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ATIVIDADE 3 - TEOL - ESTUDOS DAS RELIGIÕES - 51/2024

Período:01/04/2024 08:00 a 21/04/2024 23:59 (Horário de Brasília)


Status:ABERTO
Nota máxima:0,50
Gabarito:Gabarito será liberado no dia 22/04/2024 00:00 (Horário de Brasília)
Nota obtida:

1ª QUESTÃO
Os ritos não incluem somente ações, mas também palavras. O silencio e a palavra compõem a trama do rito.
O mito e o fundamento da palavra religiosa, relato epifânico e tradicional. Como narração que se apoia não
no discurso racional, mas no relato que conta uma experiência primordial, carregada do prestigio que
conserva a sucessão dos relatos qualificados, ilustra a origem, o sentido ultimo e a realidade dos atos do
mundo e da existência.

FILHO, José Adriano; SOUZA, José Francisco de; GINI, Sergio. Estudos das Religiões. Maringá-Pr.:
UniCesumar, 2024.

Considerando o texto acima, em se tratando do Mito para a comunidade religiosa, avalie as afirmações a
segui.

I. O Mito é o elemento fundante das religiões.


II. As doutrinas religiosas são explicações intelectuais dos Mitos.
III. A teologia e filosofia, são responsáveis pela criação dos Mitos.
IV. O Mito não depende da narrativa humana, pois é a revelação direta da própria divindade.

É correto o que se afirma em:

ALTERNATIVAS
I e II, apenas.

I, II e III, apenas.

II e III, apenas.

II, III e IV, apenas.

III e IV, apenas.

2ª QUESTÃO
O longo processo que envolveu a configuração de uma história das religiões como disciplina específica,
dotada de objeto e metodologia próprios, pode ser analisado a partir das discussões que, ao longo do
século XIX e início do XX, aprofundaram as relações entre a defesa do caráter racionalista do homem
ocidental e a persistência de formas de expressão ainda classificadas de religiosas.

HERMANN, J. HISTÓRIA DAS RELIGIÕES E RELIGIOSIDADES. In: CARDOSO, C. F.; VAINFAS, R. (orgs.).
Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

Sobre a História da Religião, avalie as afirmações a seguir:

I. A investigação histórica do fenômeno religioso se dá a partir do método comparativo, sendo a tendência


exclusiva dessa disciplina atualmente.
II. A História da Religião oferece os métodos específicos de pesquisa oriundos da história que é neutra e
objetiva frente aos objetos e foca-se, ainda hoje, nas origens.
III. A História da Religião, para desenvolver seu trabalho, vale-se dos métodos histórico-críticos e procura
apoio em outras ciências afins, como a Sociologia, Psicologia, Etnologia, Antropologia, Arqueologia etc.
IV. Pela visão dessa disciplina, odos os componentes de determinado credo religioso podem ser objeto da
sua história, como doutrinas e práticas de fé, costumes e forma de organização, formação de tradições
dentro da religião, bem como sua relação com outras tradições.

É correto o que se afirma em:

ALTERNATIVAS
I, apenas.

II e IV, apenas.

III e IV, apenas.

I, II e III, apenas.

I, II, III e IV.

3ª QUESTÃO
Sobre Psicanálise e Religião, considere os textos a seguir:

Texto 1:
Freud e Jung sempre discutiram sobre o fenômeno religioso, sendo que, o pai da Psicanálise assume uma
postura crítica perante a religiosidade, já Jung, por sua vez, discorda de Freud, e argumenta que a religião é
um fenômeno necessário e que deve ser amplamente estudado.

RODRIGUES, M. H. Jung e seu relacionamento com a religião. Sinapse Múltipla, n. 3, vol 1, jul. 2014, p. 54-66.
Disponível em: <https://periodicos.pucminas.br/index.php/sinapsemultipla/article/view/4171/6720> Acesso
em: 20 jan. 2023.

Texto 2:
Em termos gerais, Freud considerava a religiosidade como uma neurose obsessiva universal, da qual o ser
humano deveria livrar-se de qualquer maneira. O grande e verdadeiro impulso da vida era a libido sexual,
que move o homem para as suas relações familiares, amorosas e com o meio social em geral.

...

