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AULAS DE ANÁLISE E GESTÃO DE PROJECTOS, 3O.

CONTABILIDADE E AUDITORIA, FEG-UPM

APONTAMENTOS DE AGP

GERAR FLUXOS DE CAIXA

Exercício de Projeção de Fluxos de Caixa

Uma empresa liderada pelo Engenheiro Diga Piacos dedica-se a venda de insumos agrícolas. Devido a
demanda cada vez mais crescente pretende expandir seus negócios para a província de Gaza, por esta
província representar um enorme potencial agrícola da região. Para isso, a empresa planea adquirir
equipamentos e construir um complexo comercial composto por loja, escritório e armazém, com um
custo estimado de 20,000,000MT. Além disso, a empresa prevê a necessidade de 5,000,000MT em
margem de capital de giro para iniciar suas operações na nova unidade. Os detalhes do projecto são
os seguintes:

• Investimento Inicial: 20,000,000MT (Equipamentos e Complexo Comercial) + 5,000,000MT


(Margem de Capital de Giro)
• Método de Depreciação: Saldo Decrescente
• Taxa de Juros sobre Empréstimos a Prazo: 17%
• Taxa de Juros sobre Margem de Capital de Giro: 20%
• Impostos IRPC: 10%
• Custos Operacionais Anuais Constantes: 5,000,000MT
• Receitas Estimadas Anuais: 17,500,000MT
• Valor de Recuperação dos Ativos Fixos: 2,000,000MT

Projete os fluxos de caixa para os próximos 5 anos do projeto e determine o fluxo de caixa líquido após
esse período, considerando a recuperação dos ativos fixos. O projecto preve a recoperacao total da
margem de capital giro!

Como calcular?

𝑶 𝒄á𝒍𝒄𝒖𝒍𝒐 𝒅𝒂 𝒅𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 é: (𝑺𝒂𝒍𝒅𝒐 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 − 𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝑹𝒆𝒄𝒖𝒑𝒆𝒓𝒂çã𝒐)


∗ 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐.

𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑨𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒅𝒐 𝑰𝒎𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 (𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑶𝒑𝒆𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 (𝑹𝒆𝒊𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂𝒔 – 𝑪𝒖𝒔𝒕𝒐𝒔 𝒐𝒑𝒆𝒓𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒊𝒔) – 𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐

– 𝑱𝒖𝒓𝒐𝒔 (𝑴𝒂𝒓𝒈𝒆𝒎 𝑪𝑮 𝒆 𝑱𝒖𝒓𝒐𝒔 𝒅𝒆 𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆𝒔𝒕𝒊𝒎𝒐𝒔):

𝑰𝒎𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 𝑰𝑹𝑷𝑪 (𝟏𝟎% 𝒅𝒐 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑨𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒅𝒐 𝑰𝒎𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐):

𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 (𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑨𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒅𝒐 𝑰𝒎𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 − 𝑰𝒎𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐 𝑰𝑹𝑷𝑪):

JC
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Ano 0 (Investimento Inicial):

• Ativos Fixos: -20,000,000 MT

• Margem de Capital de Giro: -5,000,000 MT

Investimento Inicial Total: -25,000,000 MT

Anos 1 a 5:

• Receitas Estimadas Anuais: 17,500,000 MT

• Custos Operacionais Anuais: -5,000,000 MT

Depreciação (Método de Saldo Decrescente):

• Ano 1: (20,000,000 - 2,000,000) * 0.20 = 3,600,000 MT

• Ano 2: (20,000,000 - 2,000,000 - 3,600,000) * 0.20 = 2,880,000 MT

• Ano 3: (20,000,000 - 2,000,000 - 3,600,000 - 2,880,000) * 0.20 = 2,304,000 MT

• Ano 4: (20,000,000 - 2,000,000 - 3,600,000 - 2,880,000 - 2,304,000) * 0.20 = 1,843,200 MT

• Ano 5: (20,000,000 - 2,000,000 - 3,600,000 - 2,880,000 - 2,304,000 - 1,843,200) * 0.20 =


1,474,400 MT

Juros sobre Margem de Capital de Giro (20%): -1,000,000 MT (5,000,000 MT * 20%)

Juros sobre Empréstimo a Prazo (17%): -3,400,000 MT (20,000,000 MT * 17%)

Lucro Antes de Imposto (Receitas - Custos - Juros):

• Ano 1: (17,500,000 - 5,000,000) - 3,600,000 - 3,400,000 – 1,000 = 4,500,000 MT

• Ano 2: (17,500,000 - 5,000,000) - 2,880,000 – 2,822,200 – 1,000 = 5,797,800 MT

• Ano 3: (17,500,000 - 5,000,000) - 2,304,000 – 2,342,260 – 1,000 = 6,853,740 MT

• Ano 4: (17,500,000 - 5,000,000) - 1,843,200 - 1,944,041 – 1,000 = 7,712,759 MT

• Ano 5: (17,500,000 - 5,000,000) - 1,474,400 – 1,613,553.7 – 1,000 = 8,412,047 MT

Imposto IRPC (10% do Lucro Antes do Imposto):

• Ano 1: 0.10 * 4,500,000 = 450,000 MT

• Ano 2: 0.10 * 5,797,800 = 579,780 MT

• Ano 3: 0.10 * 6,853,740 = 685,374 MT

• Ano 4: 0.10 * 7,712,759 = 771,276 MT

• Ano 5: 0.10 * 8,412,047 = 841,204.7 MT

Lucro Líquido (Lucro Antes do Imposto - Imposto IRPC):

• Ano 1: 4,500,000- 450,000 = 4,050,000 MT

JC
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• Ano 2: 5,797,800 - 579,780 = 5,218,020 MT

• Ano 3: 6,853,740 - 685,374 = 6,168,366 MT

• Ano 4: 7,712,759 - 771,276 = 6,941,483 MT

• Ano 5: 8,412,047 - 841,204.7 = 7,570,842.3 MT

Fluxo de Caixa Líquido: 16,044,800 MT (Ano 5)

• Valor líquido de Recuperação dos Ativos Fixos (Ano 5): 2,000,000 MT

• Recuperação Líquida da Margem de Capital de Giro (100% da Margem de Capital de Giro):


5,000,000 MT

• Investimento Inicial Total (Ativos Fixos + Margem de Capital de Giro): -25,000,000 MT

• Entradas de Caixa Operacionais (Lucro Líquido + Depreciação): 9,044,800 MT (Ano 5)

• Fluxo de Caixa Terminal (Recuperação Ativos Fixos + Recuperação Margem Capital de Giro):
7,000,000 MT

Estes são os cálculos detalhados dos fluxos de caixa para cada ano do projeto, considerando todos
os elementos do investimento, receitas, custos, depreciação, juros, impostos e recuperação de
ativos. O fluxo de caixa líquido ao final do ano 5 é de 16,044,800 MT.

