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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO BÁSICO

MILTON RODRIGUES ALBERTO JAMINE

A FALTA DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR COMO

FACTOR QUE LIMITA PROCESSO DE ENSINO-

APRENDIZAEM NAS INSTITUIҪÕES DO ENSINO PÚBLICO.

CASO ESPECÍFICO DA 4ª CLASSE, EPC-TATARIA-

MOLUMBO.

MOCUBA

2021
MILTON RODRIGUES ALBERTO JAMINE

A FALTA DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR COMO FACTOR


QUE LIMITA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAEM NAS
INSTITUIҪÕES DO ENSINO PÚBLICO. CASO ESPECÍFICO DA 4ª
CLASSE, EPC-TATARIA- MOLUMBO.

Monografia apresentada ao curso de


Licenciatura em Ensino Básico, Faculdade de
Educação, como requisito para obtenção do
grau de Licenciatura em Ensino Básico.

Orientador. Prof. Doutor: Alberto Bive

Domingos

MOCUBA

2021
Dedicatória

A toda minha família, especialmente os meus pais, pelo apoio e suporte incondicional
em todas esferas da vida até a culminação do curso.
Agradecimentos.

A Deus (Jeová) pelo dom de vida.


A toda minha família, em especial destaque aos meus pais Rodrigues Alberto Jamine e
Anastáncia Alberto Macamo pelo amor, suporte e apoio incondicional.
Aos meus docentes e colegas da turma que directa ou indirectamente apoiaram me
durante o percurso académico.
Ao meu orientador Prof. Doutor, Alberto Bive Domingos, pela paciência,
disponibilidade, ajuda e dinamismo, na orientação do trabalho de culminação do curso.

A todos dirijo o meu maior Khanimambo (obrigado).


Resumo

A presente pesquisa, tem como objectivo geral, analisar como é que a falta da
infraestrutura escolar limita o processo de ensino-aprendizagem nas instituições do ensino
público caso específico da 4ª classe, Escola primária do 1˚ e 2˚ grau de Tataria e tem como
objectivos específicos identificar as dificuldades enfrentadas pelos alunos que estudam a céu
aberto durante o processo de ensino-aprendizagem nas instituições do ensino público;
descrever a importância da infraestrutura escolar no processo do ensino-aprendizagem e;
discutir teoricamente a falta infraestrutura escolar (salas de aulas) durante o processo do
ensino-aprendizagem nas instituições do ensino público. Visa responder as seguintes questões
de partida: em que contexto a falta da infraestrutura escolar limita o processo do ensino-
aprendizagem nas instituições do ensino público; que importância a infraestrutura escolar tem
no processo do ensino-aprendizagem; que meios alternativos podem ser sugeridos para
contornar as dificuldades enfrentados pelos alunos no processo do ensino-aprendizagem.
Participaram da pesquisa os membros da direcção da escola (o director da escola e a directora
adjunta pedagógica da escola) e o aluno representante da turma. Quanto a natureza de
pesquisa privilegiou-se a pesquisa qualitativa e quanto aos instrumentos de pesquisa, a
pesquisa documental, a entrevista semi-estruturada e a análise do conteúdo. Como o resultado
indica, promover a educação requer a garantia de um ambiente com condições para que a
aprendizagem possa ocorrer. É importante proporcionar um ambiente físico denominado
infraestrutura escolar, que estimule e viabilize o aprendizado, além de favorecer as
interacções humanas. A infraestrutura escolar deve ter uma estrutura definida em especial
atenção as salas de aulas que são a condições básicas necessárias para que a aprendizagem
ocorra, assim como outros itens que estimulam o processo de ensino aprendizagem,
garantindo assim que ocorra em um ritmo de harmonia e sem perturbações ambientais, em
distinção: a passagem de pessoas, ruídos de carros, motorizadas e outros que passam do
recinto escolar ou de lugares próximos. A falta e a deficiência da infraestrutura nas escolas
afecta directamente a qualidade da educação.

Palavras-Chave: Fracasso escolar. Infraestrutura escolar. Ensino-aprendizagem.


Abstract

The present research has the general objective of analyzing how the lack of school
infrastructure limits the teaching-learning process in public education institutions, in the
specific case of the 4th grade, Primary School of the 1st and 2nd grade of Tatarstan and aims
to specific objectives to identify the difficulties faced by students who study outdoors during
the teaching-learning process in public education institutions; describe the importance of
school infrastructure in the teaching-learning process and; discuss theoretically the lack of
school infrastructure (classrooms) during the teaching-learning process in public education
institutions. It aims to answer the following starting questions: in what context does the lack
of school infrastructure limit the teaching-learning process in public education institutions;
what is the importance of school infrastructure in the teaching-learning process; what
alternative means can be suggested to overcome the difficulties faced by students in the
teaching-learning process. The members of the school board (the school director and the
assistant pedagogical director of the school) and the student representative of the class
participated in the research. As for the nature of the research, qualitative research was
privileged and as for the research instruments, documental research, semi-structured
interviews and content analysis. As the result indicates, promoting education requires
ensuring an environment with conditions for learning to occur. It is important to provide a
physical environment called school infrastructure, which stimulates and facilitates learning, in
addition to favoring human interactions. The school infrastructure must have a defined
structure, in particular the classrooms, which are the basic conditions necessary for learning to
occur, as well as other items that stimulate the teaching-learning process, thus ensuring that it
occurs in a rhythm of harmony and without environmental disturbances, in particular: the
passage of people, noise from cars, motorcycles and others that pass from the school premises
or from nearby places. The lack and deficiency of infrastructure in schools directly affects the
quality of education.

Keywords: School failure. School failure. School infrastructure. Teaching-learning.

Índic
e

Introdução.............................................................................................................................

Delimitação do tema.............................................................................................................

Problematização................................................................................................................

Objectivos.........................................................................................................................

Geral..............................................................................................................................

Específicos.....................................................................................................................

Perguntas de pesquisa.....................................................................................................

Justificativas....................................................................................................................

CAPITULO I. REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................

1.1. Definição de conceitos.................................................................................................

1.1.1 Infraestrutura..........................................................................................................

CAPITULO II. METODOLOGIA.....................................................................................

2.1 Tipo de pesquisa........................................................................................................

2.1.1 Quanto aos objectivos da pesquisa........................................................................

2.1.2 Quanto à natureza da pesquisa...............................................................................

2.1.3 Quanto à escolha do objecto de estudo..................................................................

2.1.4 Instrumentos de colecta de dados...........................................................................

CAPITULO III. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS......................................

3.4 Discussão dos resultados...........................................................................................

Conclusão...........................................................................................................................

Sugestões............................................................................................................................

Referências bibliográficas..................................................................................................

Apêndices...........................................................................................................................

