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Apostila 1 Dir Material C - Ref Trab 26-03-2018
Apostila 1 Dir Material C - Ref Trab 26-03-2018
Pela primeira vez o direito do trabalho passa por uma grande reforma, no
entanto, ainda será regido pelos mesmos princípios, como veremos a seguir.
1. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO
2
O princípio da proteção se divide em três outros princípios, que são:
1.1 - Princípio da Norma Mais Favorável,
1.2 - Princípio da Condição Mais Benéfica, e
1.3 - Princípio do “in dúbio pro misero”.
Pelo princípio da norma mais favorável, quando houver duas normas possíveis a
serem aplicadas, será aplicada a mais favorável ao empregado.
3
“O princípio da norma mais favorável deriva também do princípio da
proteção ao trabalhador e pressupõe a existência de conflito de
normas aplicáveis a um mesmo trabalhador. Neste caso, deve-se
optar pela norma que for mais favorável ao obreiro, pouco
importando sua hierarquia formal.” (BOMFIM, 2014, p. 179).
4
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do
empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como funções de
confiança;
VI - regulamento empresarial;
Assegura ao empregado que a condição mais benéfica (a que for melhor para o
trabalhador) seja incorporada ao contrato de trabalho. Lembrando que, se for alterado
um regulamento da empresa, essa alteração apenas terá validade para os empregados
que forem contratados após tal alteração e jamais retroagirá para os antigos empregados.
Assim é o que estipula a Súmula 51 do TST, conforme segue:
Súmula 51 do TST
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NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO
NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT (incorporada a
Orientação Jurisprudencial nº 163 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ
20, 22 e 25.04.2005.
1.3 Princípio do “In dubio pro misero” ou “In dubio pro operário”
6
O princípio “in dubio pro misero” fala da interpretação na aplicação da norma.
Assim, entre duas interpretações possíveis para uma determinada norma, aplica-se a que
for mais favorável ao empregado.
7
Os direitos trabalhistas são irrenunciáveis. Todos os atos em que o empregado
renunciar aos seus direitos serão nulos. Resta claro que atos com essa finalidade serão
nulos de pleno direito, conforme redação do Artigo 9º da CLT.
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6. PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE SALARIAL
7. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Por esse princípio quem deve provar o término do contrato de trabalho será
sempre o empregador, pois se presume que o empregado não tenha dado causa ao
término da relação de emprego, tendo em vista que a regra é que ele precisa do emprego
para sobreviver. Desta forma, o ônus de provar a justa causa é do empregador, assim
como, quando for controverso, o ônus de provar o pedido de demissão também será do
empregador.
9
princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção
favorável ao empregado. Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.
PESSOA FÍSICA - Necessariamente tem que ser prestado por pessoa física.
Às vezes acontece da pessoa física ser obrigada a criar uma pessoa jurídica
apenas para mascarar uma relação de emprego. Isso poderá ser desconstituído na Justiça
do Trabalho, porque na realidade quem está prestando o serviço ou estabelecendo a
relação de trabalho é a pessoa física.
O nome desse fenômeno onde se pretende mascarar uma relação de emprego é
“pejotização”, tratando-se de uma fraude.
1
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 7ª ed. São Paulo: Ed. LTR. 2011, p. 186.
10
elemento pessoalidade, o objeto do contrato em si, deriva do ato de trabalhar e não
apenas do trabalho.
2
ALEXANDRINO, Marcelo & PAULO, Vicente. Manual do Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo:
Ed. Método. 2011, p. 65.
11
§ 3o - Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a
prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo
com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade,
determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas,
regidos por legislação própria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).
ONEROSIDADE
3
MARTINS, Sérgio Pinto, Direito do Trabalho. 27ª ed. São Paulo: Ed. Atlas. 2011, p. 101.
12
A subordinação jurídica não guarda relação com a dependência econômica nem
tão pouco com a exclusividade.
Desta forma fica claro que o empregado é contratado para cumprir comandos
patronais, cumprir ordens do detentor da prestação dos seus serviços. Essa subordinação
deriva da lei, sendo, por isto, chamada de “subordinação jurídica”.
4
MARTINS, Sérgio Pinto, Direito do Trabalho. 27ª ed. São Paulo: Ed. Atlas. 2011, p. 101.
5
COLIN, Paul. Apud MORAES FILHO, Evaristo de. Introdução ao Direito do Trabalho. São Paulo:
LTr Editora, 1971, p.222 Apud BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 7ª ed. São
Paulo: Ed. LTR. 2011, p. 210.
