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TEXTO I.
“Se você conhece um autista, você conhece apenas um autista”. Essa é uma das máximas repetidas para quem está começando a aprender o básico sobre o autismo.
Mas por qual motivo? Simples. É muito importante compreender que o transtorno se manifesta de formas múltiplas e que cada autista apresenta o autismo à sua
maneira. Qual a importância de compreender isso? Quando entendemos que o autismo se manifesta de forma diferente em cada pessoa, evitamos nos apoiar em
estereótipos, como a falsa ideia de que todo autista é um gênio da matemática – sim, há tanto autistas brilhantes quanto autistas péssimos em contas. Estes
estereótipos podem até atrasar a busca pelo diagnóstico correto – o que é um problema sério, pois quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores as chances de
desenvolvimento do autista.
TEXTO II.
E é exatamente para ampliar essa compreensão que hoje (2) é comemorado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, uma data para ajudar a quebrar
preconceitos e estereótipos sobre o autismo ou, no termo atualizado, Transtorno do Espectro Autista (TEA). Trata-se de um distúrbio no desenvolvimento do cérebro
que afeta a capacidade de relacionamento com pessoas e com o ambiente. Estudos estimam que 1 em cada 58 crianças no mundo nasce dentro do espectro. Só no
Brasil, o número de pessoas autistas chega a 2 milhões, segundo dados do Ministério da Saúde. Mas os números também dizem pouco sobre as famílias autistas e os
desafios e conquistas que elas alcançam no seu dia a dia, que vão de o uso correto dos talhares pelas crianças a aprovação de leis no Congresso Nacional garantindo
direitos para autistas. “Quando se fala em autismo a maioria dos profissionais ainda imagina casos severos, de pessoas que não falam e não comem, mas não é assim.
O autismo é um espectro amplo”, pontua Emanuele Teixeira Vassoler, mãe do Gustavo e fundadora do Família TEA, um grupo do Espirito Santo que reúne pais de
crianças dentro do espectro. “Um laudo não pode anular uma criança.”
TEXTO III. Em 2000, os Estados Unidos registraram um caso de autismo a cada 150 crianças
observadas. Em 2020, houve um salto gigantesco: um caso do transtorno a cada
36 crianças. As estatísticas são do órgão de saúde Centers for Disease Control
and Prevention (CDC), que divulgou a atualização na semana passada — já que
os dados são sempre anunciados pelo menos três anos após a coleta. Não temos
estimativas exclusivas do Brasil porque, aqui, o diagnóstico é feito com mais
dificuldade. “É algo precário. Temos poucos profissionais especializados, e
descobrir que alguém tem autismo não é tão simples. Não existe um único
exame que detecte isso”, explica Patrícia Braga, professora associada da
Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora da plataforma científica Pasteur
USP.
TEXTO IV.
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A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema: Barreiras para a inclusão dos portadores do espectro autista no Brasil. Apresente proposta de ação social que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
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