------METODOLOGIA...............................................................................18
Cronograma...........................................................................................................................20
Referencias Bibliográficas...................................................................................................21
CAPÍTULO I ----INTRODUÇÃO
Visando superar as dificuldades deixadas pelo ensino tradicional, os estudiosos em ensino
de um modo geral, e em particular, no ensino de Ciências Sociais, vêm cada vez mais
explorando novas metodologias para facilitar e auxiliar o professor no processo de ensino-
aprendizagem dos alunos, valorizando a utilização de diversos recursos, materiais
didácticos. A utilização de variados recursos didácticos é uma importante ferramenta para
facilitar a aprendizagem e superar lacunas deixadas pelo ensino tradicional, apesar dos
benefícios, não são todos os professores que estão preparados para aplicá-los de forma
satisfatória, passando os mesmos, a depender quase que exclusivamente do livro didáctico e
do quadro branco, dificultando, portanto, a aprendizagem.

O presente trabalho, que constitui parte dos requisitos para obtenção do Grau de
Licenciatura em Ensino de História na Universalidade Católica de Moçambique, intitula-se
“Dificuldade de uso de Material didactico nas aulas de Ciencias socias, caso de estudo
escola EPC Mutondo em Marringue, Período entre 2020/2022”. É um estudo de caso
feito na Escola Primária do 1º e 2º Graus de Mutondo, distrito de Marringue, província de
Sofala. O interesse pelo tema, radica do ponto de vista teórico da necessidade de analisar e
compreender o fraco uso do material didáctico durante a leccionação das aulas no processo
do ensino e aprendizagem, dando o maior enfoque a Escola.

A falta da inovação dos métodos do ensino, remete os alunos a certo desinteresse o que a
um dado momento proporciona resultados indesejados no processo de Ensino-
Aprendizagem. Face a esta situação, os professores devem utilizar recursos didácticos
diferenciados para aperfeiçoar as suas aulas de modo que as torne interessantes para os
educandos. O uso dos materiais didácticos de uma forma diversificada, facilitam a
compreensão rápida e fácil dos conteúdos por educandos e ajudam os professores na
planificação, mediação de vários temas de aulas de uma forma segura e eficaz,
proporcionando aos discentes a terem todas as facilidades de colocarem as suas
inquietações.
Os escassos recursos mediadores do processo de Ensino-Aprendizagem tornam as aulas
enfadonhas, pois não permitem ao professor a diversificação metodológica das aulas,
considerando que a finalidade específica de todo o material didáctico é abrir a cabeça,
provocar a criatividade, mostrar pistas em termos de argumentação e raciocínio instigar ao
questionamento e à reconstrução. (FREITAS 2007, pág. 18)

Com este trabalho não se pretende apresentar o estudo acabado mas sim dar a conhecer o
contributo do uso dos recursos, materiais didácticos no ensino primário durante os trabalhos
dos professores como forma de auxiliar o processo de ensino-aprendizagem e torná-lo mais
significativo.

1.1 Delimitação do tema

Esta pesquisa foi realizada na Escola Primária do 1º e 2º Graus de Mutondo, distrito de
Marringue, província de Sofala no ano de 2021- 2022.

Os resultados da mesma serão válidos para outras entidades com características e aspectos
similares à entidade estudada.

1.1.2. Justificativa
O interesse pelo tema, radica do ponto de vista teórico da necessidade de analisar e
compreender o fraco uso do material didáctico durante a leccionação das aulas no processo
do ensino e aprendizagem, dando o maior enfoque a Escola Primária do 1º e 2º Graus de de
Mutondo, .