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Pela alteridade compreende-se que o empregador responde pelos riscos do
negócio. No entanto existem exceções: Frentista de posto de gasolina, quando
descumpre as normas do estabelecimento, conforme OJ 251 do TST, entre outros.
14
empresa privada, independentemente do eventual cabimento de
penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. (ex-OJ
nº 167 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999).
EMPREGADO EMPREGADOR
CONTRATO DE TRABALHO
Bilateral;
De trato sucessivo;
Intuito Personae;
Oneroso.
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2. Classificação do Contrato de Trabalho:
Tácito ou expresso
Verbal ou escrito
Obs. 1: Os contratos por prazo determinado podem vigorar por prazo máximo de
dois anos, sendo possível apenas uma renovação que, no total, não ultrapasse os
dois anos.
Obs. 2: Findo um contrato por prazo determinado, uma nova contratação a termo
só poderá ser celebrada respeitando o interregno de 6 meses, a contar da extinção
do pacto anterior (carência).
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ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO:
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Casos de transferências onde NÃO há a necessidade da anuência do
EMPREGADO:
- Greve
- Prestação de serviço militar obrigatório
- Faltas injustificadas
- Suspensão disciplinar
- Suspensão para apuração por falta grave
- Curso de qualificação
- Diretor ausente a subordinação jurídica
- Auxílio doença comum
- Aposentadoria por invalidez
- Auxílio doença acidentário
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Atenção: Existem hipóteses de suspensão onde permanece a obrigação do
empregador em pagar o FGTS, conforme abaixo:
19
Súmula 440 do TST - AUXÍLIO‐DOENÇA ACIDENTÁRIO.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SUSPENSÃO DO
CONTRATO DE TRABALHO. RECONHECIMENTO DO
DIREITO À MANUTENÇÃO DE PLANO DE SAÚDE OU DE
ASSISTÊNCIA MÉDICA. Assegura‐se o direito à manutenção de
plano de saúde ou de assistência médica oferecido pela empresa ao
empregado, não obstante suspenso o contrato de trabalho em virtude
de auxílio‐doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez.
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VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do
Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de
agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). (Incluído pelo Decreto-lei nº
757, de 12.8.1969).
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a
juízo. (Incluído pela Lei nº 9.853, de 27.10.1999).
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em
#SeLigaNaDicadeArrasar
Para professor, nos casos de morte de pai, mãe ou filho são 09 dias
consecutivos (Art. 320, § 3º, da CLT).
Para professor, nos casos de casamento, são 09 dias consecutivos.
21
Licença maternidade, inclusive para mãe adotiva (120 dias também),
Nos casos de estudante menor de 18 anos lhe é garantido o direito de ter as férias
concedidas no mesmo período das férias escolares.
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Em casos excepcionais as férias poderão ser concedidas em dois períodos, sendo
que um destes não poderá ser inferior a 10 dias. (Após a reforma ficou conf. abaixo).
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Multa - Após o prazo de concessão, o empregador pagará em dobro, mesmo que o
empregado goze das férias após o período, conforme Súmula 450 do TST.
Obs: O empregador deverá fazer o aviso de concessão de férias sempre por escrito
e até no máximo 30 dias antes do período de gozo.
É facultado ao empregado converter em pecúnia até 1/3 das férias - Art. 143, CLT.
O abono de férias deverá ser requerido até 15 dias antes do período aquisitivo.
As faltas injustificadas serão levadas em conta para os dias de férias, de acordo com
o art 130 da CLT
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Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte
proporção: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais
de 5 (cinco) vezes; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a
14 (quatorze) faltas; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a
23 (vinte e três) faltas; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de
13.4.1977)
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro)
a 32 (trinta e duas) faltas. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de
13.4.1977)
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do
empregado ao serviço. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de
13.4.1977)
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos,
como tempo de serviço. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de
13.4.1977)
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JORNADA DE TRABALHO
1. Aviso prévio
2. Décimo terceiro salário
3. Férias + 1/3
4. FGTS e multa dos 40%
5. Repouso semanal remunerado
6
Ressalvados casos específicos em que não há sujeição à limitação de jornada, como analisado adiante.
7
Dispositivos legais, bem como cláusulas contratuais ou convencionais que fixavam adicional de horas
extras em percentual inferior (ex. arts. 59, §1º; 61, §2º; 413, II; etc.), não foram recepcionados pela CF,
que incide, impreterivelmente, em todas as relações de emprego sujeitas à limitação de jornada (condição
mais benéfica).
