Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INSTRUMENTOS DE AERONAVES
VOLUME ÚNICO
BMA
CFS
INSTRUMENTOS DE AERONAVES
VOLUME ÚNICO
Elaborador(es):
SO BMA JOEL - 2016
Revisor(es) Técnico(s):
SO EUZÉBIO - 2019
Revisor(es) Pedagógico(s):
Revisor(es) de Diagramação:
S2 SNE BARROS - 2019
Revisor(es) Ortográfico(s):
GUARATINGUETÁ - SP
2019
SUMÁRIO
1 INSTRUMENTOS MECÂNICOS...........................................................................................3
1.1 Classificação e Características...............................................................................................3
1.1.1 Grupo de Instrumentos de Voo...........................................................................................3
1.1.2 Grupo de Instrumentos do Motor......................................................................................4
1.1.3 Grupo dos Instrumentos de Navegação.............................................................................5
1.1.4 Grupo dos Instrumentos de miscelânea.............................................................................5
1.2 Características dos instrumentos..........................................................................................6
1.2.1 Compensação de temperatura............................................................................................6
1.2.2 Vibrações..............................................................................................................................6
1.2.3 Vedação dos instrumentos...................................................................................................6
1.2.4 Posicionamento dos instrumentos no painel da aeronave................................................7
1.2.5 Sistema de amortecimento..................................................................................................7
1.2.6 Escala dos instrumentos......................................................................................................7
1.2.7 Marcações.............................................................................................................................7
1.2.8 Iluminação dos instrumentos..............................................................................................8
1.2.9 Caixa dos instrumentos.......................................................................................................8
1.2.10 Particularidades dos painéis.............................................................................................8
1.2.11 Marcações nos instrumentos.............................................................................................8
1.2.12 Causas de remoção armazenamento dos instrumentos..................................................9
1.2.13 Armazenamento dos instrumentos.................................................................................10
1.3 Manômetros utilizados nas aeronaves................................................................................10
1.3.1 Componentes internos dos manômetros mecânicos.......................................................10
1.3.1.1 Tubo de bourdon.............................................................................................................11
1.3.1.2 Diafragma........................................................................................................................11
1.3.1.3 Cápsula aneróide.............................................................................................................12
1.3.2 Tipos de manômetros usados nas aeronaves...................................................................12
1.3.2.1 Manômetro de combustível (FUEL PRESSURE)........................................................13
1.3.2.2 Manômetro de óleo lubrificante (OIL PRESSURE)....................................................14
1.3.2.3 Manômetro de admissão (MANIFOLD PRESSURE).................................................15
1.3.2.4 Manômetro de oxigênio (OXYGEN PRESSURE).......................................................16
1.3.2.5 Manômetro de sucção (SUCTION GAGE)..................................................................16
1.3.2.6 Manômetro do sistema hidráulico (HIDRAULIC PRESSURE)................................17
1.4 Termômetros..........................................................................................................................18
1.4.1 Termômetro a pressão de líquido.....................................................................................19
1.4.2 Termômetros bimetálicos..................................................................................................20
1.5 Sistema Pitot Estático...........................................................................................................21
1.5.1 Tipos de tubo de Pitot........................................................................................................21
1.5.2 Aplicação do tubo de Pitot................................................................................................22
1.5.3 Velocímetro.........................................................................................................................23
1.5.4 Indicador de subida e descida...........................................................................................24
1.5.5 Altímetro.............................................................................................................................25
1.6 Bússola Magnética................................................................................................................29
1.6.1 Características das bússolas..............................................................................................30
1.6.2 Compensação de bússola...................................................................................................31
2 INSTRUMENTOS ELÉTRICOS...........................................................................................31
2.1 Termômetros elétricos..........................................................................................................31
2.2 Termômetro par térmico......................................................................................................34
2.3 Temperatura Interestágio da Turbina (TIT)......................................................................37
2.4 Taquímetros...........................................................................................................................40
2.4.1 Taquímetro.........................................................................................................................40
2.5 Liquidômetros.......................................................................................................................41
2.5.1 Tipos de liquidômetros de aeronaves...............................................................................41
2.5.1.1 Sistema de liquidômetro elétrico...................................................................................42
