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Água para Aplicações Farmacêuticas

Informativo Técnico
Entendendo a USP <645>
Conteúdo
1. Introdução 2
2. Capítulo USP <645> 3
2.1 Procedimento para Água a Granel 4
2.2 Procedimento para Água Estéril 5
2.3 Requisitos de Conformidade e Especificações de Instrumento 6
2.4 Sistema Recomendado pela METTLER TOLEDO 7
3. Melhores Práticas para Medições Precisas 8
3.1 Verificação: para Sensores com Constante de Célula Certificada 8
3.2 Calibração 9
4. Medições de Condutividade com o Medidor SevenExcellence™ 10
4.1 Uso do Medidor Standalone 11
4.2 Uso do LabX 11
4.3 Uso de Automação 12
5. Conclusão 13
6. Referências 14

Medir a condutividade da água é um processo simples que envolve várias etapas com
muitas oportunidades para introduzir erros. Essas amostras possuem baixa concentração
iônica e, portanto, menores valores de condutividade. Portanto, geralmente não fornecem
resultados precisos e reprodutíveis. A água pura também tem a tendência de absorver
alguns gases atmosféricos como o CO2 que acaba por afetar a composição da água,
afetando a pureza e, consequentemente, a condutividade. Várias etapas listadas na
monografia, se não forem feitas metodicamente, podem consumir muito tempo e também
introduzir muitos erros.

Esses e mais alguns desafios listados no informativo acabam influenciando os resultados


gerais da amostra. O documento, através de linguagem e ilustrações simples, explica
os requisitos especificados na USP <645>, inclusive as três etapas para medir
a condutividade. O documento relaciona ainda as especificações dos instrumentos
conforme recomendado pela USP e mostra como os sistemas de condutividade da METTLER
cumprem essas diretrizes. O documento também traz diversas dicas e sugestões que
auxiliam na obtenção de melhores resultados.
1. Introdução
Informativo Técnico

A água é uma das matérias-primas essenciais utilizadas em uma indústria farmacêutica com diversas aplica-
ções que vão desde o uso como veículo para entrega de medicamentos, como solvente, fabricação de ingre-
dientes farmacêuticos ativos (IFAs), até como agente para enxágue de vidraria. Monitorar e manter a qualidade
da água torna-se assim um fator importante em qualquer indústria farmacêutica. A pureza da água é afetada
pela absorção de gases como o CO2, que interagem com a água para formar íons. Também íons externos
como cloreto, amônio afetam a pureza da água. Tendo em vista o impacto que pode ter na saúde humana,
a água deve ser exaustivamente testada quanto a qualquer impureza presente. Portanto, a USP <645> fornece
diretrizes normativas usando a condutividade como parâmetro de avaliação para qualificar diferentes graus de
água para uso farmacêutico.

2 METTLER TOLEDO Informativo Técnico


2. Capítulo USP <645>

A norma se aplica amplamente a duas categorias de água, ou seja, água a granel e água estéril conforme
classificação da USP <1231>. O procedimento descrito na seção para "água a granel" destina-se a água pu-
rificada, água para injeção, água para hemodiálise e condensado de fluxo puro. Envolve a avaliação da con-
dutividade da amostra de água usando um método de teste de três estágios relacionados à presença de íons
intrínsecos e externos presentes na amostra.

1. O estágio 1 destina-se a medições em linha, mas também pode ser realizado em amostras fora de linha por
amostragem em recipiente adequado.
2. O estágio 2 torna-se importante para amostras de água que não atendem aos requisitos definidos no
estágio 1.
3. O estágio 3 requer o teste de pH da amostra, o que acaba afetando a condutividade de íons externos pre-
sentes na amostra. O não cumprimento dos requisitos de teste torna a amostra não compatível conforme
a USP <645>.

O procedimento descrito na seção para "água estéril" destina-se a água purificada estéril, água estéril para
injeções, água estéril para inalação e água estéril para irrigação. A água estéril é derivada de água purificada,
engarrafada e esterilizada para evitar qualquer contaminação microbiana. Portanto, a água estéril deve es-
tar em conformidade com os requisitos da água a granel antes do engarrafamento.

