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Universidade Técnica de Lisboa -Instituto Superior de Ciências Sociais e

Políticas

Ciências da Comunicação - História dos Media

1º Ano – 1º Semestre

Trabalho realizado por:


Docente: Marta Gonçalves, N.º:212369;
Prof. Assistente Conv.: João Cardoso da Cruz Sara Ferreira, N.º:212352;
2011/2012 Rita Avelar, N.º:212310;
Introdução

Iniciaremos a nossa abordagem ao tema seleccionado com a explicação da palavra


conglomerado que, genericamente, se pode definir como uma empresa que detém controlo
sobre várias pequenas empresas. Esta palavra-chave é decisiva na elaboração do trabalho, é
desta que partimos para construir uma abordagem concisa acerca da origem dos
conglomerados, nomeadamente da Walt Disney Company e da Time Warner. Estas duas são
das maiores empresas no mercado do entretenimento, possuindo diversos meios de
comunicação - os quais contextualizaremos adiante para melhor compreensão – tais como
redes de televisão e rádio, publicações jornalístico-literárias, merchandising, cinema e outras
atracções.

O seguinte quadro traduz os rankings dos conglomerados da indústria de


entretenimento relativamente ao ano de 2011.

Como é verificável pela observação do quadro, a Walt Disney lidera o ranking com
38 063 milhões de dólares em receitas sendo que os lucros foram de 3 963 milhões de dólares.
Comparativamente com o ano de 2009 os lucros aumentaram em 19.8%, o que se pode
considerar um aumento significativo e determinante para o futuro da empresa.

Relativamente à Time Warner, que ocupa a terceira posição neste ranking, apesar do
seu crescimento relativamente 2009 não ser muito significativo – 4.5% - mostra-nos a
estabilidade dos lucros da empresa, pois com este baixo número verifica-se que nos anos
anteriores os lucros não foram muito divergentes.

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Este trabalho tem como objectivo esclarecer a origem dos conglomerados, com
particular atenção á Walt Disney e à Time Warner, sem nunca descuidar as definições
iniciais e necessárias à compreensão do conceito do projecto.

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Índice

Pág.

Introdução

Capítulo 1 - O que são conglomerados

1.1- Conceito………………………………………………………………………………..6
1.2- Exemplo de conglomerados……………………………………………………………7

Capítulo 2 - Origem dos diversos media

2.1- O cinema – Introdução………………………………………………………………..10


2.2- Rádio………………………………………………………………………………….15
2.3- Televisão, Novos Media………………………………………………………………16

Capítulo 3 – Introdução aos grandes conglomerados

3.1- Walt Disney Company………………...………………………………………………21

 Contextualização da empresa………………………………………………………...21
 Datas chave…………………………………………………………………………..21
 O Princípio…………………………………………………………………………...23
 Merchandising ……………….………………………………………………………23
 A Propaganda ………………………………………………………………………..24
 A Televisão…………………………………………………………………………..24
 O Cinema…………………………………………………………………………….26
 Os Parques Temáticos………………………………………………………………..27
 Rádio…………………………………………………………………………………28
 Música………………………………………………………………………………...29
 Internet/Novos Média…………………………………………………………………30
 Publicações……………………………………………………………………………30

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 Outros (Desporto e Teatro)…………………………………………………………...31

3.2- Time Warner…………………………………………………………………………..34

 História………………………………………………………………………………..34
 Empresas pertencentes à Time Warner………………………………………………36

Capítulo 4 – Conclusão……………………………………...………………………………39

Capítulo 5 – Bibliografia……………………………………………………………………40

Capítulo 6 - Anexos…………………………………………………………………………41

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Capítulo 1 – O que são Conglomerados

1.1 - Conceito

Um “conglomerado”é um conjunto que é composto por uma série de diferentes


empresas aparentemente não relacionadas. Num conglomerado, a empresa-mãe possui uma
participação controladora numa série de empresas de proporção menor, que exercem as
actividades separadamente. Cada um dos negócios num conglomerado de filiais é executado
independentemente das divisões de negócios, mas a gestão das mais pequenas está
subordinada à empresa maior.

Os maiores conglomerados arriscam no seu negócio através da


intervenção/participação em vários mercados diferentes, apesar de alguns conglomerados
optarem por participar de uma única indústria - por exemplo, entretenimento.

Existem duas filosofias que orientam diversos conglomerados:

1. Participação de uma serie de empresas independentes. A empresa-mãe tenta reduzir os


custos usando menos recursos;
2. Devido aos interesses comerciais, os riscos inerentes às actividades no mercado único
são suprimidos.

A História tem revelado que os conglomerados podem tornar-se bastante complexos e


diversificados, sendo muitas das vezes complicados de gerir e administrar. Desde 1960 a 1980
os conglomerados têm reduzido significativamente o número de pequenas empresas a seu
cargo.

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1.2 -Exemplos de conglomerados

→ Entretenimento:

CBS: CBS Corporation ( NYSE : CBS , NYSE : CBSA ) é um conglomerado americano de


media focado em transmissão , publicação , outdoors e televisão de produção, com a maioria
de suas operações nos Estados Unidos. O Presidente e CEO da empresa é Leslie
Moonves Sumner Redstone , dono da National Amusements , que é também o accionista
maioritário da CBS. A empresa começou a ser negociada na NYSE a 3 de Janeiro de 2006.
Até então, a empresa era conhecida como Viacom , e é a sucessora legal da referida empresa.

A nova empresa, mantendo a Viacom como nome, foi desmembrada da CBS. A CBS
detém o controlo parcial e total de televisão over-the-air e rádio (radiodifusão), produção de
TV, de distribuição , publicação , de TV a cabo , de gravação e publicidade ao ar livre -
responsabilidades anteriormente pertencentes à empresa maior. No entanto, a National
Amusements, através de Redstone, mantém o controlo maioritário das duas empresas. A CBS
tem a sua sede em Manhattan , Nova York (ANEXO 6.1)

News Corporation- (NASDAQ: NWS, NASDAQ: NWSA, ASX: NWS, ASX: NWSLV),
muitas vezes abreviado para a News Corp, é o terceiro maior conglomerado de media (atrás
de The Walt Disney Company e a companhia Time Warner) a partir de 2008, e do mundo do
entretenimento a partir de 2009. O Presidente da companhia e o Chefe Executivo é Rupert
Murdoch. Actualmente, a News Corporation tem sede em 1211 Avenue of the
Americas (Sixth Avenue.) e em New York City, no mais recente corredor do
complexo Rockefeller Center (ANEXO 6.2)

→ Educação:

Washington Post: O Washington Post é em Washington DC, e afirma-se como o jornal mais
antigo, fundado em 1877. Localizando-se na capital dos Estados Unidos, este possui uma
influência e poder especiais na política nacional. Em DC, Maryland e Virgínia as edições são
impressos de circulação diária.

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O jornal é publicado como um broadsheet , com fotografias impressas tanto em cores
como em preto e branco. As impressões semanais incluem a secção principal, contendo a
primeira página, nacional, internacional notícias, negócios, política, e os editoriais e opiniões,
seguidos pelas secções de notícias locais (Metro), desportos, estilo e classificados. A edição
de domingo inclui as seções de semana, bem como várias seções semanais: Outlook (de
opinião e editoriais), Style & Arts, Travel, Comics, TV Week, e o Washington Post
Magazine. Há também secções semanais que aparecem durante a semana: Saúde e Ciência na
terça-feira, Alimentação na quarta-feira, Living Local (Casa e Jardim) na quinta-feira e fim de
semana na sexta-feira, que inclui eventos de fim de semana em Washington DC. Os dois
últimos estão em um formato tablóide. Além do jornal “The Washington Post” opera
um serviço de sindicação (Grupo de Escritores) e sob a sua empresa-mãe da The Washington
Post Company , está envolvido no Washington Post Media, Washington Post Digital, e
washingtonpost.com (ANEXO 6.3)

→ Telecomunicações

AT & T Inc.: É a maior provedora de telefonia fixa nos Estados Unidos, e também
fornece banda larga e serviços de televisão por subscrição. AT & T é o segundo maior
fornecedor de serviço de telefonia móvel nos Estados Unidos, com mais de 92,8 milhões de
clientes wireless.

A partir de 2010, a AT & T é a maior empresa dos Estados Unidos pela receita total. É a
terceira maior empresa no Texas pela receita total (Behind Exxon Mobil e ConocoPhillips ) e
maior empresa não - petrolífera no Texas. É também a maior empresa com sede em Dallas. A
actual AT & T reconstitui a maior parte do sistema de Bell anterior e inclui dez das originais
22 Companhias Operacionais de Bell , juntamente com uma que foi parcialmente detida
( Southern New England Telephone ). A empresa está sediada na baixa de Dallas, Texas
(ANEXO 6.4).