2.5.1.2 Sistema de Liquidômetro Capacitivo............................................................................43
2.6 Indicadores remotos de posição...........................................................................................43
2.6.1 Sistema Selsyn....................................................................................................................44
2.6.2 Sistema Autosyn.................................................................................................................45
2.6.3 Sistema Magnesyn..............................................................................................................45
2.7 Bússola elétrica......................................................................................................................47
2.8 Indicador Radiomagnético...................................................................................................47
3 INSTRUMENTOS GIROSCÓPICOS...................................................................................48
3.1 Teoria dos giroscópios...........................................................................................................48
3.2 Instrumentos giroscópicos....................................................................................................50
3.2.1 Horizonte artificial ou Indicador de atitude....................................................................50
3.2.2 Giro direcional...................................................................................................................51
3.2.3 Indicador de curva e inclinação (TURN AND BANK)...................................................52
4 INSTRUMENTOS DIGITAIS................................................................................................54
4.1 Sistema de apresentação de parâmetros do motor (IEDS)...............................................54
4.1.1 Indicações da tela primária...............................................................................................55
4.1.1.1 Sistema de indicação de torque do motor.....................................................................55
4.1.1.2 Sistema de indicação de ITT °C.....................................................................................57
4.1.1.3 Sistema de indicação de velocidade da hélice (NP)......................................................58
4.1.1.4 Sistema de indicação turbina de alta pressão (NH).....................................................59
4.1.2 Indicações da tela secundária...........................................................................................60
4.1.2.1 Sistema de indicação da turbina de baixa pressão (NL).............................................60
4.1.2.2 Indicação do sistema de lubrificação............................................................................60
4.1.2.3 Indicação do sistema de combustível............................................................................62
4.1.3 Sistema de avisos................................................................................................................65
4.1.4 Página de manutenção.......................................................................................................65
4.2 Sistema Eletrônico de Voo....................................................................................................66
4.2.1 Tela primária de voo (PFD)..............................................................................................68
4.2.2 Indicação de velocidade.....................................................................................................71
4.2.3 Indicação de altitude..........................................................................................................72
4.2.4 Indicação de velocidade vertical.......................................................................................73
4.2.5 Indicação de atitude e direção..........................................................................................74
4.3 Indicações de falha................................................................................................................75
4.4 Painel de controle de índices(ICP).......................................................................................75
4.5 Tela de navegação (ND)........................................................................................................76
4.5.1 Modo ROSE........................................................................................................................76
4.5.2 Modo ARC..........................................................................................................................77
4.5.3 Modo MAP.........................................................................................................................77
4.5.4 Indicações de falha.............................................................................................................78
4.6 Painel de controle do EFIS (EFCP).....................................................................................78
4.7 Instrumento integrado eletrônico de reserva (IESI)..........................................................79
EEAR 1
INTRODUÇÃO
1 INSTRUMENTOS MECÂNICOS
Antes de estudarmos propriamente os instrumentos mecânicos, iremos ver como são
classificados os instrumentos das aeronaves.
➢ medidores de pressão;
➢ medidores de temperatura;
➢ relógio;
➢ bússola magnética;
➢ rádiocompasso.
1.2.2 Vibrações
Os instrumentos das aeronaves devem funcionar satisfatoriamente sob o efeito de
pequenas vibrações. Todos os instrumentos são montados em painéis à prova de choque, os
quais, entre outras funções, eliminam as vibrações excessivas.
O mecanismo interno dos instrumentos que são medidores absolutos de pressão está
embalado em caixas vedadas ao ar. Estes instrumentos são hermeticamente fechados.
1.2.7 Marcações
Nos instrumentos mais antigos, as graduações do mostrador e dos ponteiros são
revestidas com tinta luminosa, uma composição tratada a rádio, que torna possível a leitura no
escuro.
➢ Iluminação indireta
Os instrumentos são compostos das seguintes partes: a caixa propriamente dita e o anel
retentor com o vidro do mostrador. Usam-se também gaxetas a fim de efetuar a vedação entre a
caixa e o vidro do mostrador.
São montados sobre amortecedores de borracha (coxins). Possuem fios que os ligam à
estrutura do avião. Esses fios têm por finalidade fazer com que o painel fique vinculado à
estrutura, formando um todo com o avião (massa).
➢ marca branca colocada entre o vidro e a caixa serve para indicar se houve deslocamento
do vidro.
Nos instrumentos mais antigos, essas marcas poderão ser encontradas pintadas no vidro.
➢ ponteiro frouxo;
➢ falha na indicação;
➢ vazamento no alojamento;
Papel de seda, tira de papel corrugado ou feltros são usados para proteger os instrumentos
e evitar seu movimento dentro da caixa. Cada caixa é individualmente lacrada com fita adesiva e
com carimbo de aceitação do inspetor.
