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PNEUMOPATIAS

Licenciado para - Gabriela Cardoso Vieira Lopes - 45037593883 - Protegido por Eduzz.com
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O pulmão tem como função primária a troca gasosa. Doenças pulmonares


podem afetar o fluxo sanguíneo pulmonar, a ventilação ou a área de
superfície alvéolo-capilar e geralmente reduzem a capacidade do pulmão de
adaptar o fluxo sanguíneo pulmonar à ventilação. Os pulmões, as vias aéreas
de condução e as regiões do sistema nervoso central, que são envolvidas no
controle dos músculos da respiração e da parede torácica , formam um
conjunto de órgãos que compõem o sistema respiratório. Esse sistema tem
como funções as trocas gasosas, o equilíbrio ácido-básico, a fonação, a
defesa pulmonar e o equilíbrio metabólico. Contudo, é necessário que ocorra
uma sucessão de eventos físicos e biomoleculares que são fundamentais
para que essas funções aconteçam, e se os mesmos não sucederem poderão
acarretar prejuízos na mecânica respiratória.
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DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS

O nosso corpo não consegue armazenar o oxigênio, desta forma é necessário


que haja um abastecimento contínuo, para que isso ocorra os pulmões
expandem e desta forma o oxigênio é puxado para dentro do organismo,mas
em alguns casos ocorre a obstrução das vias aéreas, ocasionando alterações
no fluxo respiratório, resultando em doenças, que representam um elevado
índice de mortalidade em razão das alterações ventilatórias.

Essas doenças são agrupadas de acordo com a sua principal característica


comum, sendo ela um determinado grau de obstrução das vias aéreas, que
pode ser ocasionada por diferentes mecanismos, sendo causado por
preenchimento da via aérea por secreção, pela espessamento da parede da
via aérea ou por uma hiperinsuflação pulmonar (figura 1).

Fonte:West, 2014
A- Preenchimento por secreção
B- espessamento da parede
C- Hiperinsuflação pulmonar
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Em sua maioria existe a uma dificuldade em distinguir uma patologia da


outra, em razão a isso os pacientes acometidos por essas doenças são
apenas subnotificados, e por não terem esse diagnóstico de forma exata, o
seu tratamento acaba acontecendo de forma inadequada, ou seja, apenas
uma fração dos pacientes recebem o tratamentos e cuidados adequados.

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), causa uma lesão progressiva


do tecido pulmonar, ocasionando falta de ar, e inicialmente é equivalente a
uma bronquite crônica e enfisema; duas patologias que em sua maioria
acometem concomitantemente uma mesma pessoas.

O estado inflamatório da DPOC inclui diferentes células interleucinas e


produtos oxidantes, formando um “caldo inflamatório”, se conectam com a
matriz extracelular, causando alteração na estrutura e em componentes
pulmonares (RUFINO e COSTA, 2013).

Dentre as causas, o tabagismo é identificado como o principal, sendo


responsável por em torno de 80% a 90% dos casos. Entretanto, a exposição
constante a partículas e/ou gases tóxicos, além do histórico familiar, são
fatores responsáveis por uma pequena parcela dos acometidos.
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“Doença comum prevenível e tratável, que é


caracterizada pela limitação persistente ao fluxo
aéreo normalmente progressiva e que é associada
a uma resposta inflamatória crônica aumentada
nos brônquios e nos pulmões as partículas ou
gases tóxicos, excluindo a presença de outras
doenças que causam obstrução ao fluxo aéreo (p.
ex., asma)”
Diretrizes da Global Initiative for Chronic Obstrutive Lung Disease – GOLD, 2013

ENFISEMA PULMONAR

A enfisema pulmonar está relacionada ao aumento irreversível dos espaços


aéreos distais aos bronquíolos terminais, devido à destruição das suas
paredes e ausência de fibrose óbvia. Dentre as características dela, estão
destruição das paredes alveolares, pequenas vias aéreas (inferior a 2
milímetros de diâmetro, estreitas, tortuosas e numericamente reduzidas, com
paredes finas e atrofiadas), a dilatação dos espaços aéreos distais aos
bronquíolos terminais, perda da retração elástica, além de ser uma doença
parenquimatosa.

