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INSTITUTO FEDERAL DO TOCANTINS

DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO


PROFESSOR: ESP. MÁRCIO MALTA

Porto Nacional – To
2024
ALICE B. COSTA, ANA KARLA B. VIEIRA
DANYELLA B. CAMPOS, NEUZENIR ALVES
TAINARA C. SANTOS, VANDERLEIA CARVALHO
MARINEUZA LOURENÇO DE AMORIM MATOS

HUMANISMO

Trabalho de pesquisa acadêmica


apresentada ao Instituto Federal De
Educação, para obtenção de nota na
disciplina de Psicologia da
Educação do Curso de Pedagogia.
Prof. Orientador: Márcio Malta

Porto Nacional – To
2024

Humanismo
INTRODUÇÃO
Como todo movimento, o humanismo surge propondo uma mudança de pensamento e
atitude. Trazendo assim” grandes mudanças culturais e intelectuais” as quais foram
vistas nas literaturas, artes plásticas, na ciência e na filosofia. O humanismo traz a
ideia do homem como um ser supremo, um ser inigualável. Isso poque coloca o
homem como sendo ele o centro do universo, ou seja, o homem como centro de toda
criação. (LEFFA,20)

Conceito Humanismo
A palavra “humanismo” é usada para designar qualquer atitude que
coloca os seres humanos em destaque, considerando a importância e o valor
do indivíduo. Ele surgiu na Renascença, um período de grandes
transformações culturais e intelectuais na Europa entre os séculos XIV e XVI.
Durante esse tempo, houve o renascimento da literatura, das artes plásticas,
da ciência e da filosofia. O movimento humanista surge em contraponto ao
pensamento medieval, que colocava as questões religiosas como centro dos
interesses humanos.

No humanismo o foco se direciona ao homem, valorizando-se sua


racionalidade, a busca do autoconhecimento e a confiança em suas próprias
capacidades e virtudes. O homem é visto como um todo, ou seja, que vai de
corpo, mente, espírito e emoções, ou também cabe dizer que o humanismo é
considerado como uma abordagem otimista.
O humanismo surge com a proposta de uma nova maneira de pensar e
agir no mundo, deslocando o foco da vida após a morte para o aqui e agora,
valorizando a existência humana em sua plenitude, em suas potencialidades e
fragilidades.

Humanismo: Contexto histórico e renascimento

A história do humanismo está profundamente entrelaçada com o período


do Renascimento, uma época de grandes mudanças e descobertas que ocorreu
entre os séculos XIV e XVI. Nessa época, o mundo deu uma guinada
impressionante, movendo-se do pensamento medieval que estava centrado na
Igreja e no divino, para um novo foco: o homem e a razão humana.

Foi neste contexto histórico que o humanismo ganhou força e se


estabeleceu. Os humanistas acreditavam no potencial humano para a razão, a
criatividade e a excelência. Eles reconheceram a importância de retornar aos
textos clássicos do passado, estudando-os com um olhar crítico. Isso levou a um
aumento na aprendizagem e na literatura, marcando o começo da modernidade.

Estudiosos como Erasmus de Roterdã e Michel de Montaigne foram


algumas das figuras históricas mais influentes desta época, com suas obras
promovendo a importância da educação individual, a reflexão moral e a
autocorreção para a formação do caráter humano.
Em um período onde a sociedade estava fortemente centrada na religião,
o humanismo trouxe uma visão alternativa, provando que é possível se
preocupar com o bem-estar humano e promover o pensamento crítico sem
desprezar a esfera espiritual. Esta mudança de paradigma foi fundamental para
moldar a visão de mundo que temos hoje.
Com a crescente importância dada à liberdade de pensamento e à
autonomia individual, a semente do humanismo foi plantada, germinando para
se tornar uma base essencial do pensamento moderno, inspirando diversas
áreas, incluindo a psicologia moderna.

Principais Características do humanismo

Existem várias características centrais do humanismo que o diferenciam


de outras correntes filosóficas e psicológicas. A primeira delas é a ênfase na
dignidade e no valor inerente de cada ser humano. Os humanistas acreditam
firmemente que todas as pessoas têm direito a respeito, autonomia e liberdade,
independentemente de suas origens ou situação de vida pessoal.
A segunda característica marcante do humanismo é seu foco no potencial
humano. direito a respeito, autonomia e liberdade, independentemente de suas
origens ou situação de vida pessoal. Humanistas veem os humanos como seres
fundamentalmente bons e capazes de crescimento, mudança e autorrealização.
Isso significa que eles valorizam a busca individual por significado e propósito,
bem como o desenvolvimento pessoal e a autorreflexão.
O humanismo também se distingue pelo seu enfoque na responsabilidade
pessoal. Os humanistas veem cada pessoa como o principal agente de mudança
em sua própria vida, destacando a importância do autodesenvolvimento e da
livre escolha. Isso reflete a crença de que, embora todas as pessoas sejam
influenciadas por sua história e circunstâncias, elas possuem a capacidade
inerente de moldar sua própria vida e fazer escolhas conscientes.

