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Veja bem, o que você realmente precisa saber:

✅ Legislações e Guias: São diretrizes que definem os requisitos mínimos para a qualidade de
produtos ou serviços em diferentes setores.

✅ Inspeção: Consiste em examinar e testar amostras de produtos ou serviços para verificar


se eles estão de acordo com as especificações.

✅ Padronização: Definir processos e procedimentos padronizados para garantir a


consistência e a qualidade ao longo do tempo.

✅ Controle estatístico de processo (CEP): Utilização de ferramentas estatísticas para


monitorar e controlar a qualidade dos processos produtivos, identificando desvios e
tomando medidas corretivas quando necessário.

✅ Ciclo PDCA: Um método de gestão composto por quatro etapas: Plan (Planejar), Do
(Executar), Check (Verificar) e Act (Agir). É utilizado para melhorar continuamente os
processos e alcançar maior eficiência e qualidade.

✅ Certificação de qualidade: Um processo pelo qual uma organização externa atesta que um
produto, serviço ou empresa está em conformidade com as normas e regulamentos
específicos.

✅ Testes de laboratório: Realização de testes físicos, químicos ou biológicos para medir


características específicas dos produtos.

✅ Gestão da Qualidade Total: Uma abordagem que envolve todos os membros de uma
organização em esforços para melhorar a qualidade e a satisfação do clien
A catalase é uma enzima que decompõe o peróxido de hidrogênio (H2O2) em água e
oxigênio.

UTILIDADE
Para Staphylococcus, Streptococcus, Enterococcus, Listeria, Corynebacterium, Micrococcus,
Bacillus, Moraxella catarrhalis.

INOCULAÇÃO

Colocar uma gota de peróxido de hidrogênio (água oxigenada) 3% sobre uma lâmina em
um tubo;
Com auxílio de fio bacteriológico, agregar a colônia em estudo na gota de peróxido de
hidrogênio.

INTERPRETAÇÃO
+ Positivo: Presença imediata de bolhas - a produção de efervescência indica a conversão
do H2O2 em água e oxigênio gasoso.

- Negativo: Ausência de bolhas ou efervescência."

Referência:
blog Biomedicina Padrão
https://lnkd.in/dTk2FPmy
Vc sabe o que são Coliformes???

Grupos de bactérias indicadoras de contaminação e são formados pelos gêneros


Escherichia, Citrobacter, Enterobacter e Klebsiella.

Os Coliformes Totais são grupos de bactérias gram-negativas, que podem ou não necessitar
de Oxigênio - Aeróbias ou Anaeróbias, que não formam esporos, e são associadas à
decomposição de matéria orgânica em geral.

Os Coliformes Fecais, também chamados de Coliformes Termotolerantes pois toleram


temperaturas acima de 40ºC e reproduzem-se nessa temperatura em menos de 24 horas.
Este grupo é associado às fezes de animais de endotérmicos.

👩‍🔬Existe vários Métodos Rápidos de identificação para os Coliformes.


Bora falar um pouquinho de 2 mais conhecidos???

🦠Técnica do substrato enzimático cromogênico - P/A: Consiste em flaconetes com um meio


de cultura desidratado que possibilita um resultado de presença ou ausência de coliformes
totais e Escherichia coli em um prazo de 24 horas. Adotado para a análise bacteriológica da
qualidade da água.
A amostra sofre reação e a coloração amarela caracteriza presença de Coliformes Totais e a
fluorescência que representa a presença de E. Coli.

Staphylococcus:
As bactérias Staphylococcus têm formato esférico (cocos) e tendem a crescer em
aglomerados (aglomerados semelhantes a uvas) quando vistos ao microscópio. Eles são
anaeróbios facultativos, o que significa que podem crescer com ou sem oxigênio.
Staphylococcus aureus é uma espécie comum de Staphylococcus que é conhecida por
causar várias infecções em humanos, variando de infecções cutâneas leves a infecções
sistêmicas graves.
Streptococcus:
As bactérias Streptococcus também têm formato esférico (cocos), mas tendem a crescer em
cadeias (como um colar de contas) quando vistas ao microscópio. Eles também são
anaeróbios facultativos. Streptococcus pyogenes, também conhecido como Streptococcus
do Grupo A, é uma espécie bem conhecida de Streptococcus que pode causar uma
variedade de infecções, como faringite estreptocócica, infecções de pele e até infecções
sistêmicas graves.

Características distintas:
Uma das principais diferenças entre Staphylococcus e Streptococcus é a maneira como eles
se organizam sob o microscópio. Staphylococcus forma aglomerados, enquanto
Streptococcus forma cadeias. Além disso, o Staphylococcus é conhecido por produzir
catalase, uma enzima que o ajuda a sobreviver em ambientes ricos em oxigênio, enquanto
a maioria das espécies de Streptococcus não produz catalase.

Outra diferença importante é a capacidade de causar reações de coagulase. Staphylococcus


aureus é coagulase positiva, o que significa que pode coagular o sangue, enquanto a
maioria das espécies de Streptococcus são coagulase negativa.

A compreensão dessas diferenças é essencial para a identificação e diagnóstico precisos de


infecções bacterianas em um ambiente clínico, bem como para o desenvolvimento de
estratégias de tratamento adequadas.

Você sabe a diferença entre "Controle de Qualidade" e "Garantia de Qualidade"?

A 'garantia de qualidade' tem como foco o processo, enquanto o 'controle de qualidade'


tem como foco o produto e/ou serviço.

Com isso, a garantia de qualidade trabalha com ações prévias ao processo, como por
exemplo, mapeamento de processo, análise de riscos, prevenção de erros, falhas e defeitos.
Além de ser responsável pela condução de auditorias, certificações e pela divulgação e
aderência da política de qualidade.

O controle de qualidade, por sua vez, é aquele que atua junto ao processo, cujo papel é
fiscalizar, medir, monitorar e controlar. O controle de qualidade eficaz impede a entrega de
produto/serviço não conforme ao identificar erros, falhas e defeitos.

De uma forma ilustrativa e mais genérica, a garantia da qualidade parte de estudo e ações
proativas para o desenho do sistema seguro de qualidade, enquanto o controle de
qualidade, mede o desempenho do sistema e identifica qualquer falha que possa impactar
o cliente e causar o não-atendimento às especificações.

Como ocorre a atribuição de atividades na sua empresa?


Aos 20: ibuprofeno.
Aos 25: omeprazol.
Aos 30: rivotril.
Aos 35: stent.

Uma estranha geração que toma café para ficar acordada e comprimidos para
dormir.

Oscila entre o sim e o não.