Classificação da água conforme a USP <1231>


• Água Purificada. Água mais comumente usada como diluente na produção de produtos não estéreis para inje-
ção, infusão ou implantação, limpeza de equipamentos e limpeza de componentes não estéreis de contato com
o produto.
• A água para injeção é usada como excipiente na produção de produtos estéreis e outras preparações.
• O vapor puro preparado a partir de água de fonte pré-tratada destina-se ao uso em cargas porosas e equipamentos
de esterilização a vapor e em outros processos, como limpeza. É vaporizado com uma eliminação de névoa ade-
quada e distribuído sob pressão.
• A água para hemodiálise é usada especificamente para aplicações de hemodiálise e principalmente para a diluição
de soluções concentradas de hemodiálise.
• A água purificada estéril é usada na preparação de produtos estéreis ou em aplicações analíticas que requerem
água purificada quando o acesso a um sistema validado não é prático e apenas uma pequena quantidade é neces-
sária. É embalada e esterilizada.
• A água estéril para injeção é usada para o processamento de produtos estéreis para serem usados por via intrave-
nosa. Normalmente é embalada em recipientes de dose única que normalmente têm menos de 1 l.
• A água estéril para irrigação é embalada e esterilizada para uso onde a água estéril é necessária, mas a aplicação
não possui especificações de material particulado.
• A água estéril para inalação, como o nome sugere, destina-se ao uso com inaladores e na preparação de solu-
ções para inalação. Ela possui uma especificação menos rigorosa do que a água estéril para injeção e, portanto,
não é adequada para aplicações parenterais.
• A água bacteriostática para injeção é normalmente destinada ao uso como diluente na preparação de produtos
estéreis. É derivada da água estéril para injeção à qual um ou mais conservantes antimicrobianos adequados
foram adicionados.

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2.1 Procedimento para Água a Granel


Estágio 1
1. A primeira etapa envolve a determinação da temperatura e condutividade da água de forma independente,
sem aplicar qualquer compensação de temperatura. A medição pode ser feita usando uma célula de fluxo
para medição em linha ou realizada em recipiente adequado (sem agitação).
2. O valor de condutividade medido deve ser comparado ao valor de condutividade fornecido na tabela
(Tabela 1) para requisitos de temperatura e condutividade. Ao comparar, deve-se tomar cuidado para
que o valor da temperatura na tabela não seja maior que a temperatura medida, ou seja, verifique o valor
seguinte de temperatura mais baixo. O valor correspondente de condutividade deve ser o limite.
3. Se a condutividade medida não for maior que o valor da tabela determinado na etapa 2, a água está apro-
vada no teste de condutividade. Se a condutividade for superior ao valor da tabela, então é necessário conti-
nuar com o Estágio 2.

Temperatura (°C) Limite de Condutividade Temperatura (°C) Limite de Condutividade


(μS/cm) (μS/cm)
0 0,6 55 2,1
5 0,8 60 2,2
10 0,9 65 2,4
15 1,0 70 2,5
20 1,1 75 2,7
25 1,3 80 2,7
30 1,4 85 2,7
35 1,5 90 2,7
40 1,7 95 2,9
45 1,8 100 3,1
50 1,9
Tabela 1. Requisitos de temperatura e condutividade (somente para medições sem compensação de temperatura).

Estágio 2
1. A etapa seguinte envolve a transferência de cerca de 100 mL de amostra de água para um recipiente
apropriado seguido de agitação. Segue-se a observação periódica da condutividade à medida que
a amostra é mantida à temperatura de 25 ± 1 °C. As leituras de condutividade são registradas quando
a mudança na condutividade não for superior a 0,1 µS/cm por 5 minutos.
2. Se o valor de condutividade final for inferior a 2,1 µS/cm, a água atende aos requisitos do estágio 2.
Se o valor de condutividade for superior a 2,1 µS/cm, é necessário prosseguir imediatamente com
o estágio 3.