Principais Autores

Carl Rogers

Carl Rogers(1902 –1987),foi um grande pesquisador, que ao longo de


suas pesquisas ele desenvolveu várias teorias e abordagens centrada na
pessoa, na qual ele coloca o próprio ser humano como o ponto central de sua
própria história, que pode ou não corresponder a realidade. Rogers também
desenvolveu o conceito de self que entende se como “Si mesmo”,ou seja, é
basicamente ter uma visão de si próprio.
Existem dois tipos de funcionamento psicológico para Rogers a qual seria
a congruência, a qual está relacionada a “Congruência e incongruência entre a
experiência atual, a comunicação dessa experiência e a consciência dessa
experiência. No processo de congruência o que é percebido pelo sujeito é
possível de ser observado pelas pessoas que o cercam”. Por exemplo se a
criança está feliz ela expressa essa felicidade, se ela tem vontade de chorar ela
chora.”
“Congruência e incongruência são estados opostos e representam diferentes
aspectos da experiência psicológica de um indivíduo” (Abordagem centrada na
pessoa, Junho 14,2023).Na teoria de Rogers a empatia ao próximo e se colocar
ao lugar e compreensão é supervalorizada, a qual se entende que atrás da
empatia se torna essencial no processo terapêutico.
Um dos fundadores da Psicologia Humanista e Criador da Psicoterapia
Centrada no Cliente e, posteriormente, da Abordagem Centrada na Pessoa, Carl
Rogers (1902-1987) forneceu hipóteses que abriram um novo campo de
pesquisa, desenvolvendo uma abordagem para todas as relações interpessoais:
a Abordagem Centrada na Pessoa.
Duas vezes eleito presidente da Associação Americana de Psicologia,
recebeu desta os prêmios de melhor contribuição científica e o de melhor
profissional.
Rogers morreu em 4 de fevereiro de 1987, mesmo ano em que foi indicado
ao Prêmio Nobel da Paz, aos 85 anos de idade.
Qual é o impacto de Carl Rogers ainda hoje? Neste momento de crise
econômica, social e humana em que os valores individuais tendem a
desaparecer e que a vida deixou de ter um valor único, a mensagem de Rogers
mostra-se indispensável para a compreensão do homem como um ser que dá
sentido ao social, num conceito global de organismo, em todos os níveis de
organização, numa posição profundamente humanista.
“O ser humano, como todos os organismos, tende a crescer e a se
atualizar. É claro que todos os fatores sociais, econômicos e familiares podem
interromper esse crescimento, mas a tendência fundamental é em direção ao
crescimento, ao seu próprio preenchimento ou satisfação. A pedra fundamental
da psicologia humanista pelo menos como eu vejo, é, portanto, essa crença de
que o ser humano tem um organismo positivo e construtivo”.

O NASCIMENTO DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA

Em 11 de dezembro de 1940 Carl Rogers proferiu a palestra.


“Os mais recentes conceitos em psicoterapia”, na Universidade de Minesotta.
Essa nova psicoterapia, como ele próprio denominou, propunha:
1. Uma maior confiança no impulso do indivíduo em direção ao crescimento,
saúde e ajustamento;
2. A terapia como uma maneira de libertar o cliente para o crescimento e o
ajustamento normais;
3. Ênfase nos aspectos afetivos da situação e não somente nos intelectuais;
4. Privilégio da situação imediata mais do que ao passado;
5. Relacionamento terapêutico em si mesmo como uma experiência de
crescimento.
Em função da reação ambígua da plateia, que reagiu palmas e vaias, Rogers
considerou que estava trazendo uma contribuição original. Esta palestra
marcou o nascimento da Abordagem Centrada na Pessoa, e se transformou no
cap. 2 do livro Psicoterapia e Consulta Psicológica, lançado em 1942.
“Parece absurdo alguém poder nomear o dia que a Abordagem Centrada na
Pessoa nasceu. Contudo, eu sinto que é possível nomeá-lo como sendo o
dia 11 de dezembro de 1940.” (Carl Rogers)