Segundo Di Petta, A. (2010), a destruição da parede alveolar ocorre devido a


ação de enzimas proteolíticas ativas que degradam a matriz extracelular
(MEC) e afetam a integridade de seus componentes, particularmente as
fibras colágeno e elástica.
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Como descrito no trabalho de MACHADO (et al., 2013) existem quatro tipos
morfológicos do enfisema: enfisema bolhosa, enfisema centroacinar ou
centrolobular, enfisema panacinar ou panlobular e enfisema paraseptal.

O enfisema bolhoso acontece pela destruição bolhosa do parênquima, e


geralmente ocorre em paralelo com outras doenças. Na figura 1, está
representado - Corte axial em janela de parênquima evidenciando enfisema
bolhoso e centroacinar (à direita). Reformatação sagital mostrando enfisema
bolhoso no ápice pulmonar associado a enfisema centroacinar (à esquerda).

FIGURA 1 (Fonte: MACHADO, et al., 2013)

Enfisema centroacinar ou centrolobular, é ocasionado pelo dano nos alvéolos


centroacinares e está relacionada ao dano ou aumento dos bronquíolos
respiratórios. Em relação às outras, essa é a forma mais comum de enfisema
em tabagistas, caracterizando-se pela presença de múltiplas e pequenas
áreas arredondadas de atenuação anormalmente baixa distribuídas pelo
parênquima, com predileção pelos terços superiores dos pulmões,
acontecendo sobretudo nos ápices pulmonares. A figura 2 representa Corte
axial demonstrando enfisema centroacinar (à direita). Reformatação coronal
evidenciando enfisema centroacinar com predomínio nos lobos superiores (à
esquerda).

FIGURA 2 (Fonte: MACHADO, et al., 2013)


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Enfisema panacinar ou panlobular atinge todas as porções do ácino e, mais


ou menos uniformemente, o lóbulo pulmonar secundário. Predomina nos
lobos inferiores e representa a forma de enfisema associada à deficiência de
alfa-1 antitripsina. A figura 3 representa um enfisema panacinar difuso nas
bases pulmonares.

FIGURA 3 (Fonte: MACHADO, et al., 2013)

O enfisema paraseptal abrange majoritariamente os alvéolos distais, seus


ductos e sacos alveolares. É delimitado por qualquer superfície pleural ou
septos interlobulares e pode causar pneumotórax espontâneo. Geralmente
ocorre de forma concomitante com os subtipos descritos anteriormente. Na
figura 4 está representado o enfisema paraseptal nos ápices pulmonares (à
direita). Reformatação coronal demonstrando enfisema parasseptal (à
esquerda).

FIGURA 4 (Fonte: MACHADO, et al., 2013)


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“O enfisema pulmonar é um dos exemplos de pneumopatias cujos dados de


imagem, dados clínicos e dados laboratoriais devem ser utilizados em
conjunto” (IRION, MARCHIORI e HOCHHEGGER, 2009), dessa forma o
diagnóstico do enfisema pulmonar, pode ser feito através de uma junção de
diversos fatores, tais como anatomias patológicas, dados funcionais
respiratórios, achados clínicos de radioimagem, sintomas clínicos
característicos, os sintomas mais comuns são dispnéia e tosse, podendo ou
não ocorrer simultaneamente; sendo que a dispneia acaba não sendo
perceptíveis em pacientes que são fumantes, mesmo estando associada a
incapacidade pulmonar, o que diminui a qualidade e perspectiva de vida,
acabando por ocasionar uma evolução da doença (MACHADO et al., 2013).