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OBS 2: Comissionista Puro - Empregado sujeito ao controle de horário, remunerado à
base de comissões, tem direito ao adicional de horas extras incidente sobre o valor das
comissões recebidas na sobrejornada, conforme a Súmula 340 do TST.
OBS 3: Comissionista Misto - Por outro lado, se o salário for composto de parte fixa
(salário) e parte variável (comissões), sobre a parte fixa do salário serão devidas horas
extras integrais, mas sobre os valores recebidos em comissões apenas o adicional de
hora extra.
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Exercentes de cargo de gestão: como ressaltado, para a exclusão do direito de
limitação de jornada exige-se, além da gratificação de, no mínimo, 40% sobre o salário
efetivo (art. 62, § único), que o empregado efetivamente detenha poderes de gestão.
28
Assim, o local de trabalho em relação ao teletrabalho pouco importa, podendo
ser em domicílio ou até mesmo em outro local, contanto que seja à distância e fora das
dependências do empregador.
INTERVALOS
Intervalo Intrajornada
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Intervalo concedido pelo empregador no curso da jornada de trabalho com a
finalidade de repouso e alimentação.
Fundamentação Jurídica:
8
Este intervalo pode exceder 2 horas mediante acordo individual (por escrito) ou NEGOCIAÇÃO
COLETIVA.
30
organização dos refeitórios e quando os respectivos empregados não
estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
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Art. 611-A da CLT – A convenção coletiva e o acordo coletivo de
trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem
sobre
Intervalo Interjornada
Intervalos Especiais
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hora e 40 minutos de trabalho contínuo. A Súmula 438 do TST estende o referido
direito aos trabalhadores submetidos a trabalho contínuo em ambiente artificialmente
frio, ainda que não seja em uma câmara frigorífica.
Observação Importante:
9
PARROLAS, Maria Eduarda Temoteo Fonseca. Análise sobre os intervalos intrajornada e interjornada
como direito à saúde e à segurança do trabalhador. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Centro Universitário dos Guararapes – UNIFG, Jaboatão dos Guararapes, 2017.
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Parágrafo único - Regras sobre duração do trabalho e intervalos não
são consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do
trabalho para os fins do disposto neste artigo.
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
Jornada 12x36
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O art. 59 da CLT permite e disciplina a instituição do chamado “Banco de
Horas”, previsto pela CF, art. 7°, XIII “(...) facultada a compensação de horários e a
redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”, ou acordo
individual escrito. Obs: O acordo individual escrito é EXCUSIVO para o Banco de
Horas Semestral.
O banco de horas nada mais é do que um estoque de crédito de horas para serem
compensadas como créditos futuros, posteriormente, quando o empregador determinar
que devem ser dadas tais folgas.
Ainda é possível a existência do banco de horas anual, o qual deverá ser feito
mediante convenção coletiva de trabalho e acordo coletivo de trabalho.
35
jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o
limite máximo de dez horas diárias. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.164-41, de 2001).
36
excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez
minutos diários. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001).
OBS: Não são computadas na jornada de trabalho, também não são consideradas
trabalho extraordinário, as variações de horário no registro de ponto não excedentes a 5
minutos, observado o limite máximo de 10 minutos diários (art. 58, §1º, da CLT). A lei
reconhece a impossibilidade física de o empregado ser preciso como um “relógio”,
desprezando lapso temporal necessário, e suficiente, para registro de ponto10. O excesso
(ex. 6 minutos além do horário final normal) é computado por inteiro, e não apenas o
que exceder (no exemplo, o empregado terá direito a 6 minutos extraordinários, e não a
apenas 1 minuto).
Trata-se do trabalho cuja jornada semanal não exceda 30 horas por semana,
conforme art. 58-A da CLT.
10
O art. 74, §2º determina que nos estabelecimentos com mais de 10 empregados é obrigatória a anotação
da hora de entrada e de saída em registro manual, eletrônico ou mecânico. E tal registro, havendo, é a
prova mestra para fins de comprovação da real jornada diária de trabalho, embora nada impeça a prova
por outros meios, desde que o Reclamante logre desconstituir a força probante dos controles de ponto
com fulcro no art. 9º.
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“Não se confunde o trabalho a tempo parcial com certas categorias
que têm jornada diferenciada, como médicos (4 horas), ascensoristas
(6 horas), etc.” (Sergio Pinto Martins).
Obs: Vale ressaltar que o salário a ser pago no regime a tempo parcial sempre
será o salário proporcional.
