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A( ) B( ) C( ) VESPERTINO
Aluno (a):
APOSTILA LÍNGUA PORTUGUESA 2º BIMESTRE
1 - O QUE É EDITORIAL?
Iremos conhecer mais um gênero, também manifestado nesse mesmo meio – o editorial.
Ele, por sua vez, expressa a opinião do próprio jornal, revista ou até mesmo de seus
editores acerca de um determinado assunto, quase sempre polêmico, discutido na
atualidade. Assim, justamente pelo fato de esse gênero pertencer àqueles cuja natureza
é argumentativa, ou seja, constituir-se de um discurso em que o emissor, utilizando-se do
padrão formal da linguagem, tem por finalidade convencer o interlocutor a acreditar no que
ele está dizendo, dizemos que, em termos estruturais, ele se constitui das seguintes partes:
Título: O título deve ser objetivo e inteligente. Deve expressar a mensagem pretendida
por meio da criatividade. O uso de interrogações, exclamações, perguntas e questionamentos
ajudam para chamar a atenção do consumidor, que deve captar de forma eficiente a ideia que
está sendo transmitida.
Texto: No texto de uma peça publicitária pode estar escondido o sucesso de uma marca
ou produto. Além de poder mostrar a identidade de uma empresa, o corpo do texto deve ser
composto de todas as informações possíveis sobre o produto ou serviço que está sendo
oferecido para que o cliente não tenha dúvidas.
ATIVIDADES
“São as águas de março, fechando o verão”. A famosa canção de Tom Jobim nos lembra,
em um pequeno trecho, que as chuvas de março são comuns e abençoam a chegada do
outono, que inicia no dia 20 deste mês às 12h33 e termina no dia 21 de junho às 6h14. É uma
estação considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco.
Muitas chuvas fortes têm sido registradas na região de Presidente Prudente nos últimos
dias. Fortes temporais, até com granizos, com ventos de muitos quilômetros, são vistos pelas
cidades do oeste paulista. O arco-íris, presença marcante no céu nos últimos dias, mostra essa
variação da temperatura em menos de 24 horas. E é preciso alguns cuidados com essas chuvas,
principalmente, nas estradas. Dirigir debaixo de chuva é sempre um desafio. Conforme
publicado, a visibilidade reduzida e a pista molhada exigem máxima atenção dos motoristas.
Reduzir a velocidade, manter distância segura do veículo à frente, utilizar os faróis baixos e
não descuidar da manutenção do veículo são algumas das dicas fundamentais para que a
viagem transcorra sem incidentes. Pelo fato de as chuvas chegarem, nesta época do ano, como
já citado, de maneira repentina, ter a manutenção do carro em dia é essencial para não ter
surpresas indesejadas no meio do caminho. É importante conferir se o limpador do automóvel
está funcionando certinho e se os pneus estão em dia.
(C) falar sobre uma realidade já, possivelmente, veiculada em outras mídias jornalísticas.
2. No trecho “... Reduzir a velocidade, manter distância segura do veículo à frente, utilizar os
faróis baixos e não descuidar da manutenção do veículo são algumas das dicas fundamentais
para que a viagem transcorra sem incidentes...” o uso dos verbos no infinitivo afirmativo
“reduzir” e “manter” e afirmativo negativo “não descuidar” apresentam características,
principalmente
(A) narrativas.
(B) argumentativas.
(C) descritivas.
(D) instrucionais.
4. No trecho, “... Muitas vezes o vidro dos veículos pode embaçar...” a palavra destacada pode
ser substituída, sem alteração de sentido do texto, por
(A) desembaçar.
(B) ofuscar.
(C) disfarçar.
(D) evaporar.
5. No trecho “... Muitas chuvas fortes têm sido registradas na região de Presidente Prudente
nos últimos dias...” o verbo “ter” foi acentuado pelo fato de:
(A) se referir à palavra “muitas” que está no plural e deve manter a concordância entre elas.
(B) se referir à palavra “chuvas” que está no plural e funciona como núcleo do sujeito, devendo
assim o verbo concordar com a palavra e receber o acento diferencial.
(C) se referir à palavra “fortes” que é um adjetivo e está no plural devendo assim manter a
concordância.
(D) se referir a palavra “dias”, que mesmo estando no final da frase, funciona como núcleo do
sujeito e deve com ela concordar.
Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho
(D) embora.
7. No trecho, “... O arco-íris, presença marcante no céu nos últimos dias, mostra essa variação
da temperatura em menos de 24 horas...” o verbo “mostrar” está no singular, avaliando essa
estrutura, podemos afirmar que o redator do texto
(A) não empregou adequadamente as normas de concordância verbal, pois o verbo deve
concordar com a última palavra do núcleo do sujeito “íris” que está no plural.
(B) empregou adequadamente as normas de concordância verbal, pois o verbo concorda com
a palavra “variação” que está no singular.
(C) não empregou adequadamente as normas de concordância verbal, pois o verbo concorda
com “dias” que está no plural.
(D) empregou adequadamente as normas de concordância verbal, pois o verbo concorda com
a palavra composta “arco-íris” e que está no singular.
Um fato:
9. O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais lançou a campanha “Quem tá na chuva é pra
se cuidar”. Qual é a finalidade da campanha? Explique.
10. Ao produzir a frase da campanha “Quem tá na chuva é pra se cuidar”, o autor faz referência
a outra frase que é de conhecimento popular do leitor. Qual é a frase e que sentido é atribuído
na campanha?
11. Podemos perceber semelhanças temáticas entre as ideias apresentadas nos dois textos
(editorial e campanha/propaganda)? Explique.
12. De acordo com a estética e composição da campanha, que tipo de linguagem foi utilizado?
13. Quais são os verbos utilizados no texto dessa campanha? Qual é o tempo verbal? Com qual
finalidade esse tempo verbal foi utilizado?
Produção de Texto
Chegou a sua vez de produzir um editorial!
Imagine que tenha sido escolhido para produzir um editorial para ser publicado na revista
mensal de sua cidade. Nela há textos que tratam sobre temáticas que envolvam a vida e saúde
dos cidadãos. A partir do texto de campanha publicitária a seguir, produza um editorial,
retomando o gênero abordado nas atividades.
Coloque um título bem atrativo. Pesquise algumas informações e cite-as no seu texto. Não
se esqueça de que a cópia gratuita não é adequada às normas de produção, além de configurar
plágio.
Bom trabalho!
Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho
Você sabe quais são as diferenças entre esquema e resumo? Pensou que esquema e
resumo fossem a mesma coisa? Pois bem, você vai aprender agora que eles são tipos distintos
de texto-, pois cada um cumpre uma função diferente no contexto comunicacional.
O Pequeno Príncipe
O jovem estaria a procura de um carneiro para comer as árvores que estariam crescendo
em excesso em sua terra, um asteroide conhecido por B 612, que teria apenas uma rosa
vermelha e três vulcões, sendo um deles inativo.
ATIVIDADES
(B) Crônica jornalística, pois relata um acontecimento histórico, com narrador e personagens.
(C) Resumo, pois se estrutura para expor um tema de uma forma mais simplificada extraindo
as ideias principais da obra trabalhada.
(D) Roteiro de filme, pois se trata de um documento narrativo utilizado para gravação de
filmes.
(A) Expõe a história de uma personagem criança, que assume o papel de narrador em terceira
pessoa, contando sua história.
(C) Narra a vida da personagem principal da história, prioriza o espaço onde se passa a história.
(D) Sintetiza a história da personagem principal, que assume também o papel de narrador,
contando sobre o dia em que o seu avião caiu no meio do deserto do Saara.
(A) Iludido.
(B) Encantado.
(C) Entusiasmado.
(D) Decepcionado.
Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho
5. No trecho, “... Lá, o personagem principal adormece e, ao acordar, se depara com o Pequeno
Príncipe, que pede para que ele desenhe um cordeiro numa folha de papel” a palavra em
negrito expressa ideia de
(A) espaço, pois se refere à obra “O Pequeno Príncipe” que está sendo resumida.
(C) lugar, pois se refere ao local em que a personagem da obra “O Pequeno Príncipe” se
encontrava.
(D) tempo, pois se refere à distância percorrida pela personagem da obra “O Pequeno
Príncipe”.
9. Leia o relato de uma experiência científica que contribui bastante no mundo científico.
Posteriormente, elabore um esquema de acordo com a imagem abaixo. Retire as ideias
principais, secundárias e organize um esquema com palavras e/ou expressões-chave. O
objetivo é construir um esquema que demonstre uma sequência dos fatos, descrições e
Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho
conclusão da experiência do cientista Charles Darwin. Lembre-se que isso será feito através da
colocação de palavras ou expressões.