Anexos................................................................................................................................
7

Introdução

A infraestrutura escolar é vital para a qualidade do processo de ensino-aprendizagem


nas instituições do ensino público.
Na sociedade actual vivenciamos várias discucções em busca de soluções para
contornar os problemas enfrentados no processo de ensino-aprendizagem, como melhorar os
manuais do ensino, como formar o professor de qualidade e actualizado capaz de actuar
numa sociedade em constantes transformações, bem todos esses elementos são importantes
porque contribuem no melhoramento do processo do ensino-aprendizagem, mas notamos
pouco esforço em desenvolver estratégias para a construção da infraestrutura escolar e para
melhorar o mesmo ambiente onde o processo de ensino aprendizagem ocorre.
Portanto, essa pesquisa deseja analisar como é que em a falta da infraestrutura escolar
limita processo do ensino-aprendizagem nas escolas do ensino público caso específico da
Escola Primaria do 1˚ e ˚2 grau de Tataria e criar estratégias para o contorno do problema,
propondo as entidades competentes até que se perceba a importância da infraestrutura escolar
e se crie condições para a construção da mesma, contribuindo assim para a melhoria do
processo de ensino aprendizagem na instituição em estudo e em outras da rede pública que
enfrentam o mesmo problema.
Uma das preocupações actuais das comunidades educativas está centrada na
problemática do fracasso escolar e da evasão escolar. Um dos caminhos possíveis para
superar essa dificuldade passa pela criação de ambientes adequados de sala de aulas. Sabe-se
que muitas escolas, principalmente as públicas, passam por sérios problemas de infraestrutura.
A infraestrutura escolar deve ter uma estrutura definida em especial as salas de aulas
que são as condições básicas necessárias para que o processo de ensino aprendizagem ocorra
em um ritmo de harmonia e sem perturbações ambientais, em distinção: a passagem de
pessoas, ruídos de carros, motorizadas e outros que passam do recinto escolar ou de lugares
próximos, de forma a garantir que o processo de ensino-aprendizagem aconteça sem
limitações.

Esta Monografia obedece a seguinte estrutura: Introdução (Delimitação do Tema,


Problematização, Objectivos (geral e específicos), Perguntas de pesquisa e Justificativas);
capitulo I: Referencial teórico, Capitulo II: Metodologias. Capitulo III: Análise e interpretação
de dados.
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Delimitação do tema

De acordo com Amorim (1998), delimitação do tema é:

ʽʽO estabelecimento de limites para a investigação. A pesquisa pode ser limitada em

relação ao assunto seleccionando um tópico, a fim de impedir que se torne ou muito

extenso ou muito complexo; a extensão porque nem sempre se pode abranger todo o

âmbito onde o facto se desenrola.ʼʼ (p.66).

A delimitação do tema pode ser feita pela sua decomposição em partes. Essa
decomposição possibilita definir a compreensão dos termos, o que implica na explicação dos
conceitos. Ela também poder ser feita por meio da definição das circunstâncias, de tempo e
de espaço. Além disso, o pesquisador pode definir sob que ponto de vista irá focalizá-lo.
“Um mesmo tema pode receber diversos tratamentos, tais como psicológicos, sociológico,
histórico, filosófico, estatístico, etc.” (Cervo & Bervian, 2002, p. 83).

A pesquisa efectuou-se na Escola Primária do 1 o e 2o grau de Tataria que localiza-se


no posto administrativo de Corromana, na localidade do mesmo nome, a aproximadamente 10
Km do posto administrativo e aproximadamente 50 Km de Molumbo sede. O estudo teve
como objectivo analisar em que contexto a falta da infraestrutura escolar limita o processo de
ensino-aprendizagem nos alunos da 4ª classe, quanto a infraestrutura apontou-se como ponto
de estudo as salas de aulas que são a condição básica necessária para que o processo de
ensino-aprendizagem ocorra num ambiente minimamente preparado garantindo assim, o
desenvolvimento integral dos alunos para que melhor socializem-se respeitando as regras de
convivência na sociedade em que encontram se inseridos.

A escola limita-se nos seguintes pontos cordiais:

 A Oeste limita-se com a comunidade khupula;


 A Oeste limita-se com a comunidade Mbuina;
 A Norte limita-se com a comunidade Maconduane;
 A Sul com a comunidade Guifte.
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Problematização

O conceito de infraestrutura escolar vai desde itens básicos, como o fornecimento de


água, energia eléctrica, manutenção e limpeza dos ambientes, salas de aulas confortáveis com
mobiliários adequados e de boa qualidade, banheiros e cozinha, passando por locais de
convivência como pátios.
O espaço físico escolar é onde o aprendizado acontece e deve estar em boas condições,
tendo em vista que influencia no processo de ensino-aprendizagem do aluno.
No entanto, muitas escolas do ensino público, encontram-se em situação precária, sem
salas de aulas, sem carteiras, sem biblioteca, sem laboratórios, sem acesso a internet e luz
eléctrica e até mesmo sem saneamento básico, portanto, a ausência destes aspectos
influenciam negativamente o processo de ensino-aprendizagem.
Não basta a escola dispor de bons professores e coordenadores e ter alunos
empenhados, é preciso ter recursos adequados e um espaço bem estruturado para oferecer as
experiências necessárias para uma formação completa e favorecer a aprendizagem. A
infraestrutura escolar é vital para que o processo de ensino-aprendizagem tenha sucesso.
Portanto, com os argumentos acima citados pretende-se responder a questão seguinte: Em
que contexto a falta da infraestrutura escolar limita o processo de ensino-aprendizagem
nas instituições do ensino público caso específico da 4ªclasse, Escola Primária do 1˚ e 2˚
grau de Tataria?

Objectivos

Geral

 Analisar como é que a falta da infraestrutura escolar limita o processo ensino-


aprendizagem nas instituições do ensino público.

Específicos

 Identificar as dificuldades enfrentadas pelos alunos que estudam a Céu aberto


durante o processo de ensino-aprendizagem nas instituições do ensino público;
 Descrever a importância da infraestrutura escolar no processo do ensino-
aprendizagem;
 Discutir teoricamente a falta infraestrutura escolar (salas de aulas) durante o
processo do ensino-aprendizagem nas instituições do ensino público.
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Perguntas de pesquisa

1. Em que contexto a falta da infraestrutura escolar limita o processo do ensino-


aprendizagem nas instituições do ensino público?
2. Que importância a infraestrutura escolar tem no processo do ensino-aprendizagem?
3. Que meios alternativos podem ser sugeridos para contornar as dificuldades
enfrentados pelos alunos no processo do ensino-aprendizagem?

Justificativas

As razões da escolha do tema em estudo emergem no desempenho da função docente,


na Escola Primaria do 1º e 2º grau de Tataria, onde notei um fracasso na assimilação da
matéria devido a falta da concentração durante o processo do ensino aprendizagem, em que
indicou-se a falta de salas de aulas como principal factor que limita o processo do ensino-
aprendizagem, devido a ruído das pessoas, motorizadas, carros e outros que passam pelo
recinto escolar ou em lugares mais próximos.
Hoje em dia vivenciamos vários fóruns em busca de soluções para contornar os
problemas enfrentados no processo de ensino-aprendizagem, como melhoramento dos
manuais do ensino, como formar o professor de qualidade e actualizado capaz de actuar numa
sociedade em constantes transformações, todos esses elementos são importantes porque
melhoram o processo do ensino-aprendizagem, mas notamos fraco esforço da comunidade
escolar e as entidades competentes na construção da infraestrutura escolar em especial as salas
de aulas que são a condição básica para que o processo do ensino-aprendizagem ocorra num
ambiente qualificado para garantir a superação dum dos problemas que assola o ensino
básico.
Espera-se que com a apresentação da importância da infraestrutura desperte-se tenção
da comunidade escolar e entidades a investirem na construção da infraestrutura escolar em
especial as salas de aulas, de forma a permitir que o processo de ensino-aprendizagem ocorra
sem perturbações, contornado assim as dificuldades enfrentadas na instituição em estudo e
noutras que enfrentam as mesmas dificuldades.

