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Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho

Colégio Estadual da Polícia Ano 2º BIMESTRE


Militar de Goiás
CEPMG – José Carrilho
Ano Letivo - 2023 7° TURMA (S) TURNO

A( ) B( ) C( ) VESPERTINO

Disciplina: Língua Portuguesa Profª: Sandra Mônica Data: __/__/2023

Aluno (a):
APOSTILA LÍNGUA PORTUGUESA 2º BIMESTRE

1 - O QUE É EDITORIAL?

PERTENCE AO MUNDO JORNALÍSTICO?

É TEXTO DE OPINIÃO OU DE INFORMAÇÃO?

Iremos conhecer mais um gênero, também manifestado nesse mesmo meio – o editorial.

Ele, por sua vez, expressa a opinião do próprio jornal, revista ou até mesmo de seus
editores acerca de um determinado assunto, quase sempre polêmico, discutido na
atualidade. Assim, justamente pelo fato de esse gênero pertencer àqueles cuja natureza
é argumentativa, ou seja, constituir-se de um discurso em que o emissor, utilizando-se do
padrão formal da linguagem, tem por finalidade convencer o interlocutor a acreditar no que
ele está dizendo, dizemos que, em termos estruturais, ele se constitui das seguintes partes:

➢ Introdução – Geralmente nessa parte é retratada a ideia principal que será


discutida adiante. Assim, por meio de uma leitura bem atenciosa do primeiro,
quando muito do segundo parágrafo, temos condições de detectar acerca do
assunto em questão;
➢ Desenvolvimento (corpo do editorial) – Nessa parte são expostos todos os
argumentos, justificados por comentários e opiniões por parte do próprio jornal
acerca do assunto discutido;
➢ Conclusão – Como o próprio nome já nos indica, representa o fechamento das
ideias antes abordadas, ou seja, geralmente se apresentam as devidas soluções
para o problema levantado durante todo o texto, como também, em vez de se
pautar por esse aspecto, pode apenas possibilitar que o leitor reflita sobre o
assunto.
Disponível em https://escolakids.uol.com.br/portugues/editorial.htm. Acesso em: 23 de mar. 2022.

MODELO DO INÍCIO DE UM EDITORIAL NO CONTEXTO ATUAL E REAL O QUAL


VIVENCIAMOS

“Ainda que o imbróglio do envio de vacinas prontas e de insumos provenientes da China e


da Índia já esteja resolvido, ele escancarou uma deficiência na estrutura brasileira de saúde
pública: a dependência crescente do produto externo para o sucesso dos programas de
imunização brasileiros. No caso da Covid-19, o Instituto Butantan e a Fiocruz assinaram acordos
com a Sinovac e a Universidade de Oxford/AstraZeneca, respectivamente, para que sejam
capazes de produzir localmente o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), mas isso ainda deve
levar vários meses; por enquanto, o insumo terá de ser importado, com todos os possíveis
entraves que o país acabou de presenciar.
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ESTRUTURA E LINGUAGEM DO GÊNERO PROPAGANDA

A propaganda está ligada à prática de


anunciar, propagar ideias e informações sobre
um determinado produto, serviço, instituição,
campanha política ou crenças. É uma estratégia
que pode aparecer em praticamente qualquer
área, sempre com o objetivo de influenciar e
persuadir o público sobre determinado assunto
ou para apoiar uma causa em particular.

Você sabe o que é propaganda? Dizem que


é a alma do negócio. A frase é clichê, claro, mas tem um bom fundo de verdade.

Publicidade e Propaganda: Qual a diferença?

No Brasil, os termos publicidade e propaganda são utilizados como sinônimos. Realmente,


guardam várias semelhanças, mas também têm diferenças. Enquanto a publicidade procura
tornar um produto ou serviço conhecido através de anúncios e campanhas com foco na
impulsão das vendas, a propaganda procura atuar no
campo ideológico, moldando a opinião do público e
agregando valor à marca.

Já a propaganda pode até mesmo assumir


Imagem disponível em
encurtador.com.br/aqtE7 / Acesso em 23 formatos gratuitos, para os mais variados objetivos.
de mar. de 2022. Ou seja, o que fica claro é que a publicidade faz parte
da propaganda. Entre esses elementos estão: o
anunciado, o anunciante, o veículo do anúncio, o
público-alvo e o contexto histórico. A análise desses
elementos é fundamental para a compreensão do
processo de produção do texto publicitário e do modo
como se constitui o discurso publicitário.

Existem algumas características do anúncio


publicitário que auxiliam na estrutura de criação da
mensagem da propaganda.

Alguns itens são essenciais, como:

Título: O título deve ser objetivo e inteligente. Deve expressar a mensagem pretendida
por meio da criatividade. O uso de interrogações, exclamações, perguntas e questionamentos
ajudam para chamar a atenção do consumidor, que deve captar de forma eficiente a ideia que
está sendo transmitida.

Imagem: Imagens e vídeos são essenciais, principalmente na era digital. O conteúdo


audiovisual ilustra de maneira mais clara o que uma empresa quer mostrar e vender. O público-
alvo, por meio do entretenimento, não só se distrai e se diverte, como também é atraído pelo
conteúdo publicitário e passa a consumir o que é veiculado.
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Texto: No texto de uma peça publicitária pode estar escondido o sucesso de uma marca
ou produto. Além de poder mostrar a identidade de uma empresa, o corpo do texto deve ser
composto de todas as informações possíveis sobre o produto ou serviço que está sendo
oferecido para que o cliente não tenha dúvidas.

Identidade: A identidade de um serviço ou de uma marca nada mais é que sua


personalidade. Assim como pessoas, marcas devem ter uma identidade própria que as
diferenciem das demais para criar relacionamentos e prospectar clientes.
Disponível em https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/caracteristicas-do-anuncio-publicitario Acesso em:
23 de mar. 2022.

Os anúncios em vídeo enquadram os textos que apresentam alguma cena ou animação


responsável por, por meio da figuração, representar um estado de espírito, ilustrar uma
vantagem, apresentar uma transformação ou explorar circunstâncias do cotidiano com outra
perspectiva, para, assim, conseguir convencer os consumidores de que aquele produto ou
marca é o melhor. Nesse sentido podem ocorrer diálogos, músicas, danças e outras linguagens
artísticas como elementos da linguagem.
Disponível em https://brasilescola.uol.com.br/redacao/anuncio-publicitario.htm. Acesso em: 23 de mar. 2022.

ATIVIDADES

Leia o editorial abaixo para responder às questões 1 a 8.

Direção e chuva precisam de segurança e responsabilidade

“São as águas de março, fechando o verão”. A famosa canção de Tom Jobim nos lembra,
em um pequeno trecho, que as chuvas de março são comuns e abençoam a chegada do
outono, que inicia no dia 20 deste mês às 12h33 e termina no dia 21 de junho às 6h14. É uma
estação considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco.

Muitas chuvas fortes têm sido registradas na região de Presidente Prudente nos últimos
dias. Fortes temporais, até com granizos, com ventos de muitos quilômetros, são vistos pelas
cidades do oeste paulista. O arco-íris, presença marcante no céu nos últimos dias, mostra essa
variação da temperatura em menos de 24 horas. E é preciso alguns cuidados com essas chuvas,
principalmente, nas estradas. Dirigir debaixo de chuva é sempre um desafio. Conforme
publicado, a visibilidade reduzida e a pista molhada exigem máxima atenção dos motoristas.
Reduzir a velocidade, manter distância segura do veículo à frente, utilizar os faróis baixos e
não descuidar da manutenção do veículo são algumas das dicas fundamentais para que a
viagem transcorra sem incidentes. Pelo fato de as chuvas chegarem, nesta época do ano, como
já citado, de maneira repentina, ter a manutenção do carro em dia é essencial para não ter
surpresas indesejadas no meio do caminho. É importante conferir se o limpador do automóvel
está funcionando certinho e se os pneus estão em dia.

