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METODOLOGIAS DE

ENSINO: TÉCNICAS
PARA OTIMIZAÇÃO DAS
AULAS
Objetivos de aprendizagem
 Conscientizar-se acerca da importância e
da demanda educacional do uso de
técnicas de ensino;
 Comentar e aplicar as técnicas de ensino
 Compreender o uso de técnicas de ensino.
CONTEXTO ATUAL
Exemplos Diretrizes Curriculares para os
cursos de engenharia (2002
(2002))
I- aplicar conhecimentos matemáticos, científicos,
tecnológicos e instrumentais à Engenharia;
II - projetar e conduzir experimentos e interpretar
resultados;
III - conceber, projetar, executar e analisar sistemas,
produtos e processos;
IV - planejar, supervisionar, elaborar e coordenar
projetos e serviços de Engenharia;
V - identificar, formular e resolver problemas de
Engenharia;
VI - desenvolver e/ou utilizar novos
materiais, ferramentas e técnicas;
VII - supervisionar, operar e promover a
manutenção de sistemas;
VIII - avaliar criticamente a operação e a
manutenção de sistemas;
IX - compreender e aplicar a ética e
responsabilidade profissionais;
X - avaliar o impacto das atividades da Engenharia no
contexto social e ambiental;
XI- avaliar a viabilidade econômica de projetos de
Engenharia; XII - comunicar-se eficientemente nas formas
escrita, oral e gráfica;
XIII- interpretação de textos técnico-científicos;
XIV - atuar em equipes multidisciplinares;
XV - assumir a postura de permanente busca de
atualização profissional;
XVI - atuar com espírito empreendedor;
XVII-gerenciar empreendimentos e serviços.
Fortalecimento do setor tecnológico
(CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA
INDÚSTRIA,2014)

O incremento em competitividade da
indústria nacional está diretamente
relacionado com a qualidade de
engenheiros, arquitetos, cientistas da
computação e tecnólogos à disposição no
mercado de trabalho (CNI, 2014).
Para atingir este perfil
Formação de engenheiros, arquitetos,
cientistas e tecnólogos inovadores,
autônomos e empreendedores e entende-se
que esse perfil profissional contemporâneo
só pode ser alcançado por meio de
intervenções pedagógicas adequadas.
Formação do aluno
O ensino universitário deve oferecer
condições para que os estudantes passem a
ser sujeitos de sua própria história,
sobretudo por meio da participação e do
compromisso com a sociedade e assim a
universidade.
Processo educacional contemporâneo –
Formação do aluno:
- profissional pronto para aprender
sempre, buscando e gerenciando
informações, derivando delas o
conhecimento necessário para interagir no
seu meio em condições de compreender e
propor soluções para cada nova situação.
Crawley (2002 apud LOPES; CAZARINI;
BASSOLI 2014) destacam que a formação de
engenheiros que atendam às demandas
contemporâneas com uma proposta que deve
se dividir em quatro blocos de competências.
São elas:
(I)Raciocínio e conhecimento técnico;
(II) habilidades pessoais e profissionais;
(III) habilidades interpessoais e
(IV) conjugação das competências de forma
contextualizada em relação aos diversos
segmentos da sociedade.

Referência bibliográfica: LOPES, Carmen S. G.; CAZARINI, Edson W.; BASSOLI, Dyjalma A. O uso de metodologias
ativas de aprendizagem na formação do engenheiro. In: Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE),
2014, Juiz de Fora -MG.
Critérios para uso
Para Masetto (2007), a eficácia do uso de
técnicas diferenciadas, tem que se pautar em
três pontos:
sua vinculação aos objetivos de aprendizagem;
a postura do professor na sua aplicação; e
processo de avaliação coerente com seu uso.

Referência bibliográfica: LOPES, Carmen S. G.; CAZARINI, Edson W.; BASSOLI, Dyjalma A. O uso de metodologias
ativas de aprendizagem na formação do engenheiro. In: Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE),
2014, Juiz de Fora -MG.
Em uma estratégia, os indivíduos envolvidos
devem compreender o que e o porquê de
estarem desenvolvendo tal atividade.
“Estratégias de ensinagem” :
- Estudar, selecionar, organizar e propor as
melhores ferramentas facilitadoras para que
os estudantes e apropriem do conhecimento.

