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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI

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OS BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE MUSCULAÇÃO PARA IDOSOS

Autor: Caique Matheus Alencar Cavalcante


Prof. Luciana Vieira Fialho
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Bacharelado em Educação Física (FLC30035BEF) Trabalho de Conclusão de Curso
15/03/2024

1 INTRODUÇÃO
O processo de envelhecimento é natural e inevitável para todos os seres
humanos, e é compreensível que muitas pessoas se preocupem com o que o futuro
reserva na fase da velhice. À medida que envelhecemos, enfrentamos desafios
como a perda de estabilidade física, declínio cognitivo e o desgaste dos tecidos e
órgãos do corpo, afetando de diversas maneiras nossa independência e autoestima.
No entanto, é importante lembrar que o envelhecimento também pode trazer
sabedoria, experiência e oportunidades para uma vida plena e significativa,
especialmente quando apoiados por uma rede de apoio familiar e comunitária.
O envelhecimento é de fato um processo inevitável, mas é possível
atravessá-lo com saúde física e mental. É essencial que compreendamos esse
processo de forma abrangente, indo além do aspecto puramente biológico. O ser
humano é constituído não apenas por músculos e órgãos, mas também por uma
riqueza psicológica, afetiva e social.
Portanto, é fundamental destinarmos novos olhares a esta fase da vida,
reconhecendo a importância de cuidar não apenas do corpo, mas também da mente
e das relações interpessoais. Ao entendermos o envelhecimento de maneira mais
ampla, podemos promover uma vida mais saudável e significativa para os idosos,
valorizando todos os aspectos que compõem sua existência. (MOREIRA et al. 2013)
Nesse contexto, é crucial o desenvolvimento de pesquisas e a implementação
de ações que possam melhorar a qualidade de vida da população idosa. Tais
iniciativas devem abranger tanto propostas de políticas públicas quanto estratégias
sociais voltadas para beneficiar os idosos.
Buscar na literatura a importância da musculação na terceira idade é
essencial para fornecer contribuições significativas para essa população.
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Através de estudos e análises, podemos entender melhor como a prática da


musculação pode beneficiar os idosos, promovendo não apenas saúde física, mas
também bem-estar psicológico e social. Essas informações são fundamentais para
orientar a implementação de programas e intervenções que visem melhorar a
qualidade de vida dos idosos, proporcionando-lhes uma vida mais ativa,
independente e satisfatória (OKUMA, 1998).
Com a prática da musculação, o condicionamento físico dos idosos se torna
mais resistente, reduzindo significativamente os riscos de quedas e fraturas. Além
disso, a musculação fortalece os músculos e os ossos, promovendo uma melhor
postura e equilíbrio, o que contribui para a prevenção de lesões. Dessa forma, ao
condicionar o corpo por meio da musculação, os idosos podem envelhecer com uma
melhor qualidade de vida, mantendo-se ativos, independentes e capazes de realizar
suas atividades diárias com mais facilidade e segurança.
A musculação consiste num treinamento que se caracteriza pelo uso de
pesos e cargas, cujo objetivo é proporcionar alguma carga mecânica em oposição
ao movimento dos segmentos corporais. O intuito principal da musculação é a
treinagem da força muscular de forma sistemática e persistente (CHAGAS; LIMA,
2008)
O estudo proposto visa explorar a importância da prática de musculação para
idosos, destacando os benefícios e efeitos positivos que essa atividade física pode
proporcionar à saúde dessa faixa etária. Por meio de uma revisão de literatura,
serão abordados conceitos relevantes e evidências científicas que respaldam a
relevância da musculação para idosos.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo Santos e Vaz (2008) A terceira idade é frequentemente


estigmatizada por diversos estereótipos que podem impactar negativamente a
qualidade de vida dos idosos. Esses estereótipos incluem a associação com
passividade, improdutividade, assexualidade e degeneração orgânica e psíquica. No
entanto, é importante desafiar esses conceitos e reconhecer que a terceira idade é
uma fase da vida rica em experiências, sabedoria e potencialidades.
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Para Nascimento (2011) pode ser considerado idoso a pessoa com idade
igual ou superior a 65 anos, que vivem em países desenvolvidos, entretanto, nos
países em desenvolvimento como o Brasil, considera-se idoso a partir dos 60 anos.
Mas, o envelhecimento não é questão de idade, envelhecer consiste em perdas.
O envelhecimento precisa ser saudável para que a pessoa continue
realizando suas atividades diárias com autonomia. Sabe-se que o sedentarismo
aliado as mudanças acontecidas no decorrer da vida, favorece para o surgimento de
várias doenças crônicas ou não crônicas que põe em risco a capacidade funcional
mental e física (FARIAS; RODRIGUES, 2009).
Mesmo após se aposentarem, os idosos continuam sendo ativos e se
atualizando em relação ao avanço da tecnologia e aos cuidados com o corpo. Essa
atenção não se limita apenas às consultas médicas, odontológicas e massoterapias.
O interesse e participação na musculação entre os idosos estão em constante
crescimento, não apenas em academias, mas também em atividades realizadas por
profissionais em atendimento domiciliar. Esse engajamento demonstra o
compromisso dos idosos com sua saúde e bem-estar, buscando manter-se
fisicamente ativos e mentalmente estimulados, mesmo após se aposentarem.

Para o idoso a musculação, deve ser realizada através de métodos


científicos, pedagógicos e criativos que permita o idoso a movimentar o
corpo, o cérebro em produção e a sua alma em alegria, através de diversas
sugestões diversificadas, compreendendo as formas de equilíbrio,
tonicidade, coordenação, atenção, observação e memória, ou uma sugestão
simples de reflexão e meditação. Aplicar ao idoso atividade de reintegração
da imagem corporal, símbolos corporais, explorando a parte viso -motor,
atividade que possa verbalizar situações praticas (LBDEM, 2011).