Ano 0 1 2 3 4 5
Activos Fixos (AF) -20000.00 - - - - -
Margem de capital de giro (MCG) -5000.00 - - - - -
Receitas (R) - 17500.00 17500.00 17500.00 17500.00 17500.00
Custos operacionais (CO) - 5000.00 5000.00 5000.00 5000.00 5000.00
Depreciacao (DP) - 3600.00 2880.00 2304.00 1843.20 1474.40
Juros MCG - 1000.00 1000.00 1000.00 1000.00 1000.00
Juros ELP - 3400.00 2822.00 2342.26 1944.04 1613.55
LAIp - 4500.00 5797.80 6853.74 7712.76 8412.05
Ip - 450.00 579.78 685.37 771.28 841.21
LDIp - 4050.00 5218.00 6168.30 6941.50 7570.80
VLRAF - - - - - 5000.00
VLRMCG - - - - - 2000.00
II -25000.00 - - - - -
ECXO - 7650.00 8098.00 8472.30 8784.70 9044.80
FCXT 7000.00
FCxL -25000.00 7650.00 8098.00 8472.30 8784.70 16044.80

Onde: AF – Activos Fixos; MCG – Margem de Capital Giro; R – Receita; CO – Custos Operacionais DP –
Depreciacao; ELP – Emprestimo de Longo Prazo; Ip – Impostos; LAIp – Lucro antes de Impostos; LDIp
– Lucros depois de Impostos; VLRAF – Valor Liquido de Recoperacao de Activos Fixos; VLRMCG – Valor
Liquido de Recoperacao de Margem de Capital Giro; II – Investimento Inicial; ECXO – Entradas de Caixa
Operacional; FCXT – Fluxo de Caixa Terminal e FCXL – Fluxo de Caixa Liquido

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ANALISE DE VIABILIDADE

Métodos Tradicionais:

1. Payback Period (Período de Recuperação): O Período de Recuperação calcula o tempo


necessário para recuperar o investimento inicial com base nos fluxos de caixa gerados pelo
projeto. É uma medida simples que avalia a rapidez com que o investimento é reembolsado.
Geralmente, quanto mais curto o período de recuperação, melhor.

2. Taxa de Rentabilidade Contabilística (ARR - Accounting Rate of Return): A Taxa de


Rentabilidade Contabilística é uma medida da rentabilidade do projeto e é calculada como a
média dos lucros ou fluxos de caixa durante o período de investimento em relação ao
investimento médio. O ARR é expresso em termos de uma taxa percentual.

Métodos de Desconto:

1. Valor Atual Líquido (VAN - Net Present Value): O Valor Atual Líquido é uma medida que leva
em consideração o valor do dinheiro no tempo. Ele calcula a diferença entre o valor presente
dos fluxos de caixa futuros do projeto e o investimento inicial. Se o VAN for positivo, o projeto
é considerado viável.

2. Taxa Interna de Retorno (IRR - Internal Rate of Return): A Taxa Interna de Retorno é a taxa de
desconto que torna o VAN igual a zero. Em outras palavras, é a taxa de retorno que o projeto
deve alcançar para ser considerado viável. Se a TIR for superior à taxa de desconto mínima
requerida, o projeto é considerado viável.

3. Índice de Rentabilidade (PI): O Índice de Rentabilidade é calculado como o valor presente dos
fluxos de caixa futuros do projeto dividido pelo investimento inicial. Se o IR for superior a 1, o
projeto é considerado viável. Quanto maior o IR, mais atrativo é o projeto.

4. Taxa de Retorno Incremental (TRI - Incremental Rate of Return): A Taxa de Retorno


Incremental é utilizada para comparar dois ou mais projetos e determinar qual é o mais
atrativo. Ela calcula a taxa de desconto na qual a diferença entre os fluxos de caixa dos projetos
é igual a zero.

5. Taxa de Desconto Interna Modificada (TDIRM): A Taxa de Desconto Interna Modificada é uma
versão aprimorada da TIR que assume que os fluxos de caixa podem ser reinvestidos a uma
taxa diferente da TIR.

Cada método tem as suas vantagens e limitações, e a escolha do método apropriado depende das
características do projeto e dos objetivos da análise. É comum utilizar mais de um método para obter
uma visão abrangente da viabilidade do projeto. A análise de viabilidade é uma etapa fundamental na
tomada de decisão de investimento, pois ajuda a avaliar o potencial de retorno e os riscos associados
a um projeto

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1. MÉTODO DO PERÍODO DE RECUPERAÇÃO:

O método do período de recuperação é uma das técnicas mais simples e diretas usadas na avaliação
de investimentos de capital. Mede o tempo necessário para que um investimento gere fluxos de caixa
iguais ou superiores ao seu custo inicial ou desembolso de investimento. Em outras palavras, ele
calcula o período necessário para recuperar o investimento inicial a partir dos fluxos de caixa gerados
pelo projeto.

Cálculo do Período de Recuperação:

A fórmula para calcular o período de recuperação é a seguinte:

𝑷𝒆𝒓í𝒐𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝑹𝒆𝒄𝒖𝒑𝒆𝒓𝒂çã𝒐 = 𝑰𝒏𝒗𝒆𝒔𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 / 𝑬𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂𝒔 𝒅𝒆 𝑪𝒂𝒊𝒙𝒂 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒊𝒔

Como calcular?

Exemplo: Suponhamos que uma empresa investe 100.000 meticais em um projeto e espera entradas
de caixa anuais de 30.000 meticais nos próximos cinco anos.

