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Estudo Dirigido – Imunologia

As reações transfusionais são respostas


do organismo que podem advir em
decorrência da incompatibilidade
sanguínea, posto isso, elas podem ser
classificadas como imunológicas e não
imunológicas.
Dando ênfase às reações transfusionais
imunológicas, elas podem ser do tipo
agudas e tardias.
-AGUDAS
Reação hemolíticas: Esse tipo de reação
é ocasionada devido a incompatibilidade
ABO, é uma das que possui um alto
indicie de mortalidade, e ela está
relacionado com as reações dos
anticorpos (Anti-A, Anti-B, Anti-AB) do
paciente, que reagiriam com as hemácias
(A, B ou AB) do doador causando dessa
forma hemólise intravascular das
hemácias transfundidas, induzindo
hemoglobinúria com diferentes graus de
insuficiência lesão renal aguda e, muito
provavelmente coagulação intravascular
disseminada (CID).
Reação Anafilática: Essa reação ocorre
devido a existência de anticorpos anti-IgA
em receptores considerados
congenitamente deficientes dessa classe
de imunoglobulina, o que ocorre
especificamente é que anticorpos IgA
específicos reagem com as proteínas IgA
do soro do componente transfundido.
Além disso outras classes de
imunoglobulinas podem estar implicadas
nesse tipo de reação.
Essa reação pode gerar sintomas iniciais
como náuseas, rubor generalizado,
diarreia cólicas abdominais, entre outros.
Reação Urticariforme: Nesse tipo de
reação uns dos sintomas são pápulas
puriginosas, e a vermelhidão na pele.
Essa reação é desencadeado por conta da
reação antígeno-anticorpo, os antígenos
em especial são representados por
substâncias solúveis no plasma da
unidade doadora contra os quais o
receptor tenha sido sensibilizado
previamente.
Reação febril não hemolítica: Essa reação
pode advir de 2 modos diferentes, o
primeiro pode ser por conta da interação
entre anticorpo no plasma do receptor e
antígeno leucocitário ou plaquetário,
presente no hemocomponente
transfundido.
Já o segundo pode vir a ocorrer pela
liberação de citocinas acumuladas na
bolsa durante sua estocagem.
Essa reação pode levar a aumento da
temperatura corpórea e tremores.
Reação Trali: Essa reação pode ocorrer
por conta de diferentes mecanismos,
como por exemplo os anticorpos contra
HLA e antígenos do neutrófilo,
transfundidos, podem reagir com os
leucócitos do paciente, causando uma
sucessão de acontecimentos que
aumentam a permeabilidade da
microcircirculação pulmonar, facilitando o
extravasamento de líquidos para o espaço
alveolar. Além disso, como foi citado
anteriormente outros mecanismos
podem estar relacionados ao TRALI, como
por exemplo a ativação do complemento
e geração de C3a e C5a, agregação dos
granulócitos, gerando êmbolos na
microvasculatura pulmonar, transfusão
de citocinas que se acumulam em
hemocomponentes estocados.
Essa reação pode desencadear febre,
calafrios, hipotensão e cianose.
-TARDIA

Reação hemolítica tardia: Essa reação


pode desencadear sintomas como,
icterícia, febre e queda da hemoglobina.
Ela é extravascular e é devido à produção
de anticorpos antieritrocitários após
transfusão ou gestação prévias, onde haja
exposição do paciente a antígenos que
ele não possui.

Reação púrpura ou pós transfusional:


Nessa reação ocorre a destruição das
plaquetas por produção de anticorpos
contra o antígeno plaquetário HPA-1a
ocorrendo destruição das plaquetas
transfundidas e do próprio paciente,
apesar de o mesmo ser antígeno
negativo.
Essa reação gera queda repentina de do
número de plaquetas.
Reação DEVH-PT: Esse tipo de reação
desencadeia febre, dermatite,
pancitopenia refratária, alteração da
função hepática, entre outros.
Ela ocorre quando linfócitos, presentes
no hemocomponente transfundido não
são eliminados pelo sistema imunológico
do paciente, logo eles reconhecem como
estranhos, tecidos e órgãos do receptor,
através de diferenças antigênicas de HLA.

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