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CRESCIMENTO E

DESENVOLVIMENTO
HUMANO
Profª Alanna Santiago
Mestre em Saúde do Adulto e da Criança (PPGSAC-UFMA)
Educação Física (UFMA)
Laboratório de Fisiologia e Prescrição do Exercício do Maranhão (LAFIPEMA-UFMA)
me.alanna.ef@gmail.com
2 EMENTA
▹Carga horária: 60 horas
▹A disciplina abrange fatores constitutivos e conceituais no processo do
crescimento e do desenvolvimento humano ao longo do ciclo de vida
relacionando com a atividade física. Introduz a discussão sobre a fluidez
do ciclo vital e suas dimensões, dividindo em fases do pré-natal à velhice.
Discutindo assim, os fatores moduladores do crescimento sendo eles:
genéticos, hormonais e nutricionais, bem como aspectos do
desenvolvimento de funções cognitivas e psicossociais. A partir desses
conhecimentos, busca a compreensão do campo através da descrição,
explicação, predição e modificação do comportamento, explorando
também, as alterações no crescimento e no desenvolvimento humano
pontuando as modificações físicas, cognitivas e sociais.

Projeto Pedagógico do Curso de Educação Física da IESF – Matriz 2017.1


3 AVALIAÇÃO
Serão realizadas duas atividades por bimestre (peso 4 e peso 6) para compor a nota
correspondente, sendo que a de peso 60% é referente à prova bimestral que será
composta de 8 questões de múltipla escolha e 2 questões subjetivas/discursivas, que
será disponibilizada presencialmente em material impresso, e a de peso 40% será
referente a um trabalho/atividade.

• 1ªAvaliação: Verificação de aprendizagem escrita (peso 60%) realizada


presencialmente + Atividade/trabalho (peso 40%)
• 2ª Avaliação: Verificação de aprendizagem escrita (peso 60%) realizada
presencialmente + Atividade/trabalho (peso 40%)
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4 OBJETIVO GERAL
▹Dominar os conceitos, procedimentos e atitudes relativos aos conteúdos
de crescimento e desenvolvimento humano quando aplicados na avaliação
e planejamento das aulas de educação física escolar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
▹Proporcionar aos acadêmicos aporte teórico acerca dos principais
conceitos de crescimento e desenvolvimento;
▹Viabilizar experiências práticas sobre métodos de avaliação de parâmetros
de crescimento e desenvolvimento;
▹Trabalhar temáticas transversais estimulando o pensamento crítico sobre
as influências sociais, psíquicas e etc sobre os aspectos biológicos.
5 RESUMO DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE I
▹Conceitos de crescimento, desenvolvimento e maturação
▹Processo de crescimento e maturação
▹Testes básicos de avaliação do crescimento e maturação
▹Fases de desenvolvimento nas teorias motora, cognitiva, afetiva e social
UNIDADE II
▹Desenvolvimento cognitivo
▹Desenvolvimento social
▹Desenvolvimento motor
▹Ampulheta de Gallahue
▹Aprendizagem motora
6 HABILIDADES ADQUIRIDAS

▹Dominar os conceitos, procedimentos e atitudes relativos aos conteúdos


sobre crescimento e desenvolvimento humano para o ensino da educação
física escolar, por meio de valores éticos, sociais, morais e estéticos
conforme as temáticas transversais.
CONTRIBUIÇÃO PARA FORMAÇÃO DO
7 EGRESSO

▹Pesquisar, conhecer, compreender e avaliar o contexto social e intervir


academicamente e profissionalmente, tendo assim autonomia para utilizar
de manifestações e expressões da motricidade considerando aspectos do
crescimento e desenvolvimento humano para o planejamento escolar.
8 BIBLIOGRAFIA BÁSICA
▹MALINA, R. M.; BOUCHARD, C.; BAR-OR, O. Crescimento, maturação e
atividade física. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2009.

PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 12 ed.
Porto Alegre: AMGH, 2013.

▹VIEIRA, Juliano S.; HAUBERT, Márcio S.; SILVEIRA, Patrick G.; et al.
Crescimento e Desenvolvimento Humano e Aprendizagem Motora. Porto
Alegre: SAGAH, 2018.

▹THOMAS, Armstrog. Odisseia do desenvolvimento humano: navegando pelos


12 estagio da
vida. Porto Alegre, RS: Artmed, 2011.