Ainda de acordo com a publicação, em caso de aquaplanagem, a ordem é manter a calma,


deixar o volante em linha reta e tirar o pé do acelerador. Jamais pise nos freios porque isso
pode travar as rodas e até mesmo fazer o veículo capotar quando o contato com o solo for
restabelecido. Muitas vezes o vidro dos veículos pode embaçar. Se tiver ar-condicionado,
utilize-o para resolver o problema e se não tiver, ligue o sistema de ventilação do carro ou
deixe a janela um pouco aberta. Mas, uma dica é essencial: atenção e paciência. Muito cuidado
em dias de muita chuva. Não tenha pressa e não se concentre em outra coisa a não ser dirigir.
E faça isso com segurança e responsabilidade.
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1. Para escrever um editorial o autor precisa


(A) criar fatos e personagens conforme sua imaginação.

(B) utilizar-se de um assunto pouco conhecido pelos leitores.

(C) falar sobre uma realidade já, possivelmente, veiculada em outras mídias jornalísticas.

(D) ser complexo e utilizar um vocabulário acima do padrão.

2. No trecho “... Reduzir a velocidade, manter distância segura do veículo à frente, utilizar os
faróis baixos e não descuidar da manutenção do veículo são algumas das dicas fundamentais
para que a viagem transcorra sem incidentes...” o uso dos verbos no infinitivo afirmativo
“reduzir” e “manter” e afirmativo negativo “não descuidar” apresentam características,
principalmente
(A) narrativas.

(B) argumentativas.

(C) descritivas.

(D) instrucionais.

3. O texto foi escrito utilizando-se de uma linguagem


(A) popular, sem observar a regras gramaticais.

(B) padrão, com regras linguísticas definidas.

(C) com gírias, pois está endereçado a um público alvo: adolescentes.

(D) regional, especificando, principalmente, um dialeto de um determinado lugar.

4. No trecho, “... Muitas vezes o vidro dos veículos pode embaçar...” a palavra destacada pode
ser substituída, sem alteração de sentido do texto, por
(A) desembaçar.

(B) ofuscar.

(C) disfarçar.

(D) evaporar.

5. No trecho “... Muitas chuvas fortes têm sido registradas na região de Presidente Prudente
nos últimos dias...” o verbo “ter” foi acentuado pelo fato de:

(A) se referir à palavra “muitas” que está no plural e deve manter a concordância entre elas.

(B) se referir à palavra “chuvas” que está no plural e funciona como núcleo do sujeito, devendo
assim o verbo concordar com a palavra e receber o acento diferencial.

(C) se referir à palavra “fortes” que é um adjetivo e está no plural devendo assim manter a
concordância.

(D) se referir a palavra “dias”, que mesmo estando no final da frase, funciona como núcleo do
sujeito e deve com ela concordar.
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6. Em), “...Conforme publicado, a visibilidade reduzida e a pista molhada exigem máxima


atenção dos motoristas...” a palavra destacada poderá ser substituída mantendo o mesmo
sentido por
(A) mesmo que.

(B) assim que.

(C) de acordo com.

(D) embora.

7. No trecho, “... O arco-íris, presença marcante no céu nos últimos dias, mostra essa variação
da temperatura em menos de 24 horas...” o verbo “mostrar” está no singular, avaliando essa
estrutura, podemos afirmar que o redator do texto
(A) não empregou adequadamente as normas de concordância verbal, pois o verbo deve
concordar com a última palavra do núcleo do sujeito “íris” que está no plural.

(B) empregou adequadamente as normas de concordância verbal, pois o verbo concorda com
a palavra “variação” que está no singular.

(C) não empregou adequadamente as normas de concordância verbal, pois o verbo concorda
com “dias” que está no plural.

(D) empregou adequadamente as normas de concordância verbal, pois o verbo concorda com
a palavra composta “arco-íris” e que está no singular.

8. Localize no texto um exemplo de:


Uma opinião:

Um fato:

Leia o anúncio publicitário abaixo e responda às questões 9 a 13.


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9. O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais lançou a campanha “Quem tá na chuva é pra
se cuidar”. Qual é a finalidade da campanha? Explique.

10. Ao produzir a frase da campanha “Quem tá na chuva é pra se cuidar”, o autor faz referência
a outra frase que é de conhecimento popular do leitor. Qual é a frase e que sentido é atribuído
na campanha?

11. Podemos perceber semelhanças temáticas entre as ideias apresentadas nos dois textos
(editorial e campanha/propaganda)? Explique.

12. De acordo com a estética e composição da campanha, que tipo de linguagem foi utilizado?

13. Quais são os verbos utilizados no texto dessa campanha? Qual é o tempo verbal? Com qual
finalidade esse tempo verbal foi utilizado?

Produção de Texto
Chegou a sua vez de produzir um editorial!

Imagine que tenha sido escolhido para produzir um editorial para ser publicado na revista
mensal de sua cidade. Nela há textos que tratam sobre temáticas que envolvam a vida e saúde
dos cidadãos. A partir do texto de campanha publicitária a seguir, produza um editorial,
retomando o gênero abordado nas atividades.

Coloque um título bem atrativo. Pesquise algumas informações e cite-as no seu texto. Não
se esqueça de que a cópia gratuita não é adequada às normas de produção, além de configurar
plágio.

Bom trabalho!
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2 - SAIBA A DIFERENÇA ENTRE ESQUEMA E RESUMO!

Você sabe quais são as diferenças entre esquema e resumo? Pensou que esquema e
resumo fossem a mesma coisa? Pois bem, você vai aprender agora que eles são tipos distintos
de texto-, pois cada um cumpre uma função diferente no contexto comunicacional.

Basicamente, o resumo tem como principal característica apresentar com fidelidade as


ideias reproduzidas em um texto, primando por elementos inerentes à construção textual. Já
o esquema tem como objetivo destacar apenas aquilo que é essencial para um texto, como se
fosse um esqueleto formado por tópicos. Para facilitar seus estudos, observe o quadro que
destaca as especificidades de cada um desses textos:

Características do resumo Características do esquema


1 - Síntese das ideias principais de um texto organizada através de
1 - Sintetiza o texto preservando integralmente suas ideias. palavras-chave, em torno das quais é possível adquirir grandes
quantidades de conhecimentos.
2 - Preocupação com os elementos da
2 - A visualização de um esquema deve remeter o leitor aos
textualidade inerentes à construção textual, como coerência
principais pontos tidos como mais importantes
e coesão e hierarquização das ideias do autor.
3 - O esquema assemelha-se a um esqueleto, não apresentando
3 - Não é permitido, em um resumo, emitir comentários
assim maiores preocupações com os elementos inerentes à
pessoais sobre o texto resumido.
construção textual.
4 - Variantes na estrutura do texto são permitidas quando 4 - O esqueleto permite ao leitor visualizar e destacar aquilo que é
não há a exigência de um resumo formal. essencial.
5 - Colar as ideias do autor não é permitido. Quando for
5 - No esquema podem ser utilizados diversos símbolos, como
necessário, que seja feito em forma de citação com os
letras, números, setas, círculos etc.
devidos créditos (autor e página).
6 - Pode ser do tipo linear, quando apresenta a informação na
6 - Diferentemente do que acontece com o esquema, o
horizontal e na vertical; piramidal, quando a informação está
resumo é formado por frases que apresentam sentido
disposta em forma de pirâmide; e sistemático, quando as
completo, e não apenas tópicos.
informações estão organizadas em forma de um quadro.
7 - É classificado em indicativo ou descritivo, informativo ou
7 - Deve ter linguagem clara, concisa e objetiva.
analítico.
Leia o texto abaixo:

O Pequeno Príncipe

O autor do livro é o personagem principal da história,


que assume também o papel de narrador, contando sobre o
fatídico dia em que o seu avião teria caído no meio do
deserto do Saara.

Lá, o personagem principal adormece e, ao acordar, se


depara com o Pequeno Príncipe, que pede para que ele
desenhe um cordeiro numa folha de papel.