Verificado que o maior número dos alunos dos tempos actuais, lidam-se constantemente
com as novas tecnologias e estão conectados ao mundo digital o que lhes facilita a
compartilhar informações com mais rapidez, o papel do professor na sala de aula é muito
importante. No entanto, muitos professores ainda não estão preparados para lidarem-se com
essa nova geração. Consequentemente os novos recursos tecnológicos que estão ao seu
alcance não os usam em salas de aula por falta de uma preparação técnica adequada, de um
lado, doutro lado, devido a ausência de interesse, ou seja, do profissionalismo destes.
Assim, eles optam em continuarem a usar os métodos tradicionais nas salas de aula ao em
vez de inovar os seus métodos de ensino com recursos disponíveis de modo a garantir uma
boa qualidade do ensino.

1.1.3 Objectivos da investigação

Objectivo Geral

 Analisar o impacto do fraco uso dos materiais didácticos nas escolas do passado
com função educativa e que até os dias de hoje são mais elaborados e marcam
presença nas salas de aula, facilitando o processo de ensino e aprendizagem.

Específicos:

 Identificar as causas do fraco uso dos recursos, materiais didácticos pelos

professores da disciplina de Ciências Sociais 2º ciclo da Escola Primária do 1º e 2º
Graus de Mutondo

 Explicar a importância do uso dos recursos, materiais didácticos na leccionação das

aulas da disciplina de Ciências Sociais;

 Distinguir as diferenças de uma aula dada usando os materiais didácticos da aula

dada sem o uso dos recursos didácticos.

1.1.4 Problematização
Um bom trabalho pedagógico no ensino primário permite ao educando compreender e
assumir posições diante dos problemas oriundos do quotidiano, tanto na vida familiar
quanto na escolar; propiciando maior conhecimento e consciência sobre suas
responsabilidades, direitos e deveres junto à sociedade.

Tem-se observado na Escola Primária do 1º e 2º Grau de Mutondo o fraco uso dos

materiais didácticos na leccionação das aulas, sobretudo na disciplina de Ciências Sociais, o
que há dado momento proporciona o desinteresse das aulas pelos alunos e
consequentemente o baixo aproveitamento. Deste modo surge a seguinte questão de
partida:
  Que estratégia se deve adoptar de modo a colmatar as dificuldades do uso de
materiais didactico nas aulas de historia na EPC DE Mutondo?

1.1.5 Questão norteadora

Os professores que leccionam a disciplina de Ciências Sociais 3º ciclo, na Escola Primária

do 1º e 2º Graus de Mutondo acham ser normal não utilizar os materiais didácticos nas
salas de aulas. Perante esta situação coloca-se a seguinte questão:

 Que estratégias devem ser adoptadas de modo a minimizar o fraco uso dos materiais
didácticos na leccionação da disciplina de Ciências Sociais no 3º ciclo na Escola
Primária do 1º e 2º Grau de Mutondo?

1.1.6 Hipóteses
a) Hipótese primária

 A adopção das estratégias pela direcção da escola na aquisição dos materiais

didácticos proporcionaria aos professores do 3º ciclo, leccionarem as aulas de
Ciências Sociais com outros meios auxiliares o que tornaria estas aulas mais
interessantes aos alunos;

b) Hipóteses secundárias

A fraca preparação profissional dos professores de Ciências Sociais afectos nesta escola,
condiciona o não uso dos materiais didácticos durante as aulas;

a) O fraco uso de materiais didácticos pelos professores de Ciências Sociais 3º

ciclo, pode ser superado pela supervisão interna permanente levado a cabo pela
direcção da escola;

b) A produção dos materiais didácticos pelos professores usando material local e

barato, seria uma das formas de superar a falta destes para a disciplina de
Ciências Sociais.
CAPITULO II --- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2. Conceitos básicos

2.1. Materiais didácticos

O material didáctico tem sido objecto de consideração por parte de muitos profissionais da
pedagogia e da didáctica pelo papel que ocupa no processo de ensino e aprendizagem. Este
material recebe várias designações por parte dos autores que abordam o processo de ensino
e aprendizagem, entre as quais encontramos: equipamentos didácticos, meios de ensino,
recursos didácticos, tecnologias educacionais entre outras.