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BIBLIOGRAFIA
9 COMPLEMENTAR
ALBERSTONE, Cary D. Bases anatômicas do diagnostico neurológico. Porto Alegre, RS:
Artmed, 2011.

BOYD, Denise. A criança em crescimento. Porto Alegre, RS: Artmed, 2011.

BROUNS, Fred. Fundamentos de nutrição para os desportos. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ:
Guanabara Koogan, 2014.

FREIRE, João Batista. Educação como pratica corporal. São Paulo, SP: Sciopione, 2009.
GAYA, Adroaldo. Ciências do movimento humano: introdução a metodologia da pesquisa. Porto
Alegre, RS: Artmed, 2008.

RÉ, A. H. N. Crescimento, Maturação e desenvolvimento na infância e adolescência: Implicações


para o esporte. Motricidade. Vol. 7, n. 3, p. 55-67.

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CRESCIMENTO

▹É considerado o maior dentre os três processos biológicos. Se faz


CONCEITOS FUNDAMENTAIS

presente nos primeiros 20 anos de vida pelo menos, em destaque, trata-se


do aumento do tamanho do corpo de modo geral ou em seguimentos
específicos.

Hipertrofia Hiperplasia

Malina, R.M., Bouchard, C., Bar-Or, O.. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo: Phorte; 2009.
CRESCIMENTO
▹CURVA DE CRESCIMENTO NORMAL
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

▸ Durante o 1º ano de vida (fase Lactante) a velocidade de


crescimento é a maior, mas cai ainda na idade infantil (1 a 3 anos) de forma
íngreme e alcança valores relativamente estáveis na idade pré-escolar (3 a
7 anos), que mostram uma certa constância até a entrada da puberdade;

▸ Na puberdade (meninas 11 a 14 anos e meninos 12 a 15), ocorre novamente


um maior crescimento (estirão);

▸O fim do ápice de velocidade de crescimento, ocorre


com fechamento dos discos epifisários, cerca de 2 a
3 anos depois da puberdade.
WEINECK, J.. Treinamento Ideal. São Paulo: Manole, 2003.
MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L.. Fisiologia do Exercício: Nutrição, energia e desempenho humano.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 8. ed.
Discos epifisários
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

National Strength and Conditioning Association (NSCA), 2016


DESENVOLVIMENTO
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

▹Descreve a progressão natural da vida pré-natal à idade adulta;

Ex: Crescimento das células até estarem


desenvolvidas para executar determinada
Funcionalidade de um sistema.

Malina, R.M., Bouchard, C., Bar-Or, O.. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo: Phorte; 2009.
National Strength and Conditioning Association (NSCA), 2016

DESENVOLVIMENTO
▹Exemplo:
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Estado de
Maturidade
15 MATURAÇÃO
Alcança níveis intensos na Puberdade

Maturação Biológica

Timing Tempo

Transformação das gônadas de um estado


infantil a um adulto (MARSHALL, 1978).

Malina, R.M., Bouchard, C., Bar-Or, O.. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo: Phorte; 2009.
16 “TIMING”
Momento em que ocorre um dado evento maturacional.
Ex.: Mudanças de
composição corporal

Telarca Menarca % de Gordura

Primeira FASE ADULTA


menstruação

PUBERDADE: inicia-se com a ativação do eixo


Pubarca hipotálamo-hipófise-gonadal. Culminando na
capacidade reprodutiva.
Malina, R.M., Bouchard, C., Bar-Or, O.. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo: Phorte; 2009.
17
RELAÇÕES

Massa
adiposa

SEDENTARISMO Nível
e outros fatores MENARCA socioeconômico
externos e etinia
Leptina
Malina, R.M., Bouchard, C., Bar-Or, O.. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo: Phorte; 2009.
18 SEDENTARISMO EM MENINAS

▹Desenvolvimento de mamário;
▹Percepções de desconforto;
▹Menor autoestima;
▹Menor participação em Atividade Física.
Mudanças hormonais e alterações na composição
corporal, como o aumento de gordura corporal
característicos dessa fase, podem ser relacionados ao
declínio da AF.