Em direção à luz
Em O Poder do Movimento nas Plantas, que escreveu com um dos dez filhos, Francis,
Darwin descreve como constatou que o broto de uma espécie de planta crescia "torto" quando
submetido ao estímulo da luz.
"Nos surpreendeu ver como a parte superior determinava a direção da curvatura da parte
inferior", escreveu.
Para averiguar se a parte superior do broto era a parte sensível à luz, o biólogo cobriu a
recobriu com uma "capa" de material opaco. E verificou que, desta vez, a planta não se dobrou
em direção à luz.
É possível replicar esse mesmo experimento: plantar uma semente e ver como seu primeiro
broto curva-se em direção a uma vela acesa, por exemplo, para então cobrir a ponta com uma
"capa" de papel alumínio e notar a diferença.
Darwin era cuidadoso e paciente quando se tratava de suas experiências, mas segundo Ken
Thompson, "sua verdadeira genialidade estava em sua habilidade de formular as perguntas
corretas".
Neste experimento, "a ideia-chave para Darwin era de que a parte de uma planta que responde
a um estímulo - neste caso, à luz - não necessariamente é a mesma que percebe esse estímulo".
E essa constatação leva a uma conclusão inevitável, de que algo transporta esses sinais de uma
parte a outra da planta.
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3 - O texto teatral
Ou seja, o texto teatral apresenta enredo, personagens, tempo, espaço e pode estar
dividido em “Atos”, que representam os diversos momentos da ação. Esses atos, assim, podem
marcar a mudança de cenário e/ou de personagens, além de poder simbolizar que se passaram
horas, dias, meses ou até anos!
De tal modo, o texto teatral possui características peculiares e se distancia de outros tipos
de texto pela principal função que lhe é atribuída: a encenação.
Dessa forma, o texto da peça teatral apresenta diálogo entre as personagens e algumas
observações no corpo do texto, tal qual o espaço, cena, ato, personagens, rubricas (de
interpretação, de movimento etc.).
Já que os textos teatrais são produzidos para serem representados e não contados,
geralmente não existe um narrador, fator que o difere dos textos narrativos.
Espaço: o chamado “espaço cênico” determina o local em que será apresentada a história.
Já o “espaço dramático” corresponde ao local em que serão desenvolvidas as ações das
personagens.
Você gosta de ser criativo? Por vezes, para sermos criativos ao usar a língua, construímos
novas possibilidades de expressão. Ao dizermos, por exemplo, “Caio é forte como um leão!”,
sabemos que Caio é um ser humano, mas, para enfatizarmos que ele é realmente muito, muito
forte, o comparamos ao rei dos animais. Assim, existem situações que atribuímos às palavras
outros significados, diferentes daqueles que estão no dicionário. Esses novos sentidos que
atribuímos às palavras possuem uma função de estilo, recurso conhecido como figuras de
linguagem.
Exemplos:
Árvores pedem socorro.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
As “ondas beijavam” a areia branca da praia.
Cadeira começou a gritar com a Mesa."
HIPÉRBOLE é uma figura de linguagem muito comum utilizada para passar uma ideia
de intensidade por meio de expressões exageradas intencionalmente.
Exemplos:
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)
Já lhe disse isso um milhão de vezes. (em vez de já lhe disse isso várias vezes)
CATACRESE é uma figura de linguagem utilizada para se referir a algo que não tem
um nome no idioma. Para isso, usa-se um termo já existente, mas em outro contexto,
tomando seu sentido original emprestado para fazer a analogia.
Exemplos:
Exemplo:
JOÃO GRILO - Sai daí, pai da mentira! Sempre ouvi dizer que para se condenar uma pessoa ela
tem de ser ouvida!
MULHER - Achei.
SEVERINO - É isso mesmo e eu vou apelar para Nosso Senhor Jesus Cristo, que é quem pode
saber.
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PADRE - Besteira ou maluquice, eu também apelo. Senhor Jesus, certo ou errado, eu sou um
padre e tenho meus direitos. Quero ser julgado, antes de ser entregue ao diabo.
Aqui começam a soar pancadas de sino, no mesmo ritmo das de tambor anteriores. O
Encourado começa a ficar agitado.
