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1. Introdução ............................................................................................................................. 3
1.1. O que é processo ........................................................................................................... 4
1.2. Visão de processos......................................................................................................... 5
2. Por que dominar gestão e mapeamento de processos? ...................................................... 6
3. Hierarquia de processos........................................................................................................ 7
4. Gestão de processos e Gestão por processos ...................................................................... 9
5. Ferramentas de mapeamento e análise de processos ....................................................... 11
5.1. SIPOC (S-Suppliers, I–Inputs; P-Process; O-Outputs; C-Customers) ............................ 11
5.1.1. SIPOC no LEAN SIX SIGMA .................................................................................... 12
5.1.2. SIPOC para Gestão de Indicadores e levantamento de Padrões. ........................ 14
5.2. Fluxograma .................................................................................................................. 15
5.2.1. Tipos de fluxograma e seus benefícios................................................................. 15
5.2.2. Fluxograma em Projetos Lean Six Sigma .............................................................. 18
3.2.3. Fluxograma na padronização de processos ......................................................... 19
5.3. VSM (Value Stream Mapping – Mapeamento do Fluxo de valor)............................... 20
5.3.1. VSM no LEAN Manufacturing ............................................................................... 21
5.3.2. VSM no LEAN Office ............................................................................................. 25
6. Escolhendo a ferramenta correta ....................................................................................... 26
7. Habilidades desenvolvidas .................................................................................................. 28
1. Introdução
Embora pareça algo óbvio e intuitivo, nem sempre é tão claro assim. No dia a dia, é
essencial ter uma visão clara das etapas necessárias para entregar o produto ou serviço pelos
quais somos responsáveis aos nossos clientes. No entanto, a composição de um processo vai
além das etapas, exigindo uma compreensão mais profunda.
Prepare-se para uma jornada transformadora, onde você irá adquirir as habilidades e
conhecimentos necessários para se destacar no gerenciamento e mapeamento de processos.
Durante este e-book, eu, como autor experiente e apaixonado por processos, irei guiá-lo em
uma jornada de aprendizado para desenvolver a tão desejada "visão de processo". Vamos
começar essa jornada e desvendar os segredos por trás dos processos de sucesso.
1.1. O que é processo
Um processo é composto por diversas atividades ou tarefas que são executadas em uma
ordem lógica, geralmente seguindo um fluxo pré-determinado. Cada etapa do processo tem
uma função específica e contribui para o cumprimento do objetivo final.
Ter visão de processo significa ir além do olhar superficial e ter uma compreensão ampla
e estratégica de como os processos se encaixam na organização como um todo. É entender o
propósito do processo, o valor que ele gera para o cliente e para a empresa, e como ele
contribui para alcançar os objetivos estratégicos.
Vamos começar essa jornada e desvendar os segredos por trás dos processos de
sucesso.
3. Hierarquia de processos
• Processos: Os processos estão um nível abaixo dos macro processos. Eles são
mais específicos e detalhados, representando as principais atividades dentro de
cada macro processo. Por exemplo, dentro do macro processo de "Vendas e
Marketing", podem existir processos como "Geração de Leads", "Gestão de
Clientes" e "Planejamento de Campanhas de Marketing".
• Tarefas: As tarefas são as ações específicas que devem ser realizadas para
concluir uma atividade. Elas são as ações mais granulares e detalhadas dentro
do fluxo de trabalho de uma atividade. Por exemplo, dentro da atividade de
"Elaboração de Estratégias de Aquisição de Leads", as tarefas podem incluir
"Pesquisa de Palavras-chave", "Criação de Anúncios Online" e "Monitoramento
de Resultados".
Ao adentrarmos no universo dos processos, é comum nos depararmos com dois termos
aparentemente similares, mas com significados distintos: "Gestão de Processos" e "Gestão por
Processos". Compreender a diferença entre eles é fundamental para desenvolver uma visão
abrangente sobre o assunto.
Já a "Gestão por Processos" vai além. Ela engloba a compreensão de que as atividades
de uma organização estão interligadas e formam uma rede de processos interdependentes.
Nessa abordagem, o foco é na visão holística e na compreensão do fluxo completo de valor,
desde o início até a entrega final ao cliente.