A musculação não se limita apenas ao trabalho físico, mas também está


intimamente ligada à saúde mental e emocional, sendo essencial para um
envelhecimento saudável e equilibrado. Além de fortalecer os músculos e ossos, a
prática regular de musculação promove a liberação de endorfinas,
neurotransmissores responsáveis por sensações de bem-estar e felicidade. Isso
contribui para reduzir o estresse, ansiedade e sintomas de depressão, além de
melhorar a autoestima e a confiança pessoal.
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Portanto, ao investir na musculação, os idosos não apenas fortalecem seus


corpos, mas também fortalecem suas mentes e emoções, proporcionando um
envelhecimento mais saudável e gratificante.

A musculação tem como prioridade trabalhar o idoso não só o físico, mas a


mente e a emoção, pois são nestas áreas que estão as grandes perdas do
idoso. São pessoas que não desistiram de viver por causa da idade, pelo
contrário, envelhecer também é viver com cautela, mas sempre consciente
de suas limitações (LOPES, C.D 2013).

A musculação ajuda a preservar a massa muscular, a força e a flexibilidade, o


que são aspectos essenciais para realizar as atividades diárias de forma
independente e sem dificuldades. Além disso, ao fortalecer os músculos e os ossos,
a musculação pode ajudar a prevenir quedas, fraturas e outras lesões relacionadas
à fragilidade física comuns na terceira idade.

A prática regula de exercício físico pode ser capaz de promover benefícios


aos indivíduos idosos em diversos níveis, como: morfológicos,
neuromuscular, metabólico e psicológico, servindo tanto para prevenção
quanto para o trata mento das doenças próprias da ida de (MATSUDO,
2009)

A musculação pode beneficiar até mesmo aqueles que não praticam esportes
regularmente, melhorando significativamente o bem-estar no cotidiano. Ela auxilia na
correção da postura, proporcionando uma maior resistência para realizar diversas
atividades, como subir escadas ou entrar no ônibus. Além disso, a musculação pode
ajudar a reduzir dores musculares e melhorar a circulação sanguínea, contribuindo
para uma sensação geral de conforto e vitalidade.
Conforme estudos realizados por Silveira Junior (2018)

a musculação é amplamente recomendada para reduzir a perda de massa


muscular na terceira idade. Isso se deve ao fato de que essa prática não só
melhora, mas também aumenta os níveis de força muscular, o que é
essencial para manter a funcionalidade e a independência à medida que
envelhecemos. Além disso, a musculação ajuda a preservar os tecidos
musculares, combatendo assim a sarcopenia, que é a perda de massa
muscular relacionada à idade.

A musculação desempenha um papel crucial no retardo dos efeitos da sarcopenia,


que é a perda gradual de massa muscular e força que ocorre com o avanço da idade. Ao
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fortalecer os músculos, a musculação ajuda a reduzir os riscos de fraturas em possíveis


quedas, bem como o desenvolvimento de doenças crônicas e degenerativas.
Por meio do treinamento de força, os idosos podem manter e até mesmo aumentar
sua capacidade funcional. Isso significa que eles podem realizar atividades que demandam
força, como levantar objetos pesados ou realizar tarefas domésticas, com mais facilidade e
segurança. Além disso, a musculação melhora a capacidade funcional em tarefas
cotidianas, como sentar e levantar, que podem parecer simples, mas representam um
desafio significativo para muitos idosos.
Portanto, a musculação não apenas fortalece os músculos, mas também fortalece a
independência e a qualidade de vida dos idosos, permitindo-lhes desfrutar de uma vida mais
ativa e gratificante.
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REFERÊNCIAS

CHAGAS, M. H.; LIMA, F. V. Musculação: variáveis estruturais. Belo Horizonte:


Casa da Educação Física, 2008.
FARIA, I. G. R.; RODRIGUES, T. S. Exercício resistido: na saúde, na doença e no
envelhecimento. Lins - São Paulo, 2009. Disponível em: . Acesso em: 27 Março
2024.
LOPES, C. D. et al. Treinamento de força e terceira idade: componentes básicos
Para autonomia. Trabalho de Conclusão de Curso (Educação Física) – Centro
Universitário de Formiga-UNIFOR, Formiga,2013. Disponível
em:<http://bibliotecadigital.uniformg.edu.br:21015/jspui/bitstream/123456789/
239/1/MUSCULA%C3%87%C3%83O%20PARA%20A%2OTERCEIRA%2OIDA
DE.pdf.>. Acesso em: 12 MARÇO. 2024
MOREIRA, R. M. Qualidade de vida, saúde e política pública de idosos no Brasil:
uma reflexão teórica. Revista Kairós Gerontologia. São Paulo, Brasil. v.16, n. 2,
mar. 2013.
NASCIMENTO, S. R. C. Nível de Atividade Física e Qualidade de Vida de Idosos.
Monografia apresentada ao curso de Educação Física da Universidade Estadual da
Paraíba. Paraíba, 2011. Disponível em: . Acesso em: 26 Março 2024.
OKUMA, S. S. O idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa. Campinas:
Papirus, 1998.
SANTOS, G. A.; VAZ, C. E. Grupos da terceira idade, interação e participação
social. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais. 2008. p. 333-346.
Disponível em:. Acesso em: 28 março 2024.
SILVEIRA JÚNIOR, Antônio Augusto. Musculação aplicada ao envelhecimento. Curitiba:
Instituto Lyon, 2018.

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