BRONQUITE CRÔNICA

Essa doença tem como característica a grande produção de muco na árvore


brônquica. A bronquite crônica ocorre quando os brônquios inflamam,
tornando-se congestionados e estreitos das pequenas vias aéreas nos
pulmões (os brônquios e bronquíolos), em consequência da inalação
persistente de poluentes ou da fumaça produzida pelo cigarro, o que reflete
em uma produção exacerbada de muco (escarro), o que provoca crises de
tosse persistente, e é através dela que se chega a um diagnóstico. Se a tosse
persiste por pelo menos três meses consecutivos, entre um período de pelo
menos dois anos, sem que haja uma outra causa identificável. Sintomas
como coriza, rouquidão, e dispnéia também acabam por ocorrer, e se não
houver um tratamento o paciente acometido por tal patologia acaba por
apresentar falta de ar mesmo estando em repouso.
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Outras características patológicas dela são a Hipertrofia das glândulas


mucosas dos brônquios maiores, alterações inflamatórias crônicas nas
pequenas vias aéreas, relação glândula/parede (Índice de Reid), sendo o
normal inferior a 0,4, e a crônica grave podendo exceder 0,7, tampões
semissólidos em alguns brônquios pequenos, tecido de granulação presente,
possível fibrose peribrônquica e a hipertrofia da musculatura lisa da parede
brônquica.

ASMA

A asma brônquica é definida como uma inflamação e estreitamento dos


brônquios, que consequentemente dificulta a passagem de ar. Ela é
caracterizada pela hiper-reatividade das vias aéreas a vários estímulos, se
manifestando por inflamação e estreitamento generalizado dessas vias, cuja
gravidade se modifica espontaneamente ou como resposta a intervenções
terapêuticas.

Dentre as alterações provocadas pela asma estão a hipertrofia musculatura


lisa das vias aéreas, que por ventura acabam contraindo vigorosamente
durante uma crise e causando broncoespasmo; a hipertrofia das glândulas
mucosas; edema da parede brônquica; a extensa infiltração por linfócitos e
eosinófilos; o aumento da quantidade e da consistência do muco; em casos
graves, as vias aéreas são obstruídas por tampões mucosos; escarro escasso
e esbranquiçado.
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Em casos de asma crônica, pode ocorrer a fibrose subepitelial


(remodelamento), enquanto na asma não complicada não há destruição de
paredes alveolares, possuindo secreções brônquicas pouco abundantes e não
purulentas.

Geralmente, a asma tem início na infância, mas os casos de desenvolvimento


na fase adulta não são isolados. Ela pode ocorrer de forma extrínseca,
quando é provocada por substâncias alérgenas, e de forma intrínseca,
quando não não necessita de exposição a um antígeno.
Durante uma crise asmática dispneia (falta de ar), seguida de taquipneia
(ciclo respiratório muito mais rápido que normalmente), ortopneia,
ansiedade, uso dos músculos acessórios da respiração, hiperinsuflação
pulmonar, sibilos audíveis em todos os campos

Status asmaticus: O ataque pode continuar por horas ou dias sem remissão,
apesar de terapia broncodilatadora. Há sinais de exaustão, desidratação e
taquicardia importante. Pode apresentar silêncio na ausculta pulmonar.

O diagnóstico é iniciado por meio Anamnese, onde em entrevista como o


paciente, o médico analisará os sintomas relatados podendo ser eles, chiado
no peito (sibilos), tosse, dificuldade para respirar, aperto no peito e outros.
Em exame físico, será analisado se há sinais de obstrução das vias aéreas,
como sibilos expiratórios, hiperinsuflação pulmonar e tiragem intercostal.
Através da prova de função pulmonar pode avaliar a intensidade da limitação
ao fluxo aéreo, sua reversibilidade e variabilidade.
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DOENÇAS PULMONARES RESTRITIVAS

DOENÇAS DO PARÊNQUIMA PULMONAR

As doenças difusas do parênquima pulmonar (DDPP), correspondem a um


grupo com diversas doenças pulmonares, caracterizadas por diferentes graus
de inflamação e fibrose. As alterações não-neoplásicas causadas por esse
grupo afetam primariamente o interstício pulmonar. Entretanto, o espaço
alveolar, bronquíolos e os vasos pulmonares também podem estar envolvidos
(ISHIE et al., 2009).

FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA

A fibrose pulmonar é caracterizada


pelo surgimento de cicatrizes nos
pulmões (Fibroses). Os tecidos
pulmonares ficam rígidos por conta da
perda de elasticidade, tornando a
respiração dificultosa. Não é uma
doença comum, sendo os postadores
indivíduos na idade adulta inicial ou
tardia. É uma doença insidiosa, mas
pode ocorrer de forma aguda.
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Entre os principais sintomas estão a dispneia (mais significativa durante o


exercício), taquipneia superficial, tosse seca e irritante. São considerado
casos graves quando há a cianose (quando os tecidos não recebem a
quantidade adequada de oxigênio) mesmo em repouso, a estertores
crepitantes nos dois pulmões e/ou baqueteamento digital, que é
caracterizado pelo inchaço da ponta dos dedos e alterações na unha. No
estágio tardio da doença ocorre a formação de cistos pulmonares criados
pela destruição de espaços aéreos distais, o faveolamento, além dos
múltiplos espaços aéreos circundados por tecido espessado.

DOENÇAS DA PLEURA

A pleura é uma membrana fina que envolve os pulmões, sendo formada por
células mesoteliais sustentadas por uma rede de tecido fibroelástico e
conectivo. Ela é composta por duas camadas, uma externa que recobre a
caixa torácica (Pleura parietal), e a interna (Pleura visceral) que recobre os
pulmões e todas as fissuras. Ambas são separadas por uma fina camada de
líquido pleural que tem como função estabilizar e proporcionar aderência,
evitando um colapso pulmonar.

PNEUMOTÓRAX

O pneumotórax acontece em decorrência da penetração do ar no espaço


pleural vindo do pulmão ou da parede torácica (nesse último caso, através de
um ferimento penetrante).
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Há alguns tipos de pneumotórax, como por exemplo, o pneumotórax


espontâneo e o pneumotórax hipertensivo. Pode ocorrer também a
complicação da doença pulmonar por conta do pneumotórax.

O pneumotórax espontâneo é a forma mais comum de pneumotórax. Ocorre


por meio da ruptura de pequenas bolhas na superfície pulmonar, próximo ao
ápice, sendo comum em homens jovens e em atletas devido ao estresse
mecânico. Os sintomas iniciais são dor torácica súbita, ipsilateral ao
pneumotórax, e dispneia. O diagnóstico se dá por meio de radiologia.

No pneumotórax hipertensivo acontece através da entrada de ar no espaço


pleural durante a inspiração, mas esse ar não consegue sair na expiração. Ele
piora o sofrimento respiratório, pode ocasionar taquicardia e o deslocamento
mediastinal (desvio da traqueia e o batimento de ápice cardíaco), sendo caso
de emergência médica. O tratamento é feito através de cirurgia havendo a
inserção percutânea de um dreno torácico.

Em caso de complicações das doenças pulmonares por pneumotórax, pode


acarretar a ruptura de uma bolha em paciente com DPOC (Doença pulmonar
obstrutiva crônica), ou até mesmo a ruptura de um cisto em doença fibrótica
avançada.
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DERRAME PLEURAL

A presença excessiva de líquido no espaço


pleural ocasiona o derrame da pleura. Dentre as
causas mais comuns de derrame pleural estão a
tuberculose, o câncer e a pneumonia. Derrames
pleurais de pequeno porte geralmente são
assintomáticos. Porém, os de maior porte podem
causar tosse, dispneia, dor torácica, geralmente
unilateral, penetrante e com piora a inspiração
(comumente quando a pleura parietal está
inflamada).

Os sinais de derrame pleural são a redução da expansão pulmonar do lado


afetado, a ausência de murmúrio vesicular e macicez à percussão. Se for de
maior proporção, a dispneia também se torna um sintoma. Em alguns casos, é
necessário drenar um derrame volumoso, mas o tratamento deve ser
direcionado à causa subjacente. O diagnóstico é realizado por meio de
radiografia.

Há alguns tipos de derrame pleural, como por exemplo, hemotórax, empiema


pulmonar (piotórax) e quilotórax. O hemotórax acontece através da laceração
do pulmão por meio de algum vaso intercostal ou da artéria torácica interna.
Pacientes que portam a hemotórax geralmente estão dispneicos, com
diminuição do murmúrio vesicular. O diagnóstico é feito por meio de
radiografia de tórax e o tratamento através da reposição de líquidos em
determinados casos, toracostomia com dreno.