Você dá conta? Sim.


Cumpre o prazo? Sim.
Chega mais cedo? Sim.
Sai mais tarde? Sim.

Mas para a vida, costumava ser não:

Aos 20 eles não conseguiram estudar para as provas da faculdade porque o


estágio demandava muito.

Aos 25 eles não foram morar fora porque havia uma

perspectiva muito boa de promoção na empresa.

Aos 30 eles não foram no aniversário de um velho amigo porque ficaram até as
2 da manhã no escritório.

Aos 35 eles não viram o filho andar pela primeira vez. Quando chegavam, ele já
tinha dormido, quando saíam ele não tinha acordado.

Às vezes, choravam no carro e, descuidadamente começavam a se perguntar se


a vida dos pais e dos avós tinha sido mesmo tão ruim como parecia.

Por um instante, chegavam a pensar que talvez uma casinha pequena, um carro
popular dividido entre o casal e férias em um hotel fazenda pudessem fazer
algum sentido.

Era uma vez uma geração que se achava muito livre.

Só não tinha controle do próprio tempo.

Só não via que os dias estavam passando.


Só não percebia que a juventude estava escoando entre os dedos e que os
bônus do final do ano não comprariam os anos de volta.

Pseudomonas são bacilos Gram-negativos não fermentadores, aeróbios e possuem


motilidade e uma grande preocupação nos setores industriais, como alimentício,
farmacêutico, cosmético e até mesmo em hospitais.

🧪 Ela é conhecida por sua capacidade de formar biofilme, uma comunidade de


microrganismos que se agrupam e aderem a superfícies, formando uma camada protetora
contra agentes externos.

🔬 A formação de biofilme é um grande problema para a indústria, pois pode levar a falhas
em processos produtivos, além de aumentar a chance de contaminação de produtos finais.

🥼 São microrganismos que possuem uma enzima característica e que as diferencia das

Enterobactérias 👉🏻 a citocromo oxidase.

Essa diferenciação é feita no laboratório através do teste da oxidase, sendo as


Pseudomonas positivas para essa prova bioquímica.

💊 Uma outra característica bem importante dessa bactéria é a produção de pigmentos por
algumas cepas:

✅ piocianina 👉🏻 coloração característica azul-esverdeada com brilho metálico às colônias


(Maza et al., 1999)

✅ piorrubina 👉🏻 pigmento na cor vermelho-marrom


✅ fluoresceína ou pioverdina 👉🏻 pigmento de cor amarelo-esverdeado

🥼 Esses pigmentos podem inclusive auxiliar o microbiologista na identificação dessa bactéria


na cultura primária.

Esterilização: remoção ou destruição de todas formas de vida microbianas, incluindo os


endósporos.

📌 Desinfecção: destruição de patógenos em forma vegetativa em objetos inanimados,


superfícies, podendo ser feita através de métodos físicos ou químicos.

📌 Antissepsia: destruição de patógenos em forma vegetativa em tecidos vivos.

📌 Degerminação: remoção de microrganismos de uma área limitada, como por exemplo a


pele ao redor do local da injeção.

📌 Sanitização: tratamento destinado á reduzir contagens microbianas em utensílios


alimentares a níveis seguros, podendo ser feita através de lavagem em altas temperaturas
ou imersão em desinfetante químico.

Lavagem de Vidraria
No dia-a-dia de um laboratório, um dos fatores imprescindíveis para realização de
análises é a higienização correta dos materiais utilizados nos procedimentos. Tais
materiais, nomeados de ‘’vidrarias’’, precisam estar em condições propícias para
garantir uma precisão dos resultados. Vidrarias higienizadas de forma incorreta
podem acarretar em interferências indesejáveis no resultado, como: contaminação
cruzada, alteração de massa e etc. Deve-se conhecer as substâncias que foram
utilizadas para entender a melhor forma de realizar o descarte e a respectiva
limpeza dos materiais. Se para todo soluto existe um solvente, então para toda
sujidade existe um método de limpeza!

Para limpezas mais simples e cotidianas, o uso de detergente neutro, sem cor ou
aroma, é o suficiente. Para materiais como béqueres, por exemplo, inicie o
processo retirando o excesso de amostra com água corrente. Passe a esponja
com a parte macia e detergente, realizando os movimentos na parte interna e
externa da vidraria. Cuidado com possíveis arranhões nas vidrarias, pois
poderão acumular resíduos difíceis de remover. Água corrente deve auxiliar na
remoção do detergente, seguida por um ciclo de lavagem final com água
destilada/deionizada. Esta última etapa é muito importante em todos os casos,
porque a água corrente contém muitos minerais que podem reagir com futuras
amostras.

Para entender melhor sobre água destilada/deionizada, acesse


nosso artigo sobre Águas no Laboratório!
No caso de provetas e balões, a esponja comum não seria o mais eficiente. O
correto é utilizar escovas que possuem cerdas e crina na ponta (cepilho) para
alcançar todo o interior da vidraria.

Detergente neutro, bucha e cepilho.


Quando as vidrarias são utilizadas para análises de química orgânica, solventes
adequados e indicados pelo fabricante devem ser aplicados no processo de
higienização da vidraria. O etanol também pode ser utilizado na limpeza caso as
sujidades sejam solúveis, assim como a água destilada/deionizada.

É comum também deparar-se com a utilização de solução sulfocrômica na limpeza


de resíduos de difícil remoção. A solução é formada por ácido sulfúrico, dicromato
de potássio e água, tem cor alaranjada e quando adquire aspecto esverdeado seu
uso não é mais efetivo. A utilização dessa solução deve ser avaliada, uma vez que
se trata de uma solução nociva para o ser humano e o ambiente.

Casos específicos:

 Soluções insolúveis: verificar a compatibilidade de solventes e


lavar de 3-4 vezes com água deionizada, até completa remoção de
resíduos
 Ácidos fortes (ex: HCl) e bases fortes: realizar limpeza sob um
exaustor
 Bases e ácidos fracos: necessitam que se repita o processo de
limpeza de 3-4 vezes, utilizando água deionizada em todas as
repetições
 Pipetas graduadas e volumétricas / balões volumétricos: devem
ficar de molho em solução de limpeza, com sabão e água morna de
um dia para o outro.
Pode-se utilizar água quente para auxiliar na remoção de algum resíduo
específico, antes de optar pela utilização de outros tipos de solventes.

É importante que no final de todas as etapas, a vidraria passe pela lavagem


apenas com água destilada/deionizada. Em casos específicos, siga as instruções
do químico responsável pelo laboratório ou conforme indicado na FISPQ.