BASIL, et. al. Atividade física e maturação biológica: uma revisão sistemática. Revista Paulista de Pediatria. 2014.
ATIVIDADE
19

FÍSICA
Os indivíduos tornam-se menos ativos
fisicamente à medida que o progresso em
direção ao estado de maturidade evolui,
independentemente da idade cronológica.
BASIL, et. al. Atividade física e maturação biológica: uma revisão sistemática. Revista Paulista de Pediatria. 2014.
Crianças e adolescentes de 5 a 9 anos e de
10 a 19 anos apresentaram evolução de Excesso de peso e
Obesidade. Em média, uma em cada três crianças de cinco a nove
anos está com excesso de peso e uma em cada seis crianças tem
problemas de obesidade infantil.

Esta realidade revela um problema de grande magnitude para a


saúde pública brasileira e mundial.

20

Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
21 DOENÇAS ASSOCIADAS

▹Obesidade;
▹Hipertensão;
▹Diabetes;
▹Menor participação em Atividade Física.

AUMENTO DE GASTOS COM TRATAMENTO


DE DOENÇAS
BASIL, et. al. Atividade física e maturação biológica: uma revisão sistemática. Revista Paulista de Pediatria. 2014.
IDADE DA MENARCA
A idade da menarca está diminuindo?

22
23 IDADE DA MENARCA MUNDIAL

BRASIL
24
25

CARVALHO, W.R.G.. A idade da menarca está diminuindo? Revista Paulista de Pediatria. 2007.
ESTUDOS NACIONAIS
26

CARVALHO, W.R.G.. A idade da menarca está diminuindo? Revista Paulista de Pediatria. 2007.
Acredita-se que esses fenômenos ocorram devido às
melhores condições gerais de vida e de saúde a que
estão submetidos as novas gerações, principalmente no
que se refere à nutrição, ao controle de enfermidades,
à habitação, ao saneamento e ao lazer, que têm
permitido melhores condições para o desenvolvimento
do potencial genético.

27 BRASIL (2002).

ESTUDOS EM SÃO
LUÍS-MA

28
ANÁLISE DE FATORES CLÍNICOS E SOCIOECONÔMICOS NA IDADE
29 DA OCORRÊNCIA DA MENARCA EM ESCOLARES

SILVA, A.J.S; CARVALHO, W.R.G.. Análise de fatores clínicos e socioeconômicos na idade da ocorrência da menarca em escolares. 2014.
30

SILVA, A.J.S; CARVALHO, W.R.G.. Análise de fatores clínicos e socioeconômicos na idade da ocorrência da menarca em escolares. 2014.
31

SILVA, A.J.S; CARVALHO, W.R.G.. Análise de fatores clínicos e socioeconômicos na idade da ocorrência da menarca em escolares. 2014.
O DESLOCAMENTO ATIVO NO TRAJETO CASA-ESCOLA
EM ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA SECUNDÁRIA DE
32 SÃO LUÍS/MA/BRASIL
SOUZA, S.; PEREIRA, B.; MATOS, A. P.; SILVA, A.; SANTOS, E.; SOUSA, L.; CARACAS, T.; SANTANA, P. V..

Idade: 14 a 18
MASCULINO FEMININO TOTAL
anos (16,22 ±
(n=33) (n=45) (n=78)
1,031)

Ativo 54,5% 53,3% 53,8%

Passivo 45,5% 46,7% 46,2%

XI Seminário Internacional de Educação Física, Lazer e Saúde (SIEFLAS). Perspetivas de Desenvolvimento num Mundo Globalizado. Porto:
Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto. 2015.
Gostaria de se deslocar de bicicleta à escola?
33

Idade: 14 a 18 anos MASCULINO FEMININO TOTAL


16,22 ± 1,031 (n=33) (n=45) (n=78)

Nunca 18,2% 44,4% 33,3%

Às vezes 36,4% 35,6% 35,9%

Quase sempre 21,2% 8,9% 14,1%

Sempre 24,2% 11,1% 16,7%

XI Seminário Internacional de Educação Física, Lazer e Saúde (SIEFLAS). Perspectivas de Desenvolvimento num Mundo Globalizado. Porto:
Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto. 2015.
34
Tipo de deslocamento e distância casa-escola