Comcast: A Comcast Corporation ( NASDAQ : CMCSA e NASDAQ : CMCSK ) (geralmente


referido como Comcast), fundada em 1963, é a maior operadora de cabo e a maior
fornecedora de serviços de internet em casa nos Estados Unidos , prestação de TV a cabo ,
banda larga de Internet , e telefone de serviço tanto para clientes residenciais e comerciais, em
39 estados e no Distrito de Columbia. Comcast também tem uma participação significativa
nas redes (incluindo E! Entertainment Television, Style Network, G4, O Golf Channel e

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Versus), distribuição (The Platform), e negócios relacionados. A partir de Agosto de 2010,
proposta de aquisição da Comcast de uma participação maioritária na NBC Universal,
esta está pendente de aprovação do governo (ANEXO 6.5).

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Capítulo 2 – Origem dos diversos media

2.1 - O Cinema

Em 1891, Dickson e Edison concebem a primeira câmara, designado cinematógrafo, que


registava uma série de imagens sucessivas. O cinematógrafo era na verdade uma caixa de
madeira com um visor, através do qual um indivíduo poderia observar a reprodução de curtas-
metragens.

Estes aparelhos eram muito populares entre as camadas mais baixas da população e
tinham um carácter mais demonstrativo do que propriamente comercial.

As primeiras projecções que tiveram, de facto, sucesso foram as dos irmãos Lumière, que
em 1895 exibiram o seu primeiro filme.

Dos primeiros filmes às longas-metragens

Os primeiros filmes eram bastante curtos (cerca de um minuto de duração) e não possuíam
qualquer enredo ou sequência lógica; limitavam-se a retratar cenas do quotidiano, como por
exemplo: “L’Arroseur arrosé” (irmãos Lumière) e “Saída do Pessoal Operário da Fábrica
Confiança” (Aurélio da Paz dos Reis). Inicialmente, esta nova atracção era do agrado das
classes sociais mais baixas, e dos imigrantes dos Estados Unidos que mal sabiam falar inglês.
No entanto, as demonstrações de cinema rapidamente se tornaram entediantes e repetitivas.

Os primeiros filmes com enredo surgiram em 1899, em França, com Georges Meliès:
“Cinderella” e “A Viagem à Lua” (1902). Estes filmes incluíam já várias técnicas como a
sobreposição de imagens, efeitos especiais e actores profissionais (ANEXO 6.6).

Também Edwin Porter, interessado em contar histórias pelo cinema, esteve na vanguarda
do filme com enredo (na época ainda curtas-metragens), conquistando o sucesso com o filme
“The Great Train Robbery” (1903), cuja cena final foi algo inédito até então: o close-up a um
bandido, apontando a arma contra a câmara, como se estivesse a disparar para o público.

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Para assegurar a exploração comercial desta invenção, estabeleceram-se as primeiras
produtoras cinematográficas e, em França, surgiram as primeiras salas de projecção, e no sul
de Inglaterra surge a Escola de Brighton, a partir de 1900 por James Williamson e G.A Smith.

No início do século XX (desde 1903 até 1908), deu-se início ao arranque da indústria
cinematográfica e iniciaram-se sessões contínuas de meia hora de duração, de exibição de
filmes em salas de projecção, situadas nas zonas mais movimentadas das cidades.
Construíram-se as chamadas nickleodeons – salas construídas expressamente para a projecção
de películas, em referência ao preço de entrada, em Los Angeles, que rapidamente se
espalharam por Nova Iorque. Em 1908 já existiam 8 000 salas de cinema em território norte-
americano. O mesmo sucedeu na Europa, e na Alemanha surgiram em 1900.

Em 1909 é formada nos EUA a primeira associação de estúdios (de Nova Iorque e Nova
Jérsia), a MPPC – Motion Picture Patent Company (com uma subsidiária, a General Film
Company) que possuía contratos de exclusividade para a compra, produção e difusão de
filmes, constituindo um autêntico monopólio cinematográfico. Esta situação constitui um
entrave ao desenvolvimento das produtoras de cinema independentes. O monopólio da MPPC
acabou por entrar em erosão, quando um produtor cinematográfico independente, Adolph
Zukor, adquiriu direitos sobre o filme francês: A Rainha Elizabete. O filme revelou-se um
sucesso e o produtor formou o seu primeiro estúdio, a Famous Players for Famous Plays. O
exemplo de Zukor foi seguido por outros produtores e assim se formou Hollywood, cujos
terrenos eram baratos e possuidores de dias ensolarados que incentivavam as filmagens de
exteriores.

Surgem então as longas-metragens: os filmes tornaram-se mais caros e as filmagens


mais dispendiosas, mas o resultado final teria uma maior qualidade, pelo que o público ficaria
disposto a pagar mais. O conforto das salas de projecção também aumentou
consideravelmente. Os antigos nickleodeons eram salas pouco confortáveis, e foram
substituídas por salas capazes de receber audiências maiores.

O cinema começou a ganhar mais adeptos e perdeu a sua feição demonstrativa em prol de
uma faceta cultural e de entretenimento, que atraía as camadas mais altas e letradas da
população. A primeira longa-metragem de sucesso foi “The Birth of a Nation”, de David
Griffith (1915), que retrata a existência de duas famílias (os Stoneman e os Cameron) durante
a Guerra a Secessão – época anárquica, marcada pelo assassínio do Presidente Lincoln.

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Ainda antes da queda da MPPC assiste-se a uma tentativa de controlar economicamente a
indústria nascente, marcada pelo aparecimento de diversas companhias que contribuíram para
a integração vertical das actividades de produção, projecção e distribuição cinematográficas,
impondo o seu poder em Hollywood por mais de trinta anos. Até ao fim dos anos 40,
constitui-se um oligopólio dominado pelos seguintes maiores estúdios: Paramount (fundada
em 1916 por Adolph Zukor, cujos realizadores eram Jesse Lasky, Cecil de Mille e Samuel
Goldwyn); MGM; Twentieth Century-Fox (concebida por William Fox em 1917, fundou-se
mais tarde com a 20th Century Productions. As suas produções mais famosas foram “A
Túnica” e o “A Cleópatra” – o seu maior desastre financeiro); Warner Brothers (fundada em
1923 por quatro irmãos que nesse ano fundaram a Warner Bros Pictures. O “Cantor de Jazz”
foi um dos seus grandes sucessos, o primeiro: comercial. Esta companhia mudou de nome
recentemente, para Warner Communications Incorporated. Esta é, presentemente, um dos
maiores conglomerados de comunicações juntando-se em 1991 ao conglomerado Toshiba,
sendo actualmente da responsabilidade da Time Warner e Turner) e RKO (cujas siglas
representam: Radio Keith Orpheum Corporation; resultado da fusão entre a RCA de David
Sarnoff e Joseph Kennedy em 1928. Antes de ser da responsabilidade de Howard Hughes em
1948 obteve grande sucesso por intermédio de produtores independentes: Walt Disney, Orson
Welles e Selznick).

Ainda a Metro Goldwyn Mayer, foi um resultado da fusão entre a Loew’s Incorporated
com a Metro Pictures, em 1920 (detinha a exploração das salas de cinema enquanto a MGM
detinha as responsabilidades de produção); juntou-se mais tarde à Goldwyn Company e
depois à Louis B. Mayer em 1924. Uma das suas maiores produções foi “ E Tudo o Vento
Levou” de David O’ Selznick.

Estes cinco maiores estúdios dominaram na totalidade os circuitos de distribuição,


controlando 75% das salas. Os seus filmes, rodados nas salas mais bem situadas nos centros
urbanos (15%), eram de série A, portanto os melhores, geravam receitas substanciais. Para
melhor gerir este monopólio, criaram uma associação: Motion Picture Producer and
Distributor Association (MPPDA) com o objectivo de formular acordos capazes de controlar
os custos, preços dos bilhetes, orientação temática dos filmes, contratos dos artistas e ainda
promover uma boa imagem perante o público. Este carácter oligopolista afastou os produtores
independentes, pois as salas de cinema que não lhes estivessem associadas tinham de aceitar
condições muito desfavoráveis se quisessem ter direito às projecções dos filmes de Série A.

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Essas condições incluíam o “blockbooking” (conjunto de filmes obrigatoriamente agrupados),
“blindselling” (conjunto de filmes atribuídos à sorte); “clearance” (imposição de
determinadas datas de projecção); e “zoning” (imposição de determinadas zonas geográficas
de projecção.

Os três menores estúdios eram: Universal; United Artists (fundada em 1919 por
Douglas Fairbanks, Charlin Chaplin, Mary Pickford e D.W. Griffith como forma de
contestação ao predomínio dos grandes estúdios) e Columbia. Estes três menores estúdios
produziam os filmes da Série B, em complemento do grande filme para os cinemas de bairro
ou de província.

Os anos dourados do cinema

Ao mesmo tempo que as alterações nos estúdios e companhias se davam, desenvolvia-


se o star-system em Hollywood. O público, conhecedor dos diversos actores, denunciava
preferência por “estes” e “aqueles” pelos quais adquiriram favoritismo. Entre eles estavam:
Douglas Fairbanks, Mary Pickford, Gloria Swanson e Rudolph Valentino. Assim, os
investimentos eram canalizados ou para os contratos das estrelas cinematográficas ou para os
escritores de best-sellers - pois a venda dos direitos destes poderia dar origem a argumentos
cinematográficos - bem como para argumentistas, realizadores conceituados, ou ainda
inovações a nível da criação de efeitos especiais ou promoção (ANEXO 6.7).