No pensamento de Nivagara (s/d. pág.198), “os materiais didácticos são formas de tornar o
trabalho pedagógico mais interessante, è uma exigência daquilo que está sendo estudado
por meio de palavras afim de torna-los concreto e intuitivo”.

Segundo o autor os recursos didácticos são mediadores do processo de ensino -

aprendizagem e estão em vários tipos de materiais e linguagens, como: os livros didácticos,
imagens de satélite, mapas gráficos, músicas, poemas, fotografias, filmes, videoclipes,
jogos entre outros e, bem empregados e utilizados com propostas adequadas em sala cria
uma maior participação entre professor e aluno. Nesta óptica de ideia o Morgado (2004,
pág. 93) sustenta afirmando que “os materiais didácticos são o suporte do processo de
aprendizagem, deste modo devem ser geridos no sentido de promover níveis mais elevados
de diferenciação e qualidade”.

Para Souza (2007, pág. 111), “Recurso didáctico é todo material utilizado como auxílio no
ensino-aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado, pelo professor, a seus
alunos”. Os recursos didácticos compreendem uma diversidade de instrumentos e métodos
pedagógicos que são utilizados como suporte experimental no desenvolvimento das aulas e
na organização do processo de ensino e de aprendizagem. Eles servem como objectos de
motivação do interesse para aprender dos educandos.

Segundo (PILETTI, 2004, pág. 68) afirma que “Recursos de ensino são componentes do
ambiente da aprendizagem que dão origem à estimulação para o aluno. Esses componentes
podem ser o professor, os livros, as revistas, os mapas, os objectos físicos, as fitas gravadas,
as gravuras, os filmes, as fotografias, os recursos da comunidade, os recursos naturais e
assim em diante.

Os materiais e equipamentos didácticos também conhecidos como “recursos” ou

“tecnologias educacionais” são todo e qualquer recurso utilizado em um procedimento de
ensino, visando à estimulação do aluno e à sua aproximação do conteúdo. (FREITAS,
2007, pág. 21).

2.1.2 - Surgimento dos recursos ou materiais didácticos

Historicamente, segundo Rutz (2008), os primeiros materiais didácticos a ser utilizados

foram criados na pré-história. A Pedra-Lascada, por exemplo, foi o primeiro instrumento de
que o homem tem conhecimento que servia para comunicação e ensinar os recursos de
sobrevivência. Os materiais encontrados na natureza eram utilizados pelos primeiros
agrupamentos humanos para transmitir conhecimento dos mais jovens, ensinando-os a
sobreviver e defender a comunidade. Os primeiros livros utilizados como recursos
didácticos eram de uso exclusivo do professor, que os interpretava e transmitia aos alunos o
conteúdo de forma a fazê-los decorar para aprender, desta forma, as cartilhas foram sendo
inseridas no processo ensino-aprendizagem.

2.1.3 - Uso de materiais didácticos

Trivelato e Oliveira (2006, pág.2) afirmam que

“A utilização de recursos didácticos pedagógicos

diferentes dos utilizados pela maioria dos professores
(quadro e giz), deixam os educandos mais
interessados em aprender”. Esses instrumentos
possibilitam aos educandos participarem activamente
e expressarem suas opiniões, interagindo com as
informações. (TRIVELATO & OLIVEIRA, 2006,
pág.2)
Para se verificar o bom uso dos materiais didácticos é necessário que estejam atrelados a
objectivos bem definidos quanto ao aspecto de promover a aprendizagem de Ciências
Sociais, ou seja, a uma cuidadosa planificação da acção.

A utilização dos materiais didácticos possibilita que o aluno visualize e construa

significados, conduzindo-o ao raciocínio. Através dele, o professor observa, faz estimativa,
relaciona informações, busca soluções para os problemas apresentados, compara os
resultados, produz novas ideias, para depois chegar à abstracção. Dessa forma, ocorre a
construção do conhecimento.

