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COMPORTAMENTAIS
A Psicologia dos Mercados
por
Alexandra
Strommer Godoi
CONTEÚDO
ALEXANDRA GODOI
Professora
REVISÃO
Leonardo Fabri
Curador
DESIGN
DEBORAH KUTNIKAS
Designer
Leonardo Fabri
Sociólogo e Curador da Casa do Saber
A EFICIÊNCIA DO MERCADO
As finanças tradicionais assumem que os mercados seriam eficientes, ou seja,
os preços já refletiriam TODAS as informações relevantes e seriam a melhor
estimativa possível do valor fundamental do ativo.
De acordo com Fama (1970), existem três formas de eficiência:
• Forma Fraca: mercado já incorporaria toda a informação disponível
nos preços passados; retornos passados não servem para prever
retornos futuros
(ou seja, análise técnica e regras baseadas na performance passada
não conseguiriam bater o mercado).
• Forma Semi-forte: mercado já incorporaria toda a informação pública
disponível, não só o histórico de preços, mas eventos, notícias, dados
dos balanços, etc.
(ou seja, nem mesmo fundos ou investidores sofisticados que tenham
apenas informação pública conseguiriam bater o mercado).
• Forma Forte: mercado incorporaria toda a informação disponível,
pública e privada.
(nem mesmo’ insiders’ conseguiriam bater o mercado).
De Bondt, Werner FM, and Richard H. Thaler. “Anomalies: A mean-reverting walk down
Wall Street.” Journal of Economic Perspectives 3.1 (1989): 189-202.
Fama E, French KR. 1993. Common risk factors in the returns on stocks and bonds. J.
Financ. Econ. 33:3–56
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The Journal of Finance, vol. 25, no. 2, 1970, pp. 383–417.
Jegadeesh, Narasimhan, and Sheridan Titman. “Returns to buying winners and selling
losers: Implications for stock market efficiency.” The Journal of finance 48.1 (1993):
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Shefrin, Hersh, and Meir Statman. “The disposition to sell winners too early and ride
losers too long: Theory and evidence.” The Journal of finance 40.3 (1985): 777-790.
Efeitos práticos:
Efeitos práticos:
• Nos prendemos excessivamente em ‘pistas’ disponíveis
(e.g., o preço de mercado, o preço máximo ou mínimo
que a ação atingiu no último ano, a estimativa de consenso
de mercado), que nem sempre são boas estimativas para
o futuro;
• Subestimamos o efeito da inflação, dos juros compostos
ou dividendos (vemos ‘linearmente’ o que é exponencial);
• Tendemos a interpretar informação (como o resultado de
uma empresa, por exemplo), como sendo boa ou ruim em
comparação com o último número observado.
Tversky, Amos, and Daniel Kahneman. “Judgment under uncertainty: Heuristics and
biases.”para
Licenciado science 185.4157
- adryan (1974):
henrique souza1124-1131.
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TEORIA DA PERSPECTIVA
A Teoria da Perspectiva, desenvolvida por Daniel Kahneman e Amos
Tversky (1983), estuda como as pessoas se comportam na prática
quando tomam decisões em situações de risco. Seus principais
conceitos são:
Efeitos práticos:
Odean, Terrance. “Are investors reluctant to realize their losses?.” The Journal
of finance 53.5 (1998): 1775-1798.
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Moore, Don A., and Paul J. Healy. “The trouble with overconfidence.” Psychological
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Scheinkman, Jose A., and Wei Xiong. “Overconfidence and speculative bubbles.”
Journal of political Economy 111.6 (2003): 1183-1220.
1. Assimetria de informação
Além disso, parte da informação que chega até nós é produzida por
instituições e empresas que têm seus próprios interesses a defender,
que nem sempre coincidem com os nossos. É importante lembrar
que mesmo dados que parecem objetivos (números dos balanços,
por exemplo) podem ser manipulados ou apesentados seletivamente
de forma a nos convencer de determinado ponto, vender um produto
ou defender uma política. Evidências em economia comportamental
mostram de que as pessoas tendem a ser excessivamente crédulas
ao avaliar a informação, e a esquecer que quem a provê pode ter
outros interesses, tornando-se vulneráveis a serem manipuladas.
Barberis, Nicholas. Psychology and the Financial Crisis of 2007-2008. In: Financial
Innovation: Too Much or Too Little, 2013.
Ariely, Dan. A mais pura verdade sobre a desonestidade. Rio de Janeiro: Alta
Books, 2012.
Shiller, Robert J., and Teresa Arijón. Exuberância irracional. Turner, 2003.
Shiller, Robert J. Narrative economics: How stories go viral and drive major
economic events. Princeton University Press, 2020.