No ano de 1927 surge o primeiro filme sonoro: os Talkies, com “The Jazz Singer”
(1927) da Warner Brothers. Com estas novas modificações, os actores também tiveram
necessidade de se adaptar. O som passou a liderar e condicionar as formas de interpretação.
Conferiu-se, assim, uma maior ênfase ao discurso vocal, acentuação, potência e timbre da
voz, tudo se rendendo à potência omnipotência do microfone. Houve casos de actores que não
se souberam adaptar, como foi o caso de John Gilbert, Emil Jannings ou Clara Bow, que se
afastaram, ao mesmo tempo que o sonoro originava as novas estrelas dos anos vinte e trinta:
Wallace Beery, Mary Dressler, William Powell, Myrna Loy, Gary Cooper, Clark Gable,
James Cagney, Edward G. Robinson, Cary Grant, Spencer Tracey, Humphrey Bogarth,
Ketherine Hepburn, John Wayne ou Bette Davis. Os argumentos continham mais carga
dramática, e o som requeria tecnologias mais dispendiosas e sofisticadas. A rodagem

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cinematográfica tornava-se mais dispendiosa, no entanto ao empolgamento com o som
tornou-se muito apelativo num período marcado pelo desenvolvimento da rádio, o que
atenuou o impacto da Grande Depressão (em relação às grandes massas).

De seguida, novos desenvolvimentos técnicos levaram ao apuramento técnico do novo


meio com o advento da Technicolor (inicialmente utilizado pela Walt Disney – “Flowers and
Trees” e depois “Becky Sharp” em que entrava Miriam Hopkins).

Quem possuía meios para pagar os preços dos bilhetes, os filmes possibilitavam uma
espécie de fuga, uma forma de escape aos problemas e encargos do quotidiano, como por
exemplo: “O Feiticeiro de Oz” e “E Tudo o Vento Levou”. Os westerns, o burlesco, o filme
cómico ou de mistério e comédias deram depois lugar às extravagâncias musicais; depois aos
filmes sobre gangsters, ou ao filme social, de terror e aos filmes de Série B. Esta “fuga” ao
quotidiano denotou-se bastante durante a Segunda Guerra Mundial, e também fornecia uma
determinada expressão do sentimento patriótico, que atingia o seu ponto culminante em 1948,
quando 90 milhões de americanos frequentavam salas de cinema todas as semanas.
Infelizmente, para a cinematografia americana, a televisão começa a evoluir a partir desta
altura, e a produção sofre uma redução considerável.

A decadência do cinema

A causa do declínio do cinema não foram apenas as evoluções denunciadas pela televisão,
no entanto esta afectou de modo significativo o funcionamento da indústria cinematográfica
americana. Uma outra causa foi a desagregação do sistema de majors que foram obrigadas a
interromper a integração vertical das actividades cinematográficas. Os estúdios viram-se
obrigados a restringir as suas actividades para apenas uma das três operações de produção,
distribuição ou exibição – esta medida designa-se divorcement, e foi ela que provocou o
desmoronamento dos grandes estúdios e do star system de Hollywood, que já existia há trinta
anos. A consequência do divorcement traduziu-se numa profunda reestruturação da indústria
cinematográfica e promoveu o progresso e ascensão dos independentes, cujo número passou
de 70 em 1947 para 165 em 1957. No pós-guerra denotou-se um movimento repentino a nível
internacional de produção cinematográfica, oriunda do Japão, Reino Unido, França, Suécia e
Índia.

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Rapidamente se procedeu ao diagnóstico acerca das causas da crise, apontando-se
primeiramente a televisão, mas também o progresso da indústria automóvel, e o aliciamento
dos passeios automobilísticos aos Domingos, constituíam uma grande influência na América
– muito marcada pelos valores da família e pela explosão da taxa de natalidade no pós-guerra.
Todas estas alterações marcaram profundamente Hollywood, alterando a sua estrutura:
dominada pelas sete grandes multinacionais, nos anos sessenta: Columbia Pictures, Fox,
MGM, Paramount, Universal, Warner e Disney. Estes conglomerados tornavam-se cada
vez mais poderosos, pelas sucessivas interligações com o disco, edição de livros, parques de
diversões e vídeo, exploração de filmotecas e redes de televisão por cabo (salienta-se a
ligação/parceria com a televisão). Desta forma, estes conglomerados possuíam diversas
actividades que permitiam a amortização das perdas. Este foi o período dos grandes
conglomerados (ANEXO 6.8).

2.2 - A Rádio

Antes de surgir a rádio, propriamente dita, houve bastantes experiências até chegar à
transmissão de sons:

 Maxwell demonstra a existência de ondas electromagnéticas


 Thomas Edison inventa e regista a patente do primeiro aparelho de registo de som.
 Heinrich Hertz produz as primeiras ondas electromagnéticas
 Édouard Branly utiliza o radiocondutor para detectar ondas electromagnéticas.
 Marconi realiza a primeira transmissão de rádio a uma distância de 3 km e funda a
Marconi’s Wireless Telegraph and Signal.

Só em 1913 começam a ser realizadas as primeiras experiencias sonoras de programas,


abrindo na Europa cerca de 300 estações TSF. Em Bruxelas foram iniciadas as primeiras
retransmissões de concertos, ou os concertos eram gravados e depois passado na rádio.

O arranque da rádio inicia-se em 1922 em França, com a criação da Radiola, que, mais
recentemente alterou o seu nome para Radio-Paris. Seguiu-se a Alemanha - sociedade Reichs
Rundfunk Gesellschaft - e o Reuno Unido com a criação da Broadcasting Company.

E.U.A, também no mesmo ano, por parte da empresa AT&T vai ter a sua primeira estação
de rádio em Nova York. Esta dará origem a uma cadeia com 25 postos de difusão.

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No ano do surgimento do gira-discos, 1925, vão ser iniciadas as primeiras
transmissões regulares de radiodifusão em Portugal.

A difusão da rádio foi bastante rápida, de tal forma que no período da Segunda Guerra
Mundial foi utilizada como forma de propaganda, sendo transmitida em 28 línguas. Em
Portugal até aos anos 80 só existiam 2 estações de rádio, o que em parte se pode justificar
pela presença de um regime ditatorial no governo, que não tinha qualquer interesse que outras
ideias fossem divulgadas pela população.

Actualmente a rádio é composta essencialmente por conteúdos musicais, noticiosos e


de trânsito, pois esta tem o seu “pico” de audiências na chamada “hora de ponta” quando as
pessoas se deslocam de casa para o emprego e vice-versa.

2.3 A Televisão, os Novos Media

A Televisão

A invenção da televisão deve-se a vários cientistas, matemáticos e estudiosos. Na década


de 20, os cientistas tentavam transmitir ondas sonoras com a imagem em movimento. Em
1926, o escocês John Logie Baird tentou fazer isso, conseguindo apenas uma imagem de
muito má qualidade de uma cabeça humana.

A primeira televisão da história surgiu em Janeiro de 1928, em Nova York, pelo sueco
Ernst F. W. Alexanderson, engenheiro da General Eletric.

Após alguns meses, com o aumento da experiência da GE os elementos mais básicos de


uma televisão, que actualmente conhecemos, foram implantados.

O primeiro serviço de alta definição surgiu na Alemanha, em 1935, com o objectivo de


transmitir as Olimpíadas de Berlim, foi talvez o primeiro grande evento emitido em televisão.

Os eventos da Segunda Guerra Mundial, de certa maneira, ajudaram no desenvolvimento


dos aparelhos e tecnologias de transmissão, pois as pesquisas realizadas na época foram muito
intensas. Grandes emissoras surgem na década de 30. Canais como a BBC, CBS e CGT
abriam as portas para a transmissão de programas e eventos desportivos.

Devido ao desenvolvimento a nível mundial após a Segunda Guerra Mundial, a televisão

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ganhou grande popularidade. Até ai, toda a imagem era em preto e branco. A televisão
começa a aparecer com imagens a cores, começando nos Estados Unidos, em 1954.

O Boom da televisão foi nos anos de 50. Os electrodomésticos vulgarizaram-se nos lares e
os estudantes seguem os seus ídolos como Elvis Presley , dando fôlego ao American Way of
Life.
Ainda na década de 50, milhares de pessoas tiveram acesso à TV nos EUA, Europa e Ásia e
Brasil.

Actualmente, vigora a TV digital, que permite um enorme aumento da qualidade de


imagem e nitidez (ANEXO 6.9).

Novos Media

As Telecomunicações, a informática, e indústrias audiovisuais evoluíram de forma bastante


significativa nos últimos vinte anos do século XX. Transfiguraram por completo os fluxos
comunicacionais.

