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Olá, eu sou a professora de Atualidades, me chamo Carla Kurz, sou doutora em História e Geogra-
fia. Trabalho em cursos preparatórios desde 2004 e sou professora do Focus Concursos. Tive trei-
namento didático nas principais redes de ensino do Brasil. Ainda, sou escritora de material didático,
podcaster e youtuber e louca por temas atuais que vão gerar polêmicas e questões de provas. Estou
aqui para te ajudar a responder com tranquilidade as questões com temas dos dias atuais!
Apesar de não estar na lista dos conteúdos cobradas no ENEM, as Atualidades estão presentes em
todas as disciplinas cobradoras na prova, de forma direta e indireta, formatando o caráter interdisci-
plinar na prova. Além disso, você precisará dos dados e informações para a argumentação da re-
dação.
Como sou sua heroína do ENEM, estou aqui para te ajudar a responder com tranquilidade as ques-
tões com temas dos dias atuais e de quebra te encher de informações para ter um excelente repertó-
rio para sua Redação!
Em um país como o nosso, cuja maioria da população, por deficiência da formação escolar, e pouco
hábito de leitura diária é, em regra, uma missão que requer muito treinamento. Para ter um bom de-
sempenho nesse tipo de prova é necessário estudar muitos assuntos e ficar ligado nas notícias rele-
vantes do Brasil e do mundo podem. E para você não ser pego de surpresa, organizei algumas dicas
de como estudar Atualidades para ficar super informado.
1. Conceitos chave:
Estado: sociedade constituída por um grupo de indivíduos organizados, como: os grupos familia-
res, profissionais, educativos, políticos, religiosos, que buscam objetivos em comum. Além disso, o
Estado se apresenta como uma organização denominada sociedade política. Nessa sociedade, exis-
tem normas jurídicas escritas (Constituição Federal, Código Civil, Código Penal, Código de Defesa
do Consumidor, etc.). E também uma hierarquia entre os governantes e governados, todos sujeitos a
buscar o bem público, sendo exemplos a saúde, educação, justiça e defesa nacional. A formação de
um Estado consiste em três elementos: uma população, um território e um governo.
Povo: Diz respeito a todos que habitam o território, englobando todas as pessoas, mesmo que elas
estejam temporariamente no território ou que não tenham qualquer vínculo com o Estado. Mas há
uma diferença entre as referências de população, povo e cidadão. Para entender: a população refere-
se brasileiros e estrangeiros (em território nacional), a palavra povo se caracteriza pelos natos e na-
turalizados, e os cidadãos são os nacionais que possuem direitos políticos.
Território: É o lugar onde há aplicação do ordenamento jurídico, a base física em que está fixado o
elemento humano. É nele que o governo pode exercer a sua organização e validar suas normas jurí-
dicas. Constitui-se do solo, subsolo, águas territoriais, ilhas, rios, lagos, portos, mar e espaço aéreo.
Soberania: É uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder. Com
isso em mente, sabemos que a soberania possui estas características:
• Una: é sempre um poder superior. Não podem existir duas soberanias dentro de um
mesmo Estado, por exemplo;
• Indivisível: aplica-se a todos os fatos ocorridos no Estado;
• Inalienável: quem a detém desaparece ao ficar sem ela, seja o povo, nação ou o Esta-
do;
• Imprescritível: não tem prazo de duração.
Monarquia: Essa forma de governo é bastante antiga. Nela, o chefe de Estado é um monarca, que é
chamado de rei/rainha, imperador/imperatriz, dentre outros títulos. Atualmente as monarquias cons-
titucionais são parlamentaristas, em que as funções de governo são repassadas a um primeiro-minis-
tro, junto com um gabinete e o povo escolhe seus representantes no parlamento. Apesar de não ter
mais grandes poderes políticos, os monarcas desse tipo de sistema continuam a gozar da hereditari-
edade do cargo.
Existem cerca de 40 monarquias restantes no mundo e cerca de metade delas é pertencente à Com-
monwealth, que é a comunidade de nações que foram colonizadas pelo Reino Unido. A maior parte
dos países da Commonwealth ainda reconhece a rainha britânica como sua chefe de Estado.
Mas ainda existem algumas monarquias absolutas no mundo: Arábia Saudita, Brunei, Omã, Suazi-
lândia possuem seus próprios monarcas.