Estágio 3
1. Esta etapa deve ser realizada dentro de 5 minutos após a falha do Estágio 2. Mantendo a temperatura da
amostra em 25 ± 1 °C, o pH da amostra deve ser determinado após a adição de solução saturada de KCl
(0,3 mL/100 mL de amostra).
2. Isso deve ser seguido pela identificação do valor de condutividade correspondente ao valor de pH medido,
consultando a tabela abaixo (Tabela 2).
3. Se o valor de condutividade medido no estágio 2 for menor que o valor determinado na Tabela 2, a água
atende aos requisitos do estágio 3. Se os valores de pH ou condutividade medidos estiverem fora da faixa,
a água não satisfaz os requisitos da USP <645>.

4 METTLER TOLEDO Informativo Técnico


pH Limite de Condutividade pH Limite de Condutividade
(μS/cm) (μS/cm)
5,0 4,7 6,1 2,4
5,1 4,1 6,2 2,5
5,2 3,6 6,3 2,4
5,3 3,3 6,4 2,3
5,4 3,0 6,5 2,2
5,5 2,8 6,6 2,1
5,6 2,6 6,7 2,6
5,7 2,5 6,8 3,1
5,8 2,4 6,9 3,8
5,9 2,4 7,0 4,6
6,0 2,4
Tabela 2. Requisitos de pH e condutividade (para amostras equilibradas em atmosfera e temperatura).

2.2 Procedimento para Água Estéril


De acordo com a USP <645>, a qualidade da água precisa ser avaliada pela medição da condutividade após
a absorção do CO2 atmosférico.

1. Isso envolve a transferência de uma quantidade suficiente de água para um recipiente adequado, seguida
de agitação vigorosa e simultânea da amostra mantida a 25 ± 1 °C.
2. Após isso, segue-se a observação periódica da condutividade à medida que a amostra é mantida em
condições uniformes de temperatura e agitação. As leituras de condutividade são registradas quando
a mudança na condutividade não for superior a 0,1 por 5 minutos.
3. Para recipientes com volume nominal de 10 mL ou menos, se a condutividade não for superior a 25 µS/cm,
a água atende aos requisitos.
4. Para recipientes com volume nominal superior a 10 mL, se a condutividade não for superior a 5 µS/cm,
a água atende aos requisitos.

Determinação da condutividade Medição do pH da amostra seguida


sem compensação por de sua correlação com o valor de
temperatura e comparação com condutividade correspondente na
valores de referência. tabela. Por fim, comparação da
condutividade medida no estágio 2
com o valor obtido da tabela no
estágio 3.
USP <645>

Aprovado
Água bruta Estágio 1 Aprovado
Rejeitado Estágio 2 Aprovado
Rejeitado Estágio 3
Rejeitado Não conforme

Agitando a amostra de água no


recipiente até a mudança na condutivi-
dade ser não mais que 0,1 µS/cm por
5 minutos e comparando o valor.

Representação esquemática para teste de água a granel conforme USP <645>.

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Informativo Técnico

2.3 Requisitos de Conformidade e Especificações de Instrumento


A USP <645> exige que a condutividade da água seja medida com precisão com instrumentação calibrada.
A precisão da medição de condutividade depende diretamente da precisão do sistema que consiste em um
medidor, um sensor de condutividade e padrões de condutividade. Ao verificar a constante da célula
e a medição de resistência (uma vez que a condutância é recíproca da resistência), a precisão das medições
de condutividade pode ser confirmada. O fabricante já disponibiliza outras informações como resolução do
medidor ou precisão do sensor de temperatura exigidas pelo regulamento.

Os medidores de condutividade, sensores e soluções padrão da METTLER TOLEDO ajudam a realizar medições
fáceis e também a cumprir com os requisitos especificados na USP <645> com alta precisão.

A METTLER TOLEDO oferece as seguintes combinações de instrumentos e sensores de condutividade que aten-
dem às especificações descritas na USP <645>:

1. Instrumento de bancada, como o medidor SevenExcellence™ ou medidor SevenCompact™ combinado ao


sensor de condutividade InLab® 741, InLab® 741-ISM ou InLab® Trace (sensor digital)
2. Instrumento portátil como o medidor Seven2Go™ Pro ou SevenGo™ Duo Pro, combinado ao sensor de con-
dutividade InLab® 742 ou InLab® 742-ISM

Dica: para o estágio 3 da análise de água a granel de acordo com a USP, é necessário realizar uma medição
de pH. Isso pode ser convenientemente alcançado usando um medidor de canal duplo (ou um medidor de pH
separado) e um sensor de pH. Para a medição de pH, recomendamos usar o InLab® Pure Pro-ISM, um sensor
especializado para medições em meios de baixa força iônica.

