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QUAL É O TEU NEGÓCIO?

Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim
Lembrando Cazuza na letra acima, muitas dúvidas devem existir quando se necessita determinar qual é o Negócio
da empresa.
Será que todos sabem?
É muito comum a busca do aumento da disponibilidade de máquinas, a qualquer custo, esquecendo que a
Engenharia de Manutenção deve ter o objetivo de trabalhar com a finalidade de elevar as receitas da empresa,
maximizando os lucros e minimizando os desperdícios.

Lendo o livro "Manutenção Centrada no Negócio", escrito por três amigos, Lourival Tavares, Marcos Calixto e Paulo
Poydo, a minha atenção e satisfação tem sido máximas, primeiro por reconhecer a competência do Lourival Tavares
sobre o assunto Manutenção Industrial, motivo de sobra para aprender um pouco mais e segundo porque o Marcos
Calixto e o Paulo Poydo foram meus alunos na Universidade Estácio de Sá, exatamente na cadeira de Manutenção
Industrial, o que me deixa muito orgulhoso.

Alguns trechos do livro e conceitos apresentados me transportaram para anos atrás quando iniciei a minha vida em
manutenção e tive diversas oportunidades de ser entrevistado por Diretores de empresas, que queriam contratar um
Gerente para implantar a Manutenção Preventiva em toda a fábrica e eu lhes falava que não era aconselhável 100%
de Preventiva por diversos motivos:
1. Custo muito alto (Mão-de-Obra, Peças e Contratação de Serviços Especializados)
2. Necessidade de muitas peças sobressalentes.
3. Planejamento desnecessário em máquinas e operações não prioritárias.
4. Necessidade de priorizar as ações para atender ao negócio da fábrica.
5. Muitas paradas desnecessárias de equipamentos impedindo a produção.
6. Para atender a todas as máquinas precisaríamos de uma equipe grande, etc....

Tenho certeza de que alguns deixaram de me dar aumento, promoção e até de me contratar por ter esse
pensamento contrário ao que estavam querendo fazer. Um ainda chegou a me dizer, na entrevista, que queria
contratar um Gerente de Manutenção que arregaçasse as mangas (nessa empresa era exigido trabalhar de terno) e
metesse a mão na graxa para resolver os problemas de máquinas e lhe respondi que eu não tinha essa característica
e nem queria ter, pois entendia que a função do Gerente era de administrar, planejar, organizar e montar uma boa
equipe, treinada e qualificada que resolvesse os problemas técnicos sem essa ajuda. E sendo assim eu não o
aconselhava a me contratar, pois se fosse adotar a sua exigência, a minha mão-de-obra como mecânico seria muito
cara.

Ele aceitou a ideia, ainda bem!

Será que ainda existem Diretores e Gerentes que pensam assim?

Gerentes que se sujam de graxa e não planejam a Manutenção?

Todos sabem exatamente qual é o Negócio da empresa?


Há 20 ou 25 anos atrás, lembro muito bem que a ordem era da Produção não parar e a Manutenção que se virasse
para fazer um trabalho de qualidade e na maioria das vezes, sem verba, porque nessa época o lucro financeiro era
muito grande e os "Administradores", que comandavam as empresas, difíceis de serem convencidos a investir na
conservação de máquinas e equipamentos.

Os anos foram passando, a inflação caindo e a Manutenção evoluindo, perdendo o caráter predominante de
Corretiva e se transformando, a cada dia, em uma atuação mais Preventiva.
A internet e a globalização ajudaram com certeza.

Será que essa transformação aconteceu em sua empresa?

Os processos produtivos também sofreram mudanças tecnológicas fantásticas nesses anos, obrigando ao pessoal da
Manutenção e Produção a estar em constante aprendizado a fim de acompanhar a evolução dos equipamentos. Hoje
o treinamento deve ser freqüente e direcionado.
Conclui-se que não basta a empresa investir em novas tecnologias em seu processo produtivo, comprando máquinas
modernas e complexas se não treinar e qualificar a sua Equipe de Manutenção e Produção. É fundamental que além
da disponibilidade para operar e poder aumentar as vendas, assegure a confiabilidade, capabilidade, segurança e
custo baixo de operação e manutenção.
A sua equipe de Manutenção é treinada com freqüência?