Idade: 14 a 18
3,1 a 5 5,1 km
anos Até 1 km 1,1 a 3 km
16,22 ± 1,031 km ou mais

Ativo 91,3% 100% 53,8% 11,5%

Passivo 8,7% 0% 46,7% 88,5%

XI Seminário Internacional de Educação Física, Lazer e Saúde (SIEFLAS). Perspetivas de Desenvolvimento num Mundo Globalizado. Porto:
Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto. 2015.
Vamos reforçar e
35

aprofundar o que
vimos até aqui?
36
37
38
39

Contextualização

Aspectos
externos em
geral
40

Exemplo: Curva de Crescimento Infantil - OMS


CURVA DE CRESCIMENTO INFANTIL - MENINOS
41

Visualize um grupo de
100 meninos saudáveis
de um ano de idade e de
diferentes locais ao
redor do mundo. Desse
modo, a OMS mapeou o
mais leve e o mais
pesado entre eles (no
caso da variável peso) e
colocou as medidas em
um gráfico.
CURVA DE CRESCIMENTO INFANTIL - MENINAS
42

▹A partir daí, foram


estabelecidos pontos
intermediários,
chamados de percentis.
“São cinco no total: 3,
15, 50, 85 e 97”, diz. O
percentil 50, por
exemplo, quer dizer que
a criança está “na
média”. 3 e 15 significa
“abaixo da média”, e 85
e 97, “acima da média”.
Alguns exemplos de
mensurar a curva de
crescimento: Vamos
exercitar?
44
45
46
47
48
FATORES INTRINSECOS
49
50
51

Fatores endócrinos

Outro fator intrínseco que regula o


crescimento humano é a atuação
do sistema endócrino, responsável
por secretar hormônios que
regulam funções específicas de
diversas áreas do corpo.
52
O hipotálamo e a hipófise são
as duas estruturas principais
responsáveis pela regulação
e secreção dos hormônios
envolvidos com o
crescimento,
especificamente os
componentes do eixo GH –
sistema IGF (MALINA;
BOUCHARD, 2002;
MARTINELLI JR et al., 2008).
53

EDUCAÇÃO
FÍSICA
ESCOLAR E
SAÚDE
Exemplo principal desta aula:
TREINAMENTO RESISTIDO

AUMENTO DA POTÊNCIA RESISTÊNCIA


FORÇA MUSCULAR MUSCULAR

MELHORA NA
HABILIDADES SENSIBILIDADE
COMPOSIÇÃO
MOTORAS A INSULINA
CORPORAL

AUMENTO NA
DENSIDADE
MINERAL
ÓSSEA
RISCO DE LESÕES

(FAIGENBAUM; MYER, 2009)


(FAIGENBAUM; MYER,
2009)
(FAIGENBAUM; MYER,
LESÃO NA PLACA DE
CRESCIMENTO

1. ATIVIDADES QUE RELATAVAM ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO NÃO


DEMONSTRARAM LESÃO NA PLACA.

1. ATIVIDADES DE ALTO IMPACTO COMO SALTOS E ATERRISSAGENS


PODEM OCASIONAR LESÃO NESSA PLACA POIS LEVAM UMA TENSÃO DE
ATÉ 6 a 7x DO PESO CORPORAL;
FATORES DE RISCO

Lesões Condicionamento Desequilíbrios


Baixa orientação
anteriores físico musculares

Condições
Nutrição Equipamento Técnica
perigosas de
inadequada impróprio inadequada
prática

National Strength and Conditioning Association (NSCA), 2016


RECOMENDAÇÕES PARA A
PRESCRIÇÃO
▹Foco principal na técnica do exercício;

▹Carga selecionada de acordo com o objetivo pré


determinado;

▹Aumento gradual de carga de trabalho (por


exemplo 5% a 10%)

National Strength and Conditioning Association (NSCA), 2016


RECOMENDAÇÕES PARA A
PRESCRIÇÃO
▹Frequência semanal de 2-3x por semana (MICROCICLOS);

▹O programa de treinamento deve ser sistematicamente


periodizado ao longo do ano (MACROCICLO) para garantir
que a criança ou adolescente seja exposta a um estímulo de
treinamento sequencial e variado com descanso adequado
e recuperação entre os ciclos de treinamento.

National Strength and Conditioning Association (NSCA), 2016


COMO O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
62 PODERIA AJUDAR?

Abordagem Projetos na escola Projetos de segurança


pedagógica Envolver os alunos. Ter Segurança também é fundamental
criatividade. para incentivo de deslocamento
Biológica Renovada ativo da população em geral.
(GUEDES & GUEDES)

Bicicletários Espaços de lazer Qual seria sua


Seria uma opção para o nas escolas proposta?
incentivo de deslocamento
Incentivar o prazer pela Pense sempre como sua
ativo.
prática de atividade física. profissão poderá ajudar seus
Construção de hábitos. alunos.
63

Critérios e Objetivos
dos testes
COMO FAZER?