Uma visão geral rápida das especificações de medição de condutividade da USP <645> comparadas às ofer-
tas da METTLER TOLEDO:

Especificação Requisito da USP<645> Sistemas de Bancada ou Portáteis


(como se menciona em 1 e 2 acima)
Calibração do Uso de resistores de precisão de Os resistores rastreáveis do NIST usados durante os servi-
medidor de 0,1% rastreáveis pelo NIST ços de calibração têm uma precisão melhor que ± 0,01%
condutividade
A exatidão da medição de resis- A certificação especial do medidor conforme a USP <645>
tência é aceitável se a conduti- está disponível como parte da oferta de serviços da
vidade medida com o resistor METTLER TOLEDO. Durante esta certificação, a entrada da
rastreável estiver dentro de resistência e temperatura do medidor é verificada e cali-
± 0,1 μS/cm brada de acordo com os critérios USP <645>
Resolução do 0,1 μS/cm 0,001 μS/cm
instrumento
Exatidão do 0,1 μS/cm (± 0,5%) ± 0,007 μS/cm
instrumento
Exatidão de A exatidão da medição da tem- ± 0,1 °C para o medidor (± 0,2 °C no caso do medidor
temperatura peratura deve ser de ± 2 °C Seven2Go) e ± 0,4 °C para o sensor
Exatidão do sensor de Constante da célula conhecida O sensor de condutividade é fornecido com uma constante
condutividade e da dentro de 2%. Isso pode ser de célula certificada conhecida dentro de ± 2%. Uma medi-
constante da célula verificado usando uma ção de verificação deve ser realizada em uma solução
solução de condutividade padrão de baixa condutividade, cujo valor é conhecido
conhecida ou rastreável

6 METTLER TOLEDO Informativo Técnico


2.4 Sistema Recomendado pela METTLER TOLEDO
Para uma execução orientada e passo a passo do método compatível com a USP, recomendamos o kit
SevenExcellence™ S470-USP/EP que inclui todos os elementos necessários para realizar a Medição de Água
conforme a USP <645>. Além de cumprir totalmente os requisitos da USP <645> mencionados acima,
combina suporte à integridade de dados e recursos de gerenciamento de usuários, tornando as medições
de água confiáveis, seguras e fáceis.

O kit do SevenExcellence™ S470-USP/EP Kit (N/P: 30046254) para medição de condutividade e pH contém
o seguinte:

1. Um medidor SevenExcellence™ com módulos de pH/mV e condutividade


2. Sensor de condutividade (InLab® 741-ISM com cabo de 1,2 m)
3. Sensor de pH (InLab® Pure Pro-ISM)
4. Cabo InLab® MultiPin-BNC/RCA de 1,2 m para conectar
o sensor de pH
5. Padrões para calibração de pH: 2 sachês de buffer de
pH 4,01, pH 7,00, pH 9,21 e pH 10,01
6. Chave de ativação do software para pH do EasyDirect™
7. Acessórios: suporte de braço de eletrodo uPlace™ e adaptador de energia

Este kit permite a medição simultânea de ambos os parâmetros, condutividade e pH (necessário no está-
gio 3), usando o mesmo instrumento e eliminando assim a necessidade de um medidor de pH separado.
A presença de um sensor de pH especializado, o InLab® Pure Pro-ISM, no kit, permite medir com facilidade
o pH de amostras de água pura. Devido ao seu recurso de ponte salina de KCl 1 mol/L, são garantidas medi-
ções precisas em baixa força iônica.