Terminada a embalagem, de acordo com as instruções, coloca-se na caixa uma ficha que
contém todas as informações necessárias. Essas informações permitem identificar o conteúdo da
caixa sem abri-la, bem como determinar, sem maior trabalho, o vencimento do período máximo
de armazenagem, bem como o motivo de sua substituição.
➢ tubo de bourdon;
➢ diafragma;
➢ capsula aneroide.
Aumentando a pressão no interior do tubo, haverá uma tendência para modificar a secção
transversal de elíptica para circular. Devido à flexibilidade que possui, o tubo reagirá procurando
desfazer essa curvatura, movendo assim sua extremidade livre. Esse movimento da extremidade
livre, absolutamente proporcional à pressão existente no interior do tubo, é transmitido ao
ponteiro através do sistema de transmissão da alavanca, pinhões, setor dentado etc.
O tubo de Bourdon mede tanto pressão alta como baixa, mas é mais utilizado para medir
pressão alta. Mede pressão diferencial, porque mede a diferença de pressão entre a interna do
tubo e a externa, que é a atmosférica. A sua robustez é empregada de acordo com a capacidade
do manômetro. Os tubos de Bourdon usados em manômetros até 1000 libras são chamados
"fracos" e são fabricados em cobre, latão ou bronze; os "fortes" são fabricados em aço cromo,
aço níquel ou aço molibdênio, usados em manômetros acima de 1000 libras.
1.3.1.2 Diafragma
O diafragma é um mecanismo interno usado para medir baixas pressões.
FIGURA 7: DIAFRAGMA
Legenda:
➢ V = pressão atmosférica
➢ quando o motor não tem o compressor externo, o tubo de Bourdon trabalha com a
diferença da pressão do combustível, vindo da bomba e da pressão atmosférica;
A unidade de medida usada no "fuel pressure" é lbs/pol 2; usa-se como mecanismo interno
o tubo de Bourdon "fraco".
Uso:
Com o motor parado, esse instrumento indica a pressão barométrica local. Com o motor
funcionando, indica a pressão absoluta existente no tubo de admissão.
A rotação do giroscópio precisa estar dentro de uma determinada faixa de velocidade para
que a operação seja correta. Essa velocidade está diretamente relacionada com a pressão de
sucção que é desenvolvida no sistema. O indicador de sucção é extremamente importante em
uma aeronave que depende unicamente de instrumentos de voo com giroscópio operado a vácuo.
Indica a pressão existente no sistema hidráulico que comanda as unidades móveis, tais
como: trem de pouso, flaps, cowl flaps, etc. Indica ao piloto e ao mecânico se a bomba hidráulica
e o sistema em geral estão funcionando.
1.4 Termômetros
A temperatura de diversos itens deve ser conhecida para que uma aeronave opere
adequadamente. Óleo do motor, mistura no carburador, do combustível, entrada de ar, cabeça de
cilindro do motor, dutos de aquecimento e temperatura do escapamento dos motores são itens
que exigem monitoramento de temperatura. Muitas outras temperaturas também devem ser
conhecidas. Tipos diferentes de termômetros são usados para coletar a apresentar a informação
de temperatura.
➢ pressão de líquido
➢ bimetálico
➢ par térmico
➢ elétricos
O bulbo consiste num cilindro de metal oco. O bulbo é instalado no local onde vai medir
a temperatura.
O tubo capilar é um tubo de cobre, de secção circular e cilíndrica em toda a sua extensão;
serve de ligação entre o bulbo e o indicador e é protegido em toda a extensão por uma blindagem
de metal trançado. O tubo capilar comunica-se com a parte interna do tubo de Bourdon.
Esse tipo de termômetro é usado em aviões monomotores devido ao tubo capilar ter no
máximo 3 (três) metros de comprimento.
As duas tiras de metal, uma de latão e outra de ferro, são ambas presas uma na outra.
Uma extremidade da tira bimetálica é fixa, e a outra é bobinada. Um ponteiro é fixado na
extremidade bobinada, que é presa a caixa do instrumento. Quando a tira bimetálica é aquecida,
o ferro e o latão se expandem. Como as suas taxas de expansão são diferentes, e eles estão
ligados um ao outro, o efeito é que a extremidade bobinada tenta se desenrolar porque o latão se
expande mais rápido do que o ferro. Isso movimenta o ponteiro no mostrador do instrumento.
Quando a temperatura cai, os metais também se contraem em taxas diferentes, o que tende a
enrolar a bobina e mover o ponteiro para a direção oposta.