𝑷𝒆𝒓í𝒐𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝑹𝒆𝒄𝒖𝒑𝒆𝒓𝒂çã𝒐 (𝑃𝐵𝑃)


= 100.000 (𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙) / 30.000 (𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑖𝑠)
= 3,33 𝑎𝑛𝑜𝑠
1. A fórmula para calcular o Período de Recuperação (PBP) é dada por:

𝑃𝐵𝑃 = 𝐴𝑛𝑜𝑠 + (𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑁𝑎˜𝑜 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑛𝑜 𝑃𝑟𝑜ˊ𝑥𝑖𝑚𝑜 𝐴𝑛𝑜 × 12)


𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑁𝑎𝑜 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜
𝑃𝐵𝑃 = 𝐴𝑛𝑜𝑠 + ( ) × 12)
𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑛𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑜 𝐴𝑛𝑜

Critério de Aceitação:

O critério de aceitação para o método do período de recuperação é geralmente determinado pela


política da empresa ou padrões da indústria. Geralmente, um período de recuperação mais curto é
preferido porque indica que o investimento inicial será recuperado mais rapidamente. No entanto, o
critério específico varia de empresa para empresa.

Vantagens do Método do Período de Recuperação:

• Simplicidade: O método do período de recuperação é fácil de entender e calcular, tornando-


o acessível para pequenas empresas e gestores não financeiros.
• Avaliação Rápida: Fornece uma estimativa rápida de quanto tempo levará para recuperar o
investimento inicial, o que pode ser útil para a triagem inicial de projetos.
• Aversão ao Risco: Organizações com menor tolerância ao risco podem preferir períodos de
recuperação mais curtos, pois oferecem um retorno mais rápido do investimento inicial.

Desvantagens do Método do Período de Recuperação:

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• Não considera o Valor do Dinheiro no Tempo: O método do período de recuperação não leva
em consideração o valor do dinheiro no tempo, ou seja, trata todos os fluxos de caixa
igualmente, independentemente de quando ocorrem. Isso pode levar a resultados imprecisos,
especialmente para projetos com fluxos de caixa desiguais ao longo do tempo.
• Não considera Fluxos de Caixa Após o Período de Recuperação: Não considera os fluxos de
caixa que ocorrem após o período de recuperação, podendo negligenciar a lucratividade a
longo prazo de um projeto.
• Critério Subjetivo: A escolha do critério de período de recuperação (por exemplo, três anos,
cinco anos) é muitas vezes arbitrária e pode não refletir o verdadeiro valor do projeto.
• Não Considera o Risco: O método não considera explicitamente o risco do projeto ou a
incerteza dos fluxos de caixa.
• Viés para Projetos de Curto Prazo: Projetos com períodos de recuperação mais curtos podem
ser favorecidos, mesmo que tenham menor rentabilidade geral ou importância estratégica.

2. MÉTODO DA TAXA DE RETORNO CONTÁBIL (TRC):

A Taxa de Retorno Contábil (TRC), também conhecida como Retorno Médio Contábil (RMC) ou
Retorno sobre Investimento (ROI), é um método tradicional de orçamentação de capital usado para
avaliar a rentabilidade de um projeto de investimento. Ao contrário de métodos de desconto como
VAL ou TIR, a TRC é baseada no lucro contábil em vez de fluxos de caixa, tornando-a relativamente
simples de calcular. A TCR mede o lucro contábil médio anual gerado por um projeto de investimento
como uma porcentagem do seu investimento inicial.

Cálculo da Taxa Contábil de Retorno:

A fórmula para calcular a Taxa Contábil de Retorno é a seguinte:

𝑻𝑹𝑪 = (𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑪𝒐𝒏𝒕á𝒃𝒊𝒍 𝑴é𝒅𝒊𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍) / 𝑰𝒏𝒗𝒆𝒔𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍

Como calcular?

Exemplo: Suponha que uma empresa invista 200.000 meticais em um projeto e espera que o projeto
gere um lucro contábil médio anual de 40.000 meticais ao longo de um período de cinco anos.

𝑇𝑅𝐶 = 40.000 (𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙) / 200.000 (𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙)


= 0,20 𝑜𝑢 20%
Portanto, neste exemplo, a Taxa Contábil de Retorno para o projeto é de 20%.

Quando os fluxos de caixas sao diferentes:


𝐴𝑃𝑎𝑡𝑑
𝑇𝑅𝐶 = ( ) × 100
𝐴𝐼

𝑂𝑛𝑑𝑒: 𝐴𝑃𝑎𝑡𝑑 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑜 𝑎𝑝𝑜𝑠 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎𝑐𝑎𝑜


𝐴𝐼 = 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑇𝑃
𝐴𝑃𝑎𝑡𝑑 =
𝑌

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𝐼
𝐴𝐼 =
2
𝐼 = 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Critério de Aceitação:

O critério de aceitação para a TRC varia entre empresas e setores. Uma TRC mais alta geralmente é
preferida, pois implica um lucro contábil médio anual mais alto em relação ao investimento inicial. As
empresas geralmente comparam a TRC de um projeto com um benchmark pré-determinado ou taxa
de retorno exigida para determinar sua aceitabilidade.

Vantagens do Método da Taxa Contábil de Retorno:

• Simplicidade: A TRC é fácil de calcular e entender, tornando-a acessível para gestores não
financeiros e pequenas empresas.
• Uso de Dados Contábeis: Ela se baseia em números de lucro contábil, que estão prontamente
disponíveis nos demonstrativos financeiros.
• Avaliação Rápida: A TRC fornece uma estimativa rápida da rentabilidade do projeto.
• Consideração de Ciclo de Vida Completo do Projeto: Ao contrário do método do período de
recuperação, a TRC considera o lucro contábil do projeto durante todo o seu ciclo de vida, o
que proporciona uma visão mais abrangente.

Desvantagens do Método da Taxa Contábil de Retorno:

• Não considera o Valor Temporal do Dinheiro: Assim como o método do período de


recuperação, a TRC não leva em consideração o valor temporal do dinheiro, resultando em
uma representação imprecisa da rentabilidade do projeto, especialmente para projetos com
fluxos de caixa desiguais.
• Não considera Fluxos de Caixa: A TRC não considera o momento ou magnitude dos fluxos de
caixa, o que pode levar a conclusões enganosas.
• Benchmark Subjetivo: A escolha do benchmark de TRC aceitável muitas vezes é arbitrária e
pode não refletir a verdadeira taxa de retorno exigida.
• Não Considera o Risco: A TRC não considera explicitamente o risco do projeto ou a incerteza
associada aos lucros futuros.
• Não Considera a Reinvestição: Ela assume que todos os lucros contábeis são reinvestidos à
mesma taxa, o que pode não ser realista.
• Viés em Favor de Projetos Mais Curtos: Assim como o método do período de recuperação, a
TRC pode favorecer projetos com períodos de recuperação mais curtos, mesmo que sejam
menos lucrativos a longo prazo.