▹É importante saber, que antes e durante qualquer prescrição de exercício


físico e treinamento, ou elaboração de aulas, se faz necessário um processo
detalhado de avaliação física.

▹A cineantropometria é a ciência que nos permite encontrar informações


sobre diversos parâmetros.

Malina, R.M., Bouchard, C., Bar-Or, O.. Crescimento, maturação e atividade física. São Paulo: Phorte; 2009.
O QUE É
65 CINEANTROPOMETRIA?

PROPORÇÃO
COMPOSIÇÃO
FORMA
CINEANTROPOMETRIA
Medidas e formas aplicadas MATURAÇÃO
aos seres humanos

TAMANHO FUNÇÃO
EXEMPLOS DE TESTES ESPECÍFICOS
Crianças e adolescentes:
Identificar status de crescimento, desenvolvimento e maturação para
adequação do planejamento!!

▹Composição corporal;

▹Comprimento tronco encefálico, relação cintura quadril,


Índice de massa corporal, curva de crescimento;

▹Maturação sexual: escala de Tanner;


1. Objetivos das medidas e
67 avaliações
68
COMPONENTES DA APTIDÃO
FÍSICA RELACIONADOS À
SAÚDE
Profª Me. Alanna Santiago
Menor
Atividades risco de
diárias com vigor doença
crônica

Aptidão
Saúde
física
A aptidão física possui componentes
relacionados com a saúde e com a
habilidade
- RESISTÊNCIA
CARDIO
- COMPOSIÇÃO
CORPORAL
SAÚDE - APT. MUSCULO--
ESQUELÉTICA
- FORÇA MUSCULAR
- FLEXIBILIDADE
APTIDÃO
FÍSICA
AGILIDADE,
VELOCIDADE,
POTÊNCIA,
HABILIDADE EQUILÍBRIO,
COORDENAÇÃO,
TEMPO DE REAÇÃO
72 CIÊNCIA
▹Não existem
comprovações
cientificas de que a
aptidão relacionada às
habilidades repercute
na saúde.
73

SAÚDE
A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2006), define saúde como
um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não
apenas a ausência de doença ou enfermidade.
Relação entre Atividade
Física, Exercício Físico,
Aptidão Física e Saúde

74
75

O gráfico que demonstra,


mediante estudos ponderados por
indivíduos/anos de experiência,
que níveis adequados de aptidão
física apresentam grande impacto
na taxa de mortalidade por doença
cardiovascular, assim como,
embora em menor grau, níveis
adequados de atividade física.
Logo, ao assumir um estilo de vida inativo e sedentário, a pessoa
passa a assumir um maior risco de morte, nesse caso,
76 exemplificado por doença cardiovascular (WILLIAMS, 2001).
Como a atividade física pode ser observada em diferentes
contextos e situações do dia a dia das pessoas, mais claramente
77
exemplificada por meio dos domínios de:

- atividades físicas de lazer


- atividades físicas no lar
- atividades físicas de deslocamento
- atividades físicas no trabalho

Questões relacionadas à segurança pública, a espaço públicos de


lazer de qualidade e ao planejamento urbano podem impactar na
quantidade e na qualidade da atividade física.
Assim, embora a definição de atividade física seja simples, os fatores
que interagem com sua manifestação são de grande complexidade.
APTIDÃO FÍSICA
COMPONENTES RELACIONADOS À SAÚDE
- Aptidão cardiovascular
- Composição corporal
- Flexibilidade
- Resistência Muscular
- Força Muscular
78
79 CIÊNCIA
▹Não existem comprovações
cientificas de que a aptidão
relacionada às habilidades repercute
na diretamente na saúde.
80 APTIDÃO CARDIOVASCULAR
Capacidade dos sistemas circulatórios e respiratório em fornecer
oxigênio durante a atividade física.
81 COMPOSIÇÃO CORPORAL
Quantidades correspondentes aos tecidos musculares, ósseo,
gordura e outros tecidos do corpo.
82 FLEXIBILIDADE
Amplitude de movimento em uma dada articulação.
83 RESISTÊNCIA E FORÇA MUSCULAR
Capacidade do músculo esquelético em produzir força e se manter
sem fadiga.
APTIDÃO FÍSICA
COMPONENTES RELACIONADOS AO
HABILIDADE/DESEMPENHO ESPORTIVO - Agilidade;
- Velocidade;
- Potência;
- Tempo de Reação;
- Coordenação;
84 - Equilíbrio.
85 AGILIDADE

A agilidade consiste em
desempenhar, com velocidade e
rapidez, uma mudança de
direção. Em um contexto
esportivo, a capacidade de
realizar a mudança de direção,
com alto grau de agilidade, pode
representar o sucesso ou o
fracasso em determinadas
situações no esporte.

