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METAS CURRICULARES

Matemática
o
1. ano
o t a d a s
a n

Henriqueta Gonçalves · Célia Mestre


Objetivos
Domínio Subdomínio Anotações/Sugestões
e descritores
Números 1. Contar até 100 As experiências de contagem, incluindo o recurso
naturais a modelos estruturados, como os fios de contas, as
molduras do 10 e os cartões de pontos organizados
de forma padronizada ou não, devem ser o ponto
de partida nas primeiras abordagens ao número.
1.1. Verificar que dois Para se verificar que dois conjuntos têm o mesmo
conjuntos têm o número de elementos, não é necessário usar
mesmo número números ou saber contar. Basta para tal fazer jogos
de elementos ou com correspondência um para um.
determinar qual Exemplos:
dos dois é mais Sugere-se começar por situações do dia a dia,
numeroso utilizando como uma cadeira, um lápis ou uma borracha para
correspondências cada criança. Nestas situações temos sempre
um a um. conjuntos com o mesmo número de elementos.
Devem então ser criadas situações em que há mais
ou menos cadeiras, lápis, borrachas que crianças.
Mais tarde poder-se-á passar para situações
gráficas, por exemplo comparando dois conjuntos
com diferentes elementos, usando setas para fazer
NÚMEROS E OPERAÇÕES

correspondência um para um e comparando assim


qual dos conjuntos é mais numeroso.
1.2. Saber de memória Estes são descritores que não se devem dissociar,
a sequência pois constituem passos do desenvolvimento do
dos nomes dos sentido de número.
números naturais Saber de memória a sequência dos nomes dos
até vinte e utilizar números e a sua representação através dos
corretamente numerais promove o desenvolvimento do sentido
os numerais do de número.
sistema decimal Devem proporcionar-se experiências de
para os representar. contagem, dando especial importância aos
1.3. Contar até processos de contagem, pois estes vão ajudar
vinte objetos e a estruturar e a relacionar os números.
reconhecer que o É fundamental que a criança perceba
resultado final não que, ao contar um determinado grupo de
depende da ordem objetos, o resultado tem de ser o mesmo,
de contagem independentemente da ordem pela qual contou.
escolhida.

1 2 3 4 5

1
1
5 1
2

3 4 2
3
4

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Objetivos
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e descritores
Números 1.4. Associar pela Este descritor pode ser trabalhado em conjunto
naturais contagem com o descritor OTD 1-1.1.
diferentes Desde o primeiro dia de aulas os alunos devem
conjuntos ao fazer contagens contextualizadas, sempre que
mesmo número possível associadas à resolução de problemas.
natural, o conjunto Exemplos:
vazio ao número Contar quantas crianças estão na sala, quantos
zero e reconhecer meninos e quantas meninas, quantos olhos,
que um conjunto quantas mãos, quantos pés; contar o número de
tem menor número mesas e de cadeiras, etc.
de elementos que Ao contar os objetos (elementos de um
outro se o resultado determinado conjunto), o aluno deve perceber
da contagem que o resultado da sua contagem é o cardinal do
do primeiro conjunto (total de elementos contados).
for anterior, na Inicialmente os alunos podem ter dificuldades
ordem natural, na contagem, e podem, por exemplo, contar um
ao resultado da objeto mais do que uma vez. Ao contar objetos
contagem do físicos, é importante ir tocando no objeto contado,
segundo. arrastando-o e separando-o ligeiramente dos
outros. Ao contar objetos no papel, podem, por
NÚMEROS E OPERAÇÕES

exemplo, assinalar o objeto contado, escrevendo


junto a cada um o número correspondente.
1.5. Efetuar contagens Implementar uma rotina de pelo menos 10 minutos
progressivas diários de contagens a nível oral, com recurso a
e regressivas aspetos significativos da vida da turma.
envolvendo Exemplos:
números até cem. Presenças e faltas, número de almoços e de
lanches, número de pacotes de leite, etc.
Em determinados momentos pode ser feita a
ligação com o Português, explorando histórias ou
lengalengas.
Exemplo:
Contagens regressivas.
Minha mãe teve dez filhos Desses nove que ficaram
Todos dez dentro de um pote Foram amassar biscoito:
Deu o tranglomanglo neles, Deu o tranglomanglo neles,
Não ficaram senão nove. Não ficaram senão oito.
Desses oito que ficaram Desses sete que ficaram
Foram pentear o tapete: Foram esperar os reis:
Deu o tranglomanglo neles, Deu o tranglomanglo neles,
Não ficaram senão sete. Não ficaram senão seis.
Desses seis que ficaram Desses cinco que ficaram
Foram depenar um pinto: Foram depenar um pato:
Deu o tranglomanglo neles, Deu o tranglomanglo neles,
Não ficaram senão cinco. Não ficaram senão quatro.
Desses quatro que ficaram Desses três que ficaram
Foram matar uma rês: Foram dar comida aos bois:
Deu o tranglomanglo neles, Deu o tranglomanglo neles,
Não ficaram senão três. Não ficaram senão dois.
Desses dois que ficaram E esse um que ficou
Foram matar um perú: Foi ver amassar o pão:
Deu o tranglomanglo neles, Deu o tranglomanglo nele,
E não ficou senão um. E acabou-se a geração.

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Objetivos
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e descritores
Sistema de 2. Descodificar O sistema de numeração decimal (base 10)
numeração o sistema de está associado a uma determinada simbologia
decimal numeração decimal (algarismos) e a um conjunto de regras para
escrever e interpretar os números. Este é um
sistema posicional, ou seja, a posição dos algarismos
é essencial para interpretar o valor dos números.
Exemplos: 48 e 84
48 = 4 dezenas 84 = 8 dezenas
e 8 unidades e 4 unidades

D U D U

8 4 4 8

O valor do 4 e do 8 depende da posição que ocupam no


número (dezenas ou unidades).

