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Licenciatura em Secretariado de

Direção e Administração

UC: Estratégica
Empresarial

2.º Semestre
2024

39
PARTE 1. ANÁLISE ESTRATÉGICA

40
1. Processo e Planeamento Estratégico

NÍVEIS DE GESTÃO

INSTITUCIONAL

INTERMÉDIO

OPERACIONAL

41
1. Processo e Planeamento Estratégico

GESTÃO / NÍVEIS / TAREFAS

Nível estratégico Processo de


gestão

Acções Acções
necessárias instruções
Nível táctico

Nível operacional Processo de logística Produtos ou


serviços
Recursos

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1. Processo e Planeamento Estratégico

DECISÕES ESTRATÉGICAS E DECISÕES CORRENTES

Decisões
Estratégicas
Gestão
de Topo
(de não rotina)

Gestão
Intermédia
Decisões
Correntes
Gestão Operacional (de rotina)

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1. Processo e Planeamento Estratégico

CARACTERÍSTICAS DAS DECISÕES ESTRATÉGICAS

Senso Crítico
Interdependência
Conflito sistémica

Decisões
Estratégicas
Iniciativa Incerteza

Criatividade Risco

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1. Processo e Planeamento Estratégico

ESTRATÉGIA

• Plano

• Linha de orientação

• Trajetória

• Visão

• Perspetiva

• Padrão de atuação

• Ajustamento viável oportunidades / recursos

• .....
45
1. Processo e Planeamento Estratégico

TRÊS DETERMINANTES NA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

O que a empresa quer fazer

Objectivos
(em sentido lato)

O que Ambiente Ambiente O que a


pode empresa
ser externo interno sabe
feito fazer

Oportunidades Pontos fortes


Ameaças Pontos fracos

Estratégia 46
1. Processo e Planeamento Estratégico

ESTRATÉGIA – 5 Ps
(Mintzberg)

Plano

Estratagema (ploy)

ESTRATÉGIA Padrão

Posição

Perspectiva

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1. Processo e Planeamento Estratégico

ESTRATÉGIAS PLANEADAS VS ESTRATÉGIAS EMERGENTES

O processo genérico da gestão estratégica tende a conduzir os gestores


para uma estratégia intencionada (de um modo geral, planeada)

Contudo,

• alterações (inesperadas) das condições do ambiente, ou


• novas informações entretanto disponíveis

acabam por levar as empresas a adotar estratégias emergentes.

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1. Processo e Planeamento Estratégico

FORMAÇÃO DA ESTRATÉGIA

Plano Emergência
(desenho)

versus

Top-down Bottom-up
49
1. Processo e Planeamento Estratégico

PROCESSO DA GESTÃO ESTRATÉGICA

Análise
Estratégica

Formulação
da Estratégia

Implementação
da Estratégia
50
1. Processo e Planeamento Estratégico

PROCESSO DA GESTÃO ESTRATÉGICA

Análise Formulação Implementação

Visão, missão e Identificar estratégias Planeamento e


objetivos alternativas Afectação de Recursos

Estrutura
Análise do ambiente Avaliar estratégias organizacional
externo alternativas Gestão da mudança
estratégica

Análise do ambiente Selecionar a melhor Controlo e avaliação


interno alternativa da estratégia

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1. Processo e Planeamento Estratégico

TRÊS PROCESSOS INTERLIGADOS NA GESTÃO ESTRATÉGICA

ANÁLISE

Gestão
Estratégica

IMPLEMENTAÇÃO FORMULAÇÃO

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1. Processo e Planeamento Estratégico
PROCESSO
GENÉRICO DA
GESTÃO
Analise do
ambiente interno ESTRATÉGICA
pontos fortes e
pontos fracos

Implementação
Missão, Análise Análise Formulação
visão e da Estratégia
SWOT Estratégica da Estratégia
objetivos Execução e controlo

Analise do
ambiente externo

oportunidades
e ameaças Como chegaremos lá?

Para onde vamos?

Onde estamos?
53
1. Processo e Planeamento Estratégico

GESTÃO, ESTRATÉGIA E GESTÃO ESTRATÉGICA

Gestão
A determinação dos objectivos
básicos de longo prazo e a adopção
Processo de se conseguir de vias de acção e "afectação" de
obter resultados com o recursos necessários para atingir
esforço de outros aqueles objetivos

Estratégia

Processo que traduz a forma


como os gestores tomam as
decisões necessárias à formação e
desenvolvimento da estratégia Gestão Estratégica 54
1. Processo e Planeamento Estratégico

QUATRO ATRIBUTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA

➢ A gestão estratégica engloba toda a organização

➢ Refere-se à pluralidade dos stakeolders que condicionam as decisões de


carácter estratégico

➢ Traduz a necessidade de incorporação da perspetiva de longo prazo com


a de curto prazo

➢ Reconhece o equilíbrio que deve existir entre eficácia e eficiência

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1. Processo e Planeamento Estratégico

DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA

PROCESSOS

1. Planeamento

2. Incrementalismo lógico

3. Político

4. Cultural

5. Visionário

6. Escolha forçada 56
1. Processo e Planeamento Estratégico

DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA

1. PLANEMANETO
Quando as estratégias resultam de formas de planeamento, por vezes
sofisticadas (1960/70)

2. INCREMENTALISMO LÓGICO
Alterações estratégicas em pequenos passos, face às alterações do
ambiente continuamente analisadas
Alteração do ambiente
Alteração da estratégia
da alteração
Intensidade

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Tempo ( t )
1. Processo e Planeamento Estratégico

DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA

3. POLÍTICO
A estratégia surge na sequência de um processo de negociações e
equilíbrios entre diferentes interesses e poderes (os stakeholders)