A "Gestão por Processos" busca entender como cada processo contribui para os
objetivos estratégicos da organização, identificando as interações entre os processos e
alinhando-os de maneira a promover a eficiência e a criação de valor para o cliente. É uma
perspectiva que considera não apenas a melhoria individual de cada processo, mas também a
integração e otimização de todos os processos dentro da organização.
Portanto, enquanto a "Gestão de Processos" está voltada para melhorias pontuais e
específicas em cada atividade, a "Gestão por Processos" tem como objetivo aprimorar a eficácia
do fluxo de trabalho como um todo, buscando eliminar gargalos, reduzir desperdícios e
promover a excelência operacional.
Durante este e-book, exploraremos tanto a "Gestão de Processos" quanto a "Gestão por
Processos", fornecendo insights e ferramentas para que você possa aplicar as abordagens de
forma adequada em seu contexto organizacional. Compreender a diferença entre esses
conceitos é o primeiro passo para se tornar um agente de transformação na sua empresa,
impulsionando o crescimento e a competitividade por meio da excelência dos processos.
5. Ferramentas de mapeamento e análise de processos
SIPOC é uma sigla que representa Suppliers (Fornecedores), Inputs (Entradas), Process
(Processo), Outputs (Saídas) e Customers (Clientes). É uma ferramenta utilizada para entender
e mapear um processo de forma simplificada, identificando os elementos-chave envolvidos.
• Suppliers (Fornecedores): Refere-se às partes interessadas ou fontes
externas que fornecem as entradas necessárias para o processo.
Figura 4 - SIPOC
5.1.1. SIPOC no LEAN SIX SIGMA
O SIPOC é utilizado na fase Define do roteiro DMAIC como ferramenta para clarificar o
campo de atuação de um Green ou Black Bet num Projeto Lean Six Sigma.
Ela é utilizada para delimitar as fronteiras, ou seja, o escopo do Projeto, pois consolida
em uma única visão as principais etapas dos processos, suas saídas, Clientes, entradas e
Fornecedores.
Em contrapartida, quando utilizamos do SIPOC com uma visão Área, olhando para o meu
processo, podemos ter a visão do exemplo abaixo.
Figura 6 - SIPOC Exemplo 2
Estamos falando do mesmo processo, porém a fronteira da área de Contas a pagar, dona
do SIPOC, começa com o Comercial como o Fornecedor e termina com o Fornecedor como
Cliente, não havendo necessidade de enfatizar as entregas intermediárias.
Por mais que o SIPOC seja uma ferramenta de visualização macro do processo, isso não
quer dizer que não seja importante saber exatamente a que etapa do processo cada entrada e
cada saída estão relacionadas. Portanto não recomento que seja construído dessa forma.
Isso por que nele, a maior riqueza de informações está em detalhar as Entradas e Saídas
do processo. Sendo assim, a definição de SLA's (Service Level Agreement ou Acordos de Nível
de Serviço) pode ser realizada de forma muito simples.
As SLA's não somente definem o que temos que medir, mas principalmente qual a nossa
meta. No mesmo exemplo podemos definir os indicadores do processo.
Mas aonde entra a padronização? Mesmo sendo uma visão macro, os principais padrões
necessários já ficam claros.
É claro que com o passar do tempo podem e devem ser amadurecidos conforme há um
mergulho, ou seja, um detalhamento do processo através de outras ferramentas como o
Fluxograma e o VSM, mas o SIPOC é um bom e assertivo começo.
Por isso, minha sugestão é que por mais que o SIPOC nem sempre seja uma ferramenta
que possa ser entendida e documentada como um padrão, quando aplicada promove uma visão
que o fluxograma não propõe e a recíproca é totalmente verdadeira.
Da mesma forma, verificar áreas ou figuras que participam em apenas uma tomada de
decisão, e mais importante que isso perceber o quanto as informações transitam de uma área
para a outra.
5.2.2. Fluxograma em Projetos Lean Six Sigma
Nos Projetos Lean Six Sigma o detalhamento do processo é realizado na fase no final da
fase de medição, no Measure, ou no início da fase de Analise, o Analyse. Isso depende do
referencial teórico, mas o resultado é o mesmo.
Para esta utilização temos algumas adaptações. Uma das características fortes dessa
ferramenta é a possibilidade de flexibilizar e utilizar da melhor forma para que atenda ao seu
objetivo.
Esta é uma das poucas formatações de fluxograma aonde as entradas e saídas ficam
claras. Diferentemente do SIPOC, o Fluxograma não tem como característica clarificar entradas
e saídas mas sim focar no detalhamento das etapas do processos.
