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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO SOYO

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1. Aula 1: As teorias cientificas a sua importância na evolução do conhecimento.


Conteúdo
1. Origem da Ciência.
2. O ser humano e a construção do conhecimento.
3. Evolução do conhecimento. Teorias científicas.
 A necessidade de disciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.
 Exemplos em vários ramos da ciência.

Objetivos:

Geral:

Analisar o início e a evolução do conhecimento científico como antecedente que lês permita compreender
o processo da investigação e o desenvolvimento da Ciência.

Específicos:

1. Explicar como aconteceu o surgimento da Ciência.


2. Interpretar de maneira correta a evolução do conhecimento.
3. Descrever só meramente essa evolução para casos específicos de algumas ramas do
conhecimento.

Introdução:

1. A Filosofia e a sua importância desde seu nascimento...


2. O Reducionismo: sua importância no desenvolvimento do conhecimento...
3. A Transdisciplinariedade: sua necessária existência para continuar desenvolvendo-nos.

Desenvolvimento:

1. Origem da Ciência.
Em várias culturas, a evolução do pensamento do homem sobre os fenómenos que ocorrem no seu
ambiente foi gradual, pelo que é difícil estabelecer com precisão o início da ciência. Alguns autores datam
o seu nascimento no final do século XVI ou XVII, com os trabalhos e experiências de Galileu e Newton; no
entanto, outros autores reconhecem que a ciência começou com a matemática, pelo que o seu nascimento
remonta a mais de 4.000 anos.

No entanto, outros autores defendem que a ciência moderna tem as suas origens em civilizações antigas,
como a babilónica, a chinesa e a egípcia. No entanto, foram os gregos que deixaram mais escritos
científicos na Antiguidade.
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As ideias científicas evoluíram tanto nas culturas orientais como nas pré-colombianas e, durante séculos,
foram muito superiores às do Ocidente, especialmente no domínio da matemática e da astronomia.
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Vamos detalhar o contexto histórico concreto do surgimento da CIÊNCIA.

A ciência (do latim scientia, "conhecimento") é o conjunto de conhecimentos obtidos por observação e
raciocínio, sistematicamente estruturados e dos quais se deduzem princípios e leis gerais.

É um conhecimento sistematizado, elaborado a partir de observações e do reconhecimento de padrões


regulares, sobre o qual se pode aplicar o raciocínio, construir hipóteses e elaborar esquemas
metodicamente organizados. A ciência utiliza diferentes métodos e técnicas para a aquisição e organização
do conhecimento sobre a estrutura de um conjunto de factos objetivos acessíveis a vários observadores,
além de se basear num critério de verdade e de correção permanente.

E continuamos com os diferentes conceitos de ciência deixados para a posteridade por vários autores:

Segundo Mario Bunge:

Ciência é um conjunto de conhecimentos obtidos através da observação e do raciocínio, e dos quais se


deduzem princípios e leis gerais. No seu sentido mais lato, é utilizado para designar o conhecimento em
qualquer domínio, mas é geralmente aplicado sobretudo à organização do processo experimental
verificável.
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Segundo Trefil James:

A ciência pode ser caracterizada como um conhecimento racional, exato e verificável. Através da
investigação científica, o homem conseguiu uma reconstrução conceitual do mundo cada vez mais ampla,
profunda e exata.

Segundo Hernán e Leo Sheneider:

Denominação de um conjunto de disciplinas escolares, que engloba uma série de matérias baseadas na
experimentação e na matemática.

Segundo o Dicionário Básico:

Conhecimento aprofundado sobre a natureza, a sociedade, o homem e o seu pensamento.

Como já vimos, a ciência é uma forma de interpretar tudo o que existe, uma vez que tudo pode ser explicado
ou descrito.

Também é sabido por todos que a explicação científica que hoje existe não foi a primeira utilizada pelo
Homem para compreender o que o rodeia; houve outras, mas ainda hoje coexiste com interpretações
mágicas e religiosas dos fenómenos naturais e sociais.

No início da história, não havia uma distinção clara entre o que hoje chamamos Religião e Ciência, pois a
mesma pessoa dedicava-se indistintamente a ambas. Mais adiante, vamos descrever esse facto.

Ao longo do desenvolvimento da Humanidade, houve circunstâncias que dificultaram ou favoreceram o


desenvolvimento da Ciência. Houve períodos históricos em que os cientistas foram atacados. Também
falaremos sobre isso à medida que formos avançando na aula.
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2. O ser humano e a construção do conhecimento.


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Representación esquemática
aproximada del
desarrollo del
conocimiento en la actualidad.
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Representação esquemática aproximada da evolução do conhecimento desde a Antiguidade


até aos nossos dias conhecimento desde a antiguidade até à atualidade.
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3. Evolução do conhecimento. Teorias científicas.


 A necessidade de disciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.
 Exemplos em vários ramos da ciência.
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A evolução do conhecimento, que é a evolução da ciência, tanto quanto sabemos, na procura


da verdade, foi sempre acompanhada de crenças e quase todos os ramos do conhecimento têm
a sua imitação do ponto de vista das crenças, a que hoje se chama pseudociências.