Vê-se que Jung propõe que as religiões sejam portadoras de uma ajuda prestada aos seres humanos em
busca de sua jornada para se tornar indivíduos autênticos. Porém, sua grande crítica era de que grande
parte dos sistemas religiosos se prendeu aos dogmas e se esqueceu de sua herança simbólica coletiva.

Freud, Jung e a Religião: embates e diálogos entre Ciência e Religião nos clássicos da Psicanálise. Revista
Lusófona De Ciência Das Religiões. Ano X, n. 18-19, p.335-348, 2013. Disponível em:
<https://revistas.ulusofona.pt/index.php/cienciareligioes/article/view/4499/3032> Acesso em: 20 jan. 2023.

Sobre as visões da psicanálise de Freud e Jung, abordadas nos textos 1 e 2, avalie as afirmações a seguir:

I. Em resumo, a tese funcionalista de Freud quanto à religião afirma que esse fenômeno social é um
subproduto do inconsciente, com a função de reprimir pulsões instintivas antissociais
II. Carl Jung se afasta da corrente freudiana e da psicanálise ortodoxa, defendendo que a religião seria
benéfica socialmente, uma expressão natural do inconsciente coletivo, muito mais arcaico que o
inconsciente individual.
III. Na teoria de Jung, os arquétipos são instalações mentais que “criam” imagens de certas coisas e resultam
dos mitos e das produções artísticas. Defendia que a religiosidade era uma maneira de ajudar o processo de
individuação: a exploração de nós mesmos e a aceitação final de quem somos.
IV. Podemos afirmar que as teorias citadas, consideram a religião ou como organizadora da vida social
(Freud) ou emancipadora do indivíduo (Jung).

É correto o que se afirma em:

ALTERNATIVAS
I, apenas.

II e IV, apenas.

III e IV, apenas.

I, II e III, apenas.

I, II, III e IV.

4ª QUESTÃO
Um dos pontos altos do pensamento weberiano é a relação de sentido da ação humana. Para Weber, é
possível conhecer um fenômeno social a partir da extração do conteúdo simbólico da ação ou das ações.
Com isso, o autor criou a Sociologia Compreensiva que, mais do que simplesmente se reduzir a um
esquema de explicação de causa e efeito, persegue a compreensão do sentido dos fatos. Assim, o sentido
de um objeto não está no objeto em si, “está nos homens que o usam e o trocam, quando o usam e o
trocam, fazem-no produzindo um sentido (ou vários)” (COSTA, 2009, p. 58).

FILHO, José Adriano; SOUZA, José Francisco de; GINI, Sergio. Estudos das Religiões. Maringá-Pr.:
UniCesumar, 2018

De acordo com a perspectiva sociológica de Weber, analise as afirmativas.

I. Para Weber o capitalismo foi um grande influenciador no modelo religioso do protestantismo Europeu.
II. A religião na perspectiva de Weber foi conceituada a partir de análises plurais, das mais diferentes
tradições religiosas, da Europa e Ásia.
III. Para Weber a religião é mais que um sistema de crenças e dependendo do momento histórico, do
contexto social e dos valores culturais vigentes, haverá configurações diversas do religioso.

É correto o que se afirma apenas em:

ALTERNATIVAS
I.

II.

III.

I e III.

II e III.

5ª QUESTÃO

No ambiente islâmico, a palavra árabe dîn deriva da raiz semítica dâna, que signiica,
aproximadamente, “acertar algo” (no sentido de pagar uma dívida, aquilo que se deve a Deus). Esse sentido
é estranho ao que se atribui à religião, desse modo não é possível fazer uma associação desprovida de uma
série de restrições e cuidados para uma correspondência. O termo também descreve formas de vida,
costumes e hábitos ordenados conforme ordem e direito.

FILHO; José Adriano, GINI; Sérgio; SOUZA; José Francisco de. Estudos das Religiões. Maringá-Pr.:
UniCesumar, 2020.
A partir do texto acima analise as afirmativas abaixo:

I. O texto acima aponta a facilidade de se cometer um erro ao não se analizar uma palavra relacionada a
religião.
II. O fragmento de texto aponta para uma aplicação social das palavras bem como um distanciamento no
ambiente islâmico da religião.
III. O texto referido mostra que há uma amplitude no uso do termo dîn, que por correspondência que se
amplia até hábitos conforme ordem e direito.

