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Eletroquímica é uma área da química que estuda as reações que produzem corrente elétrica através
de reações chamadas de oxidação e redução. Também estuda as reações que ocorrem por intermédio
do fornecimento de corrente elétrica, conhecidas como eletrólise.
As reações ocorrem trocas de elétrons entre os átomos e os íons.
A eletroquímica está muito presente no nosso dia-a-dia. Está presente basicamente em pilhas e
baterias utilizadas em aparelhos eletrônicos, como celular, controle remoto, lanternas, filmadoras,
calculadoras, brinquedos eletrônicos, rádios à pilha, computadores, e muitos outros.
Na reação de oxidação ocorre a perda de elétrons, enquanto a reação de redução consiste em ganhar
elétrons.
A Oxidação pode ocorrer em três circunstâncias: quando se adiciona oxigênio à substância, quando
uma substância perde hidrogênio ou quando a substância perde elétrons. Exemplo: as saladas de
frutas tendem a se escurecer quando entram em contato com o ar, isso porque o oxigênio age
promovendo a oxidação das frutas. Uma dica para que isso não ocorra é adicionar suco de limão ou
laranja, pois a vitamina C presente nas frutas cítricas impede a ação oxidante do oxigênio sobre a
salada.
A Redução, por sua vez, é o inverso e ocorre também de três maneiras: quando uma substância
perde oxigênio, quando ganha hidrogênio ou quando ganha elétrons. Exemplo: quando o óxido de
cobre (negro) é colocado em aparelhagem apropriada (câmara) para que ocorra sua redução, o gás
hidrogênio entra em contato com o óxido de cobre super aquecido e, como resultado, ele perde
oxigênio e vai aos poucos se tornando rosa, pois está sendo reduzido a cobre.
Reação de Óxidorredução: sabe-se que oxidação e redução ocorrem juntas na mesma reação
química. Esse fenômeno recebe o nome de Reação redox ou Óxidorredução. Óxidorreduções são
reações que transferem elétrons entre substâncias fazendo com que o número de oxidação (nox) de
uma substância aumente enquanto o nox de outra substância diminui. Esse processo não deve ser
confundido com as ligações iônicas (em que há transferência de elétrons de uma substância a outra)
e sim como um processo de oxidação de uma substância e a redução de outra. Podemos dizer então
que em uma reação a substância que perde elétrons e sofre oxidação é designada agente redutor
enquanto a substância que ganha elétrons e sofre redução é designada agente oxidante.
Algumas dessas reações são muito úteis para a indústria. O ferro, por exemplo, é extraído pela
combinação do minério de ferro com o monóxido de carbono (CO), num alto-forno. Nessa reação, o
minério perde oxigênio para formar o ferro (Fe) e o CO recebe oxigênio para formar o CO2 (dióxido
de carbono). A ferrugem é um dos resultados de uma reação redox, na qual o ferro se oxida e forma
o óxido de ferro (ferrugem), e o oxigênio do ar é reduzido.
Outro exemplo de reação redox é o da prata em contato com o ar. Os objetos de prata tendem a
perder seu aspecto brilhante com o passar do tempo, se tornando embaçados e com coloração
escura. Esse fato ocorre porque os átomos de prata da superfície do objeto reagem com outras
substâncias, como o oxigênio. Dizemos então que a prata se oxidou, ou seja, passou por uma reação
de óxidorredução.
Transferência de elétrons
A eletroquímica abrange todos processo químicos que envolve transferência de elétrons. Quando
um processo químico ocorre, produzindo transferência de elétrons, é chamado de pilha ou bateria,
mas quando o processo químico é provocado por uma corrente elétrica (variação da quantidade de
elétrons no temo), este processo é denominado de eletrólise. (Resumindo: pilha e bateria são
processos químicos que ocorrem espontaneamente e gera corrente elétrica, já eletrólise é um
processo químico (reação química) que ocorre de forma não espontânea, ou seja, ocorre na
presença de uma corrente elétrica).
Surgimento da pilha
A primeira pilha foi criada em 1800, por Alessandro Volta, que utilizava discos de cobre e
zinco, separadas por algodão embebido em solução salina.
Os discos foram chamados de eletrodos, sendo que os elétrons saiam do zinco para o cobre,
fazendo uma pequena corrente fluir.
Em 1836, John Frederick Daniell construiu uma pilha com eletrodos de cobre e zinco, mas
cada eletrodo ficava em uma cela individual, o que aumentava a eficiência da pilha, pois ela
possuia um tubo que ligava as duas cubas, este tupo foi chamado de ponte salina. Esta pilha
ficou conhecida como pilha de Daniell.
A história da pilha tem um começo muito interessante que não tem nada a ver com a
química ou a física. Tudo começou numa aula de anatomia na Universidade de Bolonha, na
Itália.
Era o ano de 1767 e os alunos observavam atentos enquanto o professor Luigi Galvani
retirava a pele de um sapo para mostrar o processo de dissecação.
De repente, ele tomou um susto ao ver que o sapo morto se mexera. Como bom cientista, ele
não acreditava em sapos fantasmas e resolveu investigar por que aquilo acontecia. Então concluiu
que o bisturi de aço e a bancada de zinco haviam produzido uma corrente elétrica que contraíra
os músculos do sapo. Depois ele escreveu um livro sobre o assunto, mas a questão não parece
ter ido muito além desse ponto.
Coube ao seu inimigo acadêmico Alessandro Volta, um professor de física da Universidade de
Pádua, o aperfeiçoamento da descoberta. Pesquisando mais sobre o assunto, Volta descobriu a
origem da eletricidade atmosférica e inventou o electróforo e o condensador. Ele também
percebeu, a partir das experiências de Galvani, que dois metais diferentes, mergulhados em
ácido sulfúrico, produzem corrente elétrica, e assim surgiu o elemento voltaico, ou volt, que teve
esse nome em sua homenagem.
Foi desse modo que, em 1800, Volta produziu a primeira pilha elétrica do mundo. Ela era
composta de uma série de discos de prata e zinco, colocados em pares e intercalados com folhas
de papelão saturadas em água e sal. A corrente era produzida quando o disco de prata do todo
se conectava com um arame ao disco de zinco que ficava embaixo.
Em 1801, Napoleão Bonaparte assistiu à apresentação dos experimentos de Volta e
congratulou-o com uma medalha, uma pensão vitalícia e uma moeda cunhada em sua
homenagem. Se Galvani não estivesse morto, certamente morreria de raiva com o sucesso de
seu adversário.
Pilha de Daniell (pilha eletroquímica)
Pilhas eletroquímicas são "sistemas que produzem corrente contínua e baseiam-se nas diferentes
tendências para ceder e receber elétrons das espécies químicas.
A pilha de Daniell é constituída de uma placa de Zinco (Zn) em uma solução de ZnSO4 e uma placa
de Cobre (Cu) em uma solução de CuSO4. As duas soluções são ligadas por uma ponte salina, ou
por uma parede porosa.