JOÃO GRILO - Ah! pancadinhas benditas! Oi, está tremendo? Que vergonha, tão corajoso
antes, tão covarde agora! Que agitação é essa?
ENCOURADO - Quem está agitado? É somente uma questão de inimizade. Tenho o direito de
me sentir mal com aquilo que me desagrada.
JOÃO GRILO - Eu, pelo contrário, estou me sentindo muito bem. Sinto-me como se minha alma
quisesse cantar.
Esconde o rosto entre as mãos. As pancadas do sino continuam e toca uma música de
aleluia. De repente, João ajoelha-se, como que levado por uma força irresistível e fica com os
olhos fixos fora. Todos vão-se ajoelhando vagarosamente. O Encourado volta rapidamente as
costas, para não ver o Cristo que vem entrando. É um preto retinto, com uma bondade simples
e digna nos gestos e nos modos. A cena ganha uma intensa suavidade de Iluminura. Todos
estão de joelhos, com o rosto entre as mãos.
ENCOURADO, de costas, grande grito, com o braço ocultando os olhos - Quem é? É Manuel?
MANUEL - Sim, é Manuel, o Leão de Judá, o Filho de Davi. Levantem-se todos, pois vão ser
julgados.
JOÃO GRILO - Apesar de ser um sertanejo pobre e amarelo, sinto perfeitamente que estou
diante de uma grande figura. Não quero faltar com o respeito a uma pessoa tão importante,
mas se não me engano aquele sujeito acaba de chamar o senhor de Manuel.
MANUEL - Foi isso mesmo, João. Esse é um de meus nomes, mas você pode me chamar
também de Jesus, de Senhor, de Deus... Ele gosta de me chamar Manuel ou Emanuel, porque
pensa que assim pode se persuadir de que sou somente homem. Mas você, se quiser, pode
me chamar de Jesus.
MANUEL - Sim.
MANUEL - Sou.
JESUS - A quem chamavam, não, que era Cristo. Sou, por quê?
JOÃO GRILO - Porque... não é lhe faltando com o respeito não, mas eu pensava que o senhor
era muito menos queimado.
MANUEL - Cale-se você. Com que autoridade está repreendendo os outros? Você foi um bispo
indigno de minha Igreja, mundano, autoritário, soberbo. Seu tempo já passou. Muita
oportunidade teve de exercer sua autoridade, santificando-se através dela. Sua obrigação era
ser humilde porque quanto mais alta é a função, mais generosidade e virtude requer. Que
direito tem você de repreender João porque falou comigo com certa intimidade? João foi um
pobre em vida e provou sua sinceridade exibindo seu pensamento. Você estava mais
espantado do que ele e escondeu essa admiração por prudência mundana. O tempo da
mentira já passou.
JOÃO GRILO - Muito bem. Falou pouco, mas falou bonito. A cor pode não ser das melhores,
mas o senhor fala bem que faz gosto.
MANUEL - Muito obrigado, João, mas agora é sua vez. Você é cheio de preconceitos de raça.
Vim hoje assim de propósito, porque sabia que isso ia despertar comentários. Que vergonha!
Eu Jesus, nasci branco e quis nascer judeu, como podia ter nascido preto. Para mim, tanto faz
um branco como um preto. Você pensa que eu sou americano para ter preconceito de raça?
PADRE - Eu, por mim, nunca soube o que era preconceito de raça.
ENCOURADO - Muitas vezes, não, poucas vezes, e mesmo essas poucas quando os pretos eram
ricos.
PADRE - Prova de que eu não me importava com cor, de que o que me interessava...
MANUEL - Era a posição social e o dinheiro, não é, Padre João? Mas deixemos isso, sua vez há
de chegar. Pela ordem, cabe a vez ao bispo. (Ao Encourado.) Deixe de preconceitos e fique de
frente.
JOÃO GRILO - Foi gente que eu nunca suportei: promotor, sacristão, cachorro e soldado de
polícia. Esse aí é uma mistura disso tudo.
MANUEL - Silêncio, João, não perturbe. (Ao Encourado.) Faça a acusação do bispo. (Aqui [...] o
Demônio traz um grande livro que o Encourado vai lendo.)"