É correto o que se afirma em:

ALTERNATIVAS
I apenas.

II apenas.

III apenas.

I e III apenas.

II e III apenas.

6ª QUESTÃO
"Como defensor da autonomia do campo religioso, Mircea Eliade sugeriu que a religião fosse avaliada com
critérios religiosos, pois o sagrado não pode ser submetido ao reducionismo das Ciências Sociais, da
História ou da Psicologia, afinal, religião faz parte de uma categoria sui generis. Para ele: Um fenômeno
religioso somente se revelará como tal com a condição de ser apreendido dentro da sua própria
modalidade, isto é, de ser estudado à escala religiosa. Querer delimitar este fenômeno pela fisiologia, pela
psicologia, pela sociologia e pela ciência econômica, pela linguística e pela arte etc. é traí-lo, é deixar
escapar precisamente aquilo que nele existe de único e de irredutível, ou seja, o seu caráter sagrado. É
verdade não existirem fenômenos religiosos “puros”, assim como não há fenômeno única e exclusivamente
religioso. Sendo a religião uma coisa humana, é também, de fato, uma coisa social, linguística e econômica
— pois não podemos conceber o homem para além da linguagem e da vida coletiva. Mas seria vão querer
explicar a religião por uma dessas funções fundamentais que definem o homem, em última análise (ELIADE,
2010, p. 2)".

FILHO, José Adriano; SOUZA, José Francisco de; GINI, Sergio. Estudos das Religiões. Maringá-Pr.:
UniCesumar, 2024. p. 96 e 97.

A respeito dos conceitos de Mircea Eliade sobre o fenômeno religioso, avalie as afirmações a segui.

I. O fenômeno religioso deve ser tratado pelo método da abordagem funcionalista.


II. O fenômeno religioso possui uma dimensão autônoma irredutível, que é aquilo que a diferencia e a
caracteriza como religião e que precisa ser captado e compreendido.
III. Como defensor da autonomia do campo religioso, Eliade sugeriu que a religião fosse avaliada com
critérios religiosos, pois o sagrado não pode ser submetido ao reducionismo das Ciências Sociais, da
História ou da Psicologia, afinal, religião faz parte de uma categoria sui generis.
IV. O conhecimento antropológico sobre as religiões primitivas não encontrou qualquer possibilidade de
estabelecer um marco zero, uma origem comum ou única, e que as religiões das sociedades primitivas
sempre se revelaram num contexto histórico, negando o esquema evolucionista do simples ao complexo, da
magia ou animismo às ideias de Deus.

É correto o que se afirma em:

ALTERNATIVAS
I, II e III, apenas.

I, II e IV, apenas.

I, III e IV, apenas.

II, III e IV, apenas.

III e IV, apenas.

7ª QUESTÃO
“Para Karl Marx (1818-1883), religião é a mais pura ilusão. Pior talvez, é uma ilusão com consequências
muito negativas. É um exemplo extremo de ideologia, de um sistema de crença cujo propósito do dirigente
é simplesmente prover razões — desculpas, na verdade — para manter exatamente a forma de organização
social dominadora que o opressor aprecia”.

FILHO, José Adriano; SOUZA, José Francisco de; GINI, Sergio. Estudos das Religiões. Maringá-Pr.:
UniCesumar, 2024. p. 88.

Considerando a relação da religião e as ideias de Marx, avalie as afirmações a seguir.

I. Os conteúdos desenvolvidos pela religião são, na melhor das hipóteses, ideologias — ideias tendenciosas,
representações falsas, parciais e incompletas da realidade.
II. As ideologias são construídas para reforçar a dominação e a opressão, além de impedir a sua superação.
III. A religião promete, em um mundo futuro, uma vida plena e feliz para desviar a atenção dos oprimidos no
seu presente, assim, evita que eles se esforcem para mudar as estruturas que produzem sua miséria.
IV. A religião é o ópio do povo porque ela, em sua racionalidade, mata o ideal de uma vida melhor nesta
terra, desse modo é contrária a qualquer aspecto de luta social.

É correto o que se afirma em:

ALTERNATIVAS
I, II e III, apenas.

I, II e IV, apenas.

I, III e IV, apenas.

II, III e IV, apenas.