4. CULTURAL
A estratégia é essencialmente criada pelas pessoas influenciadas pelas suas
crenças e valores partilhados

58
1. Processo e Planeamento Estratégico

DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA

5. VISIONÁRIO
Visão = capacidade ("feeling") dos gestores visionarem, mais do que
planearem, o futuro das organizações.

A estratégia pode então resultar da visão dos seus gestores, sobretudo em


organizações dominadas por um líder carismático (ex: o fundador) ou em
situações de crise

6. ESCOLHA FORÇADA
Mudança estratégica impulsionada por forças exteriores à empresa e
desenvolvida de forma mais reativa do que proactiva

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1. Processo e Planeamento Estratégico

1. Planeada 2. Empreendedora 3. Ideológica 4. Guarda-Chuva


TIPOS DE
ESTRATÉGIA
V I

um plano formal, valores dentro das


visão pessoal do
liderança partilhados barreiras definidas
líder
centralizada pelo líder

5. Processo 6. Desconexa 7. Consenso 8. Imposta

Aspectos processuais originada em ajustamentos mútuos, por imposição


controlados pela enclaves não há intenções do ambiente
liderança centralizadas
60
1. Processo e Planeamento Estratégico

ESTRATÉGIA (definições)

A arte da guerra, em especial o planeamento de movimentos de tropas para posições


favoráveis; plano de ação ou política em negócio, política, etc.

A determinação de objetivos de longo prazo de uma empresa, e a adoção de cursos de


ação e afetação de recursos necessários para atingir esses objetivos.

O padrão ou plano que integra a sequência dos objetivos fundamentais, políticas e ações
de uma organização num conjunto coeso.

O padrão de objetivos, propósitos ou alvos e as políticas e planos para os alcançar,


estabelecidos de tal modo que definam qual é, ou vai ser, o negócio e que espécie de
empresa é ou vai ser.

A direção e o campo de ação de uma organização no longo prazo, que idealmente faz o
ajustamento dos seus recursos com o ambiente em mudança, em particular os seus
mercados e clientes, em ordem a satisfazer as expectativas dos seus stakeolders. 61
1. Processo e Planeamento Estratégico

ESTRATÉGIAS DELIBERADAS E EMERGENTES

D E
E E M
G
L m E
I u C
I p D R
P d a P o
B r e I G
l e r r n
E e s m E
a o d o s
R e c p N
n l a c e
A n o o T
D e ó e n E
d g n s
A a c s s
e i e t
d h s u
d c x a P
a u o a
P o a a U
v l
U r R
a a
R A
A
62
1. Processo e Planeamento Estratégico

ESTRATÉGIA / PLANEAMENTO ESTRATÉGICO


(Mintzberg)

ESTRATÉGIA PLANEAMENTO ESTRATÉGICO


Síntese Processo analítico

Informal, visionária Programado e formalizado


Pensamento divergente, intuição,
Análise quantitativa, rigidez
subconsciente
Tende a preservar as categorias
Criatividade
existentes

Eventuais pontos fracos do planeamento estratégico:

1. Previsão do futuro com base no passado


2. Dados Quantitativos → Estratégias de Custo
3. Pressuposto de que o processo de decisão estratégica pode ser formalizado

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1. Processo e Planeamento Estratégico

CARACTERÍSTICAS DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO

Focalizado Baseado na visão (para onde a empresa está indo) e na intenção


estratégica (o que a empresa se esforça por ser)

Baseia-se numa perspetiva sistémica


Vê a empresa como parte de um sistema alargado de criação de
valor e percebe as interligações com as restantes partes
Oportunista
Apreende antecipadamente as oportunidades que se apresentam
para a empresa

Orientação de longo prazo


Vai para além do presente. Entra vários anos no futuro e no que a
empresa pretende ser, face à sua intenção estratégica

Tem em conta o passado, o presente e o futuro


Não ignora o passado nem o presente. Aprende com o passado e
constrói o futuro sobre as realidades do presente.
Orienta-se por hipóteses
Um processo sequencial em que as ideias criativas são
criticamente avaliadas. Assume riscos e aprende com os erros 64
1. Processo e Planeamento Estratégico

BENEFÍCIOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA

➢ Consistência de Ação (conhecimento e concordância de objectivos e


finalidades)

➢ Gestão Mais Proactiva e consciente do ambiente em que a empresa


concorre

➢ Maior Envolvimento dos gestores e pessoal nos diversos níveis

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1. Processo e Planeamento Estratégico

OUTROS BENEFÍCIOS

• Assinala problemas antes que aconteçam

• Alerta para as mudanças e permite preparar as ações de resposta

• Clarifica a visão dos negócios por parte dos gestores

• Permite identificação e exploração de oportunidades

• Minimiza os efeitos negativos das condições adversas e das mudanças

• Estimula uma abordagem cooperativa, integrada e entusiástica dos problemas e das


oportunidades

• Dá à empresa uma vantagem sobre os concorrentes

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1. Processo e Planeamento Estratégico

EVOLUÇÃO DA GESTÃO ESTRATÉGICA


1950s 1960s - inic70 mead 70 - mead 80 Fins 80 - 90 2000s

Tema Planeamento Planeamento Posicionamento Vantagem Inovação estratégica e


dominante e controlo estratégico competitiva organizacional
orçamental

Principais Controlo Planeamento do Selecção de industrias e Foco nas fontes de Reconciliação da


aspectos financeiro crescimento . mercados. vantagens dimensão com flexibilidade
Diversificação Posicionamento para competitivas. e agilidade
Planeamento de liderança Desenvolvimento
carteira de
negócios
Principais Orçamento de Previsão médio e Análise da indústria. Recursos e Estratégias de
conceitos e capitais. longo prazo. Segmentação. capacidades. Valor cooperação.
ferramentas Planeamento Planeamento Curva da experiência. para o accionista. Complexidade e auto-
financeiro estratégico. SBU e análise de portfolio Gestão do organização.
Sinergia conhecimento. Responsabilidade social
Tecnologias da das empresas. Gestão do
informação conhecimento

Implicações Coordenação e Criação de Diversificação. Estruturas Reestruturações. Alianças e redes. Novas


para a gestão controlo departamentos de multidivisionárias e Reengenharia. formas de liderança.
operacionais e planeamento multinacionais. Maior Refocalização. Estruturas informais.
orçamentais estratégico. selectividade das Outsourcing. Organização virtual .
Fusões e industrias e dos Comércio electrónico Mais emergência
aquisições mercados Menos comando

(Adaptado de GRANT, Robert, Contemporary Strategic Management, 5th ed, Blakwell Publishing, 2005) 67
1. Processo e Planeamento Estratégico

MISSÃO

1. Definição básica do negócio e do objetivo fundamental da


empresa

• Qual é o nosso negócio, qual será e qual deveria ser?


