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TEXTO COMPLEMENTAR

Disciplina: Estatística
Professor: José Carlos Lorandi

A contribuição dos jogos no ensino da Matemática Financeira e


Estatística na Educação Básica

Artigo de Manoel Silva Duarte

DUARTE, Manoel Silva. A contribuição dos jogos no ensino da Matemática


Financeira e Estatística na Educação Básica. Revista Científica Multidisciplinar
Núcleo do Conhecimento; Ano 4, novembro, 2019;11(1):59-68. ISSN: 2448-0959.
Disponível em:
acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/matemática-
financeira. Acesso em: 2 jan. 2022.

RESUMO
Os jogos são elementos fundamentais para o desenvolvimento dos jovens
e adolescentes na escola. Estes aplicados como atividades lúdicas participam
como facilitadores no processo de ensino e aprendizagem na Matemática em
alunos do Ensino Fundamental e Médio. Este estudo visa compreender as
principais práticas pedagógicas utilizadas no ensino e aprendizagem da
Matemática Financeira e Estatística através dos jogos. Avalia, ainda, a
contribuição dessa prática docente para o desenvolvimento dos educandos da
educação básica. Busca-se, também, investigar a importância da intervenção
pedagógica para a construção de relações cognitivas que se traduzem em
aprendizagem do ensino da Matemática. Os resultados desse estudo colaboram
com a afirmação de que é preciso utilizar os jogos no conteúdo programático do
Ensino Fundamental e Médio para que facilite a aprendizagem da Matemática
Financeira e Estatística.

Palavras-chave: aprendizagem, educação básica, jogos, estatística, matemática


financeira.

INTRODUÇÃO
Ao longo das mudanças ocorridas na sociedade, principalmente as provocadas
pelos avanços tecnológicos, acabam por influenciar, de forma significativa, o
sistema educacional que se utiliza do currículo na transmissão dos conhecimentos
para que possa gerar uma aprendizagem eficaz.
Estudiosos como Nfon (2018), Nekang (2011) e Harbor-Peters (2001) contribuíram
com o tema de que a aprendizagem da Matemática, também pode ser realizada
através de jogos. Nessa perspectiva, a utilização dos jogos reflete a importância
do lúdico como instrumento pedagógico para a construção do conhecimento e as
contribuições das atividades lúdicas para o desenvolvimento cognitivo, social,
físico e afetivo do educando. Analisa a atuação do professor no contexto das
atividades lúdicas, como o emprego de jogos nas disciplinas, Matemática
Financeira e Estatística, utilizando-os como metodologia de ensino na seleção de
estratégias que proporcionem um maior desempenho na aprendizagem por meio
de aulas prazerosas, alegres e criativas.

Inclusive estudiosos, a exemplo de Almeida (2000) e Luckesi (2005), estimulam a


utilização de jogos em sala de aula, devido à necessidade de criar um ambiente
motivador, estimulador, prazeroso, que propicie a aprendizagem do educando e o
auxilie no desenvolvimento da sua capacidade de refletir sobre os fatos reais de
forma cada vez mais contemplativa, construindo sua realidade pessoal.

A influência dos jogos, que são atividades lúdicas, no processo de ensino-


aprendizagem é fundamental, entretanto, pouca importância tem sido dada a essa
temática relacionada às atividades pedagógicas desenvolvidas no contexto
escolar. Assim, é imprescindível que ocorra por parte dos educadores e das
escolas, a busca pela implantação ou aperfeiçoamento de projetos que envolvam
o lúdico nas salas de aula e nos espaços escolares para que se transformem em
locais propícios à construção do conhecimento, proporcionando uma
aprendizagem significativa e de forma prazerosa. Os jogos desenvolvem o
raciocínio lógico dos alunos, auxiliam na resolução de problemas matemáticos,
bem como aguçam as suas habilidades de observação e análise (Estatística).

Desse modo, pode-se aprender, ainda, a trabalhar a Matemática Financeira em


benefício dos próprios alunos, visto que podem planejar as suas finanças, pois
segundo Lusardi, Mitchell e Curto (2009), menos de um terço dos jovens adultos
possuem conhecimentos básicos de taxas de juros, inflação e diversificação de
riscos.