III e IV, apenas.

8ª QUESTÃO
Os estudiosos da religião na Alemanha preferem a designação “Ciência da Religião”, no singular, em
contraposição a “Ciências da Religião”, que tem sido mais comumente utilizado. Usarski (2006, p. 73)
esclarece que a opção por essa nomenclatura é “para salientar a integridade substancial de sua disciplina e
o seu status particular no ambiente acadêmico”. Tais cientistas da religião entendem que “por concentrar-se
em um conteúdo determinado de forma mais profunda e abrangente do que qualquer outra matéria”
(USARSKI, 2006, p. 73), a nomenclatura mais coerente seria mesmo Ciência da Religião.

FILHO, José Adriano; SOUZA, José Francisco de; GINI, Sérgio. Estudos das Religiões. Maringá: UniCesumar,
2024.

Sobre a defesa do uso do termo "Ciência da Religião", assinale a opção correta:

ALTERNATIVAS
Do conhecimento bíblico, da exegese e da hermenêutica.

Do conhecimento Teológico, sobre o conhecimento da fé e das doutrinas.

Do desenvolvimento das pesquisas científicas no âmbito da religião, especialmente a partir do século 19.

Do conhecimento obtido por meio das pesquisas nas fontes primárias dos textos sagrados, pois a pesquisa é uma
"ciência".

Dos conhecimentos e métodos de suas subdisciplinas e disciplinas auxiliares mais importantes (filologia, História,
Sociologia e Psicologia).
9ª QUESTÃO
Uma definição científica do termo “sagrado” sempre esbarra na forma como é feito o seu uso tradicional.
Isto porque ele vem sempre associado a outro termo muito utilizado na História e na Filosofia das religiões:
o profano. Segundo Neto (2008, p. 1) ambos os conceitos convergem para uma oposição dicotômica e dão
origem ao binômio sagrado/profano, que tradicionalmente divide toda a experiência humana entre a esfera
religiosa/espiritual (sagrada) e o campo das atividades não religiosas/cotidianas profanas).

FILHO, José Adriano; SOUZA, José Francisco de; GINI, Sergio. Estudos das Religiões. Maringá-Pr.:
UniCesumar, 2024. p. 93.

A respeito das teorizações sobre o termo “sagrado”, avalie as afirmações a segui.

I. O sagrado está relacionado diretamente como pertencente aos deuses ou à dimensão espiritual, “sendo
inviolável ou inalcançável para os homens, especialmente aqueles que participam da esfera profana, comum
ou ordinária”.
II. Somente com um pacto estabelecido entre seres humanos e deuses é possível o ato de tornar sagrado.
III. Os eventos religiosos são utilizados para afastar os profanos do sagrado.
IV. Os elementos considerados sagrados provêm dos textos considerados verídicos e estão presentes nos
rituais das sociedades em que tais textos estão preservados.

É correto o que se afirma em:

ALTERNATIVAS
I e II, apenas.

I, II e III, apenas.

I, II e IV, apenas.

II, III e IV, apenas.

III e IV, apenas.

10ª QUESTÃO
Para a compreensão essencialista, muitas vezes, Deus é o elemento fundamental constitutivo das definições
que se caracterizam assim, seja de forma mais concreta ou mais abstrata (uma divindade ou deuses no
plural). Essa compreensão segue a proposta de Edward Burnett Tylor (1832-1917), partindo do princípio de
que não podemos seguir o impulso natural para descrever a religião como simplesmente a crença em Deus.

FILHO; José Adriano, GINI; Sérgio; SOUZA; José Francisco de. Estudos das Religiões. Maringá-Pr.:
UniCesumar, 2020.

I. A essa definição exclui uma grande porção da raça humana, pessoas que são plenamente religiosas, mas
creem em mais de um ou em outros deuses diferentes.
II. Ao afirmar que a religião é a crença em um Deus é algo errôneo, a religião tem várias facetas e
dimensões, mesmo assim não deixa de ser religião, mesmo crendo em deuses.
III. A religião sempre será a crença em um só Deus, qualquer expressão que caminhe de forma plural não
pode ser definida como religião e está distante disso.

É correto o que se afirma em:

ALTERNATIVAS
I apenas.

I e II apenas.

II apenas.

II e III apenas.

III apenas.

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