As consequências da digitalização e da informática, alargaram-se vários domínios:


computadores, telefones e comunicações móveis, rádio, televisão e a todo um conjunto de
equipamentos e suportes digitais que se integram hoje e cada vez mais no nosso quotidiano.

Por volta de 1975 as indústrias audiovisuais eram relativamente independentes: televisão,


rádio, imprensa e cinema. Cada uma se desenvolveu a partir de uma tecnologia da reprodução
e transmissão de conteúdos, independente dos outros media.
Cada uma permaneceu especializada num conteúdo, contribuindo igualmente para
definirem as funções próprias de cada um dos media (imprensa informa/ rádio e televisão
distraem).
Os novos media não vieram mudar a independência característica destes media vieram
apenas contribuir para a definição específica de cada um.

A ligação entre a televisão e as telecomunicações dos EUA, permitiu a primeira ligação


entre diversos media e as telecomunicações por intermédio do cabo e satélite (até então
reservados às comunicações telefónicas)

Nos anos 80, ligações ente informática e telecomunicações permitindo acesso e partilha de
ficheiros, bases de dados e outras informações.

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Surgem as redes de comunicação, primeiro no domínio áudio e telemensagens, com o
desenvolvimento das telecomunicações móveis, para mais tarde se alargar à Internet e à
televisão digital.

A constituição das redes de comunicação verifica-se fundamentalmente a partir dos anos


90, com o estabelecimento de comunicações por cabos ou fios telefónicos (wired), e das
comunicações móveis sem fios (wireless).

Desde então novas tecnologias tem conquistado a população mundial, como a digitalização
(técnica através da qual é possível uma grande fidelidade na transmissão de mensagens), os
ecrãs de televisão - nomeadamente os analógicos - que possibilitam uma diversidade de
opções, e ainda os telemóveis, que actualmente dispõe de variadíssimas funcionalidades como
o acesso à internet.

Também a rádio digital, melhorou a qualidade de som e alargamento do raio de acção dos
emissores.
A televisão, com a introdução do comando, permitiu a mudança de canal mais facilmente e
a televisão por cabo diversificou a escolha. Recentemente, surgem serviços como o VOD
(Video-on-demand) ou a possibilidade de gravação agendada.
E por último, a internet, apesar de permitir uma convergência das telecomunicações não
constitui um novo meio mas sim o ponto de convergência de diferentes media.

Os Novos media permitem novas capacidades de comunicação, passando do individual ao


colectivo.
O que diferencia os media tradicionais dos novos media são a independência dos primeiros
que se transforma na interdependência dos segundos. Estes marcaram uma nova era, colectiva
e de mobilidade que se distingue claramente dos media tradicionais (ANEXO 6.10)

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Capítulo 3 – Introdução aos grandes conglomerados

Um dos mais importantes foi Warner, detida pelo grupo Time Warner e Turner. Este teve
necessidade de se reassumir depois da crise financeira de 1983 a 1984, devido as perdas
oriundas dos jogos vídeo Atari, mas recuperou depois do sucesso dos filmes Gremlins e
Batman. O conglomerado foi integrado pela Time e Toshiba, posteriormente; e mais
recentemente por Ted Turner. Entre os seus projectos mais famosos encontra-se
“Casablanca”. Presentemente estende o seu domínio a várias actividades, desde a imprensa
com as revistas: Time, Life, People e Fortune; música com as editoras Elektra, Warner, e
Atlantic; e no audiovisual com o HBO- Home Box Office e CNN.

Outro dos grandes conglomerados é a Universal, comprada pelos japoneses, adquirindo


uma posição dominante no mercado de gravação de imagens e na televisão de alta definição.
Possui grandes títulos como “O tubarão” ou “ET”, e é mercada pela presença do famoso
realizador Steven Spielberg. A diversificação das suas actividades passa pelas áreas: musica –
editora Polygram e MCA; editoras – Puttnam; cinemas – Cinesa, em conjunto com a
Paramount.

O terceiro grande estúdio é a Columbia Pictures. Comprado pela Coca-Cola em 1982,


tem como filmes clássicos “Lawrence da Arábia”, e possui empresas afiliadas como a Tristar
e a Sony Pictures Classics, para além do gigante japonês.

A Disney e a Paramount ocupam também lugares primordiais no domínio dos


conglomerados. Iremos aprofundar a evolução da Disney e das suas diversas áreas, bem como
funções, impacto e actividades/projectos. Quanto à Paramount, esta tem como títulos clássicos
“Os Dez Mandamentos”. É propriedade da Viacom, e tem à sua responsabilidade canais
como: Nickleodeon, MTV e Showtime. Detém também interesses nas actividades vídeo com
a rede Blockbuster (aluguer de filmes); distribuição de filmes com a UIP; exploração de salas
de cinema com a Cinesa e ainda no livro com a editora Simon & Schuster.

A FOX e a MGM são dois conglomerados menores. A FOX foi comprada por Marvin
Davis, que depois vendeu 50% a Robert Murdoch. É responsável pela televisão, com a rede
FOX, passando pela actividade editorial com Harper Collins até à imprensa diária com o New
York Post nos EUA e na Europa com Times e Sun.

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A MGM foi submetida a uma grave crise financeira em 1973 que a obrigou a abandonar a
distribuição de filmes e a reduzir a produção. Em 1981 fundiu-se com a United Artists para
formar a MGM/UA Entertainment Company.

Surgem depois as grandes concentrações multimédia. Estas promoveram actividades de


diversificação em todos os sectores da comunicação: casas editoras, impressoras de jornais,
editoras discográficas, parques de distracções (explorações no campo do áudio, vídeo e disco
e suas ligações) e canais de televisão – difundidos através do cabo ou satélite. Assim
apareceram e se desenvolveram os estúdios independentes como: Crown, Embassy, Carolco,
Lorimar, Orion, Cannon, New World ou De Laurentiis. Estes eram verdadeiros recantos de
talento. A televisão, por seu lado, promoveu a transmissão de filmes (NBC, CBS, ABC), de
Série B, maioritariamente acerca de filmes policiais e de westerns para e jovens e filmes
antigos para as restantes audiências. Entretanto desenvolve-se uma nova geração de
realizadores que aproveitam a produção dos telefilmes.

Nos primeiros anos da década de cinquenta, apareceram as novas técnicas da cor, o ecrã
gigante, o cinerama, e os drive-in, permitindo aos espectadores uma grande inovação:
permanecer nos seus automóveis mas com auscultadores.

Em cadeia, a frequentação cinematográfica cai drasticamente: nos EUA, depois no Reino


Unido, Alemanha, França, Bélgica, Espanha e Itália. No caso de Portugal, a frequentação
cinematográfica aumenta na mesma altura em que se dá a queda do regime ditatorial, e
surgem películas anteriormente proibidas: filmes eróticos, pornográficos e filmes oriundos de
outros países. Recentemente nota-se uma certa estabilização, ou até uma subtil subida tanto
nos EUA como no Reino Unido.

20
3.1 -Walt Disney Company

Fundação:1923
Incorporated: 1938 como Walt Disney Productions
Funcionários: 117 000

Receitas: 38 063,0 dólares (2011)


Bolsas de Valores: Nova York Pacífico centro-oeste de Tóquio
NAIC:

1. 713 110 - Parques de diversões e parques temáticos;


2. 711 510 - Artistas Independentes e Escritores;
3. 515 120 - Broadcasting Television;
4. 515 112 - Estações de rádio;
5. 512 110 - Cinema e Produção de Vídeo;
6. 511 210 - Publisher Software;
7. 511 120 - Editores de Periódicos;
8. 423 990 – Outros;

Datas chave:

1923: Disney cria da Disney Bros Studios com seu irmão Roy.

1924: MJ Winkler Productions estreia Alice Comedy Series, com o filme Alice's Day at Sea ,
nos cinemas;

1928: Criado Mickey Mouse; Disney lança o seu primeiro filme com som, Steamboat Willie.

1955:

 Estreia do Mickey Mouse Club;


 Abre o primeiro parque temático na Califórnia;

1966: Walt Disney morre com cancro no pulmão.

21
1971:

 Walt Disney World abre perto de Orlando, Flórida;


 Falece Roy Disney;

1983: Abre o primeiro parque no estrangeiro, Disneyland Tóquio;

1984: Criação de uma nova gravadora, Touchstone Pictures;

1989: Abre em Orlando, Florida o Disney-MGM Studios Theme Park;

1992: Abre ao público a Euro Disney (mais tarde chamado Disneyland Paris);

1996:

 Disney adquire estação de televisão Capital Cities / ABC;


 Estreia da Rádio Disney;

1999: Criação da Disney Cruise Line (cruzeiro exclusivo);

2001:

 Disney's California Adventure abre ao lado da Disneyland;


 Disney adquire a Fox Worldwide

A Walt Disney Company foi fundada como um estúdio de desenhos animados em 1923, por
Walter Elias Disney (1901-1966) e foi um dos pioneiros no desenvolvimento da indústria da
animação.

