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Tomo a liberdade de enviar este artigo para que leiam e reflitam sobre o assunto, pois
há anos venho insistindo na necessidade de treinamento dos Colaboradores das
empresas, mas contrariando todas as tendências teó ricas, na prá tica está ocorrendo o
contrá rio.
Percebo claramente nos diversos contatos que mantenho com as á reas de Treinamento,
a presença crescente de profissionais ainda em formaçã o ocupando essas funçõ es ou
estagiá rios que recebem a tarefa de confirmar os nomes e matrículas dos participantes,
mas em ambos os casos, quando cobro uma resposta formal da participaçã o que
permita fechar a turma e o planejamento, escuto com muita frequência que ainda estã o
esperando as á reas interessadas, que já passaram as informaçõ es e que ainda nã o
decidiram se irã o participar...atitude totalmente reativa.
Sou obrigado a confessar que atuando há 20 (vinte) anos no PIM, com larga experiência
das empresas do Distrito Industrial, de seus processos, suas necessidades, a
qualificaçã o da mã o de obra e tendo mais de 2.700 pessoas treinadas, diversos projetos
e programas desenvolvidos, somando mais de 100 (cem) empresas do PIM, raríssimas
vezes sou consultado sobre treinamentos possíveis de serem realizados, demonstrando
uma prá tica que recebe as divulgaçõ es e repassa para as á reas, em vez de ir buscar os
treinamentos necessá rios e indicados nas avaliaçõ es e mapas de competência.
Para conhecimento de todos, estou enviando esse texto e comentá rios apenas ao
pessoal de RH e Treinamento que está cadastrado em meus arquivos, em pasta
específica. As outras á reas nã o estã o recebendo, pois entendo que deva ser iniciado um
debate sobre o tema e gostaria muito que me enviassem seus comentá rios, sem
nenhum constrangimento porque a intençã o é analisar em conjunto uma possível
soluçã o para todos nó s.
Abs e sucesso.
Marcio Cotrim
País - Sociedade Aberta
07/05 às 06h03
para convencer um empresário a realizar treinamentos corporativos era: “Experimente não fazer para ver
o que acontece”. Com uma certa ironia, os profissionais de RH sabiam que a sua experiência seria mais que
suficiente para justificar este investimento. Hoje, as relações de trabalho estão muito diferentes. Com as
facilidades trazidas pelas novas tecnologias, o aumento da concorrência e uma economia crescendo em
um ritmo mais lento, todo investimento precisa ter seu retorno comprovado com números, tabelas e
estatísticas. Mais do que nunca, o mercado trabalha com a lógica do resultado. E quanto mais rápido,
melhor.
Mesmo com tantas possibilidades, o que o empresário realmente quer é uma resposta em números. É
preciso provar por “a+b” que o investimento feito na empresa tem um retorno satisfatório. Os melhores
argumentos para se usar com o empresário, e convencê-lo de que o treinamento vale a pena, sempre
envolvem os termos aumentar, diminuir, eliminar, multiplicar, etc. Se o seu discurso para convencer seus
superiores não tem nenhuma destas palavras, é melhor repensar a questão.
Para entender esta lógica, precisamos nos colocar no lugar do executivo. O Brasil tem um índice de
crescimento do PIB estimado em apenas 1,79% para 2014 (segundo relatório divulgado pelo Banco
Central). Com a economia em um momento fraco, todo e qualquer investimento precisa ser realizado com
muita cautela. Dinheiro não é algo que pode ser desperdiçado.
Por mais que nós saibamos que treinamento nunca é um desperdício, precisamos pensar como um
investidor para entender sua lógica e conseguir convencê-lo. Um empresário sabe que, se comprar um
novo maquinário, terá um determinado acréscimo de produção que resultará em um lucro maior. Se
comprar uma matéria-prima mais cara, mas que rende 20% a mais, terá um lucro X% maior. O empresário
trabalha sempre com valores concretos.
Com isso em mente, precisamos atribuir valores ao que é aprendido nos treinamentos. Não que se possa
calcular o valor de uma técnica mais apurada de vendas ou de um relacionamento melhor entre
funcionários, mas é possível calcular o que foi ganho a mais como lucro depois que o treinamento foi
realizado.
Vamos usar uma rede de lojas com uma quantidade de vendas abaixo do esperado, como exemplo.
Primeiro é preciso fazer um diagnóstico para verificar o que realmente está acontecendo. O atendimento
no ponto de vendas está ruim? O vendedor não está oferecendo novos produtos? Falta prestar mais
atenção para a necessidade do cliente?
Entender onde está o problema é um primeiro passo muito importante, mas que nem sempre as empresas
cumprem. Com uma necessidade específica é possível criar um treinamento totalmente adequado à
realidade da sua equipe.
Bons comunicadores não são as pessoas que falam mais corretamente, mas sim aquelas que sabem usar a
linguagem mais adequada para diversos públicos. Os profissionais de RH precisam desenvolver esta técnica
para melhorar seu trabalho de convencimento. Entenda o que é mais importante para aquele profissional
e explique o que o treinamento de colaboradores pode trazer para a empresa a partir do ponto de vista do
empresário. Desta maneira, todos saem ganhando.