Referência bibliográfica: LOPES, Carmen S. G.; CAZARINI, Edson W.; BASSOLI, Dyjalma A. O uso de metodologias
ativas de aprendizagem na formação do engenheiro. In: Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE),
2014, Juiz de Fora -MG.
ESTRATÉGIAS
PEDAGÓGICAS DE
APRENDIZAGEM ATIVA
1. Problem-based Learning – PBL
(Aprendizagem Baseada em Problemas)

Referência bibliográfica: LOPES, Carmen S. G.; CAZARINI, Edson W.; BASSOLI, Dyjalma A. O uso de metodologias
ativas de aprendizagem na formação do engenheiro. In: Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE),
2014, Juiz de Fora -MG.
2. Minute paper (Anotação do último
minuto)

O professor para a aula de dois a cinco


minutos antes de terminá-la e pede aos
estudantes que, anonimamente e
individualmente, escrevam: os pontos
principais da aula, os pontos menos claros da
aula.

Referência bibliográfica: LOPES, Carmen S. G.; CAZARINI, Edson W.; BASSOLI, Dyjalma A. O uso de metodologias
ativas de aprendizagem na formação do engenheiro. In: Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE),
2014, Juiz de Fora -MG.
2. Minute paper (Anotação do último
minuto)

Na saída, o professor recolhe as


anotações e as analisa para verificar o
entendimento dos mesmos sobre os assuntos
tratados em aula. No encontro seguinte,
começa a aula abordando questões comuns
que foram anotadas pelos estudantes.

Referência bibliográfica: LOPES, Carmen S. G.; CAZARINI, Edson W.; BASSOLI, Dyjalma A. O uso de metodologias
ativas de aprendizagem na formação do engenheiro. In: Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE),
2014, Juiz de Fora -MG.
3. Estudo Dirigido

Ato de estudar sob a orientação do professor,


visando sanar dificuldades específicas. Prevê
atividades individualizadas, grupais, podendo
ser socializadas.

Referência bibliográfica: LOPES, Carmen S. G.; CAZARINI, Edson W.; BASSOLI, Dyjalma A. O uso de metodologias
ativas de aprendizagem na formação do engenheiro. In: Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE),
2014, Juiz de Fora -MG.
4. Seminário
 Consiste em solicitar os alunos,
organizados em grupo, leitura, análise
crítica e comparativa e interpretação de
texto, de dados quantitativos ou de casos
para posterior apresentação oral e
discussão em sala de aula.
 Grupos de pessoas que se reúnem com o
propósito de estudar um tema sob a
direção de um professor.

Referência bibliográfica: DIAZ BORDANAVE, Juan; PEREIRA, Adair Martins. 33. ed.. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
Objetivo:
- Identificar problemas;
- Examinar seus diversos aspectos;
- Apresentar informações pertinentes;
- Propor pesquisas;
- Receber comentários, críticas e sugestões
dos companheiros e do professor.
Obs: Os alunos serão agentes ativos de sua
própria aprendizagem.

Referência bibliográfica: DIAZ BORDANAVE, Juan; PEREIRA, Adair Martins. 33. ed.. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
Como aplicar?
 Apresentar o tema
 Justificar sua importância, demonstrando
ainda a existência de problemas que
constituem um desafio
 Ajudar os alunos a selecionar os subtemas
específicos para os trabalhos de pesquisa
 Orientar em relação as fontes de pesquisa
 Confeccionar um calendário de
apresentações

Referência bibliográfica: DIAZ BORDANAVE, Juan; PEREIRA, Adair Martins. 33. ed.. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
 Informar aos alunos que todos devem estar
presentes nas apresentações e que cada
equipe deve elaborar uma pergunta acerca
do tema no dia da apresentação. Sendo
necessário a leitura do material por todas
equipes.
 Estabelecer os critérios de avaliação – o
que será observado durante as
apresentações.