De ponto de vista pessoal este estudo é relevante porque permitirá a minha


participação activa na resolução de problemas que limitam o processo do ensino-
aprendizagem nas instituições do ensino público e garantir assim para que os familiares
directos, amigos e pessoas próximas tenham uma educação sólida, em ambientes preparados.
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De ponto de vista profissional o estudo surge para responder face aos problemas
detectados no desempenho da função docente que limitam o processo de ensino-aprendizagem
nas instituições do ensino público, portanto, com as propostas e resultados a alcançar, espera-
se que a pesquisa contribua na melhoria do processo de ensino-aprendizagem.
Este estudo do ponto de vista social, é relevante porque irá consciencializar a
sociedade sobre a importância da infraestrutura e incentivar a mesma a investir na construção
da infraestrutura garantindo assim que os seus filhos estudem num ambiente minimamente
preparado, e que possam ter uma acção activa na sociedade respeitando as regras de
convivência social.
Este estudo é relevante para o curso porque contribuirá, na resolução dos problemas
que o ensino básico enfrenta, garantindo assim uma melhor formação para a sociedade e
melhor integração da mesma no mercado.
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CAPITULO I. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1. Definição de conceitos

1.1.1 Infraestrutura

O conceito de infraestrutura escolar vai desde itens básicos, como o fornecimento de


água, energia eléctrica, manutenção e limpeza dos ambientes, salas de aulas confortáveis com
mobiliários adequados e de boa qualidade, banheiros e cozinha, passando por locais de
convivência como pátios.
De acordo com Lima, (1995):

“Para qualquer ser vivo, o espaço é vital, não apenas para a sobrevivência, mas

sobretudo para o seu desenvolvimento. Para o ser humano, o espaço, além de ser um

elemento potencialmente mensurável, é o lugar de reconhecimento de si e dos outros,

porque é no espaço que ele se movimenta, realiza actividades, estabelece relações

sociais”. (p. 187)

Alguns estudos já comprovaram que condições desfavoráveis de conforto ambiental


são causa de mau desempenho dos alunos. Segundo Libâneo (2008), espera-se que as
construções, os mobiliários e o material didáctico sejam adequados e suficientes para
assegurar o desenvolvimento do trabalho pedagógico e favorecer a aprendizagem.
Colaborando a esta ideia Marquezan et al. (2003) afirma que o ambiente escolar apresenta-se
como um espaço multicultural e de múltiplos saberes, que tem como finalidade favorecer a
socialização entre educandos e proporcionar uma aprendizagem significativa.
Sabe-se que muitas escolas, principalmente as públicas, passam por sérios problemas
de infraestrutura. Uma das preocupações actuais das comunidades educativas está centrada na
problemática do fracasso escolar e da evasão escolar. Um dos caminhos possíveis para
superar essa dificuldade passa pela criação de ambientes adequados de sala de aulas, e outros
ambientes que possam convidar a atenção e permanência do aluno na escola, de forma a
garantir que o mesmo crie o interesse em aprender.
O espaço escolar deve incentivar ideias e interesse em aprender, além de ser agradável,
confortável e estimular o convívio social e de lazer entre os estudantes de forma a garantir
uma formação sólida dos mesmos.
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De acordo com Satyro e Soares, (2007), a deficiência de infraestrutura nas escolas:

ʽʽAfecta directamente a qualidade da educação. Prédios e instalações inadequadas, a

inexistência de bibliotecas, espaços esportivos e laboratórios, a falta de acesso a livros

didácticos, materiais de leitura, a relação inadequada ao tamanho da sala de aula e o

número de alunos, são problemas que influenciam directamente no desempenho dos

alunos.ʼʼ (p.07).

Há extensa literatura analisando como a infraestrutura escolar afecta o rendimento dos


alunos e professores. Hanushek et all (2010) realizam uma meta-análise abrangente da
evidência existente na literatura para países desenvolvidos. A conclusão do estudo é que a
infraestrutura tem pouco ou nenhum efeito sobre os resultados escolares. No entanto, estudos
mais recentes, como de Neil e Zimmerman (2014) mostram que grandes investimentos em
infraestrutura escolar estão associados a melhores indicadores de desempenho e frequência.

John B. Lyons, em seu estudo “Do School Facilities Really Impact A Child’s
Education?”, reforça a importância de um ambiente que facilita e incentiva o aprendizado da
criança e se baseia em um estudo da American Association of School Administrators que trata
exactamente desse ponto e diz que estudantes aprendem mais quando estão em ambientes
mais preparados para isso. Além disso, diz haver evidências suficientes para acreditar que
construções antigas e obsoletas afectam negativamente o aprendizado das crianças que têm
seu processo de aprendizado nesses ambientes.

Uma estrutura escolar inadequada impacta negativamente, não apenas em termos de


resultados gerais, mas também no trabalho diário dos professores e no aprendizado dos
alunos.
O ambiente escolar, é directamente influenciado pela estrutura física que a escola
possui, já que os alunos receberão estímulos ao acessar espaços bem planeados, organizados,
alegres, prazerosos, conservados, confortáveis e higiénicos. Portanto, a presença de espaços
de apoio ao ensino permite um ambiente escolar mais adequado e uma postura diferenciada
do aluno e do docente, trazendo mais qualidade para o ensino, o que resulta em um melhor
desenvolvimento dos estudantes.
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Sendo assim o ambiente escolar, precisa provocar nos alunos múltiplos interesses
socio-educativos, oferecendo subsídios que influenciam não apenas a capacidade cognitiva e
motora, mas também a própria socialização e o lazer.
Uma estrutura física escolar de qualidade, além de influenciar directamente o
aprendizado dos alunos e interesses socio-educativos, também auxilia os professores em todo
o processo de ensino criando benefícios como, favorecer o desenvolvimento motor e
cognitivo, auxiliar a socialização dos alunos, melhorar o rendimento escolar, facilitar o
processo de ensino-aprendizagem dos alunos assim como professores, estimular criatividade,
aumentar interesse pelos estudos.
Uma estrutura física escolar bem organizada, implica directamente no interesse do
aluno, e este se tornará mais activo, com mais vontade de estar no ambiente da escolar
passando a prestar atenção em todas actividades que são desenvolvidas na escola que é o que
se espera para o seu desenvolvimento potencial.

1.1.2 Fracasso escolar.

Fracasso escolar pode ser compreendido como consequência para um aluno de não
apropriação do aprendizado. O conceito habilidades, valores, conhecimento e a questão da
cidadania não foi internalizado no aluno, culminando muitas vezes, em baixas notas,
reprovação e, por fim, no abandono da escola pelo mesmo.