Esse movimento produzido pela mola bimetálica será transmitido ao ponteiro. Sendo o
mostrador calibrado e graduado em graus, indicará a temperatura (ambiente) no local onde se
encontra o instrumento.
Os tubos de Pitot estáticos ou simplesmente Pitot são um tubo de duas secções, feito de
latão. Está localizado no avião de forma que seu eixo fique paralelo ao eixo longitudinal da
aeronave, fora do redemoinho produzido pela hélice e da turbulência causada pela estrutura da
aeronave.
A secção anterior tem uma abertura na frente, para que possa receber a força total da
pressão de impacto. Essa secção da pressão de impacto é provida de uma placa amortecedora
para impedir o refluxo da umidade e da sujeira dentro do tubo. Há também um pequeno orifício
de drenagem, na sua parte inferior, para eliminar a umidade que eventualmente se forma no seu
interior.
O tubo Pitot estático contém elementos de aquecimento para evitar congelamento durante
o voo. O piloto pode ligar o aquecimento do Pitot acionando um interruptor localizado na cabine
quando existirem condições para formação de gelo. Deve-se tomar cuidado quando próximo ao
tubo Pitot porque esses elementos de aquecimento fazem com que o tubo fique quente demais,
podendo causar queimaduras em quem o tocar.
Deve-se ter cuidado especial em se conservar os tubos sempre limpos. Quando os aviões
não estiverem voando, os tubos serão protegidos contra poeira, óleo e outras partículas estranhas
por meio de um saco de lona provido de uma bandeirola.
1.5.3 Velocímetro
O velocímetro mostra a proporção da velocidade na qual o avião se desloca através do ar.
A não ser em condições normais ao nível do mar, a velocidade aerodinâmica indicada é diferente
da velocidade verdadeira. Contudo, o piloto pode calcular, pela velocidade aerodinâmica
indicada, a velocidade verdadeira, se ele conhecer a altitude na qual está voando, a direção e a
velocidade do vento.
O velocímetro determina também se a velocidade atingida num mergulho está dentro dos
limites de segurança para a estrutura do avião. Indica ao piloto quando o avião atingiu a
velocidade de voo na decolagem e a perda de velocidade no pouso.
O ponteiro, preso no seu eixo, indica a velocidade aerodinâmica em milhas por hora
(knots).
Possui como mecanismo interno um diafragma e está ligado à pressão estática do tubo de
Pitot. À medida que a pressão estática varia, essa alteração será transmitida pelo diafragma ao
ponteiro.
O ponteiro do mostrador move-se para uma ou outra direção conforme o avião está indo
para cima ou para baixo. Em voo plano, naturalmente, o ponteiro permanece em zero.
1.5.5 Altímetro
O altímetro é um instrumento usado para indicar a altitude da aeronave acima de um nível
prédeterminado, como o nível do mar ou um terreno abaixo da aeronave. É um barômetro
sensível que mede a pressão atmosférica e é calibrado para exibir essa pressão atmosférica como
altitutude, geralmente em pés.
Dentro do altímetro, nós temos uma cápsula aneróide, na qual são presas algumas
engrenagens, para transmitir o movimento do aneróide para os ponteiros.
➢ Leitura do altímetro
indica 1.000 pés de altitude. Quando esse ponteiro dá uma volta completa no mostrador, e isso
equivale a 10.000 pés. Quando o ponteiro mais longo dá uma volta completa no mostrador, o
segundo ponteiro mais longo move-se apenas à distância entre dois números, indicando 1.000
pés de altitude. Se for equipado dessa forma, um terceiro ponteiro, mais curto e mais fino,
registra incrementos de 10.000 pés. Quando esse ponteiro alcança um número, quer dizer que
10.000 pés de altitude foram alcançados. Algumas vezes uma área hachurada de preto e branco ou
vermelho e branco aparece no mostrador do instrumento até que o nível de 10.000 pés tenham sido
alcançados.
Deve-se salientar que, em voo, o ajuste do altímetro é mudado para coincidir com a
informação do clima da estação meteorológica ou aeroporto mais próximos. Isso mantém o
altímetro correto durante o voo.
➢ Praticando a leitura:
O ponteiro longo "Minutos" efetua uma rotação para cada mudança de 1.000 pés. Cada
traço entre os números nos dá uma leitura de 20 em 20 pés.
1. Exemplo:
O ponteiro passou do número 5 e está no terceiro risco, portanto nós lemos 560 pés.
O ponteiro médio "Horas" efetua uma rotação para cada mudança de 10.000 pés. Quando
o ponteiro dos minutos der uma volta completa, o das horas, chegará no nº 1 registrando 1.000
pés.