(YOUNG; JAMES; MONTGOMERY, 2002).


86 AGILIDADE

Essa mudança de direção pode


ocorrer de várias formas, como em
linha reta, em curva ou em zigue-
zague. A agilidade é uma capacidade
que pode ser melhor compreendida
mediante dois fatores, como: a
rapidez da mudança de direção e os
fatores perceptuais e de tomada de
decisão.
87 VELOCIDADE
A velocidade é uma capacidade
física que também se relaciona com
os componentes da agilidade. A
manifestação da velocidade,
principalmente desempenhada em
linha reta, é muito observada
durante sessões de treinamento
para o seu desenvolvimento, mas
também em procedimentos de
testes, a fim de se avaliar essa
capacidade.
88 VELOCIDADE
Fatores que combinam com
frequência/número de passadas por
unidade de tempo e comprimento
de passadas são essenciais para se
determinar a velocidade em linha
reta. Nesse sentido, o
desenvolvimento da velocidade
pode ser possível ao se considerar
exercícios técnicos que otimizem a
frequência e o comprimento de
passada de forma rápida
(DAWES, ROOZEN, 2015)
89 POTÊNCIA

Tanto para esforços que


demandam agilidade quanto
velocidade, há uma grande relação
entre a capacidade de potência
muscular e a tarefa envolvida de
deslocar o corpo em diferentes
situações esportivas.
90 POTÊNCIA

A potência muscular,
definida como a taxa de
trabalho realizado por
unidade de tempo, é
resultante das variáveis
força (força = massa x
aceleração) e velocidade
(distância ÷ tempo).
91 TEMPO DE REAÇÃO
O tempo de reação resulta de um
processo de informação por meio
de estímulos e sistemas de
informação, como o visual, auditivo
e somatossensorial (DAWES,
ROOZEN, 2015), que serão
processados no sistema nervoso,
interagindo com os sistemas
musculares e esquelético para
promover o movimento de
deslocamento com rapidez.
92 COORDENAÇÃO
A coordenação motora se mostra
um componente de grande
importância da aptidão física
relacionada às habilidades
motoras no contexto esportivo. A
coordenação motora é uma
variável que interage com outras,
como força, agilidade, velocidade
e flexibilidade.

(GRECO; SILVA, 2013).


93 COORDENAÇÃO
O movimento com grande
coordenação motora se mostra
mais eficiente e, muitas vezes,
gera um menor gasto de
energia, exercendo papel
importante na sua regulação e
condução.
94 EQUILÍBRIO
No contexto esportivo, o equilíbrio
apresenta grande interação com os diversos
e complexos elementos que envolvem a
coordenação motora. Já na população idosa
a habilidade motora do equilíbrio se mostra
importante, sobretudo pela relação inversa
com a incidência de quedas. Dessa forma,
o ambiente e o tipo de população podem
indicar se o equilíbrio deve ser direcionado
como componente da aptidão física
relacionada às habilidades motoras para o
esporte ou para à saúde.
Avaliação dos
Componentes
da Aptidão
Física
Projeto Esporte Brasil-PROESP-BR A avaliação dos componentes da
aptidão física tem sido uma
96
importante ferramenta para o
profissional de Educação Física para
identificação de possíveis talentos
motores para os esportes. Assim,
recomendamos a utilização de
todos os materiais bibliográficos e
ilustrativos que envolvem o Projeto
Esporte Brasil (PROESP-BR). O
Projeto Esporte Brasil oferece uma
série de materiais que podem ser
de grande aplicabilidade, seja na
utilização de protocolos e testes
motores, seja para a compreensão
de elementos relacionados com a
aptidão física, seja ela voltada para
saúde ou para o desempenho
esportivo.
97

Vamos conhecer alguns


testes?

(Ver manual)
Para quê avaliar?
99
100
101
102 2. Tipos de avaliação

Dependendo do objetivo, o avaliador pode usar os seguintes tipos de avaliação:

2.1 Diagnóstica
103 2.2 Formativa
104

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