2.1. Designar dez A noção de dezena demora algum tempo a ser


NÚMEROS E OPERAÇÕES

unidades por construída, daí a necessidade de serem desenvolvidas


uma dezena e tarefas envolvendo materiais que representem, ao
reconhecer que mesmo tempo, um grupo de 10 e uma dezena.
na representação
MAB – barra – 1 dezena
«10» o algarismo
«1» se encontra
numa nova posição
marcada pela Moldura do 10
colocação do «0».
2.2. Saber que os
números naturais
entre 11 e 19 são
10 unidades = 1 dezena (um grupo de 10)
compostos por
uma dezena e Nestes descritores é fundamental que o aluno perce-
uma, duas, três, ba que o algarismo 1 (ou qualquer outro), ao mudar a
quatro, cinco, seis, sua posição dentro de um número, muda o seu valor.
sete, oito ou nove Sugere-se que sejam desenvolvidas atividades com
unidades. o MAB, as molduras do 10 e o ábaco vertical.
Jogo do Banqueiro:
• Organizar os alunos em grupos de 4 ou 5 e distri-
buir a cada grupo uma caixa de MAB e 2 dados.
• No seu grupo, cada aluno lança os dois dados,
conta o número de pintas e coloca junto a si os
cubinhos que representam esse número.
• Ao fim de 4 jogadas, todos os jogadores contam
os cubinhos que acumularam e trocam-nos
tendo em conta a equivalência: cada grupo de 10
cubinhos (10 unidades) vale 1 barra (uma dezena).
Exemplo: 13 cubinhos, troca 10 por 1 barra e
ficam 3 cubinhos (13 = uma dezena e 3 unidades).
• Ganha o grupo que obtiver um número maior.

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Objetivos
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e descritores
Sistema de 2.3. Ler e representar Sugere-se uma atividade diária, o «Número do
numeração qualquer número dia», que consiste em representar o dia do mês
decimal natural até 100, associando as molduras do 10 para representar
identificando o esse número (moldura completa = 1 dezena).
valor posicional dos Por exemplo, o dia 15 será:
algarismos que o
compõem.

15 = 10 + 5
15 = 1 dezena e 5 unidades
2.4. Comparar números Antes da utilização dos sinais de «>» e «<», os
naturais até 100 alunos devem participar em atividades mais
tirando partido do intuitivas e que já são do seu conhecimento, tais
valor posicional como a comparação das suas alturas (associado ao
dos algarismos domínio GM 1-3):
e utilizar • ordenar os alunos do mais baixo para o mais alto;
corretamente os • ordenar os alunos do mais alto para o mais baixo.
símbolos «<» e «>». A comparação de quantidades associada à sua
NÚMEROS E OPERAÇÕES

representação numérica deve acontecer em


paralelo com a comparação do número de
elementos de determinado conjunto e só depois
se dará a passagem para atividades mais formais e
que implicam «papel e lápis».
Adição 3. Adicionar números Adicionar números corresponde a contar o
naturais número de objetos da união de conjuntos
disjuntos.
Esta operação deve ser trabalhada desde muito
cedo e muito antes do trabalho com papel e lápis.
O dia a dia de uma sala de aula envolve muitas
situações em que a adição é necessária para
encontrar uma resposta, mesmo sem o recurso
à palavra «mais», não sendo o registo importante
numa primeira fase.
3.1. Saber que o Usar a reta numérica para contar, posicionar
sucessor de um e ordenar os números, verificando-se que na
número na ordem passagem de um número para o outro se adiciona
natural é igual a sempre um (1).
esse número mais 1.
3.2. Efetuar adições Os jogos com dados e cartões de pontos
envolvendo proporcionam experiências interessantes de
números naturais adição, pois permitem o estabelecimento de
até 20, por relações numéricas facilitadoras do cálculo mental
manipulação e das operações.
de objetos ou Explorar situações que envolvam a adição, nos
recorrendo sentidos de juntar ou acrescentar, concretizando a
a desenhos e partir de objetos como lápis, feijões ou outros que
esquemas. estejam disponíveis em sala de aula.

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Objetivos
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e descritores
Sistema de Conduzir os alunos à exploração de situações de
numeração adição (envolvendo números naturais até 20)
decimal através do desenho, esquemas e outros registos
informais.
Exemplo:
Os alunos podem desenhar 5 flores vermelhas e
acrescentar 3 flores amarelas. Para saber o total
de flores desenhadas poderão contar as flores,
chegando à conclusão que são 8 flores. Poderão
representar a adição utilizando a linguagem
matemática: 5 + 3 = 8.
3.3. Utilizar Os símbolos «+» e «=» traduzidos em «mais» e
corretamente os «igual» fazem parte da linguagem corrente dos
símbolos «+» e alunos e serão facilmente reconhecidos. Os
«=» e os termos termos «parcela» e «soma» não fazem parte da
«parcela» e linguagem corrente e deverão ser introduzidos
«soma». de modo que os alunos reconheçam que «soma»
é o nome dado ao resultado da adição e «parcela»
é o nome dado a cada um dos valores que é
adicionado, não importando a ordem em que são
NÚMEROS E OPERAÇÕES