Fracasso Escolar é caracterizado como um fenómeno que está intimamente ligado a


diversas outras características presentes na instituição, como abordado por, Madalóz et al.
(2012), que trazem o problema ligado à reprovação, ao erro, à indisciplina, à recuperação, à
retenção, em suas palavras: “é um tema relevante e polémico que requer atenção no espaço
escolar.
O fracasso escolar é um conceito utilizado para se referir ao grupo de pessoas que não
conseguiram completar com sucesso as diferentes etapas do ensino obrigatório, seja devido ao
abandono escolar precoce, por sérias dificuldades de aprendizagem, entre outros. Além disso,
ao falar de fracasso escolar, também devemos levar em consideração aquele grupo de pessoas
que passou no ensino obrigatório, mas não consegue alcançar nenhum outro título que lhes
permita se formar em uma profissão específica.
De acordo com Perrenoud (1995), são considerados como tendo alcançados com êxito
ou fracasso na escola porque são avaliados em função de exigências manifestadas pelo
professor ou outros avaliadores e seguem programas determinados pelo sistema educativo.
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Define se fracasso escolar como consequências de dificuldade de aprendizagem, a


falta de conhecimento e competência.
As principais causas do fracasso escolar são oriundas, em sua maior parte, dos
sistemas de ensino que não conseguem atender as diversidades de necessidades presentes nas
escolas, deixando de identificar onde se localizam as inadaptações a aprendizagem, e levar o
aluno a descobrir a sua própria modalidade de aprendizagem, considerando como ponto
crucial seu modo particular de relacionar-se com o conhecimento, ou seja, com o
conhecimento escolar.
No fracasso escolar são incluídas as pessoas que têm um baixo desempenho
académico e não adquirem um conjunto de conhecimentos mínimos, as pessoas que
abandonam a escolaridade obrigatória antes de obter o título correspondente, as pessoas que
terminam a escolaridade obrigatória sem conseguir o título correspondente e, as pessoas que
na idade adulta sofrem consequências sociais e trabalhistas por não terem conseguido uma
preparação académica correcta.

A consequência mais comum entre os alunos que não alcançam os estudos mínimos é
o facto de acreditarem com determinação que não são capazes de conseguir, que o mundo
académico não é feito para eles e não se sentem à vontade nele, ou seja, sem dúvida sentem
que são uns fracassados e que sua passagem pela escola foi inútil. Em outras palavras, esses
alunos não se sentem satisfeitos com sua capacidade para aprender tudo aquilo que ensinam
na escola. São manifestações do fracasso escolar, o abandono da escola antes do fim do
ensino obrigatório; reprovações sucessivas que dão lugar a grandes desníveis entre idade e
cronologia do aluno e o nível entre outros.
Segundo Sena (1999) ʽʽ deslocando a questão do aluno que não aprende para a escola
que não ensina ʼʼ. Seguidores dessa abordagem propõem modificações na estrutura e
organização da escola, afim de que essa instituição cumpra seu papel social.
Em relação aos professores, o fracasso escolar faz com que um grande número de
professores se sinta desconcertados, desconfortados, desmotivados e ineptos no momento de
transmitir seus conhecimentos para os alunos. Inclusive, em certas ocasiões, chega a ocorrer
caso de depressão.
O abandono escolar é outra das consequências do fracasso escolar. Quando as crianças
percebem que não conseguem alcançar o objectivo de alcançar os estudos mínimos, podem
decidir abandonar seus estudos devido a não se verem capazes de concluí-los.
16

1.1.3 Processo de ensino e aprendizagem

O processo de ensino e aprendizagem é definido como um sistema de trocas de


informações entre docentes e alunos, que deve ser pautado na objectividade daquilo que há
necessidade que o aluno aprenda.
O processo de ensino e aprendizagem tem como mediação o professor e aluno tendo
como objectivo a construção do conhecimento que são partes constituintes do processo do
conhecimento. O processo de construção é mútuo, professor e aluno agem activamente dentro
da construção do ensino, o aluno não é um quadro branco, as vivências de suas geografias
devem fazer parte constituinte desse processo.

Libâneo (1995), o processo de ensino-aprendizagem é:

ʽʽ Sócio porque compreende a situação de ensino-aprendizagem como uma actividade

conjunta, compartilhada, do professor e dos alunos, como relação social entre

professor e alunos antes o saber escolar. É construtivista porque o aluno constrói,

elabora seus conhecimentos, seus métodos de estudo, sua afetividade, com a ajuda da

cultura socialmente elaborada, com ajuda do professor.ʼʼ (p.6).

Segundo Libâneo (1994, p. 90) “a relação entre ensino e aprendizagem não é

mecânica, não é uma simples transmissão do professor que ensina para um aluno que

aprende.” Ele mesmo concluiu que é algo bem diferente disso “é uma relação

recíproca na qual se destacam o papel dirigente do professor e a actividade dos

alunos.” Dessa forma podemos perceber que “O ensino visa estimular, dirigir,

incentivar, impulsionar o processo de aprendizagem dos alunos.”

Ensinar envolve toda uma estrutura que tem por finalidade alcançar a aprendizagem do
aluno através de conteúdo. A relação de ensino e aprendizagem não deve ter como base a
memorização, por outro lado os alunos também não devem ser deixados de lado sozinhos
procurando uma forma de aprender o assunto, o professor nesse caso sendo apenas um
facilitador (Libânio, 1994).
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A concepção defendida aqui é que o processo de ensino-aprendizagem é uma


integração dialéctica entre o instrutivo e o educativo que tem como propósito essencial
contribuir para a formação integral da personalidade do aluno. O instrutivo é um processo de
formar homens capazes e inteligentes. Entendendo por homem inteligente quando, diante de
uma situação problema ele seja capaz de enfrentar e resolver os problemas, de buscar soluções
para resolver as situações. Ele tem que desenvolver sua inteligência e isso só será possível se
ele for formado mediante a utilização de actividades lógicas. O educativo se logra com a
formação de valores, sentimentos que identificam o homem como ser social, compreendendo
o desenvolvimento de convicções, vontade e outros elementos da esfera volitiva e afectiva
que junto com a cognitiva permitem falar de um processo de ensino-aprendizagem que tem
por fim a formação multilateral da personalidade do homem.

Segundo Libâneo (1994, p. 91) “O processo de ensino, ao contrário, deve estabelecer


exigências e expectativas que os alunos possam cumprir e, com isso, mobilizem suas energias.
Tem, pois o papel de impulsionar a aprendizagem e, muitas vezes, a precede.”
A eficácia do processo de ensino-aprendizagem está na resposta em que este dá a
apropriação do conhecimento, ao desenvolvimento intelectual e físico do estudante, formação
de sentimentos, qualidades e valores, que alcancem objectivos gerais e específicos propostos
em cada nível de ensino de diferentes instituições, conduzindo a uma posição transformadora,
que promova as acções colectivas, a solidariedade e o viver em comunidade.

O objectivo do processo de ensino e aprendizagem é a formação do aluno, como ele


vai ser capacitado, de quais formas a escola pode ajudar em seu processo de desenvolvimento.
Ou por outras, expressam intenções, propósitos definidos, explícitos quanto ao
desenvolvimento das qualidades humanas. Dizem respeito ao que os alunos devem
desenvolver ao longo da escolaridade (cognitiva, física, afectiva, estética e ética) e,
especialmente em cada aula, garantindo assim a formação sólida capaz de geral
transformações na vida do educando.
 No processo de ensino e aprendizagem, o aluno toma um lugar de suma relevância,
uma vez que as estratégias pedagógicas são destinadas a ele. É baseado em seu conhecimento,
capacidade e desenvolvimento, que as actividades lhes serão ofertadas. O grande desafio do
educador é a aptidão de trabalhar em um nível acima da capacidade do aluno (Braga, 2012).
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Souza et al. (2016) alerta que nesse processo, factores como: as condições de trabalho
dos professores, a estrutura da instituição de ensino, as condições sociais dos alunos e seus
recursos podem interferir nos resultados dos discentes, além das mudanças sociais e das novas
exigências impostas, com o intuito de melhor preparar o aluno para o mercado. Nas últimas
décadas, no cenário contável têm ocorrido muitas mudanças para atender as novas exigências
profissionais e sociais.
Com relação à influência que o aluno exerce no processo ensino aprendizagem, nota-
se que, por consequência do processo de democratização do ensino, diferentes grupos sociais
conseguiram acesso às escolas. Actualmente, os alunos constituem um grupo heterogéneo
com motivações, heranças culturais, interesses e religiões diferentes. Nesse sentido, algumas
características do aluno podem influenciar o processo de ensino-aprendizagem, como:
capacidade de manter interacção entre docentes e colegas; motivação pessoal para apreender o
que está sendo explanado, e o costume de estudar fora da sala de aula e de tentar encontrar em
outras fontes o conhecimento almejado (Pavione, e tal. 2016).