O empiema pleural ou piotórax é um processo infeccioso que agride o espaço


pleural através do acúmulo de material purulento.
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Pode ocorrer devido a procedimentos mal conduzidos, como toracocentese,


drenagem pleural, ou uma infecção pulmonar pré-existente. Os principais
sintomas são dor torácica, dispneia, tosse e quadro toxêmico geral, e em
casos mais graves pode apresentar sinais inflamatórios locais, com flutuação
e drenagem espontânea da coleção purulenta. O diagnóstico é feito através
de exame físico detalhados e radiografia de tórax, além de toracocentese
para análise do líquido retirado e a tomografia computadorizada (ecografia
torácica) que pode ser utilizada em determinados casos. o tratamento se dá
por meio de drenagem do líquido existente, antibióticos e em casos graves
pode ocorrer a necessidade de ressecar parte do pulmão.

O quilotórax é o tipo de derrame menos frequente, porém seu diagnóstico é


comumente difícil. Ele é caracterizado pelo acúmulo de linfa no espaço
pleural, sendo resultado da obstrução ou dificuldade de escoamento do quilo,
em decorrência de neoplasias, trauma, causa congênitas, infecções e
trombose venosa (VAZ e FERNANDES, 2006). Falta de ar, dor no peito ou
tosse são comuns em casos de quilotórax e o diagnóstico assim como no
empiema pleural, é feito por meio de exame físico, radiografia de tórax e
toracocentese para análise do líquido retirado. O tratamento ocorre jejum ou
uso de remédios para reduzir a produção de líquidos nos vasos linfáticos,
podendo haver a necessidade de drenagem do líquido e cirurgia para
correção da região afetada.
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ATELECTASIA PULMONAR

Atelectasia pulmonar ou colapso pulmonar é uma complicação respiratória


decorrente da obstrução de um brônquio ou pulmão, que pode ser causada
por força inadequada de distensão pulmonar, obstrução das vias aéreas e
insuficiência no surfactante. Dentre os sintomas estão a dispneia, tosse,
aumento da frequência respiratória, hipoxemia, cianose, diminuição da
expansibilidade. O diagnóstico é feito por meio de exame físico, exames de
imagem e broncoscopia.

DOENÇAS PULMONARES INFECCIOSAS

As doenças pulmonares são causadas por vírus, fungos e bactérias que


podem entrar no organismo através da inalação. Esses microorganismos são
liberados no ambiente por meio de tosse, espirro ou fala de pessoas que
estão infectadas, adentrando no sistema respiratório. Após adentrar o
organismo (infecção pulmonar), o microrganismo consegue se multiplicar
nos pulmões, podendo acarretar a inflamação, dando origem a sintomas
como dificuldade de respirar, catarro, tosse, febre e outros.
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PNEUMONIA

A pneumonia é definida como um processo inflamatório crônico ou agudo do


parênquima pulmonar. Essa inflamação pode ser produzida por vírus, fungos,
parasitas, mas é por bactérias que se tem a maior incidência de casos. Dentre
elas estão: Haemophilus influenzae , Klebsiella pneumonia , Streptococcus
pneumoniae , Staphylococcus aureus (ASSUNÇÃO et al., 2018).

A infecção do trato respiratório afeta todas as faixas etárias, acarretando


elevada morbilidade e mortalidade principalmente em crianças e idosos. Ela
pode ser classificada em Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC),
Pneumonia Adquirida em Hospital (PAH) e a Pneumonia Adquirida em
Ambiente Hospitalar por Ventilação Mecânica (PAVM).

A PAC é uma infecção aguda do parênquima pulmonar de origem comunitária


ou que se manifesta em até 48 horas. A PAH é o tipo mais grave, tem taxa de
mortalidade de até 50%, principalmente quando relacionada a
microrganismos multirresistentes. Seu diagnóstico só é feito após 48 horas
de internação (ASSUNÇÃO et al., 2018).

