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ATIVIDADE AVALIATIVA 1
JUIZ DE FORA
2023
ADI 4711 / RS - RIO GRANDE DO SUL
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO
Julgamento: 08/09/2021
Publicação: 16/09/2021
Órgão julgador: Tribunal Pleno
Comentários ao acórdão
O acórdão apresentado discute sobre o tema “criação de municípios”,
sendo este julgado uma ação direta de inconstitucionalidade realizada pela
Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.
EMENTA
Ação direta de inconstitucionalidade. Lei estadual (SP) nº 10.849/2001.
Punição, com a perda da inscrição estadual, para aquelas empresas que
exijam a realização de teste de gravidez ou a apresentação de atestado de
laqueadura no momento de admissão de mulheres no trabalho.
Inconstitucionalidade formal. Competência privativa da União. Direito do
trabalho.
COMENTÁRIOS:
O estudo do caso em tela, trata-se da ADI 3.165 , que tem como relator
o Ministro DIAS TOFFLLI, no qual a Lei nº 10.849/01 do Estado de São Paulo,
pune conforme seu art.1°, com o cancelamento da inscrição estadual de
empreses que, noa ato de admissão de suas funcionárias, lhe seja exigida a
realização de teste de gravidez, e apresentação de atestado de laqueadura,
como condições de aptidão para a vaga de trabalho, bem como agentes da
administração publique que exigirem os mesmo requisitos citados
anteriormente, sofreriam punições administrativas conforme seu art. 2°, e
ainda, a publicação de uma lista periódica de empresas e órgãos públicos que
por ventura promovessem descriminação tratada nesta lei.
A competência para legislar sobre Direito do Trabalho é exclusiva da União
conforme seu art. 22, inciso I, Constituição Federal.
O relator começa seu voto falando alta carga de relevância social, pois
tal matéria assegura e fortalece os direitos das mulheres à inserção no
mercado de trabalho, padece de vício formal de constitucionalidade.
Ao analisar a norma impugnada, declara notória clareza que a matéria
nela contida trata-se sobre direito do trabalho, desta maneira o Poder
Legislativo estadual usurpou a competência privativa da União ao legislar sobre
tal ramo do direito, conforme estabelecido no art. 22, I, da CF.
Logo, o relator cita jurisprudência que atesta manifestações da
Advocacia-Geral da União e do Ministério Público Federal, o tema já está
pacificado na Corte. Com a seguinte ementa:
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 11.562/2000 DO
ESTADO DE SANTA CATARINA. MERCADO DE TRABALHO.
DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER. COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA
LEGISLAR SOBRE DIREITO DO TRABALHO. AÇÃO DIRETA JULGADA
PROCEDENTE. A lei 11.562/2000, não obstante o louvável conteúdo material
de combate à discriminação contra a mulher no mercado de trabalho, incide em
inconstitucionalidade formal, por invadir a competência da União para legislar
sobre direito do trabalho. Ação direta julgada procedente” (ADI nº 2.487/SC,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, DJe de 28/3/08).
Voto
"Ante o exposto, na linha da jurisprudência pacífica desta Corte, voto pela
procedência do pedido da presente ação direta e pela declaração, com
efeitos ex tunc, da inconstitucionalidade da Lei nº 10.849/2001 do Estado de
São Paulo."