Beck e Rausch (2012) enfatizam como pontos fundamentais na dimensão aluno, os


motivos pessoais do estudante; o relacionamento com o docente; os conhecimentos prévios
sobre o conteúdo ministrado e a atitude com a disciplina. Quanto as atitudes do aluno que
podem ser um obstáculo no processo de ensino-aprendizagem, os próprios envolvidos
apontaram os seguintes factores como aspectos principais: pouca dedicação extracurricular;
escassez de interesse, desprezo e pouco empenho; conversas paralelas em excesso; não
responder as actividades feitas em sala, e poucas indagações quanto aos conteúdos estudados.
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CAPITULO II. METODOLOGIA

Segundo Bruyne (1991), a metodologia é a lógica dos procedimentos científicos em


sua génese e em seu desenvolvimento, não se reduz, portanto, a uma metrologia ou tecnologia
da medida dos factos científicos. A metodologia deve ajudar a explicar não apenas os
produtos da investigação cientifica, mas principalmente seu próprio processo, pois suas
exigências não são de submissão estrita a procedimentos rígidos, ma antes da fecundidade na
produção dos resultados. (p.29)
Para Gil (1999), o método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e
técnicos utilizados para atingir o conhecimento. Para que seja considerado conhecimento
científico, é necessária a identificação dos passos para a sua verificação, ou seja, determinar o
método que possibilitou chegar ao conhecimento. Segundo o autor, já houve época em que
muitos entendiam que o método poderia ser generalizado para todos os trabalhos científicos.
Os cientistas actuais, no entanto, consideram que existe uma diversidade de métodos, que são
determinados pelo tipo de objecto a pesquisar e pelas proposições a descobrir.

2.1 Tipo de pesquisa

2.1.1 Quanto aos objectivos da pesquisa.

Quanto aos objectivos da pesquisa o pesquisador privilegiou a pesquisa explicativa


com intuito de identificar os factores que limitam ou contribuem para fracasso do processo
do ensino-aprendizagem, e explicar a razão e as relações de causa e dos efeitos. Para
satisfazer este método o pesquisador recorreu a pesquisa documental, a entrevista semi-
estruturada e análise do conteúdo.
Segundo Gil (1999), a pesquisa explicativa tem como objectivo básico a identificação
dos factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de um fenómeno. É o
tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, pois tenta explicar a razão
e as relações de causa e efeito dos fenómenos.
Segundo Malhotra (2001), os experimentos evidenciam de modo mais convincente
estes três critérios. Forma-se um experimento quando uma ou mais variáveis independentes
são manipuladas ou controladas pelo pesquisador, medindo-se seu efeito sobre uma ou mais
variáveis dependentes.
Considera-se este tipo de pesquisa que explica a razão, o porquê dos fenómenos, uma
vez que se aprofunda o conhecimento de uma dada realidade.
20

2.1.2 Quanto à natureza da pesquisa

Quanto a natureza de pesquisa, recorreu-se a pesquisa qualitativa com objectivo


trabalhar os dados de forma a perceber-se o seu significado, tendo como base a percepção do
fenómeno dentro do seu contexto e procurar explicar a sua origem, relações e mudanças, e
analisar as suas consequências.
Por meio do método de investigação escolheu-se a pesquisa qualitativa que segundo
Bogdan e Biklen (1982), envolve a obtenção de dados descritivos, obtidos no contacto
directo do pesquisador com a situação estudada, enfatiza mais o processo que o produto e se
preocupa em retratar a perspectiva dos participantes.

ʽʽA abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados buscando seu significado,

tendo como base a percepção do fenómeno dentro do seu contexto. O uso da

descrição qualitativa procura captar não só a aparência do fenómeno como também

suas essências, procurando explicar sua origem, relações e mudanças, e tentando

intuir as consequências. ʼʼ (Triviños, 1987).

Para Gil (1999), o uso dessa abordagem propicia o aprofundamento da investigação


das questões relacionadas ao fenómeno em estudo e das suas relações, mediante a máxima
valorização do contacto directo com a situação estudada, buscando-se o que era comum, mas
permanecendo, entretanto, aberta para perceber a individualidade e os significados múltiplos.

A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como fonte directa de dados e o


pesquisador como seu principal instrumento. Segundo os autores, a pesquisa qualitativa
supõe o contacto directo e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação que está
sendo investigada via de regra, por meio do trabalho intensivo de campo. Visa também
reflectir posições frente à realidade, momentos do desenvolvimento e da dinâmica social,
preocupações e interesses de classes e de grupos determinados.

2.1.3 Quanto à escolha do objecto de estudo

Quanto a escolha do objecto de estudo, o pesquisador privilegiou a amostragem não-


probabilística intencional.
21

ʽʽAmostragem não-probabilística é uma amostragem subjectiva, em que o

pesquisador, por ter conhecimento da população, escolhe a amostra que, na opinião

dele, representa a população. Portanto, há influência do pesquisador na escolha da

amostra, o que em alguns casos pode ser considerado de bom e em outros representa

um perigo quanto a representavidade da amostraʼʼ (Silva et al, 2011).

De acordo com Malhotra (2001), a amostragem não-probabilística confia no


julgamento pessoal do pesquisador e não na chance de seleccionar os elementos amostrais. O
pesquisador pode, arbitrária ou conscientemente, decidir quais serão os elementos a serem
incluídos na amostra. As amostras não-probabilísticas podem oferecer boas estimativas das
características da população, mas não permitem uma avaliação objectiva da precisão dos
resultados amostrais. Como não há maneira de determinar a probabilidade de escolha de
qualquer elemento em particular para inclusão na amostra, as estimativas obtidas não são
estatisticamente projectáveis para a população.

Quanto a escolha do objecto de estudo recorreu-se a amostragem não-probabilística


intencional que permitiu o pesquisador seleccionar elementos que julgou representarem
melhor o grupo. Os sujeitos de pesquisa seleccionados foram: O director da escola, a directora
adjunta da escola e o chefe da turma, que eventualmente foram os elementos que podiam
fornecer informações credíveis ao pesquisador.