Alguns acessórios e soluções adicionais que podem ser úteis junto com este kit:

1. Sachês de solução padrão de condutividade de 84 μS/cm (N/P: 30111140)/


garrafas (51302153) para verificar a exatidão do sistema de medição
e a constante de célula do sensor de condutividade

2. Células de fluxo (P/N: 51302257) para a medição no estágio 1 (em linha) –


opcional

3. Agitador magnético uMix (N/P: 30040000) – para agitar a amostra no estágio 2

4. Licença do software LabX™ (N/P: 30247987 / 30247988) – opcional

5. Impressora USB-P25 (N/P: 11124301) – opcional

Informativo Técnico METTLER TOLEDO 7


3. Melhores Práticas para Medições Precisas
Informativo Técnico

Para amostras em faixas de baixa condutividade, como água pura, erros de medição devido ao manuseio
incorreto do sistema podem causar leituras imprecisas. As práticas recomendadas a seguir devem ajudar
a evitar esses erros e, assim, aumentar a precisão da medição.

Sistema de medição
• Certifique-se de que o sistema de medição (instrumento ou módulo de condutividade para
o SevenExcellence™) tenha passado por manutenção há menos de um ano. O efeito de uma entrada
desajustada em condutividades tão baixas pode resultar em medições fora da faixa esperada.
• Caso desejado, uma certificação especial está disponível para verificação de requisitos da USP <645>.
• O instrumento deve ser ligado pelo menos uma hora antes de realizar a primeira medição.

Sensor
• Verifique o sensor quanto a qualquer defeito após desembalar.
• Mergulhe o sensor em água deionizada por pelo menos uma hora antes de realizar a primeira medição, para
acondicioná-lo adequadamente.
• Certifique-se de que o sensor e a solução sejam armazenados na mesma temperatura antes da medição.
• Em geral, a calibração de sensores com constante de célula certificada (InLab® 741, InLab® Trace,
InLab® 742) não é necessária. Uma verificação deve ser suficiente para garantir bom desempenho do sensor.
Para obter detalhes, consulte a seção de verificação abaixo.
• Quando não estiver em uso durante a medição, recomendamos armazenar o sensor em água deionizada.
Para armazenamento a longo prazo (acima de 8 horas), armazene-o seco.

Padrões para fins de verificação e/ou calibração


• Use um padrão de condutividade de 84 μS/cm não aberto e não vencido.

3.1 Verificação: para Sensores com Constante de Célula Certificada


Após o aquecimento inicial do instrumento e acondicionamento do sensor (por pelo menos uma hora), faça
o seguinte:

1. Conecte o sensor ao instrumento.


2. Defina os seguintes parâmetros no medidor:
a. Correção de temperatura: desligado
b. Insira manualmente a constante de célula certificada do certificado de qualidade fornecido com o medi-
dor. Essa etapa não é necessária se for utilizado um sensor com chip ISM® (Gerenciamento Inteligente
do Sensor).
c. Use um banho termostático a 25 °C.
3. Coloque o sensor de condutividade no suporte do sensor.
4. Enxágue com água deionizada.
5. Derrame o padrão de condutividade de 84 μS/cm em um béquer limpo (previamente enxaguado com
padrão de 84 μS/cm). Esta etapa não é aplicável ao usar os sachês de padrão de condutividade.
6. Da mesma forma, enxágue o sensor com solução de 84 μS/cm para remover os vestígios de água deioni-
zada e, assim, não contaminar a solução na qual a verificação será realizada.
7. Derrame o padrão de condutividade de 84 μS/cm em outro béquer limpo (previamente enxaguado com
padrão de 84 μS/cm).
8. Ao medir, use uma barra de agitação limpa ou outro meio para misturar o fluido.
9. Coloque o eletrodo de forma que não fique no centro do béquer. Certifique-se de que fique posicionado
5 mm acima do fundo e pelo menos 2 mm afastado das laterais. O tipo de recipiente (plástico, metal, vidro)
não importa.