3. MÉTODO DO VALOR ACTUAL LÍQUIDO (VAL):

O método do Valor Actual Líquido (VAL) é uma técnica amplamente utilizada em orçamentação de
capital que avalia a rentabilidade de um projeto de investimento ao comparar o valor presente dos
fluxos de caixa esperados com o valor presente do investimento inicial e quaisquer outros desembolsos
de caixa relevantes. O VAL leva em consideração o valor temporal do dinheiro, tornando-se um método
mais preciso e abrangente para a avaliação de projetos.

Cálculo do Valor Actual Líquido:

A fórmula para calcular o VAL é a seguinte:

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𝑽𝑨𝑳 = 𝜮 [𝑭𝑪𝒕 / (𝟏 + 𝒓)^𝒕] − 𝑰𝒏𝒗𝒆𝒔𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍


Onde:

VAL é o Valor Actual Líquido. FCt representa o fluxo de caixa esperado no período "t". r é a taxa de
desconto, que reflete a taxa de retorno exigida ou o custo de capital. t representa o período de tempo.

Como calcular?

Exemplo: Suponha que uma empresa esteja considerando um projeto de investimento com um custo
inicial de 100.000. O projeto deverá gerar os seguintes fluxos de caixa ao longo de um período de cinco
anos: 30.000 no Ano 1, 40.000 no Ano 2, 25.000 no Ano 3, 35.000 no Ano 4 e 20.000 no Ano 5. A taxa
de desconto da empresa é de 10%.

𝑉𝐴𝐿 = [(30.000 / (1 + 0,10)^1) + (40.000 / (1 + 0,10)^2) + (25.000 / (1 + 0,10)^3)


+ (35.000 / (1 + 0,10)^4) + (20.000 / (1 + 0,10)^5)] − 100.000
𝑉𝐴𝐿 = [27.272,73 + 33.057,85 + 18.315,79 + 26.446,28 + 13.592,18] − 100.000
𝑉𝐴𝐿 = 118.684,83 − 100.000
𝑉𝐴𝐿 = 18.684,83
Portanto, neste exemplo, o Valor Actual Líquido do projeto é de 18.684,83.

Critério de Aceitação:

O critério de aceitação para o VAL é direto. Se o VAL for maior que zero, o projeto é considerado
financeiramente favorável e espera-se que gere um retorno superior à taxa de retorno exigida.
Portanto, o projeto geralmente é aceite. Se o VAL for menor que zero, o projeto não é esperado para
gerar um retorno suficiente e geralmente é rejeitado. Se o VAL for exatamente zero, o projeto não
acrescenta nem subtrai valor, sendo considerado limítrofe.

Vantagens do Método do Valor Actual Líquido:

• Valor Temporal do Dinheiro: O VAL leva em consideração o valor temporal do dinheiro,


garantindo que os fluxos de caixa futuros sejam descontados ao seu valor presente,
proporcionando uma representação mais precisa do valor do projeto.
• Abrangente: Ele considera todos os fluxos de caixa relevantes ao longo da vida do projeto,
incluindo investimentos iniciais, fluxos de caixa operacionais e fluxos de caixa terminais.
• Critério Objetivo: O critério do VAL é objetivo e direto, tornando-o fácil de usar para a tomada
de decisões de investimento.
• Considera o Risco: Ao usar uma taxa de desconto que reflete o custo de capital da empresa, o
VPL considera implicitamente o risco específico do projeto.

Desvantagens do Método do Valor Actual Líquido:

Complexidade: O cálculo do VAL pode exigir mais esforço e experiência financeira do que métodos
mais simples, como o período de recuperação ou a Taxa Contábil de Retorno (TCR).

Taxa de Desconto Subjetiva: A escolha da taxa de desconto apropriada pode ser subjetiva e variar
dependendo das políticas ou métodos de estimativa da empresa.

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Pressupõe a Reinvestição à Taxa de Desconto: O VAL pressupõe que todos os fluxos de caixa sejam
reinvestidos à taxa de desconto do projeto, o que nem sempre é uma suposição realista.

Não Considera a Escala: O VAL por si só não considera a escala do investimento; dois projetos com o
mesmo VAL podem ter custos iniciais e fluxos de caixa diferentes.

4. MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR):

O método da Taxa Interna de Retorno (TIR) é uma técnica de orçamentação de capital usada para
avaliar a rentabilidade de um projeto de investimento. Ao contrário do método do Valor Actual Líquido
(VAL), que calcula o valor presente dos fluxos de caixa a uma taxa de desconto especificada, a TIR
encontra a taxa de desconto que torna o valor presente dos fluxos de caixa igual a zero. Em outras
palavras, determina a taxa de retorno na qual o projeto atinge o ponto de equilíbrio.

Cálculo da Taxa Interna de Retorno:

Para calcular a TIR, é necessário encontrar a taxa de desconto (TIR) na qual a soma dos valores
presentes dos fluxos de caixa é igual ao investimento inicial. A fórmula para o cálculo da TIR é a
seguinte:

𝟎 = 𝜮 [𝑭𝑪𝒕 / (𝟏 + 𝑻𝑰𝑹)^𝒕] − 𝑰𝒏𝒗𝒆𝒔𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝑰𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍


Onde:

• TIR é a Taxa Interna de Retorno (a taxa de desconto procurada).


• FCt representa o fluxo de caixa esperado no período "t."
• t representa o período de tempo.

Como calcular?

Exemplo: Suponha que uma empresa esteja considerando um projeto de investimento com um custo
inicial de 100.000. O projeto deverá gerar os seguintes fluxos de caixa ao longo de um período de cinco
anos: 30.000 no Ano 1, 40.000 no Ano 2, 25.000 no Ano 3, 35.000 no Ano 4 e 20.000 no Ano 5.