Abraham Harold Maslow

Um dos principais teóricos da Psicologia Humanista foi Abraham


Maslow (1908-1970), americano, considerado o pai espiritual do movimento
humanista.
É atualmente o psicólogo mais popular nos Estados Unidos. Foi
presidente da Associação Americana de Psicologia, tem 65 anos e é o chefe do
Departamento de Psicologia da Universidade Brandeis. Escritor vigoroso e de
invulgar claramente, é autor de The Psicologia da Ciência e Motivação e
Personalidade, além de mais de 100 artigos
.
Em sua teoria da metamotivação, pretendemos desenvolver as bases
para uma ideologia que pudesse ser aceita por todos os seres humanos, que
pudesse unir todos os seres humanos.
“Existem certamente homens bons, fortes e bem-sucedidos no mundo — santos,
sábios, bons líderes, responsáveis, candidatos a políticos, estadistas, homens
de espírito forte, vencedores mais do que perdedores, pais em vez de filhos.
Tais pessoas estão à disposição de quem quiser estudá-los como eu fiz.
Mas nem por isso deixa de ser verdade que existem muito poucos, embora
pudesse haver muitos mais, e são frequentemente maltratados pelos seus
semelhantes.
Assim, isso também deve ser estudado, esse medo da bondade e da
grandeza humana, essa falta de conhecimento sobre como ser bom e forte, essa
incapacidade para converter a nossa ira em atividades produtivas, esse temor
da maturidade e da sublimação que nos chega com a maturidade, esse receio
de nos sentirmos virtuosos, de nos amarmos a nós próprios, de sermos dignos
de amor e de respeito. Especialmente, devemos aprender como transcender a
nossa tendência insensata para deixar que a compaixão pelos fracos gere o ódio
pelos fortes.
É essa espécie de pesquisa que recomendo mais insistente e
urgentemente aos jovens e ambiciosos psicólogos, sociólogos e cientistas
sociais em geral. E a outras pessoas de boa vontade, que querem ajudar a
construir um mundo melhor, recomendo veementemente que considerem a
ciência — a ciência humanista — uma forma de fazer isso, uma forma muito boa
e necessária, talvez até a melhor de todas.
Simplesmente, não dispomos hoje de conhecimentos bastante idôneos
para avançar na construção de Um Mundo Bom. Não dispomos sequer de
conhecimentos suficientes para ensinar aos indivíduos como se amarem uns aos
outros — pelo menos, com uma razoável dose de certeza. Estou convencido de
que a melhor resposta está no progresso do conhecimento”.
Abraham Maslow – Introdução à Psicologia do Ser

O Nascimento da Psicologia Humanista De Abraham H. Maslow

A Psicologia Humanista é marcada por um compromisso de engajamento


em favor da mudança social e cultural, em direção a uma sociedade de valores
mais humanos, menos controladora, mais atenta às necessidades intrínsecas de
autorrealização, mais criativa e lúdica, envolvendo relações pessoais mais
abertas, autênticas, autoexpressivas e prazerosas, onde a pessoa, em sua
liberdade e autodeterminação no desenvolvimento de suas possibilidades, seja
o valor supremo, contra todos os dogmas, valores e autoridades externamente
constituídas.
TEMÁTICA:
“Em seu livro Introdução à Psicologia do Ser, de 1957, Maslow aponta
para a necessidade do desenvolvimento de uma Psicologia da Saúde, criticando
as teorias que generalizam suas conclusões sobre o ser humano a partir de
dados obtidos quase que exclusivamente no estudo de indivíduos mentalmente
perturbados, resultando consequentemente em um retrato pessimista e
desabonador da natureza humana.
Maslow, ao contrário, se propõe o estudo dos melhores exemplares da
espécie, por ele chamados personalidades auto atualizadoras, dando início à
tradição humanista de abordar a Psicologia a partir do prisma da saúde e do
crescimento psicológico.
A Psicologia Humanista é muitas vezes identificada como o Movimento do
Potencial Humano. É mais típico da Psicologia Humanista buscar definir as
características do pleno e saudável exercício da condição humana, em
distanciamento do qual as patologias podem então ser entendidas.
– Ênfase nas capacidades e potencialidades características e exclusivas da
espécie humana.
Volta ao humano como objeto de estudo. Designando qualidades e
capacidades por excelência, tais como valores, criatividade, sentimentos,
identidade, vontade, coragem, liberdade, responsabilidade, autorrealização, etc.,
fornecem temas de estudo típicos das abordagens humanistas.
Essas e outras temáticas, igualmente características (organismo, self,
significados, intencionalidade, necessidades básicas, experiência subjetiva,
encontro, etc.), estão também associadas à visão de homem, à proposta de
Ciência, e aos métodos e técnicas desenvolvidos e assumidos pela Psicologia
Humanista.