2.1.4 Instrumentos de colecta de dados

Os instrumentos que serão usados para a colecta de dados são:

a) Pesquisa documental;
b) Entrevista semi-estrutuada; e a
c) Análise do conteúdo.

a) Pesquisa documental

A pesquisa documental é a colecta de dados em fontes primárias, como documentos


escritos ou não, pertencentes a arquivos públicos, arquivos particulares de instituições e
domicílios, e fontes estatísticas. (Lakatos & Marconi, 2001).
22

A pesquisa documental corresponde a toda a informação colectada, seja de forma oral,


escrita ou visualizada. Ela consiste na colecta, classificação, selecção difusa e utilização de
toda a espécie de informações, compreendendo também as técnicas e os métodos que
facilitam sua busca e sua identificação. (Fachun, 2017).
A pesquisa documental, segundo Gil (1999), é muito semelhante à pesquisa
bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes: enquanto a
bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições de diversos autores, a
documental vale-se de materiais que não receberam, ainda, um tratamento analítico,
podendo ser reelaboradas de acordo com os objectos da pesquisa.
Para satisfazer este método (pesquisa documental), o pesquisador recorreu a recolha e
organização de toda informação que julgou relevante para pesquisa, como depoimentos orais,
Audição de áudios e vídeos de programa de televisivo. Depois seguiu com a sua análise de
acordo com os objectivos e a natureza do fenómeno a ser investigado.

b) Entrevista semi-estruturada

As entrevistas semi-estruturadas podem ser definidas como uma lista das informações
que se deseja de cada entrevistado, mas a forma de perguntar (a estrutura da pergunta) e a
ordem em que as questões são feitas irão variar de acordo com as características de
cada entrevistado. Geralmente, as entrevistas semi-estruturadas baseiam-se em um roteiro
constituído de “ uma série de perguntas abertas, feitas verbalmente em uma ordem prevista”
(Laville & Dionne, 1999, p.188), apoiadas no quadro teórico, nos objectivos e nas
hipóteses da pesquisa. Durante a realização da entrevista é importante seguir algumas
recomendações, tais como fazer boas perguntas e interpretar as respostas; ser um bom
ouvinte, não deixando se enganar por ideologias e preconceitos, no sentido de buscar a
“objectivação” (Laville & Dionne, 1999).
Segundo Triviños (1987), a entrevista semi-estruturada parte de questionamentos
básicos, suportados em teorias que interessam à pesquisa, podendo surgir hipóteses novas
conforme as respostas dos entrevistados.
Para satisfazer esta técnica, efectuou-se três (3) entrevistas semi-estruturadas tendo
como base questões estabelecidas pelo entrevistador (Apêndice A, B e C), onde não limitou-
se apenas nelas, recorreu a outras questões que julgou relevantes no decorrer da entrevista.
Portanto, fez parte da entrevista o director da escola, a directora adjunta pedagógica da escola
e um aluno representante da turma.
23

c) Análise de conteúdo

Análise do conteúdo é uma técnica para ler e interpretar o conteúdo de toda classe de
documentos, que analisados adequadamente nos abrem as portas ao conhecimento de aspectos
e fenómenos da vida social de outro modo inacessíveis. (Olabuenaga & Ispizua, 1989).
A análise de conteúdo é um “conjunto de técnicas de análise das comunicações ”
(Bardin, 1977, p. 30) que tem por objectivo enriquecer a leitura e ultrapassar as incertezas,
extraindo conteúdos por trás da mensagem analisada.
A Análise de Conteúdo é um instrumento que permite o investigador estudar o
comportamento humano de forma indirecta, através da análise das suas comunicações.
Geralmente são analisados os conteúdos escritos de uma comunicação, mas, por
exemplo, uma imagem ou um som podem ser foco de uma análise de conteúdo (Fraenkel &
Wallen, 2008). Periódicos, artigos, filmes, músicas, grafitti, fotos, objectos de artesanato,
enfim, uma série de espécies de comunicações que reflectem o comportamento humano pode
ser alvo de uma análise de conteúdo.
Segundo Carmo e Ferreira (1998), a Análise de Conteúdo “permite fazer uma
descrição objectiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto das comunicações,
tendo por objectivo a sua interpretação”. Assim, a descrição do conteúdo é objectiva no
sentido do esforço de análise seguir regras e instruções claras que permitem a reprodução da
investigação entre os investigadores, ou seja, torna possível atingir os mesmos resultados ao
trabalhar sobre o mesmo conteúdo. A descrição do conteúdo também é sistemática, pois o
conteúdo é organizado e integrado num sistema de categorização de acordo com os objectivos
da investigação. Finalmente, a descrição é quantitativa, uma vez que nas categorias criadas
geralmente é calculada a frequência dos elementos considerados relevantes para a
investigação.

Segundo Trivinõs (1987, p. 158), “a análise de conteúdo é um método que pode ser
aplicado tanto na pesquisa quantitativa, como na investigação qualitativa”.

Os atributos da análise de conteúdo, segundo Grawitz apud Freitas, (2000, p. 40),


são:
a) Ser objectivo - uma vez que existem regras e directrizes que conduzem o analista;
b) Ser sistemático - “pois todo o conteúdo deve ser ordenado e integrado nas
categorias escolhidas, em função do objectivo perseguido”.
24

c) Ser quantitativo - por meio da evidenciação de elementos significativos.

Segundo Laville & Dione (1999), por meio da análise de conteúdo, procura-se
desmontar a estrutura e os elementos do conteúdo, com vistas a esclarecer suas diferentes
características e significação. Contudo, eles alertam colocando que a análise de conteúdo não
é, como se poderia imaginar, um método rígido, no sentido de que, percorrendo uma
sequência fixa de etapas, fatalmente se obtêm os resultados desejados.
Quanto à operacionalização do método, observam os autores que uma das tarefas do
pesquisador deve ser efectuar um recorte dos conteúdos em elementos que deverão ser,
em seguida, agrupados em torno de categorias. Tais elementos vão constituir as unidades
de análise, no sentido de que " cada um desses fragmentos de conteúdo deve ser completo em
si mesmo no plano do sentido" (Laville & Dionne, 1999).
Sugerem, ainda, os mesmos autores que os conteúdos sejam recortados em temas, ou
seja, em fragmentos que traduzam uma ideia particular, que tanto pode ser um conceito
como uma relação entre conceitos. Tal encaminhamento permite ao pesquisador uma maior
aproximação com o sentido do conteúdo, já que a construção das unidades de análise se faz a
partir da compreensão do conteúdo. Constituem unidades de análise palavras, expressões,
frases ou enunciados referentes a temas cuja apreciação se faz em função de sua situação no
conteúdo e em relação a outros elementos aos quais estão ligados e que lhes dão sentido
e valor (Laville & Dionne, 1999).
Para satisfazer este método, o pesquisador procedeu com a leitura de documentos
previamente por se seleccionados e organizados, como a audição de áudios, documentos orais
e visualização de vídeos que posteriormente categorizou-os e seguiu com a análise das
informações com objectivo de ultrapassar as incertezas do fenómeno em estudo.
25

CAPITULO III. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

A pesquisa foi feita no distrito de Molumbo, posto administrativo de Corromana, ZIP


nº 21 Cocorone, Escola Primaria do 1º e 2º grau de Tataria, para que os sujeitos sejam
mantidos em sigilo, o pesquisador decidiu nomeia-los usando os seguintes nomes fictícios:
director da escola ʽʽAʼʼ, a directora adjunta pedagógica ʽʽBʼʼ e o aluno representante da turma
ʽʽCʼʼ.