E os Operadores de Máquinas?

É sabido que a baixa produtividade da indústria é decorrente de planejamento incorreto, basta ver a quantidade de
paradas decorrente de falta de material. Muitas vezes também por falta de planejamento em Manutenção Industrial
ocasionando grande percentual de Corretiva com altas taxas de falhas, paradas imprevistas e freqüentes,
contribuindo para a baixa produtividade e o aumento do custo, com perda de competitividade no mercado que a cada
dia fica mais exigente.

Apenas para comparação, analisem alguns indicadores de empresas no Brasil, segundo pesquisa da Abraman de
1985 a 2003 e empresas internacionais, que está resumida no livro citado:

MB = Média Brasil MM = Média Mundial


1. Custo de Manutenção por Faturamento -- MB = 5,6% -- MM = 1,5 a 5,0%
2. Trabalho em Manutenção Corretiva -- MB = 32,0% -- MM = 2 a 20,0%
3. Trabalho em Manutenção Preventiva -- MB = 49,3% (sistemática e preditiva) -- MM = 18 a 40,0% (cita apenas
preventiva).

Confesso que tenho encontrado indicadores para Manutenção Corretiva bem maiores do que os 32,0% da pesquisa
e de Manutenção Preventiva bem menores do que os 49,3%. Muitas empresas ainda utilizam o sistema informatizado
de manutenção incorretamente, se submetendo a fazer apenas o que o sistema informa, sem análise crítica e sem
definição clara do que é considerado "GARGALO" no processo produtivo.

Com isso, a mão-de-obra, muitas vezes é desperdiçada em serviços desnecessários porque os Operadores não são
treinados e nem conhecem direito como funciona seus equipamentos.

A Eficiência Global dos Equipamentos no Brasil é menor do que 50,0%.

Segundo informações no livro, Manutenção Centrada no Negócio, sobre Métodos e Processos de Gestão de
Manutenção, divididas em seis etapas, pode-se alcançar valores de OEE variando de 45% a 90%, mas é importante
frisar que os melhores resultados são atingidos quando:

1. Utilizamos o apoio dos Operadores através da Manutenção Autônoma, um dos Pilares do TPM - Manutenção
Produtiva Total.

2. Utilizando técnicas de RCM / MCC - Manutenção Centrada em Confiabilidade, através da utilização do FMEA -
Modo de Análise de Efeito de Falha, investigando a causa raiz.

3. Olhando a Manutenção como parte do Negócio, avaliando os riscos do processo produtivo através da Teoria das
Restrições para identificar os "GARGALOS" e com isso e através desses dados, direcionar os maiores esforços, as
melhores técnicas e a mão-de-obra mais qualificada para atuar nas melhorias, eliminação de perdas, redução de
custos, disponibilidade, performance operacional, confiabilidade, capabilidade, segurança, etc....

A partir do item (1) acima, pode-se alcançar OEE = 80% e a metodologia do TPM - Manutenção Produtiva Total
prega valores de OEE > 85% para empresas de Classe Mundial, com Índice de Disponibilidade > 90%, Qualidade >
99% e Performance > 95%.

Acima desse indicador e adicionando conceitos de RCM / MCC, FMEA e o envolvimento de todos com foco no
NEGÓCIO da empresa, esses valores podem ser melhorados.

O importante é adotar outro paradigma desde já. E agora, já sabe em que estágio se encontra a Manutenção de sua
empresa?
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Necessitando de alguma ajuda na implantação de Projeto de Gestão da Manutenção, entre em contato que
poderemos auxilia-lo.
Não perca o treinamento que ministraremos em Manaus, na semana de 24 a 28/10/2005, das 18:00 às 22:00h, onde
abordaremos esse e outros assuntos que permitam ajudar a sua empresa a mudar o foco da Manutenção Industrial,
incentivando o trabalho em conjunto com a Produção e demais setores da planta.

Entre em contato para maiores informações através do nosso e-mail: mcconsultores@terra.com.br

Espero que tenha lhe ajudado a REFLETIR!

Atenciosamente,

Marcio Cotrim
MC CONSULTORES LTDA

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