Hierarquia das necessidades de Abraham Maslow

Abraham Maslow, acreditava na tendência individual da pessoa para se tornar


autorrealizadora, sendo este o nível mais alto da existência humana. Maslow
criou uma escala de necessidades a serem satisfeitas e, a cada conquista,
nova necessidade se apresentava. Isso faria com que o indivíduo fosse
buscando sua autorrealização, pelas sucessivas necessidades satisfeitas,
conforme gráfico abaixo:
Para Maslow, as pessoas têm um desejo natural de serem
autorrealizadas. Ou seja, de serem tudo o que puderem ser. Para isso, antes
buscam atender necessidades inerentes do ser humano, nomeada de hierarquia
das necessidades.
A hierarquia das necessidades de Maslow é representada por uma
pirâmide.
Os cinco níveis de necessidades são, de baixo para cima:
• Necessidades fisiológicas: comida, água, sono, homeostase
(funcionamento do organismo em equilíbrio), sexo, respiração, excreção.
• Necessidades de segurança: segurança do corpo, família, emprego,
recursos.
• Necessidades Sociais: Família, amigos, comunidade.
• Necessidade de Estima: Aprovação da família, aprovação dos amigos,
respeito dos demais.
• Necessidade de Realização Pessoal: Crescimento
pessoal, autoconhecimento, realização de seu potencial, autocontrole,
independência.
Os indivíduos buscam satisfazer, em primeiro lugar, suas necessidades
fisiológicas. Sem que essas necessidades sejam satisfeitas, o ser humano não
consegue avançar na hierarquia das necessidades. Depois que isso ocorre, o
ser humano busca satisfazer as necessidades de segurança. Em seguida, as
necessidades sociais. Depois a estima e por fim, chega no topo da pirâmide, em
busca da sua autorrealização.

Maslow foi considerado um dos principais teóricos da motivação. Para


Maslow, as pessoas têm um desejo natural de buscar a autorrealização e têm a
capacidade de perseguir seus objetivos de forma independente e livre.

De acordo com Rogers, as pessoas em pleno funcionamento são


equilibradas e vivem de forma interessante, muitas vezes são reconhecidas
como empreendedoras e motivadoras.

Humanismo e A Pessoa Totalmente Funcional

Uma das contribuições mais importantes de Rogers foi a descrição de


uma pessoa totalmente funcional, que, para ele, era o ideal
de personalidade que todos os indivíduos deveriam perseguir.
Rogers descreve uma pessoa que está buscando se aperfeiçoar para chegar a
autorrealização, uma pessoa altamente funcional. Segundo o psicólogo, cinco
comportamentos e características indicam um indivíduo funcional:

1. Abertos à experiência
Pessoas abertas a viver experiências e que aceitam todas as emoções oriundas
delas, sendo positivas ou negativas. Pessoas altamente funcionais não negam
as emoções negativas, e sim, aprendem a trabalhá-las.

2. Vida existencial
São pessoas que dão um sentido à sua existência, são ativas e estão em
constante movimento, vivendo, aprendendo, existindo. Essas pessoas se
preocupam em viver o presente, sem deixar de considerar o passado ou futuro,
mas aproveitando ao máximo o momento atual.

3. Confiam nos sentimentos


Essas pessoas confiam nos seus sentimentos, instintos e reações. São pessoas
autoconfiantes e que prezam a sua capacidade de decidir e fazer escolhas
certas.

4. Criatividade
Pessoas que possuem pensamento criativo e assumem riscos, agem com
criatividade e inovação para superar crises. Diz respeito a capacidade de se
ajustar às situações e buscar novas experiências.
5. Liberdade Experiencial
Uma pessoa feliz e autorrealizada está sempre em busca de preencher seu
tempo com novas experiências e emoções com liberdade e responsabilidade,
fazendo o que elas gostam e querem.