38
§ 1º - O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo
parcial será proporcional a sua jornada, em relação aos empregados
que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001).
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TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO
A Constituição Federal em seu artigo 7°, inciso XIV, assegura jornada máxima
diária de 6 horas para os empregados que assim se ativam, salvo negociação coletiva
em sentido contrário11.
Ressalte-se, contudo, que o fato de a empresa não funcionar aos domingos não
descaracteriza o sistema de revezamento.
11
Ressalvada norma coletiva em contrário, não sendo respeitado este limite, as horas trabalhadas
excedentes à 6ª devem ser pagas como extraordinárias (remuneração + adicional).
12
Semanal ou quinzenal, para Amauri. Neste sentido, art. 73, "caput".
40
Súmula 423 do TST - Estabelecida jornada superior a seis horas e
limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os
empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não têm
direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.
TRABALHO NOTURNO
13
A hora reduzida constitui benefício legal (instituído pela CLT). Por esta razão, não se estende aos
trabalhadores excluídos de seu âmbito de abrangência. Assim, os rurais não possuem tal benefício, não
previsto pela Lei nº 5889/73.
14
A ressalva atinente ao sistema de turnos ininterruptos de revezamento não foi recepcionada pela CF/88,
que não contém qualquer distinção em seu art. 7º, IX. Neste sentido, TST, 130.
41
Trabalho extraordinário em horário noturno: a hora extraordinária deve ser
calculada tomando por base o salário noturno já majorado pelo adicional.
“ADICIONAL NOTURNO. PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO NOTURNO. Cumprida
integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o
adicional quanto às horas prorrogadas.” - Exegese do Art. 73, §5º, da CLT.
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
GORJETAS
42
As gorjetas sofreram algumas mudanças, inclusive pela lei 13.467/2017, sendo
disciplinada atualmente no art. 457 da CLT, a partir do §3º ao §22, fazendo parte da
remuneração do empregado, as gorjetas servirão apenas à distribuição dos empregados.
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remuneração e advém de um terceiro e não do empregador, assim se o empregado fosse
remunerado à base de gorjetas, o empregador não teria que pagar salário ao empregado,
situação que seria inadmissível, assim não importa o valor das gorjetas que o
empregado recebe.
A gorjeta vai servir de base de cálculo para repercutir em todas as verbas. Salvo
para quatro verbas Súmula 354, TST:
Aviso prévio
Adicional noturno
Horas Extras
Repouso Semanal Remunerado
5.1.TIPOS DE SALÁRIO:
a) -Salário base
b) -Salário in natura
c) -Sobressalário
d) -Salário complessivo
B) Salário in natura
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É possível que o pagamento não seja apenas em dinheiro, mas também em
utilidades como forma de contraprestação pelo serviço desempenhado pelo empregado.
Esse pagamento realizado em utilidades chamamos de salário in natura.
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário,
para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou
outras prestações "in natura" que a empresa, por fôrça do contrato ou
do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum
será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas
nocivas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967).
45
IV - assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada
diretamente ou mediante seguro-saúde; (Incluído pela Lei nº 10.243,
de 19.6.2001).
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Quando a vantagem for concedida pela prestação de serviços, ou seja, como um
beneficio será salário, assim, “PELO” -> em razão do trabalho
Urbano:
Habitação pode ser descontada até 25%
Alimentação pode ser descontada até 20%
Rural:
Habitação pode ser descontada até 20%
Alimentação pode ser descontada até 25%
C) Sobressalário
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integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao
contrato de trabalho e não constituem base de incidência de
qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
.............................................................................................
COMISSÕES
D) Salário complessivo
Pagamento englobado.
48
Em regra é vedado pelo ordenamento jurídico, porque não há uma definição do que o
empregado está recebendo.( súmula 91 do TST)
ADICIONAIS
49
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que
porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
#DicasPraArrasar
Insalubridade
10%
20%
40%
Periculosidade
30%, sobre o salário básico.
50
SUM-289 INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO
DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Histórico:
51
Art. 195, CLT
A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade,
segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de
perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho,
registrados no Ministério do Trabalho.
Exposição eventual
PROTEÇÃO DO SALÁRIO
Menor de 18 anos.
52
Tem direito ao salário mínimo hora, e o menor pode firmar recibo, porém, a rescisão
tem que ser com assistência dos pais.