O protagonista é frustrado em relação aos seus


desenhos, pois nunca ninguém conseguia interpretar as suas
artes da forma correta.

Ao longo da história, o Pequeno Príncipe vai narrando as suas aventuras para o


protagonista.
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O jovem estaria a procura de um carneiro para comer as árvores que estariam crescendo
em excesso em sua terra, um asteroide conhecido por B 612, que teria apenas uma rosa
vermelha e três vulcões, sendo um deles inativo.

Ao ouvir as aventuras do Pequeno Príncipe, o protagonista vai percebendo como as


pessoas deixam de dar valor as pequenas coisas da vida conforme vão crescendo.

ATIVIDADES

1. Esse texto é um exemplo de gênero


(A) Conto, pois se trata de uma narrativa com enredo, personagens em um tempo e espaço.

(B) Crônica jornalística, pois relata um acontecimento histórico, com narrador e personagens.

(C) Resumo, pois se estrutura para expor um tema de uma forma mais simplificada extraindo
as ideias principais da obra trabalhada.

(D) Roteiro de filme, pois se trata de um documento narrativo utilizado para gravação de
filmes.

2. Qual é o assunto do RESUMO lido?

(A) Expõe a história de uma personagem criança, que assume o papel de narrador em terceira
pessoa, contando sua história.

(B) Descreve a personagem principal da história, dando detalhes físicos e psicológicos.

(C) Narra a vida da personagem principal da história, prioriza o espaço onde se passa a história.

(D) Sintetiza a história da personagem principal, que assume também o papel de narrador,
contando sobre o dia em que o seu avião caiu no meio do deserto do Saara.

3. No trecho, “...lá o personagem principal adormece e, ao acordar, se depara com o Pequeno


Príncipe, que pede para que ele desenhe um cordeiro numa folha de papel...” A sequência de
verbos utilizados no texto garante ao leitor:

(A) Se informar sobre a vida da personagem.

(B) Se sentir comovido com a vida difícil da personagem no novo lugar.

(C) Acompanhar as ações praticadas pela personagem no enredo da história.

(D) Se aproximar da personagem e se reconhecer nela.

4. O autor do resumo aponta a frustração da personagem. Observe o trecho: “O protagonista


é frustrado em relação aos seus desenhos, pois nunca ninguém conseguia interpretar as suas
artes da forma correta”. Qual palavra substitui “frustração” sem que se perca o sentido
atribuído no texto?

(A) Iludido.

(B) Encantado.

(C) Entusiasmado.

(D) Decepcionado.
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5. No trecho, “... Lá, o personagem principal adormece e, ao acordar, se depara com o Pequeno
Príncipe, que pede para que ele desenhe um cordeiro numa folha de papel” a palavra em
negrito expressa ideia de

(A) espaço, pois se refere à obra “O Pequeno Príncipe” que está sendo resumida.

(B) modo, pois se refere ao comportamento da personagem na obra ‘O Pequeno Príncipe”.

(C) lugar, pois se refere ao local em que a personagem da obra “O Pequeno Príncipe” se
encontrava.

(D) tempo, pois se refere à distância percorrida pela personagem da obra “O Pequeno
Príncipe”.

6. Qual é a finalidade do resumo lido?

(A) Expor as ideias sobre as aventuras do Pequeno Príncipe.

(B) Ampliar as ideias apresentadas na obra “O Pequeno Príncipe”.

(C) Selecionar e agrupar as principais ideias da obra “O Pequeno Príncipe”.

(D) Detalhar as ideias contidas na obra “O Pequeno Príncipe”.

Observe o esquema e planejamento de uma redação.

7. Síntese das ideias principais de um texto organizada através de palavras-chave, em torno


das quais é possível adquirir grandes quantidades de conhecimentos. Quais são as expressões
ou palavras-chave que serão desenvolvidas na conclusão da redação?

8. Qual sequência do esquema é possível notar as consequências do problema apresentado?

9. Leia o relato de uma experiência científica que contribui bastante no mundo científico.
Posteriormente, elabore um esquema de acordo com a imagem abaixo. Retire as ideias
principais, secundárias e organize um esquema com palavras e/ou expressões-chave. O
objetivo é construir um esquema que demonstre uma sequência dos fatos, descrições e
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conclusão da experiência do cientista Charles Darwin. Lembre-se que isso será feito através da
colocação de palavras ou expressões.

Em direção à luz

Em O Poder do Movimento nas Plantas, que escreveu com um dos dez filhos, Francis,
Darwin descreve como constatou que o broto de uma espécie de planta crescia "torto" quando
submetido ao estímulo da luz.

"Nos surpreendeu ver como a parte superior determinava a direção da curvatura da parte
inferior", escreveu.

Para averiguar se a parte superior do broto era a parte sensível à luz, o biólogo cobriu a
recobriu com uma "capa" de material opaco. E verificou que, desta vez, a planta não se dobrou
em direção à luz.

É possível replicar esse mesmo experimento: plantar uma semente e ver como seu primeiro
broto curva-se em direção a uma vela acesa, por exemplo, para então cobrir a ponta com uma
"capa" de papel alumínio e notar a diferença.

Darwin era cuidadoso e paciente quando se tratava de suas experiências, mas segundo Ken
Thompson, "sua verdadeira genialidade estava em sua habilidade de formular as perguntas
corretas".

Neste experimento, "a ideia-chave para Darwin era de que a parte de uma planta que responde
a um estímulo - neste caso, à luz - não necessariamente é a mesma que percebe esse estímulo".

E essa constatação leva a uma conclusão inevitável, de que algo transporta esses sinais de uma
parte a outra da planta.
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3 - O texto teatral

Os textos teatrais ou dramáticos são


aqueles produzidos para serem
representados (encenados) e podem ser
escritos em poesia ou prosa.

São, portanto, peças de teatro


escritas por dramaturgos e dirigidos por
produtores teatrais e, em sua maioria, são
pertencentes ao gênero narrativo.

Ou seja, o texto teatral apresenta enredo, personagens, tempo, espaço e pode estar
dividido em “Atos”, que representam os diversos momentos da ação. Esses atos, assim, podem
marcar a mudança de cenário e/ou de personagens, além de poder simbolizar que se passaram
horas, dias, meses ou até anos!

De tal modo, o texto teatral possui características peculiares e se distancia de outros tipos
de texto pela principal função que lhe é atribuída: a encenação.

Dessa forma, o texto da peça teatral apresenta diálogo entre as personagens e algumas
observações no corpo do texto, tal qual o espaço, cena, ato, personagens, rubricas (de
interpretação, de movimento etc.).

Já que os textos teatrais são produzidos para serem representados e não contados,
geralmente não existe um narrador, fator que o difere dos textos narrativos.

A linguagem teatral é expressiva, dinâmica, dialógica, corporal e gestual. Para prender a


atenção do espectador esses textos sempre apresentam um conflito, ou seja, um momento de
tensão que pode ou não ser resolvido no decorrer dos fatos.

Os principais elementos que constituem os textos teatrais são:

Tempo: o tempo teatral é classificado em “tempo real” (que indica o da representação),


“tempo dramático” (quando acontece os fatos narrados) e o “tempo da escrita” (indica quando
foi produzida a obra).

Espaço: o chamado “espaço cênico” determina o local em que será apresentada a história.
Já o “espaço dramático” corresponde ao local em que serão desenvolvidas as ações das
personagens.

Personagens: segundo a importância, as personagens dos textos teatrais são classificadas


em: personagens principais (protagonistas), personagens secundários e figurantes.

Os textos teatrais são constituídos por dois textos:

• Texto Principal: que apresenta a fala das personagens (monólogo, diálogo,


apartes).
• Texto Secundário: que inclui o cenário, figurino e rubricas.