De acordo com D’Ambrósio (1998, pág. 80), o professor tem o papel de facilitar a
aprendizagem. Além disso, de acordo com (RÊGO; RÊGO, 2006, pág.39-56), o professor
deve planificar com antecedência as actividades em sala de aula e, o uso de materiais
didácticos deve incentivar o estudante, promover um espaço de discussão, propiciar
trabalhos em grupos, possibilitar argumentação, a socialização e a cooperação efectiva.

O professor que insistir no seu papel de fonte e

transmissor de conhecimento está fadado a ser
dispensado pelos alunos da escola e da sociedade em
geral. O novo papel será o de gerênciar, de facilitar o
processo de aprendizagem (D’AMBRÓSIO, 1998,
pág. 80).

A busca de novas formas de ensinar Ciências Sociais deve ser constante na vida dos
professores, acreditamos que a utilização de materiais didácticos que, ainda merece atenção
e pode sim, facilitar o processo de aprendizagem. Uma grande vantagem da utilização dos
materiais didácticos é a possibilidade de concretização de algumas ideias da disciplina de
Ciências Sociais.

Costoldi e Polinarski (2009, pág. 4) afirmam que:

Os recursos didático-pedagógicos surtem maior efeito

nas aulas apresentadas aos alunos do ensino
 fundamental (séries iniciais), por serem ainda crianças
e se interessarem muito mais por aulas diferentes
torna-se mais fácil para uma criança se envolver mais
durante a aula com recurso pelo “espírito de
brincadeira” que ela ainda possui. (COSTOLDI E
POLINARSKI 2009, pág. 4)

Souza, Costoldi e Polinarski, 2009, pág. 111) afirmam que

O professor deve ter formação e competência para

utilizar os recursos didático-pedagógicos que estão ao
seu alcance e muita criatividade, ou até mesmo
construir juntamente com os alunos, pois, ao
manipular esses objectos a criança tem a possibilidade
de assimilar melhor o conteúdo. Os recursos
didácticos não devem ser utilizados de qualquer jeito,
deve haver uma planificação por parte do professor,
que deverá saber como utilizá-lo para alcançar o
objectivo proposto por sua disciplina (SOUZA, 2007;
COSTOLDI e POLINARSKI, 2009, pág. 111).

O professor deve avaliar previamente em sua planificação qual recurso didáctico melhor se
emprega para auxiliar no desenvolvimento da sua aula, podendo vir até a construir
juntamente com os educandos o instrumento que deseja utilizar, fazendo desse momento
um meio de interacção com os educandos, sabendo que dessa forma ele possibilitará melhor
assimilação do conteúdo.

Segundo ainda SOUZA (2007, pág. 113), “O uso de recursos didácticos deve servir de
auxílio para que no futuro os alunos aprofundem, apliquem seus conhecimentos e
produzam outros conhecimentos a partir desses”. Para que isso ocorra, é necessário que o
professor dê significância ao conteúdo que está sendo ministrado, mostrando para o aluno
aplicações práticas do conteúdo em seu quotidiano, para que, em uma perspectiva
científica, ele possa interferir em seu ambiente de forma positiva e consciente,
caracterizando assim, uma aprendizagem com significado.

Apesar dos benefícios desempenhados pelos recursos didácticos, não são todos os
professores que exploram esses benefícios isso acontece por falta de confiança ou por
comodismo por parte do professor, ele usa quase que exclusivamente o livro didáctico
como recurso para as aulas.

Para superar esse comodismo, SOUZA (2007, pág.111) afirma que: “O professor deve ter
formação e competência para utilizar os recursos didácticos disponíveis e muita
criatividade”. Para isso, afirma ainda o autor que

“O uso de materiais didácticos no ensino escolar, deve ser

sempre acompanhado de uma reflexão pedagógica quanto a
sua verdadeira utilidade no processo de ensino e
aprendizagem, para que se alcance o objectivo proposto. Não
se pode perder em teorias, mas também não se deve utilizar
qualquer recurso didáctico por si só sem objectivos claros”.
(SOUZA (2007, pág.113).