colocados.
Exemplo: 3 + 2 = 2 + 3.
3.4. Reconhecer que a Representar uma quantidade através de um
soma de qualquer número – o zero – pode tornar-se complicado
número com zero para algumas crianças, dado que este número, que
é igual a esse significa um conjunto vazio, é algo abstrato.
número. Explorar diferentes situações que envolvam a
adição de um número com zero para que os alunos
cheguem à conclusão de que a soma é igual a
esse número. Conduzir os alunos à conclusão
que a adição de um número com zero não altera
o número, reconhecendo intuitivamente o zero
como elemento neutro da adição. Explorar
também a comutatividade nessa situação, ou seja,
situações como 2 + 0 e 0 + 2.
3.5. Adicionar Na adição de dois números de um algarismo
fluentemente dois é importante que os alunos compreendam e
números de um memorizem os factos básicos da adição cuja soma
algarismo. é 10 («os amigos do 10»: 1 + 9 = 10, 2 + 8 = 10, …),
tendo em conta a regularidade observada no
sistema de numeração decimal que permite
transpor esses factos para números maiores. É
também importante que adicionem números iguais
e memorizem essas adições (1 + 1 = 2, 2 + 2 = 4, …),
assim como que adicionem determinado número
mais um (2 + 1 = 3, 3 + 1 = 4, 4 + 1 = 5, …) .
Todos estes factos compreendidos e
memorizados serão poderosas ferramentas para o
desenvolvimento do cálculo mental.

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Objetivos
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e descritores
Sistema de 3.6. Decompor um O reconhecimento do valor posicional dos
numeração número natural algarismos num número permitirá identificar
decimal inferior a 100 na o algarismo que representa as unidades e o
soma das dezenas algarismo que representa as dezenas, conduzindo
com as unidades. à decomposição do número. Nessa decomposição
é importante que, por exemplo, no número 23,
os alunos reconheçam que o 2 representa 20
ou 2 dezenas e o 3 representa 3 unidades. Ao
adicionarem as dezenas e as unidades de números
como, por exemplo, 23 + 45, de forma a obter a
soma (68) é importante que os alunos reconheçam
esse valor posicional, adicionando 20 com 40 e 3
com 5.
3.7. Decompor um Explorar situações de decomposição de
número natural números até 20 usando factos básicos da adição
até 20 em somas compreendidos e memorizados.
de dois ou mais Exemplo: 20 = 2 + 8 + 10, 15 = 7 + 7 + 1, 16 = 8 + 8.
números de um Estas adições poderão ser efetuadas com recurso a
algarismo. cartões de pintas, colar de contas e reta numérica.
NÚMEROS E OPERAÇÕES

3.8. Adicionar Usar a tabela do 100 para efetuar cálculos.


mentalmente um Levantar questões como:
número de dois • O que acontece quando se passa de um número
algarismos com para outro na horizontal? (sempre + 1 ou – 1)
um número de um • E na vertical? (sempre + 10 ou – 10)
algarismo e um Propor outros cálculos e solicitar os registos no
número de dois caderno.
algarismos com
um número de
dois algarismos
terminado em 0, nos
casos em que a soma
é inferior a 100.
3.9. Adicionar dois O aluno deve saber adicionar dois números
quaisquer números naturais cuja soma seja inferior a 100. É natural
naturais cuja soma que as primeiras abordagens sejam feitas com
seja inferior a números em que a soma das respetivas unidades
100, adicionando seja inferior a uma dezena, progredindo para os
dezenas com casos em que seja necessário compor 10 unidades
dezenas, unidades numa dezena e efetuar o transporte para a ordem
com unidades das dezenas.
com composição Exemplo:
de dez unidades 43 + 24
em uma dezena Podemos pensar que o primeiro número é
quando necessário, formado por 4 dezenas e 3 unidades e o segundo
e privilegiando por 2 dezenas e 4 unidades. Podemos então
a representação adicionar separadamente as dezenas (4 + 2 = 6) e
vertical do cálculo. as unidades (3 + 4 = 7) de cada um dos números.
Ficamos assim com um total de 6 dezenas e 7
unidades, ou seja 67.

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Objetivos
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e descritores
Sistema de No entanto o procedimento é mais complexo
numeração quando a soma das unidades das parcelas for um
decimal número superior a nove. Neste caso é necessário
compor dez unidades numa dezena e efetuar o
respetivo transporte.
Exemplo:
47 + 45
Ao adicionar as unidades (7 + 5 = 12) vamos obter
um número maior que dez, neste caso 12 (1 dezena
e 2 unidades). Registamos então as 2 unidades e
adicionamos a dezena às restantes dezenas
(4 + 4 = 8 … 8 + 1 = 9). A soma é então 9 dezenas e
2 unidades, ou seja 92.
4. Resolver problemas Os problemas são situações não rotineiras que
constituem desafios para os alunos e em que
NÚMEROS E OPERAÇÕES

podem ser utilizadas várias estratégias e métodos


de resolução.
São vários os tipos de problemas que podem ser
resolvidos numa sala de aula e cabe ao professor
decidir o que pretende fazer. Podemos estar
perante problemas de cálculo (o aluno tem de
decidir a operação a utilizar e aplicar os dados do
problema) ou de processo (envolvem raciocínios
mais elaborados e não podem ser resolvidos
apenas pela escolha da operação).
4.1. Resolver problemas Ao resolver problemas de um passo (apenas com
de um passo um cálculo) que envolvem situações de juntar
envolvendo ou acrescentar, o aluno não tem de saber esta
situações de juntar categorização. É o professor que deve estar atento
ou acrescentar. e diversificar as situações que propõe.
Situações de juntar (existem 2 ou mais quantidades
que se juntam numa só – o total):
O João tem 3 livros de aventuras e 5 de histórias.
Quantos livros tem ao todo?
Situações de acrescentar (existe uma quantidade
que é aumentada):
Na festa de anos da Rita estão 6 pessoas.
Na hora de cortar o bolo chegaram 3 colegas de
surpresa.
Quantas pessoas ficaram na festa?