2. Exemplos:
O ponteiro dos minutos encontra-se no zero, mas o ponteiro das horas está no nº 1. Isso
significa que o avião está a 1.000 pés.
O ponteiro dos minutos encontra-se no primeiro traço após o n º 8, portanto 820 pés; o
ponteiro das horas está entre o nº 1 e o 2, portanto, a 1.000 pés. A leitura registrada é, portanto,
1.820 pés.
O ponteiro pequeno "segundos" efetua uma rotação completa para cada mudança de
100.000 pés. Então, quando o ponteiro das horas der uma volta completa, o ponteiro dos
segundos chegará ao nº 1, registrando 10.000 pés.
Quando o ponteiro longo (minutos) completar a primeira volta, o ponteiro médio (das
horas) chegará no nº 1, registrando 1.000 pés. À medida que o avião sobe, o ponteiro das horas
vai girando até uma volta completa, e o ponteiro dos segundos registrará 10.000 pés.
3. Exemplo:
➢ bússola magnética;
➢ bússola elétrica.
É sabido que a terra age como um enorme ímã com um pólo próximo ao pólo geográfico
norte, e a outra extremidade próxima ao pólo geográfico sul. Sabe-se também que, se duas
barras imantadas forem colocadas de maneira que os dois pólos norte de cada uma delas fiquem
próximos, haverá repulsão. Por outro lado, quando os pólos norte e sul são aproximados, atraem-
se. Assim, se uma barra for suspensa, de maneira a girar livremente no seu centro de gravidade,
será afetada pelas linhas de força magnética da terra e tomará posição com uma extremidade
apontando para o pólo norte e outra apontando para o pólo sul. Devido essa influência, as
extremidades da barra serão chamadas de norte e sul, respectivamente.
bússola de leitura direta, são visíveis, com referência à linha de fé, através de uma janela de
vidro.
➢ DECLINAÇÃO
➢ INCLINAÇÃO
A compensação nunca deve ser feita perto de qualquer estrutura metálica, como hangar,
fios elétricos, trilhos de ferrovias, condutos subterrâneos de aço, ou qualquer objeto que possa
ocasionar influências magnéticas na bússola.
2 INSTRUMENTOS ELÉTRICOS
➢ o indicador;
Como nós sabemos, o ímã permanente tem os pólos norte e sul. No centro do ímã
permanente, a bobina é presa por pivôs. A bobina recebe corrente oriunda da Ponte de
Wheatstone, criando polaridade "norte" e "sul". As polaridades criadas coincidirão entre si: norte
do ímã permanente com o norte da bobina. Como nós sabemos, polaridades iguais se repelem e
assim, quanto maior for a corrente que passa na bobina, maior será a repulsão; como o ponteiro
é preso na bobina, ele deslocar-se-á.
Em equilíbrio, como cada resistência tem dois OHMS, a corrente da bateria se dividirá
igualmente entre as resistências, não passando corrente pelo ponto "G", que é o instrumento.
Para toda mudança de temperatura, o bulbo terá uma resistência definida, que é
proporcional a tal mudança. A ponte, cujo braço é representado pelo bulbo, ficará em
desequilíbrio.
Como nós podemos ver, o bulbo é instalado no local onde irá medir a temperatura, por
exemplo: temperatura do óleo. Com o funcionamento do motor, o óleo aquece e aumenta a
resistência elétrica do bulbo, passando menos corrente por ele mesmo. Essa corrente que deixou
de passar pelo bulbo passará pelo ponto "G" (que é a bobina do instrumento), criando, como nós
já vimos, um campo magnético proporcional à corrente.
O sistema está ligado numa fonte de 28 Volts de CC, e o indicador funciona como um
galvanômetro.
➢ fios de ligação;
➢ indicador.
O termocouple consiste num par de fios confeccionados de dois metais diferentes, o ferro
e constantan, ou o cobre constantan, sendo o conjunto ferro-constantan o mais utilizado em
motores convencionais e cromel-alumel o mais utilizado nos motores a jato e turbo-hélice.
Reconhece-se o material que constitui o termocouple pela cor da capa isolante do fio:
Os metais tocam duas junções separadas. Se uma das junções está aquecida em uma
temperatura mais alta do que a outra, uma força eletromotriz é produzida no circuito. Essa
voltagem é diretamente proporcional à temperatura. Assim, medindo-se a quantidade de força
eletromotiva, é possível determinar a temperatura. Um voltímetro é colocado por meio da junção
mais fria do termopar. Ele é calibrado em graus Celsius ou Fahrenheit, conforme necessário.