A escola possui uma estrutura física representada por duas salas de aulas construídas
com material local, carecendo de (bloco administrativo, sanitários, corrente eléctrica, e outros
elementos que podiam assegurar um melhor funcionamento da mesma). A escola funciona de
1ª a 6ª classe, as restantes turmas funcionam a céu aberto (sem salas de aulas físicas).
Os instrumentos usados na colecta de dados foram: pesquisa documental, entrevista
semi-estruturada e análise do conteúdo.
Os resultados de pesquisa evidenciam mediante as seguintes categorias de pesquisa:
Infraestrutura, Fracasso escolar, Processo de ensino-aprendizagem que estão assim definidas:

3.1 Categoria infraestrutura.

Nesta categoria, na análise do conteúdo, o factor infraestrutura escolar, o seu conceito


vai desde os itens básicos, como salas confortáveis com mobiliários adequados e boa
qualidade e outros itens, a sua deficiência ou ausência limita o processo de ensino
aprendizagem.
De acordo com Satyro e Soares, (2007), a deficiência de infraestrutura nas escolas:

ʽʽAfecta directamente a qualidade da educação. Prédios e instalações inadequadas, a

inexistência de bibliotecas, espaços esportivos e laboratórios, a falta de acesso a livros

didácticos, materiais de leitura, a relação inadequada ao tamanho da sala de aula e o

número de alunos, são problemas que influenciam directamente no desempenho dos

alunos.ʼʼ (p.07).

A infraestrutura é um dos pilares para a melhoria da qualidade do ensino no país. É


essencial que se garanta condições físicas melhores que agregue espaços pedagógicos em que
o professor possa inovar, trabalhando com materiais mais lúdicos que envolvam o educando
de forma a garantir a qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
26

Sobre a análise documental, vários autores afirmam que a infraestrutura escolar é vital
para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem, uma infraestrutura escolar adequada,
estimula activamente o aluno assim como professor nas actividades didácticas, assegurando
assim que a as actividades didácticas tenham sucesso e a infraestrutura escolar limite as
interferências ambientais, como a passagem de carros, bicicletas, motas e outros pelo recinto
escolar ou em lugares próximos. Segundo o director ʽʽAʼʼ explica no seu ponto de vista, que
dirigir o processo do ensino-aprendizagem em ambientes desqualificados ou a Céu aberto tem
sido um grande desafio, pós limita o processo do ensino-aprendizagem, principalmente
quando se trata de crianças do ensino primário, dificuldades enormes tem se enfrentado para
concentra-los a prestar atenção no que o professor diz, porque tem tanto movimento ao redor
da escola que atrai atenção das crianças e acabam não prestando atenção no que o professor
diz, exigindo necessidade de uma infraestrutura que possa limitar a interferência de
movimentos e outros elementos que não fazem parte da aula.

De acordo com a directora adjunta pedagógica ʽʽBʼʼ, explica que leccionar a Céu
aberto tem sido duro, contudo os docentes tem criado condições de forma que a aprendizagem
aconteça, a infra-estrutura pode ser vital para o processo do ensino-aprendizagem porque nos
dias de chuva não há aulas e nos dias de sol tem se reduzido o horário normal de aulas de
forma a evitar que as crianças sofram com o sol.

De acordo com o aluno ʽʽCʼʼ, não gosta de estudar ao Céu aberto, por sua vez, estuda
porque não há condições para estudar em ambientes fechados ou na sala de aulas e nos dias de
chuva não tem vindo a escola porque não tem sala de aulas onde estudar e que o seu material
escolar pode molhar, com a construção das salas de aulas pode ter um estímulo positivo para a
sua aprendizagem.

3.2 Categoria fracasso escolar.

Por intermédio de documentos verificou-se que as principais causas do fracasso


escolar são oriundas, em sua maior parte, dos sistemas de ensino que não conseguem atender
as diversidades de necessidades presentes nas escolas, deixando de identificar onde se
localizam as inadaptações a aprendizagem, e levar o aluno a descobrir a sua própria
modalidade de aprendizagem, considerando como ponto crucial seu modo particular de
relacionar-se com o conhecimento, ou seja, com o conhecimento escolar.
27

ʽʽSão considerados como tendo alcançados com êxito ou fracasso na escola porque são

avaliados em função de exigências manifestadas pelo professor ou outros avaliadores e

seguem programas determinados pelo sistema educativo. Define se fracasso escolar

como consequências de dificuldade de aprendizagem, a falta de conhecimento e

competência.ʼʼ (Perrenoud, 1995).

Segundo o director ʽʽAʼʼ, no seu ponto de vista afirma que o fracasso escolar esta
aliado a infraestrutura porque é difícil administrar as aulas a Céu aberto, primeiro porque uma
aula convida a atenção do aluno assim como do professor, portanto, quando o seu ambiente
está comprometido, torna se difícil concentra-los no processo de ensino-aprendizagem, e nos
dias de chuva não tem tido aulas, e esses aspectos todos desaguam no fracasso escolar.

Segundo a directora adjunta ʽʽBʼʼ, afirma que o fracasso escolar pode estar ligada a
infraestrutura escolar, porque nos dias de chuva não tem tido aulas, por vezes a chuva tem
caído constantemente e torna difícil a administração e recuperação dos conteúdos perdidos,
além disso as aulas nos dias de muito calor tem se reduzidas o seu tempo normal para impedir
que as crianças sofram de calor, portanto, esses factores todos, contribuem para o fracasso
escolar.

Para o aluno ʽʽCʼʼ, o fracasso escolar esta ligada a infraestrutura escolar porque nos
dias de chuva não tem tido aulas porque as condições atmosféricas os limitam e nos dias de
muito calor acontece o mesmo, portanto, com a construção da infra-estrutura (salas de aulas)
acredita que o seu aproveitamento pedagógico pode melhorar porque estará distanciado das
interferências ambientais que manifestam se durante o processo de ensino-aprendizagem a céu
aberto e não perderá aulas.
Aliando se as declarações acima citadas, percebe se que o fracasso escolar esta ligada
a falta da infra-estrutura escolar, porque de acordo com a analise documental e declarações
feitas pelos sujeitos de pesquisa, a deficiência e falta da infra-estrutura contribui para o
fracasso escolar, por não terem aulas a tempo integral nos dias de chuva não há aulas que as
interferências ambientais. a infra-estrutura escolar é vital para que o processo do ensino-
aprendizagem tenha sucesso.
28

3.3 Categoria processo de ensino aprendizagem.

Segundo Libâneo (1994, p. 90) “a relação entre ensino e aprendizagem não é


mecânica, não é uma simples transmissão do professor que ensina para um aluno que
aprende.” Ele mesmo concluiu que é algo bem diferente disso “é uma relação recíproca na
qual se destacam o papel dirigente do professor e a actividade dos alunos.” Dessa forma
podemos perceber que “O ensino visa estimular, dirigir, incentivar, impulsionar o processo de
aprendizagem dos alunos.”
Nos documentos analisados existem inúmeros factores que podemos considerar
importantes no processo de ensino e aprendizagem como as infraestruturas adequadas, a
motivação, a auto estima do aluno e o envolvimento dos pais, locais de convivências como
jardim, entre outros. Com esses elementos é possível influenciar o sucesso no processo de
ensino-aprendizagem porque o ambiente estimula o aprendizado dos alunos para além de
convidar o professor a explorar melhor o ambiente. Contudo o professor tem controlo dos
alunos na administração das aulas. Mas na ausência destes ambientes o processo de ensino-
aprendizagem tem sido um caus, porque o professor tem tido dificuldades na administração
das aulas apontando as interferências ambientais como principais factores que estimulam o
insucesso do processo de ensino-aprendizagem segundo director ʽʽAʼʼ.