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Objetivos
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e descritores
Subtração 5. Subtrair números A subtração tem naturalmente implícita a ideia de
naturais retirar elementos de um conjunto. Esta é a forma
mais natural em que ela aparece. No entanto é
importante trabalhar situações que explorem a
relação entre a adição e a subtração, procurando
um número que adicionado a outro dê o número
pretendido (por exemplo, 8 – 6 … posso pensar
qual o número que adicionado a 6 dá 8, o «quantos
faltam para…»). A contextualização das situações
através de situações problema será a melhor forma
de os alunos entenderem esta operação.
5.1. Efetuar subtrações Fazer a leitura da obra Todos no sofá, de Luísa
envolvendo Ducla Soares, Livros Horizonte.
números naturais Após a leitura da história levantar questões
até 20, por conducentes ao desenvolvimento do conceito de
manipulação subtração.
de objetos ou • Estavam 10 amigos no sofá e só ficou o João.
recorrendo Quantos animais saíram?
NÚMEROS E OPERAÇÕES

a desenhos e • Quando o coelho saltou do sofá, quantos amigos


esquemas. lá ficaram?
5.2. Utilizar • Quando o porco saiu do sofá, quantos amigos
corretamente o deixou lá?
símbolo «–» e os Estender esta história a números até ao 20.
termos «aditivo»,
«subtrativo» e O símbolo «–», identificado na linguagem corrente
«diferença». dos alunos como «menos», será facilmente
reconhecido. Os termos «aditivo», «subtrativo» e
«diferença» deverão ser introduzidos através da
resolução de problemas, de modo que os alunos
reconheçam que o «aditivo» é sempre o número
maior, o «subtrativo» é sempre o número a subtrair e
a «diferença» corresponde ao resultado da subtração.
5.3. Relacionar Para identificar a diferença entre duas
a subtração quantidades, é importante propor a resolução de
com a adição, problemas trabalhando no sentido de completar
identificando a ou comparar (dependendo da pergunta colocada).
diferença entre Exemplo:
dois números como O Rui tem 12 berlindes. O Pedro tem 7 berlindes.
o número que se Quantos berlindes o Pedro tem de juntar para ter
deve adicionar ao tantos como o Rui?
subtrativo para
obter o aditivo. 12 – aditivo 12 – 7 = 5 (diferença)

7 – subtrativo
5 – diferença 7 + _____ = 12 ou _____ + 7 = 12

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Subtração 5.4. Efetuar a subtração Ao trabalhar a subtração de 2 números é
de dois números importante propor situações em que seja mais
por contagens vantajoso efetuar contagens progressivas e outras
progressivas ou em que seja mais vantajoso efetuar contagens
regressivas de, regressivas.
no máximo, nove Exemplo:
unidades. Pode calcular-se facilmente 48 – 5 efetuando uma
contagem regressiva. No entanto, para calcular a
diferença entre 56 e 48 é mais vantajoso efetuar
uma contagem progressiva.
Deve-se propor problemas cujo contexto seja
propiciador destas contagens, como por exemplo
aqueles cuja resolução fica facilitada pelo uso da
reta numérica.
5.5. Subtrair de um Este descritor implica que o aluno perceba muito
número natural bem o sistema de numeração decimal. Propor
até 100 um situações de subtração usando a tabela do 100
dado número de para que o aluno perceba que, ao subtrair um
NÚMEROS E OPERAÇÕES

dezenas. dado número de dezenas a um número natural, o


algarismo das unidades mantém-se e o que muda é
o algarismo das dezenas.
Exemplo:
25 – 10 = 15; 48 – 20 = 28; 59 – 30 = 29
5.6. Efetuar a subtração Ao efetuar a decomposição do subtrativo em
de dois números dezenas e unidades pretende-se que a subtração
naturais até 100, se faça em duas etapas, tendo em conta as
decompondo capacidades desenvolvidas nos descritores
o subtrativo NO 1-5.4 e NO 1-5.5.
em dezenas e Exemplo:
unidades. Qual a diferença entre 58 e 32?
Pode começar-se por subtrair as 3 dezenas
do 32. Ao 58, retiro 30, ficando com 28. Em
seguida subtraem-se as 2 unidades do 32 (28 – 2),
obtendo-se então 26.
6. Resolver problemas Tal como para a adição, podem ser problemas
de cálculo ou de processo. Cabe ao professor
fazer uma seleção de acordo com o seu objetivo
de trabalho. Poderão ser problemas de cálculo,
proporcionando aos alunos a oportunidade de
aplicarem conceitos e destrezas previamente
aprendidas e praticarem a sua aplicabilidade, ou
ser problemas de processo. Neste caso podem ser
usados para desenvolver diferentes capacidades,
para introduzir conceitos ou para aplicar
conhecimentos e procedimentos matemáticos já
aprendidos.

10
Objetivos
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e descritores
Subtração 6.1. Resolver O contexto mais natural para que os alunos
problemas de um passo percebam a subtração é o sentido de retirar, em
envolvendo situações que poderá ou não haver resto.
de retirar, comparar ou Exemplo:
completar. Num armário estavam 35 livros. Durante a semana
foram requisitados 13 desses livros. Quantos livros
ficaram no armário?
Outro dos sentidos da subtração, a comparação,
NÚMEROS E OPERAÇÕES

deverá ser trabalhado em situações em que


se pretende identificar a diferença entre duas
quantidades.
Exemplo:
Numa caixa há 26 bolas vermelhas e 15 bolas
azuis. Quantas bolas azuis há a menos que bolas
vermelhas? Ou… Quantas bolas vermelhas há a
mais que bolas azuis?
Os problemas de subtração que poderão envolver
contagens progressivas são as situações de
completar. Este sentido da subtração está muitas
vezes associado ao «Quantos faltam para?»
Exemplos:
A Eva quer fazer uma coleção de 78 cromos.
Ela já tem 35. Quantos cromos lhe faltam para
completar a coleção?
A turma do 1.º A tem 21 alunos e a do 1.º B tem 27.
Quantos alunos pode ainda a turma do 1.º A receber
para ter tantos alunos como a turma do 1.º B?
Localização 1. Situar-se e situar Pretende-se desenvolver o sentido espacial,
e orientação objetos no espaço através da exploração do mundo real, privilegiando
no espaço a exploração e a manipulação.
1.1. Utilizar As relações de posição entre dois objetos devem
corretamente o começar por ser trabalhadas envolvendo os alunos
vocabulário próprio e o espaço que os rodeia (concretização) e só mais
das relações de tarde devem passar a uma fase de aplicação no
GEOMETRIA E MEDIDA

posição de dois papel.