2.1.4 Influência de alguns materiais didácticos no processo do ensino -aprendizagem

De acordo com Piletti (2004, pág. 151) tradicionalmente os recursos de ensino são
classificados da seguinte maneira:

 Recursos visuais --- São os recursos que requerem, principalmente, o uso da visão.
Ex projecções, cartazes e gravuras;

 Recursos auditivos --- Desenvolvem-se pelo uso da audição. Ex: rádio e gravuras;

 Audiovisuais --- Reúnem tanto estímulos visuais quanto auditivos. Ex: cinema e
televisão

Dentre os recursos didácticos mais utilizados pelos professores, o livro didáctico figura
como o principal. Esse material está presente em sala de aula e alguns professores o
utilizam como o único recurso para ensinar, isso não deve ocorrer, pois as aulas onde são
usados somente os livros didácticos e o quadro de giz já não satisfazem mais o aluno, eles
reclamam e desejam a todo instante uma aula diferente. No entanto, não se deve
desconsiderar a utilidade do livro, ele se constitui como um meio auxiliar ao professor por
contribuir no processo de ensino.

2.2. Os recursos visuais

2.2.1 O livro didáctico

De acordo com Karling (1991, pág. 254),

O livro didáctico é um dos recursos mais económico e

completo. Nesse sentido, os professores devem
utilizá-lo como base para complementar suas aulas,
como um instrumento mediador no processo de
ensino e aprendizagem. Os alunos por sua vez
precisam fazer uso deste material, como fonte
importante de pesquisa e acompanhamento das
actividades didático-pedagógicos. (KARLING, 1991,
pág. 254).

2.2.2 O quadro negro ou quadro de giz

O quadro negro ou quadro de giz, surge então para auxiliar o professor durante a discussão
dos conteúdos, visto que durante esta etapa do aprendizado é necessária à compreensão por
meio da visualização da matéria.

Freitas (2007, pág. 30) afirma que o quadro negro é um excelente meio de comunicação e
de fácil instalação, não demanda muito tempo da planificação, os assuntos apresentados
podem ser corrigidos com mais facilidade.

Ademais, Wittich e Schuller (1964), acrescentam:

 Mesmo nesta moderna era do espaço, o quadro-negro
continua a ser um meio básico para a apresentação de
factos. Os professores poderão empregá-lo com maior
eficiência, se compreenderem de maneira mais
completa as suas características, flexibilidade e
oportunidades que oferece para a instrução eficiente.
(ADEMAIS, WITTICH e SCHULLER (1964, pág.
56).

Os quadros negros sempre estão disponíveis, na maioria das salas de aula, podendo o
professor passar o conteúdo trabalhado e fazendo com que os alunos consigam perceber as
ideias mais importantes que possam ser discutidas durante a aula, tornando mais fácil a
participação dos alunos.

O quadro negro é de suma importância para a transmissão de conhecimento, mas utilizando

somente este recurso, durante as aulas, pode causar desinteresse pelos alunos, por isso, o
professor deve saber organizar suas ideias no espaço oferecido pelo objecto e utilizando
uma letra que seja de fácil entendimento aos estudantes. É importante destacar a
necessidade de utilizar outros recursos didácticos para a transmissão de conhecimento.

2.2.3 Técnicas de uso do quadro preto

A correcta utilização do quadro-negro pelo educador pode apoiar sua exposição, atrair a
atenção dos educandos para o que é mais adequado, principalmente o que se deseja
explicitar com detalhes, facilitando a compreensão e fixação dos diversos conteúdos da
disciplina e aumentando, ainda, o aproveitamento das lições pelos discentes. Em conclusão,
o quadro-negro é um excelente meio visual, se empregado correctamente, já que pode
servir para a apresentação directa de qualquer conteúdo ou assunto dos currículos escolares.