República: o cargo do executivo é exercido por uma pessoa escolhida diretamente pelo povo, ge-
ralmente chamado de presidente ( às vezes também de primeiro-ministro, no caso de repúblicas par-
lamentaristas). Normalmente, o presidente é, ao mesmo tempo, o chefe de Estado e o chefe de go-
verno, exceto nas repúblicas parlamentaristas. O seu tempo no poder costuma ser curto e muito bem
definido.
Constituição: A Constituição Federal, também chamada Carta Magna, é o instrumento legal máxi-
mo de um país, estabelecendo os limites materiais e formais a todas as suas leis. O Brasil, por
exemplo, já teve oito Constituições em vigor, incluindo a atual.
Uma Constituição pode ser originada e outorgada de forma autoritária, como ocorreu com a primei-
ra Constituição Brasileira, em 1824, ou pode derivar da vontade popular, por meio de representantes
eleitos para uma Assembleia Nacional Constituinte, como é o caso de nossa Constituição atual.
Sistema de governo: É a forma como o poder político de um país é dividido e exercido. Basica-
mente, esses sistemas variam de acordo com a distribuição de funções entre os poderes Executivo e
Legislativo.
Repúblicas: Geralmente são democracias e possuem a clássica separação de poderes entre Executi-
vo, Legislativo e Judiciário. Isso não quer dizer que em toda república você verá um presidente
como o principal líder, pois algumas repúblicas podem adotar o parlamentarismo ;
Presidencialismo: Nesse sistema a distinção entre chefe de Estado e chefe de governo não existe
claramente. Tanto funções de chefe de Estado, quanto de chefe de governo ficam acumuladas
para uma pessoa: o presidente. Ele é responsável por coordenar a execução das políticas públicas, a
escolha dos ministros que trabalharão com ele, exercer poder de veto em projetos de lei vindos do
Legislativo, entre outras coisas. Ele não tem um papel decorativo, como acontece em muitas repú-
blicas parlamentaristas.
Mercado financeiro: é constituído por bancos e bolsas de valores, que são instituições que negoci-
am as ações das empresas. Assim, faz a ligação entre empresas e pessoas com capital sobrando e as
sem capital. Através das bolsas de valores, é atraído o capital especulativo, também denominado
“capital volátil”, isto é, um dinheiro que pode entrar ou sair com facilidade naquele mercado.
Transnacionais: São empresas que transpõem as fronteiras originais em que foram criadas. Assim,
possuem fábricas em diferentes países e são consumidas no mundo todo.
Blocos econômicos: Normalmente se iniciam através de acordos que estabelecem zonas de livre
comércio (ZEEs), lugares onde não são cobradas tarifas alfandegárias, como o NAFTA (Tratado de
Livre Comércio das Américas).
Os blocos econômicos podem adicionar também ao seu acordo uma união Aduaneira, ou seja, o es-
tabelecimento de uma tarifa externa comum. Isso significa que todos os países que compõem o blo-
co irão aplicar a mesma taxação em relação à importação de bens de países fora do bloco. Um
exemplo de união aduaneira é o Mercosul.
Hoje, um dos maiores e mais complexos blocos econômicos é a União Europeia. Além de se confi-
gurar como uma zona de livre comércio e possuir uma união aduaneira, ela também se estabelece
como um mercado comum, isto é, permite a livre circulação de pessoas, capital e trabalho entre os
países pertencentes ao bloco. Além disso, ele também padroniza as legislações econômica, traba-
lhista, fiscal e ambiental.
Por fim, a União Europeia também possui uma política monetária unificada. Em 1998, o bloco ini-
ciou o processo de adoção de uma moeda única (euro), fato que exigiu a convergência das políticas
econômicas entre os países pertencentes à união.
Xenofobia: Segundo a definição utilizada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Re-
fugiados (ACNUR), que considera a xenofobia como: “Atitudes, preconceitos e comportamentos
que rejeitam, excluem e frequentemente difamam pessoas, com base na percepção de que eles são
estranhos ou estrangeiros à comunidade, sociedade ou identidade nacional”.
Ao adotar esse enfoque, considera-se que qualquer forma de violência baseada nas diferenças de
origens geográfica, linguística ou étnica de uma pessoa pode ser considerada como xenófoba. Em
resumo, a xenofobia é o medo ou ódio por estrangeiros ou estranhos, e está vinculada a atitudes e
comportamentos discriminatórios e frequentemente culmina em atos de violência, como diferentes
tipos de abuso e exibições de ódio.