• Quem é o nosso cliente? (O consumidor nem sempre é o nosso cliente)

2. Tradução em objetivos específicos

68
1. Processo e Planeamento Estratégico

MISSÃO

Tópicos/informações habitualmente contidas

➢ Tipo de produto ou serviço

➢ Mercados a que se dirige

➢ Objetivos genéricos da empresa

➢ Filosofia

➢ Autoconceito (visão de si-própria)

➢ Imagem pública

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1. Processo e Planeamento Estratégico

DEFINIÇÃO DA MISSÃO

Deve

➢ Ser suficientemente específica

➢ Basear-se mais nas necessidades dos consumidores do que nas


características dos produtos

➢ Refletir as competências-chave da organização

➢ Refletir as oportunidades e ameaças

➢ Ser atingível

➢ Ser flexível (para ter em conta as mudanças)


70
1. Processo e Planeamento Estratégico

DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO

Quem vamos O que vamos


satisfazer? satisfazer?
Grupos de Necessidades do
clientes Qual é o cliente
nosso
negócio?

Como vamos satisfazer


essas necessidades?
Competências
distintivas

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1. Processo e Planeamento Estratégico

DESENVOLVIMENTO DA MISSÃO
Foco
interno externo

PAPEL GERAL DOMÍNIO


alargada ▪ Em que áreas
▪ Que tipo de empresa queremos ser? - geográficas,
- de clientes,
- de tecnologia somos eficientes?
Gama de actividades

▪ Em qual dessas áreas queremos


trabalhar?

VALORES FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO

▪ O que é importante para nós? ▪ Em que somos bons?


▪ Como deve actuar o nosso pessoal? ▪ Em que somos maus?
▪ Como queremos ser conhecidos? ▪ Como somos percebidos?
estreita

▪ O que podemos fazer para fortalecer


ou alavancar a nossa posição?
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1. Processo e Planeamento Estratégico

COMUNICAÇÃO DA MISSÃO

COMUNICAÇÃO
No interior Percepção DA MISSÃO Percepção No exterior

Escolha de Investimento
atividades
Filosofia Valores M Nome Identificação

I
Ética Conceito Cultura S Slogans Imagem Consumo
próprio S
Ã
Significado Declar Declar Legitimação
Nivel de interna
O publica Filiação
empenhamento

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1. Processo e Planeamento Estratégico

EXEMPLO: VOLVO

Missão

➢ Criar valor para os nossos clientes, criando assim também valor para os
nossos acionistas

➢ Nós utilizamos o nosso conhecimento para desenvolver soluções de


transporte para clientes exigentes em sectores selecionados, com níveis
superiores de qualidade, segurança e respeito pelo meio ambiente

➢ Trabalhamos com energia, paixão e respeito pelas pessoas.

74
1. Processo e Planeamento Estratégico

EXEMPLO: LABORATÓRIOS DELTA (empresa farmacêutica)

Missão

➢ Criar, desenvolver e divulgar conceitos terapêuticos inovadores que


contribuam para o bem-estar e a qualidade de vida das populações, criando
riqueza para a Companhia e um espaço de realização para os seus
colaboradores.

75
1. Processo e Planeamento Estratégico

EXEMPLO: MERCEDES-BENZ

Missão

➢ A nossa missão é ser reconhecida como a maior fabricante e fornecedora


mundial de veículos comerciais, automóveis, agregados, componentes e
serviços. Trabalhamos para nos mantermos como o fornecedor número 1 de
uma linha completa de veículos comerciais de alta qualidade e de serviços
relacionados que excedam as expectativas do cliente. Buscamos
continuamente aperfeiçoar o nosso negócio de automóveis, fornecendo
veículos de alta performance e confiabilidade.

76
1. Processo e Planeamento Estratégico

EXEMPLO: PROCTER & GAMBLE

Missão
➢ Nós procuramos fornecer produtos que, pela sua qualidade e valor superior, melhor
satisfaçam as necessidades dos consumidores a nível mundial. Este propósito será
alcançado com uma organização e um ambiente de trabalho que:
o atraia o melhor pessoal
o desenvolva e desafie os nossos talentos individuais
o encoraje a nossa livre e intencionada colaboração para melhorar o negócio, e
o mantenha os princípios históricos da empresa de integridade e correta atuação

Através do sucesso na prossecução do nosso compromisso, esperamos que as nossas


marcas atinjam uma quota de liderança e uma elevada posição de proveitos que resultem
em prosperidade para o nosso negócio, o nosso pessoal e os nossos acionistas e, bem
assim, para as comunidades em que nos integramos

77
1. Processo e Planeamento Estratégico

MISSÃO, VISÃO E INTENÇÃO ESTRATÉGICA

Missão: declaração do propósito fundamental de uma organização e da


gama das suas operações em termos de produtos e mercados;

Visão: uma «aspiração ambiciosa» que desafia e motiva o pessoal


proporcionando um significado para, e uma realização do, seu trabalho.

Intenção Estratégica: alavancagem de todos os recursos, capacidades e


competências-chave de uma empresa para atingir os seus objetivos num
ambiente competitivo.