Disney, assim é vulgarmente chamada, é conhecida por proporcionar entretenimento


direccionado para adultos e crianças, com parques temáticos internacionais e um estúdio de
animação de classe mundial e de franquia empresarial, a empresa praticamente domina o
meio. A personagem de Mickey Mouse começou com a Disney, e esta empresa que começou
como um estúdio de desenhos animados já se ramificou em vários estúdios de entretenimento,
parques temáticos, produtos e outras produções de média (ANEXO 6.22).

22
O Princípio...

A Walt Disney Company foi fundada a 16 de Outubro de 1923, na parte traseira de um


pequeno escritório ocupado por Holly-Vermont Realty, em Los Angeles. Inicialmente
começou como um hobby de Walt Disney e o seu irmão Roy, era a Disney Brothers Cartoon
Studio. Neste espaço foram produzidas algumas curtas-metragens animadas cómicas. Apenas
quatro meses após o começo da empresa, esta transferiu-se para novas instalações de maior
dimensão, onde o número de trabalhadores também cresceu.

Em 1925, é comprado um lote na Avenue Hyperion, Silver Lake distrito de Los Angeles,
onde se inicia a construção do novo estúdio (ANEXO)

Durante 14 anos que se seguiram foram muitas mudanças que ocorreram no estúdio da
Disney: "nasceu" o Mickey Mouse em 1928, seguido pelo Pluto, Pateta, Pato Donald, e o
resto da família Disney.

O nome da empresa vem a mudar, por sugestão de Roy, para Walt Disney Studio (ANEXO
6.11).

Merchandising

Enquanto os desenhos foram ganhando popularidade em salas de cinema, começaram a surgir


as primeiras personagens de merchandising que se vieram a revelar uma grande fonte de
receitas adicionais.

O merchandising da Walt Disney começou quando um nova-iorquino ofereceu Walt 300


dólares para utilizar a imagem de Mickey nuns materiais que ele fabricava, e como Walt
Disney precisava do dinheiro aceitou. Rapidamente, começaram a ser postos à venda bonecos
Mickey Mouse, pratos, escovas de dentes, rádios, figuras, etc. (ANEXO 6.12).

Em 1930 é publicado o primeiro livro do rato mais famoso.

23
A Propaganda

Entre 1939 e 1945 os filmes da Walt Disney foram utilizados como forma de propaganda dos
ideais Aliados. Foram feitos dois filmes na América do Sul, “Saludos Amigos” e “The Three
Caballeros”, a pedido do Estado. Além de se procurar difundir o movimento Aliado era
também nos estúdios da Disney que os filmes de treino militar eram filmados.

Quando a guerra terminou, era difícil para o estúdio recuperar as condições que tinha no
período pré-guerra. Com o passar dos anos foram lançados vários “pacotes de animação”, ou
seja pequenos conjuntos de desenhos animados (como por exemplo, “Make Mine Music” e
“Melody Time”).

A produção ao vivo começou a ser uma aposta mais frequente para Walt Disney também se
mudou para a produção de ação ao vivo com (“Song of the South” e “So Dear to My Heart”)
mas os filmes incluíam segmentos de animação, pois era isso que era esperado da produção
Disney.

A Televisão - 1950

Durante os anos 1950, os americanos começaram a passar mais tempo em casa e a assistir
televisão como forma de entretenimento, assim sendo Walt Disney Company aproveitou este
meio de comunicação par expandir o seu trabalho. Em 1954, estreia "Disneyland", uma série
televisiva que incluía uma introdução feita por Walt Disney e pequenos filmes que
incorporavam produções com acção ao vivo.

A Disney também fez de Davy Crockett um herói popular nacional, quando dedicou à sua
vida um programa composto por três partes. Em pouco tempo, todas as crianças
ambicionavam os produtos de marca Crockett, o que proporcionou bastantes lucros à Disney.

Crockett marcou o início da popularidade das séries de aventuras, como é exemplo os


sucessos doanos 50 “The Great Locomotive Chase”, “Westward Ho, Old Yeller” e “The
Light in the Forest”.

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Em Outubro de 1955 o “Mickey Mouse Club” estreou na rede de televisão ABC, que tinha
transmições diárias de uma hora, em dias úteis. Em meados de 1961 estreia na NBC “Walt
Disney's Wonderful World of Color” (mais tarde alterado para “The Wonderful World of
Disney”), um programa inovador de Domingo à noite que teve uma duração de 20 anos de
transmissão.

Em 1983, no mesmo momento em que o cinema Disney volta a crescer, a empresa começa a
comercializar um canal orientado para a família, o Disney Channel, que rapidamente se torna
o canal que mais se desenvolveu na TV por cabo.

Actualmente fazem parte do domínio da Walt Disney Company diversos canais de televisão,
alguns pagos e outros que fazem parte da rede conjunta da Disney-ABC (esta parceria foi
adquirida em 1996).

 Rede Disney-ABC

ABC Television Network, ABC Entertainment, ABC Daytime, ABC News, ABC
Sports, ABC Kids, ABC Studios, etc.

 Canais Pagos:

ESPN, Disney Channel, ABC Family, Lifetime Entertainment Services, A&E


Television Networks, E! Networks, Disney Junior, Jetix International, SoapNET,
Canal História e Disney XD, etc.

Além dos canais a Disney também detêm a gestão de distribuidoras/produtoras, das quais se
podem destacar a Buena Vista Television, Touchstone Television, Walt Disney Television
Animation.

Em 2011 a Disney viria a adquirir a Fox Family Worldwide, Inc. por 5,3 bilhões de dólares, o
que provocou nesse ano uma ligeira queda nos lucros da empresa devido ao excessivo valor
da sua compra (ANEXO 6.12).

Assim, pode ser constatado que a Walt Disney Company conserva um grande poder, não só
na televisão norte americana, mas também a nível internacional, pois muitos destes canais têm
transmissões nos vários “cantos do mundo”, e naturalmente, são os programas de entretimento
destes canais, muitos deles produzidos pelas produtoras em cima mencionadas, que são

25
emitidos. Em alguns deles utiliza-se a técnica de dobragem de vozes, principalmente nos
programas de cariz infantil e familiar

O Cinema Disney

Enquanto se desenvolvia os novos sucessos televisivos, a Disney fazia de Fred MacMurray,


Mills Hayley, e Jones Dean estrelas nos filmes “The Shaggy Dog”, “The Professor Absent-
Minded”, “Pollyanna”, e “The Parent Trap”. Em 1964, Mary Poppins torna-se um dos
filmes com maior rendimento de bilheteira.

Os filmes Disney exigiam a mais alta qualidade Technicolor disponível, vindo a superar os
filmes concorrentes devido à criatividade e normas técnicas.

É neste período de apogeu, que começam a surgir novas ideias e projectos, incluindo o
controlo automático de robôs e um complexo de diversões, que se tornou eventualmente a
Walt Disney World.

Após a morte Walt Disney (1966), o estúdio consegue alguns sucessos. “Blackbeard's
Ghost”, “The Jungle Book”, “The Aristocats”, “Bedknobs and Broomsticks” e “The Love
Bug”, são disso exemplo. Este último foi o mais rentável filme do ano. Além destes também
houve uma forte nos filmes de produção real.

É nos anos 70, após a publicação de “The Rescuers”, que uma série de decepções de
bilheteira surge. O progresso foi lento, mas constante para os estúdios, lançando três novos
filmes de produção real. “The Black Hole” foi um filme de ficção científica com um
investimento, mas que foi perdido para o sucesso surpreendente de “Star Wars” (ANEXO
6.13).

Ron Miller, novo CEO, contracta novos directores e escritores mais jovens, que produzem
filmes gerados por computador (“Tron”), mas sucesso obtido é moderado, face à concorrência
de outros estúdios de cinema.

Em 1983, com o lançamento do “Mickey's Christmas Carol”, a fortuna da Disney começa


crescer. Uma vaga de filmes de sucesso seguem-se.

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Desde então tem-se verificado numerosas vitórias para os estúdios da Disney, sendo vários os
filmes lançados anualmente, seja de animação ou produção real.

Actualmente fazem parte da Walt Disney Company as grandes distribuidoras/produtoras do


cinema actual: Walt Disney Pictures, Touchstone Pictures, Hollywood Pictures, Caravan
Pictures, Miramax Films e Buena Vista Home Entertainment.

Estas são parte colossal do cinema actual, estando a elas associadas grandes blockbusters
como a trilogia de “Pirates of the Caribbean”, e outros como “Chicago”, “The English
Patient” e ainda “Cidade de Deus”(ANEXO 6.14).

Os Parques Temáticos

A 17 de Julho de 1955 é aberto ao público o primeiro parque temático da Walt Disney


Company, na Califórnia. Este projecto realizou-se após vários anos de planeamento e
construção. Para Walt Disney era um espaço onde pais e filhos poderiam passar um bom
tempo com as personagens já conhecidas do mundo Disney.

É constituído por dois parques temáticos: Disneyland Park e o Disney's California Adventure.
Possui 3 hotéis na sua propriedade e um complexo de vida nocturna. É o único dos complexos
que Walt Disney viu ser aberto.

