Escola Secundária Gago Coutinho

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Trabalho de Sociologia
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12.º SE1 Ano Letivo 2023/2024 Professor

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A Família
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Trabalho realizado por:

Diogo Pestana N.º 9

Gabriel Rebelo N.º 14

Maria Francisca N.º 21

Maria Inês N.º 22

Miguel José N.º 26

4 de março de 2024
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Trabalho de Sociologia

12.º SE1 Ano Letivo 2023/2024

ÍNDICE

1. Introdução...............................................................................................................3

2. Família.....................................................................................................................4

2.1 Funções da família.............................................................................................4

3. A evolução da família.............................................................................................5

4. Tipos de família.......................................................................................................6

5. Evolução do papel da criança...............................................................................6

6. Indicadores..............................................................................................................7

7. Conclusão.............................................................................................................10
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1. Introdução

No âmbito da disciplina de Sociologia do 12.º ano, foi-nos proposta a

realização de um trabalho sobre a família e como esta influencia o processo de
socialização de um indivíduo na sociedade.
Neste trabalho iremos abordar o conceito de família e de como este tem
evoluído ao longo dos anos.
Serão também apresentados os tipos de família e a sua constituição, bem
como as suas funções e importância na socialização e na aquisição de valores por
parte de um determinado indivíduo.
Por último, procederemos à análise de alguns indicadores demográficos
relacionados com a família e tiraremos algumas conclusões sobre os mesmos.
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2. Família

A família é um conceito que vem desde os primórdios da sociedade, desde sempre

as pessoas que se relacionavam por consanguinidade designavam-se, então, por
família. Por isto, a família é a mais antiga concessão social da humanidade.
Família é, para a Sociologia, uma instituição social tão antiga quanto os primeiros
registos pré-históricos da humanidade, que datam de antes de 10.000 anos a.C. A
família, além de uma antiga instituição social, é um conjunto de seres humanos que se
podem ou não unir por um laço consanguíneo, ou seja a família é composta por
pessoas que partilham o mesmo sangue ou por algum tipo de sentimento entre elas.

2.1 Funções da família

Os indivíduos que fazem parte da nossa família são com quem temos os
primeiros contactos sociais, são eles que nos transmitem os primeiros ensinamentos e
valores, por outro lado é também a família que nos fornece alguns cuidados e nos
satisfaz algumas necessidades básicas. Assim sendo, surgem quatro principais
funções da família, são elas:

● Económica- A família sustenta e protege o grupo, conduzindo a uma divisão

de tarefas e estratificação, com diferentes papéis entre os membros;

● Reprodutiva- Esta função visa perpetuar a espécie humana, impedindo que

esta se extinga;

● Socializadora- A família é a primeira instituição social que transmite valores e

aprendizagens, contribuindo assim para o desenvolvimento da capacidade de
relacionamento de um determinado indivíduo;

● Educativa- à semelhança da função acima descrita, a família transmite valores

e comportamentos considerados corretos;
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● Realização pessoal- da família advêm momentos de lazer e prazer que

conduzem à realização pessoal do indivíduo;

● Afetuosa- a família oferece também momentos de afeto e compaixão, que

contribui para o desenvolvimento da capacidade de amar e ser amado.

3. A evolução da família

Com a evolução da sociedade, o conceito de família tem vindo a sofrer alterações,

sendo um conceito cada vez mais subjetivo e suscetível de diferentes interpretações.
No império romano, a família era a designação para a união de duas pessoas e os
seus descendentes. É também nesta fase que surge a ideia de matrimónio. Entendiam
os romanos que era uma forma eficaz de passar bens e estatuto social de forma
hereditária.
Já durante a Idade Média, a união matrimonial passou a ser sacramento da Igreja.
É nesta altura que, e também com o contributo deste acontecimento que Igreja e
Estado se começam a relacionar. Surge a ideia de casamento como uma instituição
sagrada, indissolúvel e destinada à reprodução da espécie humana. É ainda, durante
esse período, que se consolida o conceito de família tradicional composto por pai, mãe
e seus filhos.
No período após a revolução industrial, houve um aumento da complexidade das
relações e das possibilidades de formação de diversos tipos familiares. Essa mudança
fez com que houvesse uma evolução do próprio conceito. Questões relativas ao
matrimônio e à reprodução perdem força e o fator determinante para a formação de
uma unidade familiar torna-se o afeto.
É ainda notório que para alguns indivíduos a família tem mais importância do que
para outros, uma vez que admitem que a família é lhes imposta e não é fruto das
nossas escolhas de vida.
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4. Tipos de família

Família é um conceito muito abrangente, que pode ser constituída de várias

formas, assim sendo surgem diferentes tipos de famílias. Entre elas encontramos:

● Família Nuclear: A família nuclear é normalmente composta pelos pais e os

seus filhos;

● Família Extensa: A família extensa é composta por avós, tios, primos, e outras
relações de parentesco;

