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Trabalho Prático nº 2

Cultura Lusófona Comparada

1) Como é o encontro das cuturas? Ver os preconceitos no encontro entre os


portugueses e os “outros”.
2) Que procuravam os portugueses?
3) Ver que relaçao estabelecem os portugueses com os moradores e as coisas.
4) A questao religiosa: há alguma referência neste fato?

Respostas:

1) Preconceitos:
 Em primeiro lugar, aparece a vestimenta, isto é: no ponto de vista dos
conquistadores, os índios eram vistos como bárbaros por nao vestir-se “adequadamente”
(ou seja, como eles); e no ponto de vista dos índios, os portugueses eram considerados
esquisitos, “estrangeiros” por usar tanta roupa em lugares como esses.
 Em segundo lugar, o modo de viver de cada um deles (isto é, os
costumes, o modo de agir, etc).
 Em terceiro lugar aparece o linguagem: esta questao é muito importante,
devido á forma de comunicaçao estabelecida entre ambos setores (os portugueses e os
índios). Eles nao compartiam o mesmo idioma, a mesma língua; e por essa razao
comunicavam-se geralmente por meio de sinais.
 Em quarto lugar, está o racial: refêre-se á maneira de como eram vistos
os índios pelos portugueses.

Pode notar-se na primeira questao, no encontro que tiveram com os Hotentotes (os
homens da terra como lhes chamavam). Alí, os preconceitos tiveram origem na
vestimenta num primeiro contato entre os índios e os portugueses. Isto é, uns achavam
ao outro estranho por nao ser como eles. “...andam cobertos com peles e usam cintas de
couro em suas vergonhas.”(E. Bueno, O Descobrimento das Índias, pág. 43).

Respeito á segunda questao, as diferenças ficaram marcadas em vários encontros que


fizeram no transcurso de seu viagem. Um exemplo: “...Os homens desta terra, ruivos e

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de bons corpos, sao da seita de Mafamede e falam como mouros. Suas vestimentas sao
de panos de linho e de algodao, muito finos, e de muitas cores, de listras e sao ricos e
lavrados [coloridos, pomposos e bordados].

Todos trazem nas cabeças, com vivos de seda tecidos com fio de ouro. Eles sao
mercadores e negociam com mouros brancos. [...].
Neste lugar e ilha, a que chamam Moçambique, estava um Senhor a que eles chamavam
sultao, que era como um vice-rei.”(E. Bueno, O Descobrimento das Índias, págs. 56-
57).
Na terceira questao, era fundamental a comunicaçao. Como nao compartiam um
mesmo idioma, recorreram aos sinais. Exemplo: “...Enquanto nos comunicávamos por
acenos, percebemos andar entre o mato os moços agachados, com armas nas maos...”(E.
Bueno, O Descobrimento das Índias, pág. 49).

Na quarta questao, finalmente, o aspecto que mais prevalece neste escrito: a


discriminaçao racial. O sentimento de “ser” superiores, poderosos, producia algo
fundamental: que fizeram com os nativos o que quiser. Aliás, os indígenas, para os
portugueses, nao eram senao animais, escravos, seres primitivos e selvagens; que lhes
serviam para poder chegar a sua meta.

Por outro lado, os índios eram considerados “negros”, nao como índios ou nativos de
determinada terra. O forte etnocentrismo que predominava fez grandes desastres, e
segue fazendo-o de alguma forma. “...Eles entao começaram a tocar quatro ou cinco
flautas, e uns tocavam alto, outros, baixo, num concerto muito bom para negros, de
quem nao se espera música. Além disso, bailavam como negros.”(E. Bueno, O
Descobrimento das Índias, pág. 48). “...esta gente é negra.”(E. Bueno, O Descobrimento
das Índias, pág. 54).
2) “...Em busca do sonho.”(E. Bueno, O Descobrimento das Indias, pág. 41).
Os portugueses tinham uma meta que era chegar á Índia. O que eles procuravam, além
de chegar alí, era um domínio maior de terras e povoaçoes que lhes deram poderío.
O rei D. Manoel I, enviou para a expansao marítima quatro naus e com isso ampliu
questoes mercantis. Ele interessava-se nas especiarias e na conquista das terras.

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Vasco da Gama foi o capitao da primeira nau que atingiu a Índia. Sua tripulaçao teve
homens de muito valor e coragem que se lançaram para o mar sem pensar nos perigos
que poderíam acontecer.

3) Relaçao entre portugueses e nativos. Há duas questoes para ter em conta:


 “...Enquanto nos comunicávamos por acenos, percebemos andar entre o
mato os moços agachados, com armas nas maos...”(E. Bueno, O Descobrimento das
Índias, pág. 49).

O relacionamento com os novos povos que iam conhecendo, trazia para os


conquistadores uma problemática muito difícil de resolver, o linguagem feito através de
sinais foi muito elemental.

A comunicaçao com os primeiros contatos foi muito complicada, já que os portugueses


nao conseguiram relacionar-se bem; e pretendiam com a força a sumissao dos nativos.
Para isso, quando chegaram á terra lançaram bombas, tendo medo de alguma traiçao.

 “...Tudo isto para lhes mostrarmos que eramos poderosos e que poderíamos
fazer mau si quiséssimos, mas nao o queríamos...”(E. Bueno, O Descobrimento das
Índias, pág. 49).

Outra questao é a atitude de superioridade, de poder sobre o outro, e com isso a pressao,
a ameaça de que se os indígenas nao faziam o que os portugueses lhes diziam; nao havia
acordo nenhum. Dáva-se um sério etnocentrismo, os índios eram vistos como qualquer
coisa menos como pessoas, eram achados atrasados.

Alunas:

Anahí Lotto L- 1609/8

Nevenka Cergol C- 2810/0

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