Secagem

É importante observar se as vidrarias que são manuseadas são volumétricas ou


apenas graduadas. Vidrarias volumétricas calibradas precisam passar por uma
secagem natural, uma vez que ao serem levadas para secagem em estufa podem
sofrer descalibração. Para que sequem de forma correta, a utilização de
escorredores e suportes de pipetas de vidro são indicados. Alguns laboratórios
utilizam pistola de ar comprimido para acelerar o processo de secagem. Vidrarias
diversas, que não forem calibradas, podem passar pela secagem em estufa

Outras vidrarias específicas devem ser limpas e secas de acordo com a orientação
do fabricante!

Por que tantos documentos em um Laboratório?

Quando ouvimos a palavra Laboratório, imediatamente pensamos em análises e


amostra, não é mesmo?!

De fato a amostra é rainha em todo e qualquer laboratório, independente de sua


natureza, pois é uma parte representativa do material que será analisado.

Produto que requer refrigeração e é transportado em condições que não atendem


a faixa de temperatura pode sofrer alterações em suas características? Pode sim.
Só retirando uma amostra desse produto e submetendo a análises será possível
confirmar se houve ou não degradação de algum componente da fórmula.

Quando pensamos em fluidos corporais como urina e sangue ou um medicamento,


por exemplo, é necessário atender uma série de detalhes para realizar a coleta da
amostra, pois uma contaminação advinda dessa etapa pode gerar um resultado
que não é real.

Vemos assim que é justificável essa grande preocupação do laboratório com a


amostra. Por outro lado, tão importante quanto ela são os documentos e
registros.
À primeira vista, pode parecer mera burocracia ter que manter tudo por escrito: um
monte de documentos para imprimir, preencher, arquivar… o que importa não é
apenas se o material foi aprovado ou reprovado?

Sim, esse é o objetivo, mas do recebimento da amostra até a avaliação do


resultado há um longo caminho a ser percorrido e que precisa ser rastreável e
executado sempre da mesma forma. Algumas premissas para alcançar tais
requisitos são:

 Não pode haver diferença entre a análise executada por uma


pessoa ou por outra. Imagine se o mesmo material obtiver
resultados diferentes para cada analista? Qual será considerado
“correto”?
 O analista deve ter o método disponível por escrito para consulta,
ou seja, ele não precisa “saber de cor” e também não pode fazer
modificações como e quando bem entender, assim todos executarão
da mesma forma.
 O método de análise deve ser adequado para a amostra, deve
considerar as particularidades do material e ser, preferencialmente,
baseado em compêndios oficiais.
Todos os detalhes de cada análise devem ser registrados, tais como dados do
equipamento e reagentes utilizados, cálculos e resultados numéricos.

Nesse cenário, os documentos e registros atuam como ferramentas de extrema


importância para nortear o pessoal do laboratório e são a base das Boas Práticas.
Além de constituir evidência das análises, eles facilitam um processo de
investigação em caso de resultado fora da especificação, fora da tendência ou
ainda reclamação de mercado.

Supondo que você receba a informação da distribuidora de que o reagente X, lote


Y, que você comprou deles há um tempo, não está adequado para uso. Seria no
mínimo desafiador ter que buscar na memória quais amostras podem ter sido
analisadas com esse lote de reagente e que, portanto, teriam um resultado
duvidoso.

Pense também naqueles testes que exigem uma sequência de cálculos. Se o


analista apresentar apenas o resultado final, como será possível conferir se está
correto sem ter os dados intermediários?

Veja que são dois exemplos claros de que por trás da parte prática precisa existir
uma documentação de suporte.
Serve comprar um caderninho para cada um? A resposta é não. Por mais simples
que seja o seu laboratório ou os testes com os quais você trabalhar, há uma
organização e padronização mínimas que, inclusive, tornarão a rotina mais
simples. Acredite, é muito mais fácil trabalhar onde já existe um procedimento
oficial a ser seguido do que cada um criar o seu jeito.

Um laboratório que visa atender os requisitos de qualidade direciona esforços para


construir uma documentação robusta, clara, objetiva e facilmente recuperável.

Boas Práticas de Pipetagem


Descubra como começam e porque elas contribuem para um trabalho
seguro e confiável no seu Laboratório. As Boas Práticas de Pipetagem
começam quando conhecemos aquilo com o que vamos trabalha

As pipetas são utilizadas para medição e/ou transferência de quantidades


precisas de líquidos diversos.

As pipetas são bastante utilizadas no preparo de amostras, uma das


etapas mais críticas da Química Analítica. É por isso que precisamos tomar
alguns cuidados quanto à escolha do tipo / volume mais adequado, quanto
à maneira correta de utilização e cuidados.

Tipos de Pipetas

Em princípio, elas podem ser de vidro, de plástico ou automáticas (mecânicas ou


eletrônicas). Vamos tratar aqui os tipos mais comuns, encontrados em um
Laboratório.

– De vidro

São as pipetas mais comuns em um laboratório e podem ser utilizadas para


diversas aplicações.

Os principais tipos são:


 Pipeta Volumétrica: que apresenta um volume específico e alta
precisão. Podendo ser de escoamento total ou escoamento parcial;
 Pipeta Graduada de Mohr: que apresenta graduação ao longo do
seu corpo, permitindo pipetar volumes variados, e sistema de
escoamento parcial indicada com uma faixa, para diferenciá-la da
pipeta Sorológica. Apresentam precisão inferior à pipeta volumétrica;
 Pipeta Graduada Sorológica: que apresenta graduação ao longo do
seu corpo, permitindo pipetar volumes variados, e sistema de
escoamento total indicada com duas faixas, para diferenciá-la da
pipeta Sorológica. Apresentam precisão inferior à pipeta volumétrica.

Imagem 1: Pipetas (Fonte:


https://glossary.periodni.com/dictionary.php)
Esses três parâmetros podem ser tratados como coordenadas para um ponto em
três dimensões também conhecido como espaço de Hansen. Quanto mais
próximas duas moléculas estiverem neste espaço tridimensional, maior a
probabilidade de elas se dissolverem uma na outra.

As pipetas necessitam de um pipetador: acessório que permite a sucção e o


descarte dos líquidos de maneira segura e eficiente.