Esta primeira Disneyland tem sido usada como imagem padrão para cada parque de diversões
da rede Disney que têm vindo a ser construídos ao longo dos últimos anos.

Para o fundador da empresa o Parque nunca iria estar concluído, pois existiria sempre
imaginação para complementar o espaço com novas atracções, o que verifica ser verdadeiro,
pois ainda nos dias de são abertos todos os anos novas atracções. Novas atracções são
adicionados regularmente, e a Disneyland continua tão popular como era em 1955.

A 1 de Outubro é inaugurado o segundo parque na cidade de Lake Buena Vista, na Flórida.


Conta com 4 parques temáticos, além de 2 parques aquáticos, um espaço nocturno, mais de 22
hotéis, etc. (ANEXO 6.15).

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Em 1983 é inaugurado o primeiro parque internacional em Tóquio. É controlado pela Walt
Disney Company em pareceria com a empresa OrientalLand. Possui dois parques.

Mais recentemente, em 1992, um Parque na Europa, mais precisamente em Paris (França).


Possui dois parques temáticos: Disneyland Park e o Walt Disney Studios, e como os seus
antecessores, também este possui um espaço de diversão nocturna. A Disneyland Resort Paris
recebe mais visitantes do que qualquer outro ponto turístico da Europa (ANEXO 6.16).

Em 1998, a empresa apostou numa forma de entretenimento um pouco diferente. Inaugurou a


Disney Cruise Line um conjunto de cruzeiros que disponibiliza o mundo Disney numa
viagem em alto mar. Actualmente opera com 3 navios: o Disney Wonder, o Disney Dream e o
Disney Magic. Este último foi o que realizou a viagem inaugural.

Foi em 2005 que um novo Parque foi inaugurando no continente asiático, em Hong Kong. É
gerido pela Walt Disney Company e o governo de Hong Kong. Possui por enquanto apenas
um parque: Hong Kong Disneyland Park e 2 hotéis.

A Rádio

Actualmente a parte de rádio da Walt Disney Company é composta pela ABC News Radio,
Radio Disney FM, Radio Disney AM e a ESPN Radio, mais 27 estações de diversos conteúdos
e temáticas.

ABC News Radio - é a maior organização noticiosa comercial de rádio nos E.U.A. tendo
noticiários de hora a hora e cerca de 2000 correspondentes pelo mundo. Anteriormente
conhecido como ABC Radio News, é presentemente distribuída pela Cumulus Media.

Radio Disney – Foi lançada a 18 de Novembro de 1996. Os seus conteúdos são dirigidos para
jovens e crianças com menos de 16anos de idade. É uma rádio que evidencia os ídolos dos
adolescentes. Tem o formato tradicional de rádio, onde além de música são transmitidas
entrevistas exclusivas.

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ESPN Radio – Foi inaugurada a 1 de Janeiro de 1992. É uma rádio de carácter desportivo,
localizada em Connecticut. Emite noticiários desportivos, bem como transmissões em directo
de jogos/provas de diversos desportos.

(ANEXO 6.17)

Pertence à rede da ESPN, que por sua vez é financiada em cerca de 80% pela ABC. Visto que
a ABC é parte integrante da Walt Disney Company, também a ESPN rádio é gerida por esta.

Música

A Walt Disney Company possui os seguintes estúdis de gravação/gravadoras:

 Walt Disney Records – Foi fundada por Walt Disney em 1956 com o seguinte nome:
Disneyland Records. É administrada por Chris Mountain, e as suas produções são
distribuídas pela Universal Music Group, pela Avex e EMI.

 Hollywood Records – Fundada em 1989, produz e distribui álbuns de artistas mais


maduros e de artistas jovens da Disney. Foi formada para oferecer uma ampla selecção
de gravações que vão desde o rap às bandas sonoras de filmes.

 Mammoth Records – Foi criada em 1989 por Jay Faires na Carolina do Norte, e foi
uma da primeiras editoras independentes do anos 90. Foi vendida à Walt Disney em
1998, e em 2003 foi agrupada coma a Hollywood Records.

 Lyric Street Records –É uma gravadora especializada em música country. Foi fundada
em 1997 por Randy Goodman. Durante algum tempo subsidiou uma gravdora de
menor dimensão, a Carolwood Records, mas esta acabaria por encerrar em Novembro
de 2009, sendo que a maioria dos seus funcionários transferidos para Lyric Street.

 Wonderland Music Company – Foi criada em 1951, com sede na Califórnia e está
associada à organização da Broadcast Music Incorporated, ou seja, à organização de
direitos de autor de compositores e produtores nos E.U.A.

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Internet/Novos Media

A DIMG (Disney Interactive Media Group) é um segmento da Walt Disney Company


responsável pela criação e entrega da Disney ao entretenimento interactivo e ao conteúdo
informativo de diversas plataformas, incluindo on-line, mobile e consolas.

A receita gerada deriva, essencialmente, de publicidade, patrocínios, assinaturas e vendas


de jogos de vídeo.

A DIMG inclue a Disney Interactive Studios, que publica e distribui um amplo portfólio de
várias plataformas de jogos de vídeo, jogos e entretenimento interactivo em todo o mundo; e a
Disney Online, que produz o Web site de teor familiar, construindo um mundo virtual para
crianças e as suas famílias (ANEXO 6.18)

Além disso, DIMG fornece serviços técnicos à ABC, ABC.com e ABCNEWS.com, bem
como ao site desportivo ESPN.com, distribuindo ainda conteúdos para dispositivos móveis.

Este porção do “mundo Disney” surgiu quando as empresas Starwave e Infoseek se


fundiram e pouco depois foram vendidas para o grupo Walt Disney Company, em 1998. A
nova entidade, Walt Disney Internet Group (WDIG) desenvolveu o portal Go.com. Em 2004,
Disney reactivou a identidade Starwave, mas como Starwave Mobile, que publica jogos
casuais para celulares.

Em Junho de 2008, a Disney Interactive Studios e a Walt Disney Internet Group, foram
unidas e são agora conhecidas por Disney Interactive Media Group.

Publicações

A Walt Disney Company também está presente no Mercado das publicações, literárias, de
jornais e revistas. No âmbito das publicações encontram-se as seguintes:

 Marvel Comics – Fundada em 1939, por Martin Goodman, como Timely Comics.
Após a sua segunda publicação o nome alterou-se para Marvel Mystery Comics. Em
2009 a foi comprada pela Walt Disney Company, sendo agora mais um editora
pertencente ao grupo (ANEXO 6.30).

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Esta caracteriza-se essencialmente pelo seu conteúdo estar interiramente centrado em
bandas desenhadas, principalmente de super-heróis (“Spider Man”, “X-man”e
“Fantastic Four”). É uma das editoras mais importantes do género.

 Hyperion Books – Criada em 1991, publica actualmente vários livros de interesse


geral, de ficção e não ficção. Tem uma lista de publicações bastante diversificada.

 Disney Publishing Worldwide - É a maior editora mundial de livros infantis e revistas,


chegando a mais de 100 milhões de leitores a por mês em 75 países.
A maioria dos seus títulos é baseada em personagens e conteúdos do Império Disney.
Foi esta que introduziu as primeiras bandas desenhadas na Walt Disney, em 1930.
Desta fazem parte a Global Magazines, a Global Books, a U.S. Magazines e a Disney
English.

 Disney Press – Publica uma vasta lista de títulos para as crianças - desde bebés até
pré-adolescentes - expandindo o mundo das personagens favoritas da Disney, filmes e
programas de televisão.

 Disney Edition - Divulga uma lista diversificada de livros para adultos e famílias -
desde guias de viagem e best-sellers, biografias, livros de arte e livros originais
actuais.

 ESPN Publishing – Iniciou em 2004 e um dos seus objestivos é o aprodução anual de


uma enciclopédia desportiva, visto que esta editora tem um cariz mais desportivo.
Desde 2008, publicado os seus livros em com a Ballantine Books

Além desta editoras, existem outras publicações geridas pela Walt Disney (totalmente ou
parcialmente) como a Discovery Magazine, a Disney Magazine, a US Weekly ( apenas 50%),
County Press, Okland Press and Reminder, Narragansett Times e a St. Louis Dally Record.

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Outros

Teatro

Em 1994, Disney seguiu o caminho Broadway com uma produção de muito bem
sucedida de “A Bela e o Monstro”, seguido em 1997 por uma encenação original de um
espectáculo baseado no “ Rei Leão” e, em 2000, por “Aida”. Ao restaurar o espaço do New
Amsterdam Theatre, a Disney tornou-se o passou a marcar presença na tão famosa Times
Square (ANEXO 6.19)

Para além das produções que são levadas a cena na Broadway, é necessário destacar as
digressões mundiais dos diversos espectáculos da “Disney On Ice”, apresentações baseadas
em histórias, músicas e personagens Diney e encenadas no gelo.

Desportos

Até relativamente pouco tempo a Disney possuía uma equipa de hóquei, os Mighty
Ducks of Anaheim. Foi fundada em 1993, pela própria Walt Disney, inspirada no filme com
mesmo nome.