Conheça algumas figuras de linguagem


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Você gosta de ser criativo? Por vezes, para sermos criativos ao usar a língua, construímos
novas possibilidades de expressão. Ao dizermos, por exemplo, “Caio é forte como um leão!”,
sabemos que Caio é um ser humano, mas, para enfatizarmos que ele é realmente muito, muito
forte, o comparamos ao rei dos animais. Assim, existem situações que atribuímos às palavras
outros significados, diferentes daqueles que estão no dicionário. Esses novos sentidos que
atribuímos às palavras possuem uma função de estilo, recurso conhecido como figuras de
linguagem.

Disponível em: https://www.google.com/search?q=quadro+principais++figuras+de+linguagem. A


em 08 de abril de
IRONIA - figura por meio da qual se diz o contrário do que se quer dar a entender; uso
de palavra ou frase de sentido diverso ou oposto ao que deveria ser empr., para definir
ou denominar algo
Exemplos:
“Puxa, que bom que o elevador quebrou! Agora só teremos que subir 12 lances de
escada, são bem poucos.”
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Ela correu tão rápido quanto uma tartaruga.


Ele estudou tanto que tirou zero na prova.
EUFENISMO - consiste em atenuar o sentido desagradável de uma palavra ou
expressão, substituindo-a por outra, capaz de suavizar seu significado
Exemplos:

Sua vizinha é desprovida de beleza.


Ele passou desta para a melhor.
Aquela mulher enriqueceu por meios ilícitos.

PROSOPOPEIA ou PERSONIFICAÇÃO é a atribuição de características humanas a


seres não humanos ou inanimados. A prosopopeia também é entendida como figura de
linguagem do animismo, pois, como o próprio nome diz, trata-se de um processo de
animação dos personagens em um texto literário ou campanhas publicitárias.

Exemplos:
Árvores pedem socorro.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
As “ondas beijavam” a areia branca da praia.
Cadeira começou a gritar com a Mesa."
HIPÉRBOLE é uma figura de linguagem muito comum utilizada para passar uma ideia
de intensidade por meio de expressões exageradas intencionalmente.
Exemplos:
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)
Já lhe disse isso um milhão de vezes. (em vez de já lhe disse isso várias vezes)

Chorou rios de lágrimas. (em vez de chorou muito)


METÁFORA é uma figura de linguagem muito utilizada para fazer comparações por
semelhança. É o uso de uma palavra com o significado de outra. É um tipo de
comparação subjetiva, momentânea.
Exemplos:
A casa deles era uma prisão
O seu irmão é um monstro!
A vida dela é um conto de fadas

CATACRESE é uma figura de linguagem utilizada para se referir a algo que não tem
um nome no idioma. Para isso, usa-se um termo já existente, mas em outro contexto,
tomando seu sentido original emprestado para fazer a analogia.

Exemplos:

Dente de alho Céu da boca Asa da xícara

Cabeça do prego Asa da xícara


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METONÍMIA é uma figura de linguagem ou de palavra que consiste na substituição de


uma palavra ou expressão por outra, havendo entre elas algum tipo de ligação.

Exemplo:

O autor pela obra: ler Machado de Assis.

A causa pelo efeito, ou vice versa: viver do trabalho.

O inventor pelo invento: comprar um Ford.

O concreto pelo abstrato, ou vice-versa: ter ótima cabeça (inteligência).

Parte pelo todo, ou vice versa: cinco cabeças de gado.

Agora, vamos fazer exercícios sobre o texto teatral e as figuras de linguagem!


O texto a seguir é um fragmento da mais
famosa peça de Ariano Suassuna, Auto da
Compadecida, contendo um fundo popular e
religioso.
"JOÃO GRILO - Parem, parem! Acabem com
essa molecagem!

Seu grito é tão grande que todos param e o


silêncio se faz.

JOÃO GRILO - Acabem com essa molecagem.


Diabo dum barulho danado! É assim, é? É
assim, é?

ENCOURADO - Assim como?

JOÃO GRILO - É assim de vez? É só dizer “pra


dentro” e vai tudo? Que diabo de tribunal é
esse que não tem apelação?

ENCOURADO - É assim mesmo e não tem para


onde fugir!

JOÃO GRILO - Sai daí, pai da mentira! Sempre ouvi dizer que para se condenar uma pessoa ela
tem de ser ouvida!

BISPO - Eu também. Boa, João Grilo!

PADRE - Boa, João Grilo!

MULHER - Boa, João Grilo!

PADEIRO - Você achou boa?

MULHER - Achei.

PADEIRO - Então eu também achei. Boa, João Grilo!

SEVERINO - É isso mesmo e eu vou apelar para Nosso Senhor Jesus Cristo, que é quem pode
saber.
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ENCOURADO - Besteira, maluquice!

PADRE - Besteira ou maluquice, eu também apelo. Senhor Jesus, certo ou errado, eu sou um
padre e tenho meus direitos. Quero ser julgado, antes de ser entregue ao diabo.

Aqui começam a soar pancadas de sino, no mesmo ritmo das de tambor anteriores. O
Encourado começa a ficar agitado.

JOÃO GRILO - Ah! pancadinhas benditas! Oi, está tremendo? Que vergonha, tão corajoso
antes, tão covarde agora! Que agitação é essa?

ENCOURADO - Quem está agitado? É somente uma questão de inimizade. Tenho o direito de
me sentir mal com aquilo que me desagrada.

JOÃO GRILO - Eu, pelo contrário, estou me sentindo muito bem. Sinto-me como se minha alma
quisesse cantar.

BISPO, estranhamente emocionado. - Eu também. É estranho, nunca tinha experimentado um


sentimento como esse. Mas é uma vontade esquisita, pois não sei bem se ela é de cantar ou
de chorar.

Esconde o rosto entre as mãos. As pancadas do sino continuam e toca uma música de
aleluia. De repente, João ajoelha-se, como que levado por uma força irresistível e fica com os
olhos fixos fora. Todos vão-se ajoelhando vagarosamente. O Encourado volta rapidamente as
costas, para não ver o Cristo que vem entrando. É um preto retinto, com uma bondade simples
e digna nos gestos e nos modos. A cena ganha uma intensa suavidade de Iluminura. Todos
estão de joelhos, com o rosto entre as mãos.

ENCOURADO, de costas, grande grito, com o braço ocultando os olhos - Quem é? É Manuel?

MANUEL - Sim, é Manuel, o Leão de Judá, o Filho de Davi. Levantem-se todos, pois vão ser
julgados.
JOÃO GRILO - Apesar de ser um sertanejo pobre e amarelo, sinto perfeitamente que estou
diante de uma grande figura. Não quero faltar com o respeito a uma pessoa tão importante,
mas se não me engano aquele sujeito acaba de chamar o senhor de Manuel.

MANUEL - Foi isso mesmo, João. Esse é um de meus nomes, mas você pode me chamar
também de Jesus, de Senhor, de Deus... Ele gosta de me chamar Manuel ou Emanuel, porque
pensa que assim pode se persuadir de que sou somente homem. Mas você, se quiser, pode
me chamar de Jesus.

JOÃO GRILO - Jesus?

MANUEL - Sim.

JOÃO GRILO - Mas, espere, o senhor é que é Jesus?

MANUEL - Sou.

JOÃO GRILO - Aquele Jesus a quem chamavam Cristo?

JESUS - A quem chamavam, não, que era Cristo. Sou, por quê?

JOÃO GRILO - Porque... não é lhe faltando com o respeito não, mas eu pensava que o senhor
era muito menos queimado.

BISPO - Cale-se, atrevido.


Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho

MANUEL - Cale-se você. Com que autoridade está repreendendo os outros? Você foi um bispo
indigno de minha Igreja, mundano, autoritário, soberbo. Seu tempo já passou. Muita
oportunidade teve de exercer sua autoridade, santificando-se através dela. Sua obrigação era
ser humilde porque quanto mais alta é a função, mais generosidade e virtude requer. Que
direito tem você de repreender João porque falou comigo com certa intimidade? João foi um
pobre em vida e provou sua sinceridade exibindo seu pensamento. Você estava mais
espantado do que ele e escondeu essa admiração por prudência mundana. O tempo da
mentira já passou.