Para utilizá-lo bem, deve se observar as seguintes técnicas: A área a ser escrita deve ser
bem distribuída, essencialmente da esquerda para a direita, de cima para baixo; o giz branco
é o que dá melhor destaque, claro e suficiente para todos os assistentes; nunca fale enquanto
estiver escrevendo, pois, tanto a imagem que você está elaborando, quanto a imagem falada
que está transmitindo, perderão a força que normalmente teriam; termine o desenho ou
texto e depois, virado para a plateia, explique-o; quando o assunto ilustrado no quadro se
encerrar, apague-o, evitando a fixação desnecessária da imagem.

 Vantagens do uso do quadro de giz

a) Mais fácil de usar; d)

Participação directa do aluno

b) Apresentação de idéias abstractas; e) Dinamiza a

apresentação

c) Económico e fácil de encontrar

2.2.5 Os cartazes

Freitas (2007, pág. 36) relata ser um meio de comunicação de massa, um recurso visual
cuja finalidade é de anunciar os mais diversos tipos de mensagens. Certamente o cartaz tem
o objectivo de transmitir mensagens para os educandos, motivando e passando alguma
informação importante que precisa ser destacada.

Por meio desse recurso é possível deixar a vista de toda a sala, os conteúdos que já foram
trabalhados, fazendo com que os alunos relembrem o que aprenderam. Os cartazes devem
conter letras de vários tamanhos e espessuras para que os alunos possam entender a
mensagem que o recurso deseja transmitir. Existem várias maneiras de confeccionar um
cartaz, desde que a letra utilizada seja escolhida de forma adequada para o entendimento
dos educandos, sendo simples e fácil de ser lida.

(...) uma sala de aula repleta de textos nas paredes mostra

claramente que, naquele espaço, a leitura e a escrita são
valorizadas. Da mesma forma, paredes que exibem desenhos
e trabalhos dos alunos dão mostras de que sua produção é
valorizada, ou melhor, que o aluno é valorizado! (FREITAS,
2007, pág. 38).
Proença (1990, pág.100) afirma que o cartaz é um dos meios mais utilizados nos nossos
dias pela facilidade com que atrai e prende o olhar do espectador.

De acordo com esta autora, para que o cartaz seja bem aproveitado é preciso que se tenha
atenção a algumas regras fundamentais na sua produção:

 Tema --- cada cartaz devera apenas um tema que permita uma fácil assimilação. A
utilização de símbolos, palavras-chave ou enunciados vedeta, é de aconselhar pois
permite uma economia de palavras e facilita a memorização;

 Texto --- deve ser breve, simples, breve, directo e acessível. A sua função apenas é
apenas completar a imagem;

 Cor --- a combinação de cores é importante porque o cartaz deve ser colorido mas
sem excesso para não prejudicar a transmissão da mensagem.

2.2.6 O álbum seriado

De acordo com o Freitas (2007, pág. 41), o álbum seriado é recurso pode atender desde a
educação infantil, ilustrando as histórias contadas, por exemplo, até as séries finais do
ensino fundamental e do ensino médio. Podemos então notar que o álbum seriado surge
com o objectivo de transmitir aos alunos o conteúdo de uma forma mais expositiva, por
meio de figuras, desenhos e textos, expondo a matéria para toda a turma através de um
objecto visível a todos, transmitindo os principais pontos do conteúdo trabalhado de
maneira progressiva e dinâmica.

2.2.7 Mapa

O mapa é um meio indispensável para o ensino da História estando a sua utilização ligada à
aquisição do concito de espaço tão necessário à correcta compreensão dos fenómenos
históricos. (PROENÇA, 1990, pág.100). Existe vários tipos de mapas (políticos, físicos,
económicos, etc) mas qual quer dele só terá eficácia se o professor orientar os seus alunos a
lê-los correctamente.