A franquia foi em 2005, e os compradores alteraram o nome da equipa para Anaheim


Ducks, iniciando a temporada 2006/2007 com novos proprietários e nome.

Após a morte do seu proprietário, Gene Autry, a Disney adquiriu a equipa de beisebol
California Angels para adicionar à sua equipa de hóquei, que na altura ainda possuía.

Walt Disney Pictures produziu o filme “Angels in the Outfield” (1994), que contou com
uma versão ficcionada da equipa. (ANEXO 6.20)

Em 1997, como uma espécie de homenagem ao desporto abriu a World Wide Disney de
Desporto, na Walt Disney World.

Perspectivas da Empresa:

O objectivo da Walt Disney Company é ser um dos principais produtores do mundo de


entretenimento e informação, usando a sua grande variedade de marcas para diferenciar o seu
conteúdo, serviços e produtos de consumo

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Na últimas décadas, a Disney mudou-se para um mercado mais amplo, começando o
Disney Channel na TV, a estabelecer subdivisões como a Touchstone Pictures - para produzir
outros géneros de filmes. Na década de 1970 e 1980, a empresa sofreu tentativas de
aquisição, mas que não prosseguiram, e o recrutamento do actual presidente, Michael D.
Eisner, foi crucial para isso. Eisner e Frank Wells executivo PARNTER ter sido uma equipa
de sucesso, levando a Disney a continuar sua tradição de excelência em um novo século.

Por mais de oito décadas, que a Walt Disney Company conseguiu destacar o seu nome no
entretenimento familiar. A partir de começos humildes como um estúdio de desenhos
animados na década de 1920 até ao grande conglomerado de hoje, continuando o seu numa
posição cimeira no âmbito de entretenimento de qualidade para toda a família.

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3.2 Time Warner

Estatísticas
Fundação: 1972 como Warner Communications Inc

Funcionários: 88 500

Vendas: 40 96 biliões de dólares (2002)

NAIC:

1. 711 211 - Equipas e clubes desportivos;


2. 541 519 – Outros serviços informáticos;
3. 514 191 – Serviços de informação on-line;
4. 512 120 – Cinema e distribuição de vídeos;
5. 513 210 – Redes de cabo;
6. 513 120 - Televisão;
7. 511 130 – Publicações Literárias;
8. 511 120 - Imprensa;
9. 512 110 – Cinema e Produção;
10. 334 612 – Pre recorded Compact Disc (Except Software), Tape, and Record
Reproducing

A Time Warner, é uma empresa cujo foco económico está voltado para a produção
cinematográfica, televisiva e literária. A sua sede é no Time WarnerCenter em Nova Iorque.

Antigamente denominada de AOL Time Warner, e formada por duas empresas


distintas, a WarnerCommunications, Inc. a Time Inc., e ainda uma terceira companhia
agregada, a Turner BroadcastingSystem, Inc.

A Time Warner é ainda composta por diversas subsidiárias, tais como: New Line
Cinema, Time Inc., HBO, Turner Broadcasting System, The CW Television Network, The
WB, Warner Bros, Kids' WB, The CW4Kids, Cartoon Network, Boomerang, Adult Swim,
CNN, DC Comics, Warner Bros. Games, Castle Rock Entertainment, New Line Television,
Picture House, Warner Premiere e Warner Independent Pictures (ANEXO 6.20).

História

A controladora das empresas que pertenciam aos irmãos Warner (Warner Bros e
Warner Music Group), na década de 70, foi a Kinney National Company, que sofreu uma
pequena transformação e passou a denominar-se Warner Communications, Inc., em 1972.

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Warner Communications, Inc, detinha também a DC Comics e a Mad Magazine, e
ainda uma participação maioritária no Garden State National Bank (investimento que se viu
obrigada a ceder devido a problemas com a justiça americana).

Em 1975, a Warner encontrava-se sob o comando de Steve Ross, e desenvolveu uma


parceria com a American Express, sendo esta denominada de Warner-Amex Satellite
Entertainment. Esta era detentora de canais como a MTV (1981), Nickleodeon (1979) e The
Movie Channel. Após ter comprado metade da American Express em 1984, vendeu-a um
ano depois para a Viacom, que a renomeou de Mtv Networks.

Um ano depois, a Warner Communications, comprou a Atari, por um valor entre $28 e
32 milhões de dólares. Esta empresa, trouxe-lhe bastantes lucros, situação que não foi
permanente, pois a certa altura começou a dar prejuízos tendo permanecido nas mãos da
empresa, apenas entre 1976 e 1984. Aquando do seu auge, a Atari foi responsável por um
terço do rendimento anual da Warner, e foi também a empresa que mais cresceu nos EUA
nesse período.

Em 1980, ocorre mais um dos negócios de curta duração da Time Warner, esta
compra a Franklin Mint por cerca de $225 milhões dólares, e vendeu-a em 1985, á American
Protection Industries Inc.

Em 1983, a empresa vira os seus interesses para o basebol, e compra 48% dos
Pittsburg Pirates, após ter sofrido um prejuízo de $6 milhões, esta vende as suas participações,
em Novembro do ano seguinte.

Ainda em 1983, ocorre o crash dos jogos de vídeo, o que leva a Warner a vender a
divisão de consumo da Atari. Jack Tramiel, comprador da Atari, manteve a divisão da
empresa, e rebaptizou-a de Atari Games. Mais tarde esta foi vendida á Namco em 85, tendo
sido recomprada em 1994, e denominada de Time-Warner Interactive, até ter sido novamente
vendida à Midway Games, em 1996.

A 12 de Janeiro de 1989, foi fechado o negócio de compra da Lorimar-Telepictures,


por parte da Warner Communications, que se havia iniciado no ano anterior.

Oficialmente, a fusão da Time Inc.,com a Warner Communications foi a 4 de Março


de 1989. No entanto, no Verão desse ano a Paramount Communications, apresentou uma
contra-oferta de de $12.2 bilhões de dólares, o que fez a Time Inc, aumentar o seu preço para

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a Warner em $14.9 bilhões em dinheiro e acções. Ao observar a sua tentativa de impedir a
fusão Time/Warner, a Paramount responde com um processo no tribunal, contra a dita fusão,
que acabou por perder duas vezes.

No início dos anos 90, as companhias passaram a chamar-se Time Warner (nome
actual), e adquiriram a Turner Broadcasting System, em 1996. Demonstrando assim, o
regresso da empresa aos negócios de TV aberta, sendo que a Warner Bros readquiriu os
direitos sobre os seus filmes produzidos antes de 1950.

Durante os anos 90, a Time Warner adquiriu, também os parques temáticos Six
Flags, e a 1 de Abril de 1998, vendeu todos os seus parques e propriedades.

No ano de 2000 foi efectuada uma outra junção, cheia de controvérsia, desta vez com
a America Online. Existiu uma enorme oposição devido à questão do monopólio e dos
valores, que acabou por ser enfrentada, e a fusão consumada. No entanto, em 2002, o
segmento da AOL foi considerado o mais fraco da empresa, e em Setembro do ano seguinte, a
AOL Time Warner, voltou ao seu nome “original”. A 27 de Dezembro de 2007, o recém-
director executivo da empresa Jeffrey Bewkes, discutia diversos planos para separar a Time
Warner Cable, AOL e a Time Inc., o que deixaria uma pequena empresa composta por Turner
Broadcasting System, Warner Bros e HBO. Em resposta à tentativa de redução de custos no
estúdio da New Line Cinema, e à intenção de dissolver a Warner Bros, por parte de Jeffrey
Bewkes, os co-presidentes e directores-executivos, Bob Shaye e Michael Lynne, da New Line
Cinema apresentaram a sua demissão em Fevereiro de 2008.

A 9 de Dezembro de 2009 a Time Warner, desmantelou a AOL.

Empresas pertencentes à Time Warner

Turner BroadcastingSystem–Foi formada em 1979, e é considerada a maior produtora de


entretenimento do mundo, principalmente para canais de televisão paga, como CNN,
Boomerang, Carton Network, TBS, TNT entre outros. Em 1986 fundou a divisão Turner
Entertainment Co. para administrar os direitos sobre filmes, séries ou desenhos animados, dos
estúdios Metro-Goldwyn-Mayer, United Artists, Paramount, Warner Bros RKO.

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HBO (Home Box Office) e Cinemax – São canais de filmes pagos, que incluem serviços
“ondemand”. A sua programação é transmitida em mais de 150 países e na América Latina, a
HBO é também programadora de canais como Sony Entertainment Television, AXN, History,
Warner Channel, entre outros. Ao longo da sua história, a HBO foi adquirindo uma
característica de censura diversificada, pressionando o suavizar de aspectos controversos nos
seus programas, permitindo, assim, temas explícitos como violência, sexo entre outras
obscenidades (ANEXO 6.21).