JOÃO GRILO - Muito bem. Falou pouco, mas falou bonito. A cor pode não ser das melhores,
mas o senhor fala bem que faz gosto.

MANUEL - Muito obrigado, João, mas agora é sua vez. Você é cheio de preconceitos de raça.
Vim hoje assim de propósito, porque sabia que isso ia despertar comentários. Que vergonha!
Eu Jesus, nasci branco e quis nascer judeu, como podia ter nascido preto. Para mim, tanto faz
um branco como um preto. Você pensa que eu sou americano para ter preconceito de raça?

PADRE - Eu, por mim, nunca soube o que era preconceito de raça.

ENCOURADO, sempre de costas para Manuel - É mentira. Só batizava os meninos pretos


depois dos brancos.

PADRE - Mentira! Eu muitas vezes batizei os pretos na frente.

ENCOURADO - Muitas vezes, não, poucas vezes, e mesmo essas poucas quando os pretos eram
ricos.

PADRE - Prova de que eu não me importava com cor, de que o que me interessava...

MANUEL - Era a posição social e o dinheiro, não é, Padre João? Mas deixemos isso, sua vez há
de chegar. Pela ordem, cabe a vez ao bispo. (Ao Encourado.) Deixe de preconceitos e fique de
frente.

ENCOURADO, sombrio - Aqui estou bem.

MANUEL - Como queira. Faça seu relatório

JOÃO GRILO - Foi gente que eu nunca suportei: promotor, sacristão, cachorro e soldado de
polícia. Esse aí é uma mistura disso tudo.

MANUEL - Silêncio, João, não perturbe. (Ao Encourado.) Faça a acusação do bispo. (Aqui [...] o
Demônio traz um grande livro que o Encourado vai lendo.)"

ATIVIDADES

1. O texto teatral é um tipo de narração: apresenta fatos vividos por personagens em


determinado tempo e lugar.

a) Qual é o fato principal desse texto?

b) Onde possivelmente ocorrem os fatos? Como você chegou a essa resposta?

c) Qual é, aproximadamente, o tempo de duração dessa cena?


Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho

2. Há, no texto teatral, alguns trechos em que a letra está em itálico, por exemplo:

“BISPO, estranhamente emocionado”

“ENCOURADO, sempre de costas para Manuel”

Qual é a função desses trechos?

3. O texto teatral é escrito para ser representado. Nessa cena, a variedade linguística
predominante

(A) é apresentada como se fosse um discurso para muitas pessoas.

(B) apresenta algumas palavras regionais e populares – e até ditados.

(C) mostra informações polêmicas, afinal, a maioria de nós não acredita na religião ali
apresentada.

(D) histórica com palavras que deixaram de ser usados, em um claro arcaísmo.

4. Quando se lê um texto teatral, o leitor é o interlocutor do drama vivido pelas personagens.


E quando a peça é encenada? Quem é o interlocutor?

5. O trecho destacado, a seguir, representa qual figura de linguagem? Explique a intenção da


personagem ao usar essa expressão. “Para mim, tanto faz um branco como um preto.”

6. Leia a seguinte fala de João Grilo: “Muito bem. Falou pouco, mas falou bonito. A cor pode
não ser das melhores, mas o senhor fala bem que faz gosto”. Percebe-se um sentido contrário
e diferente. Qual é a figura de linguagem que representa essa fala?

(A) Eufemismo (suavizar a mensagem).

(B) Personificação/prosopopeia (atribuição de vida a seres inanimados).

(C) Ironia (representa justamente o sentido contrário).

(D) Metáfora (é uma representação não literal/sentido figurado).

7. Veja um trecho de uma canção famosa no rock nacional, de Frejat:

Por você eu dançaria tango no teto


Eu limparia os trilhos do metrô
Eu iria a pé do Rio a Salvador

Eu aceitaria a vida como ela é


Viajaria a prazo pro inferno
Eu tomaria banho gelado no inverno

É possível observar a seguinte figura de linguagem no fragmento da música de Frejat:


Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho

(A) Metonímia.

(B) Ironia.

(C) Antítese.

(D) Hipérbole.

8. Leia a tirinha abaixo e responda ao que se pede:


.

Na tirinha acima, o humor é construído pelo uso da figura da linguagem denominada


hipérbole. Com o uso dessa ideia de exagero, o quadrinista cria

(A) uma personagem má que só aparece no penúltimo quadrinho.

(B) uma personagem fraca que se torna forte, após tomar algum tônico, isso visto no último
quadrinho.

(C) uma personagem que se sentia belo acima do normal, por isso a letra H de hipérbole na
roupa dela, no último quadrinho.

(D) uma personagem que se sente desajeitado e quer ser vista por todos como belo.

9. Além do uso da figura da linguagem hipérbole, o quadrinista busca atribuir aos animais da
tirinha ações e características humanas. Qual figura da linguagem é utilizada?

(A) Metonímia.

(B) Ironia.

(C) Personificação.

(D) Hipérbole.

10. Transforme as frases abaixo, que foram escritas usando figuras de linguagem, para uma
linguagem sem esses efeitos estilísticos. Como no exemplo:

Lá em casa o clima é de fim de feira: estamos vendendo todos os móveis, pois vamos mudar
de cidade.

Lá em casa estamos desfazendo o ambiente: estamos vendendo os móveis.

a) Quem com ferro fere, com ferro será ferido.

b) Se eu tirar nota baixa, minha mãe vai ficar uma arara!

c) Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.


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4 - O QUE SÃO NOVELAS?

DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS

A palavra Novela veio do italiano e significa


“notícia e narração de um acontecimento”, seja real
ou imaginário. Portanto, fica fácil entender que
a Novela é um dos gêneros literários que se
enquadra no texto narrativo e é de duração mais
breve, se comparada ao romance.

Como as novelas fazem parte dos textos


literários, que são aqueles que possuem função
estética, elas destinam-se ao entretenimento, ao
belo, à arte, à ficção. Diferente dos não literários que
são os textos com função utilitária, pois servem para
informar, convencer, explicar, ordenar.

Uma novela é uma narração em prosa de menor extensão do que o romance. Em


comparação ao romance, pode-se dizer que a novela apresenta uma maior economia de
recursos narrativos; em comparação ao conto, um maior desenvolvimento
de enredo e personagens. A novela seria caracterizada, em geral, por uma narrativa de extensão
média na qual toda a ação acompanha a trajetória de um único personagem (o romance, em
geral, apresenta diversas tramas e linhas narrativas).

Delimitar as características do gênero literário novela pode ser um exercício conflituoso,


embora existam parâmetros que auxiliem em sua identificação. A confusão na classificação
acontece porque existem pontos de encontro entre a novela, o conto e o romance.
Superficialmente falando, pode-se dizer que a novela é uma narração em prosa menor que o
romance e maior que o conto. Portanto, é correto afirmar que se trata de um texto situado
em posição intermediária entre o romance e o conto.