Refugiados: Trata-se de um grupo específico de imigrantes que recebem essa denominação por
conta de uma convenção feita em 1951 que trouxe regulamentação aos diferentes tipos de imigran-
tes. Refugiado é uma pessoa que sai de seu país por conta de “fundados temores de perseguição por
motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas”, em situações nas quais
“não possa ou não queira regressar”.
Feminicídio: é uma palavra nova para uma prática antiga, uma vez que mulheres morrem de for-
mas trágicas todos os dias no Brasil: são espancadas, estranguladas, agredidas brutalmente até o
momento em que perdem a vida. Feminicídio é uma palavra que define o homicídio de mulheres
como crime hediondo quando envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher e vio-
lência doméstica e familiar. A lei define feminicídio como “o assassinato de uma mulher cometido
por razões da condição de sexo feminino” e a pena prevista para o homicídio qualificado é de reclu-
são de 12 a 30 anos.
Terrorismo: O termo terrorismo pode ser extremamente vago e servir meramente para fins retóri-
cos. É bem possível que você já tenha ouvido falar em terrorismo eleitoral, terrorismo midiático,
terrorismo econômico, entre outros usos incomuns dessa palavra. De todo modo, existem algumas
tentativas de elaborar uma definição precisa do que “terrorismo” de fato significa. A Organização
das Nações Unidas, por exemplo, define terrorismo da seguinte forma:
“Atos criminosos pretendidos ou calculados para provocar um estado de terror no público em geral
[…]“ — Declaração sobre Medidas para Eliminar o Terrorismo Internacional
(Resolução 49/60 da Assembleia Geral, para. 3)
Direitos humanos: Consistem em direitos naturais garantidos a todo e qualquer indivíduo, e que
devem ser universais, isto é, se estender a pessoas de todos os povos e nações, independentemente
de sua classe social, etnia, gênero, nacionalidade ou posicionamento político.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os direitos humanos são “garantias jurídicas
universais que protegem indivíduos e grupos contra ações ou omissões dos governos que atentem
contra a dignidade humana”. São exemplos de direitos humanos o direito à vida, direito à integrida-
de física, direito à dignidade, entre outros.
Quando os direitos humanos são firmados em determinado ordenamento jurídico, como nas Consti-
tuições, eles passam a ser chamados de direitos fundamentais.
2.1. Educação: “O ser humano é aquilo que a educação faz dele.”Immanuel Kant
Educação sexual é um termo utilizado para se referir ao processo que busca proporcionar
conhecimento e esclarecer dúvidas sobre temas relacionados à sexualidade. Por sexualidade enten-
de-se o conjunto de comportamentos relacionados ao desejo sexual.
Este processo de educação sobre sexualidade tem sua importância relacionada à prevenção de di-
versas situações indesejadas, como doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), gravidez na ado-
lescência e experiências sexuais traumáticas.
Educação sobre sexualidade como um programa de ensino nas escolas é, muitas vezes, chamado de
orientação sexual – o que pode causar confusão com a ideia de preferência sexual de cada indiví-
duo. Em função disso, neste post utilizaremos o termo educação sexual para tratar, especificamente,
do programa adotado em escolas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera que a educação sexual está relacionada
à promoção de direitos humanos – direitos das crianças e jovens e o direito que toda pessoa tem à
saúde, educação, informação e não discriminação. Por essa razão, a ONU é favorável a implemen-
tação de um currículo para educação sexual nas escolas:
“Educação sexual é um programa de ensino sobre os aspectos cognitivos, emocionais, físicos e so-
ciais da sexualidade. Seu objetivo é equipar crianças e jovens com o conhecimento, habilidades,
atitudes e valores que os empoderem para: vivenciar sua saúde, bem estar e dignidade; desenvolver
relacionamentos sociais e sexuais respeitosos; considerar como suas escolhas afetam o bem estar
próprio e dos outros; entender e garantir a proteção de seus direitos ao longo da vida.” (UNAIDS,
Guia técnico para educação sexual).
Fonte: https://www.politize.com.br/educacao-sexual-o-que-e-e-como-funciona-em-outros-paises/
2. 2. Sociedade e comportamento: “O homem está condenado a ser livre, pois, uma vez lançado
ao mundo, ele é responsável por tudo o que faz.” Jean Paul Sartre
Pesquisador identificou em fórum uma pasta contendo 773 milhões de endereços de e-mails
e 21 milhões de senhas, no que já é considerado um dos maiores vazamentos de dados da história.