8 METTLER TOLEDO Informativo Técnico


10. Bolhas de ar podem introduzir erros nas medições. Portanto, é aconselhável agitar o eletrodo quando estiver
na amostra para evitar bolhas de ar aprisionadas (se houver). Qualquer alteração superior a 1% pode ser
atribuída à presença de bolhas de ar aprisionadas.
11. Realize a medição o mais rápido possível para reduzir a influência do CO2 dissolvido.
12. Avalie se o valor obtido está dentro da faixa aceita de ± 2% do valor certificado fornecido pelo Certificado
de Análise para o padrão de condutividade. Por exemplo, se o Certificado de Análise indicar 84,5 μS/cm
a 25 °C, verifique se a leitura está entre 82,81 e 86,19 μS/cm, correspondendo a 84,5 μS/cm ± 2%.
13. Se isso acontecer, descarte o padrão, enxágue o sensor e remova o excesso de água com cuidado antes
de prosseguir para a próxima medição. Caso contrário, realize uma calibração, conforme explicado no
parágrafo seguinte.

3.2 Calibração
É necessário calibrar o sensor com uma constante de célula certificada se o procedimento de verificação falhar.

1. Use um padrão de 84 μS/cm não aberto e não vencido.


2. Certifique-se de que cada béquer utilizado esteja limpo.
3. Enxágue o béquer com uma pequena quantidade de padrão para remover qualquer impureza que possa
estar presente e descarte antes de derramar a solução, seja para acondicionamento ou medição. Esta etapa
não é aplicável ao usar os sachês de padrão de condutividade.
4. Execute a calibração usando o valor certificado fornecido no Certificado de Análise para o padrão.
Para isso, crie um novo grupo de buffers em Setup/Buffers and Standards/New (Gerenciamento/Buffers
e Padrões/Novo). Digite o valor fornecido no Certificado de Análise a 25 °C.

Procedimento de calibração
Após o aquecimento inicial do instrumento e acondicionamento do sensor (por pelo menos uma hora), execute
as etapas mencionadas na seção de verificação até o ponto 10.

1. Agora, realize a calibração o mais rápido possível para reduzir a influência do CO2 dissolvido.
2. Realize uma verificação posterior de acordo com o procedimento descrito na seção de verificação para sen-
sores com constante de célula certificada e verifique se o valor obtido está dentro da faixa aceita de ± 2%
do valor do Certificado de Análise para o padrão.
3. Descarte a solução, enxágue o sensor e remova o excesso de água com cuidado antes de prosseguir para
a próxima medição.

Informativo Técnico METTLER TOLEDO 9


4. Medições de Condutividade com o Medidor
Informativo Técnico
SevenExcellence™
O medidor SevenExcellence™ é fornecido com métodos predefinidos para a USP <645>. Esses métodos mini-
mizam os erros que podem ser introduzidos pelo operador durante a criação de métodos, melhorando assim
a precisão e também assegurando maior reprodutibilidade. Esses métodos predefinidos possuem as tabelas
de referência integradas na memória do instrumento. As medições são, portanto, diretamente comparadas e os
resultados são calculados automaticamente para indicar se a amostra atende às especificações ou não.

Etapas preparatórias
• O InLab® 741-ISM é fornecido com uma constante de célula certificada que é automaticamente detectada e usada
pelo instrumento (isso elimina a necessidade de calibração).
• Antes de iniciar o método USP, faça uma verificação do sensor, medindo a condutividade de um padrão de
84 μS/cm e comparando os valores com o valor certificado fornecido pelo Certificado de Análise para garantir que
o resultado esteja dentro de ± 2% do valor esperado.
• Para medição de pH no estágio 3, o sensor de pH precisa ser calibrado e verificado de acordo com a USP <791>.

1. Sistema 2. Sensor 3. Medição


• Use instrumentos • Pré-acondicionamento • Use métodos
de serviço • Verificação predefinidos
• Aqueça antes de usar

Um fluxo de trabalho rápido de três etapas para assegurar a obtenção dos melhores resultados.

Existem três configurações possíveis para realizar os métodos de condutividade da água usando
o SevenExcellence:

1. Usando o medidor SevenExcellence™ (standalone): os três métodos predefinidos orientam por todo o pro-
cesso para facilitar a execução.
2. Uso do software LabX™: o software LabX™ permite executar todo o processo de três estágios por meio de um
único método com suporte aprimorado de integridade de dados.
3. Sistema automatizado: uma combinação poderosa do LabX™ e amostrador automático InMotion™ resulta na
solução perfeita para processar grande número de amostras com interação manual mínima.

