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1.1. Comenta a expressividade da metáfora que abre o poema e infere, a partir dela,
a temática do mesmo.
2. Demonstra que os versos da segunda estrofe ilustram o estado emotivo do sujeito lírico.
1.2 Os dois tempos que estruturam a reflexão do sujeito poético são o passado («fui», «deixei-
a») e o presente («hoje» «sou», «quero»).
O passado é o tempo da infância, já perdido: «Deixei-a ali... ». O presente é o tempo da
perturbação, do conhecimento de si e da angustiada constatação niilista (vazia) da existência
(«vendo que o que sou é nada») e, também, do desejo quase irracional de voltar a ser quem
era: a criança inconsciente («Quero ir buscar quem fui onde ficou»).
3. A memória parece ser o único recurso possível para aceder à infância perdida, ao
conhecimento verdadeiro de si, ao que o sujeito lírico foi e perdeu («atingir neste lugar/ Um
alto monte, de onde possa enfim/ O que esqueci, olhando-o, relembrar»).
A busca da sua identidade acontece «ao longe», «na ausência», através de lembranças diluídas
no tempo. Essas recordações são o único lenitivo que o presente permite, a única fuga à
frustração, à dor e tédio existenciais.