No Brasil

*Elias Boainain Jr. definia-se como um “psicólogo transpessoal


rogeriano”. Foi membro fundador e conselheiro do Núcleo Paulista da
Abordagem Centrada na Pessoa, professor das Faculdades Metropolitanas
Unidas, da Universidade de Mogi das Cruzes, e da Universidade de Taubaté,
bem como docente do Curso de Especialização em Abordagem Centrada na
Pessoa do Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo.
Também fez parte da equipe docente do Curso de Formação em
Abordagem Centrada na Pessoa, promovido Centro de Psicologia da Pessoa-
RJ. Mestre em Psicologia pela Universidade de São Paulo, onde integrou o
Laboratório de Estudos e Pesquisas do Potencial Humano. Dedicou-se
profundamente ao estudo da integração entre a Abordagem Centrada na Pessoa
e a Psicologia Transpessoal.

Principais artes e obras

Na história da arte, o humanismo trouxe uma revolução significativa.


Mudou a perspectiva das pessoas sobre o mundo, o que influenciou diretamente
a produção artística do período. No Renascimento, os artistas começaram a
retratar a figura humana e a natureza de maneira mais aprofundada e realista.
Uma obra que ilustra essa nova perspectiva é a “David“, de Michelangelo. Nela,
é observada uma representação precisa da anatomia humana, algo que não era
comum nas artes antes do humanismo. Há também uma exploração nova da
expressão emocional e da personalidade do sujeito retratado.

Na literatura, autores como Dante Alighieri, com a “Divina Comédia“, e


Giovanni Boccaccio, com o “Decameron“, introduziram personagens complexos
que enfrentaram dilemas morais e questionaram suas vidas e sociedades em
maneiras que só foram possíveis graças ao humanismo.
Impacto do humanismo na psicologia

O humanismo, com seu foco no valor e potencial do indivíduo, teve um


grande impacto no campo da psicologia, contribuindo para o desenvolvimento
de abordagens mais empáticas e centradas no ser humano. Aplicar os princípios
do humanismo na psicologia permite que os profissionais vejam os pacientes
como indivíduos únicos, capazes de fazer escolhas e crescer, em vez de serem
prisioneiros de sua condição mental ou emocional.

A maior contribuição dessa nova linha psicológica é a da experiência consciente,


a crença na integralidade entre a natureza e a conduta do ser humano, no livre arbítrio,
espontaneidade e poder criativo do indivíduo.

A realidade, para a Psicologia Humanista, deve ser exposta à temporalidade,


deve ser fluída e não estática, permitindo que ao indivíduo a perspectiva de sua
totalidade, desmistificando a idéia de uma realidade pura, confrontando-a com outras
realidades. A integração entre o indivíduo e o mundo, permite que ele sinta a realidade
presente, libertando-se das exigências do passado e do futuro.

A psicologia e a Educação

Para teoria humanista o conhecimento. é uma experiência subjetiva no


processo de vir-a-ser. A percepção que o sujeito tem do mundo é a realidade,
essas percepções estão presentes em todas as relações interpessoais que o
sujeito estabelece em seu meio social. Para Rogers, a tendência ao crescimento
pode ser facilitada por qualquer relação interpessoal em que um dos membros
esteja livre da incongruência.
Aprendizagem faz parte do campo de experiência subjetiva da criança e
constituem a percepção que a criança tem de si mesma, nesse caso, a educação
escolar vai para além do ensinar conteúdos acadêmicos. A educação então
assume o papel de educar para que a criança continue se desenvolvendo em
direção ao tornar-se pessoa, a partir de um processo contínuo
De acordo com a teoria humanista, o processo educativo e centrado no
aluno, o educando é visto como um ser em transformação constante de si e do
mundo. Em cada aluno, há uma consciência que lhe permite fazer escolhas
autônomas e a escola tem como princípio fundamental criar e preservar essa
consciência por meio de posicionamentos pedagógicos democráticos.
O papel do educador é o de facilitador da aprendizagem seu trabalho
pedagógico deve ser congruente, ou seja, o que o professor comunica deve
corresponder as suas ações e ao seu posicionamento no mundo. O método de
ensino é não-diretivo.
O professor não dirige o processo de ensino ele criar condições para que
o aluno possa se desenvolver de forma autônoma. O professor observa e sua
intervenção tem como objetivo de criar um espaço de liberdade para facilitar a
aprendizagem. Nesse sentido, aprendizagem é uma resposta ao vínculo
interpessoal que potencializa o processo de desenvolvimento em die avaliação
e reavaliação de si e de suas ações.
Considerando a abordagem humanística na educação é preciso o
professor estar atento estas fases na criança. Já que a incongruência pode ao
se manifestar pode” levar a criança a se opor ao meio quando seu desejo não
encontrar correspondência na realidade” o que poderá ser um entrave à sua
aprendizagem.