Quanto mais quente ficar a junção da temperatura, mais alta (junção quente) será a força
eletromotiva produzida, e maior será a indicação de temperatura.
Os termopares são usados para medir altas temperaturas. Duas aplicações comuns são a
medição da temperatura da cabeça do cilindro (CHT) em motores alternativos e a temperatura
dos gases de exaustão (EGT) nos motores de turbina.
Cada termopar que faz uma conexão no voltímetro deve ser feito do mesmo material do
outro termopar com o qual está conectado.
Por exemplo, um fio de cobre está conectado com uma porção de cobre em uma junção
quente e um fio de constantan está conectado a uma parte de constantan.
No tipo junta, os anéis de metais diferentes são prensados juntos para formar uma junta
que pode ser instalada sob uma vela de ignição ou cilindro embaixo da porca. No tipo baioneta,
os metais vêm juntos dentro de uma bainha protetora perfurada. Os termopares baioneta se
encaixam em um furo na cabeça do cilindro. Para a indicação da temperatura do motor – CHT, o
cilindro escolhido para a instalação do termopar é aquele que funciona mais quente na maioria
das condições de operação.
O fio mais comprido do termocouple é feito de constantan e tem um terminal (com porca)
soldado à sua extremidade livre, enquanto o fio mais curto tem um terminal (sem porca) soldado
à sua extremidade livre.
O potencial gerado pelo "termocouple" é aplicado ao indicador que tem seu mostrador
graduado em unidade de temperatura. Assim sendo, teremos um termômetro termoelétrico que
nos dará a temperatura do cilindro.
Quando o motor não estiver funcionando, o indicador de temperatura, tipo par térmico,
indicará a temperatura ambiente, devido a mola compensadora bimetálica.
Nos motores a jato e turbo-hélice, a temperatura interna é medida, também, por um par de
fios. Como as temperaturas nesses motores são maiores do que no motor convencional, usam-se
o fio alumel (negativo) no lugar do fio de constantan e o fio de cromel (positivo) no lugar do fio
de cobre ou ferro.
➢ um amplificador;
➢ um indicador.
A força necessária para operar o sistema é fornecida pela barra dos instrumentos 115
VAC e 400 hertz.
As sondas não ficam sozinhas dentro do motor; elas são encontradas em grupo, sendo
montadas na carcaça de entrada da turbina do motor. Quando metais diferentes estão fisicamente
unidos, forma-se uma junção termosensível.
Como podemos observar, a junção quente, como o próprio nome diz, sempre está acima
de 0º C. A junção fria está sujeita às variações de temperatura ambiente, que podem estar abaixo
de 0º, acima de 0º e a 0ºC.
Nesse caso, os sinais gerados nas junções frias contrapõem o sinal da junção quente
diminuindo o valor resultante.
Quando comparamos as junções como fonte de energia, poderemos afirmar que o sinal
resultante é a diferença dos valores das fontes que se contrapõem, ou seja, um valor irreal
(menor), visto que o circuito necessita apenas do sinal gerado na junção quente.
Nesse caso, os sinais gerados nas junções frias são somados com o sinal da junção quente
aumentando o valor resultante.
Quando comparamos as junções como fonte de energia, poderemos afirmar que o sinal
resultante é a soma dos valores das fontes, ou seja, um valor irreal (maior), visto que o circuito
necessita apenas do sinal gerado na junção quente.
Sabemos que, para que seja gerada uma tensão no ponto de junção do termopar, este
deverá sofrer uma variação de temperatura.
Nesse caso, a junção quente recebe uma variação acima de 0ºC, e a junção fria não sofre
variação de temperatura.
Assim podemos afirmar que não há sinal gerado na junção fria; temos apenas o da
junção quente.
➢ Amplificador e Indicador
Vimos que a junção quente, instalada dentro do motor, sempre estaria acima de 0ºC, mas
a junção fría, localizada na parte externa, estava sujeita às variações de temperatura ambiente,
que poderiam ser 0ºC, acima de 0ºC e abaixo de 0ºC.
Essa variação de temperatura sofrida pela seção fria, acima ou abaixo de 0ºC, resulta num
erro na leitura real. Para evitar esse erro, foi colocado no conjunto amplificador um
compensador da junção fria, o qual veremos a seguir:
➢ Amplificador
Os fios dos pares térmicos são conduzidos das sondas para o amplificador.