ATIVIDADES
2. Há, no texto teatral, alguns trechos em que a letra está em itálico, por exemplo:
3. O texto teatral é escrito para ser representado. Nessa cena, a variedade linguística
predominante
(C) mostra informações polêmicas, afinal, a maioria de nós não acredita na religião ali
apresentada.
(D) histórica com palavras que deixaram de ser usados, em um claro arcaísmo.
6. Leia a seguinte fala de João Grilo: “Muito bem. Falou pouco, mas falou bonito. A cor pode
não ser das melhores, mas o senhor fala bem que faz gosto”. Percebe-se um sentido contrário
e diferente. Qual é a figura de linguagem que representa essa fala?
(A) Metonímia.
(B) Ironia.
(C) Antítese.
(D) Hipérbole.
(B) uma personagem fraca que se torna forte, após tomar algum tônico, isso visto no último
quadrinho.
(C) uma personagem que se sentia belo acima do normal, por isso a letra H de hipérbole na
roupa dela, no último quadrinho.
(D) uma personagem que se sente desajeitado e quer ser vista por todos como belo.
9. Além do uso da figura da linguagem hipérbole, o quadrinista busca atribuir aos animais da
tirinha ações e características humanas. Qual figura da linguagem é utilizada?
(A) Metonímia.
(B) Ironia.
(C) Personificação.
(D) Hipérbole.
10. Transforme as frases abaixo, que foram escritas usando figuras de linguagem, para uma
linguagem sem esses efeitos estilísticos. Como no exemplo:
Lá em casa o clima é de fim de feira: estamos vendendo todos os móveis, pois vamos mudar
de cidade.
DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS
• Pluralidade dramática: Ao contrário do que acontece com o conto, a novela desenvolve vários
enredos ao longo da narrativa, que podem estabelecer conexões entre si.
• Sucessividade: O enredo é desenvolvido de maneira sequencial, embora essa sequência possa ser
alterada ao longo da narrativa.
• Tempo: Na novela, o tempo é histórico, isto é, determinado pelo calendário e pelo relógio.
• Espaço: Tempo e espaço são definidos pela pluralidade dramática, pois as ações dos
personagens são responsáveis por deslocá-los para diferentes ambientes na narrativa.
• Linguagem: depende das circunstâncias históricas da narrativa. Se um fato é narrado na Idade
Média, a linguagem denota características da época. Se a narrativa é desenvolvida na atualidade,
a linguagem acompanha os hábitos culturais contemporâneos de um determinado local.
• Personagens: Não há limite de personagens e, ao longo da trama, novos podem surgir, assim
como outros podem ser retirados da trama, tudo em prol do fio narrativo.
• Enredo: Diferentemente do que acontece com o romance, cuja extensão é maior (o que permite
um ritmo mais lento), a novela segue um ritmo mais acelerado. As ações dos personagens são
essenciais para a narrativa, por isso a novela tornou-se um texto que pode ser facilmente adaptado
para a teledramatização ou radiodramatização.
No Brasil, a novela tem seu lugar garantido na Literatura nacional. Livros como O alienista, de
Machado de Assis, O exército de um homem só, de Moacyr Scliar, e Vidas Secas, de Graciliano Ramos,
são exemplos de novelas em língua portuguesa.
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E é por esse motivo que ela possui os elementos típicos de uma narração: Narrador e Foco
narrativo; Personagens; Conflito; Tempo; Espaço e Enredo.
Além disso, sua estrutura é bem organizada e está dividida em quatro grandes momentos:
• Introdução – Começo.
• Desenvolvimento – Meio.
• Clímax – Ápice da tensão.
• Desfecho e Conclusão – Fim.
• Os contos são muito curtos, têm poucas personagens, um só tema e todos os elementos
são mais restritos, inclusive, não costumam passar de 20 páginas.
• Os romances são narrativas longas, maiores de 150 páginas, cheias de desdobramentos
da vida de cada personagem que, ao final, irão se entrelaçar.
• Já, a novela, tem uma característica de cada: poucos personagens, mas uma abertura
maior para os temas e locais. Costumam ter entre 50 e 150 páginas.
Análise Linguística
O papel das conjunções e a relação de sentido entre orações presentes em um mesmo período.
Observe:
Tanto no período 1 quanto no 2, percebe-se uma ideia de tempo entre as orações. O que
há de diferente entre eles é que, no segundo, essa ideia foi explicitada pela palavra quando.