The CW (50% com a CBS corporation) – Rede de Televisão dos EUA, cujo público-alvo são
os jovens adultos, iniciou a sua transmissão em 2006. É uma junção do “The WB” e da UPN,
que encerraram as suas transmissões para lhe dar lugar. CW é uma conjugação das iniciais de
CBS corporation e da Warner Bros. Foi criada para fazer concorrência à FOX (ANEXO
6.22).

Time Inc. – É uma editora de revistas americana, criada em 1990. É dententora de


publicações como: Fortune; Essence; InStyle; Life.com; Money; People; Real Simple, entre
muitas outras. No Reino Unido possui a editora de revista IPC Media que publica revistas
como Marie Claire (ANEXO 6.23).

Warner Bros Entertainment – é uma produta de filmes e de entertenimento televiso, sendo


um dos maiores estúdios de cinema da actualidade. Tem sedes em Nova Iorque, Califórnia e
Burbank. Possui ela própria algumas subsidárias como: Warner Bros. Pictures, Warner Bros.
Interactive Entertainment, Warner Bros. Television, Warner Bros. Animation, Warner Home
Video(ANEXO 6.24).

New Line Cinema – É uma empresa do ramo cinematográfico, famosa por ter adaptado os
livros da triologia “O Senhor dos Anéis” de J.R.R Tolkien, para o cinema. Sendo que a
triologia foi um dos maiores sucessos do século(ANEXO 6.25).

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DC Comics – É uma editora de banda desenhada/ livros aos quadradinhos, e media
relacionados, detém a propriedade intelectual de famosas personagens como o Super-Homem,
Batman, Mulher Maravilha, Flash, Lanterna Verde, etc. Originalmente era conhecida por
National Comics, passado algum tempo é que começou a adoptar a sigla DC referindo-se a
Detective Comics, uma revista bastante famosa. Encontra-se em Nova Iorque(ANEXO 6.26).

Turner Entertainment –É a grande responsável por supervisionar a biblioteca da Time


Warner, para a distribuição mundial (ANEXO 6.27).

38
Capítulo 4 – Conclusão
O objectivo principal do trabalho foi esclarecer a origem dos conglomerados, através de
uma introdução às raízes do cinema, aos factores que proporcionaram o aparecimento deste e
o berço dos primeiros grandes filmes e produções cinematográficas, que nos permitem nos
dias de hoje observar a grandeza e desenvolvimento de grandes empresas relacionadas com o
Cinema, como a Time Warner ou a Disney Company. As questões mais pertinentes foram
esclarecidas e debatidas entre nós, e os resultados expostos no trabalho. A informação foi
devidamente filtrada e interpretada, para que a compreensão do trabalho seja fácil e acessível.

Através da análise de gráficos e de artigos, fomos constituindo a origem dos


conglomerados, as razões do seu aparecimento, e os objectivos por estes cumpridos e
ambições para o futuro. Conclui-se que o mercado das grandes empresas de entretenimento é
algo que não se identifica, por enquanto, com a crise. Este mercado é frutífero e chamativo,
afirmando-se a nível mundial.

Evolução da Walt Disney Evolução da Time Warner


Company, nos últimos 11 anos Company, nos últimos 11 anos

Fonte: Fortune 500

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Capítulo 5 – Bibliografia
Livros:

Cardoso da Cruz, J. (2002) *O Estudo da Comunicação: Imprensa; Cinema; Rádio; Televisão;


Redes Electrónicas. *Universidade Técnica de Lisboa – Instituto Superior de Ciências Sociais
e Políticas.

Citações Web:

 http://pt.wikipedia.org/wiki/Anaheim_Ducks
 http://lostpedia.wikia.com/wiki/Hyperion_Publishing
 http://en.wikipedia.org/wiki/ESPN_Books
 http://money.cnn.com/magazines/fortune/fortune500_archive/snapshots/2005/1416.htm
l
 http://corporate.disney.go.com/corporate/complete_history.html
 http://studioservices.go.com/disneystudios/history.html
 http://animation.about.com/od/industryprofiles/p/waltdisney.htm
 http://corporate.disney.go.com/corporate/complete_history_1.html
 http://thehistoryofdisney.blogspot.com/2010/08/walt-disney-company.html
 http://www.investopedia.com/terms/c/conglomerate.asp
 http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Walt_Disney_Company
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Time_Warner
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Turner_Broadcasting_System
 http://pt.wikipedia.org/wiki/HBO
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinemax
 http://pt.wikipedia.org/wiki/The_CW
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Time_Inc.
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Warner_Bros._Entertainment
 http://pt.wikipedia.org/wiki/New_Line_Cinema
 http://pt.wikipedia.org/wiki/DC_Comics
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Turner_Entertainment
 http://encyclopedia.thefreedictionary.com

40
Capítulo 6- Anexos
Anexo 6.1 – Logótipo da CBS

Anexo 6. 2 – Logótipo News Corporation

Anexo 6.3 – Logótipo do Washington post

Anexo 6.4 – Logótipo AT&T

41
Anexo 6. 5 - Logótipo Comcast

Anexo 6.6 - Imagem do filme “Cinderela”1899

Anexo 6.7 – Rudolph Valentino, actor

42
Anexo 6.8 – As sete maiores produtoras

Anexo 6.9 – A evolução da televisão

Anexo 6.10 - Do Telefone ao Telemóvel

43
Anexo 6.11 - Walt Disney Company, primeiras instalações

Anexo 6.12 – Merchandising

Anexo 6.13 – Logótipos canais Disney

44
Anexo 6.14 – “The rescuers”

Anexo 6.15 – “Pirates of Caribbean”

Anexo 6.16 – Mapa DineyWorld, Flórida

45
Anexo 6.17– Mapa Dineyland, Paris

Anexo 6.18 – Logotipos de algumas rádios pertencentes à Walt Disney Company

Anexo 6.19 – DIMG (Disney Interactive Media Group)

46
Anexo 6.20 – Espectáculo Disney On Ice

Anexo 6.21 – California Angels

Anexo 6.22 – Grupo de empresas da Time Warner E Walt Disney Company

47
Anexo 6.23 –Logótipo HBO

Anexo 6. 24 – Logótipo CW

Anexo 6.25 – Logótipo Time inc.

Anexo 6.26 – Logótipo Warner

48
Anexo 6.27 – Logótipo New Line

Anexo 6.28 – Logótipo DComics

Anexo 6.29 – Logótipo Turner

Anexo 6.30– Artigo sobre a compra da Marvel

«Aug. 31, 2009

Mickey Mouse is about to make some 5,000 new friends, many of them clad in capes.

The Walt Disney Company announced today that it will buy comic book giant Marvel in a
cash and stock deal valued at $4 billion.

49
The deal will give Disney ownership of more than 5,000 Marvel comic book characters,
including Spider-Man, Iron Man, X-Men, Captain America and the Fantastic Four. Disney is
the parent company of ABC News.

"I'm incredibly excited by the acquisition," Disney President and Chief Executive Officer
Robert Iger said in conference call with analysts this morning. "It presents Disney a unique
opportunity to strengthen its strategic position as a leading global provider of high-quality
branded content. It also represents a meaningful growth opportunity across Disney's many
complementary businesses and we believe Marvel can help us build significant long-term
shareholder value."

Wall Street, however, was less excited about the deal. Disney stock was down nearly 3
percent to about $26 by the late morning.

Disney hopes to complete the purchase by the end of the year.The boards of both companies
have approved the deal, but it still requires clearance from the government under antitrust law
and the approval from Marvel shareholders. Under the Disney purchase, Marvel shareholders
would receive $30 per share in cash and approximately 0.745 Disney shares for each Marvel
share they own.

Both Disney executives and analysts have drawn comparisons between the Marvel deal and
Disney's $7.4 billion purchase of Pixar Animation Studios in 2006. Iger said cooperation
between Marvel and Pixar executives could result in "some exciting product," but he stopped
short of saying they would create co-branded Marvel and Pixar products.

Disney to Promote Marvel Characters

Disney said it will use its various platforms to promote Marvel characters, including its boys-
themed channel Disney XD, which already runs Marvel programming, and its amusement
parks.

Marvel has shown "tremendous skill at increasing the commercial appeal of characters like
Iron Man that traditionally weren't well known outside Marvel's core fan community, and we
believe there's significant opportunity to further mine Marvel's rich intellectual property," Iger
said.

Marvel Chief Executive Officer Ike Perlmutter will oversee Marvel business at Disney.

50
"We believe in the creative team at Marvel and don't see any reason to upset that apple cart,"
Disney Chief Financial Officer Tom Staggs said.

Perlmutter called Disney "the perfect home" for Marvel's characters in a statement released
this morning.

"This is an unparalleled opportunity for Marvel to build upon its vibrant brand and character
properties by accessing Disney's tremendous global organization and infrastructure around the
world," he said.»

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Ciências da Comunicação - História dos Media

1º Ano – 1º Semestre

“ORIGEM DOS COMGLOMERADOS”

Trabalho realizado por:


Docente: Marta Gonçalves, N.º:212369;
Prof. Assistente Conv.: João Cardoso da Cruz Sara Ferreira, N.º:212352;
2011/2012 Rita Avelar, N.º:212310;

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