Para calcular a TIR, é necessário encontrar a taxa de desconto (TIR) na qual a soma dos valores
presentes desses fluxos de caixa seja igual ao investimento inicial de 100.000. Esse indicador é
frequentemente realizada usando software, planilhas ou calculadoras financeiras, pois envolve a
resolução da taxa de desconto.

Neste exemplo, a TIR é aproximadamente 14,2%.

Critério de Aceitação:

O critério de aceitação para a TIR é relativamente direto. Se a TIR calculada for maior ou igual à taxa
de retorno exigida (geralmente o custo de capital da empresa), o projeto é considerado
financeiramente aceitável. Em outras palavras, se a TIR exceder a taxa de retorno mínima exigida pela
empresa, o projeto geralmente é aceite.

Vantagens do Método da Taxa Interna de Retorno:

• Valor Temporal do Dinheiro: A TIR leva em consideração o valor temporal do dinheiro,


proporcionando uma avaliação mais precisa da rentabilidade de um projeto.
• Taxa Única de Retorno: A TIR representa uma única taxa de retorno na qual o projeto atinge
o ponto de equilíbrio, tornando mais fácil a comparação com a taxa de retorno exigida pela
empresa.

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• Critério Objetivo: O critério da TIR é objetivo e direto, sendo uma ferramenta útil para a
tomada de decisões de investimento.
• Considera a Escala: A TIR leva em consideração tanto o momento quanto a magnitude dos
fluxos de caixa, proporcionando uma visão abrangente da viabilidade financeira de um projeto.

Desvantagens do Método da Taxa Interna de Retorno:

• Múltiplas TIR: Em alguns casos, projetos com padrões de fluxo de caixa não convencionais
podem ter múltiplas TIRs, o que dificulta a interpretação dos resultados. No entanto, isso é
relativamente raro na prática.
• Pressuposição de Reinvestimento: A TIR pressupõe que os fluxos de caixa sejam reinvestidos
à taxa de desconto do projeto, o que nem sempre é uma suposição realista.
• Cálculos Complexos: Os cálculos da TIR podem ser complexos e podem exigir métodos
numéricos para resolver, especialmente para projetos com fluxos de caixa irregulares.
• Não Fornece Valor Absoluto: A TIR sozinha não fornece o valor absoluto da rentabilidade do
projeto, tornando-a menos adequada para a comparação de projetos de diferentes escalas.

EXERCICIO EXEMPLO 2

A MEIAP está a considerar investir num projeto que envolve ativos fixos, margem de capital de giro,
receitas, custos operacionais, depreciação, juros sobre adiantamento de capital de giro, juros sobre
empréstimo a prazo, impostos e outros componentes ao longo de cinco anos. Os dados são expressos
em milhares de dólares americanos (USD).

Dados Iniciais:

• Ativos Fixos Iniciais: 89,80 mil USD

• Margem de Capital de Giro Inicial: 5,00 mil USD

• Receitas Anuais: 200,00 mil USD

• Custos Operacionais Anuais: 140,00 mil USD

• Depreciação Anual: 14,00 mil USD

• Juros sobre Adiantamento de Capital de Giro: 4,80 mil USD

• Juros sobre Empréstimo a Prazo: 6,40 mil USD

• Imposto sobre Lucro: Calculado com base no lucro antes do imposto

• Valor Líquido de Recuperação dos Ativos Fixos no final do projeto: 10,00 mil USD

• Valor Líquido de Recuperação da Margem de Capital de Giro no final do projeto: 5,00 mil USD

• Investimento Inicial: 94,80 mil USD

Fluxos de Caixa:

• Entradas de Caixa Operacionais Anuais: Calculadas subtraindo os custos operacionais,


depreciação e juros sobre adiantamento de capital de giro das receitas.

JC
AULAS DE ANÁLISE E GESTÃO DE PROJECTOS, 3O. CONTABILIDADE E AUDITORIA, FEG-UPM

• Fluxo de Caixa Terminal: 15,00 mil USD (inclui o valor líquido de recuperação dos ativos fixos e
da margem de capital de giro)

• Fluxo de Caixa Líquido Anual: Calculado subtraindo o investimento inicial dos fluxos de caixa
operacionais e adicionando o fluxo de caixa terminal.

Esses dados são utilizados para calcular vários indicadores financeiros, como Payback Period, Taxa
Interna de Retorno (TIR), Valor Atual Líquido (VAL), Índice de Rentabilidade e outros, para avaliar a
viabilidade do projeto de investimento da MEIAP ao longo dos cinco anos.

• Taxa de Desconto (Custo de Oportunidade): 15%

Atributos Anos 0 1 2 3 4 5
Ativos Fixos -89.80
Margem de Capital de Giro -5.00
Receitas 200.00 200.00 200.00 200.00 200.00 200.00
Custos Operacionais 140.00 140.00 140.00 140.00 140.00
Depreciação 14.00 13.10 12.80 11.40 11.10
Juros Adiantamento Capital de Giro 4.80 4.80 4.80 4.80 4.80
Juros Empréstimo a Prazo 6.40 5.20 4.00 2.80 1.60
Lucro Antes do Imposto 34.80 36.90 38.40 40.50 42.50
Imposto 10.44 11.07 11.52 12.15 12.75
Lucro Após Imposto 24.36 25.83 26.88 28.35 29.75
Valor Líquido Recuperação Ativos Fixos 10.00
Valor Líquido Recuperação MCG 5.00
Investimento Inicial -94.80
Entradas de Caixa Operacionais 38.36 38.93 39.68 39.75 40.85
Fluxo de Caixa Terminal 15.00
Fluxo de Caixa Líquido -94.80 38.36 38.93 39.68 39.75 55.85

Vamos calcular os indicadores:

PAYBACK PERIOD (PERÍODO DE RECUPERAÇÃO DO INVESTIMENTO):

O Payback Period é o tempo necessário para recuperar o investimento inicial. Investimento Inicial =
94,800,000 MT (Ativos Fixos + Capital de Giro Inicial)

Fluxos de Caixa Líquidos Anuais: Ano 1: 38,360,000 MT Ano 2: 38,930,000 MT Ano 3: 39,680,000 MT
Ano 4: 39,750,000 MT Ano 5: 55,850,000 MT (incluindo o fluxo de caixa terminal)

Ano Entrada de Caixa (USD) Acumulado (USD)


0 94,800.0 -
1 38,360.0 38,360.0
2 38,930.0 77,290.0
3 39,680.0 116,970.0
4 39,750.0 156,720.0
5 40,850.0 197,570.0
Recuperação 15,000.0 212,570.0

Interpretação do Payback Period: O período de recuperação do investimento é de aproximadamente


1,70 anos, o que significa que a empresa recuperará o investimento inicial em cerca de 1 ano e 8 meses.