As principais características do gênero literário novela são:

• Pluralidade dramática: Ao contrário do que acontece com o conto, a novela desenvolve vários
enredos ao longo da narrativa, que podem estabelecer conexões entre si.
• Sucessividade: O enredo é desenvolvido de maneira sequencial, embora essa sequência possa ser
alterada ao longo da narrativa.
• Tempo: Na novela, o tempo é histórico, isto é, determinado pelo calendário e pelo relógio.
• Espaço: Tempo e espaço são definidos pela pluralidade dramática, pois as ações dos
personagens são responsáveis por deslocá-los para diferentes ambientes na narrativa.
• Linguagem: depende das circunstâncias históricas da narrativa. Se um fato é narrado na Idade
Média, a linguagem denota características da época. Se a narrativa é desenvolvida na atualidade,
a linguagem acompanha os hábitos culturais contemporâneos de um determinado local.
• Personagens: Não há limite de personagens e, ao longo da trama, novos podem surgir, assim
como outros podem ser retirados da trama, tudo em prol do fio narrativo.
• Enredo: Diferentemente do que acontece com o romance, cuja extensão é maior (o que permite
um ritmo mais lento), a novela segue um ritmo mais acelerado. As ações dos personagens são
essenciais para a narrativa, por isso a novela tornou-se um texto que pode ser facilmente adaptado
para a teledramatização ou radiodramatização.
No Brasil, a novela tem seu lugar garantido na Literatura nacional. Livros como O alienista, de
Machado de Assis, O exército de um homem só, de Moacyr Scliar, e Vidas Secas, de Graciliano Ramos,
são exemplos de novelas em língua portuguesa.
Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho

No Brasil, imediatamente associamos a novela às telenovelas, gênero muito popular por


aqui. A associação não está absolutamente incorreta, visto a imprecisão na definição das
margens do gênero. Mas, na realidade, as coisas que passam na TV são filmes, séries ou
Telenovelas. Acontece que, no Brasil, nós abreviamos a palavra e cortamos o “tele”. Mas não
confunda! A Novela mesmo é um gênero literário!

E é por esse motivo que ela possui os elementos típicos de uma narração: Narrador e Foco
narrativo; Personagens; Conflito; Tempo; Espaço e Enredo.

Além disso, sua estrutura é bem organizada e está dividida em quatro grandes momentos:

• Introdução – Começo.
• Desenvolvimento – Meio.
• Clímax – Ápice da tensão.
• Desfecho e Conclusão – Fim.

Principais diferenças entre os gêneros contos, romances e novelas

• Os contos são muito curtos, têm poucas personagens, um só tema e todos os elementos
são mais restritos, inclusive, não costumam passar de 20 páginas.
• Os romances são narrativas longas, maiores de 150 páginas, cheias de desdobramentos
da vida de cada personagem que, ao final, irão se entrelaçar.
• Já, a novela, tem uma característica de cada: poucos personagens, mas uma abertura
maior para os temas e locais. Costumam ter entre 50 e 150 páginas.

Análise Linguística

O papel das conjunções e a relação de sentido entre orações presentes em um mesmo período.

Observe:

I - João saiu, Maria chegou.

II - João saiu, quando Maria chegou.

Tanto no período 1 quanto no 2, percebe-se uma ideia de tempo entre as orações. O que
há de diferente entre eles é que, no segundo, essa ideia foi explicitada pela palavra quando.

Algumas vezes, a presença de palavras que explicitam a relação de sentido que se pretende
estabelecer entre duas orações é indispensável para que se evitem confusões...

Imagine que alguém tenha escrito “João saiu, Maria chegou”, e que João não goste de
Maria.

Nesse caso, o mais adequado seria “João saiu, porque Maria chegou” e não “João saiu,
quando Maria chegou”.

A explicitação da relação de sentido que se pretende estabelecer entre duas ou mais


orações pode, portanto, evitar que se projete para elas uma relação de sentido não desejado.
Essa explicitação, muitas vezes, se faz por meio do uso de conjunções.

Mas o que são CONJUNÇÕES?

São palavras invariáveis (não têm flexão de gênero, número ou grau, que ligam orações,
explicitando as relações de sentido existentes entre elas; as conjunções podem ser
coordenativas (quando ligam orações coordenadas ou subordinativas (quando ligam orações
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subordinadas); as conjunções integrantes são conjunções subordinativas que ligam uma oração
principal a uma subordinada substantiva (objetiva direta, objetiva indireta, subjetiva,
predicativa, apositiva, completiva nominal).

Veja, no quadro a seguir, algumas das relações de sentido que podem ser explicitadas por
uma conjunção:

Marcam uma relação de soma ou adição entre duas orações que possuem
Adição pensamentos similares ou equivalentes (de mesmo valor sintático). Exemplos: E,
pois, além disso, e ainda, mas também, por um lado … por outro
Marcam uma relação de oposição, contraste, ressalva, compensação ou sentido
Adversidade adverso entre duas orações. Exemplos: Mas, apesar de, no entanto, entretanto,
porém, contudo, todavia, tampouco, por outro lado
Marcam uma relação de alternância (sequência intercalada), escolha, exclusão.
Alternativa
Exemplos: ou, ou.. ou, ora... ora, já... já, quer.. quer, seja... seja, nem.. nem
Explicação Marcam a ideia de explicação, justificativa, esclarecimento ou confirmação em
relação a um fato enunciado em outra oração do período: Exemplos: pois
(anteposto ao verbo), que, porque, porquanto...
Conclusão Marcam uma relação de conclusão/dedução em relação a um fato anteriormente
enunciado. Exemplos: logo, portanto, pois (posposto ao verbo), assim, por isso,
então...

ATIVIDADES

Leia o trecho que apresenta o enredo da novela Cordel Encantado, da literatura popular às
telinhas (telenovela).

Cordel encantado, novela das 18h de 2011.

A trama tem Bianca Bin e Cauã Reymond numa fantasia no sertão brasileiro

Cordel Encantado tem texto de Duca Rachid e Thelma Guedes e direção-geral de Amora
Mautner. Espécie de fábula à brasileira, a novela mistura conto de fadas e o sertão brasileiro.

A trama de Cordel Encantado tem início quando os reis de Seráfia do Norte, Augusto
(Carmo Dalla Vecchia) e Cristina (Alinne Moraes), vêm ao Brasil com a pequena princesa Aurora,
atrás de um tesouro escondido aqui por Dom Serafim.

De olho no trono e na riqueza, a condessa Úrsula de Bragança (Débora Bloch) arma para
matar os três. Cristina morre no atentado, mas consegue salvar Aurora e a entrega para um casal
de sertanejos criarem. Achando que perdeu as duas, Augusto volta à Seráfia do Norte.
Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho

Com os pais adotivos, Aurora é


batizada de Açucena (Bianca Bin) e mora
em Brogodó. Vinte anos se passaram e ela
se apaixona por Jesuíno (Cauã Reymond),
rapaz do bem que não faz ideia ser o filho
abandonado por Herculano (Domingos
Montagner), um dos cangaceiros mais
temidos da região.

Nesse tempo, Augusto descobre que


Aurora/Açucena está viva e volta ao país.
Herculano, por sua vez, resolve se
aposentar e quer fazer de Jesuíno seu
sucessor.

O elenco de Cordel encantado traz


Cauã Reymond, Bianca Bin, Carmo Dalla Vecchia, Débora Bloch, Bruno Gagliasso, Osmar Prado,
Cláudia Ohana, Luiz Fernando Guimarães, Felipe Camargo, Andrea Horta, Nathália Dill e Jayme
Matarazzo, entre outros. Tudo isso é uma abertura linda, com desenhos de cordel.

Responda às atividades de interpretação do texto:

1. Cordel Encantado é

(A) um livro publicado em 2011 que virou novela.


(B) uma história verídica que aborda costumes brasileiros.
(C) uma novela que mistura conto de fadas e o sertão brasileiro.
(D) nome de um conto publicado em 2011.

2. Segundo o texto lido, quem é a (o) protagonista da telenovela Cordel Encantado?

(A) A pequena princesa Aurora.

(B) A condessa Úrsula de Bragança.

(C) A rainha Cristina.

(D) O rei Augusto.

3. De acordo com o texto, a trama de Cordel Encantado tem início quando

(A) a pequena princesa Aurora é salva e entregue para um casal de sertanejos a criarem.

(B) os reis de Seráfia do Norte vêm ao Brasil com a pequena princesa Aurora, atrás de um tesouro
escondido aqui por Dom Serafim.

(C) Augusto, pai de Aurora, descobre que Aurora/Açucena está viva e volta ao país.

(D) Aurora/Açucena se apaixona por Jesuíno (Cauã Reymond), rapaz do bem que não faz ideia
ser o filho abandonado por Herculano.

