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1- Este poema divide-se em 3 partes distintas. Parte 1 (l.1-6) a introdução do poema descreve uma
angustia antiga, onde o sujeito lirico tem dificuldade em lidar com esse sentimento de desconforto
existencial. Na parte 2 (l.7-24) o eu lirico sente-se a beira da loucura onde se compara a um
internado em um manicômio mas sem estar fisicamente num. O poeta encontra-se num limbo entre
a lucidez e a loucura, desconectado de tudo e incapaz de encontrar uma identidade própria. Já na
parte 3 (l.25-28) existe uma imersão sobre a nostalgia de infância e na busca por uma crença

2- O poema retrata um eu lírico imerso em uma angústia existencial profunda. Esse sentimento
antigo e persistente transborda, levando-o a se sentir à margem da sanidade. Ele descreve-se como
alguém "doido a frio", simultaneamente lúcido e louco. Há uma desconexão com sua própria
identidade passada e uma busca desesperada por algo em que acreditar para dar sentido à vida.
Essa busca se mistura à nostalgia pela infância, revelando uma intensa agonia existencial e um
sentimento de deslocamento emocional e espiritual.

3- No poema, a relação entre passado e presente é marcada pela persistência de uma angústia
antiga e pela transformação da identidade do eu lírico. A expressão "velha angústia" destaca a
continuidade desse sentimento ao longo do tempo. A nostalgia pela infância contrasta com a
agitação emocional presente, revelando a desconexão entre um passado sereno e um presente
tumultuado. O eu lírico questiona sua própria identidade, reconhecendo uma mudança quase
enlouquecedora entre quem foi no passado e quem é no presente. Essa relação expõe a diferença
entre o eu anterior e o eu atual, gerando um sentimento de deslocamento e inquietação emocional.

4- No verso 2, há o uso da hipérbole, um recurso expressivo que enfatiza o sentimento de


angústia do eu lírico, destacando sua profundidade e persistência ao longo do tempo. No verso
9, esta presente o uso do paradoxo. O eu lírico compara-se a alguém internado num manicômio
sem, no entanto, estar fisicamente nesse lugar. Essa comparação transmite sua sensação de
deslocamento e luta interna entre lucidez e loucura, enfatizando sua busca por identidade e
estabilidade

5- Na penúltima estrofe, o eu lírico expressa o desejo por algo que traga significado e estabilidade
emocional, ansiando por algo que preencha o vazio existencial. No último verso, "Estala, coração de
vidro pintado!", há uma sensação de desilusão profunda, simbolizando a frustração e a incapacidade
de encontrar algo que dê sentido à vida, gerando uma sensação de desespero diante dessa busca
aparentemente inutil.

6- "Ode Triunfal" e “Esta velha angustia” partilham a exploração profunda das emoções e da
complexidade da existência humana na era moderna. Enquanto "Ode Triunfal" exalta a modernidade
e a energia das cidades, celebrando a potência da civilização industrial, este poema revela um eu
lírico imerso em angústia e em busca de significado.

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