78
1. Processo e Planeamento Estratégico
FORÇAS QUE INFLUENCIAM A FORMULAÇÃO DA MISSÃO E
OBJETIVOS

Forças do ambiente: Recursos internos


stakeolders e poder

MISSÃO E
OBJECTIVOS

Valores dos Passado da


gestores empresa

79
1. Processo e Planeamento Estratégico

Stakeholders e relacionamento em empresas socialmente responsáveis

Stakeholders Contribuições Expectativas

Acionistas Capital Lucros e dividendos; Preservação do património

Salários justos; Segurança e saúde no trabalho;


Empregados Mão-de-obra; Criatividade; Idéias
Realização pessoal; Condições de trabalho

Fornecedores Mercadorias; Matérias primas Respeito pelos contratos; Negociação leal

Segurança dos produtos; Boa qualidade dos


Clientes Dinheiro; Fidelidade
produtos; Preço acessível; Publicidade honesta

Respeito pelo interesse comunitário; Contribuição


Comunidade / para a melhoria da qualidade de vida na
Infra-estruturas comunidade; Conservação dos recursos naturais
sociedade Proteção ambiental; Respeito pelos direitos das
minorias.

Governo Suporte institucional, jurídico e político Obediência às leis; Pagamento dos impostos

Concorrentes Competição; Referencial de mercado Lealdade na concorrência 80


1. Processo e Planeamento Estratégico

RAZÕES DA ALTERAÇÃO DA MISSÃO

➢ Alteração dos níveis de aspiração dos gestores

➢ Situação de crise

➢ Alteração das pretensões dos grupos de poder

➢ Alterações do próprio negócio

81
1. Processo e Planeamento Estratégico

OBJETIVOS / CARACTERÍSTICAS

➢ Especificidade

➢ Hierarquia

➢ Consistência

➢ Mensurabilidade

➢ Calendarização

➢ Desafio atingível (esforço + realismo)

82
1. Processo e Planeamento Estratégico

OBJETIVOS / GRUPOS

Organização --------------> maximizar os lucros, sobrevivência

Gestores -------------------> promoções, vencimentos, poder

Empregados --------------> remunerações elevadas , satisfação no trabalho

Governo --------------------> cumprimento das leis, cobrança de contribuições

Concorrência -------------> aumentar quota de mercado

Clientes --------------------> qualidade / preço mais baixo

Acionistas/Sócios -----> dividendos acrescidos

Sociedade -----------------> proteção do ambiente

Sindicatos -----------------> maior influência, melhores condições salariais 83


1. Processo e Planeamento Estratégico

GESTÃO POR OBJETIVOS

Gestão de topo (apoio e compromisso)

Objectivos longo prazo

Objectivos curto prazo

Objectivos individuais

Avaliação de resultados

Acções correctivas

84
2. Análise do Ambiente Externo

AMBIENTE EXTERNO DAS EMPRESAS

Análise PEST
AMBIENTE GERAL

Variáveis AMBIENTE Variáveis


político-legais COMPETITIVO Socio-culturais

Novos concorrentes

Clientes Rivalidade Fornecedores

Variáveis Variáveis
Produtos substitutos tecnológicas
Económicas

Estrutura da
indústria
(5 forças de Porter) 85
2. Análise do Ambiente Externo

ANÁLISE “PEST” (ambiente geral)

Variáveis POLÍTICO-LEGAIS Variáveis ECONÓMICAS

- Estabilidade do Governo - PNB (tendência)


- Legislação comercial - Taxa de juro
- Leis de protecção ambiental - Taxa de inflação
- Legislação fiscal - Nível de desemprego
- Legislação laboral - Custo (e disponibilidade) energia

Variáveis SOCIO-CULTURAIS Variáveis TECNOLÓGICAS

- Distribuição do rendimento - Investimento do governo


- Taxa de crescimento da- população - Foco no esforço tecnológico
- Distribuição etária da população - Velocidade de transferência
- Estilo de vida (e atuação) tecnólogica
- Tipo de consumo - Protecção de patentes
- Mobilidade social - Aumento de produtividade (através
da automação) 86
2. Análise do Ambiente Externo

MODELO DAS 5 FORÇAS DE PORTER (ambiente competitivo)

Ameaça de
novos
concorrentes

Poder negocial Rivalidade Poder negocial


dos na Indústria dos
fornecedores clientes

Ameaça de
novos
produtos
87
2. Análise do Ambiente Externo

AMEAÇA DE ENTRADA DE NOVOS CONCORRENTES

Barreiras à entrada
➢ Economias de escala
➢ Diferenciação do produto/imagem de marca
➢ Necessidades de fundos (elevados)
➢ Custos de mudança (de fornecedores...)
➢ Acesso aos canais de distribuição
➢ Know-how (patentes,...)
➢ Acesso favorável a matérias-primas
➢ Curva da experiência
➢ Política do governo
➢ Retaliação esperada

88
2. Análise do Ambiente Externo

PODER NEGOCIAL DOS CLIENTES

Determinantes
➢ Barreiras à entrada
➢ Concentração
➢ Volume das suas compras
➢ Inexistência de diferenciação (de produto)
➢ Custo de mudança
• Reduzidos (para o cliente)
• Elevados (para a empresa)
➢ Ameaça de integração a montante
➢ Informação disponível (s/ preços, procura)
➢ Produtos substitutos

89
2. Análise do Ambiente Externo

PODER NEGOCIAL DOS FORNECEDORES

Determinantes
➢ Concentração
➢ (Inexistência de) produtos substitutos
➢ Importância para o fornecedor do volume de compras da empresa
➢ Ameaça de integração a jusante
➢ Produtos diferenciáveis ou com elevados custos de mudança

PODER NEGOCIAL DOS FORNECEDORES

Determinantes
➢ Relação preço/rendimento ("performance")
➢ Custo de mudança
➢ Propensão do comprador para a aquisição de produtos substitutos
90
2. Análise do Ambiente Externo