objetos. Deve identificar-se se os alunos são capazes de
descrever o espaço onde se encontram e a posição
que ocupam em relação aos colegas e ao que os
rodeia. Explorar os conceitos «à frente de», «atrás
de», «entre», «à direita de», «à esquerda de»,
«entre», «em cima», «em baixo», …
A sala de aula pode servir de contexto, colocando
questões e instruções como:
• O que está em cima da mesa?
• E por baixo da mesa?
• E entre a cadeira e a secretária?
• E ao lado da porta?
• Diz o nome de um objeto que esteja fora da sala
de aula.
• E o nome de outro que esteja dentro da sala.

11
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e descritores
Localização 1.2. Reconhecer que Propor situações que envolvam jogos no recreio,
e orientação um objeto está usando vocabulário como «atrás de», «à frente de»,
no espaço situado à frente «entre», «por detrás de», «em frente a…».
de outro quando
o oculta total ou
parcialmente da
vista de quem
observa e utilizar
corretamente as
expressões «à
frente de» e «por
detrás de».
1.3. Reconhecer que se Partir de situações do dia a dia na escola e levar os
um objeto estiver alunos a verificar quem (ou o quê) está mais perto
à frente de outro ou mais longe (mais afastado).
então o primeiro Este descritor poderá ser trabalhado
está mais perto conjuntamente com o descritor GM 1-3.1 e 3.2.
do observador
e utilizar
corretamente as
expressões «mais
GEOMETRIA E MEDIDA

perto» e «mais
longe».
1.4. Identificar Explorar situações na natureza e vida quotidiana
alinhamentos de em que os objetos aparecem alinhados: árvores/
três ou mais objetos flores plantadas em linha, alunos numa fila, filas de
(incluindo ou não carros, cadeiras/mesas dispostas na sala…
o observador) Reconhecer quais os objetos que estão
e utilizar situados entre, mais distantes, mais próximos.
adequadamente Explorar situações em que os objetos tenham
neste contexto as uma disposição não alinhada e reconhecer as
expressões «situado diferenças entre essas situações e as situações que
entre», «mais apresentam os objetos alinhados.
distante de», «mais
próximo de» e
outras equivalentes.
1.5. Utilizar o termo Propor aos alunos que desenhem um ponto numa
«ponto» para folha branca, fazendo o registo com um lápis
identificar a posição afiado. Conduzir os alunos à conclusão que o
de um objeto ponto desenhado tem dimensões muito reduzidas,
de dimensões desprezáveis. Pedir aos alunos para, a partir
desprezáveis desse ponto, desenharem uma linha, levando-os
e efetuar e a concluir que precisam de desenhar muitos mais
reconhecer pontos, todos eles muito próximos uns dos outros,
representações de uns à frente outros atrás, na mesma direção.
pontos alinhados e Reconhecer que uma linha apresenta os pontos
não alinhados. alinhados. Conduzir os alunos a desenharem outros
pontos que não se encontrem na mesma linha e
reconhecer que os mesmos não se encontram
alinhados com os primeiros.

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e descritores
Localização 1.6. Comparar distâncias Entregar aos alunos objetos rígidos (borracha, clip,
e orientação entre pares de régua, palhinha, …) e pedir que efetuem medições
no espaço objetos e de (distâncias) entre pares de objetos ou pontos,
pontos utilizando usando vocabulário adequado: estão «à mesma
deslocamentos distância», estão «mais distantes», …
de objetos Relacionar com GM 1-1.3.
rígidos e utilizar
adequadamente
neste contexto
as expressões «à
mesma distância»,
«igualmente
próximo», «mais
distantes», «mais
próximos» e outras
equivalentes.
1.7. Identificar figuras Dar um pedaço de cartolina a cada aluno (poderá
geométricas como ser uma figura geométrica) e pedir aos alunos
«geometricamente que a coloquem em cima de outra folha e que
iguais», ou recortem uma figura igual. Ao sobreporem estas
GEOMETRIA E MEDIDA

simplesmente figuras levar os alunos a verificar que todos os


«iguais», quando pontos são coincidentes, ocupando assim um
podem ser levadas mesmo espaço, logo são geometricamente iguais.
a ocupar a mesma
região do espaço
por deslocamentos
rígidos.
Figuras 2. Reconhecer e Dado que vivemos num mundo a 3 dimensões é
geométricas representar formas importante que o estudo das formas geométricas
geométricas se inicie partindo do espaço para o plano.
2.1. Identificar partes Propor a observação de objetos e pedir que
retilíneas de expliquem as diferenças entre linhas curvas e retas.
objetos e desenhos, Colocar alguns alunos a pares e dar um fio. Cada
representar aluno pega numa das extremidades do fio e estica.
segmentos de Pedir a 2 ou 3 alunos que peguem noutros locais do
reta sabendo que fio com ele esticado. Salientar que o fio esticado
são constituídos representa um segmento de reta, as extremidades
por pontos do fio são os extremos do segmento de reta e os
alinhados e utilizar pontos onde os outros alunos pegaram no fio são
corretamente os pontos que pertencem ao segmento de reta.
termos «segmento Dois pontos (extremos) e os pontos com eles
de reta», «extremos alinhados, situados entre esses dois pontos,
(ou extremidades) constituem o chamado «segmento de reta».
do segmento de Estes termos devem ser utilizados na identificação
reta» e «pontos do de porções retilíneas de objetos e desenhos e
segmento de reta». os alunos devem ser capazes de representar
segmentos de reta em desenhos e construções,
servindo-se ou não de instrumentos auxiliares
(réguas), utilizando dobragens, etc.

