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ARTIGO
Nome do autor1
INTRODUÇÃO
XXXX
1. CAPÍTULO 01 (RENOMEIE)
XXXX
XXXX
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros:
SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título em negrito (em geral, apenas em maiúscula a inicial
da primeira palavra e a inicial de substantivos próprios). Cidade: Editora, ano. [Ps: Livro com
1
Inserir num único parágrafo (máximo 3 linhas) o minicv.
até 3 autores devem ter todos citados. Para livros com mais de 3 autores, cite apenas o
primeiro e use a expressão “et alii” para os demais]
I - Introdução
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre o Direito a Saúde à luz da Constituição
da República Federativa do Brasil, de 1988. Esta Constituição, também conhecida
por Constituição Cidadã, traça os parâmetros do sistema jurídico e define os
princípios e diretrizes que regem a sociedade brasileira. Essencialmente: (a) regula
a natureza, a amplitude e o exercício dos poderes do Estado; (b) institui os direitos
básicos dos cidadãos; (c) define as instituições essenciais ao Estado e fixa as suas
competências; e (d) define os métodos de escolha dos governantes. Neste sentido,
consagra princípios, valores, garantias fundamentais que legitimam o cidadão como
titular de direitos.
Barroso (2020, p.105) diz que em um país como o Brasil, com suas circunstâncias
políticas e sociais, se a Constituição não cuidar de definições importantes em temas
como educação, saúde e proteção ambiental, ela se tornará um mero repositório de
regras para a disputa do poder pela classe dominante.
Para esse autor:
A igualdade, em sentido material ou substantivo, e especialmente a
autonomia (pública e privada) são ideias dependentes do fato de os
indivíduos serem livres de privações, com a satisfação adequada de suas
necessidades vitais essenciais. Para serem livres, iguais e capazes de
exercer uma cidadania responsável, os indivíduos precisam estar além de
limiares mínimos de bem-estar, sob pena de a autonomia se tornar uma mera
ficção. Isso exige o acesso a algumas prestações essenciais – como
educação básica e serviços de saúde, assim como a satisfação de algumas
necessidades elementares, como alimentação, água, vestuário e abrigo.
Isto posto, o tema deste trabalho, a saúde, tem relevância social e vincula-se ao
bem maior, a autonomia, a vida e a dignidade humana, valor básico do Estado
Democrático de Direito.
A Constituição Federal (1988) apresenta no Título I os princípios, para logo a seguir,
no Título II listar os Direitos e garantias fundamentais, individuais e coletivos: o
Capitulo I elenca os direitos e garantias fundamentais, em 73 incisos e o Capítulo II
lista o rol dos direitos sociais, entre eles, o direito à saúde, estabelecido como um
direito universal que deve ser garantido pelo Estado. Já no Título VIII, Da Ordem
Social, a saúde compõe, juntamente com a assistência social e a previdência social
um sistema maior que é a sistema de seguridade social do País.
Assim, o Direito a Saúde é associado à realização da justiça social, com observância
aos princípios da equidade e da universalidade de acesso. Positivado na
Constituição Federal é um direito e um dever fundamental: é direito fundamental da
pessoa humana e dever do Estado.
II - Direitos Fundamentais
Este artigo expressa o direito de todo ser humano à prestação sanitária e à saúde
como um direito fundamental do homem. Este Direito está diretamente relacionado
ao direito a vida e a dignidade humana. A adoção de tal conceito levou quase todas
as Constituições do mundo a afirmarem a saúde como um direito fundamental do
homem.( Schwartz, 2004).
A dignidade da pessoa humana, na condição de valor e princípio normativo
fundamental atrai o conteúdo de todos os direitos fundamentais, exigindo e
pressupondo o reconhecimento e a proteção dos direitos fundamentais de todas as
dimensões (ou gerações). Desta forma, “sem que se reconheçam à pessoa
humana os direitos fundamentais que lhe são inerentes, em verdade estar-se-á
lhe negando a própria dignidade”.( Sarlet, 2017)
O princípio da dignidade humana integra a identidade política, ética e jurídica da
Constituição e, como consequência, não pode ser objeto de emenda tendente à sua
abolição, por estar protegido por uma limitação material implícita ao poder de
reforma. É a partir do núcleo essencial do princípio da dignidade da pessoa humana
que se irradiam todos os direitos materialmente fundamentais (Barroso, 2020, p.
126)
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 inseriu o direito à saúde
como um direito social (art. 6º), entre os direitos e garantias fundamentais, In verbis:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição. (EC no 26/2000, EC no 64/2010 e EC no 90/2015) (BRASIL,
1988).
IV – A Pandemia
Fonte: http://coronavirus.saude.mg.gov.br/painel-de-monitoramento
Percebe-se que o número de casos cresce e o número de leitos ocupados aumenta.
V - Considerações Finais
Na sociedade contemporânea, a saúde deve ser considerada como um bem de
todos, como um direito fundamental, social, necessário à manutenção da vida,
destinado à promoção do bem comum e à realização da justiça social.
O Direito à Saúde no Brasil, como aponta a nossa Constituição Federal de 1988, é
um direito de todos e um dever do Estado, que obrigou-se a prestações positivas, e,
por conseguinte, à formulação de políticas públicas sociais e econômicas destinadas
à promoção, à proteção e à recuperação da saúde (Moura, 2013).
O Direito à saúde é indissociável do direito à vida e do princípio da dignidade
humana, como um direito fundamental e subjetivo.
Neste sentido, embora a Constituição Federal garante a saúde como direito de todos
(art. 196) e assegura também que todos são iguais perante a lei (art. 5º), se não
houver recursos disponíveis para toda a demanda, conciliar a ausência de recursos
com esses comandos de que todos (i) devem ser atendidos e (ii) devem ser tratados
igualmente, competirá ao Judiciário regular toda a fila da UTI, decidindo quem
permanece e quem sai, inclusive selecionando os critérios a serem adotados.
Referências
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