A junção quente fornece tensão em corrente contínua que deve ser transformada em
correte alternada para ser aplicada ao servomotor do indicador. Para a transformar a corrente
contínua em alternada é incorporado ao sistema um circuito pulsador com essa finalidade.
➢ Indicador
submostrador indica incrementos de dez graus celsus, para fornecer precisão de leitura. O
ponteiro do submostrador dará um volta completa para o mostrador principal indicar cem graus.
2.4 Taquímetros
Taquímetros são instrumentos usados nas aeronaves para medir a rotação dos eixos dos
motores, da hélice, das turbinas ou dos rotores principais dos helicópteros.
2.4.1 Taquímetro
O taquímetro de arrasto magnético é o mais utilizado em aeronaves.
➢ Indicador;
➢ fios de ligação.
O indicador compõe-se de
➢ motor síncrono;
➢ conjunto de arrasto;
➢ disco de arrasto.
O conjunto de arrasto gira na mesma velocidade do motor síncrono, já que está localizado
no mesmo eixo do rotor desse motor.
O disco de arrasto gira por meio de indução e comanda o ponteiro para dar indicação de
RPM.
2.5 Liquidômetros
São utilizados para medir a quantidade de combustível disponível nos tanques da
aeronave.
➢ elétrico;
➢ capacitivo.
➢ transmissor no tanque;
➢ fios de ligação;
➢ indicador.
Compõe-se de
➢ transmissor no tanque;
➢ amplificador;
➢ indicador.
Esses sistemas são similares na sua construção, e todos operam de forma idêntica por
meio da exploração da relação existente entre eletricidade e magnetismo.
A finalidade desses sistemas é indicar a posição de diversas unidades móveis, tais como
trem de pouso, cowl flaps, portas, portas bombas, sistemas de flape, sistemas de piloto
automático, sistemas de radar e muitas outras aplicações de indicações remotas.
Compõe-se de:
➢ transmissor;
➢ fios de ligação;
➢ indicador.
O indicador: contém três bobinas fixas, colocadas a 120° uma da outra. No centro dessas
bobinas, existe um ímã permanente pivotado, onde é fixado um ponteiro. Desse modo, quando,
por exemplo, o trem de pouso mudar de posição, seu movimento fará variar o braço de contato
móvel da resistência elétrica; esssa variação afetará o fluxo de corrente no circuito, e a mudança
de corrente será mostrada no indicador por meio do movimento do ímã pivotado, que colocará o
ponteiro numa nova indicação.
O sistema Autosyn é energizado com 26 volts de CA com 400 Hertz fornecidos por um
inversor.
Compõe-se de:
➢ Transmissor;
➢ Indicador;
➢ fios de ligação.
O dispositivo mecânico capta a informação que se quer medir e, por meio de sistema de
engrenagens, aciona a unidade sincrônica. A unidade sincrônica, ou motor síncrono, é
basicamente igual para todos os transmissores, independente de sua finalidade.
Compõe-se de:
➢ Transmissor;
➢ Indicador;
➢ fios de ligação.
O ponteiro está ligado ao eixo e o eixo está ligado ao ímã permanente, portanto o
movimento do ímã permanente gera um movimento ao ponteiro.
O sistema Magnesyn é energizado com 26 volts de CA, com 400 Hertz fornecidos por
um inversor.
Quando o mecanismo de flutuação gira para alinhar-se com o norte magnético na bússola
remotamente localizada, uma corrente elétrica variada pode ser produzida no transmissor. Isso
altera o campo magnético produzido pelas bobinas do indicador, e uma indicação magnética
relativamente livre de desvios é exibida.
A fonte de energia é um inversor de 26 volts de CA, com 400 Hertz para o sistema
magnesyn.
O receptor tem a finalidade de sintonizar uma estação de destino, a qual poderá ser o
"NDB" (Sinais Não Direcionais) ou uma estação de radiodifusão. Os sinais das estações são
captados pela antena Loop e Sense, instalada no eixo longitudinal da aeronave (parte superior ou
inferior). Esses sinais, depois de devidamente tratados, são apresentados no RMI. O áudio é
retirado desses sinais que foram captados pela antena Loop e Sense e introduzido no sistema de
interfone do avião, sendo levado aos fones ou alto-falantes da cabine.
Esses e outros auxiliares de navegação serão discutidos mais adiante, na disciplina sobre
Comunicação e Navegação.
3 INSTRUMENTOS GIROSCÓPICOS
Este item tratará dos instrumentos giroscópicos, bem como a maneira de produzir a
rotação para o seu funcionamento.