Ainda com relação às pipetas de vidro, precisamos nos preocupar com a Classe
do material escolhido, sendo elas:

 Classe A (CLA): As vidrarias desta classe têm maior grau de


precisão, sendo as “queridinhas” dos processos mais minuciosos;
 Classe B (CLB): têm um rigor menor em comparação aos CLA.
Tabela 1: Volume nominal e
erro máximo permitido para pipetas de Classe A, AS e B (Fonte: Norma ISO 648:2008)
– De plástico

 Pipeta Pasteur: Uma pipeta bastante simples, não possui abertura


superior, apenas a inferior para entrada de liquido. Geralmente são
de plástico e descartáveis.
São utilizadas para medir pequenos volumes de líquidos ou contar gotas (nome
pelo qual ela também é conhecida).

Imagem 2: pipeta de Pasteur (Fonte:


https://medika.pt/)
– Pipetas Automáticas

 Este tipo de pipeta permite uma medição muito mais precisa de


volume, principalmente quando necessitamos coletar volumes
extremamente pequenos.
 Também conhecidas como micropipetas, elas podem ser monocanal
(que realiza uma Pipetagem por vez) ou multicanal.
 Em geral, são instrumentos que utilizam pontas (ou ponteiras)
descartáveis. Motivo pelo qual apresenta menor índice de
contaminação.

Imagem 3: Partes de uma pipeta automática (Fonte: Thermo)


A escolha da melhor micropipeta também é um fator importante!

Além de escolher um produto de qualidade, devemos escolher o volume mais


adequado às nossas necessidades. Utilize volumes entre 35 e 100% da
capacidade total. A faixa de erro da pipeta encontra-se na sua faixa inicial (cerca
de 10% do volume).
Utilização

A utilização das pipetas de vidro é, relativamente, simples: O líquido é aspirado


para o interior da pipeta, por sucção, com auxílio de um pipetador, até a linha
inferior do menisco da superfície livre do líquido coincidir com a linha horizontal do
tubo da pipeta volumétrica. A seguir, coloca-se a pipeta sobre o recipiente de
destino e transfere-se completamente o líquido.

Deve-se observar o menisco sempre na horizontal e na altura dos olhos, afim de


evitar erros de paralaxe.
Imagem 4: Visualização
do menisco (Fonte: Treinamento de Boas Práticas de Pipetagem, da Amoreira)
Já as pipetas automáticas precisam de cuidados específicos. Durante
a aspiração, a pipeta deve ser mantida na posição vertical e a ponteira imersa
até a profundidade adequada. Evite tocar nas paredes laterais ou no fundo do
recipiente da amostra.

Ao dispensar a amostra, a ponta deve tocar a parede do recipiente com uma leve
inclinação, arrastando-a levemente ao longo da parede.

Cuidados

Um dos fatores mais críticos de qualquer tipo de pipeta é a limpeza!

Esta deve ser realizada com produtos adequados e, imediatamente, após o


término da utilização.

Posso deixar de molho e lavar no final das atividades? Sim, desde que as
propriedades do líquido manipulado sejam conhecidas e que não haja
possibilidade de contaminação cruzada.

Consulte sempre o fornecedor para saber o método mais adequado de cuidar do


seu material, seja uma pipeta de vidro, seja automática.

Águas no Laboratório
Antes de falarmos sobre as águas utilizadas no Laboratório, precisamos entender
os principais tipos de águas!

Qual a diferença entre água mineral, destilada e deionizada?

A água mineral é a que utilizamos no nosso cotidiano, tanto para beber quanto
para cozinhar e limpar. Podemos encontrá-la em diversas fontes, naturais ou
artificialmente captadas.

Para a utilização em indústrias, laboratórios analíticos e outros procedimentos –


como médicos e veterinários, por exemplo – a utilização da água mineral não é a
melhor opção, uma vez que em sua composição são encontradas diversas
espécies químicas. É nesse momento que a água destilada e a
deionizada entram em cena!

Mas qual seria a principal diferença entre as duas?

Ambas são consideradas águas com um alto grau de pureza, se diferenciando em


alguns aspectos e nos processos pelos quais passam.

A água destilada é obtida a partir de uma destilação, em que os elementos


orgânicos e inorgânicos são retirados. Assim, o vapor de água passa por um
condensador e é transformado em líquido novamente, se mantendo com alto grau
de pureza enquanto não houver exposição ao ambiente. Algumas das suas
aplicações envolvem a limpeza de equipamentos, um dos solventes mais utilizados
em análises de laboratório e outros procedimentos de esterilização.

Já a água deionizada passa por um processo em que ocorre a remoção de cátions


e ânions presentes. A água passa por um sistema que contém resinas que
realizam uma troca iônica, substituindo os contaminantes catiônicos e aniônicos
que estão presentes na água por íons H+ e OH–. Esse tipo de processo não remove
outros contaminantes como bactérias e produtos orgânicos, podendo ser
complementado pela osmose reversa. Na técnica de osmose reversa, a água
passa por uma separação em altos níveis de pressão, utilizando-se membranas
com pequenos poros.
Ao compararmos ambos os tipos, observamos muitas vantagens na escolha
da água deionizada para utilização industrial e laboratorial!

Além de possuir um baixo custo de implantação, a deionização se torna o


processo com maior grau de eficácia para a remoção de sais inorgânicos
presentes na água, além de reduzir a necessidade de manutenções industriais,
apresentar maior facilidade operacional e alta taxa de recuperação da água.

No olhar da química analítica, a condutividade da água deionizada é menor que a


da água destilada – a primeira apresenta condutividade de ordem de 1 a 0,1
µS/cm, sendo a da água destilada equivalente a 0,5 – 3,0 µS/cm -.

A condutividade representa o grau de passagem de eletricidade no meio,


permitindo estimar a salinidade da água e concentração de íons presentes. Quanto
menor o teor de condutividade, menor a interferência nos processos industriais.

Além disso, a água deionizada oferece menor interferência em análises


quantitativas de íons diversos de baixas concentrações (ppb, ppt).

Ácidos e Bases
Você com certeza em algum momento já ouviu falar de ácidos, mas saberia dizer o
que realmente caracteriza uma substância ácida? E as substâncias básicas, você
faz ideia do que sejam? Nesse conteúdo, iremos te explicar como funcionam os
ácidos e bases, muito presentes nas reações de diversos tipos, no nosso cotidiano
e em laboratórios!

Ao longo dos anos, alguns químicos desenvolveram estudos que buscavam


explicar como as substâncias poderiam ser classificadas a partir do seu
comportamento. Apesar de suas singularidades, foi possível que houvesse uma
separação de conjuntos que apresentassem um padrão de comportamento similar,
surgindo as funções químicas orgânicas e inorgânicas.