JC
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De acordo com a tabela, o Período de Recuperação (PBP) é calculado como:


17510
𝑃𝐵𝑃 = 2 𝐴𝑛𝑜𝑠 + × 12 𝑀𝑒𝑠𝑒𝑠
39680
𝑃𝐵𝑃 = 2 𝐴𝑛𝑜𝑠 + 5 𝑀𝑒𝑠𝑒𝑠
Assim, o Período de Recuperação é de Dois Anos e Cinco Meses.

Interpretação: O projeto deve ser aceite porque leva menos tempo para a recuperação do
investimento do que o tempo necessário para obter lucro com o projeto, considerando que o período
de vida do projeto é de 5 anos.

De acordo com Ivan (2005), o Período de Recuperação representa o tempo que um projeto de
orçamento de capital leva para recuperar o custo inicial a partir das receitas em dinheiro que gera.
Esse período é por vezes referido como o "tempo que leva para qualquer investimento se pagar".

O uso do Período de Recuperação como regra de decisão para o Orçamento de Capital especifica que
todos os projetos independentes com um Período de Recuperação inferior a um número específico de
anos devem ser aceites. Portanto, usando este método, o projeto deve ser aceite, pois o período de
recuperação é inferior ao tempo necessário para recuperar o capital inicial investido. Como o
investimento requer 5 anos para a sua rentabilidade, e o período de recuperação aponta para 2 anos
e 5 meses.

Quanto mais rapidamente o custo de um investimento pode ser recuperado, mais desejável é o
investimento. No entanto, o Período de Recuperação não é uma medida verdadeira da rentabilidade
de um investimento; antes, simplesmente indica quantos anos serão necessários para recuperar o
investimento original.

ACCOUNTING RATE OF RETURN (TRC - TAXA DE RETORNO CONTÁBIL):

TRC é calculado como a média do lucro líquido anual em relação ao investimento inicial.

Investimento Inicial = 94,800,000 MT

Ano Lucro após impostos Acumulado


0 - -
1 24.360,0 24.360,0
2 26.830,0 51.190,0
3 26.880,0 78.070,0
4 28.350,0 106.420,0
5 29.750,0 136.170,0

𝐴𝑃𝑎𝑡𝑑
𝐴𝑅𝑅 = × 100
𝐴𝐼
𝑂𝑛𝑑𝑒:
𝐴𝑃𝑎𝑡𝑑 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑜 𝑎𝑝𝑜𝑠 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎𝑐𝑎𝑜
𝐴𝐼 = 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑜

JC
AULAS DE ANÁLISE E GESTÃO DE PROJECTOS, 3O. CONTABILIDADE E AUDITORIA, FEG-UPM

𝑇𝑃
𝐴𝑃𝑎𝑡𝑑 =
𝑌
𝐼
𝐴𝐼 =
2
𝑇𝑃 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑌 = 𝑁𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑛𝑜𝑠
𝐼 = 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙

Moeda: Dólar dos EUA


Investimento: 94.800,0
Lucro Total Após Impostos: 136.170,0
Anos: 5
Média do Investimento: 47.400,0
Média do Lucro Após Impostos: 27.234,0
Taxa de Rentabilidade Contábil (ARR): 57%

Interpretação:

O projeto deve ser aceite, porque a taxa de rentabilidade contábil mostra que os lucros totais serão
cerca de 57%. Este método é também conhecido como retorno do investimento ou do capital
empregado, este método leva em consideração o lucro em vez do fluxo de caixa como critério para
aceitar ou rejeitar. Assim, a ARR (taxa de rentabilidade contábil) é suficiente para aceitar este projeto.

VALOR PRESENTE LÍQUIDO (NPV - NET PRESENT VALUE):

O NPV calcula o valor presente de todos os fluxos de caixa do projeto, descontados à taxa de 15%.

Ano Fluxo de Caixa (USD)


0 94,800.0
1 38,360.0
2 38,930.0
3 39,680.0
4 39,750.0
5 40,850.0
Recuperação 15,000.0

𝑂 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐴𝑡𝑢𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 (𝑉𝑃𝐿)é 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜:


𝑉𝐴𝐿 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐴𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑠𝑎í𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎.
𝐴 𝑓ó𝑟𝑚𝑢𝑙𝑎 é 𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟:
𝑖
𝐶𝑛
𝑉𝑃𝐿 = ∑
(1 + 𝑟)𝑛
𝑛=1

JC
AULAS DE ANÁLISE E GESTÃO DE PROJECTOS, 3O. CONTABILIDADE E AUDITORIA, FEG-UPM

1
𝑟=
(1 + 𝑟)𝑛
𝑶𝒏𝒅𝒆:
• 𝑉𝐴𝐿 é 𝑜 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐴𝑡𝑢𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜,
• 𝐶𝑛 é 𝑜 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑛,
• 𝑟 é 𝑎 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜, 𝑒
• 𝑖 é 𝑜 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜𝑠.

Ano Fluxo de Caixa VA@15% Descontado Acumulado Descontado


0 94.800,0 - - -
1 38.360,0 0.870 33.373,2 33.373,2
2 38.930,0 0.756 29.431,1 62.804,3
3 39.680,0 0.658 26.109,4 88.913,7
4 39.750,0 0.572 22.737,0 111.650,7
5 40.850,0 0.497 20.302,4 131.953,1
Recuperação 15.000,0 0.497 7.455,0 139.408,1

Essa tabela apresenta os cálculos de Valor Presente (VA) para cada ano, considerando uma taxa de
desconto de 15%. O "Fluxo de Caixa" representa os valores originais para cada ano, "VA@15%" é o
fator de desconto aplicado, "Descontado" é o resultado da multiplicação do fluxo de caixa pelo fator
de desconto, e "Acumulado Descontado" é a soma acumulada desses valores ao longo dos anos.