ESTRATÉGIAS GENÉRICAS (Relação c/ 5 forças)

Estratégias
Genéricas Custo Diferenciação Foco
5 forças (Porter)
Habilidade para cortar Lealdade do cliente pode Foco desenvolve competências nucleares
Barreiras à preços desencorajar potenciais entraves que podem actuar como barreiras á
entrada entrada

Habilidade para oferecer Grandes clientes tem menos Grandes compradores têm menor poder
Poder negocial preços mais baixos poder se tiverem menos pois têm menos alternativas
clientes alternativas

Melhor isolamento do Capacidade para transferir para Fornecedor têm poder p/ reduzidos
Poder negocial poder dos fornecedores os clientes os aumentos de preços volumes, mas uma empresa
fornecedores dos fornecedores diferenciadora está melhor colocada para
transferir aum. de preços p/ os clientes
Possibilidade de reduzir Se os clientes diferenciam os Produtos especializados e core
Ameaça de preços p/ defesa contra atributos reduz-se a ameaça dos competências protegem contra substitutos
substitutos os substitutos substitutos

Melhor capacidade para Lealdade á marca conserva os Rivais não podem fazer foco -
Rivalidade competir no preço clientes em prejuízo dos rivais diferenciação nas necessidades dos
clientes
91
2. Análise do Ambiente Externo

GRUPOS ESTRATÉGICOS

Grupos Estratégicos: grupos de empresas que seguem estratégias semelhantes,


diferenciando-se por alguma ou algumas dimensões estratégicas

Dimensões Estratégicas: variáveis-chave que, numa indústria com um número


razoável de empresas, as diferencia.

Ex.º: níveis de publicidade, de investigação e desenvolvimento, posição de custo, diferenciação do


produto, diversidade da linha de produtos, e grau de integração vertical.

As empresas que constituem um grupo estratégico assemelham-se muito tendo,


geralmente, diferenças da rendabilidade reduzidas

92
2. Análise do Ambiente Externo

A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL MUNDIAL: GRUPOS ESTRATÉGICOS

Elevado
Ferrari
Lamborghini
Porsche Mercedes
BMW
Toyota
Audi
Ford
General
Preço Motors
Chrysler
Honda
Nissan

Hyundai
KIA

Reduzido
Reduzida Amplitude da linha de produtos Elevada
93
2. Análise do Ambiente Externo

ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA

Deve dar resposta às seguintes questões:

1. Quem são os nossos concorrentes? Qual o seu perfil?

2. Quais são os seus pontos fortes e pontos fracos?

3. Quais são os seus objetivos?

4. Que estratégias prosseguem e qual o grau de sucesso?

5. Como se comportam e, sobretudo, como reagem a movimentos ofensivos?

94
2. Análise do Ambiente Externo

IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL DE UM CONCORRENTE

4. Objetivos 1. Estratégia atual

Perfil do concorrente
- O concorrente está satisfeito com a sua posição actual?

- Que futuros movimentos se prevê que o concorrente faça?

- Em que segmentos ou áreas de tecnologia é o concorrente


mais vulnerável?

- Que acções da nossa parte poderão provocar uma


retaliação mais forte do concorrente?

3. Assunções 2. Capacidades
95
2. Análise do Ambiente Externo

OBJETIVOS

➢ Aceleração do crescimento do mercado

➢ Diminuição da rivalidade entre firmas existentes

➢ Diversificar em produtos relacionados

➢ Adicionar produtos complementares

➢ Integração vertical

➢ Aproximação a grupos estratégicos

➢ Entrada em novos mercados (segmentos)

➢ Alargar a atual linha de produtos


96
2. Análise do Ambiente Externo

OBJETIVOS

➢ Facilidade de entrada de novos concorrentes

➢ Incremento das vendas de produtos substitutos

➢ Abrandamento do crescimento do mercado

➢ Políticas governamentais adversas

➢ Crescimento da agressividade da concorrência

➢ Vulnerabilidade às recessões e ciclos económicos

➢ Aumento do poder negocial dos clientes e/ou fornecedores

➢ Alteração das necessidades/gostos dos consumidores


97
➢ Alterações demográficas adversas
2. Análise do Ambiente Externo

FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO

Em número relativamente reduzido (raramente mais do que três ou quatro);

Necessários para alcançar e manter uma vantagem competitiva numa determinada


indústria.

PODEM SER CONSTITUÍDOS POR:

• Capacidade ou talento especial

• Capacidade competitiva

• Algo que tem de ser feito para satisfazer os clientes

98
2. Análise do Ambiente Externo

EX: FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO NA INDÚSTRIA DA CERVEJA

➢ Utilização plena da capacidade de produção


(para manter baixos os custos de produção)

➢ Rede de distribuição forte


(acesso facilitado aos retalhistas)

➢ Publicidade agressiva e inteligente


(induzindo os consumidores de cerveja a adquirir uma marca em particular)

99
2. Análise do Ambiente Externo

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO / ORIGENS

➢ Características do ambiente geral

➢ Características da indústria

➢ Posição competitiva

➢ Especificidades da empresa

100
2. Análise do Ambiente Externo

OS 3 Cs DE KENICHI OHMAE

Cliente

valor valor

Empresa
Concorrência
(company)
custo

101
2. Análise do Ambiente Externo

ANÁLISE DOS FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

CLIENTES (análise da procura)

▪ Quem são
▪ Quais as suas necessidades
▪ Bases em que assenta a escolha do fornecedor A em vez do fornecedor B (análise
da cadeia de valor)

CONCORRENTES (análise da concorrência)

• Intensidade da rivalidade
• Dimensões-chave
• Como conseguir superior posição competitiva

102
2. Análise do Ambiente Externo

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO (exemplos) – Industria do Aço