13
Objetivos
Domínio Subdomínio Anotações/Sugestões
e descritores
Figuras 2.2. Identificar pares Desenvolver atividades para que os alunos
geométricas de segmentos de percebam que a dois segmentos de reta com o
reta com o mesmo mesmo comprimento pode sobrepor-se ponto por
comprimento ponto um mesmo objeto rígido retilíneo ou uma
como aqueles cujos parte retilínea de um objeto rígido (régua, lápis, fio
extremos estão à esticado, etc.).
mesma distância A distância entre os extremos de um segmento
e saber que são de reta designa-se também por «comprimento do
geometricamente segmento de reta» e este termo deve também ser
iguais. usado como alternativa a «distância entre pontos».
Usar o geoplano para traçar segmentos de reta,
tendo como unidade de medida a distância entre
dois pregos e perceber que dois segmentos com o
mesmo comprimento são geometricamente iguais.
2.3. Identificar partes Observar objetos do dia a dia, modelos de sólidos
planas de objetos geométricos, folhas de cartolina, e verificar que,
verificando que de sendo superfícies planas, podem ser vistas como
certa perspetiva retilíneas. Elas são constituídas por conjuntos
podem ser vistas de pontos, que formam um sem número de
GEOMETRIA E MEDIDA

como retilíneas. segmentos de reta.


2.4. Reconhecer partes Usar conjuntos de sólidos geométricos e colocá-los
planas de objetos numa superfície inclinada. Experimentar se
em posições deslizam ou se rolam. Verificar que os que deslizam
variadas. têm partes planas e os que rolam têm partes não
planas.
2.5. Identificar, em Propor a observação de espaços à volta da escola,
objetos, retângulos no interior desta, na sala de aula e identificar
e quadrados com quadrados e retângulos (parede da sala, chão,
dois lados em tampo de secretária, porta do armário, porta da
posição vertical e sala) e verificar que esses objetos têm dois lados na
os outros dois em posição vertical e dois lados na posição horizontal.
posição horizontal No caso em que os lados consecutivos de um
e reconhecer o retângulo são geometricamente iguais, dizemos
quadrado como que se trata de um quadrado. Os quadrados
caso particular do podem, assim, ser reconhecidos como casos
retângulo. particulares de retângulos.
2.6. Identificar, em Devem ainda ser identificados triângulos,
objetos e desenhos, circunferências e círculos em objetos e desenhos
triângulos, e ainda os lados e vértices das figuras que os
retângulos, possuem.
quadrados,
circunferências
e círculos
em posições
variadas e utilizar
corretamente os
termos «lado» e
«vértice».

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Objetivos
Domínio Subdomínio Anotações/Sugestões
e descritores
Figuras 2.7. Representar Organizar os alunos em grupo e distribuir a
geométricas triângulos cada grupo caixas de embalagens previamente
e, em grelha recolhidas. Pedir que as organizem de acordo com
quadriculada, um critério à escolha e que verbalizem o critério
retângulos e usado.
quadrados. Pedir que desmontem as caixas e que façam
2.8. Identificar cubos, a sua planificação. Cortar as partes das caixas
paralelepípedos que se sobrepõem e que apenas servem para
retângulos, colar e ajudar a montar a caixa. Ajudar os alunos
cilindros e esferas. a identificarem as figuras geométricas que
correspondem a cada planificação.
Fixar uma cor para cada figura e pedir aos alunos
que as pintem.
Colar as planificações num cartaz, separando-as
em retângulos, triângulos e quadrados.
Promover a observação de modelos de sólidos
GEOMETRIA E MEDIDA

geométricos, separando os que têm todas as


superfícies planas e os que têm superfícies não
planas ou planas e não planas.
Solicitar o desenho de figuras geométricas
(triângulo, quadrado, retângulo e círculo)
contornando superfícies planas de modelos de
sólidos geométricos.
Medida 3. Medir distâncias Para a compreensão do processo de medição é
e comprimentos fundamental que os alunos realizem experiências
concretas, em primeiro lugar usando unidades de
medida informais.
3.1. Utilizar um Só após a utilização de diferentes unidades de
objeto rígido medida e da discussão acerca dessas medições
com dois pontos os alunos compreenderão que a distância entre
nele fixados para pontos ou o comprimento de objetos corresponde
medir distâncias ao número de vezes em que foi usada a unidade
e comprimentos de medida escolhida e que esta deve ser a mesma
que possam quando se pretende saber um comprimento
ser expressos exato.
como números
naturais e utilizar
corretamente
neste contexto a
expressão «unidade
de comprimento».