● Família Monoparental: A família monoparental é a família composta por

apenas um dos progenitores, pai ou mãe, independente dos motivos que
conduzem a essa formação: morte, abandono, divórcio ou decisão voluntária;

● Família Anaparental: A família anaparental é formada entre irmãos, primos ou

pessoas que têm uma relação de parentesco entre si, sem que haja
conjugalidade entre elas e sem vínculo de ascendência ou descendência;

● Família Recomposta: A família recomposta é formada por um novo

matrimónio, quando pelo menos um dos cônjuges possui um filho de um
relacionamento anterior;

● Família de União de facto: A família de União de facto possui a mesma

configuração e o mesmo amparo legal da família matrimonial, entretanto, é
baseada na união estável, não oficializada, do casal;

● Família Homoafetiva: A família homoafetiva decorre da união de pessoas do

mesmo sexo.

5. Evolução do papel da criança

Tal como o conceito de família também os papéis parentais têm vindo a ter
diferentes interpretações e são cada vez mais diversos.
A sociedade pré-industrial, em Portugal principalmente, sustentava-se, através da
agricultura e pecuária, assim sendo, as crianças a partir de uma certa idade eram
vistas como mais uma fonte de sustento para a tradicional família portuguesa. Se
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recuarmos ao tempo dos nossos avós ou quiçá dos nossos pais, temos bem presente
esta realidade.
Nos tempos que correm, devido à evolução da economia, da própria legislação e
da visão dos indivíduos, sobre o mundo a criança deixou de ser vista como uma fonte
de sustento da família, passando a frequentar instituições de ensino que
complementam os valores e os ensinamentos transmitidos pela família. Os jovens são
cada vez mais influenciados pela família a priorizar os estudos e a tentarem entrar no
mercado de trabalho o mais instruídos possível.

6. Indicadores

Como vimos anteriormente o casamento é um dos principais mecanismos de

união de uma pessoa que nutre sentimentos por outra. Existem vários fatores que
influenciam o bem-estar de um casamento, assim sendo quando algo não vai ao
encontro das espectativas de um determinado individuo a solução mais comum é o
término do casamento, levando a cabo o divórcio.
De seguida mostraremos um gráfico relativo à evolução do divorcio em Portugal,
entre os anos de 1960 até 2022.
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Analisando o gráfico acima apresentado, o divorcio em Portugal tem vindo a ser

uma prática cada vez mais recorrente. Pode verificar-se que ao ano de 1974 o divórcio
era praticamente nulo. Com o passar dos anos e com a evolução da sociedade, onde
o divórcio deixou de ser encarado como um tabu, verificou-se um aumento do número
de divórcios. O divórcio atingiu o seu valor mais elevado em Portugal em 2020,
quando a cada 100 casamentos, houveram sensivelmente 90 divórcios.
O divórcio tem bastante influencia na saúde mental de um individuo e por
vezes das pessoas que o rodeiam, são inúmeros os casos onde crianças, veem o seu
processo de socialização prejudicado devido à separação dos pais. Em tenra idade as
crianças podem refletir nos seus comportamentos o stress da situação familiar que
presenciam em casa. Já em idade mais avançadas, nomeadamente, na adolescência
o divórcio dos pais pode originar comportamentos perturbadores por parte dos jovens,
podem ainda acusar falta de autoestima. A revolta pode ainda originar o uso de tabaco
e bebidas alcoólicas como refúgio.
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Acima observa-se um gráfico ilustrativo da estrutura de cada família

portuguesa, tendo-se representados os tipos de agregados familiares mais
comuns em Portugal.

Observa-se que o número de agregados familiares de apenas um

indivíduo têm vindo a aumentar ainda que de forma lenta.

No que concerne ao número de casais sem filhos, este tem vindo a

aumentar progressivamente, ainda que tenha sofrido uma descida considerável
no ano de 2021. Por sua vez, o número de casais sem filhos, comportou-se de
maneira oposta, tem vindo a diminuir progressivamente, observando-se ainda
um aumento no ano de 2021.

Por fim, a família monoparental tem, infelizmente, aumento ao longo dos

anos, ainda assim no ano de 2022 relativamente a 2021 verificou-se um ligeiro
decréscimo.
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7. Conclusão

Com a realização deste trabalho, ficamos a conhecer com mais profundidade

todas as questões relacionadas com a família, bem como esta pode variar, quer em
termos de estrutura, quer em termos de estabilidade.

Verificamos ainda a importância que a família tem no processo de socialização de

um indivíduo e como esta pode ser afetada negativamente por algum aspeto familiar
que não esteja devidamente resolvido.

Ficamos, ainda, a perceber como o papel da criança foi evoluindo, percecionando

também como este favoreceu a criança e a estimulou para se instruir e se preparar
melhor para o seu futuro.

Em suma, foi um trabalho interessante de realizar, e que nos permitiu entender

melhor o papel e a importância da família.