Em janeiro de 2019, a revista Wired divulgou que quase 773 milhões de e-mails e mais de 21 mi-
lhões de senhas foram disponibilizados na internet. O material foi publicado num fórum de hackers.
Quem descobriu a falha foi o pesquisador australiano Troy Hunt, que mantém uma ferramenta para
as pessoas conferirem se foram afetadas. Desenvolvedor de segurança da Microsoft, ele diz que
chegou a uma pasta chamada Collection #1, após encontrar uma discussão sobre ela no grupo de
hackers.
O material estava armazenado na nuvem e abrigava mais de 12 mil arquivos, e mais de
2.000 bancos de dados, com senhas e e-mails. Não se sabe ainda a dimensão do vazamento, mas ele
pode ser ainda maior. O jornalista independente Brian Krebs, que investiga cibercrimes, publicou
no Twitter que esteve em contato com um hacker que lhe ofereceu por apenas US$ 45 (R$ 168) um
pacote dez vezes maior do que o encontrado inicialmente.
A pasta Collection #1 constava na oferta, além de outros quatro similares. Desconfia-se que
os arquivos sejam compilados de vazamentos de dados antigos. Para melhorar a segurança dos
usuários na internet, esta lista aberta traz algumas medidas que podem ser tomadas.
Dicas de segurança
• USE UM GERENCIADOR DE SENHAS Utilize uma senha única para cada conta, principal-
mente as que possuem informações valiosas, como e-mails e bancos. Alguns aplicativos podem
ajudá-lo a administrá-las, como o 1Password ou o LastPass.
• CRIE SENHAS FORTES Use, no mínimo, seis dígitos. Senhas grandes com números, letras e
símbolos são mais seguras. Sempre configure seus aparelhos para que exijam códigos ao serem
acessados.
• USE A AUTENTICAÇÃO DE DOIS FATORES Com essa ferramenta, sempre que um usuário
for iniciar uma sessão pela primeira vez em algum novo aparelho, será obrigado a fornecer um
código enviado para outro dispositivo confiável. Exemplo: ao acessar o Facebook pela primeira
vez num computador, a pessoa recebe no celular um código que deverá ser informado na hora
de se logar. O uso do número do celular, porém, não é aconselhado, pois hackers podem invadi-
lo e, assim, acessar as senhas. Prefira aplicativos de geração de códigos.
• HABILITE A PROTEÇÃO COM O CÓDIGO PIN O código PIN é informado na compra dos
chips das operadoras telefônicas, mas é geralmente ignorado. Alguns hackers conseguem inva-
dir o celular. Nesse caso, se o usuário usa a autenticação de dois fatores com o número de celu-
lar, o hacker poderá alterar todas as senhas. Quando a proteção com o PIN está ativada, ele é
exigido sempre que o dispositivo for ligado.
• USE A CRIPTOGRAFIA Caso o aparelho seja roubado, será muito mais difícil alguém acessar
as informações se a criptografia, que embaralha os dados, tiver sido habilitada anteriormente.
Alguns sistemas já vêm com a criptografia incluída automaticamente.
• CUBRA A CÂMERA Em 2016, o então diretor do FBI (a polícia federal dos Estados Unidos),
James Comey, afirmou que usava um pedaço de fita encobrindo a câmera de seu computador
“porque viu uma pessoa mais esperta do que ele” fazendo o mesmo. No mesmo ano, o fundador
do Facebook, revelou sem querer, nesta foto, que também tampava a câmera de seu computador.
Há indícios de que elas podem ser invadidas.
• REVEJA PERMISSÕES Ao utilizar aplicativos, eles costumam pedir permissão para acessar
fotos, câmera, localização e microfones. Tenha certeza de que as permissões foram dadas para
aplicativos confiáveis.
• REVEJA A GEOLOCALIZAÇÃO Fotos e vídeos produzidos no aparelho podem já vir com a
geolocalização. Qualquer um que acessar essas mídias no Instagram ou Twitter, por exemplo,
pode saber exatamente onde foram feitas. É possível desabilitar a função em alguns aparelhos. A
• PRIVACIDADE NAS REDES SOCIAIS Empresas como Facebook recolhem informações dos
usuários, como interesses pessoais, locais frequentados, contatos e compras realizadas, entre
outros dados. É preciso rever as permissões dadas, se abandonar as redes sociais não for uma
opção.