Referência bibliográfica: DIAZ BORDANAVE, Juan; PEREIRA, Adair Martins. 33. ed.. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
5. Estudo de caso

Análise minuciosa e objetiva de uma


situação real que necessita ser investigada,
relacionando-se os dados com os elementos
da teoria estudada, sendo altamente
desafiadora para os envolvidos.
Oportuniza a elaboração de um forte
potencial de argumentação junto aos
estudantes.

Referência bibliográfica: LOPES, Carmen S. G.; CAZARINI, Edson W.; BASSOLI, Dyjalma A. O uso de metodologias
ativas de aprendizagem na formação do engenheiro. In: Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (COBENGE),
2014, Juiz de Fora -MG.
Em que consiste?

- Apresentação sucinta de uma situação real


ou fictícia para discutir com a turma.
- Formas de apresentação: descrição,
narração, diálogo, dramatização, sequência
fotográfica, artigo jornalístico, filmes e
outras.

Referência bibliográfica: DIAZ BORDANAVE, Juan; PEREIRA, Adair Martins. 33. ed.. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
Qual é o objetivo de usar esta técnica?
- Motivar e aproximar os alunos a realidade
profissional;
- Favorecer o desenvolvimento da capacidade
analítica e o espírito cientifico nos alunos;
- Proporcionar a interiorização de novos
conceitos e aumentarem o vocabulário;
- Promover a interação entre os alunos, a
partir na participação em grupos;
- Fomentar a capacidade de tomada de
decisões.
Tipos de estudos de casos

Caso-análise
Desenvolver a capacidade analítica dos
alunos, isto é, habilidades de distinção entre
observações, inferências e julgamentos.
Além de auxiliá-los a detectar relações de
variáveis, tais como causalidade,
associação, oposição, etc.
O caso precisa ser destrinchado, em aspirar
soluções.
Não deve haver uma solução única ou um
consenso geral.
 Caso-problema
Caso-
Esforço de síntese.
Chegar a uma solução, a melhor possível,
dentro dos dados fornecidos pelo caso.
Visando desenvolver nos alunos a capacidade
de tomar decisões, de adotar uma linha de
ação após a análise de várias alternativas.
Como aplicar?
 Preparar o estudo de caso;
 Divide a turma em equipe;
 Apresentar o caso;
 Pedir que os alunos discutam sobre o caso
– definir um tempo;

Referência bibliográfica: DIAZ BORDANAVE, Juan; PEREIRA, Adair Martins. 33. ed.. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
 Pedir que durante a leitura anotem os fatos
que mais lhes chamaram atenção,
perguntas e dúvidas;
 Iniciar a discussão. Sugestões de questões
para iniciar: O que você encontraram de
interessante neste caso? O que lhes
chamou mais a atenção? ;
 Deixar aqueles que solicitarem falar;

Referência bibliográfica: DIAZ BORDANAVE, Juan; PEREIRA, Adair Martins. 33. ed.. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
 Provocar o debate dizendo: E você,
Fulano, está de acordo com o que disse
Beltrano? Você acha que isso pode ter
outra interpretação?;
 Pode pedir que os grupos analisem os
problemas e/ou questões levantadas a
partir de determinados aspectos;
 Não apresentar opiniões próprias;
 Finalizar fazendo um resumo.
Referências bibliográficas
 DIAZ BORDANAVE, Juan; PEREIRA, Adair Martins. 33. ed.. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2015.
 FREIRE JUNIOR, J. C. et al. Desafios da Educação em Engenharia:
formação em engenharia, internacionalização, experiências
metodológicas e proposições. Brasília: ABENGE, 2013. ISBN 978-85-
64541-04-7.
 LOPES, Carmen S. G.; CAZARINI, Edson W.; BASSOLI, Dyjalma A. O
uso de metodologias ativas de aprendizagem na formação do
engenheiro. In: Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia,
2014, Juiz de Fora -MG.
 MASETTO, M. T. Ensino de engenharia: técnicas para otimização das
aulas. São Paulo: Avercamp, 2007.
 VERAS, Marcelo (Org).Inovação e métodos de ensino para nativos
digitais. São Paulo: Atlas, 2011.

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