Algumas vezes, a presença de palavras que explicitam a relação de sentido que se pretende
estabelecer entre duas orações é indispensável para que se evitem confusões...
Imagine que alguém tenha escrito “João saiu, Maria chegou”, e que João não goste de
Maria.
Nesse caso, o mais adequado seria “João saiu, porque Maria chegou” e não “João saiu,
quando Maria chegou”.
São palavras invariáveis (não têm flexão de gênero, número ou grau, que ligam orações,
explicitando as relações de sentido existentes entre elas; as conjunções podem ser
coordenativas (quando ligam orações coordenadas ou subordinativas (quando ligam orações
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subordinadas); as conjunções integrantes são conjunções subordinativas que ligam uma oração
principal a uma subordinada substantiva (objetiva direta, objetiva indireta, subjetiva,
predicativa, apositiva, completiva nominal).
Veja, no quadro a seguir, algumas das relações de sentido que podem ser explicitadas por
uma conjunção:
Marcam uma relação de soma ou adição entre duas orações que possuem
Adição pensamentos similares ou equivalentes (de mesmo valor sintático). Exemplos: E,
pois, além disso, e ainda, mas também, por um lado … por outro
Marcam uma relação de oposição, contraste, ressalva, compensação ou sentido
Adversidade adverso entre duas orações. Exemplos: Mas, apesar de, no entanto, entretanto,
porém, contudo, todavia, tampouco, por outro lado
Marcam uma relação de alternância (sequência intercalada), escolha, exclusão.
Alternativa
Exemplos: ou, ou.. ou, ora... ora, já... já, quer.. quer, seja... seja, nem.. nem
Explicação Marcam a ideia de explicação, justificativa, esclarecimento ou confirmação em
relação a um fato enunciado em outra oração do período: Exemplos: pois
(anteposto ao verbo), que, porque, porquanto...
Conclusão Marcam uma relação de conclusão/dedução em relação a um fato anteriormente
enunciado. Exemplos: logo, portanto, pois (posposto ao verbo), assim, por isso,
então...
ATIVIDADES
Leia o trecho que apresenta o enredo da novela Cordel Encantado, da literatura popular às
telinhas (telenovela).
A trama tem Bianca Bin e Cauã Reymond numa fantasia no sertão brasileiro
Cordel Encantado tem texto de Duca Rachid e Thelma Guedes e direção-geral de Amora
Mautner. Espécie de fábula à brasileira, a novela mistura conto de fadas e o sertão brasileiro.
A trama de Cordel Encantado tem início quando os reis de Seráfia do Norte, Augusto
(Carmo Dalla Vecchia) e Cristina (Alinne Moraes), vêm ao Brasil com a pequena princesa Aurora,
atrás de um tesouro escondido aqui por Dom Serafim.
De olho no trono e na riqueza, a condessa Úrsula de Bragança (Débora Bloch) arma para
matar os três. Cristina morre no atentado, mas consegue salvar Aurora e a entrega para um casal
de sertanejos criarem. Achando que perdeu as duas, Augusto volta à Seráfia do Norte.
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1. Cordel Encantado é
(A) a pequena princesa Aurora é salva e entregue para um casal de sertanejos a criarem.
(B) os reis de Seráfia do Norte vêm ao Brasil com a pequena princesa Aurora, atrás de um tesouro
escondido aqui por Dom Serafim.
(C) Augusto, pai de Aurora, descobre que Aurora/Açucena está viva e volta ao país.
(D) Aurora/Açucena se apaixona por Jesuíno (Cauã Reymond), rapaz do bem que não faz ideia
ser o filho abandonado por Herculano.
8. Qual é a relação de sentido estabelecida pela conjunção “e” no período? Justifique sua
resposta.
9. No fragmento “Cristina morre no atentado, mas consegue salvar Aurora e a entrega para
um casal de sertanejos criarem. Achando que perdeu as duas, Augusto volta à Seráfia do
Norte.”, a relação de sentido estabelecida pela conjunção mas, destacada, é de
(A) adição, pois marca uma relação de soma ou adição entre duas orações que possuem
pensamentos similares ou equivalentes (de mesmo valor sintático).
(B) adversidade, pois marca uma relação de oposição, contraste, ressalva, compensação ou
sentido adverso entre duas orações.