Considerações finais
Essa abordagem mostra a importância de estimular o desenvolvimento de
práticas que sejam construtivas a partir da visão de liberdade para aprender,
também conhecida como: Abordagem Centrada na Pessoa ou teoria da
personalidade e abordagem terapêutica (terapia centrada no cliente, 1951)).
Ensino centrado no aluno (Liberdade para Aprender, 1969)
Abraham Maslow criou a teoria da motivação.
O humanismo traz a ideia de que cada ser humano é único conferindo ênfase na
singularidade humana a partir do conceito da autorrealização e da liberdade desse
sujeito.
Valorizando a experiência humana individual, acreditando firmemente na capacidade
de autorrealização humana e fomentando a autonomia pessoal, o humanismo e a
Psicologia buscam promover o bem-estar mental e emocional, e, mais do que isso,
explorar o vasto potencial que há em cada um de nós.
REFERÊNCIAS:

MONTE, Jaime Bezerra do. Psicologia da Educação I: caderno pedagógico.


Florianópolis: UDESC/CEAD/ UAB, 2011

O Que é Psicologia Humanista? Psicologia Humanista Conheça as principais


características da Psicologia Humanista. Postado em 17 de março de 2022
MARQUES, José Roberto. Disponível em:
https://www.ibccoaching.com.br/portal/o-que-e-psicologia-humanista/
Acessado em 19/03/2024

A CONGRUÊNCIA, A INCONGRUÊNCIA E SUAS IMPLICAÇÕES, Juliana


Fitaroni, Psicóloga, CRP 18/02964; junho 14, 2023
https://espacoviverpsicologia.com/blog/2023/06/14/a-congruencia-a-incongruencia-e-
suas-implicacoes/

Acessado em 22/03/2024

CARL ROGERS: QUEM FOI E QUAIS SÃO SUAS TEORIAS. ITPC-2024 IPTC
| Instituto Paranaense de Terapias Cognitivas | Todos os direitos reservados.
Carl Rogers: Quem Foi e Quais São Suas Teoria 06/11/2020. Disponível em:
https://iptc.net.br/carl-rogers
Acessado em 22/03/2024

A Abordagem Centrada na Pessoa e a Psicologia Humanista. CPHB – CENTRO


DE PSICOLOGIA HUMANISTA DE BRASÍLIA – Copyright 2020 – CPHB.
Disponível em: https://www.cphb.com.br/abordagem-centrada-na-pessoa-
psicologia-
humanista/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20a%20Abordagem%20Centrada
%20na%20Pessoa%20(ACP)%3F&text=Sendo%20a%20mais%20conhecida%
20das,as%20circunst%C3%A2ncias%20de%20sua%20exist%C3%AAncia.
Acessado em: 18/03/2024

MASLOW, Abraham H. Introdução à Psicologia do Ser – Disponível em:


https://www.academia.edu/4462256/Introdu%C3%A7%C3%A3o_%C3%A0_Psi
cologia_do_Ser_Abraham_H_Maslow

Acessado em: 26/03/2024


Humanismo: O que é? Qual sua origem? Principais características. Disponível
em: https://www.hipnose.com.br/blog/saude-mental/autoajuda/humanismo/
ACESSADO EM; 20/03/2024

David–Michelangelo Disponível em: https://www.florence-


tickets.com/images/w370/storage/app/public/repository/0/bf0156d4970a4c9291d21ea8
78f1a40d.jpg

A Última Ceia, Leonardo Da Vinci 1495 e 1498. Por Redação do Guia do Estudante.
Atualizado em 10 mar. 2023, 12H42 - Publicado em 10 mar. 2023, 12H07
Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/dica-cultural/a-ultima-ceia-entenda-
a-obra-de-leonardo-da-vinci

El Decamerón (E-Bookarama Clásicos) (Spanish Edition) eBoo


https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.amazon.com.br%2FEl-
Decamer%25C3%25B3n-Spanish-Giovanni-Boccaccio-
ebook%2Fdp%2FB07FMYL5H1&psig=AOvVaw2LsIna74XqX0hSRzF9XfWw&ust=1711
488860729000&source=images&cd=vfe&opi=89978449&ved=0CBIQjhxqFwoTCKC9k
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ARQUIVO Nº: 701922246. Disponível em:
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