Direito das

sucessões

A ULA 0 7 : S U CESSÃO D O C ÔNJUGE

S OBREVIVENTE. S U CESSÃO D O
C OMPANHEIRO S O BREVIVENTE.
PROF. MSC. RAFAE L PE NE LA –
HTTP:/ / LINKTR.E E/ RAFAE LPENELA
Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
• O direito sucessório do cônjuge supérstite é
reconhecido "se, ao tempo da morte do outro,
não estavam separados judicialmente, nem
separados de fato há mais de dois anos, salvo
prova, neste caso, de que essa convivência se
tornara impossível sem culpa do sobrevivente"
(CC, art. 1.830).

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
Regra geral (CC, art. 1.830):

AFASTAMENTO
SEPARAÇÃO
SEPARAÇÃO
JUDICIAL OU DE FATO HÁ
+ DE 2 ANOS
DO DIREITO
SUCESSÓRIO
DO CÔNJUGE

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
• O vínculo matrimonial só se extingue com a
morte ou pela dissolução da sociedade
matrimonial (CC, art. 1.571, §1º).
• Caso não haja descendentes, nem ascendentes, a
sucessão é deferida por inteiro ao cônjuge
sobrevivente (CC, art. 1.838).

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
Para o afastamento do direito sucessório do
cônjuge exige-se:
➢Homologação da separação consensual (efeitos ex tunc);
➢Sentença de separação litigiosa ou divórcio direto
transitada em julgado (efeitos ex tunc);
➢Escritura pública de separação ou divórcio consensuais
lavrada em cartório (efeitos imediatos – CPC, art. 733).

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
• O que acontece se um dos cônjuges morrer no
curso de ação de divórcio direto, de conversão de
separação em divórcio ou de separação judicial?
➢Extingue-se o processo e o sobrevivente não
será considerado separado ou divorciado,
mas sim, viúvo.

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
Separação de fato por mais de 2 anos:
➢Possibilidade de afastamento do cônjuge sobrevivente da
relação sucessória.
➢Cabe aos demais herdeiros solicitar tal afastamento,
comprovando a separação de fato superior a 2 anos.

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
•Exceção à regra dos 2 anos de separação
de fato:

➢CC, art. 1.830 in fine: convivência se tornou

impossível por culpa exclusiva do falecido.

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
"Esse pressuposto de não culpa não significa que o morto
tenha sido, obrigatoriamente, o culpado exclusivo pela
ruptura da vida em comum. A interpretação do art. 1.830 do
Código Civil revela que, se a culpa foi exclusiva do finado, ou
se não houve culpa de ninguém (tendo havido, nesse caso,
mero acordo, tácito ou expresso, de separação de fato do
casal, sem imputação de culpa a qualquer dos cônjuges), o
consorte sobrevivente, mesmo separado de fato, participará
da sucessão, concorrendo nas duas primeiras ordens de
vocação hereditária, ou amealhando a totalidade do acervo,
se a vocação chegar até a terceira ordem sucessória".
Gonçalves, Carlos Roberto. Direito civil : responsabilidade civil – direito de família – direito das sucessões – v. 3 / Carlos Roberto Gonçalves / coord. Pedro Lenza. – 8. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2021.

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
• Reconciliação entre os cônjuges:
•CC, art. 1.577: "Seja qual for a causa da separação
judicial e o modo como esta se faça, é lícito aos
cônjuges restabelecer, a todo tempo, a sociedade
conjugal, por ato regular em juízo".
•Em tal hipótese, pode o cônjuge sobrevivente
suceder o falecido.

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
• Reconciliação entre os cônjuges:
•De direito: restabelecimento da sociedade conjugal
em juízo ou formalizado por escritura pública.
•De fato: reconciliação apenas de fato faz surgir uma
sociedade de fato, regida pelo direito das
obrigações. Todavia, nada impede que, voltando a
conviver, o casal opte pela união estável.

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
• Direito real de habitação (CC, art. 1.831): "Ao
cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o
regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da
participação que lhe caiba na herança, o direito
real de habitação relativamente ao imóvel
destinado à residência da família, desde que seja
o único daquela natureza a inventariar".