Também a evolução do conhecimento, pois como a evolução acabou por ter, em todos os ramos
do conhecimento, de experimentar a mudança de paradigmas para paradigmas mais completos,
que por vezes fazem com que os anteriores sejam ou completamente refutados ou, então,
estabelecem limites bem definidos de aplicação aos paradigmas anteriores e com os novos
paradigmas o campo de aplicação é alargado.
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O ser humano, em determinadas épocas, necessitou do reducionismo para poder aprofundar ao


máximo a abordagem de um determinado assunto, por isso, por exemplo, a Física, que é um
ramo de todo o conhecimento existente, tem várias divisões para poder estudar questões muito
mais específicas, e isso acontece com todos os ramos do conhecimento.

Do mesmo modo, já vimos que, a certa altura da evolução do conhecimento, foi necessário
fundir alguns dos conhecimentos pertencentes a dois dos ramos já conhecidos num único ramo,
para poder estudar outros factos naturais e sociais.
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Exemplos da necessidade de transdisciplinaridade.

Nanociência e nanotecnologia.

Nanotecnologia: é o desenvolvimento e a aplicação prática de estruturas e sistemas à escala


nanométrica (entre 1 e 100 nanómetros (nm)).

Não confundir com o termo Nanociência, que não implica uma aplicação prática, mas sim o
estudo científico das propriedades do mundo nanométrico.

Nesta escala, de 1 a 100 nm, são aplicados os conhecimentos de vários ramos do saber há muito
estabelecidos, e não apenas dois, mas vários: a física, a química, a biologia e muitas disciplinas
de engenharia. É por isso que a nanociência e a nanotecnologia são consideradas um exemplo
de transdisciplinaridade.

Como se pode interpretar do que precede, podemos dizer que a ciência e a investigação são
processos contínuos e iterativos, em que se colocam questões e se testam hipóteses.

O objetivo de uma boa teoria (uma forma de explicar os fenómenos) e de um bom método é
gerar a informação ou os dados necessários para determinar como o conhecimento deve ser
ajustado para colmatar a lacuna entre as nossas ideias sobre os fenómenos e os seus processos
e a própria realidade.

As ideias são construídas e persistem durante um determinado período de tempo e fornecem


explicações que respondem a um problema geral ou particular. Estas explicações são
constantemente atualizadas com base em novas informações.
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Neste processo, a experiência social e a experiência pessoal fundem-se, refletindo a interação


dos sujeitos com os acontecimentos ambientais e o conhecimento social desses
acontecimentos; tanto os fatores sociais como os individuais estão envolvidos na produção do
conhecimento científico.
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Atualmente, existem pelo menos quatro formas de fazer ciência, ou seja, de realizar investigação
científica:

1. Utilizando uma teoria disponível.


2. Desenvolvendo um corpo de conhecimentos através da investigação de base e da
recolha de dados.
3. Utilizando determinados processos e instrumentos metodológicos, após análise dos
prós e contras de cada um.
4. Seguindo um palpite.
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No caso de ser utilizada a primeira forma de fazer ciência, sugere-se que cada teoria seja avaliada
de acordo com os seguintes critérios:

1. A teoria explica corretamente o fenómeno em estudo e capta o conteúdo, o processo e


a forma ou estrutura do fenómeno?
2. A teoria sugere quais os métodos que considera relevantes para descobrir novas
variáveis e relações entre variáveis nos fenómenos?
3. A teoria produz bons resultados explicativos sobre o fenómeno que estuda e tenta
compreender?

Passemos agora a comentar brevemente o desenho de um estudo de investigação, que será


desenvolvido mais adiante. Uma vez escolhidos o fenómeno e a sua caraterística de interesse,
elabora-se o desenho do estudo, para o qual se colocam, entre outras, as seguintes questões

1. Como obter os dados para mostrar os componentes que se pensa fazerem parte do
fenómeno?
2. Que tipo de atividade realizam estes componentes, podem ser observados ou
evidenciados?
3. Quando e como se deve observar o fenómeno?

1. Se a concepção for experimental, é utilizada uma estatística paramétrica. Como este


projeto é experimental, as variáveis independentes são manipuladas para estudar o seu
efeito nas variáveis dependentes.
2. Se for efetuada uma entrevista, pode ser utilizada a análise de conteúdo. No entanto,
na concepção não-experimental, as variáveis não são deliberadamente manipuladas.

Um fenómeno pode ser visto de diferentes formas e podem ser utilizadas várias estratégias para
estudar a mesma variável e comparar todos os resultados e ver se estão correlacionados.

Conclusões:

Foram apresentados vários pontos de vista sobre o surgimento da ciência, mas devemos lembrar
que quanto mais estudarmos e nos aprofundarmos num determinado objeto, mais próximos
estaremos da verdade.
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Foi mostrada a forma como o conhecimento evoluiu, tomando como referência três etapas
importantes no desenvolvimento da humanidade: a antiguidade, o renascimento e o que
chamamos de atualidade (de 1900 até hoje).

Foram dados alguns exemplos da evolução do conhecimento em determinadas áreas do saber,


mostrando de certa forma que não é possível falar de desenvolvimento e evolução do
conhecimento sem falar da influência da religião.

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