A PAVM é a principal causa de morte em pacientes que se encontram em


estado crítico. Dados de um levantamento feito pelo National Nosocomial
Infection Surveillance (NNIS) do Center for Disease Control and Prevention
(CDC), apontam que há incidência de casos em pacientes em uso de
ventilação mecânica, chegando a ser de 7 a 21 vezes maior do que em outros
pacientes.
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Cerca de 10% a 20% dos pacientes que fazem uso do suporte ventilatório por
mais de 48 horas desenvolvem uma infecção pulmonar vinculada ao
respirador mecânico (BEZERRA et al., 2012).

Os microrganismos patogênicos da pneumonia adentram ao organismo pelas


vias de inoculação, de forma aspirativa, inalatória, hematogênica e
contiguidade. A inoculação aspirativa ocorre por meio de tratamento em
unidade de terapia intensiva (UTI), onde geralmente são realizados
procedimentos de aspiração de secreções da orofaringe, sendo este o
caminho primordial para a entrada de agentes infecciosos (RIBEIRO, 2019). A
inoculação por inalação se dá através de microrganismos expelidos por
espirro, tosse ou fala. Quanto menor a partícula maior a chance de atingir os
alvéolos.

Na inoculação por meio da via hematogênica, ocorre a implantação pulmonar


de bactérias circulantes no sangue. A infecção acontece quando bactérias do
gênero Staphylococcus adentram em um sistema imunológico fragilizado ou
pouco desenvolvido. A entrada pode ocorrer por meio de ferimentos ou
objetos perfurantes, como por exemplo, agulhas. Recém-nascidos e mães
que amamentam, pacientes com influenza, doenças crônicas
broncopulmonares, pacientes transplantados, com implante de prótese,
outros corpos estranhos ou cateter plástico intravascular, usuários de drogas
injetáveis e outros.

A infecção pulmonar por via de contiguidade advém à presença de foco


infeccioso em órgão próximo ao pulmão (SANTOS et al., 1998). Pode ocorrer
o contato direto de um sítio contíguo de infecção, ou seja, a partir de
infecções parietais torácicas ou de infecções intra-abdominais.

Os sintomas mais comuns da pneumonia são tosse (80%) seca ou produtiva


com escarro purulento, dor torácica, sinal focal ao exame físico do tórax
(crepitação é o mais comum), frêmito tóraco-vocal aumentado, percussão
maciça, cefaleia, sudorese, calafrios e mialgias.
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O diagnóstico é realizado por meio de exame clínico dos sinais clínicos em


conjunto a radiografias de tórax e auscultação dos pulmões. Exames
laboratoriais podem identificar se há taxas de leucocitos superiores a
12.000/mm3 e proteína C reativa maior que 100 mg/L, fatores esses que
indicam a alta possibilidade de que o paciente esteja infectado.

O diagnóstico é realizado por meio de exame clínico dos sinais clínicos em


conjunto a radiografias de tórax e auscultação dos pulmões. Exames
laboratoriais podem identificar se há taxas de leucocitos superiores a
12.000/mm3 e proteína C reativa maior que 100 mg/L, fatores esses que
indicam a alta possibilidade de que o paciente esteja infectado.
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A abordagem terapêutica para o sistema respiratório ainda permanece


controversa nos dias atuais motivando muita discussão quanto ao tipo de
tratamento a ser utilizado. Os planos de tratamento incluem uma intervenção
conservadora e a sua combinação que pode ser realizada através do uso de
fármacos. Uma conduta terapêutica por sua vez deve ser individualizada para
cada caso respeitando assim o quadro apresentado pelo paciente.

Existem algumas terapêuticas conservadoras que são bastante utilizadas,


dentre elas estão: as técnicas manuais que são aplicadas pelo fisioterapeuta
com ênfase na liberação das vias respiratórias, os exercícios respiratórios
que tem como objetivo a melhora na condição respiratória do paciente a
partir da mobilização dos músculos ventilatórios que compõem seu sistema
respiratório.
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TERAPÊUTICA FARMACOLOGIA

Uma base inicial da farmacologia do cuidado respiratório é a liberação de


aerossóis inalados broncoativos para o trato respiratório com a finalidade de
diagnosticar e tratar enfermidades pulmonares. Existem três fases que
compõem o percurso de ação das drogas a partir da dose até o efeito: a
administração da droga e as fases farmacocinéticas e farmacodinâmicas.
Estas três fases da ação da droga podem ser aplicadas na intervenção do
trato respiratório com agentes broncoativos inalados.

