Você está na página 1de 99

Direito ao Ponto:

Os assuntos mais recorrentes no Exame da OAB!


DIREITO ADMINISTRATIVO
PROFESSOR GUSTAVO BRÍGIDO
2 Atividade e estrutura administrativa. Organização
administrativa brasileira. 2.1 Terceiro setor.
CRFB/1988. Art. 37. XIX - somente por lei específica poderá ser criada
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;
3 Poderes administrativos: poderes e deveres do administrador público,
uso e abuso do poder, vinculação e discricionariedade. 3.1 Poder
hierárquico. 3.2 Poder disciplinar e processo administrativo disciplinar. 3.3
Poder regulamentar. 3.4 Poder de polícia.
Atributos dos Atos Administrativos Atributos do Poder de Polícia
Presunção de Legitimidade Discricionariedade
Auto-executoriedade Auto-executoriedade
Tipicidade Coercibilidade
Imperatividade
CICLOS DE POLÍCIA DELEGABILIDADE
1º - ORDEM DE POLÍCIA NÃO
2º - CONSENTIMENTO DE POLÍCIA SIM
3º - FISCLAIZAÇÃO SIM
ADMINISTRATIVA
4º - SANÇÃO DE POLÍCIA NÃO
Tese: STF: “É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei,
a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública
indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime
não concorrencial”.
PODERES DICA 1 DICA 2
ADMINISTRATIVOS
VINCULADO IRREVOGÁVEL ALVARÁ DE LICENÇA
DISCRICIONÁRIO REVOGÁVEL ALVARÁ DE
AUTORIZAÇÃO
HIERÁRQUICO SUBORDINAÇÃO CONTROLE
INTERNO
NORMATIVO DECRETOS ATOS SECUNDÁRIOS
REGULEMENTARES
DISCIPLINAR PUNITIVO EM REGRA,
VINCULADO
POLÍCIA ADMINISTRATIVA TAXAS DAC
4 Atos administrativos: conceito, atributos, classificação, espécies,
extinção.
Lei 9784/1999. Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos,
quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis
poderão ser convalidados pela própria Administração.
5 Licitações e contratos. Lei 8.666/93 e Lei 14.133/2021.
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021
Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de
licitações e contratos administrativos pertinentes a licitação e contratação para as Administrações Públicas
obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos
alienações e locações no âmbito dos Poderes da Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e abrange:
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário
Municípios. da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta do Poder Legislativo dos Municípios, quando no
Lei, além dos órgãos da administração direta, os desempenho de função administrativa;
fundos especiais, as autarquias, as fundações II - os fundos especiais e as demais entidades
públicas, as empresas públicas, as sociedades de controladas direta ou indiretamente pela Administração
economia mista e demais entidades controladas Pública.
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito § 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas
Federal e Municípios. públicas, as sociedades de economia mista e as suas
subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303, de 30 de junho
de 2016, ressalvado o disposto no art. 178 desta Lei.
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os
observância do princípio constitucional da princípios da legalidade, da impessoalidade, da
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa moralidade, da publicidade, da eficiência, do
para a administração e a promoção do interesse público, da probidade administrativa, da
desenvolvimento nacional sustentável e será igualdade, do planejamento, da transparência, da
processada e julgada em estrita conformidade com eficácia, da segregação de funções, da motivação,
da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da
os princípios básicos da legalidade, da
segurança jurídica, da razoabilidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
competitividade, da proporcionalidade, da
publicidade, da probidade administrativa, da
celeridade, da economicidade e do
vinculação ao instrumento convocatório, do desenvolvimento nacional sustentável, assim como
julgamento objetivo e dos que lhes são as disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de
correlatos. setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro).
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021
Art. 17. O processo de licitação observará as
seguintes fases, em sequência:
I - preparatória;
II - de divulgação do edital de licitação;
III - de apresentação de propostas e lances, quando
for o caso;
IV - de julgamento;
V - de habilitação;
VI - recursal;
VII - de homologação.
§ 1º A fase referida no inciso V docaputdeste artigo
poderá, mediante ato motivado com explicitação dos
benefícios decorrentes, anteceder as fases referidas nos
incisos III e IV docaputdeste artigo, desde que
expressamente previsto no edital de licitação.
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021
Art. 22. São modalidades de licitação: Art. 28. São modalidades de licitação:
I - concorrência;
II - tomada de preços; I - pregão;
III - convite; II - concorrência;
IV - concurso;
V - leilão. III - concurso;
IV - leilão;
V - diálogo competitivo.
§ 1º Além das modalidades referidas
no caputdeste artigo, a Administração
pode servir-se dos procedimentos
auxiliares previstos no art. 78 desta Lei.
8.666/1993 14.133/2021