No estudo dos ácidos e bases – substâncias inorgânicas – surgiram alguns


conceitos, no entanto, a teoria de Bronsted-Lowry (proposta por Johannes
Nicolaus Brønsted e Thomas Martin Lowry, de maneira independente) mostrou-se
como a mais abrangente ampliando a teoria de Arrhenius. Podemos definir
uma substância ácida sendo aquela que, em solução, libera íons positivos
H+ para outras substâncias.
As substâncias que são capazes de receber esses íons são caracterizadas
como bases (reconhecemos que a concentração iônica dessas soluções básicas é
tomada por íons OH–).

Existem casos em que a substância se comporta como ácido ou base, em


diferentes cenários, e é chamada de anfiprótica. Como, por exemplo, a água e
álcoois.
A identificação dessas substâncias pode ser realizada de forma simples, a partir de
uma medição de pH com indicadores ou pHmetros. De forma mais simples,
existem os papéis indicadores (ou papel Tornassol) com códigos de cores que
auxiliam na análise. Ao pingar uma gota de solução, o papel apresenta a coloração
que indica o caráter ácido ou básico.
Outro método, muito utilizado em laboratórios, é a Potenciometria. De um modo
geral, a potenciometria tem como objetivo determinar a concentração de íons
H+ dispersos em solução, a partir de medições que consideram a diferença de
potencial entre um eletrodo de referência (com potencial fixo) e um eletrodo de
medida capaz de captar o potencial da solução.

A escala de pH foi proposta por Søren Peder Lauritz Sørensen para expressar
concentrações muito pequenas de íons hidrogênio em soluções aquosas, e
definida como pH = -log [H+], utilizando os seguintes valores para definir o
caráter de uma determinada substância:

0-6: Ácido 7: Neutro 8-14: Básico


Em se tratando de uma medida potenciométria, que oferece maior precisão,
devemos tomar alguns cuidados, tais como:

Manter a mesma temperatura para curva analítica e a medição da


amostra;
 Utilizar eletrodos específicos, de acordo com as características da
amostra;
 Fazer verificações constantes das condições do equipamento,
eletrodo e soluções tampão utilizadas.
Lembrando-se sempre que o eletrodo de pH responde apenas a variação de íons
H+, mesmo em meios alcalinos.

Acesse nosso e-book sobre Eletrodos em Potenciometria para saber mais


sobre os cuidados gerais com eletrodos de pH.

É muito importante que, durante análises laboratoriais, o pH das reações seja


constantemente controlado.

Nem tudo que reluz, é ouro… 😲😲

Análise da presença de coliformes em água de consumo de uma empresa do interior de


São Paulo (e o resultado não foi o esperado, além dos coliformes totais, foi identificada a
presença de E. coli através da fluorescência à luz UV).

Dentre as diversas análises na água potável, uma delas é a pesquisa de coliformes totais e
Escherichia coli (E. coli indica a presença de fezes na água). Adiciona-se um substrato a
amostra; dois indicadores nutrientes, ONPG e MUG, são as principais fontes de carbono e
podem ser metabolizados pela enzima dos coliformes β-galactosidase, e pela enzima da E.
coli β-glucuronidase, respectivamente.
À medida que os coliformes crescem no teste, eles usam β-galactosidase para metabolizar
ONPG e mudam sua cor de incolor para amarelo; já a E. coli usa β-glucuronidase para
metabolizar MUG e criar fluorescência, logo, uma amostra fluorescente em até 28h de
incubação é indicativa da presença de E. coli (fezes) na amostra.

Você conhece o Caldo Tioglicolato?

📌 É um meio líquido, altamente nutritivo.

📌 Sua utilização é geral para cultura de anaeróbios, microaerófilos e aeróbios.

📌 É um dos meios recomendados para teste de esterilidade de materiais biológicos.

📌 Também tem o seu uso recomendado para cultivo de Clostridium spp.

📌 Quanto á sua composição:

- O tioglicolato e a cistina aumentam a recuperação de anaeróbios.


- Peptona, extrato de levedura atuam fornecendo nutrientes.
- Cloreto de sódio fornece íons essenciais.

📌 A turvação do meio indica crescimento de microrganismos.

Muito pouco se fala da importância da qualidade da lavagem das vidrarias, a qual é


considerada por muitos uma atividade enfadonha dentro de um laboratório e acaba muita
das vezes sendo negligenciada ou deixada de lado.

As vidrarias são feitas geralmente de uma mistura de vidro cristal ou temperado com vidro
borossilicato - um vidro resistente a variações térmicas e substâncias químicas. No
laboratório, as vidrarias são comumente utilizadas em análises e manipulação de
substâncias e se a mesma vidraria é usada para manipular amostras diferentes podem
ocorrer reações capazes de alterar o resultado da medição, desta forma, é essencial o
cuidado e atenção na lavagem, já que a mesma implica na confiabilidade dos resultados
obtidos em ensaios analíticos.

Na lavagem, deve-se inicialmente identificar o tipo de sujidade presente, a qual pode ser
orgânica, como restos de alimentos e óleos, ou inorgânica, como carbonatos de cálcio e
magnésio, ferrugem e outros óxidos. Posteriormente, basta fazer sua remoção com
produtos adequados e que deve ser removido utilizando água corrente e em seguida a
água destilada, repetindo o processo de 3 a 4 vezes.
Por fim, para a secagem, o mais indicado é deixar secar em temperatura ambiente e jamais
utilizar o material molhado ou úmido. Caso necessário, a estufa é uma boa opção para uma
secagem rápida, no entanto, deve-se ficar atento as restrições, como por exemplo, não se
deve colocar vidrarias volumétricas, pois o vidro dilata e pode alterar a escala de medição.

Para a garantia de uma boa lavagem podemos utilizar uma solução de Bromotimol 0.04%,
onde as cores indicam o tipo de sujidade presente na vidraria:
• Azul: resíduo alcalino, necessita de nova lavagem;
• Amarelo: resíduo ácido, necessita de nova lavagem;
• Verde: nenhum resíduo presente.

Recomenda-se realizar o teste em 10% de cada lote de vidraria lavada e também realizar
um controle diário das lavagens!
Em microbiologia, a diluição seriada é uma técnica usada para reduzir a
concentração de uma amostra, permitindo-nos contar e isolar microorganismos
presentes nela.

📌Essa técnica é amplamente empregada em laboratórios de microbiologia e é


particularmente útil quando estamos lidando com amostras que contêm uma
alta densidade de microorganismos, como água, alimentos, amostras clínicas e
culturas bacterianas.