A etapa de administração da droga descreve a maneira pelo qual a dose de


uma droga se torna acessível ao corpo. No gerenciamento da droga ao trato
respiratório utiliza-se a via inalatória, e a forma da dose é em aerossol de
soluções líquidas, suspensões ou pós secos. Os mecanismos mais
comumente usados para administrar aerossóis inalados oralmente ou
nasalmente são o inalador com medicação de dose, o nebulizador de
pequenos volumes e o inalador de pó seco.

A farmacocinética de uma droga engloba os processos de absorção,


distribuição, biotransformação e eliminação, enquanto que a
farmacodinâmica compreende a resposta fisiológica. Na prática, a
farmacocinética é o que o corpo irá fazer com a droga.
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Nem todos os fármacos passam pela fase de absorção, uma vez que
dependendo da via, o fármaco cai direto na corrente sanguínea. Os elementos
que influenciam na absorção são relativamente simples de serem avaliados,
pois depende da concentração da droga administrada, do fluxo sanguíneo
local, da superfície de absorção, da forma farmacêutica e do medicamento
em si. A fase de distribuição é realizada quando o fármaco cai na corrente
sanguínea.

Na etapa da biotransformação, também chamada de metabolização, é a fase


em que o fármaco sofre reações enzimáticas ou é modificado, tendo como
resposta final a inativação. A excreção do fármaco é fundamental no
processo da farmacocinética sendo os principais órgãos responsáveis pela
eliminação os rins e fígado, podendo ser excretado também pelas fezes.

Um aerossol inalado se distribui pelo pulmão por inalação e pelo estômago


por meio da deglutição da droga que se deposita na orofaringe. A ação
terapêutica da droga em aerossol é causada pela absorção das drogas nas
vias aéreas. O aerossol ideal irá se distribuir apenas nas vias áreas, sem que
atinja o estomago.

A farmacodinâmica estuda a forma de como o fármaco irá atuar no


organismo, onde os efeitos das drogas são causados pela junção de uma
droga a um receptor combinante. Os mecanismos de sinalização de uma
droga incluem: mediação por receptores ligados a proteína G e associação a
receptores intracelulares por drogas lipossolúveis.

Existem algumas vantagens do tratamento do trato respiratório com


aerossóis inalados dentre elas: o início da ação da droga é rápido; os efeitos
colaterais sistêmicos são frequentemente e menos severos e a liberação é
direcionada ao órgão que precisa de tratamento dentre outras. Algumas
desvantagens também podem ocorrer na utilização de aerossóis entre essas:
o número de variáveis que afetam a dose liberada e a falta de conhecimento
adequado na performance dos dispositivos e no uso entre pacientes e
cuidadores.
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BRONCODILATADORES ADRENÉRGICOS

Os broncodilatadores adrenérgicos representam o maior grupo isolado de


drogas entre os agentes aerossolizados usados para inalação oral. A
indicação geral para o uso de um broncodilatador adrenérgico é a presença
de obstrução reversível do fluxo de ar. O uso clínico mais comum desses
agentes é no sentido de melhorar as taxas de fluxo na asma, bronquite aguda
e crônica , enfisema , bronquiectasia , fibrose cística e outros estados
obstrutivos das vias aéreas. Sendo as drogas mais utilizadas a epinefrina,
epinefrina racêmica, isoetarina, metaproterenol, salbuterol, formoterol,
arfomoteroldentre outras.

BRONCODILATADORES ANTICOLINÉRGICOS
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Um segundo método de produzir o relaxamento das vias aéreas é por meio do


bloqueio da broncoconstrição induzida por colinérgicos. Uma diferença
importante entre os β-agonistas e os broncodilatadores anticolinérgicos é a
ativa ação estimuladora do primeiro versus o bloqueio passivo do último. Um
agente bloqueador colinérgico é eficaz apenas se a broncoconstrição existir
devido à atividade colinérgica. Um broncodilatador geralmente é indicado
para a melhora do fluxo de ar, sendo este bastante eficiente na sua ação
sobre o organismo. Os fármacos anticolinérgicos mais utilizados são o
brometo de ipatropio, brometo de tiotrpio, brometo de ipatropio e albuterol.