Segundo a directora adjunta ʽʽBʼʼ, o processo de ensino-aprendizagem não tem


acontecido nos dias de chuva, por não existir um espaço condigno para acolher os alunos,
portanto, constata-se a falta de um ambiente que estimula o professor assim como aluno no
estabelecimento da acção recíproca de forma que o processo de ensino-aprendizagem ocorra.

Segundo o aluno ʽʽCʼʼ, o processo de ensino-aprendizagem está comprometido porque


nos dias chuvosos não tem tido aulas e nos dias normais a Céu limpo, não tem sido fácil
também por causa das interferências ambientais, portanto, acredita que com a construção das
infraestruturas adequadas pode melhorar o seu aproveitamento pedagógico porque o processo
de ensino-aprendizagem não sofrerá das interferências ambientais, e as aulas poderão
acontecer em tempo integral.
Analisando todos depoimentos concedidos por meio da análise documental e
entrevistas, apontam o principal factor que estimula o insucesso escolar, a deficiência ou falta
da infraestrutura escolar.
29

3.4 Discussão dos resultados.

Os resultados foram apontados mediante as categorias infraestrutura, fracasso escolar


e processo de ensino-aprendizagem. Na categoria infraestrutura, os pontos negativos
evidenciados mostram que a deficiência da infraestrutura escolar ou condições desfavoráveis
do conforto ambiental são a causa do mau desempenho dos alunos. Segundo Libâneo (2008),
espera-se que as construções, os mobiliários e o material didáctico sejam adequados e
suficientes para assegurar o desenvolvimento do trabalho pedagógico e favorecer a
aprendizagem. Colaborando a esta ideia Marquezan et al. (2003) afirma que o ambiente
escolar apresenta-se como um espaço multicultural e de múltiplos saberes, que tem como
finalidade favorecer a socialização entre educandos e proporcionar uma aprendizagem
significativa.
Sobre a categoria fracasso escolar aponta-se que os problemas são oriundas do sistema
de ensino que não consegue atender as necessidades existentes na escola, portanto, um dos
caminhos possíveis para superar essa dificuldade passa pela criação de ambientes adequados
de sala de aulas e outros. Sabe-se que muitas escolas, principalmente as públicas, passam por
sérios problemas de infraestrutura.
Na categoria processo de ensino aprendizagem, existem muitos factores importantes
que influenciam positivamente o processo de ensino e aprendizagem como as infraestruturas
adequadas, a motivação, a auto-estima do aluno e o envolvimento dos pais, locais de
convivências como jardim, entre outros. Com esses elementos é possível influenciar o sucesso
do processo de ensino-aprendizagem porque o ambiente estimula positivamente o
aprendizado dos alunos para além de convidar o professor a explorar melhor o ambiente.
Contudo o professor tem controlo dos alunos na administração das aulas. Mas na ausência
destes ambientes o processo de ensino aprendizagem tem sido um caus, porque o professor
tem enfrentado dificuldades na administração das aulas com presença das interferências
ambientais.
30

Conclusão

Com a elaboração desta monografia, na categoria infraestrutura, conclui que a


infraestrutura escolar é vital para que a aprendizagem tenha sucesso, portanto, uma
infraestrutura adequada facilita e incentiva o aprendizado do aluno, e a deficiência ou a falta
da infraestrutura escolar promove o insucesso escolar.

Na categoria fracasso escolar concluiu-se que os problemas são oriundas do sistema de


ensino que não consegue atender as necessidades existentes na escola, portanto, um dos
caminhos possíveis para superar essa dificuldade passa pela criação de ambientes adequados
de sala de aulas e outros.

Na categoria processo de ensino aprendizagem, existem muitos factores importantes


que influenciam positivamente o processo de ensino e aprendizagem como as infraestruturas
adequadas, a motivação, a auto-estima do aluno e o envolvimento dos pais, locais de
convivências como jardim, entre outros. Com esses elementos é possível influenciar o sucesso
do processo de ensino-aprendizagem porque o ambiente estimula o aprendizado dos alunos
para além de convidar e motivar o professor a explorar melhor o ambiente e criar condições
para a melhor educação dos educandos e assegurar a sua melhor integração e socialização na
sociedade. Contudo o professor tem controlo dos alunos na administração das aulas. Mas na
ausência destes ambientes o processo de ensino aprendizagem tem sido um caus, porque o
professor tem tido dificuldades na administração das aulas com presença das interferências
ambientais.

Sugestões

Como sugestões para superar as dificuldades causadas pela falta da infraestrutura,


sugere-se que:
 A comunidade escolar mobilize esforço e recursos para construção da
infraestrutura escolar (sala de aulas), que são a condição básica para que a aprendizagem
ocorra num ambiente preparado.
 Que o sector da planificação incorpore na sua agenda a construção da
infraestrutura escolar, de forma a garantir que o processo de ensino-aprendizagem ocorra em
ambientes adequados.
31

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34

Apêndices
35

Apêndice A-Roteiro sobre a natureza dos documentos a serem analisados.

A categoria factores de aprendizagem está contemplada neste documento? Como?


O objectivo geral dessa pesquisa, “ análise dos factores que limitam o processo ensino
e aprendizagem do aluno nas instituições do ensino público de acordo com abordagens
teóricas”. Está contemplado nesse documento? Como?
Os objectivos específicos estão contemplados nesse documento? Como?
Identificar as dificuldades de ensino e aprendizagem dos alunos que estudam a Céu
aberto;
Discutir teoricamente como o professor dirige o processo do ensino-aprendizagem a
Céu aberto;
Descrever a importância da infraestrutura no processo do ensino-aprendizagem;
Analisar como são trabalhados os factores que limitam o ensino e aprendizagem.

FIM
36

Apêndice B-Roteiro de entrevista aos membros da direcção da escola (director da escola


e adjunta pedagógica).

Este roteiro de entrevista tem como objectivo recolher dados na Escola Primária do 1º
e 2º graus de Tataria, com intuito de perceber como é que a falta da infraestrutura escolar
limita o processo do ensino-aprendizagem. Desde já espera-se com elevada auto-estima a
sinceridade dos entrevistados.
1. Como é o processo do ensino-aprendizagem a céu aberto?
2. Nos dias de chuvas como tem sido a aprendizagem?
3.Como fazem para recuperar os conteúdos perdidos?
4. Achas que estudar neste ambiente pode limitar o processo de ensino-aprendizagem?
(sim ou não). Porquê?
5. O que sugere que seja feito para contornar as dificuldades enfrentadas pelos alunos
no processo de ensino-aprendizagem?

FIM
37

Apêndice C-Roteiro de entrevista ao aluno representante da turma

Este roteiro de entrevista tem como objectivo recolher dados na Escola Primária do 1º
e 2º grau de Tataria, com intuito de perceber como é que a falta da infraestrutura escolar
limita o processo do ensino-aprendizagem. Desde já espera-se com elevada auto-estima a
sinceridade dos entrevistados.
1. Como te sentes ao estudar a céu aberto?
2. Nos dias de chuva tem tido aulas? (sim ou não? porque?).
3. Ao estudar a céu aberto achas que consegue compreender devidamente a matéria?
(sim ou não) porquê?
4. O que gostaria que fosse feito para ultrapassar esta dificuldade?

FIM.
38

Anexos
39

Salas de aulas a Céu aberto

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