📌 Como funciona:
- Primeiro, começamos com uma amostra inicial conhecida como "amostra-
mãe" e adicionamos uma quantidade específica dessa amostra a um tubo de
diluição contendo um diluente, como água destilada estéril ou solução salina.
Isso resulta em uma diluição conhecida como "diluição 10^-1" ou "diluição
1:10".
- Em seguida, uma alíquota dessa diluição 10^-1 é transferida para outro tubo
de diluição contendo mais diluente, resultando em uma diluição 10^-2 (ou
1:100).
- Esse processo é repetido várias vezes, criando diluições subsequentes, como
10^-3, 10^-4, 10^-5 e assim por diante.

Qual a sua importância???

📌A capacidade de obter uma concentração ideal de microorganismos em uma


placa de Petri para contagem e isolamento. Uma vez que as diluições
adequadas são preparadas, podemos transferir alíquotas dessas diluições para
placas de Petri contendo meio de cultura adequado.

Após a incubação, contamos as colônias em uma placa que apresenta uma


▶️
contagem adequada de colônias para determinar a densidade de
microorganismos na amostra original.

▶️Multiplicando a contagem pela diluição final, podemos obter uma estimativa


da concentração original de microorganismos na amostra-mãe.

📌 Está técnica nos permite obter resultados confiáveis em experimentos, como


contagem de unidades formadoras de colônias (UFC), determinação de carga
microbiana em amostras e isolamento de colônias puras para estudos
posteriores.

Ela com certeza já desempenhou um papel importante nos seus estudos ou na


sua rotina de trabalho.

Conte nos comentários sua experiência com a técnica! 🔽🔬🧪

* imagem extraída de Tortora, 16a Ed.

#microbiologia #bacterias #diluicaoseriada #tecnicaslaboratoriais #biologia #bi


omedicina #conhecimento
Ative para ver a imagem maior.

Primeiro vamos entender o princípio da osmose!!

✳️A osmose é a passagem de solvente, de uma solução menos concentrada para uma
solução mais concentrada, através de uma membrana semipermeável.
💧 E isso irá ocorrer até que a pressão exercida pela solução sobre a membrana impeça a
passagem de solvente.

🥼 Esse processo tem a finalidade de equilibrar a concentração da solução.

🦠 Na bactéria funciona assim se você preparar o esfregaço com água:

como o interior da bactéria tem uma concentração osmótica maior do que o exterior da
célula, a água vai entrar na bactéria até “igualar” a concentração osmótica com o exterior
diluindo o seu
citoplasma.

isso causará o inchaço da célula ao ponto de alterar totalmente a sua morfologia 👉🏻 um

bacilo se parecerá com um coco

💦 Preparando o esfregaço com solução salina, isso não acontecerá:

como a salina possui a mesma concentração osmótica do citoplasma, não haverá esse
movimento de solventes entre a membrana celular;

com isso, a morfologia da célula microbiana se manterá íntegra e sem alterações.

Portanto o esfregaço para coloração de Gram NÃO se faz com água e sim com

SALINAAAAA
Substrato cromogênico é um dos métodos mais incríveis para monitorar a
qualidade microbiológica de água!

💡 É uma metodologia que consta no Standard Methods e possibilita detectar


simultaneamente Coliformes Totais e E. coli em amostras de água através de substratos
cromogênicos e fluorogênicos.

🚿 Princípio da metodologia (Colilert):

✅2️⃣
possui indicadores nutrientes (ONPG e MUG) como as principais fontes de carbono;

✅ ONPG 👉🏻 metabolizado pela enzima β-galactosidase produzida pelos Coliformes


(produção de cor amarelada no meio);

✅ MUG 👉🏻 metabolizado pela enzima β-glucuronidase produzida pela E. coli (produção de


cor amarelada no meio e emissão de fluorescência sob luz UV).
🌡 Execução da técnica qualitativa de Colilert para presença/ausência:

✅ adicionar 1 ampola do meio de cultura em 100mL de água;

✅ incubar por 24h à 35°C +\- 0,5°C;

✅ interpretar os resultados.

🔬 Interpretação dos resultados:

incolor 👉🏻 negativo;

amarelo 👉🏻 positivo para coliformes totais;

amarelo e emissão de fluorescência 👉🏻 positivo para E. coli.

O bioindicador em tiras apresenta uma concentração de aproximadamente


10^6 de bactérias Geobacillus stearotermophilus ( ATCC 7953), usado para
comprovar a eficiência de um ciclo de esterilização, onde monitora parâmetros
que reagem três variáveis críticas de um ciclo de esterilização: tempo,
temperatura e presença de vapor.

Esse bioindicador é incubado para avaliarmos a coloração final do material,


onde podemos dizer se o ciclo foi eficiente.

A viragem da cor verde para o amarelo, indica um resultado POSITIVO


(crescimento bacteriano), e a esterilização será considerada NÃO SATISFATÓRIA.

Em relação ao uso do bioindicador durante a rotina de processo de


esterilização, isto é um item obrigatório citado na ISO 11140-1.

#BPF #ciclodeesterilização #controledequalidade #bioindicador #microbiologia


Ative para ver a imagem maior.
A boca é a porta de entrada dos alimentos e a primeira parte do processo digestório. Os
alimentos são ingeridos pela boca, onde serão mastigados pelos dentes e movimentados
pela língua. Acontece a digestão química dos carboidratos, onde o amido é decomposto
em moléculas de glicose e maltose.

A saliva é composta por um líquido viscoso contendo 99% de água e mucina, que dá a
saliva sua viscosidade. É constituída também pela ptialina ou amilase, que é uma enzima
que inicia o processo da digestão do glicogênio.

É pela faringe que os alimentos são conduzidos até o esôfago.

O esôfago continua o trabalho da faringe, transportando os alimentos até o estômago,


devido aos seus movimentos peristálticos.

No estômago, órgão mais musculoso do canal alimentar, continua as contrações,


misturando aos alimentos uma solução denominada suco gástrico, realizando a digestão
dos alimentos protéicos. O suco gástrico é um líquido claro, transparente e bastante ácido
produzido pelo estômago.

O intestino delgado é um órgão dividido em três partes: duodeno, jejuno e íleo. A primeira
parte do intestino delgado é formada pelo duodeno que é a seção responsável por receber
o bolo alimentar ainda ácido vindo do estômago, o qual chamamos de quimo. Para auxiliar
o duodeno no processo digestivo, o pâncreas e o fígado fornecem secreções antiácidas.

O pâncreas produz e fornece ao intestino delgado, suco pancreático, constituído de íons


bicarbonato, neutralizando assim, a acidez do quimo.

O fígado é a maior glândula do corpo, secreta a bile continuamente e armazenada na


vesícula biliar.