10. No fragmento “Nesse tempo, Augusto descobre que Aurora/Açucena está viva e volta ao
país. Herculano, por sua vez, resolve se aposentar e quer fazer de Jesuíno seu sucessor.” As
palavras destacadas no período marcam uma relação de
(A) oposição.
(B) adição.
(C) temporalidade.
(D) conclusão.
Leia a sinopse da telenovela O cravo e a rosa para responder às questões, abaixo, 11 a 13.
Catarina (Adriana Esteves), mulher moderna para os anos 20, é conhecida como “a fera”
por colocar todos os seus pretendentes para correr. Mas ela esbarra na teimosia cínica de
Petruchio (Eduardo Moscovis), um machista que inicialmente decide conquistá-la para ganhar o
dote do casamento e salvar sua fazenda de ser leiloada. Os dois se apaixonam, mas não dão o
braço a torcer, protagonizando cenas bem-humoradas, pois Catarina recusa o papel de lavar
ceroulas e Petruchio a quer como a rainha do lar.
época, com referências históricas como a luta pelo voto feminino e o novo papel da mulher na
sociedade.
O Cravo e a Rosa foi ao ar entre 26 de junho de 2000 e 9 de março de 2001. Escrita por
Walcyr Carrasco e Mário Teixeira, com direção geral de Walter Avancini e Mário Márcio
Bandarra e direção de núcleo de Dennis Carvalho. Além da exibição original, foi reapresentada
quatro vezes: duas no Vale a Pena Ver de Novo, em 2003 e 2013; uma no Canal Viva, em 2019;
e inaugurando uma nova faixa de reprises nas tardes da Globo, em 2021.
11. No trecho, “O Cravo e a Rosa foi ao ar entre 26 de junho de 2000 e 9 de março de 2001” a
parte destacada se refere às marcas de
(A) concessão, pois há uma relação contrária ao momento em que a novela foi ao ar.
(C) coordenação, pois há uma relação sequencial ao momento em que a novela foi ao ar.
(D) temporalidade, pois marca uma relação de tempo por meio do período de exibição da
novela.
12. A personagem Catarina, representada pela atriz Adriana Esteves, é descrita como “uma
mulher moderna para os anos 20”, nesse trecho evidencia que
(A) todas as mulheres que viveram na sociedade brasileira, nos anos 1920, se destacaram na
sociedade.
(B) todas as mulheres eram sem estudo e, por isso, apenas Catarina se destacava.
(C) todas as mulheres tinham uma boa convivência com a família, menos Catarina.
(D) Catarina era considerada uma mulher à frente do seu tempo, pois já se manifestava diante
de questões machistas e lutava pela igualdade de direitos entre homens e mulheres.
13. No trecho “Os dois se apaixonam” o numeral em destaque se refere a quais palavras
anteriormente expressas:
O narrador pode contar a sua história desde o nascimento até a vida atual. Dessa maneira,
existe autobiografados adultos e/ou crianças que geralmente são pessoas conhecidas no país
em que moram. Entretanto, isso não é uma regra. Há pessoas que têm a vida marcada por algum
fato.
ATIVIDADES
Leia a apresentação que faz de si mesmo o escritor de livros infantis Bartolomeu Campos
Queiroz. Depois, responda às questões de 1 a 8.
Nasci com 57 anos. Meu pai me legou seus 34, vividos com duvidosos amores, desejos
escondidos. Minha mãe me destinou seus 23, marcados com traições e perdas. Assim, somados,
o que herdei foi a capacidade de associar amor ao sofrimento...
(...) Tive uma educação primorosa. Minha primeira cartilha foi o olhar do meu pai, que me
autorizava a comer ou não mais um doce nas festas de aniversário. Comer com a boca fechada,
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é claro, para ficar mais bonito e meu pai receber elogios pelo filho contido que ele tinha. E cada
dia eu era visto como a mais exemplar das crianças, naquela cidade onde a liberdade nunca
tinha aberto as asas sobre nós. Mas a originalidade de minha mãe ninguém poderá desconhecer.
Ela era capaz de dizer coisas que nenhuma mãe do mundo dizia, como por exemplo: – Você,
quando crescer vai ter um filho igual a você. Deus há de me atender, para você passar pelo que
eu estou passando. – Mãe é uma só.
(Bartolomeu Campos Queiroz, em Abramovich, Fanny (org.). O mito da infância feliz. Summus, São Paulo, 1983).