15
Objetivos
Domínio Subdomínio Anotações/Sugestões
e descritores
Medida 3.2. Reconhecer que Distribuir a cada grupo de alunos um conjunto
a medida da de «réguas» de cartolina ou palhinhas de dois
distância entre tamanhos diferentes. Levantar questões como:
dois pontos e As réguas são todas iguais? Em que diferem?
portanto a medida Têm todas o mesmo tamanho? Pedir aos alunos
do comprimento que façam medições de objetos com o mesmo
do segmento comprimento, usando uma «régua» à sua escolha.
de reta por eles Solicitar as medidas encontradas e promover
determinado a discussão acerca das medidas encontradas,
depende da levando os alunos a perceber que a medida de
unidade de determinado comprimento depende da unidade de
comprimento. comprimento.
3.3. Efetuar medições Organizar atividades de medição no recreio ou
referindo a unidade na sala. Usar o palmo, o passo, o pé e fazer os
de comprimento respetivos registos. Discutir com os alunos por que
utilizada. motivo as medidas encontradas são diferentes.
3.4. Comparar Após ter sido fixada uma unidade de medida de
distâncias e comprimento, propor atividades de medição e
comprimentos respetivos registos, reforçando a importância de
GEOMETRIA E MEDIDA

utilizando as ser sempre referida a unidade de comprimento


respetivas utilizada para exprimir o resultado da medida
medidas, fixada (tantos passos, palmos, lápis, clips, etc.).
uma mesma
unidade de
comprimento.
4. Medir áreas A ideia de área de uma figura está ligada às
primeiras manifestações do pensamento
matemático, sendo também comum no quotidiano
das pessoas. Ao pensarmos em área de imediato
a associamos a um número. Para medir áreas
teremos de ter uma unidade de medida que é
tomada como unidade.
4.1. Reconhecer, num Fazer a cobertura de objetos usando diferentes
quadriculado, unidades de medida e contar o número de vezes
figuras que o objeto tomado como unidade é utilizado.
equidecomponíveis. A necessidade de uma unidade de medida padrão
4.2. Saber que surge após a utilização de diferentes unidades
duas figuras de medida e de se ter concluído que o número
equidecomponíveis de unidades necessárias depende da unidade de
têm a mesma medida.
área e, por esse Disponibilizar aos alunos pequenos quadrados
motivo, qualificá- de espuma ou de cartolina, para que possam
-las como figuras usar o papel quadriculado grande como base
«equivalentes». para a construção de figuras. É importante que
a quadrícula que sirva de base tenha o mesmo
tamanho dos quadrados. Esta tarefa tem por base
a noção informal de área.

16
Objetivos
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e descritores
Medida 4.3. Comparar áreas Salientar as figuras diferentes com a mesma área
de figuras por (mesmo número de quadrados). Elaborar um
sobreposição, cartaz com as figuras feitas pelos alunos, partindo
decompondo-as de igual número de quadrados.
previamente se Explorar a história do tangram e propor a sua
necessário. construção, partindo de um quadrado.
Distribuir folhas coloridas A5 pelos alunos e dar as
indicações a seguir.

dobrar desdobrar dobrar

A
cortar cortar
B desdobrar
GEOMETRIA E MEDIDA

dobrar cortar
2
A
1

B
vincar dobrar desdobrar

4 cortar
5

cortar dobrar dobrar


3

dobrar 6
cortar
7

À medida que os alunos vão fazendo as dobragens,


levantar questões sobre as formas geométricas
que obtêm.
Solicitar que vão sobrepondo as peças, no sentido
de verificarem quais ocupam a mesma área (figuras
equivalentes).
5. Medir o tempo A noção de intervalo de tempo e a perceção de
que há acontecimentos que são sequenciais no
tempo são complexos e exigem muito trabalho,
sempre que possível baseado em experiências reais
e em contextos significativos para os alunos (uso
de calendários, por exemplo).

17
Objetivos
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e descritores
5.1. Utilizar Dialogar com os alunos sobre sequências de
corretamente o acontecimentos do seu dia a dia, antes de
vocabulário próprio desenvolver atividades de papel e lápis.
das relações Criar situações para o uso dos termos «antes»,
temporais. «entre», «depois», «ontem», «hoje», «amanhã»,
«agora», «já», «em breve», «muito tempo», «pouco
tempo», «ao mesmo tempo», «rápido», «lento»…
Salientar a sequência de algumas rotinas relacionadas
com as atividades que os alunos fazem regularmente
num determinado período de tempo.
Medida 5.2. Reconhecer o Explorar a sequência de rotinas relacionadas com
caráter cíclico as atividades realizadas na turma ou no dia-a-dia
de determinados dos alunos.
fenómenos Considerar situações como noite/dia, pequeno-
naturais e utilizá- -almoço/almoço/jantar, dias da semana, fim de
-los para contar semana, estações do ano…
o tempo. Comparar situações quanto à sua duração,
identificando acontecimentos com maior, menor
ou igual duração.
5.3. Utilizar e relacionar Proporcionar experiências de contagem do tempo
corretamente através do uso diário do calendário e do registo do
GEOMETRIA E MEDIDA

os termos «dia», número do dia. Este calendário pode ser individual


«semana», «mês» e ou coletivo e deve ser explorado semanalmente.
«ano». Este preenchimento deve ser feito no momento
5.4. Conhecer o nome inicial do dia.
dos dias da semana Periodicamente deverão ser colocadas questões
e dos meses do como:
ano. Hoje é dia X. Quantos dias faltam para … o próximo
fim de semana? … o dia da festa da escola? … o
aniversário do colega … ?
Dar indicações como: O 1.º domingo foi dia
X. Vamos assinalá-lo. Que dia será o próximo
domingo? E o outro domingo? Orientar os alunos
para que adicionem 7 em vez de contarem 1 a 1.
6. Contar dinheiro O dinheiro é um tópico matemático conhecido
dos alunos, pois faz parte do seu dia a dia. Sugere-
-se, por isso, iniciar este tema de forma lúdica
propondo atividades de uso de moedas e notas.
6.1. Reconhecer as O dinheiro é um tópico matemático muitas vezes já
diferentes moedas conhecido dos alunos de uma forma informal, pelo
e notas do sistema que devem ser aproveitados estes conhecimentos
monetário da Área para trabalhar o reconhecimento das moedas e notas.
do Euro. O uso das relações numéricas já conhecidas
6.2. Saber que 1 euro é permite desenvolver a compreensão sobre a
composto por 100 relação que existe entre algumas moedas e notas.
cêntimos. Poderão ser usados modelos de moedas e notas de
forma que, contando as moedas, os alunos façam
as respetivas equivalências.
Criar situações de compra e venda com a turma,
disponibilizando produtos fictícios e ainda notas e
moedas.

