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EREM-Bezerros

Estudo Dos Processos


Moleculares No Corpo Humano

Bezerros-PE
27/02/2024

Estudo Dos Processos


Moleculares No Corpo Humano
Trabalho de química no corpo humano
apresentação ao professor Valteir da Erem
bezerros

Bezerros-PE
27/02/2024
Processos moleculares no corpo humano

Expressão gênica
A expressão gênica é um processo complexo que envolve várias etapas.
Começa com a transcrição do DNA em RNA mensageiro (mRNA) por
meio da ação da enzima RNA polimerase. O mRNA é uma cópia do gene
que contém as instruções para a produção de uma proteína específica.

Após a transcrição, o mRNA é processado e transportado para o


citoplasma, onde ocorre a tradução. Durante a tradução, o mRNA é lido
pelos ribossomos, que montam os aminoácidos na ordem correta para
formar a proteína conforme especificado pelo mRNA.

A regulação da expressão gênica é crucial para garantir que as células


produzam as proteínas necessárias no momento certo e na quantidade
certa. Isso é alcançado por meio de mecanismos de controle, como a
ativação ou inibição de genes, a nível de transcrição, processamento do
mRNA ou tradução. Esses mecanismos podem ser influenciados por
fatores internos e externos, como sinais celulares, fatores de transcrição,
modificações epigenéticas e condições ambientais.

Sinalização celular
A sinalização celular é o processo pelo qual as células comunicam entre
si e respondem a estímulos do ambiente ou de outras células. Essa
comunicação é essencial para coordenar funções celulares, como
crescimento, diferenciação, resposta a estímulos externos e manutenção
do equilíbrio interno (homeostase).

Existem diferentes formas de sinalização celular, incluindo:

1. *Sinalização Autócrina:* ocorre quando uma célula libera moléculas


sinalizadoras que afetam a própria célula ou células vizinhas do mesmo
tipo.
2. *Sinalização Parácrina:* envolve a liberação de moléculas
sinalizadoras que afetam células próximas, mas não a própria célula que
as liberou.

3. *Sinalização Endócrina:* ocorre através da liberação de hormônios na


corrente sanguínea, que podem afetar células distantes no corpo.

4. *Sinalização Juxtacrina:* ocorre quando as células comunicam-se por


meio de contato físico direto entre membranas ou moléculas de
superfície celular.

5. *Sinalização Intracelular:* envolve a transmissão de sinais dentro da


própria célula, geralmente através de cascadas de sinais que ativam ou
inibem vias específicas.

Os componentes principais da sinalização celular incluem:

- *Ligantes:* moléculas sinalizadoras, como hormônios,


neurotransmissores ou fatores de crescimento, que se ligam a receptores
específicos na superfície celular ou dentro da célula.

- *Receptores:* proteínas localizadas na membrana celular ou no


citoplasma/cerne da célula que reconhecem e se ligam aos ligantes,
desencadeando uma resposta celular.

- *Cascata de Sinalização:* uma série de eventos bioquímicos que


ocorrem após a ativação do receptor, levando a alterações na função
celular, como ativação de genes, alterações metabólicas, movimento
celular, entre outros.

- *Resposta Celular:* a resposta específica que a célula desencadeia


após receber o sinal, que pode incluir alterações na expressão gênica,
divisão celular, secreção de moléculas, movimento celular, entre outros.
A sinalização celular é crucial para o desenvolvimento normal dos
organismos, regulação do crescimento e diferenciação celular, resposta a
estímulos ambientais, manutenção da homeostase e também está
envolvida em processos patológicos, como câncer e doenças
neurodegenerativas.

Metabolismo
O metabolismo refere-se ao conjunto de processos químicos que
ocorrem dentro das células de um organismo para manter a vida. Estes
processos incluem a obtenção de energia a partir dos alimentos
(catabolismo), a síntese de novas moléculas necessárias para o
crescimento e a manutenção celular (anabolismo), e a eliminação de
resíduos.

1. *Catabolismo:* Durante o catabolismo, moléculas complexas, como


carboidratos, lipídios e proteínas, são quebradas em moléculas menores
para liberar energia utilizável. Por exemplo, a glicose é quebrada através
da glicólise e do ciclo de Krebs para produzir ATP, a principal forma de
energia celular.

2. *Anabolismo:* No anabolismo, moléculas simples são combinadas


para formar moléculas mais complexas necessárias para o crescimento e
manutenção celular. Isso inclui a síntese de proteínas a partir de
aminoácidos, a síntese de ácidos graxos e triglicerídeos a partir de
carboidratos e proteínas, e a produção de glicogênio a partir da glicose.

3. *Regulação Metabólica:* O metabolismo é altamente regulado para


garantir que as células obtenham a energia necessária e os nutrientes
adequados. Isso é feito por meio de várias vias de sinalização celular e
de enzimas regulatórias que controlam as etapas chave do metabolismo.

4. *Fontes de Energia:* As principais fontes de energia para o


metabolismo celular incluem carboidratos, lipídios e proteínas. A glicose
é uma das principais fontes de energia imediata, enquanto os ácidos
graxos são utilizados para a produção de energia a longo prazo. As
proteínas são utilizadas principalmente para a síntese e reparação de
tecidos, mas também podem ser usadas como fonte de energia em
situações específicas.
5. *Homeostase Metabólica:* A homeostase metabólica é a manutenção
do equilíbrio interno dentro das células e do corpo. Isso envolve a
regulação dos níveis de glicose no sangue, a manutenção do equilíbrio
ácido-base, o controle da temperatura corporal e a regulação do peso
corporal.