O Valor Actual é de 139.408,1 USD. Em seguida, o Valor Actual Líquido pode ser calculado da seguinte
forma:

𝑉𝐴𝐿 = 139.408,1 − 94.800,0 = +44.608,1


𝑉𝐴𝐿 = 44.608,1.
Como o Valor Actual Líquido é positivo, o projeto deve ser aceito.

Interpretação: O projeto deve ser realizado com uma taxa de desconto de 15%, pois o Valor Actual
Líquido é superior a zero (positivo).

A construção das instalações na Beira para a MEIAP LDA promete mais do que a taxa de retorno
requerida de 15%. Isso é evidente pelo Valor Actual Líquido positivo de 44.608,1 USD.

A MEIAP LDA poderia gastar até 94.800,0 USD na construção de suas instalações na Beira e ainda obter
a taxa de retorno mínima requerida de 15%. O VAL mostra a quantidade de "margem" ou "margem de
erro". Uma maneira de interpretar isso é que a MEIAP LDA poderia subestimar o custo da construção
de suas instalações na Beira em até 44.608,1 USD, e o projeto ainda poderia ser financeiramente
atrativo.

De acordo com Chandra (2006), o Valor Presente Líquido deve ser superior a um, o que significa que o
valor do dinheiro investido no presente vai aumentar.

JC
AULAS DE ANÁLISE E GESTÃO DE PROJECTOS, 3O. CONTABILIDADE E AUDITORIA, FEG-UPM

TAXA INTERNA DE RETORNO (IRR):

A IRR é a taxa de desconto que torna o VAL igual a zero. Vamos calcular a IRR usando uma ferramenta
de análise financeira, pois requer um processo iterativo.

Internal Rate of Return (IRR):


𝑃
𝑇𝐼𝑅 = 𝐴 + × (𝐵 − 𝐴)
𝑃+𝑁
𝑂𝑛𝑑𝑒:
• 𝐴 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜
• 𝐵 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜
• 𝑃 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟
• 𝑁 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟

Variáveis Valor Descrição


A 24 Taxa de desconto inferior
B 32 Taxa de desconto superior
P 4,208.9 Valor Actual do fluxo de caixa a uma taxa de desconto inferior
N -2,483.2 Valor Actual do fluxo de caixa a uma taxa de desconto superior

Substituindo com os valores dados:


4208.9
𝑇𝐼𝑅 = 24 + × (32 − 24) × 100
4208.9 − 2483.2
𝑇𝐼𝑅 = 24 + 5.03 = 29.03%
A TIR (Taxa Interna de Retorno) é comparada com a taxa de retorno exigida pela empresa. A taxa de
retorno exigida é a taxa mínima de retorno que um projeto de investimento deve proporcionar para
ser considerado aceitável. Se a TIR (Taxa Interna de Retorno) for igual ou maior que a taxa de retorno
exigida, então o projeto é aceitável.

De acordo com o resultado, o projeto deve ser realizado, pois a taxa de retorno exigida é menor que a
taxa interna de retorno ou

𝑇𝐼𝑅 > 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝐸𝑥𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 (29.03% > 15%)

ÍNDICE DE RENTABILIDADE (PI - PROFITABILITY INDEX):

O PI é calculado dividindo o valor actual dos fluxos de caixa pelo investimento inicial.
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑨𝒄𝒕𝒖𝒂𝒍 𝑬𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂𝒔 𝒅𝒆 𝑪𝒂𝒊𝒙𝒂 (𝑽𝑨)
𝑷𝑰𝒓 =
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑨𝒄𝒕𝒖𝒂𝒍 𝒅𝒂𝒔 𝑺𝒂𝚤𝒅𝒂𝒔 (𝑰)
A uma taxa de desconto de 15%, o cálculo do índice de rentabilidade é feito da seguinte maneira:

JC
AULAS DE ANÁLISE E GESTÃO DE PROJECTOS, 3O. CONTABILIDADE E AUDITORIA, FEG-UPM

1. À taxa de desconto de 15%, os cálculos para o Valor Actual (VA) dos Fluxos de Caixa são os
seguintes:

Ano Fluxo de Caixa VA@15% Valor Actual Descontado


0 94.800,0 - (94.800,0)
1 38.360,0 0.870 33.373,2
2 38.930,0 0.756 29.431,1
3 39.680,0 0.658 26.109,4
4 39.750,0 0.572 22.737,0
5 40.850,0 0.497 20.302,4
Rec 15.000,0 0.497 7.455,0

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐴𝑐𝑡𝑢𝑎𝑙 𝐸𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 (𝑉𝐴)


𝑃𝐼@15% =
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐴𝑐𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑆𝑎𝚤𝑑𝑎𝑠 (𝐼)
139.408,1
𝑃𝐼@15% =
94.800,0
𝑃𝐼@15% = 1,47
Neste caso, o projeto deve ser aceite, pois o PI @15% é superior a um, o que significa que há uma
certa lucratividade.

Interpretação: De acordo com os resultados, esta proposta deve ser aceite, pois mostra um índice de
rentabilidade superior a um. Conforme Chandra (2011), se o índice de rentabilidade for superior a um,
o projeto deve ser aceite, e o projeto deve ser rejeitado se a rentabilidade for inferior a um.

Segundo a interpretação, o significado real dessa técnica é: Quanto dinheiro está a ser retornado por
cada unidade investida na construção das instalações da MEIAP LDA na delegação de Beira.

Neste caso, a MEIAP LDA estará a ganhar cerca de 47% do valor investido (PI @15% = 1,47).

Exercicios:

JC Consulting está examinando duas propostas mutuamente exclusivas para novos investimentos de
capital. Os dados sobre as propostas são os seguintes:

Detalhes Proposta A (MT) Proposta B (MT)


Investimento inicial 2700000 3000000
Valor residual Nulo Nulo
Vida útil esperada 6 Anos 6 Anos
Depreciação Método linear Método linear

ANO Receitas antes de depreciação Receitas antes de depreciação


e imposto de renda A e imposto de renda B
1 650000 975000
2 725000 1000000
3 875000 1100000
4 950000 1025000
5 900000 950000

JC
AULAS DE ANÁLISE E GESTÃO DE PROJECTOS, 3O. CONTABILIDADE E AUDITORIA, FEG-UPM

6 800000 850000
Total 4900000 5900000

A taxa de imposto de renda corporativo é de 32%. Calcule o seguinte:

o Período de Recuperação (PBP)


o Valor Atual Líquido (VAL) a 15%
o Taxa Retorno Contabil (TRC)
o Taxa Interna de Retorno (TIR) a 15% e.
o Classifique as propostas considerando as técnicas conforme seus cálculos

Esses cálculos ajudarão a JC Consulting a avaliar e classificar as propostas de investimento em termos


de viabilidade financeira.