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em
competição, em especial: especial nos casos de:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou
possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante contratação de serviços que só possam ser fornecidos por produtor,
comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a empresa ou representante comercial exclusivos;
comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido
pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a
licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou
Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 III - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados
desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de de natureza predominantemente intelectual com profissionais ou
notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para
publicidade e divulgação; serviços de publicidade e divulgação:

III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, II - contratação de profissional do setor artístico, diretamente
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que ou por meio de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. especializada ou pela opinião pública;

IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio


de credenciamento;
V - aquisição ou locação de imóvel cujas características de
instalações e de localização tornem necessária sua escolha. (24,X,
8666)
6 Serviços públicos. 6.1 Serviços delegados,
convênios e consórcios. 6.2 Agências Reguladoras. 6.3
Alterações da Lei nº 13.848/2019. 6.4 Parcerias
público-privadas.
DELEGAÇÃO FORMALIZAÇÃO
CONCESSÃO COMUM LEI 8987/1995 CONTRATO ADMINISTRATIVO /
CONCORRÊNCIA/DIÁLOGO
COMPETITIVO
CONCESSÃO ESPECIAL LEI CONTRATO ADMINISTRATIVO /
11.079/2004 CONCORRÊNCIA/ DIÁLOGO
COMPETITIVO
PERMISSÃO LEI 8987/1995 CONTRATO DE ADESÃO / LICITAÇÃO
AUTORIZAÇÃO ATO ADMINISTRATIVO
Lei 8987/1995. Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado
ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e
no respectivo contrato.
§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência,
segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
§ 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações
e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
§ 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de
emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
§ 4º A interrupção do serviço na hipótese prevista no inciso II do § 3º deste artigo não poderá
iniciar-se na sexta-feira, no sábado ou no domingo, nem em feriado ou no dia anterior a feriado.
Art. 35. Extingue-se a concessão por:
I - advento do termo contratual;
II - encampação;
III - caducidade;
IV - rescisão;
V - anulação; e
VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou
incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder
concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público,
mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da
indenização, na forma do artigo anterior.
Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do
poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação
das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e
as normas convencionadas entre as partes.
LEI Nº 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004.
Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão,
na modalidade patrocinada ou administrativa.
§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras
públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando
envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que
a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
§ 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de
reais);
I - cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de
reais); (Redação dada pela Lei nº 13.529, de 2017)
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
7 Agentes públicos: espécies, regime jurídico, direitos, deveres e
responsabilidades. 7.1 Teto remuneratório.
Lei 8429/1992
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente
político, o servidor público e todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função nas entidades referidas no art. 1º desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública, sujeita-se às
sanções previstas nesta Lei o particular, pessoa física ou jurídica, que celebra
com a administração pública convênio, contrato de repasse, contrato de
gestão, termo de parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo
equivalente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
Art. 37. XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos
membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os
proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente
ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito,
e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do
Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça,
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do
Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos;
SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
como aos estrangeiros, na forma da lei;

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições
de direção, chefia e assessoramento;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público;
Art. 37. XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos
membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os
proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente
ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito,
e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do
Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça,
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do
Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos;
8 Domínio público: afetação e desafetação, regime jurídico, aquisição e
alienação, utilização dos bens públicos pelos particulares.
CC. Dos Bens Públicos
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas,
ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados
a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual,
territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real,
de cada uma dessas entidades.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as
exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído,
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração
pertencerem.
9 Intervenção estatal na propriedade: desapropriação, requisição, servidão
administrativa, ocupação, tombamento.
Desapropriação Tipo Indenização

Art. 5º. XXIV, CRFB/88 Necessidade ou utilidade Justa, prévia e em


pública/Interesse Social dinheiro

Art. 182, CRFB/88 Política Urbana Títulos da Dívida Pública

Art. 184, CRFB/88 Reforma Agrária Títulos da Dívida Agrária

Art. 243, CRFB/88 Expropriação Sem indenização


FORMA DE INTERVENÇÃO TIPO

DESAPROPRIAÇAO SUPRESSIVA
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA RESTRITIVA
LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA RESTRITIVA
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA RESTRITIVA
TOMBAMENTO RESTRITIVA
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA RESTRITIVA
12 Improbidade administrativa: Lei 8.429/92, com alterações da Lei
14.230/21.
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992

Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de improbidade administrativa tutelará a probidade na


organização do Estado e no exercício de suas funções, como forma de assegurar a integridade do
patrimônio público e social, nos termos desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 1º Consideram-se atos de improbidade administrativa as condutas dolosas tipificadas nos arts.
9º, 10 e 11 desta Lei, ressalvados tipos previstos em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

§ 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado


nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, não bastando a voluntariedade do agente. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021) ----DOLO ESPECÍFICO

§ 3º O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem comprovação de ato


doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade por ato de improbidade administrativa. (Incluído
pela Lei nº 14.230, de 2021)
Art. 9° Constitui ato de Art. 9º Constitui ato de
improbidade administrativa improbidade administrativa
importando enriquecimento ilícito importando em enriquecimento ilícito
auferir qualquer tipo de vantagem auferir, mediante a prática de ato
patrimonial indevida em razão do doloso, qualquer tipo de vantagem
exercício de cargo, mandato, função, patrimonial indevida em razão do
emprego ou atividade nas entidades exercício de cargo, de mandato, de
mencionadas no art. 1° desta lei, e função, de emprego ou de atividade
notadamente: nas entidades referidas no art. 1º
desta Lei, e
notadamente: (Redação dada
pela Lei nº 14.230, de 2021)
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou
qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de
comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse,
direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão
decorrente das atribuições do agente público;
Art. 10. Constitui ato de Art. 10. Constitui ato de improbidade
improbidade administrativa que administrativa que causa lesão ao
causa lesão ao erário qualquer ação erário qualquer ação ou omissão
ou omissão, dolosa ou dolosa, que enseje, efetiva e
culposa, que enseje perda comprovadamente (NÃO
patrimonial,desvio, apropriação, PODE SER PRESUMIDA),
malbaratamento ou dilapidação dos perda patrimonial, desvio,
bens ou haveres das entidades apropriação, malbaratamento ou
referidas no art. 1º desta lei, e dilapidação dos bens ou haveres das
notadamente: entidades referidas no art. 1º desta
Lei, e notadamente:
XXII - conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário
contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei
Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021)

Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou


omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário
contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar
nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
2016) (Produção de efeito) (Revogado pela Lei nº 14.230, de 2021)
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às
instituições, e notadamente:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os
deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada
por uma das seguintes condutas: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de
2021)
XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou
por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou,
ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas; (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas
previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de
improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas
isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do
fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).
Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano
patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de responsabilidade,
civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável
pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser
aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do
fato: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Suspensão dos direitos Multa Proibição de
políticos contratar/Receber
benefícios
EI 8---10 3 x Acréscimo 10 anos

LE 5---8 2 x Dano 5 anos

CIB 5---8 3 x Benefício -

AP 3---5 100 x Remun 3 anos

EI Até 14 anos Equival. Ao Até 14 anos


acréscimo
LE Até 12 anos Equival. Ao Até 12 anos
Dano
AP - Até 24 x Até 4 anos
Remuneração
14 Responsabilidade civil do Estado: previsão, elementos, excludentes,
direito de regresso.
Art. 37. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Estado não tem responsabilidade civil por atos praticados por presos
foragidos 14 09 2020
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que, no caso de danos decorrentes de
crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, só é caracterizada a
responsabilidade civil objetiva do Estado (artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição
Federal) quando for demonstrado o nexo causal entre o momento da fuga e o
delito. A decisão foi proferida no Recurso Extraordinário (RE) 608880, com
repercussão geral (Tema 362), que servirá orientará a resolução de casos
semelhantes sobrestados em outras instâncias. O julgamento foi realizado na
sessão virtual encerrada em 4/9.
Tese: “Nos termos do artigo 37 §6º da Constituição Federal, não se caracteriza
a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime
praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado
o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada”.
Telegram: Gustavo Brigido
https://t.me/gustavobrigido
Instagram: Gustavo Brígido
https://www.instagram.com/professorgustavobrigido
Deus não escolhe os capacitados, Ele capacita os
escolhidos.
Quem semeia entre lágrimas colherá com alegria.
(Salmo 126)
" Caiam mil homens à tua esquerda e dez mil à tua
direita: tu não serás atingido. Salmos, 90/91

Você também pode gostar