O metabolismo desempenha um papel fundamental em todos os


aspectos da vida, desde a obtenção de energia para as funções básicas
das células até a regulação do crescimento, desenvolvimento, resposta a
estímulos ambientais e adaptação a diferentes condições fisiológicas.
Distúrbios metabólicos, como diabetes, obesidade e distúrbios do
metabolismo lipídico, podem ter impactos significativos na saúde e no
bem-estar.

Regulação epigenética
A regulação epigenética refere-se aos mecanismos que controlam a
expressão gênica sem alterar a sequência de DNA. Isso significa que as
células podem "ligar" ou "desligar" genes sem modificar a sequência de
nucleotídeos, influenciando assim o funcionamento dos genes e, por
consequência, os processos celulares e organismais.

Existem vários mecanismos de regulação epigenética:

1. *Metilação do DNA:* Envolve a adição de grupos metil (CH3) em locais


específicos do DNA, geralmente nas regiões promotoras dos genes. A
metilação do DNA pode silenciar a expressão gênica, impedindo que a
maquinaria celular se ligue ao DNA para iniciar a transcrição.

2. *Modificações das Histonas:* As histonas são proteínas ao redor das


quais o DNA se enrola para formar a estrutura da cromatina. Alterações
nas histonas, como acetilação, metilação, fosforilação e ubiquitinação,
podem afetar a acessibilidade do DNA e a atividade dos genes próximos.

3. *MicroRNAs (miRNAs):* Os miRNAs são pequenas moléculas de RNA


que regulam a expressão gênica pós-transcricionalmente. Eles se ligam
a RNAs mensageiros (mRNAs) específicos, impedindo sua tradução em
proteínas ou marcando-os para degradação.

4. *Expressão de RNA não codificante (ncRNA):* Além dos miRNAs,


existem outros tipos de RNA não codificantes que podem regular a
expressão gênica. Por exemplo, o RNA longo não codificante (lncRNA)
pode influenciar a atividade de genes próximos ou distantes.

A regulação epigenética desempenha um papel fundamental no


desenvolvimento e na diferenciação celular, na resposta a estímulos
ambientais, na manutenção da identidade celular e na prevenção de
doenças. Alterações na regulação epigenética estão associadas a várias
condições, incluindo câncer, distúrbios neurológicos, doenças
metabólicas e envelhecimento.

Uma das características interessantes da regulação epigenética é sua


plasticidade, o que significa que essas modificações podem ser
reversíveis em certos casos. Isso abre caminho para estratégias
terapêuticas que visam restaurar padrões epigenéticos normais para
tratar doenças associadas a alterações epigenéticas.

Interação hospedeiro-patógeno
A interação hospedeiro-patógeno refere-se ao relacionamento dinâmico
entre um organismo hospedeiro (como um humano, animal ou planta) e
um agente patogênico (como vírus, bactéria, fungo ou parasita) que pode
causar doenças. Essa interação pode ser complexa e envolve uma série
de mecanismos que determinam o resultado da infecção, como a
capacidade do patógeno de invadir o hospedeiro, a resposta imune do
hospedeiro e as estratégias de evasão ou resistência do patógeno.

1. *Invasão e Adesão:* O primeiro passo na interação é a invasão do


patógeno no hospedeiro. Isso pode envolver a adesão do patógeno às
células do hospedeiro por meio de proteínas ou estruturas
especializadas. Por exemplo, bactérias patogênicas podem usar fímbrias
ou adesinas para se ligarem às células do hospedeiro.

2. *Colonização e Multiplicação:* Uma vez dentro do hospedeiro, o


patógeno pode colonizar tecidos específicos e começar a se multiplicar.
Isso pode causar danos aos tecidos e desencadear respostas do sistema
imunológico do hospedeiro.

3. *Resposta Imune do Hospedeiro:* O sistema imunológico do


hospedeiro reconhece a presença do patógeno e responde de várias
maneiras. Isso pode incluir a ativação de células imunes, como
macrófagos, células dendríticas e linfócitos, a produção de anticorpos
específicos e a liberação de citocinas inflamatórias.

4. *Evasão Imunológica:* Os patógenos podem desenvolver estratégias


para evadir ou suprimir a resposta imune do hospedeiro. Isso pode incluir
a alteração de antígenos para evitar o reconhecimento imune, a
produção de moléculas que inibem a função das células imunes ou a
capacidade de se esconder em locais do corpo onde o sistema
imunológico tem acesso limitado.

5. *Danos e Sintomas:* Durante a interação, tanto o patógeno quanto a


resposta imune do hospedeiro podem causar danos aos tecidos, levando
a sintomas como inflamação, febre, dor, entre outros. O grau de dano
depende da virulência do patógeno e da capacidade do hospedeiro de
controlar a infecção.

6. *Resolução ou Crônica:* Dependendo da eficácia da resposta imune e


das estratégias do patógeno, a infecção pode ser resolvida com sucesso,
resultando na eliminação do patógeno e na cura da doença. No entanto,
em alguns casos, a infecção pode se tornar crônica, persistindo no corpo
por longos períodos de tempo e causando danos contínuos.

Compreender a interação hospedeiro-patogênica é fundamental para o


desenvolvimento de estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento
de doenças infecciosas. Isso inclui o desenvolvimento de vacinas para
prevenir infecções, o uso de antibióticos e antivirais para tratar infecções
existentes e a pesquisa contínua sobre mecanismos de evasão e
resistência dos patógenos.

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