2.2.8. O retroprojector
O retroprojector, é utilizado para manter a atenção dos alunos, gerando motivação com
relação ao conteúdo apresentado e melhor a compreensão de toda a turma. Sobre a
utilização deste recurso, Freitas (2007, pág. 35) a firma que:

As transparências são um recurso visual que pode ser

usado em todas as modalidades do ensino e áreas do
currículo, podendo auxiliar na introdução,
recapitulação, fixação e verificação dos conteúdos
trabalhados. Facilita a concentração, mantendo a
atenção e o interesse do estudante, mediando a
construção do conhecimento. (FREITAS, 2007, pág.
35)

Não se esquecer de utilizar outros recursos além do retroprojector para transmissão dos
conteúdos. Existem algumas características desse recurso que ajudam o professor durante
suas aulas, que são: a substituição do quadro; a facilidade da exposição do conteúdo; o
interesse da turma, visto que o texto e as ilustrações conseguem chamar a atenção dos
alunos; a melhor fixação da matéria estudada e a clareza da informação transmitida.

2.2.9 Recursos audiovisuais (cinema e televisão)

De acordo com Rutz (2008) apud Santos (2011), recursos audiovisuais

São todos e quaisquer recursos utilizados no contexto

de um procedimento visando estimular o aluno e
objectivando o aprimoramento do processo de ensino-
aprendizagem [...] onde podemos destacar folhetos,
vídeos, sistema de áudio e projecto de slides (RUTZ,
2008, pág. 13 apud SANTOS, 2011, pág. 7).

Os professores em sua maioria consideram os recursos audiovisuais meros recursos

didácticos, não imaginam a imensa produção didáctica que o mesmo pode alcançar e
contribuir na formação dos educandos. O que pode dificultar o processo de ensino
aprendizagem são muitas vezes as aulas tradicionais e desmotivadoras. Dessa forma os
professores devem evitar o ensino puramente verbalizado, uma vez que a aprendizagem é
mais eficaz quando se realiza uma experiência directa, vista e ouvida. Nesse sentido, Vidal
(2009, pág. 5) faz algumas advertências quanto à utilização dos recursos audiovisuais.
Segundo o autor, esses devem ser usados de forma criteriosa e de acordo com os objectivos
que se quer atingir, cabendo ao professor seleccionar os recursos que deseja em sala de
aula. Não usá-los apenas para distrair o aluno, mas sim com planificação e objectivos
definidos.

CAPITULO III-------METODOLOGIA
3.1 Metodologia

De acordo com Nérici, (1978, pág15), metodologia é o “conjunto coerente de

procedimentos para serem alcançados conhecimentos válidos”.Qualquer que seja um
trabalho de pesquisa com carácter científico è norteado por metodologias que constituem o
caminho a ser seguido pelo pesquisador, desde o inicio da sua pesquisa com a formulação
de um problema, até a comprovação da hipótese, ao final da pesquisa. Pode ser também
entendido como um conjunto de etapas que serão vencidas de forma sistematizada na busca
pela verdade.

Dos vários tipos de pesquisa resolvemos que a nossa pesquisa seja de tipo qualitativo
quanto a abordagem e explicativa quanto ao objectivo. Para a prossecução da pesquisa
destacamos a entrevista e o questionário como instrumento de recolha de dados, uma vez
que estes permitem a interacção entre o pesquisador e os intervenientes no processo de
ensino e aprendizagem no campo em estudo.

3.1.2. Tipos de pesquisa

3.1.3. Tipo de pesquisa quanto à abordagem

Para o desenvolvimento e fundamentação do presente estudo e o cumprimento de todos os

objectivos preconizados, decidimos que esta pesquisa seja feita a partir de uma abordagem
qualitativa. Segundo Michel (2005, pág.20) “a abordagem qualitativa permite-nos a
descoberta, a identificação, a descrição aprofundada e a geração de explicações. Busca o
significado e a intencionalidade dos actos, das relações e das estruturas sócias”. A
abordagem qualitativa permite a recolha e análise de dados que dado a sua natureza um
tanto ou quanto subjectiva, a outra abordagem não facilitaria a sua observação.