Quando você faz um pião girar, está aplicando a ele um princípio de giroscopia por meio
da rotação.
➢ Rigidez giroscópica: significa que o rotor de um giroscópio livre sempre aponta para a
mesma direção não importando em qual direção a base de um giroscópio esteja
posicionada. É a tendência de um giroscópio em manter o seu eixo de rotação numa mesma
direção no espaço
A bomba de vácuo é lubrificada pelo óleo do motor. Logo após, o óleo mistura-se com o
ar, indo para o separador de óleo, de onde o ar irá para a atmosfera e o óleo retornará ao motor; o
giro direcional e a curva de inclinação estão ligados ao horizonte artificial.
Os horizontes artificiais antigos funcionam por uma sucção de 3.75 a 4.25 polegadas de
Hg. Os horizontes artificiais modernos são acionados por 28 volts de CC ou 115 volts de CA
com 400 Hertz.
Os giros direcionais antigos são acionados por uma sucção de 3.75 a 4.25 polegadas de
Hg. Os giros direcionais modernos são acionados por 28 volts de CC ou 115 volts de CA com
400 Hertz.
Utiliza o princípio giroscópico da precessão. A sucção aplicada ao turn and bank é de 1.8
a 2.2 polegadas de Hg. Mais recentemente, os turn and bank são acionados por 28 volts de CC ou
115 volts de CA com 400 Hertz.
4 INSTRUMENTOS DIGITAIS
➢ indicação de torque;
➢ indicação de NP;
➢ indicação de NH;
➢ indicação de NL;
Além de prover essas indicações, o IEDS também possui o sistema de avisos “warning” e
“caution”, que informa a condição de todo o sistema, alertando em caso de não funcionamento,
ou mesmo de uma possível avaria (pane) no sistema, semelhante ao painel múltiplo de alarmes.
O IEDS registra, também, para fins de manutenção, informações de excesso dos limites
do motor, como por exemplo, sobretemperatura, sobretorque, entre outros, na página de
manutenção.
A visualização dos avisos “warning” e “caution” podem ser feitos utilizando as teclas (UP
e DN). A tecla (TST) efetua o teste operacional do sistema. pela combinação dessas teclas, é
possível acessar a página de manutenção.
o sensor de torque n° 1 envia sinal à AFU (Auto Feather Unit – unidade de auto-
embandeiramento). A AFU usa esse sinal para a lógica do sistema de autoembandeiramento. O
mesmo sinal também é enviado para o IEDS dando a indicação de torque na cabine;
Caso de falha do sensor n° 1 o sistema possui o sensor de torque n° 2. Esse sensor envia o
sinal ao EEC (Computador do Motor). Em seguida essa informação processada pelo EEC é
transmitida ao IEDS. O EEC obtém esse sinal não somente para indicação de torque mas
também para o controle da NP.
Os pulsos elétricos são gerados quando os dentes da engrenagem passam pelo campo
magnético do sensor. O sinal é enviado ao IEDS, que o converte para a indicação de NP.
Como vimos anteriormente, o sinal de NP que vai para o EEC é obtido do sensor de
torque n° 2; já o sinal para o EPC (Computador da Hélice) é obtido pelo sensor em questão.
➢ as sondas (capacitores variáveis) instaladas nos tanques auxiliares (1) e principal (2), e
ainda uma com sistema de compensação (3), obtém a informação da quantidade de
combustível nos tanques;
➢ o sinal gerado pelas sondas é enviado, por meio da fiação (4) que interliga o sistema, à
unidade de controle (5);
Por exemplo, se o gerador DC esquerdo não está fornecendo energia à barra, então, é
acesa a luz 1DC GEN como um aviso de “warning” (alerta). Os avisos “warning” envolvem
alertas de maior comprometimento do sistema.
O EFIS mostra todos os dados necessários para o piloto e copiloto mediante quatro telas,
duas para o piloto e duas para o copiloto. Os dados de atitude são mostrados na tela primária de
voo (PFD) e os dados de navegação são mostrados na tela de navegação (ND).
O controle dos modos de operação do sistema se realiza por meio dos painéis de controle
do EFIS (EFCP) e de índices (ICP).
Legenda:
➢ ND - Navigation Display
A partir desses dados, a ADU calcula os parâmetros que correspondem aos dados do ar.
Legenda:
Esse sistema possui também interface com o sistema TCAS (Traffic Alert and Collision
Avoidance Systems):
FIGURA 88:
PAINEL ICP
CONCLUSÃO
REFERÊNCIA