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2 Geração
a
Esse auge econômico, porém, não durou muito tempo. A partir de 1929, o
mundo entrou em crise, cenário que perdurou durante os anos 30 – década
em que a segunda fase modernista passou a se configurar. Como
consequência dessa decadência econômica mundial, vários países declararam
falência, o que contribuiu para a ascensão de grandes soluções na base do
totalitarismo, como os regimes nazistas, fascistas, comunistas, etc., e
culminou no início da Segunda Guerra Mundial em 1939.
• Poesia social
A poesia social car acterizou-se por ser mais materialista,
r acionalizada e voltada às questões sociopolítica s e à realidade
social daquele período, como a desigualdade, a crise econômica, a
guerr a, etc. Sendo a ssim, mesmo quando a bordava a temática
amorosa, nela prevalecia o amor mais físico do que o contemplativo
e espiritual. Tr atava-se, portanto, de uma reflexão mais ligada aos
acontecimentos e à vida cotidiana, e seu principal representante foi
Carlos Drummond de Andr ade.
• Corrente espiritualista
A corrente espiritualista foi marcada pela produção de uma poesia
metafísica, mística e de reflexão mais a bstr ata e sentimental.
Tr a balhou, consequentemente, questões ligada s a a spectos
filosóficos, emocionais, espirituais e religiosos, sendo, por isso,
apelidada de “poesia neossim bolista”. Sua principal representante foi
Cecília Meireles.
Carlos Drummond de Andrade
Quando falamos em poesia social, o nome maior é de Carlos
Drummond de Andr ade. Em sua s obr a s, encontr amos um eu-lírico
com car acterística s muito marcantes, sendo especialmente
reflexivo sobre os acontecimentos do seu tempo e sobre a vida em
ger al.
Não se mate
Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feir a ninguém sa be
o que será.
Retr ato
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, a ssim triste, a ssim ma gro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Ânsia
Na treva que se fez em torno a mim
Eu vi a carne.
Eu senti a carne que me afogava o peito
E me tr azia à boca o beijo maldito.
Eu gritei.
De horror eu gritei que a perdição me possuía a alma
E ninguém me atendeu.
Eu me debati em ânsia s impur a s
A treva ficou ru br a em torno a mim
E eu caí !
[...]
(Vinicius de Moraes)
• Ciclo da cana-de-açúcar
O ciclo econômico da cana e sua decadência; o desemprego; o poder dos
senhores de engenho; a desigualdade social; o coronelismo. Exemplos:
• José Américo de Almeida – A Ba gaceira.
• José Lins do Rego – Menino de Engenho, Fogo Morto.
• Ciclo do cacau
história s que se pa ssam na Ba hia (especialmente no Sul); o mundo
da economia do cacau; o quanto o cultivo do cacau proporciona o
apogeu econômico baiano e, ao mesmo tempo, do coronelismo, da
desigualdade, da explor ação. Exemplo: Jorge Amado.
• Ciclo do Sul do país
História s ligada s ao estado do Rio G r ande do Sul; disputa s de poder
entre grupos rivais, sendo que os mesmos grupos poderosos
sempre se alternam. Exemplo: Érico Veríssimo.
Importante
Os romances de 30 têm em comum a reflexão sobre a
realidade nacional – denúncia social, retr ato da s diferentes
regiões do Br a sil em seu estado crítico. Por isso, por muito
tempo, er am chamados de “romances regionalista s de 30”,
nomenclatur a hoje ultr apa ssada, pois se tr atavam de
romances sociais em ger al.
Principais romancistas de 30