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POP-SGQ-XXX

PROCEDIMENTO DE FOOD DEFENSE Rev. 00


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1. OBJETIVO

Avaliar a suscetibilidade dos seus produtos para potenciais atos de sabotagem,


vandalismo, e/ou terrorismo.

2. REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

 FSSC 22000
 BRC

3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

3.1 Análise de Risco e Plano de Ação para Mitigação

Anualmente a ESA (Equipe de Segurança de Alimentos) realiza uma avaliação de risco em


todas as áreas da empresa, para identificar possíveis suscetibilidades dos seus produtos com
foco em Food Defense.

Os pontos avaliados são:

1) Vulnerabilidade: Pergunta para análise: Muita gente circula nessa área?

 ALVO muito vulnerável: é muito fácil realizar um ataque, sem proteção. NOTA 3
 ALVO medianamente vulnerável: existem barreiras / dificuldades, dando certa
proteção ao ALVO. NOTA 2
 ALVO pouco vulnerável: existe proteção ao ALVO. NOTA 1

OBS: As notas também levam em conta as medidas de controle já práticas nas áreas
avaliadas.

2) Acessibilidade: Pergunta para análise: É fácil chegar lá?

 Quando o ALVO está localizado fora da empresa, próximo ao perímetro, sem proteção
a acessibilidade é alta. NOTA 3

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 Quando o ALVO é dentro da empresa, e possuem algumas barreiras físicas e/ou


humanas a serem transportadas, pode-se considerar acessibilidade média. NOTA 2
 Pontos dentro da empresa, protegidos por barreiras ou trancas possuem baixa
acessibilidade. NOTA 1

OBS: As notas também levam em conta as medidas de controle já práticas nas áreas
avaliadas.

3) Reconhecibilidade: Perguntas para análise: O setor é facilmente reconhecido? Responder


somente quando há a necessidade (setor crítico). Pode ser desconsiderado em caso de
setores que não possuem motivos para sofrer um ataque malicioso (usa-se nota 1 nesse caso,
ou não realiza-se a análise de risco nesse setor).

 Tem facilidade para identificar o alvo? ALVO facilmente reconhecido, visível, com
identificação, sem proteção. NOTA 3
 ALVO medianamente reconhecido é necessário ter certo conhecimento para
reconhecer o ALVO. NOTA 2
 ALVO dificilmente reconhecido é necessário muito conhecimento para reconhecer o
ALVO. NOTA 1

OBS: As notas também levam em conta as medidas de controle já práticas nas áreas
avaliadas.

A análise é baseada em uma matriz de identificação, onde são adotadas notas para os pontos
acima citados. A nota 1 corresponde uma situação com baixa suscetibilidade, 2 média e 3 alta.

O resultado da multiplicação das notas estabelecidas para cada ponto acima citado resulta no
risco final, sendo que:

 Menor que 8 o risco é considerado TOLERÁVEL,


 De 8 a 17 (menor que 18), o risco é MODERADO,
 Maior e igual a 18 o risco é NÃO TOLERÁVEL.

Risco NÃO TOLERÁVEL exigem ações de mitigação para redução das suscetibilidades.

A análise de risco é registrada na PLA-SGQ-xxx.

As ações de mitigação são gerenciadas de acordo com dinâmica da empresa.

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Após a realização das ações previstas, e avaliação da eficácia, a ESA, reavalia o risco,
verificando se o mesmo foi reduzido.

3.2 Descrição de práticas já adotadas referente a Food Defense

Edificação e instalações:

A empresa possui cerca em toda sua extensão. A iluminação externa e interna é feita de tal
forma que a entrada de veículos e pessoas permaneça visível ao controle dos responsáveis
pela portaria e pelas câmeras de detecção.

A iluminação externa garante total visibilidade facilitando a rotina do responsável pela


segurança que atua na empresa.