4. Em que cidade se passa a novela de Cordel Encantado?

5. Pesquise, em dicionário impresso ou online, o significado da palavra elenco?

Considere o fragmento do texto, a seguir, para responder às atividades de número 6, 7 e 8:


“Com os pais adotivos, Aurora é batizada de Açucena (Bianca Bin) e mora em Brogodó.”
Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho

6. Identifique os verbos no período e diga a quem eles se referem?

7. Qual é a justificativa do acento na palavra Brogodó?

8. Qual é a relação de sentido estabelecida pela conjunção “e” no período? Justifique sua
resposta.

9. No fragmento “Cristina morre no atentado, mas consegue salvar Aurora e a entrega para
um casal de sertanejos criarem. Achando que perdeu as duas, Augusto volta à Seráfia do
Norte.”, a relação de sentido estabelecida pela conjunção mas, destacada, é de

(A) adição, pois marca uma relação de soma ou adição entre duas orações que possuem
pensamentos similares ou equivalentes (de mesmo valor sintático).

(B) adversidade, pois marca uma relação de oposição, contraste, ressalva, compensação ou
sentido adverso entre duas orações.

(C) explicação, pois marca a ideia de explicação, justificativa, esclarecimento ou confirmação em


relação a um fato enunciado em outra oração do período.

(D) conclusão, pois marca uma relação de conclusão/dedução em relação a um fato


anteriormente enunciado.

10. No fragmento “Nesse tempo, Augusto descobre que Aurora/Açucena está viva e volta ao
país. Herculano, por sua vez, resolve se aposentar e quer fazer de Jesuíno seu sucessor.” As
palavras destacadas no período marcam uma relação de

(A) oposição.

(B) adição.

(C) temporalidade.

(D) conclusão.

Leia a sinopse da telenovela O cravo e a rosa para responder às questões, abaixo, 11 a 13.

Catarina (Adriana Esteves), mulher moderna para os anos 20, é conhecida como “a fera”
por colocar todos os seus pretendentes para correr. Mas ela esbarra na teimosia cínica de
Petruchio (Eduardo Moscovis), um machista que inicialmente decide conquistá-la para ganhar o
dote do casamento e salvar sua fazenda de ser leiloada. Os dois se apaixonam, mas não dão o
braço a torcer, protagonizando cenas bem-humoradas, pois Catarina recusa o papel de lavar
ceroulas e Petruchio a quer como a rainha do lar.

A história é inspirada em A Megera Domada, de William Shakespeare, com referências à


novela O Machão, escrita por Ivani Ribeiro. A comédia romântica retrata o comportamento da
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época, com referências históricas como a luta pelo voto feminino e o novo papel da mulher na
sociedade.

O Cravo e a Rosa foi ao ar entre 26 de junho de 2000 e 9 de março de 2001. Escrita por
Walcyr Carrasco e Mário Teixeira, com direção geral de Walter Avancini e Mário Márcio
Bandarra e direção de núcleo de Dennis Carvalho. Além da exibição original, foi reapresentada
quatro vezes: duas no Vale a Pena Ver de Novo, em 2003 e 2013; uma no Canal Viva, em 2019;
e inaugurando uma nova faixa de reprises nas tardes da Globo, em 2021.

11. No trecho, “O Cravo e a Rosa foi ao ar entre 26 de junho de 2000 e 9 de março de 2001” a
parte destacada se refere às marcas de

(A) concessão, pois há uma relação contrária ao momento em que a novela foi ao ar.

(B) subordinação, pois explica o momento em que a novela foi ao ar.

(C) coordenação, pois há uma relação sequencial ao momento em que a novela foi ao ar.

(D) temporalidade, pois marca uma relação de tempo por meio do período de exibição da
novela.

12. A personagem Catarina, representada pela atriz Adriana Esteves, é descrita como “uma
mulher moderna para os anos 20”, nesse trecho evidencia que

(A) todas as mulheres que viveram na sociedade brasileira, nos anos 1920, se destacaram na
sociedade.

(B) todas as mulheres eram sem estudo e, por isso, apenas Catarina se destacava.

(C) todas as mulheres tinham uma boa convivência com a família, menos Catarina.

(D) Catarina era considerada uma mulher à frente do seu tempo, pois já se manifestava diante
de questões machistas e lutava pela igualdade de direitos entre homens e mulheres.

13. No trecho “Os dois se apaixonam” o numeral em destaque se refere a quais palavras
anteriormente expressas:

(A) Adriana Esteves e Eduardo Moscovis.

(B) Ele e ela.

(C) Catarina e Petruchio.

(D) Machista e fera.


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5 - ENTENDA O QUE É UMA AUTOBIOGRAFIA

A autobiografia é um tipo de gênero literário que


constitui uma narrativa de caráter pessoal. O seu traço mais
significativo é o fato de ter o próprio escritor como
personagem principal. Para produzir uma autobiografia é
necessário que o autor busque aspectos literários e não
históricos ou documentais, porque ora a narrativa
apresenta um resgate memorialístico (baseado na
realidade) ora constrói a trama com os fios da ficção.

Por isso, as autobiografias podem assumir diversos


formatos como diários, memórias, poemas, músicas, roteiros,
cartas, entre outros. O caráter biográfico da obra não acontece na sua formatação, mas em seus
elementos linguísticos. Normalmente a narração é feita na primeira pessoa do singular e aborda
questões íntimas e pessoais.

O narrador pode contar a sua história desde o nascimento até a vida atual. Dessa maneira,
existe autobiografados adultos e/ou crianças que geralmente são pessoas conhecidas no país
em que moram. Entretanto, isso não é uma regra. Há pessoas que têm a vida marcada por algum
fato.

Algumas autobiografias famosas:

• Cadernos de Lanzarote, de José Saramago;


• Confissões, de Santo Agostinho;
• Autobiografia de Benjamin Franklin.
A autobiografia não deve ser analisada apenas da perspectiva individual. Ela é um gênero
que propõe a integração coletiva porque ao narrar a sua história o indivíduo partilha com o
mundo suas impressões e a sua visão de mundo, permitindo ao leitor/público ter acesso a outras
perspectivas. Além disso, muitas autobiografias podem tornam-se um livro, um roteiro de
cinema, ou publicações em blogs, redes sociais e vídeos em formato de stories.

ATIVIDADES

Leia a apresentação que faz de si mesmo o escritor de livros infantis Bartolomeu Campos
Queiroz. Depois, responda às questões de 1 a 8.

...das saudades que não tenho

Nasci com 57 anos. Meu pai me legou seus 34, vividos com duvidosos amores, desejos
escondidos. Minha mãe me destinou seus 23, marcados com traições e perdas. Assim, somados,
o que herdei foi a capacidade de associar amor ao sofrimento...

Morava numa cidade pequena do interior de Minas, enfeitada de rezas, procissões,


novenas e pecados. Cidade com sabor de laranja-serra-d’água, onde minha solidão já
pressentida era tomada pelo vigário, professora, padrinho, beata, como exemplo de perfeição.
(...) Meu pai não passeou comigo montado em seus ombros, nem minha mãe cantou cantigas
de ninar para me trazer o sono. Mesmo nascendo com 57 anos estava aos 60 obrigado ainda a
ser criança. E ser menino era honrar pai com seus amores ocultos. Gostar da mãe e seus suspiros
de desventuras.

(...) Tive uma educação primorosa. Minha primeira cartilha foi o olhar do meu pai, que me
autorizava a comer ou não mais um doce nas festas de aniversário. Comer com a boca fechada,
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é claro, para ficar mais bonito e meu pai receber elogios pelo filho contido que ele tinha. E cada
dia eu era visto como a mais exemplar das crianças, naquela cidade onde a liberdade nunca
tinha aberto as asas sobre nós. Mas a originalidade de minha mãe ninguém poderá desconhecer.
Ela era capaz de dizer coisas que nenhuma mãe do mundo dizia, como por exemplo: – Você,
quando crescer vai ter um filho igual a você. Deus há de me atender, para você passar pelo que
eu estou passando. – Mãe é uma só.
(Bartolomeu Campos Queiroz, em Abramovich, Fanny (org.). O mito da infância feliz. Summus, São Paulo, 1983).