Ao perceber a importância dos jogos na Matemática e a dificuldade que a escola


tem em buscar a compreensão através de atividades lúdicas no processo de
ensino e aprendizagem, foi elaborado o presente trabalho.

Nesse âmbito, este estudo tem por objetivo compreender a importância dos jogos
lúdicos no ensino e na aprendizagem da Matemática Financeira e Estatística,
contribuindo para a construção do conhecimento dos alunos do Ensino
Fundamental e Médio por meio de pesquisa exploratória bibliográfica e a sua
contribuição para o desenvolvimento cognitivo, físico e social do indivíduo.

Nesse contexto, o educador necessita realizar o planejamento das aulas atribuindo


funções pedagógicas ao lúdico que correspondam às reais necessidades dos
educandos, garantindo o tempo e o espaço para que o seu desenvolvimento seja
realizado por meio de um processo de ensino e aprendizagem de qualidade, que
valoriza a utilização dos jogos para a aquisição do conhecimento e para a formação
integral do indivíduo.
A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA FINANCEIRA E ESTATÍSTICA POR
INTERMÉDIO DOS JOGOS
O lúdico sempre esteve presente na história da humanidade. Entre os egípcios,
romanos e maias, os jogos eram passados das gerações mais velhas para as mais
jovens, transmitindo conhecimentos e valores. Independentemente da cultura e da
classe social, os jogos fazem parte do processo de desenvolvimento de uma
civilização (ALMEIDA, 2000).

Segundo Almeida (2000, p. 26), “a atividade lúdica é o berço obrigatório das


atividades intelectuais e sociais […], por isso, indispensáveis à prática educativa”.
As atividades lúdicas são fundamentais na construção do conhecimento, e desde
muito cedo, é imprescindível que vivenciem na escola a prática da educação
lúdica, com a mediação do educador, pois, dessa forma, estimula-se o
desenvolvimento do aluno, proporcionando um aprendizado contínuo, além de
aprimorar a interação social entre os indivíduos.

Para Luckesi (2005, p. 96), “o que caracteriza o lúdico é a experiência de plenitude


que ele possibilita a quem o vivencia em seus atos”. Desse modo, percebe-se que
o lúdico ultrapassa a simples meta de proporcionar o prazer e o envolvimento dos
alunos, para abranger algo muito mais amplo no âmbito educacional como a
motivação para a assimilação dos conceitos matemáticos de forma satisfatória.

De acordo com Almeida (2000), o lúdico tem por finalidade promover a interação
social, o desenvolvimento das habilidades físicas e intelectuais dos alunos, para
descobrir coisas novas, trocar ideias, aprendendo a ouvir e participar de jogos
variados de forma ordenada, interiorizando regras de convívio em grupo,
exercitando essa interação através dos jogos.

O aluno tem prazer em frequentar a escola, em poder aprender coisas novas


relativas a seu mundo, a linguagem escrita, os cálculos, as lógicas intuitivas e
concretas, aguçando a sua curiosidade e formulando conceitos de maneira
envolvente, alegre, participativa e desafiadora.

Por isso, vale ressaltar que, para Rau (2007), em toda atividade lúdica deve haver
intencionalidade para que haja uma eficácia no processo ensino-aprendizagem.
Quando o educador insere a ludicidade em sua prática pedagógica, ele está
promovendo aos discentes um ambiente motivador, que permite participar
ativamente do processo de aprendizagem, fazendo com que assimilem as
informações e as experiências, incorporando atitudes e valores.

No contexto dos alunos da Educação Básica, os jogos oferecem a oportunidade


de explorar conceitos fundamentais de números, como a sequência de contagem,
correspondência um a um e estratégias de computação. Jogos matemáticos
envolventes também podem incentivar os alunos a explorar combinações de
números, valor agregado, padrões e outros conceitos matemáticos importantes
(RUTHERFORD, 2015).