53
Pagamento em moeda corrente.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL
Princípio da isonomia
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§ 3º No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por
merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios,
dentro de cada categoria profissional. (Redação dada pela Lei nº
13.467, de 2017).
55
salário contratual do substituído. (ex-Súmula nº 159 - alterada pela
Res. 121/2003, DJ 21.11.2003).
II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo
não tem direito a salário igual ao do antecessor. (ex-OJ nº 112 da
SBDI-1 - inserida em 01.10.1997).
ESTABILIDADE
Estabilidade decenal - não existe mais, pois foi substituída da lei de FGTS. O
empregado que trabalhava 10 anos na empresa adquiria estabilidade, só podendo ser
despedido por justa causa e essa justa causa seria precedida de inquérito judicial para
apuração de falta grave.
56
ART 543 § 3º DA CLT
57
o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual
número de suplentes.
O delegado sindical NÃO tem estabilidade provisória – OJ 369 SDI-I TST , assim
como membro do conselho fiscal OJ 365 SDI I TST
A) Delegado Sindical
58
Segundo Ricardo Rezende ( 2015; p.759) O delegado sindical é aquele associado
que representa a entidade sindical em seção ou delegacia sindical ( em uma grande
empresa, por exemplo), com vistas a aproximar o Sindicato das Massas de
trabalhadores.
59
Comissão Interna de Prevenção e Acidentes
ART 10 II a ADCT
Despedida do Cipeiro
60
39/1994, DJ 22.12.1994 - e ex-OJ nº 25 da SBDI-1 - inserida em
29.03.1996)
O presidente da CIPA não tem estabilidade, até mesmo porque é indicado pelo
empregador.
61
§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao
membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado
de menos da metade do número de reuniões da CIPA. (Incluído
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Estabilidade gestante
Mesmo que ela não saiba que está grávida, será estável. Não precisa informar ao
empregador.Assim, se for dispensada grávida, deverá ser reintegrada ao quadro de
funcionários ou receber indenização. Sumula 244, TST:
62
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não
afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da
estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT ex-OJ nº 88 da SBDI-1 -
DJ 16.04.2004 e republicada DJ 04.05.04)
63
Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no
curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do
aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada
gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso
II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias. (Incluído pela Lei nº 12.812, de 2013)
64
Em defesa, a empresa, situada na cidade de Salto do Lontra
(PR), alegou que a trabalhadora distorceu os fatos e nunca
demonstrou interesse em permanecer no emprego. Afirmou que,
dois dias depois do término do aviso prévio, ela já estava
empregada, e que a ação deveria ser ajuizada contra a nova
empregadora. Durante audiência de conciliação, a empresa
chegou a oferecer o emprego novamente, mas sem indenização
pecuniária.
(Taciana Giesel/CF)
Processo: RR-436-83.2011.5.09.0749
65
Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1).
Na morte da mãe, quem detiver a guarda passa a fazer jus a estabilidade que a
mãe teria, de acordo com a lei complementar 146
Estabilidade acidentário
*Após o acidente, a empresa emite o CAT e paga os quinze primeiros dias (contrato
interrompido), após o 16° dia, o empregado passa a receber o auxilio doença
acidentário (contrato suspenso). Cessado o beneficio de auxilio doença acidentário, o
empregado vai ter 12 meses de estabilidade.
66
Pra ser estável precisa de: afastamento de 15 dias + recebimento de
auxílio acidentário (Sumula 378, TST)
67
Estabilidade do membro CNPS ( art 3 da lei 8213/91 )
COMISSÃO NACIONAL DA PREVIDENCIA SOCIAL
Estabilidade em razão do cargo.
Estabilidade dá nomeação até um ano após o término do mandato.
E para ser dispensado só com motivo grave e precisa de inquérito judicial para apuração
de falta grave.
Titulares e suplentes tem estabilidade
68
O empregador não poderá despedir o portador do vírus HIV ou outra doença
igualmente grave, por presumir uma despedida discriminatória, devendo assim , ser
reintegrado.
Na empresa que tiver mais de 200 empregados poderá ser eleita uma comissão
para representar os empregados diretamente perante o empregador, e os membros dessa
comissão gozarão de estabilidade.
I - nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, por
três membros; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).
II - nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados,
por cinco membros; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).
III - nas empresas com mais de cinco mil empregados, por sete
membros. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).
69
Art. 510-D da CLT - O mandato dos membros da comissão de
representantes dos empregados será de um ano. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017).