• DESCONFIE SEMPRE A estratégia do phishing (fraude na internet) é se passar por uma pes-
soa ou empresa, geralmente por e-mail, para convencer alguém a clicar num link que direciona
o usuário para uma página falsa de login. As informações fornecidas ali vão diretamente para o
criminoso. Nunca responda mensagens solicitando dados pessoais e financeiros.
• MANTENHA OS DISPOSITIVOS ATUALIZADOS Atualize os dispositivos assim que uma
nova versão do sistema estiver disponível, porque elas trazem melhorias de segurança. Roubos
de dados ocorrem com mais frequência em aparelhos desatualizados.
2. 3. Violência: “Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe
conflito, e inspirar esperança onde há desespero.” Nelson Mandela
FEMINICÍDIO
Feminicídio é uma palavra que define o homicídio de mulheres como crime hediondo quan-
do envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher e violência doméstica e familiar. A
lei define feminicídio como “o assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo
feminino” e a pena prevista para o homicídio qualificado é de reclusão de 12 a 30 anos.
“Trata-se de um crime de ódio. O conceito surgiu na década de 1970 com o fim de reconhecer e
dar visibilidade à discriminação, opressão, desigualdade e violência sistemática contra as mulhe-
res, que, em sua forma mais aguda, culmina na morte. Essa forma de assassinato não constitui um
evento isolado e nem repentino ou inesperado; ao contrário, faz parte de um processo contínuo de
violências, cujas raízes misóginas caracterizam o uso de violência extrema. Inclui uma vasta gama
de abusos, desde verbais, físicos e sexuais, como o estupro, e diversas formas de mutilação e de
barbárie.” Eleonora Menicucci, ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da
Presidência (Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República)
Um terço dos homicídios de mulheres no mundo – 35% – são cometidos por seus compa-
nheiros, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, enquanto 5% dos assassinatos de homens
são cometidos por suas parceiras. A projeção da Organização das Nações Unidas é que 70% de to-
das as mulheres no mundo já sofreram ou irão sofrer algum tipo de violência em algum momento de
suas vidas. Em 2016, um terço das mulheres no Brasil – 29% – relataram ter sofrido algum tipo de
violência. Delas, apenas 11% procuraram uma delegacia da mulher e em 43% dos casos a agressão
mais grave foi no domicílio.
Esses são alguns dados de muitos outros – sobre os quais falaremos adiante – e que ilustram
pontos-chave para entendermos a diferença entre feminicídio e homicídio de mulheres.
O principal motivo para o uso da palavra feminicídio é de que o crime é diferente por si só,
por ser um crime de discriminação, cometido contra uma mulher pelo fato de ela ser mulher. Essa
discriminação provém no machismo e do patriarcado, que são maneiras culturais de a sociedade co-
locar a mulher num lugar de inferioridade, submissão e subserviência; de acordo com essa lente, a
autoridade máxima é exercida pelo homem e automaticamente a mulher se torna um ser desimpor-
tante, que deve dedicar sua vida à servir (principalmente os homens).
Por vezes, mulheres sofrem diversos tipos de violência de gênero – sexual, psicológica, mo-
ral, física, doméstica – até que lhe seja tirada a vida. Esse foi o caso de Eloá Cristina Pimentel, de
15 anos, assassinada em 2008 após ser mantida refém por mais de 100 horas pelo ex-namorado
Lindemberg Fernandes Alves.
A existência dessas formas de violência na vida de tantas mulheres chama a nossa atenção
para o fato de que o feminicídio pode ser evitado, por muitas vezes ser o ápice de um processo de
violência contínua e que muitas vezes está dentro de casa.
A tipificação do feminicídio como crime de gênero se faz necessária por estar diretamente
ligado à violência de gênero e por ser um crime passível de ser evitado – principalmente às vítimas
de violência doméstica, que podem ter suporte e seus agressores punidos conforme prevê a lei. De
acordo com o Atlas da Violência e outros relatórios, “os dados apresentados [sobre violência contra
a mulher e feminicídio] revelam um quadro grave, e indicam também que muitas dessas mortes po-
deriam ter sido evitadas.