Ao fim deste processo no intestino, o bolo alimentar se transforma em um material escuro


e pastoso chamado de quilo, contendo os produtos finais da digestão de proteínas,
carboidratos e lipídios.

O intestino grosso é um órgão divido em três partes: ceco, cólon e reto, onde ocorre a
reabsorção de água, absorção dos eletrólitos (sódio e potássio), decomposição e
fermentação dos restos alimentares, e formação e acúmulo das fezes.

O reto é responsável por acumular as fezes, até que o ânus as libere, finalizando o processo
da digestão.

Determinação de Cloro Residual


e da Demanda de Cloro
 Publicado em 19/01/2017
 Categoria(s): Tratamento de Água
 Tags: água, água destilada, cloro ativo, cloro residual

Cloro Residual e da Demanda de Cloro


Conhecer o teor de cloro ativo que permanece após a definição (cloração) da água, permite garantir
a qualidade microbiológica da água, ou seja, se ela está em condições de uso.
Os derivados de cloro são usados como desinfetante a uma concentração inferior a 1 mg / L.
Mostrou-se que, a água que contem uma concentração de 50 mg / L em cloro residual pode ser
consumida sem nenhum perigo (ANDRADE e MARTYN, 1993).

A Lei 1469 (BRASIL,2001) em seu Art. 13º, cita que após a desinfecção, a água deve conter o teor
mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L, sendo obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2
mg/L em qualquer ponto da rede de distribuição. Recomenda-se que o teor máximo de cloro residual
livre, em qualquer ponto do sistema de abastecimento, seja de 2,0 mg/L.
Quando se decide tratar a água de uma indústria de alimentos com um derivado clorado, deve-se
saber que somente o uso continuo da água clorada trará todas as vantagens, por evita a proliferação
de micro-organismos.
Normalmente, se recomenda concentração de 4 a 7 ppm de cloro residual durante o ciclo principal
de trabalho. Para a limpeza geral, recomenda-se concentração de 15 a 25 ppm. A água de
resfriamento de produtos auto-clavados deve conter um residual de 4 a 7 ppm (ANDRADE e
MARTYN, 1993).

MATERIAL
– 02 Tubos de ensaio
– 01 Pipeta volumétrica 5 mL
– 02 Pipetas volumétricas 50 mL
– 02 Erlenmeyers de 250 mL
– 01 Bureta 25 ml ou 50 mL
– 01 Suporte de bureta
– 01 Funil
– 02 Provetas de 100 mL

REAGENTES
– Solução de ortolidina 0,1% SR
– Solução de tiossulfato 0,01 N ( N/100) SV
– Solução de HCI (1:3) SR
– Solução de amido 1% SI
– Solução de KI 10% SR

Leia também:
Avaliação de métodos para determinação de cloro residual livre em águas de abastecimento público
Determinação de cloro residual qualitativamente
Metodologia
1. Coloque 5 ml da amostra de água a ser analisada em um tubo de ensaio.
2. Adicione 5 gotas da solução de ortolidina 0,1% SR.
3. Observe se aparece a coloração amarela, que indica a presença de cloro livre.
4. Determine quantitativamente o CRT (cloro residual total).
Determinação de cloro residual quantitativamente
Metodologia
1. Coloque 100 mL da amostra da água em um erlenmeyer de 250 ml.
2. Adicione 50 mL da solução de KI 10%.
3. Adicione 5 mL da solução de HCI (1:3) SR.
4. Titule com tiossulfato de sódio N/100, até coloração amarelo claro.
5. Adicione 4 a 5 gotas da solução de amido 1%.
6. Continue a titular com o tiossulfato de sódio N/100, até a viragem para incolor.
CÁLCULOS
NB . V9mL_ . fc . Eq-gA . 1000

X (ppm de cloro residual = ——————————————

Expresso em CI2) Vamostra

0,01 . V9mL) . fc . 35,45 . 1000

X (ppm de cloro residual = ———————————————-

Expresso em CI2) 100

X (ppm de cloro residual = V(mL) x 3,545 x fc expresso em CI2)


1mL de Na2S2O3 N/100 = 3,545 mg de CI2 / L

REAÇÕES
CIO- + I- + 2H+ ? H2O + CI- + ½ I2

I2 + 2S2O32- ? 2- + S4O62-

Demanda de cloro de uma água


A avaliar a demanda de cloro é determinar a quantidade de derivado clorado que deve ser adicionado
a uma determinada água, de modo que após um tempo de contato se obtenha no mínimo um residual
de 0,2 mg / L.

MATERIAL
– 01 Pipeta graduada de 1 mL (+- 20 gotas)
– 10 Provetas de 500 mL
– 05 Bastões de vidro
– 01 Termômetro

REAGENTES
– Derivado clorato (hipoclorito de sódio ou dicloroisocianurato de sódio)

METODOLOGIA
1. Prepare uma solução de derivado clorado que contenha 4 g / L ou 4000 mg / L de CRT
(cloro residual total).
2. Coloque nas provetas de 500 mL, 2500 mL da amostra de água, que se deseja determinar
a demanda.
3. Coloque uma gota da solução de derivado clorado na 1ª proveta, 2 gotas na 2ª proveta e
assim sucessivamente, de modo que, a 10ª proveta receba 10 gotas. Desta forma a 1ª
proveta apresenta 10 mg / L.
4. Deixe em repouso, por 30 minutos.
5. Faça um teste qualitativo com ortotolidina, para identificar em qual ou quais provetas
ainda se mantêm o residual de cloro.
6. Nas provetas que ainda apresentarem um residual de cloro, determine quantitativamente
a concentração deste residual.
CÁLCULOS
DEMANDA DE CLORO = TCA – TCRA

TCA = Teor de cloro adicionado

TCRA= Teor de cloro que restou após o tempo de contato

PREPARO DAS SOLUÇÕES


1) Solução ortotolidina 0,1%
Em béquer de 200 mL, ferva 90 mL de água destilada, durante a ebulição adicione 10 mL de HCI R,
em seguida, coloque 0,1 g de ortotolidina R. Mantenha a ebulição por 3 min, sempre
homogeneizando com um bastão de vidro resfrie, transfira para balão volumétrico de 100 mL e se
necessário complete o volume de para 100 mL.

2) Solução tiossulfato de sódio ( Na2S2O3 . 5 H2O) 0,1 N (2,482 % p/v)


Dissolva 24,820 g de tiossulfato de sódio em água destilada e deionizada e dilua a 1000 mL em
balão volumétrico. Preserve a solução adicionando 5 mL de clorofórmio ou 1 g de NaOH.
Para preparo da solução 0,01 N (N/100) realizar diluição com a solução 0,1 N:

N.V = N’ . V’

0,1 . V = 0,01 . 500

V = 5 / 0,1 = 50 mL

Em balão volumétrico de 500 mL coloque 50 mL da solução 0,1 N de Na2S2O3.5H2O, complete o


volume com a água destilada.