O inquérito judicial é uma ação que apenas pode ser utilizada pelo empregador
em face de alguns empregados estáveis, que são:
1. Estável Decenal
2. Dirigente Sindical
70
É o rompimento do contrato de forma unilateral, por vontade própria.
Tipos de Resilição:
A) Dispensa SEM justa causa gera ao empregado as verbas que ele tem a receber:
- Aviso prévio
- Saldo de salário (incorporou ao patrimônio dele – é o que ele recebeu)
- Férias + 1/3 proporcionais
- 13° salário proporcional
- Multa dos 40° FGTS (levantamento)
- Guias de seguro desemprego (O governo fornece o seguro desemprego, quando
involuntário)
*Multa do art. 477, CLT
*Multa do art. 467, CLT
B) Pedido de demissão:
- Saldo de salário
- 13° salário proporcional
- Férias proporcionais + 1/3 -> mesmo que o empregado não tenha completado um ano
(Sumula 171 e 261 TST)
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“Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por
acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as
seguintes verbas trabalhistas:
I - por metade:
A) Dispensa por justa causa – do emprego (tem que ser de imediato, senão ocorre o
perdão tácito).
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Súmula 14 TST - Aviso prévio
- 13° salário proporcional
- Férias proporcionais
FGTS –> 20% - Lei do FGTS
- Improbidade.
- Incontinência de conduta; (sempre ligado ao cunho sexual) ou mau procedimento.
- Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador e que
gere concorrência a empresa; – (Não se aplica para empregada doméstica).
- Condenação criminal do empregado passado em julgado, caso não tenha havido
suspensão da execução da pena.
- Embriaguez habitual ou em serviço.
- Violação de segredo da empresa. (Não se aplica a empregada doméstica).
- Ato de indisciplina (descumprimento de regra geral – ex.: falta do uso de crachá, uso
de EPI, uniforme) ou insubordinação, (descumprimento de regra específica – ex.:
descumprimento de ordem direta do chefe).
- Abandono de emprego – mais de 30 dias (Sumula 32, TST).
- Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa –
salvo em caso de legítima própria ou de outros Ex.: racismo, assédio moral (vertical ou
horizontal).
- Ato lesivo (contra superior hierárquico) fora do serviço.
- Desídia (ato relapso, desinteresse).
- Perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da
profissão, em decorrência da conduta dolosa do empregado.
Art. 482 – Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho
pelo empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
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c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do
empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a
qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não
tenha havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra
qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em
caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra
o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
m) Perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o
exercício da profissão, em decorrência da conduta dolosa do empregado.
Ato de Improbidade
Assim a gente consegue resumir o ato de improbidade como todo ato ligado a
atividade desonesta.
74
O empregador. Aparelho de celular comercializado
pelo empregador, adquirido de outro empregado,
no local de trabalho, sem nota fiscal, sem “chip” e
abaixo do preço. Circunstâncias que, somadas,
permitiam saber que se tratava de objeto de origem
ilícita. Justa Causa configurada (improbidade).
Sentença mantida.
TRT 2ª Reg 11ª T., RO 01215-2005-003-02-00,
Rel. Eduardo de Azevedo Silva, DOE 12/09/06.
Notícias do TST
Internet
75
atestado, mas nada encontrou. Ainda segundo os advogados da
administradora, a trabalhadora foi chamada para esclarecer o
fato e, na ocasião, teria afirmado a falsidade do documento, até
mesmo assinando uma declaração de próprio punho nesse
sentido.
Logotipo do SUS
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TST
(Ricardo Reis/CF)
Processo: AIRR-96240-50.2007.5.03.0114
INCONTINÊNCIA DE CONDUTA
77
A princípio o empregador não pode e nem deve interferir na vida pessoal do
empregado e, a contrario sensu, a vida social do empregado também não pode
influenciar na relação de emprego. Os aspectos da vida privada do empregado são
irrelevantes para o empregador, salvo quando refletirem negativamente na empresa. Por
isso, o nexo causal entre a conduta social do trabalhador e o empregado é de extrema
importância, pois constitui exceção14.
MAU PROCEDIMENTO
Entretanto, para que seja desleal a concorrência, é necessário que ela afronte
expressamente o contrato, ou agrida o pacto inequivocamente implícito entre as partes,
ou, por fim, derive naturalmente, da dinâmica própria do empreendimento e do trabalho.