Em inúmeros casos, até chegar a ser vítima de uma violência fatal, essa mulher é vítima de
uma série de outras violências de gênero, como bem especifica a Lei Maria da Penha (Lei
11.340/06). A violência psicológica, patrimonial, física ou sexual, em um movimento de agrava-
mento crescente, muitas vezes, antecede o desfecho fatal.”
Fonte: https://www.politize.com.br/feminicidio/
2. 4. Juventude: “Temos de nos tornar a mudança que queremos ver.”Mahatma Gandhi
Para Bernardo Tanis, atentados como o de Suzano podem abalar a confiança no coletivo e
abrir uma brecha explorada por extremistas, provocando mais atos de violência.
Ataques em massa como o ocorrido em duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova
Zelândia, no dia 15 de março, ou como o ocorrido na escola estadual Raul Brasil, na cidade de Su-
zano, na região metropolitana de São Paulo, no dia 13 de março, deixam marcas nos sobreviventes,
nas famílias e, também, em toda a comunidade. “Além da tristeza, também sinto muita raiva porque
a comunidade tem de lidar não apenas com as consequências de curto prazo, mas de longo prazo”,
disse a americana Heather Martin ao portal UOL, referindo-se a Suzano.
Ela é sobrevivente do massacre de Columbine, nos EUA, em 1999. “Esta [tragédia] gera
uma marca indelével que essas pessoas vão carregar consigo a vida toda”, afirmou o psicólogo e
psicanalista Bernardo Tanis, nesta entrevista ao Nexo. Na análise de Tanis, as comunidades têm um
longo caminho de reconstrução após atentados desse tipo, o que envolve acompanhamento psicoló-
gico e análise crítica dos acontecimentos. “Mais trabalho de pensamento, menos cultura do espetá-
culo e da catástrofe que prima pelo impacto da imagem”, define.
Autor de “Circuitos da solidão. Entre a clínica e a cultura” e atual presidente da Sociedade
Brasileira de Psicanálise de São Paulo, Tanis considera que esses ataques podem provocar traumas
para a sociedade como um todo. “O luto deve ser uma ação coletiva: a sociedade precisa digerir o
que aconteceu, elaborar alternativas e se reerguer coletivamente, por exemplo, com o trabalho de
psicólogos e educadores conversando com estudantes, as famílias e os amigos de Suzano - e nas
escolas do país inteiro. Isto diz respeito ao Brasil: precisamos reconstruir o mínimo de confiança no
coletivo.
A ausência desse elo é muitas vezes explorada por extremistas”, analisa nesta entrevista ao
Nexo. Nos EUA, estima-se que 28% de testemunhas de massacres sofrem de transtorno de estresse
pós-traumático. No Brasil, psiquiatras e psicólogos estão a caminho de Suzano (SP), para atender
sobreviventes, familiares e amigos das vítimas do atentado desta semana.
Em janeiro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que flexibiliza a posse
de armas no país. O decreto n° 9.685 alterou regras previstas em um decreto anterior, de 2004, que
regulamentava o Estatuto do Desarmamento, de 2003. 619.604 armas estão oficialmente nas mãos
de civis no Brasil, segundo dados do Exército de 2017 e da Polícia Federal de 2018 33.031 é o nú-
mero de licenças concedidas para civis, em 2017, segundo a Polícia Federal. Em 2004, foram 3.029
A nova norma torna menos rígidos os critérios para alguém solicitar a posse de arma de fogo, ou
seja, para mantê-la em casa ou em estabelecimento comercial do qual seja proprietário.
O decreto altera o trecho relativo à comprovação de “efetiva necessidade” da posse. Agora,
há uma lista de situações que se enquadram como efetiva necessidade de possuir uma arma, como:
ter estabelecimento comercial, morar em área rural, morar em cidades de Unidades da Federação
com índice de homicídio superior a 10 por 100 mil habitantes (índice, atualmente, superado por to-
dos os estados). O prazo para renovar o registro de posse aumentou de 5 para 10 anos.
O limite de armas que uma pessoa pode ter passou para quatro no total (com possibilidade
de solicitar mais, se comprovada necessidade).
RESTRIÇÃO O cidadão que deseja ter uma arma em casa e convive com crianças, adoles-
centes e/ou pessoas com deficiência intelectual terá de apresentar uma declaração de que a residên-
cia tem cofre ou local seguro para guardar a arma. O texto do decreto não especifica como deve ser
feita essa declaração nem características necessárias para o armazenamento. O QUE FICOU
IGUAL Para solicitar a posse à Polícia Federal, continuam valendo exigências como: ter mais de 25
anos, ter residência fixa, não ter antecedentes criminais e comprovar capacidade técnica e psicoló-
gica. Os critérios para o porte (permissão para circular com uma arma) não sofreram alteração.