3.1.4. Tipo de pesquisa quanto ao objectivo

Quanto aos objectivos, a pesquisa é explicativa, pois segundo GIL (2002, pág.42), essa
pesquisa tem como preocupação central identificar os factores que determinam ou que
contribuem para a ocorrência dos fenómenos. Neste sentido, o presente estudo visa
identificar o contributo do material didáctico na disciplina de Ciências Sociais (3º Ciclo) na
Escola Primária do 1º e 2º Graus de Mutondo, distrito de Govuro, província de Inhambane,
utilizou-se entrevistas com professores da disciplina em causa, alunos que frequentam este
ciclo e a Direcção da Escola, para saber como eles trabalham utilizando os materiais
didácticos

3.1.5 Técnicas de colecta de dados

Para a colecta de dados foi usada a entrevista, o questionário e a observação.

As entrevistas foram feitas a partir de um questionário que segundo Mugrabi e Doxsey

(2003, pág.53), o seu campo de actuação é vasto, possibilitando ao pesquisador aprender
fenómenos muito diversos de certos comportamentos sociais e de comportamentos privados
e íntimos. O questionário foi composto por 5 perguntas para os alunos, 7 para os docentes e
9 para a direcção da escola e foram feitas com a finalidade de perceber e poder analisar
qual a relação e conhecimento que os docentes têm com os materiais didácticos, ou seja,
perceber e analisar se eles se preocupam em tornar suas aulas mais atractivas e dinâmicas
através do uso dos materiais didácticos durante a leccionação.

Além das entrevistas, o pesquisador recorreu também à técnica de observação que consistiu
em assistir aulas. Estes momentos de proximidade com os alunos foram muito importantes,
pois permitiram ao pesquisador perceber que tipo de relação os alunos têm com a disciplina
de Ciências Sociais, ou seja, o que eles esperam aprender nas aulas pode ajudá-los em suas
vidas e para o bem da sociedade em geral. Também permitiu que o pesquisador percebesse
como são usados os materiais didácticos disponibilizados pela instituição e identificar como
os professores se preparam para a produção de outros materiais didácticos mediante aos
materiais de baixos custo.

3.1.6 Fontes de informação População ou Amostra

A delimitação do universo consiste em explicitar que pessoas ou coisas, fenómenos etc.

Serão pesquisados, enumerando suas características comuns, como, por exemplo, sexo,
faixa etária, organização a que pertencem, comunidade onde vivem etc. (MARCONI &
LAKATOS, 2003, pág. 223).

Assim sendo, a amostra é constituída por um total de 25 pessoas das quais: 20 alunos do 3º
Ciclo, sendo 12 alunos da 6ª classe e 8 alunos da 7ª classe correspondendo 25% dos 78
alunos inscritos neste ciclo de escolaridade para o ano lectivo de 2017. Pelo método
aleatório simples, propõem-se a trabalhar com 4 professores dos quais 2 mulheres e 2
homens. Também é incluso na amostra a Directora Adjunta da escola por ser considerada
uma peça-chave neste estudo.

Cronograma
A elaboração do cronograma responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser dividida
em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra.
(MARCONI & LAKATOS, 2003, pág. 226).

Período de execução (mês /semanas)

Actividades Agosto Setembro Outubro

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

Levantamento de X X
literatura

Montagem do Projecto X X
Colecta de dados X X X

Tratamento dos dados X X X

Elaboração do Relatório X X
Final X

Revisão do texto X

Entrega do trabalho final X

Referencias Bibliográficas
FERREIRO, E. (2008) Com Todas as Letras. Petrópolis, Vozes.

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