O segundo tipo legal do artigo 482, “c” da CLT, é bastante distinto do primeiro:
trata-se da negociação habitual por conta própria ou alheia, sem permissão do
empregador, quando for prejudicial ao serviço. Aqui, na verdade, o centro do tipo
jurídico não é o negócio feitou ou tentado, mas o distúrbio que causa sua tentativa ou
realização no ambiente laborativo. Em princípio, se não houver prejuízo ao serviço, não
há a infração.
Segundo Amauri Mascaro Incorre nesta justa causa o empregado que sofre
condenação criminal sem sursi (suspensão condicional da pena). Sendo, ainda,
desnecessário que os fatos que determinaram a condenação criminal sejam relacionados
79
com o serviço. Quando o réu não é concedido o sursis, em virtude do cumprimento da
pena privativa da sua liberdade de locomoção, não poderá continuar no emprego. A
empresa poderá despedi-lo, portanto, por justa causa. Desnecessário será que os fatos
que determinaram a condenação criminal estejam relacionados com o serviço. A
simples condenação sem sursi é o fundamento desta justa causa.
Para Godinho Na maioria das situações antes da Condenação Criminal, pode ter
havido prisão provisória do empregado, o que jamais ensejaria uma Justa Causa e sim
somente a suspensão do Contrato de Trabalho. É que a prisão meramente provisória não
extingue o contrato, embora inviabilize seu adimplemento pelo empregado; em
consequência, ocorre aqui a suspensão do pacto empregatício.
DESÍDIA
Antes de começar a conceituar o que vem a ser este motivo Justa Causa, é
necessário aclarar embriaguez que é:
80
causa – art. 482, f da CLT. De fato, a tese tem o respaldo de médicos, sociólogos, de
alguns juristas e da OMS (Organização Mundial de Saúde). Há, pelo menos, três
códigos para tipificá-las: 291 (psicose alcoólica), 303 (síndrome de dependência do
álcool) e 305.0 (abuso do álcool sem dependência).
81
do contrato de trabalho. Mesmo sendo uma doença de consequência
grave para a sociedade é motivo de rescisão contratual porque assim a
lei determina. O alcoolismo é um problema de alçada de Estado que
deve assumir o cidadão doente, e não, do empregador; que não é
obrigado a tolerar o empregado alcoólatra que, pela sua condição,
pode estar vulnerável a acidentes de trabalho, problemas de convívio e
insatisfatório desempenhos de suas funções. Revista conhecida e
desprovida. TST. 3ª RR 524378/1998, Rel. Min. Convocado Lucas
Kontoyanis.
Aliás, o Código Penal aponta como crime o ato de revelar a qualquer pessoa o
segredo de que tiver notícia, ou conhecimento, em razão do ofício, emprego ou
profissão – artigo 154 do CP. Também cometia crime quem “divulgasse ou explorasse,
sem autorização, quando a serviço de outrem, segredo de fábrica ou negócio, que lhe
fosse confiado ou de que tivesse conhecimento em razão do serviço” – art. 196, XII, do
CP, mas o artigo foi revogado pela Lei nº 9.279/96.
INSUBORDINAÇÃO E INDISCIPLINA
82
decorre da subordinação jurídica prevista no artigo 3º da CLT. Dentre as ordens
emanadas pelo empregador temos as “ordens gerais” e as ordens específicas”.
ABANDONO DE EMPREGO
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ATO LESIVO DA HONRA OU DA BOA FORMA PRATICADO NO SERVIÇO
CONTRA QUALQUER PESSOA, OU OFENSAS FÍSICAS, NAS MESMAS
CONDIÇÕES, SALVO EM CASO DE LEGÍTIMA DEFESA, PRÓPRIA OU DE
OUTREM;
O ato lesivo à honra e à boa fama praticados no serviço podem ser conceituados
como, de acordo com Vólia Bonfim
Portanto, a falta prevista se caracteriza por qualquer palavra ou gesto que ofenda
qualquer pessoa, colega, freguês, superior hierárquico, diretor, empregador ou sócio da
empresa, mesmo que não tenha os contornos dos tipos penais previstos no Código
Penal. A falta pode ocorrer dentro, fora ou nos arredores da empresa.
Admite-se também como Justa Causa a Ofensa Física na forma tentada contra o
empregador, superior hierárquico ou terceiros, desde que relacionadas com o serviço
prestado.
A tentativa de ofensa física já é passível de Justa Causa, mas recebe observar se
não houve legítima defesa, em caso de comprovação, não poderá ser demitido por Justa
Causa. E no caso desta demissão já ter ocorrido terá o empregador obrigação de
readmitir o empregado.