18
Objetivos
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e descritores
Medida 6.3. Ler quantias Simular situações de compras, por exemplo
de dinheiro disponibilizando folhetos de supermercado ou
decompostas em outros com preços certos, apenas com cêntimos
euros e cêntimos ou euros, e solicitar aos alunos que escolham o
envolvendo que podem comprar com determinado valor, por
números até 100. exemplo, 2 €, 10 €, 20 €, etc.
6.4. Efetuar contagens Realizar uma feira na escola: proceder à recolha
de quantias de objetos usados (livros, brinquedos) que
de dinheiro possam ser vendidos e elaborar um preçário para
envolvendo cada objeto.
números até 100, Trabalhar noções como: Qual é o preço do produto
utilizando apenas mais barato? E o preço do mais caro?
euros ou apenas Convidar todos os elementos da comunidade
cêntimos. escolar a visitar o espaço organizado e no final
apurar o valor recolhido com a feira.
GEOMETRIA E MEDIDA

6.5. Ordenar moedas Distribuir aos alunos cartões com valores


de cêntimos e de monetários, como os que se ilustram ou outros.
euro segundo o
respetivo valor. 3€ 7€ 4€ 1€ 10 €

10 € 15 € 5€ 2€ 8€

50 € 50 € 30 € 20 € 25 €

25 € 15 € 35 € 65 € 35 €

Desenvolver algumas atividades usando os cartões.


Solicitar que levantem os cartões que têm valores
superiores ou inferiores a determinada quantia.
Convidar os alunos a encontrarem o seu par,
formando determinados valores.
Escrever determinado valor no quadro e pedir aos
alunos que levantem o cartão cujo valor perfaz
uma determinada quantia quando adicionado ao
valor do quadro.
Exemplo:
O professor escreve 20 € e pede um cartão que
perfaça 50 €. O aluno que tem o cartão com 30 €
levanta-o e diz: 20 + 30 = 50.

19
Objetivos
Domínio Subdomínio Anotações/Sugestões
e descritores
Representa- 1. Representar
ção de conjuntos e
conjuntos elementos

1.1. Utilizar Este descritor pode ser trabalhado em conjunto


corretamente os com o descritor NO 1-1.1.
termos «conjunto»,
«elemento» e
as expressões
«pertence ao
conjunto»,
«não pertence
ao conjunto»
e «cardinal do
conjunto».
1.2. Representar Começar por propor situações envolvendo
ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS

graficamente os alunos em jogos ou outras atividades de


conjuntos disjuntos classificação.
e os respetivos No recreio pode começar por formar grupos
elementos em de rapazes e raparigas; de crianças de cabelo
diagramas de Venn. comprido e cabelo curto, …
Mais tarde, podem ser disponibilizados brinquedos
ou outro material, que seja possível separar usando
determinados critérios. Entregar fios para que
os alunos circundem os conjuntos. Começar por
solicitar que circundem os objetos de um conjunto
com fio de determinada cor e os objetos de outro
conjunto com fio de outra cor.
Representa- 2. Recolher e Desde cedo na sua escolaridade, os alunos
ção de dados representar deverão desenvolver a capacidade de ler e
conjuntos de dados interpretar dados organizados na forma de tabelas
e gráficos. Poderá promover-se a exploração de
contextos da vida quotidiana da turma, como o
registo do estado do tempo, a cor dos olhos dos
alunos da turma, etc., conduzindo os alunos à
formulação de questões que queiram investigar
e, posteriormente, à recolha, organização e
representação dos dados necessários para resposta
da questão formulada. Poderá ainda promover-se
a interdisciplinaridade com a área de Estudo do
Meio na exploração deste objetivo.
2.1. Ler gráficos Os alunos deverão ser conduzidos à leitura e
de pontos e interpretação dos dados representados na forma
pictogramas em de gráficos de pontos e pictogramas. Deve ser
que cada figura estimulada uma leitura e interpretação crítica de
representa uma forma que os alunos reconheçam a informação
unidade. mais importante e consigam não só responder
a questões sobre os dados apresentados, como
também a formular as suas próprias questões
sobre os mesmos.

20
Objetivos
Domínio Subdomínio Anotações/Sugestões
e descritores
2.2. Recolher e registar Promover a realização de trabalhos de projeto,
E TRATAMENTO DE DADOS dados utilizando sobre um tema do interesse dos alunos e sobre
gráficos de pontos o qual os alunos poderão colocar questões cuja
e pictogramas em resposta dependa da recolha e organização de
ORGANIZAÇÃO

que cada figura dados. Selecionada a questão que poderá ser


representa uma explorada na turma, é importante discutir com
unidade. os alunos os procedimentos necessários para
responder a essa questão. Depois de recolhidos de
dados, os alunos poderão começar por organizá-
-los usando esquemas de contagem gráfica (tally
charts). Posteriormente, poderão representar os
dados recolhidos na forma de pictogramas (usando
uma figura para representar uma unidade) ou de
gráficos de pontos (em que cada ponto representa
uma unidade).

21
Notas

22
23
978-111-11-3888-2
978-111-11-3889-9

9 7 8 1 1 1 1 1 3 8 8 98 92
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