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Direito das Sucessões
Sucessão do companheiro sobrevivente
• Direito real de habitação do companheiro
sobrevivente (Lei nº 9.278/96, art. 7º, p.
ú.): "Dissolvida a união estável por morte de um
dos conviventes, o sobrevivente terá direito real
de habitação, enquanto viver ou não constituir
nova união ou casamento, relativamente ao
imóvel destinado à residência da família".

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
• Significado do direito real de habitação (CC, art.
1.414): "Quando o uso consistir no direito de
habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste
direito não a pode alugar, nem emprestar, mas
simplesmente ocupá-la com sua família.".

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente

•E se o cônjuge sobrevivente for

proprietário de outros imóveis?

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
STJ, REsp 1.582.178-RJ (Informativo 633): "Registre-se inicialmente que o art. 1.831
do Código Civil e o art. 7º da Lei n. 9.278/1996 impôs como a única condição para
garantia do cônjuge sobrevivente ao direito real de habitação é que o imóvel
destinado à residência do casal fosse o único daquela natureza a inventariar, ou
seja, que dentro do acervo hereditário deixado pelo falecido não existam múltiplos
imóveis destinados a fins residenciais. Nenhum dos mencionados dispositivos
legais impõe como requisito para o reconhecimento do direito real de habitação a
inexistência de outros bens, seja de que natureza for, no patrimônio próprio do
cônjuge sobrevivente. Não é por outro motivo que a Quarta Turma, debruçando-se
sobre controvérsia semelhante, entendeu que o direito real de habitação é
conferido por lei, independentemente de o cônjuge ou companheiro sobrevivente
ser proprietário de outros imóveis (REsp 1.249.227/SC, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 17/12/2013, DJe 25/3/2014)".

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge sobrevivente
STJ, REsp 1.582.178-RJ (Informativo 633): "Com efeito, o objetivo da lei é
permitir que o cônjuge sobrevivente permaneça no mesmo imóvel familiar
que residia ao tempo da abertura da sucessão como forma, não apenas de
concretizar o direito constitucional à moradia, mas também por razões de
ordem humanitária e social, já que não se pode negar a existência de vínculo
afetivo e psicológico estabelecido pelos cônjuges com o imóvel em que, no
transcurso de sua convivência, constituíram não somente residência, mas um
lar. Além disso, a norma protetiva é corolário dos princípios da dignidade da
pessoa humana e da solidariedade familiar que tutela o interesse mínimo de
pessoa que, em regra, já se encontra em idade avançada e vive momento de
inconteste abalo resultante da perda do consorte".

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge nos diversos regimes:
• Regime da comunhão universal
• Comunicação dos aquestos no regime da
separação convencional de bens
• Comunicação dos aquestos no regime da
separação legal

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge nos diversos regimes:
• Regime da comunhão universal:
•Tem direito à legítima, ou seja, à metade dos bens da
herança (CC, art. 1.846).
•Como herdeiro necessário, o cônjuge não pode ser
excluído da sucessão por testamento (CC, art. 1.849).
•Se não houver descendentes, ascendentes, nem
testamento, o cônjuge fica com toda a herança (metade
por meação e a outra metade é a legítima).
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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge nos diversos regimes:
• Comunicação dos aquestos no regime da
separação convencional de bens:
•*aquestos = bens adquiridos na constância do
casamento a título oneroso.
•Jurisprudência admite a comunicação dos aquestos no
regime da separação convencional de bens, desde que
resultem do esforço comum dos cônjuges, comprovada
a existência da sociedade de fato.
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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge nos diversos regimes:
• Comunicação dos aquestos no regime da separação
legal de bens:
•Súmula nº 377 do STF: "No regime da separação legal de bens,
comunicam-se os adquiridos na constância do casamento".
•"No princípio essa súmula foi aplicada com amplitude.
Posteriormente, no entanto, a sua aplicação ficou restrita aos
bens adquiridos pelo esforço comum dos cônjuges,
reconhecendo-se a existência de uma verdadeira sociedade de
fato".
GONÇALVES, Carlos R. Direito civil: responsabilidade civil - direito de família - direito das sucessões. v.3. (Coleção esquematizado®). [Digite o Local da Editora]: Editora Saraiva, 2024.
E-book. ISBN 9788553621989. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553621989/. Acesso em: 25 mar. 2024, p. 462.