TRABALHO SEMESTRAL

Título do Projeto: "Gestão de Projetos em Contexto Moçambicano: Da Concepção ao Encerramento"

Objetivo do Projeto: O objetivo é permitir que os estudantes de licenciatura apliquem os princípios e


técnicas de gestão de projetos em um cenário moçambicano, abordando todas as fases, desde o
planeamento até o encerramento, considerando fatores específicos do contexto local.

Etapas do Projeto:

1. Seleção do Projeto: Os estudantes podem escolher um projeto fictício ou baseado em um caso


real que envolva uma organização ou empresa em Moçambique. Isso pode ser relacionado a
qualquer setor, como agricultura, educação, saúde, etc.

2. Planeamento do Projeto: Os estudantes devem elaborar um plano detalhado do projeto,


incluindo uma definição clara de objetivos e metas, uma análise de viabilidade, uma estrutura
analítica do projeto (EAP) e estimativas de custos e recursos.

3. Execução e Controlo: Os estudantes devem simular a execução do projeto, acompanhando o


progresso, controlando custos, prazos e qualidade. Eles podem enfrentar desafios fictícios
durante essa fase e tomar decisões com base em métricas reais.

4. Gestão da Equipa: Os estudantes podem formar equipes de projeto fictícias e atribuir funções
e responsabilidades. Eles também devem abordar questões de liderança e comunicação.

5. Gestão de Riscos: Os estudantes podem identificar e analisar riscos fictícios no contexto do


projeto. Eles devem desenvolver estratégias de mitigação e contingência.

6. Gestão da Qualidade: Os estudantes podem implementar processos de melhoria de qualidade


simulados e garantir que o projeto atenda a padrões relevantes.

7. Gestão da Mudança: Os estudantes podem simular mudanças no projeto e desenvolver


estratégias para gerir a resistência e garantir a aceitação das partes interessadas.

8. Encerramento do Projeto: Os estudantes devem planear a entrega do projeto, a aceitação


pelos stakeholders e realizar uma avaliação final. Eles também podem identificar lições
aprendidas.

JC
AULAS DE ANÁLISE E GESTÃO DE PROJECTOS, 3O. CONTABILIDADE E AUDITORIA, FEG-UPM

Entregáveis do Projeto:

• Um relatório final que documenta todas as fases do projeto, incluindo o planeamento, a


execução, o controlo, a gestão da equipa, a gestão de riscos, a gestão da qualidade, a gestão
da mudança e o encerramento.

• Apresentação oral.

• Uma reflexão crítica sobre as lições aprendidas e como aplicariam essas lições em futuros
projetos.

Planeamento de Projetos

• Análise da viabilidade do projeto: estudo de viabilidade económica, social e ambiental.

• Definição clara dos objetivos e metas do projeto, considerando o contexto local.

• Elaboração da Estrutura Analítica do Projeto (EAP) e atribuição de responsabilidades.

• Estimativa de custos e recursos necessários para o projeto.

• Desenvolvimento do cronograma e alocação de tempo para cada fase do projeto.

• Exemplos práticos de projetos moçambicanos bem-sucedidos e lições aprendidas no


planeamento.

Gestão de Riscos em Projetos

• Identificação e classificação de riscos em projetos locais.

• Análise qualitativa e quantitativa de riscos. Estratégias de mitigação e contingência de riscos.


Monitoramento contínuo dos riscos ao longo do ciclo de vida do projeto.

• Estudo de caso: análise de projetos em Moçambique e os riscos associados

Gestão da Equipa de Projeto

• Formação de equipas eficazes: seleção e atribuição de papéis e responsabilidades.

• Liderança e motivação da equipa em contextos moçambicanos.

• Comunicação eficaz dentro da equipa e com stakeholders externos.

• Gestão de conflitos e desafios culturais em equipas moçambicanas.

• Exemplos de projetos locais que obtiveram sucesso devido a uma gestão de equipa sólida.

Execução e Controlo de Projetos

• Acompanhamento do progresso do projeto através de indicadores chave de desempenho


(KPIs).

• Controlo de custos, qualidade e prazos. Tomada de decisões rápidas e eficientes em situações


de desvio do planeado.

• Identificação de desafios comuns na execução de projetos em Moçambique e formas de


superá-los.

JC
AULAS DE ANÁLISE E GESTÃO DE PROJECTOS, 3O. CONTABILIDADE E AUDITORIA, FEG-UPM

• Estudo de caso: exemplos reais de projetos locais que conseguiram superar obstáculos durante
a execução.

• Estudo de caso: exemplos reais de projetos locais que conseguiram superar obstáculos durante
a execução.

Gestão da Qualidade em Projetos

• Princípios fundamentais da gestão da qualidade. Normas e certificações relevantes em


Moçambique.

• Garantia da qualidade versus controlo da qualidade.

• Implementação de processos de melhoria contínua.

• Exemplos de projetos em Moçambique que se destacaram pela gestão da qualidade.

Gestão da Mudança em Projetos

• Avaliação de impacto da mudança em projetos locais.

• Gestão de resistências e aceitação da mudança.

• Adaptação a alterações no decorrer do projeto. Estratégias para envolver os stakeholders na


gestão da mudança.

• Casos reais de projetos em Moçambique que enfrentaram desafios significativos devido à


mudança

Encerramento de Projetos e Lições Aprendidas

• Entrega e aceitação do projeto pelos stakeholders.

• Encerramento de contratos e procedimentos de pagamento.

• Avaliação final do projeto: critérios de sucesso e insucesso. Reflexão sobre as principais lições
aprendidas ao longo do curso e sua aplicação em projetos futuros.

• Discussão sobre oportunidades de melhoria na gestão de projetos em Moçambique.

JC

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