A partir desse fato, torna-se imprescindível para os educadores proporcionar aos


alunos do Ensino Médio, oportunidades variadas para eles vivenciarem, cabendo-
lhes criar situações adequadas para instigar a curiosidade e levá-los à construção
do conhecimento da Matemática Financeira e Estatística através das atividades
lúdicas.

Desse modo, minimizam-se as dificuldades na aprendizagem da Matemática, tão


comum em alunos do Ensino Fundamental e Médio, pois há uma grande
dificuldade na resolução de problemas matemáticos e no raciocínio lógico. Para
tanto, a mediação do professor é imprescindível e para que ocorra de forma efetiva,
necessário se faz que esteja sempre buscando cursos de formação continuada
para que aprenda novas metodologias e se atualize acerca das inovações
tecnológicas (FABRÍCIO, 2009).

Uma outra abordagem trata-se da educação em Matemática Financeira, que deve


começar cedo em casa e na escola. Idealmente, seus conceitos devem ser
ensinados no Ensino Fundamental, Médio e devem continuar na faculdade. Em
Matemática, você começa com a contagem, passa para a adição e subtração, e
depois para a divisão e multiplicação. Deve ser um processo cumulativo, com
tópicos apropriados à idade ensinados a cada ano letivo (RUTHERFORD, 2015).

Em um estudo investigativo realizado por Nfon (2018), ele observou que um grupo
de 188 alunos do Ensino Médio teve um resultado bastante satisfatório pelo fato
dos professores usarem jogos na Matemática, dentre eles, o tic-tac-toe, pontos e
caixas, cartas de baralho, jogos de dados, jogos de ludo, e assim por diante, para
ensinar alguns conceitos de Matemática que são difíceis e abstratos, aumentando,
ainda, dessa forma, a socialização entre os alunos, participação de classe,
despertando o interesse e a realização em classe das avaliações em Matemática.

Para Nekang (2011) e Harbor-Peters (2001), materiais instrucionais, como jogos


matemáticos, fazem o ensino e a aprendizagem da Matemática ser agradável e
satisfatório, colaborando na construção da curiosidade dos alunos. A Matemática
é uma ciência lógica abstrata, portanto, os professores de Matemática têm
necessidade especial de materiais instrucionais que dão realidade a ideias
abstratas. Esses materiais geram e sustentam o interesse no ensino e
aprendizagem de Matemática se bem selecionados e utilizados.

Eba (1985) afirmou que a Matemática tem sido uma ameaça para os alunos devido
a problemas associados à sua instrução. E afirma, ainda, corretamente que:

A principal razão pela qual tantos estudantes odeiam a Matemática e por que
tantos falham, é por causa de aulas ruins. Em muitos casos, os professores
ensinam Matemática de maneira bastante abstrata por causa da preparação
inadequada, métodos de ensino pobres e falta de materiais instrucionais.
(EBA, 1985, p. 29)
Neste sentido, Harbor-Peters (2001) cita que existem diferenças individuais dos
aprendizes, portanto, existe a necessidade de um professor que varie os seus
métodos, deixando de apresentar aulas semelhantes, diversificando-as através de
jogos, a fim de dissipar o tédio e gerar interesse pela disciplina.

Os educandos não têm o hábito de raciocinar para resolver os problemas


matemáticos, eles, muitas vezes, respondem a uma questão que exige o raciocínio
lógico matemático para uma interpretação correta, de forma aleatória, sem buscar
entender o enunciado da questão. Essa visão negativa para os educadores e
educandos é bastante generalizada.

Muitas escolas, até hoje, preocupando-se apenas com o conteúdo programático a


ser cumprido, são lugares isentos de jogos matemáticos, sendo que as atividades
lúdicas podem ser inseridas nas diversas disciplinas escolares, sem comprometer
o conteúdo, mas auxiliando-o, como instrumento facilitador da aprendizagem,
proporcionado aulas agradáveis, prazerosas, à medida que o aluno vai
aprendendo novos conhecimentos.

