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INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS PALMEIRA DOS ÍNDIOS


CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

LAVÍNIA ROBERTO JATOBÁ

CORPOS RÍGIDOS E A CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA

PALMEIRA DOS ÍNDIOS, AL


2023
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INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS


CAMPUS PALMEIRA DOS ÍNDIOS
CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

LAVÍNIA ROBERTO JATOBÁ

CORPOS RÍGIDOS E A CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA

Anotações acerca do desenvolvimento de prática


experimental em laboratório na disciplina de Física
Experimental do curso Bacharelado em Engenharia
Civil do Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia de Alagoas- Campus Palmeira dos Índios.
Professor: Rodrigo Raposo.

PALMEIRA DOS ÍNDIOS, AL


2023
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1. MATERIAIS UTILIZADOS

 01 Plano inclinado com plataforma auxiliar, base inferior com escala em graus e
sapatas niveladoras;

 01 Cilindro maciço;

 01 Cilindro oco;

 02 Sensores óticos;

 01 Cronômetro de interface;

 01 Paquímetro quadridimensional de 150mm.

2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL / RESULTADOS

Cada cilindro tem sua respectiva massa, já que um é oco e outro maciço, dessa forma;

𝑀𝑚 = 0,108𝑘𝑔
𝑀𝑜 = 0,23𝑘𝑔

Montamos o equipamento e inclinamos o plano com um ângulo de 4° e já


determinamos o seno deste ângulo:
𝑠𝑒𝑛(4°) = 0,07

Após posicionar dois sensores óticos sobre a linha imaginária que foi percorrida pelo
centro de massa dos cilindros, observamos o nivelamento inicial da base do plano inclinado
(0,026m). Tendo como valores de posições:

𝑋𝑖 = 40𝑚𝑚
𝑋𝑓 = 400𝑚𝑚
∆𝑋 = 360𝑚𝑚

A altura inicial em que o cilindro foi abandonado, foi calculado pela expressão:
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ℎ𝑖 = ∆𝑋𝑠𝑒𝑛𝛼
ℎ𝑖 = 360 ∗ 0,07 = 25,2𝑚𝑚 = 0,0252𝑚

Tabela 1

CORPO DE RAIO DESNÍVEL - H INTERVALO DE MÉDIA DO


MASSA(kg)
PROVA (m) (m) TEMPO (s) INTERVALO
0,11
CILINDRO
0,108 0,025 0,11 0,11
MACIÇO
0,11
0,0252
0,13
CILINDRO RI = 0,223
0,023 0,13 0,13
OCO RE = 0,2525
0,13
Fonte: Autora

Usando os dados já obtidos, temos:

Tabela 2

GRANDEZAS CILINDRO MACIÇO CILINDRO OCO

MOMENTO DE INÉRCIA (I) 0,000034 kg*m² 0,0013051 kg*m²

VELOCIDADE LINEAR
0,57383 m/s 0,2613343 m/s
MÉDIA (V)

VELOCIDADE ANGULAR
22,9532 rad/s 1,0992 rad/s
(W)

ENERGIA CINÉTICA DE
0,0296353 J 0,0007854 J
TRANSLAÇÃO (KT)

ENERGIA CINÉTICA DE
0,0089 J 0,000788 J
ROTAÇÃO (KR)

ENERGIA CINÉTICA TOTAL


0,0385 J 0,000157 J
(K = KT + KR)

ENERGIA POTENCIAL
0,0267 J 0,0056801 J
INICIAL
Fonte: Autora

Durante o experimento nos detemos a algumas informações tiradas como conclusão dos
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casos observados. Percebeu-se que quando o móvel chegou na posição final, a energia potencial
foi convertida em energia cinética, pela conservação da energia mecânica, sendo essa energia
de translação e rotação. Matematicamente, temos:

A energia potencial gravitacional (U) inicial do cilindro no topo da rampa é dada por:

𝑈 = 𝑚𝑔ℎ

onde:
 m é a massa do cilindro;
 g é a aceleração devida à gravidade;
 h é a altura do desnível.

A energia cinética de translação (Kt) do cilindro, quando ele está em movimento, é dada
por:

1
𝐾𝑡 = 𝑚𝑣²
2
onde:
 v é a velocidade linear do cilindro.

A energia cinética de rotação (Kr) do cilindro, quando ele está girando, é dada por:

1
𝐾𝑟 = 𝐼𝜔²
2

onde:
 I é o momento de inércia do cilindro em relação ao eixo de rotação,
 ω é a velocidade angular do cilindro.

Dessa forma, a relação entre a energia potencial inicial, a energia cinética de translação
e a energia cinética de rotação é dada pelo princípio da conservação de energia:
6

𝑈 = 𝐾𝑡 + 𝐾𝑟

Substituindo as expressões, temos:

1 1
𝑚𝑔ℎ = 𝑚𝑣² + 𝐼𝜔²
2 2

Sabendo que:

1
𝐼 = 𝑚𝑟²
2

1 1 1
𝑚𝑔ℎ = 𝑚𝑣² + ( 𝑚𝑟² )𝜔²
2 2 2

A relação entre a velocidade angular (ω) e a velocidade translacional do centro de massa


(v) de um cilindro ao descer uma rampa é dada pela seguinte relação:

𝑣
𝜔 =𝑟 → 𝑣 =𝜔∗𝑟
Onde:

 v é a velocidade translacional do centro de massa;


 r é o raio do cilindro;
 ω é a velocidade angular do cilindro.

Essa relação estabelece que a velocidade tangencial do ponto de contato entre o cilindro
e a superfície é igual à velocidade angular multiplicada pelo raio do cilindro.

O momento de inércia quando o eixo de rotação coincide com o eixo de simetria do


cilindro maciço, é:
1
𝐼= 𝑚𝑟²
2

E o momento de inércia do cilindro oco em relação ao eixo coaxial de rotação que passa
pelo centro, onde r1 e r2 referem-se aos raios interno e externo do cilindro, será:
7

𝑚
𝐼= (𝑟12 + 𝑟22 )
2

Combinando essas equações, temos que:

 Para o cilindro maciço:


1 2
1 1 2
𝑣2
𝑚𝑔ℎ = 𝑚𝑣 + ( 𝑚𝑟 ) 2
2 2 2 𝑟

1 1
𝑚𝑔ℎ = 2 𝑚𝑣 2 + 4 𝑚𝑣² (2)
3 2
𝑔ℎ = 𝑣
4

4𝑔ℎ
𝑣=√
3

 Para o cilindro oco:

1 1 𝑚
𝑚𝑔ℎ = 𝑚𝑣 2 + [ (𝑟12 + 𝑟22 )] 𝑣 2 𝑟2²
2 2 2

1 𝑟12 1
𝑔ℎ = [ + ( 2
+ )] 𝑣²
2 4𝑟2 4

𝑔ℎ
𝑣=√
1 𝑟12 1
[2 + ( + )]
4𝑟22 4

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