24/1/2024 Turma 11ºCt3, Professor João Loureiro Vaz
Sumário de aula: Atitude crítica a critérios de falsificabilidade.
Iniciou-se a aula com a entrega das respostas às questões das
páginas 140 e 148 do manual (ágora 11º ano). Seguiu-se uma discussão sobre a visita de estudo, de dia 22, à Gulbenkian e ao teatro onde foram partilhadas opiniões sobre a mesma. Passado o momento inicial acima referido, revemos os conteúdos lecionados sobre a filosofia de Karl Popper, podendo concluir que o filósofo vienense defende que a observação deve ser precedida por teoria. Este critica, ainda, o método indutivo, já que a observação indutivista, precedente à teoria, é à partida selecionada e por isso pressupõe alguma formulação teórica que influencia a seleção. Recordamos também que o método para a verificação de teorias científicas defendido por Popper era o falsificacionismo. Segundo o falsificacionismo, as hipóteses devem ser sujeitas a tentativas experimentais de refutação, sendo uma teoria corroborada, aquela que resiste aos testes e uma teoria falsa caso não resista. A corroboração da teoria é provisória e esta deve ser continuamente testada de modo a garantir o carácter revisivo e aberto da ciência. Para Popper a revisibilidade da ciência distingue-a de pseudociências, áreas de estudo cujas proposições são vagas e não permitem ser falsificadas logicamente. Estas pseudociências, tais como o Marxismo, a Psicanálise, e Hegelianismo eram consideradas pelo filósofo, inimigas da sociedade aberta e a sua compreensão é importante para perceber a importância da ciência revisível e qual a atitude a ter quando toca a ciência. Após a análise geral da filosofia de Karl Popper leu-se o texto “Atitude Crítica” da página 152 escrito pelo filósofo, onde tomámos contacto com a opinião do autor em relação à atitude científica, concluindo que o verificacionismo pode provocar a “queda” do cientista para o dogmatismo, sendo a atitude dogmática, aquela da pseudociência e a atitude crítica, aquela da ciência. Antes do término da leitura do texto, aprendemos sobre a história do Marxismo e sobre George Orwell que, em vez de discutir sobre qual o melhor esquema político para as classes inferiores sem ter o mínimo contacto com as suas realidades, tomou a iniciativa de viver a vida do proletariado. Já os Marxistas, cuja ideia de uma sociedade sem classes e de um caminho para um final feliz, supostamente, culmina num domínio do proletariado, partem do princípio que o povo não é capaz e que eles, como interpretadores da história, devem governar em seu lugar. Esta é a atitude dogmática Marxista à qual devemos ser críticos. Após o entendimento da história de George Orwell e do Marxismo fez-se uma pausa para relaxar e aproveitar algum humor de qualidade(“Inspetor Marx” e Monty Python). De seguida, retomamos a leitura do texto de Popper que define que a atitude científica dá uso à razoabilidade e racionalidade na discussão e na observação no interesse da discussão e que o raciocínio lógico-dedutivo está ao serviço da ciência, na medida em que, possibilita a abordagem crítica e permite encontrar pontos fracos nas consequências lógicas das teorias científicas. Para consolidar a matéria lecionada, terminamos a aula com os exercícios da página 162.