1. Na autobiografia de Bartolomeu Campos Queiroz, o narrador apresenta uma história de vida


marcada por
(A) uma alegria e uma satisfação em poder contar sua história marcada por grandes aventuras
na infância.
(B) uma satisfação pela vida que tinha, apesar dos sofrimentos e de não poder comer doces
nas festas de aniversário.
(C) morar em uma cidade pequena, repleta de procissões, novenas e rezas que ele adorava.
(D) uma tristeza e uma forte crítica tanto em relação à educação dada pelos pais, quanto aos
costumes da cidadezinha onde nasceu.

2. É sugerido no texto autobiográfico que nós todos nascemos velhos e somos parte de vidas
já vividas pelos pais e até mesmo pela sociedade. Isso fica simbolizado através do trecho:

(A) “Nasci com 57 anos. Meu pai me legou seus 34, vividos com duvidosos amores, desejos
escondidos. Minha mãe me destinou seus 23, marcados com traições e perdas. Assim,
somados, o que herdei foi a capacidade de associar amor ao sofrimento...”
(B) “Tive uma educação primorosa. Minha primeira cartilha foi o olhar do meu pai, que me
autorizava a comer ou não mais um doce nas festas de aniversário.”

(C) “E ser menino era honrar pai com seus amores ocultos. Gostar da mãe e seus suspiros de
desventuras.”

(D) “Meu pai não passeou comigo montado em seus ombros, nem minha mãe cantou cantigas
de ninar para me trazer o sono”.

3. No texto, Bartolomeu faz referências irônicas à criação que os pais deram a ele. Em qual
trecho é possível perceber o uso da ironia como recurso textual?

(A) “Mesmo nascendo com 57 anos estava aos 60 obrigado ainda a ser criança.”
( B) “E ser menino era honrar pai com seus amores ocultos.”
( C) “Gostar da mãe e seus suspiros de desventuras.”
( D) “Tive uma educação primorosa.”
4. No trecho “Nasci com 57 anos. Meu pai me legou seus 34, vividos com duvidosos amores,
desejos escondidos. Minha mãe me destinou seus 23, marcados com traições e perdas.”, os
verbos são estruturados marcando o tempo pretérito perfeito do modo indicativo. Isso sugere
uma ideia de

(A) ação não concluída no passado.

(B) ação concluída no passado.

(C) estado que vivia a personagem.

(D) modo de se comportar frente à mãe e ao pai.


Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho

5. Releia o trecho: “Meu pai não passeou comigo montado em seus ombros, nem minha mãe
cantou cantigas de ninar para me trazer o sono.” As palavras destacadas expressam o
sentimento de:

(A) abandono vivenciado pelo narrador-personagem.

(B) carinho vivenciado pelo narrador-personagem.

(C) revolta vivenciada pelo narrador-personagem.

(D) indignação vivenciada pelo narrador-personagem.

6. Qual o sentido de “primorosa” no trecho “...Tive uma educação primorosa”?

(A) Excelente.

(B) Imperfeita.

(C) Cerimoniosa.

(D) Grosseira.

7. No trecho “Comer com a boca fechada, é claro, para ficar mais bonito e meu pai receber
elogios pelo filho contido que ele tinha” a palavra destacada se refere a qual elemento textual
anterior?

(A) Pai.

(B) Comer.

(C) Filho.

(D) Boca.

8. No trecho “– Mãe é uma só”, Bartolomeu reproduz a fala da mãe evidenciando:

(A) traços da fala e da personalidade da mãe e como ele era tratado com carinho na infância.

(B) a história vivenciada pelos pais da personagem e é escrito em terceira pessoa.

(C) a reprodução da fala da mãe, uma vez que ele é o narrador da própria história.

(D) a história contada por um narrador-observador, pois a personagem não tem voz própria.

Leia o poema de Casimiro de Abreu e compare com a autobiografia de Bartolomeu Campos


Queiroz para responder às questões 9 e 10.
Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho

9. O relato dos fatos no texto autobiográfico aparece frequentemente pontuado de lembranças,


de um colorido emocional. Percebemos que no poema isso também ocorre, marcando a
presença de uma linguagem:

(A) formal, pois expressa uma organização exaltando os sentimentos e preferências da


personagem.
(B) objetiva, pois expressa de forma clara os sentimentos e as preferências da personagem.
(C) subjetiva, pois expressa pontos de vista e julgamentos de valor do próprio narrador, seus
sentimentos e suas preferências.
(D) Informal, pois expressa de forma muito imparcial as preferências da personagem.

10. Na autobiografia, Bartolomeu relata sua infância em uma cidade do interior e coloca como
título “... das saudades que não tenho”. Como podemos explicar a relação textual construída
por Bartolomeu com o poema de Casimiro de Abreu?

Produção de Texto

Agora é a sua vez! Retome as características principais da autobiografia e construa a sua.


Converse com alguém da sua família e pesquisa as seguintes informações sobre você:

● Quando e onde nasceu? Tem lembranças do lugar?

● Como foi a escolha do seu nome? Quem escolheu?

● Onde estudou e estuda?

● Coloque alguns fatos marcantes: datas que considerar importante para você. Exemplo:
nascimento de um irmão, aniversário de alguém, fato marcante: por exemplo, a pandemia.

● Escreva também sobre as coisas que gosta de fazer;

● Como é a sua escola na atualidade (aquilo que gosta ou não gosta);

Escreva quais são seus sonhos para o futuro.

Bom trabalho!
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Atividade Figura de linguagem (revisão)

1. Leia a tirinha e resolva à questão:

O discurso: “Filho, você é o meu sol!” é um exemplo de figura de palavra, já que consiste na
mudança do sentido literal de “sol”. Como essa figura de linguagem é classificada?
a) Hipérbole.
b) Eufemismo.
c) Metáfora.
d) Comparação.

2. Leia a tirinha e resolva à questão.

Há uma comparação em:


a) “A vida é como um banquete...”
b) “Esperam que você se encha de macarrão...”
c) “Mas sempre pegue...”
d) “O macarrão e o rosbife.”

3 . Leia as frases abaixo e indique a figura de linguagem empregada predominantemente.

a) A velhice deve ser respeitada pela juventude. ________________________________


b) Minha boca é um cadeado seguro. ________________________________
c) Minha boca é como um cadeado seguro. ______________________________
d) Quase morri de rir da piada da professora. __________________________________
a) O pé da cadeira está quebrado. _______________________________

f) Mariana faltou com a verdade. Eufemismo. _________________________________


Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho

4 - Leia e responda:

Qual figura de linguagem é responsável emproduzir o humor na tirinha acima? _________________


5 - Leia e responda:

As propagandas são gêneros textuais que frequentemente se utilizam das figuras de linguagem
para transmitir uma mensagem ao leitorde forma mais expressiva. O texto em destaque nooutdoor
emprega qual figura de linguagem para mostrar aos motoristas a importância de não consumir
bebida alcoólica antes de dirigir?
a) Metonímia. c) Metáfora.
b) Antítese. d) Ironia.

6 - Leia o texto:

O texto faz uma relação entre os pulmões e duas árvores que se assemelham ao órgão
responsávelpela respiração. Dizemos, portanto, que houvenesse texto o emprego de:
antítese. ( ) metáfora. ( )
antonomásia. ( ) hipérbole. ( )

7. A catacrese é uma figura de linguagem que mostra uma expressão que foi tão utilizada pelas
pessoas que acabou se popularizando na comunicação. Assinale a alternativa cujo
exemplo NÃO é uma catacrese.

a) Quadro de parede.

b) Boca da garrafa

c) Dente de alho

d) Braço do sofá

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