10 METTLER TOLEDO Informativo Técnico


4.1 Uso do Medidor Standalone
É possível executar com facilidade os estágios da USP <645> usando os três métodos predefinidos e prontos
para uso disponíveis no medidor SevenExcellence™ S470. Basta ligar o instrumento, conectar o sensor, sele-
cionar o método desejado na lista de métodos e iniciar a análise. Os métodos M008, M030 e M031 abrangem
o Estágio 1 ao Estágio 3 do capítulo USP <645>. Os requisitos para cada estágio são pré-programados e basta
seguir as instruções dadas pelo instrumento.

Faça o download do método mais recente para o estágio 2 e desfrute de um benefício adicional de alerta e indi-
cação de temperatura. Para fazer o download gratuito deste método clique aqui.

No final da medição, um cálculo é realizado automaticamente para determinar se a condutividade medida


atende aos requisitos. Se o resultado estiver fora dos limites exigidos, uma mensagem de erro será exibida
e o status da medição será listado como "failed" (rejeitado) na lista de resultados.

Procedimento:
1. Após a verificação do sensor, conforme descrito no capítulo "Melhores práticas para medições precisas",
selecione o método predefinido relevante no medidor.
Dica: os sensores ISM® são reconhecidos automaticamente e permitem que o método seja iniciado imedia-
tamente após a verificação do sensor.
2. Durante o estágio de medição, os métodos orientam os requisitos de configuração (se houver). É necessário
um termostato para manter a temperatura em 25 °C durante o estágio 2 e o estágio 3. Um agitador também
é necessário para misturar uniformemente a amostra nesses dois estágios.
3. Mergulhe o sensor de condutividade InLab® 741-ISM na amostra. Certifique-se de que a célula de medição
esteja completamente coberta e que não haja bolhas de ar. O método do estágio 3 também requer um sen-
sor de pH para medir o pH da amostra.
4. Inicie a análise.
Dica: se uma célula de fluxo for usada para o estágio 1, tome cuidado para preenchê-la completamente
com a amostra e manter um fluxo uniforme para evitar bolhas de ar.
Antes de prosseguir com as medições de pH para o estágio 3, prepare o sensor de pH calibrando-o com os
buffers de pH 4,01 e pH 7,00, seguido de uma verificação com um buffer intermediário, como pH 5,00.
5. No final da medição, retire o sensor da amostra e lave-o com água deionizada.
6. O resultado é exibido no medidor. Prossiga com o método do estágio seguinte, se o resultado for rejeitado.

4.2 Uso do LabX


O software LabX™ inclui registros de todas as ações relevantes executadas no instrumento ou no computador
na trilha de auditoria proporcionando total rastreabilidade e flexibilidade. Ele assegura que todos os dados
sejam armazenados de forma centralizada e segura, seguindo os requisitos de integridade dos dados.
Ele permite:

• Controlar e acessar os dados por meio de ferramentas


de pesquisa simples
• Visualizar os resultados rapidamente com informações
de aprovação/reprovação codificadas por cores
• Personalizar relatórios
• Maior eficiência do fluxo de trabalho e fácil integração com outros
sistemas, permitindo assim um software de plataforma única para
vários instrumentos

Informativo Técnico METTLER TOLEDO 11


Informativo Técnico

Ao usar o LabX™, três métodos para cada estágio da USP <645> estão armazenados na aplicação "Pharma
and Biotechnology" (Farmacêutica e Biotecnologia) para fácil acesso. Esses métodos prontos para uso permi-
tem realizar a análise de modo descomplicado e com total rastreabilidade. As etapas preparatórias e os requi-
sitos de configuração permanecem basicamente os mesmos dos medidores standalone. O processo inicia com
a execução de M008, M030 e M031 independentemente, um após o outro. Alternativamente, pode-se também
optar por fazer o download de um único método que inclui todos os 3 estágios da USP <645>. O download
de cópia deste método pode ser feito de nosso website usando este link.