CLIENTES CONCORRÊNCIA FACTORES CRÍTICOS


DE SUCESSO

Altamente Baseada fundamentalmente Eficiência de custos


sensíveis ao preço no preço através de economias de
escala das fábricas,
Exigem Intensa devido ao declínio custos de localização
fornecimentos da procura, elevados custos (reduzidos), capacidade
consistentes e de fixos, excesso de de resposta rápida, uso
confiança capacidade, importações a eficiente da mão de
baixo custo e elevadas obra.
Especificações barreiras á saída
técnicas bem Possibilidades de
definidas para Custos de transporte diferenciação através de
aços especiais elevados serviço de qualidade e
factores técnicos
Importância das economias
de escala
103
2. Análise do Ambiente Externo

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO (exemplos) – Industria da Moda

CLIENTES CONCORRÊNCIA FACTORES CRÍTICOS


DE SUCESSO

Procura fragmentada Reduzidas barreiras à Necessidade de conjugar


por tipo de vestuário,
estilo, qualidade, cor entrada e à saída uma efetiva
diferenciação com
Predisposição dos Concentração de operações de reduzido
clientes para pagar
prémio por moda, vendedores de baixo preço custo
exclusividade e
qualidade Economias de escala Variáveis-chave de
Mercado de massas reduzidas diferenciação : rapidez
altamente sensível ao de resposta às
preço Forte concorrência alterações da moda,
Retalhistas procuram internacional estilo, reputação e
confiança e rapidez no qualidade
abastecimento Distribuição (retalho) com
poder negocial elevado

104
2. Análise do Ambiente Externo

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO (exemplos) – Supermercados

CLIENTES CONCORRÊNCIA FACTORES CRÍTICOS


DE SUCESSO

Baixos preços. Mercados localizados e Baixo custo operacional


Localização concentração normalmente requer eficiência nas
“conveniente” elevada operações economias de
Gama alargada de
escala na armazenagem,
produtos Sensibilidade ao preço (no grandes volumes de
consumidor) encoraja forte compras para maximizar
Gama de produtos concorrência baseada no poder negocial de
adaptada às preço compras, reduzidos
preferências locais custos salariais
dos clientes Poder de negociação
Produtos “frescos”
altamente influente nos A diferenciação requer
custos (de inputs) grandes armazéns,
Limpeza, serviço e localização
ambiente agradável “conveniente”, facilidade
Economias de escala nas de estacionamento
operações e na publicidade 105
2. Análise do Ambiente Externo

OS TRÊS CÍRCULOS ESTRATÉGICOS


3. CONCORRENTES 2. CLIENTES
Oferta Necessidades (procura)

Procurar reduzir 3 Área de potencial

esta área e Diferença crescimento. Explorar

aumentar a área 2 5
7 Espaço em
Supérfluo branco
Procurar manter o
2
Paridade nível competitivo
1
Averiguar hipótese de 4 IDEAL
ajustamento da n/ oferta à
Excedente (sweet spot) Procurar crescer
tirando partido da
proc.Averiguar
dos consumidores
hipótese de
vantagem competitiva
ajustamento da n/ oferta à
procura dos consumidores
6
Averiguar hipótese de Supérfluo
ajustamento da n/ oferta à
procura dos consumidores
1. EMPRESA
Capacidades (n/ oferta) 106
2. Análise do Ambiente Externo

OS TRÊS CÍRCULOS ESTRATÉGICOS / ATUAÇÃO ESTRATÉGICA

1 – IDEAL: (sweet spot, posição ideal): Em vantagem competitiva, oferece algo único de que os
clientes necessitam. Procurar crescer tirando partido da vantagem competitiva

2 – PARIDADE: Sobreposição da n/ oferta com a dos concorrentes. Procurar manter o nível


competitivo

3 - DIFERENÇA: Concorrentes servem os consumidores e nós não. Tentar reduzir a vantagem


dos concorrentes. Procurar reduzir esta área e aumentar a área 2

4 - EXCEDENTE: N/ oferta em sobreposição com a dos concorrentes mas sem correspondência com
as necessidades dos consumidores

5 - ESPAÇO EM BRANCO: As necessidades dos consumidores não são satisfeitas. Área de


potencial crescimento. Explorar

6 e 7 - SUPÉRFLUO: Sem procura dos consumidores

4, 6 e 7 - Averiguar hipótese de ajustamento da n/ oferta à procura dos consumidores 107


3. Análise do Ambiente Interno

PONTOS FORTES

➢ Competência distintiva
➢ Adequados recursos financeiros
➢ Elevada aptidão para concorrer nesse mercado
➢ Boa imagem junto dos clientes
➢ Líder do mercado
➢ Áreas estratégicas funcionais bem concebidas
➢ Isolamento (algum grau) das fortes pressões da concorrência
➢ Titular de tecnologia
➢ Vantagens de custos
➢ Vantagens diferenciais/competitivas
➢ Capacidade de inovação
➢ Gestão experiente
108
3. Análise do Ambiente Interno

PONTOS FRACOS

➢ Falta de uma clara direção estratégica


➢ Posição competitiva em declínio
➢ Equipamento e instalações obsoletos
➢ Proveitos reduzidos porque...
➢ Gestão superficial e sem talento
➢ Falta de competência em áreas-chave
➢ Problemas internos operacionais
➢ Vulnerabilidade às pressões da concorrência
➢ Investigação e desenvolvimento sem sucesso
➢ Linha de produtos demasiado estreita
➢ Fraca imagem de mercado
➢ Desvantagem diferencial/competitiva
➢ Competência de marketing abaixo da média
➢ Incapacidade para financiar necessárias alterações de estratégia