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge nos diversos regimes:
• Comunicação dos aquestos no regime da
separação legal de bens:
•"Mesmo que em face do regime de bens adotado no
casamento não exista meação, defere-se ao cônjuge
supérstite a herança. Se morrer ab intestato aquele que
se casara pelo regime de separação de bens, o cônjuge
por ele deixado recolherá todo o patrimônio (herança),
caso não haja herdeiros das classes anteriores".
Gonçalves, Carlos Roberto. Direito civil : responsabilidade civil – direito de família – direito das sucessões – v. 3 / Carlos Roberto Gonçalves / coord. Pedro Lenza. – 8. ed. – São
Paulo: Saraiva Educação, 2021.

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge nos diversos regimes:
REGIMES EM QUE O CÔNJUGE OU REGIMES EM QUE O CÔNJUGE OU
COMPANHEIRO HERDA EM CONCORRÊNCIA COMPANHEIRO NÃO HERDA EM CONCORRÊNCIA

▪Comunhão parcial de bens, ▪Comunhão parcial de bens, não

havendo bens particulares do havendo bens particulares do
falecido. falecido.
▪Participação final nos aquestos. ▪Comunhão universal de bens.
▪Separação convencional de ▪Separação legal ou obrigatória
bens, decorrente de pacto de bens.
antenupcial.

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge nos diversos regimes:
• Flávio Tartuce: "quando o cônjuge – e agora o
companheiro – é meeiro, não é herdeiro;
quando é herdeiro, não é meeiro".
• Cláudio de Godoy: “onde o cônjuge herda, não
meia; onde meia, não herda”.

TARTUCE, Flávio. Direito Civil: Direito das Sucessões. v.6. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2024. E-book. ISBN 9786559649662. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559649662/. Acesso em: 25 mar. 2024.

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge nos diversos regimes:
• “Recurso especial. Civil. Direito das sucessões. Cônjuge sobrevivente.
Regime de comunhão parcial de bens. Herdeiro necessário. Existência
de descendentes do cônjuge falecido. Concorrência. Acervo
hereditário. Existência de bens particulares do de cujus. Interpretação
do art. 1.829, I, do Código Civil. Violação ao art. 535 do CPC.
Inexistência. (...). 2. Nos termos do art. 1.829, I, do Código Civil de
2002, o cônjuge sobrevivente, casado no regime de comunhão
parcial de bens, concorrerá com os descendentes do cônjuge falecido
somente quando este tiver deixado bens particulares. 3. A referida
concorrência dar-se-á exclusivamente quanto aos bens particulares
constantes do acervo hereditário do ‘de cujus’. 4. Recurso especial
provido” (STJ, REsp 1.368.123/SP, 2.ª Seção, Rel. Min. Sidnei Beneti,
Rel. p/ Acórdão Ministro Raul Araújo, j. 22.04.2015, DJe 08.06.2015).

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge nos diversos regimes:
• CC, art. 1.832 "Em concorrência com os
descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao
cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por
cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à
quarta parte da herança, se for ascendente dos
herdeiros com que concorrer".

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Direito das Sucessões
Sucessão do cônjuge nos diversos regimes:
• CC, art. 1.837 "Concorrendo com ascendente em
primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da
herança; caber-lhe-á a metade desta se houver
um só ascendente, ou se maior for aquele grau".

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Direito das Sucessões
Sucessão do companheiro sobrevivente
• CRFB/88, art. 226, §3º.
• Lei nº 8.971/1994 regulamentou o direito aos alimentos e
à sucessão.
• Lei nº 9.278/1996 regulamentou o art. 226, §3º da CRFB e
reconheceu a união estável como entidade familiar, que
garante o direito de herdar, entre outros.
• Ambas as leis 8.971/94 e 9.278/96 são consideradas
tacitamente revogadas pelo CC2002 (arts. 1.723 a 1.727).