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Segundo Martins Dar-se-á justa causa quando o empregado continuadamente
pratica jogos de azar. Se a prática é isolada, uma única vez, ou poucas vezes, não há
justa causa. Há, por conseguinte, a necessidade da habitualidade para a confirmação da
falta grave em comentário. Pouco importa, porém, se o jogo é ou não a dinheiro.
São jogos de azar: jogo do bicho, loteria, raspadinha, corrida de cavalo, roleta, cartas,
bingo, rinha de galo, rifas não autorizadas, dominó.
Segundo Vólia “A falta grave aponta neste tipo legal refere-se à prática
constante de jogos de azar. Constante quer dizer habitual, costumeiramente, com
repetição. Por isso, o tipo caracteriza-se quando o empregado é contumaz ou viciado em
jogo fora do local de trabalho, mas, em virtude desta doença, traz consigo as
repercussões deste descontrole para o trabalho. O nexo de casualidade é necessário, sob
pena de não restar configurada esta falta.”
Pode-se concluir que a prática constante de jogo de azar no âmbito laboral tende
a afetar, sem dúvida, injustificadamente, regra geral, o ambiente de prestação de
serviços, ainda que sejam lícitos ou jogos.
Para Amauri Mascaro “A justa causa do empregado tem implicações quanto aos
direitos relacionados com a extinção do contrato. Despedido por justa causa, o
empregado perde o direito à indenização, aviso prévio, 13º salário proporcional e férias
proporcionais. O empregado sofre outra sanção: não poderá movimentar os depósitos do
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, que ficarão retidos para levantamento
posterior havendo causa superveniente.”
Segundo Carrion “Entende-se, também, que a justa causa pode ser cometida no
decorrer do aviso prévio, implicando a perda do restante do respectivo prazo, conforme
disposto no art. 491 da CLT”
Portanto, pode-se dizer que a extinção do contrato de trabalho por justa causa,
originada por qualquer um dos atos expressamente previstos em lei, exime o
empregador do pagamento dos direitos a que o empregado faria jus se fosse despedido
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sem justa causa, ou seja, a justa causa dada pelo empregado justifica ao empregador
romper o contrato de trabalho sem ônus para si.
- Não paga salário ou FGTS (03 meses – jurisprudência utilizada por analogia a lei dos
jogadores de futebol).
- Praticar ato lesivo – mesmo que não seja diretamente com a pessoa (pode ser ato
lesivo contra a família).
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários
aos bons costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor
excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a
afetar sensivelmente a importância dos salários.
Direitos na dispensa por justa causa, o empregado tem direito a:
- Saldo de salário
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Rescisão indireta: (juta causa do empregador), o empregado tem direito a:
Caso o empregado não cumpra, irá arcar com multa equivalente a um salário do
empregado (maior remuneração).
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III - considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como
variável determinante para fins de remuneração, formação profissional
e oportunidades de ascensão profissional;
Intervalo da Mulher
1. A mulher tem direito a dois intervalos de 30 minutos para amamentar seu filho
até que ele complete 6 meses de idade, a lei 13.467/2017, acrescentou o §2º ao
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art. 396 da CLT, em que deverá ter a determinação por acordo individual os
horários que serão gozados esses intervalos.
Para amamentar o seu próprio filho existirá locais destinadas à guarda dos filhos
das operárias, durante o período de amamentação, deverão possuir , no mínimo um
berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária
(art. 400 da CLT).
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Também é protegida ao menor a sua moralidade não sendo permitido qualquer
trabalho ao menor que venha prejudicar a sua moralidade
CONTRATO DE APREDIZAGEM
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O Contrato de aprendizagem é um contrato realizado por prazo determinado
entre empregado e empregador com duração máxima de 2 anos, para jovens com idade
entre 14 a 24 anos, excetuando o portador de deficiência o qual poderá ultrapassar tanto
a idade, como também os 2 anos.
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O contrato de aprendizagem poderá ser extinto de várias formas, entre elas : no
seu termo será extinto, bem como pela idade do aprendiz, ou até mesmo pelo seu
pedido. Vejamos o que traz o art 433 da CLT nesse sentido.
IV – a pedido do aprendiz
§ 2o Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de
extinção do contrato mencionadas neste artigo.
TRABALHO DOMÉSTICO
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Outra questão importantíssima trazida pela lc 150 foi que o trabalho domèstico
apenas poderá ser realizado pelos maiores de 18 anos, sabendo que o trabalho doméstico
é realizado como uma das piores formas de trabalho infantil.
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