3) Solução goma de amido 0,5% SI


Dissolva 1g de amido solúvel em cerca de 10 mL de água destilada fria, transfira para béquer de 500
mL e adicione 200 mL de água e ferva por 2-3 minutos, sempre homogeneizando com bastão de
vidro, resfrie e conserve em frasco âmbar e ao abrigo da luz. Para preservação da solução 0,6 g de
acido salicílico ou 0,5 mL de tolueno.

4) Solução de KI 10% SR
Pese em balança analítica 10 g de iodeto de potássio, dissolva em 30 mL de água destilada e
transfira quantitativamente para balão volumétrico de 100 mL, complete o volume com água
destilada.
5) Solução HCI (1:3)
Em um becher de 500 mL, coloque 300 mL de água destilada, adicione lentamente 100 mL de HCI
R.

Acervo: Enasa Engenharia

A esterilização de equipamentos e instrumentos de laboratório é um passo crítico para


garantir a precisão e a confiabilidade dos resultados de testes e análises. Nesse contexto, as
autoclaves desempenham um papel fundamental, assegurando que os instrumentos
estejam completamente livres de micro-organismos patogênicos. Neste artigo,
exploraremos a importância das autoclaves no processo de esterilização e discutiremos
como os testes de esterilização e a legislação da ANVISA se relacionam com a segurança no
laboratório.

O Papel Crucial das Autoclaves na Esterilização


As autoclaves são dispositivos que utilizam calor e pressão para eliminar micro-organismos,
incluindo bactérias, vírus e esporos bacterianos, dos instrumentos de laboratório. Esse
processo é essencial para evitar contaminações cruzadas e assegurar resultados precisos
em testes e pesquisas.

Para garantir a eficácia da esterilização, é fundamental que as autoclaves sejam mantidas e


operadas de acordo com as diretrizes do fabricante. Além disso, realizar testes de
esterilização regulares é uma parte crítica do controle de qualidade.

A Importância dos Testes de Esterilização


Os testes de esterilização, como o teste de Bowie-Dick, são projetados para verificar se a
autoclave está funcionando corretamente. Eles avaliam a remoção de ar e a penetração do
vapor, garantindo que todo o processo de esterilização seja eficaz. Esses testes devem ser
realizados regularmente, com registros precisos, para cumprir as regulamentações da
ANVISA e manter a qualidade dos resultados laboratoriais.

Legislação da ANVISA e Regulamentação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é responsável por regular e fiscalizar a


saúde pública no Brasil. Ela estabelece diretrizes e regulamentos rigorosos para garantir que
os processos de esterilização sejam seguros e eficazes. Laboratórios que não estão em
conformidade com essas regulamentações estão sujeitos a penalidades severas..

Art. 98 No monitoramento do processo de esterilização dos produtos para saúde


implantáveis deve ser adicionado um indicador biológico, a cada carga.
Parágrafo único. A carga só deve ser liberada para utilização após leitura negativa do
indicador biológico.

Conclusão
Em resumo, as autoclaves desempenham um papel crucial na esterilização de
equipamentos de laboratório, garantindo a segurança e a precisão dos resultados dos
testes. Os testes de esterilização são essenciais para verificar a eficácia das autoclaves, e a
conformidade com a legislação da ANVISA é fundamental para a operação de laboratórios
de forma ética e segura.
Medição de vírus por ensaio de diluição
de ponto final
84 comentários / Por Vicente Racaniello / 13 de julho de 2009
O ensaio de placas é um método excelente para determinar títulos de vírus, mas
não funciona para todos os vírus. Felizmente, existem vários métodos
alternativos disponíveis, incluindo o ensaio de diluição do ponto final.

O ensaio de diluição de ponto final foi usado para medir o título de vírus antes
do desenvolvimento do ensaio de placa e ainda é usado para vírus que não
formam placas. Diluições em série de um estoque de vírus são preparadas e
inoculadas em culturas de células replicadas, muitas vezes em formatos de
múltiplos poços (por exemplo, placas plásticas de 96 poços). O número de
culturas celulares infectadas é então determinado para cada diluição do vírus,
geralmente procurando o efeito citopático.

Neste exemplo de um ensaio de diluição de ponto final, 10 culturas de células


em monocamada foram infectadas com cada diluição de vírus. Após um
período de incubação, as placas que apresentaram efeitos citopáticos foram
pontuadas com +. Em diluições elevadas, nenhuma das culturas celulares está
infectada porque não estão presentes partículas. Em baixas diluições, todas as
culturas celulares estão infectadas. Metade das culturas celulares apresentaram
efeitos citopáticos na diluição 10-5. Este é o ponto final: a diluição do vírus na
qual 50% das culturas celulares estão infectadas. Este número pode ser
calculado a partir dos dados e expresso como dose infecciosa de 50% (ID 50) por
mililitro. O estoque de vírus neste exemplo contém 10 5 ID50 por ml.

Na vida real, o ponto final de 50% geralmente não cai exatamente em uma
diluição como mostrado no exemplo. Portanto, procedimentos estatísticos são
usados para calcular o ponto final da titulação.

Métodos de diluição de ponto final também podem ser usados para determinar
a virulência de um vírus em animais. A mesma abordagem é usada: diluições em
série de vírus são feitas e inoculadas em vários animais de teste. A infecção do
animal pode ser determinada pela morte ou sintomas clínicos como febre,
perda de peso ou paralisia. Os resultados são expressos como dose letal de 50%
(LD50) por ml ou dose paralisante de 50% (PD50 ) por ml quando letalidade ou
paralisia são usadas como desfechos.

O exemplo a seguir ilustra o uso da diluição do ponto final para medir a


letalidade do poliovírus em camundongos. Oito ratos foram inoculados por
diluição do vírus e o ponto final foi a morte. O método estatístico de Reed e
Muench foi utilizado para determinar o ponto final de 50%. Neste método, os
resultados são agrupados e a mortalidade em cada diluição é calculada. O
ponto final de 50%, que fica entre a quinta e a sexta diluições, é calculado como
10-6,5. Portanto, a amostra de vírus contém 106,5 LD50 unidades.
Reed, LJ, & Muench, H. (1938). Um método simples de estimar cinquenta por
cento dos pontos finais. Sou. J. Higiene, 27, 493-497

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