Câmeras:

A empresa possui circuito fechado de televisão com câmeras em todos os ambientes da fábrica
e área externa. Somente tem acesso às imagens o gerente de produção, a direção, a equipe
de TI.

A portaria tem acesso a entrada dos portões, estacionamento e visão geral externa com
câmera de 360º.

Controle de Acessos e visitantes:

Os portões externos são eletrônicos e o pessoal da portaria fica responsável por abrir os
mesmos para os funcionários, visitantes e para os caminhões de transporte, mediante coleta de
dados do motorista.

Todos os visitantes e prestadores de serviços, antes de entrarem na empresa, se identificam


na portaria e passam as seguintes informações: nome, empresa, funcionário que irá
acompanhar e o destino dentro da empresa. O porteiro só libera a entrada do visitante e
prestador de serviços quando o responsável por acompanhar o mesmo liberar sua entrada.

Todos os visitantes que necessitarem transitar pela fábrica, pátios e arredores da produção
necessitam estar devidamente identificados com etiquetas com as seguintes informações:

Nome do visitante:

Empresa:

Responsável por acompanhar:

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Os colaboradores responsáveis pela visita devem providenciar tal identificação. Somente não
se fará necessário a identificação de pessoas que permanecerem apenas no setor
administrativo.

Sistemas de detecção de intrusos/Serviços de guarda:

Há alarmes nas entradas da empresa. Há ronda no período da noite.

Controles de armários e vestiários:

Os colaboradores possuem armários com chaves para guarda de seus pertences.

Por meio do check list dependências internas, a equipe da qualidade inspeciona os armários
dos colaboradores por amostragem, a fim de identificar qualquer material perfuro cortante ou
perigoso ali presente.

Os colaboradores são informados dessa prática no momento da integração.

Vistoria das pessoas pode ser realizada.

Controle de Fornecedores

Além das práticas já adotadas de relacionamento com o fornecedor, o mesmo recebe


informações sobre a política de Food Defense da empresa. Também é exigida do fornecedor a
implantação de um plano para Food Defense (inserir pergunta no questionário de
homologação). Exigência do uso de lacres nos itens recebidos (se aplicável).
A avaliação dos materiais recebidos confirma riscos de avarias que podem estar relacionadas a
Food Defense.

Controle de Transporte

Nos casos de desembarque o transporte é avaliado no ato do recebimento e toda inspeção de


recebimento de materiais será realizada com base no critério de práticas de anti-sabotagem.
Nos casos de embarque: O motorista ao final do carregamento deverá assinar um Termo de
responsabilidade de não contaminação do produto a ser transportado, além da conferência dos
volumes embarcados.

Uso de lacres inibe ações no transporte (citar caso seja aplicável).

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Controle de informações

Somente os responsáveis pela área de qualidade e produção possuem o acesso a informações


específicas de processo, como formulações e controle.

A área de Tecnologia da Informação da empresa cria senhas e controle de acessos às pastas


contendo as informações sigilosas.

Treinamento dos Colaboradores

Os colaboradores recebem anualmente e após a contratação, um treinamento sobre Boas


Práticas de Fabricação, que envolve assuntos sobre Food Defense, para que possam
identificar situações de risco. O foco do treinamento é sempre a segurança das pessoas. É
informado aos colaboradores que as ações aqui estabelecidas são realizadas para aumentar o
nível de proteção da indústria.

Todos os colaboradores são orientados

a informar aos seus superiores qualquer ação estranha ou ato comprometedor dentro do
ambiente de produção que caracterize:

 Ações terroristas
 Atos criminosos
 Atos por insatisfação
 Atos de protesto
 Sabotadores

Check list de inspeção

O check list realizado pela garantia da qualidade, abrange questões relevantes a esse
procedimento como:

 Inspeção da caixa d’água


 Inspeção das câmeras
 Inspeção da caldeira
 Áreas de armazenamento identificando rasgos nas embalagens

Controle de Correspondências

O recebimento de correspondências é feito pela recepcionista.