109
3. Análise do Ambiente Interno

ANÁLISE SWOT

POSITIVO NEGATIVO

Interno
S converter W
Pontos fracos
Pontos fortes
reforçar minimizar / evitar

ajustar

Externo O converter T
Ameaças
Oportunidades
tirar proveito minimizar / evitar

110
3. Análise do Ambiente Interno

MATRIZ SWOT

Análise
Interna
S (Strengths) W (Weaknesses)
Análise
Externa Pontos fortes Pontos fracos

O SO WO
(maxi-maxi) (mini-max)
Tirar o máximo partido Minimizar os efeitos negativos
(opportunities) dos pontos fortes para dos pontos fracos e
aproveitar ao máximo as simultaneamente aproveitar as
Oportunidades
oportunidades detetadas oportunidades emergentes

T ST WT (mini-mini)
(maxi-mini)

Tirar o máximo partido Minimizar ou ultrapassar os


(threats) dos pontos fortes para pontos fracos e, tanto
Ameaças minimizar o efeito das quanto possível, fazer face
ameaças detetadas às ameaças 111
3. Análise do Ambiente Interno ANÁLISE
SWOT
ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO
Novos Ambiente
Políticas produtos competitivo

Ambiente Económicas Clientes Rivalidade Forneced.


geral
Sociais
Produtos
Tecnológicas substitutos

ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO


Inovação
Produção Cadeia de valor
Organização
Funções
Gestão Atividades de suporte
Marketing Atividades primárias
Finanças 112
3. Análise do Ambiente Interno

PROCESSO ESQUEMÁTICO DA CRIAÇÃO DE VALOR

Inputs Atividades Outputs

Recursos Competências Produtos


Físicos Competências- ou
Financeiros chave
Humanos Capacidades Serviços
Intelectuais Conhecimento

113
3. Análise do Ambiente Interno

VALOR ACRESCENTADO AO LONGO DA CADEIA (EX)

75
Evolução do valor acrescentado
50
100
25

FASE 1 FASE 2 FASE 3 FASE 4 FASE 5


0

Matérias primasOperações (inic) Assemblagem Distribuição Retalho


Fases do processo / cadeia de valor 114
3. Análise do Ambiente Interno

CADEIA DE VALOR

Infra-estruturas
Atividades de
Suporte Gestão dos recursos humanos

Investigação e desenvolvimento

MARGEM
Compras
Atividades
Primárias

Logística
Logística Marketing
de Operações Serviço
de outputs e vendas
inputs

115
3. Análise do Ambiente Interno

CADEIA DE VALOR

As relações entre estas atividades podem ser importantes fontes


de vantagens competitivas

A relação entre as cadeias de valor da empresa e do cliente pode


ser uma base para a decisão de redução de custos ou
diferenciação

Diferentes estratégias requerem diferentes capacidades e


recursos

116
3. Análise do Ambiente Interno

CADEIA DE VALOR

O sucesso de uma estratégia depende fundamentalmente do perfeito


entendimento das necessidades do comprador

Valor = montante que os compradores estão dispostos a pagar pelo que a


empresa lhes proporciona (pelas necessidades que a empresa lhes satisfaz)

Criar valor (para o comprador) que exceda os custos de o fazer é o objetivo


de qualquer estratégia genérica

Em vez do custo deve ser usado o valor para analisar a posição competitiva
de uma empresa

Muitas vezes as empresas, deliberadamente, aumentam os seus


custos para obterem um “prémio-preço” via diferenciação
117
3. Análise do Ambiente Interno

AVALIAÇÃO DA CADEIA DE VALOR DE UMA EMPRESA

ATIVIDADES PRIMÁRIAS

Logística de inputs

➢ Localização e funcionamento dos armazéns das matérias primas ou


mercadorias, e forma de minimizar o tempo de recolha e armazenamento
e otimizar a sua colocação nos locais de produção
➢ Funcionamento dos sistemas de controlo do inventário dos materiais,
matérias primas ou mercadorias
➢ Sistema de redução do tempo de envio de feedback aos fornecedores
➢ Layout dos armazéns tendo em vista a eficiência na recolha e
manuseamento das matérias recebidas
118
3. Análise do Ambiente Interno

AVALIAÇÃO DA CADEIA DE VALOR DE UMA EMPRESA

ATIVIDADES PRIMÁRIAS

Operações

➢ A eficiência das operações fabris, procurando minimizar os custos


➢ Adequado nível de automação da produção
➢ Qualidade dos sistemas de controlo da produção com vista à redução de
custos e elevação da qualidade
➢ Layout do edifício fabril e desenho do workflow adequados

119
3. Análise do Ambiente Interno

AVALIAÇÃO DA CADEIA DE VALOR DE UMA EMPRESA

ATIVIDADES PRIMÁRIAS

Logística de outputs

➢ Processos de carga e embarque eficazes de forma a permitir entregas


rápidas e minimização de deteriorações
➢ Processos eficientes de armazenamento dos produtos acabados
➢ Embarque dos produtos em lotes de tamanho adequado à redução dos
custos de transporte
➢ Qualidade do equipamento de manuseamento dos materiais que
permitam o cumprimento nas melhores condições das ordens de entrega

120
3. Análise do Ambiente Interno

AVALIAÇÃO DA CADEIA DE VALOR DE UMA EMPRESA

ATIVIDADES PRIMÁRIAS

Marketing e vendas

➢ Equipa de vendas competente e motivada;


➢ Abordagens inovadoras em relação às atividades de promoção e
publicidade;
➢ Seleção dos canais de distribuição mais adequados;
➢ Apropriada identificação dos segmentos de mercado e das necessidades
dos clientes.
➢ Lealdade à marca entre os consumidores

121
3. Análise do Ambiente Interno

AVALIAÇÃO DA CADEIA DE VALOR DE UMA EMPRESA

ATIVIDADES PRIMÁRIAS

Serviço

➢ Uso efetivo dos procedimentos para obter feedback dos clientes e utilizar
a informação
➢ Resposta rápida às necessidades dos clientes e emergências
➢ Aptidão para o fornecimento de componentes a substituir quando
requerido
➢ Gestão eficiente das componentes ou preços e inventariação do
equipamento
➢ Qualidade do serviço prestado e formação contínua do pessoal em
contacto com os clientes
➢ Apropriada política de garantias e apoios aos clientes 122
3. Análise do Ambiente Interno