Em seus estudos, Afari (2012) observou que em mais de 25 anos de ensino de


Matemática em escolas e faculdades, quando os alunos são motivados, eles
tendem a aprender Matemática com mais sucesso. Como um educador de
Matemática, ele lutou para saber o que podia fazer para aumentar o nível de
motivação dos seus alunos no que diz respeito à aprendizagem da Matemática.
Percebeu que, como educador de Matemática, o fato de incorporar diferentes
pedagogias em suas aulas melhorou a percepção dos alunos sobre o ambiente de
aprendizagem, suas atitudes em relação à Matemática e sua realização. Ao longo
dos anos, incorporou jogos para melhorar a aprendizagem dos alunos em
Matemática. Ele sustenta em seus estudos que, através dos jogos, os alunos são
mais motivados.

Segundo Kishimoto (2009), muitos teóricos justificam as possibilidades do jogo na


educação, mostrando indicadores de que se começa a sair de uma visão de jogo
apenas como material de instrução que sustenta o ensino, para atribuir-lhes uma
natureza lúdica, tornando, assim, o ensino e a aprendizagem uma atividade mais
significativa.

MATERIAL E MÉTODOS
O estudo realizou-se por meio de uma pesquisa acadêmica e exploratória de
caráter bibliográfico, a partir de leituras de literaturas várias, análise dos
fichamentos e execução do texto, embasando-se em autores que abordam a
temática do lúdico através dos jogos matemáticos. Trata-se de uma pesquisa de
natureza qualitativa. Para Lakatos e Marconi (2002, p. 71), a pesquisa qualitativa
“coloca o pesquisador em contato direto com aquilo que foi escrito sobre
determinado assunto”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após análise de artigos e livros sobre a temática dos jogos como auxiliadores do
ensino da Matemática no Ensino Fundamental e Médio, percebeu-se um relevante
motivo para se introduzir os jogos nas aulas de Matemática e estatística como uma
forma de amenizar ou erradicar os possíveis bloqueios de aprendizagem exibidos
por diversos discentes que não gostam da disciplina e não conseguem assimilá-la
ou, ainda, acreditam serem incapacitados para compreendê-la e aprendê-la.
Assim, este estudo contribui de forma esclarecedora acerca da temática,
vislumbrando-se a finalidade de proporcionar orientações a outros indivíduos
inseridos na docência, a utilizarem como estratégia as atividades lúdicas através
dos jogos facilitando a aprendizagem da Matemática Financeira e Estatística no
âmbito escolar da Educação Básica.

Uma das estratégias a ser utilizada nas aulas de Matemática trata-se da atividade
realizada por meio de jogos, o que representa um desafio com a intenção se
acender o pensamento reflexivo. É preciso que haja planejamento adequado dos
jogos a serem utilizados, com adequação e certa adaptação à realidade dos
educandos e, ainda, de acordo com seus conhecimentos prévios. O professor,
nesse cenário, é um mediador da aprendizagem com a função de fazer uma
análise e avaliação da potencialidade educativa dos distintos jogos. Portanto, os
jogos lúdicos como ferramentas imprescindíveis na prática pedagógica contribuem
para a construção do conhecimento e formação integral do aluno do Ensino
Fundamental e Médio nas disciplinas Matemática Financeira e Estatística.

Bibliografia
AFARI, Ernest. Investigando a eficácia dos jogos de Matemática nos alunos.
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Universidade Curtin, Centro de Educação Científica e Matemática, Austrália, 2012.

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KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação.


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planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas,
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https://www.nctm.org/publications/teaching-children-mathematics/blog/why-play-
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[1]
Mestrando em Ciências da Educação (Grendal University). Especialista em
Matemática (FIJ). Especialista em Ensino de Matemática (Faculdade Vale do
Cricaré – ES). Graduado em Ciências – Habilitação em Matemática (UNEB).

Nota: Este material foi avaliado e aprovado de acordo com as normas da Revista
Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. A revisão gráfica e ortográfica
foi realizada por Jânie Carla Martins Almeida, CPF: 328466495-53.

Enviado: Agosto, 2019.

Aprovado: Novembro, 2019.

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