3.2.3. Fluxograma na padronização de processos
Ao mapear o fluxo de valor com o VSM, torna-se mais fácil identificar áreas de
ineficiência e otimizar o fluxo de trabalho. Isso resulta na redução do tempo de ciclo e na
melhoria da qualidade do produto ou serviço.
Essa ferramenta é utilizada para otimizar os fluxos de valor, ou seja, o fluxo de material,
informações e o tempo de execução do processo. Ela utiliza mapas de processo simples e
diagramas para deixar claro o valor agregado em cada etapa do processo, baseando-se na
observação da realidade no "Gemba" (local de trabalho, segundo os princípios do Lean).
O VSM busca identificar o que realmente agrega valor para o cliente final do processo,
além de reduzir ao máximo os desperdícios presentes. Com isso, promove a eficiência, a
qualidade e a satisfação do cliente, impulsionando o sucesso e a competitividade da
organização.
O VSM é uma das ferramentas, se não a principal, umas das principais utilizadas como
ponto de partida da implementação do LEAN.
Normalmente iniciamos a jornada de implementação dessa cultura pelo VSM pois é uma
das formas mais eficientes em fazer com que todos envolvidos no processo reflitam sobre os 5
princípios de LEAN: O Valor do Cliente, Fluxo de valor, Fluxo contínuo, Sistema puxado e a busca
perla Perfeição.
Não, pelo contrário. As ferramentas devem nos atender e não atendermos a elas, logo,
se necessário e entendermos que agregar valor, adequar com as boas práticas é mais do que
válido.
GEMBA é uma palavra em japonês que significa “o local aonde o trabalho acontece”, ou
como originalmente criada na manufatura, "o chão de fábrica".
É lá aonde vamos realmente observar, medir, analisar, investigar causas e traçar ações
para o for identificado como oportunidade no processo.
Figura 13 - VSM Exemplo 1
O "post-its" amarelos indicam as etapas do processo, quem faz e aonde faz. Já as laranjas
possuem as medidas.
Podemos utilizar diversas outras cores e formações nesse contexto, a exemplo dos mais
comuns e importantes como do rosa para os problemas identificados, o verde para as propostas
de soluções.
Então se olhar um VSM com um monte de post-it rosa pendurado é sinal de muitos
problemas, aliás, oportunidades!
Nosso foco será reduzi-lo ao máximo de forma que as atividades que não agregam valor
sejam eliminadas ao no mínimo reduzidas ao máximo em um primeiro ciclo de melhoria
contínua.
Por exemplo: De 50 Notas Fiscais que Contas a pagar possui capacidade de validar
conforme SLA alinhada no SIPOC, apenas 30 estão de acordo com os padrões alinhados,
portanto 20 NF's completas e corretas e CC% = 20/50 *100 = 40%
Figura 16 - VSM Exemplo 1 - Lead time 2
Existem muitas outras simbologias utilizadas e que geram muito valor para esse mapa,
porém para começar sugiro utilizar aquelas apresentadas aqui pois são as mais básicas.
5.3.2. VSM no LEAN Office
Embora o VSM seja uma ferramenta amplamente utilizada na manufatura, nem sempre
podemos aplicar a maioria de seus diagramas ao contexto de escritórios. No entanto, isso não
significa que o VSM não seja uma ferramenta adequada para o ambiente corporativo. Na
verdade, ele pode ser extremamente eficaz.
Para você ter lido esse e-book até aqui, certamente já está muito claro para você que
mapear processos é a maneira mais eficaz de identificar e apontar lacunas e consequentemente
oportunidades de realizar melhorias.
O objetivo final deste conteúdo foi torna-lo (a) apto (a) a escolher a melhor ferramenta
de mapeamento de processos, capaz de solucionar o seu problema e consequentemente
alavancar o seu resultado. Sendo assim, vou deixar aqui um breve check-list para tornar a sua
escolha ainda mais assertiva.
A partir deste conteúdo, certamente você será capaz de tomar a decisão e escolha certa
sobre a melhor ferramenta para enfrentar o desafio que está vivenciando.
7. Habilidades desenvolvidas
GONÇALVES, José Ernesto Lima. Gestão de Processos: Uma Visão da Aplicação Sistêmica
na Organização.