AGENTES CONTROLADORES DE MUCO

Os dois agentes da atualidade mais utilizados para inalação oral com um


efeito sobre o muco são a N-acetil-L-cisteína e a dornase alfa. Ambos os
agentes são mucolíticos, embora seus modos de ação sejam diferentes. A
acestilcisteina é dado tanto por nebulização quanto por direta instilação
traqueal. Uma acestilcisteína é designada para o tratamento de redução do
acúmulo de secreções nas vias aéreas, com um aumento concomitante na
função pulmonar e nas trocas gasosas, prevenção de infecções respiratórias
recorrentes e lesão as vias aéreas. Os agentes controladores de muco mais
utilizados são acetilcistiina 10%, acetilcisteína 20%, dornase alfa .

CORTICOSTEROIDES INALADOS
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Corticosteroides são hormônios endógenos produzidos no córtex da glândula


suprarrenal, que regulam as funções metabólicas básicas no corpo, além de
exercer um efeito anti-inflamatório. Um corticosteroide oral pode ser usado
inicialmente para desobstruir as vias aéreas ou como uma terapia de impacto
para controlar exacerbações da asma, sendo este bastante eficaz. Os
corticoesteroides mais aplicados são dipropionato de beclometasona,
acetonido de triancinoloma , flunisolida , budesonida dentre outros.

DROGAS ANTIASMÁTICAS NÃO ESTEROIDES

Os agentes anti-inflamatórios não esteroides constituem uma classe


crescente de drogas no tratamento da asma. Estes integram agentes
semelhantes à cromolina, os anticoleucotrienos, também denominados
modificadores de leucotrienos. Um antileucotrienossão administrados por via
oral, sendo incluído por drogas broncoativas. A designação geral para o uso
clinico de agentes antiasmáticos não esteroides é o tratamento profilático da
asma de leve a moderada e persistente. As drogas antiasmáticas mais
usadas são cromolina sódica, nedocromil sódico, zafirlucaste,montelucaste,
zileuton, omalizumabe.

AGENTES ANTI-INFECCIOSOS AEROSSOLIZADOS

Atualmente existe múltiplos agentes anti-infecciosos aerossolizados, alguns


podem ser usados menos frequentemente do que outros na terapia
respiratória. Pentamidina e aribavirina são considerados agentes
antiinfecciosos. A ribavirina pode ser utilizada em casos de infecções
severas do trato respiratório, já a pentamidina é indicada para a prevenção de
(PCP) em pessoas em alto risco infectadas por HIV.
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TÉCNICAS NÃO INVASIVAS

DRENAGEM POSTURAL

A drenagem postural utiliza-se da ação da gravidade para auxiliar a


movimentação das secreções no trato respiratório, direcionando-as para as
vias aéreas centrais onde poderão ser removidas através da tosse,
promovendo também melhora da relação ventilação/perfusão. Nessa técnica
a ação da gravidade atua auxiliando o deslocamento de secreções periféricas
para regiões proximais do pulmão. O uso do posicionamento como forma de
drenagem baseia-se na anatomia da árvore brônquica. Adotando-se a postura
invertida do segmento pulmonar acometido, a secreção é encaminhada para
uma porção mais central, em que será removida por meio de tosse ou
aspiração. Geralmente está associada a outras técnicas como vibração.

PERCUSSÕES PULMONARES MANUAIS

As percussões pulmonares abrangem qualquer manobra realizada com as


mãos sobre a superfície externa do tórax do paciente proporcionando
vibrações mecânicas, as quais serão transmitidas aos pulmões, gerando
mobilização de secreções pulmonares. Entre as percussões pulmonares mais
utilizadas, destacam-se a tapotagem e a percussão cubital, sendo o objetivo
de ambas deslocar o muco e permitir o seu encaminhamento para as vias
aéreas centrais, facilitando assim sua eliminação.

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