4.3 Uso de Automação


É possível automatizar o método all-in-one do LabX™ mencionado acima conectando o amostrador automático
InMotion™ Waterbath ao medidor SevenExcellence™ por meio da interface do software LabX™. Um sistema de
medição automatizado permite a análise de grande quantidade de amostras e elimina erros operacionais e de
transporte, aumentando a eficiência geral do trabalho. O uso de um rack de água permite manter consistente-
mente as amostras da água nos 25 °C necessários durante todo o processo de medição. O recurso de tampa
de cobertura do amostrador automático evita a absorção de CO2 na amostra, preservando a integridade da
amostra durante a análise.

Nota: a adição de solução de cloreto de potássio durante o estágio 3 deve ser feita manualmente. No entanto,
os clientes que usam os tituladores da linha Excellence podem automatizar essa etapa facilmente.

Dica: um teste com base no número de amostras e outros pré-requisitos no local do cliente deve ser realizado
antes de confirmar a configuração de automação.

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5. Conclusão

A conformidade com a norma USP <645> é necessária em muitas aplicações da indústria farmacêutica.
Além de seguir as boas práticas de medição, é fundamental escolher o instrumento, os sensores e os padrões
de calibração corretos para obter resultados precisos. A utilização dos métodos predefinidos ajuda a obter
resultados finais como "aprovado" ou "rejeitado", o que elimina a comparação manual das leituras observa-
das com os valores especificados em tabelas. Isso pode ajudar a evitar a introdução de erros cometidos por
um operador.

A utilização de software de aquisição de dados como o LabX™ minimiza o tempo gasto por meio do geren-
ciamento automático de dados, orientação passo a passo do usuário e análise multiparamétrica. Ele também
atende requisitos de conformidade e padrões de integridade dos dados com gerenciamento centralizado de
usuários, assinatura eletrônica e trilha de auditoria.

O software LabX™ também é compatível com o uso do amostrador automático InMotion™ conectado ao medi-
dor de pH SevenExcellence™, maximizando a produtividade ao permitir medição totalmente automatizada.
Sem sacrificar o espaço de bancada, o sistema automatizado de medição de pH elimina erros de ordem de
processo e transcrição e protege as amostras da influência ambiental. Portanto, o uso de sistema automati-
zado não só aumenta a eficiência, como também gera resultados altamente reproduzíveis.

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6. Referências
Informativo Técnico

[1] United States Pharmacopeia, 40th Edition. Physical Test Method <645> "Water Conductivity".
[2] United States Pharmacopeia, 40th Edition. <1231> 'Water for Pharmaceutical Purposes'.
[3] Anthony C. Bevilacqua (1999). Harmonization of Conductivity Tests for Pharmaceutical Waters.
A portion of this paper was presented at the Parental Society meeting on September 14, 1999 in London,
England. Thornton Inc.
[4] John J. Barron and Colin Ashton. Conductivity Measurement – Do You Comply With the Pharmacopeias?
Technical Services Department, Reagecon Diagnostics Ltd, Shannon Free Zone, Country Clare, Ireland.
[5] METTLER TOLEDO. Selected applications: 21 METTLER TOLEDO methods for SevenExcellence.
SBU pH Lab, Mettler-Toledo GmbH – Analytical. Schwerzenbach, Switzerland.
[6] METTLER TOLEDO. White Paper: perform your next pH measurement in compliance with USP <791>.
SBU pH Lab, Mettler-Toledo GmbH – Analytical. Schwerzenbach, Switzerland.

Isenção de responsabilidade
Este relatório apresenta um ou mais exemplos de análise. Os experimentos foram conduzidos com o máximo
cuidado utilizando os instrumentos especificados na descrição de cada aplicação.

Os resultados foram avaliados de acordo com o estado atual do nosso conhecimento. Condições diferentes em
outros laboratórios podem acarretar pequenas modificações nos métodos descritos neste estudo.

Quando produtos químicos, solventes e gases são usados, devem ser observadas as regras de segurança
gerais e as instruções dadas pelo fabricante ou pelo fornecedor.

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Instrumentos Analíticos
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Para mais informações
Contato local: www.mt.com/contacts

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