2. É sugerido no texto autobiográfico que nós todos nascemos velhos e somos parte de vidas
já vividas pelos pais e até mesmo pela sociedade. Isso fica simbolizado através do trecho:
(A) “Nasci com 57 anos. Meu pai me legou seus 34, vividos com duvidosos amores, desejos
escondidos. Minha mãe me destinou seus 23, marcados com traições e perdas. Assim,
somados, o que herdei foi a capacidade de associar amor ao sofrimento...”
(B) “Tive uma educação primorosa. Minha primeira cartilha foi o olhar do meu pai, que me
autorizava a comer ou não mais um doce nas festas de aniversário.”
(C) “E ser menino era honrar pai com seus amores ocultos. Gostar da mãe e seus suspiros de
desventuras.”
(D) “Meu pai não passeou comigo montado em seus ombros, nem minha mãe cantou cantigas
de ninar para me trazer o sono”.
3. No texto, Bartolomeu faz referências irônicas à criação que os pais deram a ele. Em qual
trecho é possível perceber o uso da ironia como recurso textual?
(A) “Mesmo nascendo com 57 anos estava aos 60 obrigado ainda a ser criança.”
( B) “E ser menino era honrar pai com seus amores ocultos.”
( C) “Gostar da mãe e seus suspiros de desventuras.”
( D) “Tive uma educação primorosa.”
4. No trecho “Nasci com 57 anos. Meu pai me legou seus 34, vividos com duvidosos amores,
desejos escondidos. Minha mãe me destinou seus 23, marcados com traições e perdas.”, os
verbos são estruturados marcando o tempo pretérito perfeito do modo indicativo. Isso sugere
uma ideia de
5. Releia o trecho: “Meu pai não passeou comigo montado em seus ombros, nem minha mãe
cantou cantigas de ninar para me trazer o sono.” As palavras destacadas expressam o
sentimento de:
(A) Excelente.
(B) Imperfeita.
(C) Cerimoniosa.
(D) Grosseira.
7. No trecho “Comer com a boca fechada, é claro, para ficar mais bonito e meu pai receber
elogios pelo filho contido que ele tinha” a palavra destacada se refere a qual elemento textual
anterior?
(A) Pai.
(B) Comer.
(C) Filho.
(D) Boca.
(A) traços da fala e da personalidade da mãe e como ele era tratado com carinho na infância.
(C) a reprodução da fala da mãe, uma vez que ele é o narrador da própria história.
(D) a história contada por um narrador-observador, pois a personagem não tem voz própria.
10. Na autobiografia, Bartolomeu relata sua infância em uma cidade do interior e coloca como
título “... das saudades que não tenho”. Como podemos explicar a relação textual construída
por Bartolomeu com o poema de Casimiro de Abreu?
Produção de Texto
● Coloque alguns fatos marcantes: datas que considerar importante para você. Exemplo:
nascimento de um irmão, aniversário de alguém, fato marcante: por exemplo, a pandemia.
Bom trabalho!
Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás – José Carrilho
O discurso: “Filho, você é o meu sol!” é um exemplo de figura de palavra, já que consiste na
mudança do sentido literal de “sol”. Como essa figura de linguagem é classificada?
a) Hipérbole.
b) Eufemismo.
c) Metáfora.
d) Comparação.
4 - Leia e responda:
As propagandas são gêneros textuais que frequentemente se utilizam das figuras de linguagem
para transmitir uma mensagem ao leitorde forma mais expressiva. O texto em destaque nooutdoor
emprega qual figura de linguagem para mostrar aos motoristas a importância de não consumir
bebida alcoólica antes de dirigir?
a) Metonímia. c) Metáfora.
b) Antítese. d) Ironia.
6 - Leia o texto:
O texto faz uma relação entre os pulmões e duas árvores que se assemelham ao órgão
responsávelpela respiração. Dizemos, portanto, que houvenesse texto o emprego de:
antítese. ( ) metáfora. ( )
antonomásia. ( ) hipérbole. ( )
7. A catacrese é uma figura de linguagem que mostra uma expressão que foi tão utilizada pelas
pessoas que acabou se popularizando na comunicação. Assinale a alternativa cujo
exemplo NÃO é uma catacrese.
a) Quadro de parede.
b) Boca da garrafa
c) Dente de alho
d) Braço do sofá