Os planos sobre as armas de fogo no Brasil Bolsonaro já sinalizou que outras mudanças re-
lativas ao Estatuto do Desarmamento estão previstas, as principais são: Porte de armas: ampliar o
direito de cidadãos circular armados nas ruas, o que exige mudança por meio de projeto de lei Re-
gularização de armas: o governo vai abrir prazo para recadastrar armas em situação irregular e ava-
lia reduzir o imposto ao comprador de armamento Essas duas medidas dependem de aprovação do
Congresso.
A flexibilização do porte ainda não foi detalhada. Atualmente, esse direito é restrito a agen-
tes de segurança pública e privada e há poucas exceções a cidadãos comuns, como determina a lei
nº10.826/2003. Sobre a regularização de armas, conforme Bolsonaro sinalizou na cerimônia de as-
sinatura do decreto em 15 de janeiro, será feita em breve por Medida Provisória – instrumento que
entra em vigor assim que assinado pelo presidente, mas que precisa ser aprovado pelos parlamenta-
res em até 120 dias.
As mortes por armas de fogo no Brasil No começo dos anos 1980, 40% dos homicídios re-
gistrados no Brasil eram causados por armas de fogo. Esse número subiu até 71,1%, índice registra-
do em 2003, segundo o Atlas da Violência, publicado anualmente pelo Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada).
Com o Estatuto do Desarmamento, o índice registra uma leve queda nos primeiros anos,
para depois se manter estável. Na análise do levantamento de 2014, o número de homicídios no país
seria 41% maior entre 2003 até aquele ano, o equivalente a quase 80 mil mortes, caso a circulação
de armas de fogo ocorresse sem as restrições do estatuto. Segundo o Atlas da Violência, em 2010, o
Brasil tinha uma taxa de 19,3 homicídios por armas de fogo por 100 mil habitantes. Em compara-
ção, a taxa nos EUA, no mesmo ano, era de 3,6, segundo a Pew Research Center. Em 2016, alcan-
çou 21,6 no Brasil.
EUA vivem rotina de tiroteios em massa O EUA registraram, em 2015, uma média de um
massacre por dia, de acordo com o Mass Shooting Tracker, uma contabilização feita pelo jornal The
Washington Post. Em 2017, após um militar da reserva matar a tiros 26 pessoas numa igreja batista
no Texas, o jornal The New York Times ouviu pesquisadores para saber se havia alguma explicação
científica para a recorrência de massacres com armas de fogo nos EUA. O presidente Donald
Trump havia dito que o país apresentava “muitos problemas de saúde mental” e que a culpa não era
das armas. Existem mais armas do que pessoas nos Estados Unidos, segundo dados de 2017 da
Small Arms Survey: são 120,5 para cada 100 pessoas.
Segundo a publicação, o argumento da saúde mental não poderia ser usado para explicar
uma violência armada que era “pelo menos 20 vezes superior a de qualquer outro país desenvolvi-
do”, segundo números da pesquisadora Kimberly Yonkers, da Escola de Medicina de Yale. O país
gastava cerca de 7% do PIB com saúde mental, enquanto nos países desenvolvidos o número ficava
entre 6% e 8%.
Os Estados Unidos também possuíam 19 profissionais da área e 3,4 leitos para cada 100 mil
habitantes, número próximo ao dos países da Europa central. “Em resumo, o sistema americano de
saúde mental é pelo menos equivalente ao de seus pares entre as demais nações desenvolvidas, mas
os números de violência armada nos EUA são dramaticamente mais altos”, conclui Yonkers. Outra
explicação seria ligar as mortes ao número de assaltos.
Mas um estudo dos pesquisadores Franklin E. Zimring e Gordon Hawkins, da Universidade
de Berkeley, na Califórnia, derrubou a tese. “Um cidadão em Nova York tem a mesma chance de ser
assaltado que um cidadão de Londres, mas o risco de ser morto no assalto é 54 vezes maior em
Nova York do que em Londres”, afirma o trabalho.