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Direito das Sucessões
Sucessão do companheiro sobrevivente
• Direito sucessório entre companheiros encontra-
se regulado pelo art. 1.790 do CC, mas o STF já
fixou a seguinte tese a respeito do dispositivo:
➢“É inconstitucional a distinção de regimes
sucessórios entre cônjuges e companheiros prevista
no art. 1.790 do CC/2002, devendo ser aplicado,
tanto nas hipóteses de casamento quanto nas de
união estável, o regime do art. 1.829 do CC/2002”. RE
646.721 e 876.694.

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Direito das Sucessões
Sucessão do companheiro sobrevivente
• Direito real de habitação do companheiro sobrevivente:
•"O não reconhecimento do direito de habitação ao
companheiro sobrevivo tem sido alvo de críticas, por sujeitá-
lo a uma eventual desocupação compulsória do imóvel onde
vivia com o finado parceiro, na hipótese de não ter este
adquirido bens durante a convivência, ou de tê-lo adquirido
só a título gratuito. Nesses casos carece o companheiro do
direito à meação e tampouco concorre na herança, que
poderá ser atribuída a herdeiros que nem sempre aceitarão
repartir com ele o uso do imóvel residencial".
Gonçalves, Carlos Roberto. Direito civil : responsabilidade civil – direito de família – direito das sucessões – v. 3 / Carlos Roberto Gonçalves / coord. Pedro Lenza. – 8. ed. – São
Paulo: Saraiva Educação, 2021.

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Direito das Sucessões
Sucessão do companheiro sobrevivente
• Direito real de habitação do companheiro
sobrevivente:
Lei nº 9.278/96, art. 7ª, p. ú. não foi expressamente
revogada e aplicar-se-ia: "Dissolvida a união estável
por morte de um dos conviventes, o sobrevivente
terá direito real de habitação, enquanto viver ou não
constituir nova união ou casamento, relativamente
ao imóvel destinado à residência da família".

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Direito das Sucessões
Sucessão do companheiro sobrevivente
• Direito real de habitação do companheiro
sobrevivente:
•Enunciado 117 do Conselho da Justiça Federal, aprovado na
I Jornada de Direito Civil: “O direito real de habitação
deve ser estendido ao companheiro, seja por não ter
sido revogada a previsão da Lei n. 9.278/96, seja em
razão da interpretação analógica do art. 1.831,
informado pelo art. 6º, caput, da CF/88”.

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Direito das Sucessões
Sucessão do companheiro sobrevivente
• Concorrência do companheiro com o cônjuge
sobrevivente:
•CC não fixou prazo mínimo para caracterizar a união
estável.
•Alguém que esteja separado de fato há mais de 2 anos
pode viver em união estável e vir a falecer.
•Primazia do direito sucessório do companheiro.
É repugnante assegurar direito sucessório a bem
adquirido pelo esforço comum da companheira.
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Direito das Sucessões
Sucessão do companheiro sobrevivente
• Concorrência do companheiro com o cônjuge
sobrevivente:
•Lei nº 9.278/96, art. 5º "Os bens móveis e imóveis
adquiridos por um ou por ambos os conviventes, na
constância da união estável e a título oneroso, são
considerados fruto do trabalho e da colaboração comum,
passando a pertencer a ambos, em condomínio e em
partes iguais, salvo estipulação contrária em contrato
escrito".

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Direito das Sucessões
Sucessão do companheiro sobrevivente
➢É possível a existência paralela de duas uniões
estáveis, ou de um casamento e uma união
estável?
✓O STF, no RE 1045273 fixou a seguinte tese de repercussão geral: "A
preexistência de casamento ou de união estável de um dos
conviventes, ressalvada a exceção do artigo 1.723, parágrafo 1º, do
Código Civil, impede o reconhecimento de novo vínculo referente ao
mesmo período, inclusive para fins previdenciários, em virtude da
consagração do dever de fidelidade e da monogamia pelo
ordenamento jurídico-constitucional brasileiro".
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Direito das Sucessões
Sucessão do companheiro sobrevivente
➢CC, art. 1723, §1º "A união estável não se
constituirá se ocorrerem os impedimentos do art.
1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI
no caso de a pessoa casada se achar separada de
fato ou judicialmente".
➢CC, art. 1.521, VI: "Não podem casar: (...) VI - as
pessoas casadas;".
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