Os destinatários são orientados a só abrir as correspondências se elas forem esperadas ou se


os remetentes forem conhecidos. Para os demais casos, qualquer correspondência que estiver
sob suspeita deve ser descartada e posteriormente encaminhada para incineração.
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Treinamento com colaboradores responsáveis por setores críticos

Os colaboradores de áreas críticas recebem treinamentos específicos de acordo com suas


responsabilidades e são avaliados de tempos em tempos pelos gestores diretos e responsável
do RH, verificando além da sua competência para a função, a questão comportamental.

3.3 Ações Realizadas em um ataque de Food Defense

No ato de suspeitar um possível ataque, os colaboradores são orientados a:

 Seguir o suspeito, se possível comunicar um colega de trabalho de forma discreta para


que outras pessoas já possam avisar os integrantes da equipe ESA;
 Inspecionar o suspeito;
 Reconhecer uma intenção negativa;
 Proteger o produto;
 Quando possível, levar o suspeito para uma área distante da produção e fora do risco
de qualquer contaminação intencional;
 E quando possível fazer a comunicação para os integrantes da equipe ESA.

Assim que possível, a ESA se reúne para decisão de qual tomada de ação será
necessária.

As ações imediatas são:

 Investigar porque o suspeito estava desacompanhado nas dependências da indústria,


no caso de ser um visitante;
 Investigar se houve alguma ação por parte do suspeito, para isso pode-se verificar as
gravações das câmeras de segurança tentando avaliar a causa e o início do ataque.
 Solicitar uma parada de produção imediata para resolução do problema (em caso de
necessidade, se constatado a realização do ataque).
 Comunicação a todos os colaboradores sobre o real motivo da parada da fábrica.

De acordo com a detecção de causa do problema outras ações se fazem necessária.

Por exemplo:

No caso de comprovação da contaminação intencional, rastreiam-se todos os lotes com


problema. Se os mesmos já saíram da empresa, o procedimento de Recall/Recolhimento é
aplicado para retirada do produto do mercado e tomada de ações.
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No caso de ações que afetem a estrutura da empresa, evacua-se a área.

No caso de qualquer ação que impacte na segurança do produto ou dos colaboradores, faz-se
contato imediato com os órgãos como bombeiro, polícia, ou conforme se fizer necessário.

Todos os colaboradores têm os telefones emergenciais de fácil acesso no caso de precisarem


consultar.

Crise

Se um ataque realmente acontecer, e não for possível conter as consequências, levando a uma
situação de crise, segue-se toda a dinâmica descrita no procedimento de gestão de crise.

4. MONITORAMENTO

Esse procedimento está relacionado aos seguintes monitoramentos:

 Check list de inspeção das áreas realizada pelo SGSA;


 Análise anual de riscos relacionados a Food Defense e medidas de mitigação do risco;
 Simulação de ocorrência, conforme procedimento de gestão de crises;
 Formulário de Não Conformidade no caso da detecção de qualquer problema
relacionado a Food Defense que tenha um impacto no produto;

5. VERIFICAÇÃO

O plano de verificação tem o propósito de usar evidências objetivas para confirmar o


cumprimento dos requisitos descritos nesse requisito.

O que? Como? Quando? Quem?

Acompanhamento das ações,


Análise de risco e plano realização da eficácia e
Anual SGQ
de ação para mitigação verificação do preenchimento do
Formulário.

Check list de inspeção Acompanhamento da execução e


Mensal SGQ
das áreas preenchimento do formulário.

Simulação de Acompanhamento da execução e Anual SGQ

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ocorrências de
do registro em ata de reunião.
situações emergenciais

Programa de Food Auditoria interna abordando


Anual SGQ
Defense conceitos de Food Defense.

6. HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES

Elaborado por: Revisado por: Aprovado por:

Data: Data: Data:

Revisões Efetuadas

Rev. Data Alterações Efetuadas

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