De acordo com o New York Times, a disponibilidade de armas é um fator muito mais de-
terminante. Uma análise feita por pesquisadores ligados ao centro de prevenção de crimes da Pen-
silvânia, publicada em 2016 no American Journal of Epidemiology, levando em consideração 130
países, mostrou que quanto mais estrito o controle sobre as armas de fogo, menor o número de ho-
micídios. Essa mesma correlação é verificada também entre estados americanos.
Desde 1972, o Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado em 5 de junho. A data foi estabe-
lecida durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Es-
tocolmo, capital da Suécia, e tem como objetivo reforçar os constantes problemas ambientais en-
frentados por todo o planeta, assim como a importância da preservação de seus recursos.
Foi também nessa época que o conceito de desenvolvimento sustentável começou a tomar
forma. Segundo informações do livro Gestão Socioambiental Estratégica, de Luís Felipe Nascimen-
to, Ângela Denise da Cunha Lemos e Maria Celina Abreu de Mello, logo após a realização da Con-
ferência, diversos países começaram a estruturar órgãos ambientais e legislações que tornaram o ato
de poluir uma prática ilegal. Discussões sobre a racionalização do uso de energia e a busca por
combustíveis mais limpos também ganharam força.
Vale lembrar que o conceito de desenvolvimento sustentável está intimamente ligado a ca-
pacidade de atender às necessidades das sociedades atuais sem comprometer as futuras gerações.
“Os princípios sugerem que é preciso desenvolver uma economia que privilegie o crescimento
econômico, alterando a qualidade desse crescimento para torná-lo mais equitativo e menos intensi-
vo no uso de matérias-primas e energia, destacando o papel dos avanços científicos, tecnológicos e
inovadores”, ressalta a Profa. Dra. Anapatrícia Morales Vilha, Coordenadora da Agência de Inova-
ção da UFABC.
Cenário atual
Quatro inovações tecnológicas que proporcionam (ou vão proporcionar) diversos benefícios para o
meio ambiente:
1. Tecnologia da Informação
O uso de satélites combinado à popularização da internet permitiu que pessoas de todo o mundo
evitassem deslocamentos, antes vistos como imprescindíveis. O próprio uso do GPS e de outros
aplicativos de geolocalização contribuem de maneira decisiva para a redução da emissão de CO2.
“Na área da agricultura, a utilização desses softwares ajuda na diminuição do uso de insumos, ferti-
lizantes e pesticidas. Também é possível economizar diversas etapas no processo de plantio, o que
significa menos gases lançados na atmosfera”, explica José Maria da Silveira, professor do Instituto
de Economia da Unicamp.
2. Energia Solar
3. Biocombustíveis
Ainda no ramo de fontes de energia sustentáveis, o Brasil apresenta uma produção significativa de
etanol. “O cultivo de cana de açúcar cresceu bastante nos últimos tempos. São mais de 400 usinas
sucroalcooleiras em todo o país”, ressalta Anapatrícia Morales Vilha.
Além de ser uma fonte renovável de energia, a produção de etanol a partir da cana apresenta uma
balanço nulo de produção de CO2. Isso porque durante sua fase de crescimento, a planta sequestra a
mesma quantidade de gás emitido durante a fase de fabricação e utilização do combustível.
4. Tratamento da água
O uso de tecnologia para a purificação de águas residuais é uma das principais tendências do mo-
mento. De acordo com o grupo* de docentes da Unicamp, um bom exemplo refere-se à utilização
de processos oxidativos avançados no tratamento de esgotos, capaz de promover a degradação de
vários poluentes, resultando, assim, em uma água de excelente qualidade.
Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Caminhos-para-o-futuro/Desenvolvimento/noticia/2016/06/
tecnologia-favor-do-meio-ambiente.html
Texto de: Juliana Domingos de Lima, Olívia Fraga e Anita Abdalla Link para matéria: https://
www.nexojornal.com.br/expresso/2018/09/03/A-destrui%C3%A7%C3%A3o-do-Museu-Nacional.-
E-a-hist%C3%B3ria-perdida-no-Rio
https://www.youtube.com/user/jornaldacultura
https://open.spotify.com/show/48Pl0e2Q2SFDn2k4xnZDkZ
https://www.youtube.com/channel/UCfo-liEm9BoLi4CE39E_2iw
https://www.nexojornal.com.br
https://guiadoestudante.abril.com.br/edicoes/ge-atualidades-2017-1/
http://g1.globo.com
https://www.politize.com.br