AVALIAÇÃO DA CADEIA DE VALOR DE UMA EMPRESA

ATIVIDADES DE SUPORTE

Infraestruturas
Atividades de apoio: direção geral, planeamento, finanças, contabilidade, apoio legal relações com o
governo

➢ Sistema de planeamento eficaz


➢ Capacidade da gestão de topo
➢ Capacidade de obtenção de fundos a baixo custo
➢ Relacionamento positivo com os diversos grupos de stakeholders
➢ Capacidade para coordenar e integrar atividades transversais ao sistema
de valor
➢ Capacidade p/ inculcar a cultura organizacional, reputação e valores
123
3. Análise do Ambiente Interno

AVALIAÇÃO DA CADEIA DE VALOR DE UMA EMPRESA

ATIVIDADES DE SUPORTE

Investigação e desenvolvimento
Operações realizadas com o objetivo de melhorar o produto e os processos utilizados na sua
fabricação

➢ Iniciativas com vista à introdução de novos produtos


➢ O relacionamento colaborativo com os outros departamentos
➢ A procura do «estado da arte» em equipamentos e instalações
➢ O desenvolvimento de uma cultura de criatividade e inovação
➢ A procura da excelência na qualificação profissional do pessoal
➢ O desenvolvimento da capacidade para cumprir metas

124
3. Análise do Ambiente Interno

AVALIAÇÃO DA CADEIA DE VALOR DE UMA EMPRESA

ATIVIDADES DE SUPORTE

Compras
Aquisição dos inputs, necessários à fabricação dos produtos:

➢ Compras das matérias primas nas melhores condições de qualidade,


tempo e minimização dos custos
➢ Desenvolvimento de relações «ganha-ganha» com os fornecedores
➢ Desenvolvimento de procedimentos eficazes para a obtenção de serviços
de publicidade e utilização dos meios de comunicação
➢ Análise e seleção das fontes alternativas procurando minimizar a
dependência de um único ou de um grupo de fornecedores
➢ Capacidade para tomar decisões apropriadas leasing vs compra
125
3. Análise do Ambiente Interno

CADEIAS DE VALOR - INTERLIGAÇÕES

Concorrentes

Fornecedores EMPRESA Clientes

Concorrentes

126
ÁREAS DE COMPETÊNCIA ÁREAS DE COMPETÊNCIA
CADEIA DE VALOR
ESTRATÉGIAS DE DIFERENCIAÇÃO ESTRATÉGIAS DE CUSTO
ATIVIDADES PRIMÁRIAS
Controlo do custo dos materiais.
Controlo da qualidade dos materiais Tendência para compras em grandes
Logística de inputs quantidades

Controlo da qualidade dos outputs. Redução de custos de produção e


Operações Estabelecimento de standards elevados volumes de produção

Vendas (e relações com clientes) na base de Elevados volumes de vendas a partir de


tecnologias de qualidade, desempenho, publicidade e promoção
Marketing e vendas reputação, pontos de venda, etc.

Assegurar distribuição eficiente Manutenção de custos de distribuição


Logística de outputs reduzidos
Acrescentar valor ao produto pela qualidade e Serviço mínimo para manter custos
Serviço serviço diferenciado reduzidos

ATIVIDADES DE SUPORTE
Ênfase na qualidade Ênfase na eficiência e redução de custos
Infra-estruturas
Cultura e capacidades: qualidade, serviço ao Formação para reduzir custos
Recursos humanos cliente, desenvolvimento do produto

Desenvolvimento Desenvolv. novos produtos, melhoramento Redução custos de produção e elevação


qualidade dos produtos e serviço ao cliente da eficiência
tecnológico
Aquisição de recursos e materiais de qualidade Aquisição de recursos e materiais a
Compras elevada baixos custos. 127
3. Análise do Ambiente Interno

SISTEMA DE VALOR

Canal
Fornecedor Concorrente Clientes
distribuição

Canal
Fornecedor EMPRESA X Clientes
distribuição

Canal
Fornecedor Concorrente Clientes
distribuição

128
3. Análise do Ambiente Interno
CADEIAS DE VALOR E SINERGIAS HORIZONTAIS, VERTICAIS E
INTERNAS

cadeias de valor
parceiros
(no mesmo estádio)
Sinergias horizontais

cadeias de valor cadeias de valor


empresas a cadeia de valor empresas a jusante
montante empresa X

Sinergias verticais
Sinergias internas (entre as suas
Referencial: atividades)
cadeias de valor dos
concorrentes

129
3. Análise do Ambiente Interno

REDE DE VALOR

Complementares

Fornecedores EMPRESA Clientes

Concorrentes

130
3. Análise do Ambiente Interno

CADEIAS DE VALOR - COMPLEMENTARIDADES

+ =

131
3. Análise do Ambiente Interno

ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO - FUNÇÕES

INOVAÇÃO PRODUÇÃO ORGANIZAÇÃO

Investigação Estrutura de custos Estrutura da organização


Tecnologias Equipamento Rede de comunicação
Lançam.novos produtos Layout Motivação do pessoal
Patentes Acesso a matérias primas

GESTÃO MARKETING FINANÇAS

Qualidade dos gestores Linhas de produtos Liquidez


Lealdade / rotação Marcas e segmentação Solvabilidade
Qualidade das decisões Distrib. e força de vendas Autonomia financeira
Serviço Acesso a capitais 132
3. Análise do Ambiente Interno

RECURSOS (TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS)

Recursos tangíveis

➢ Financeiros
➢ Físicos
➢ Tecnológicos
➢ Organizacionais

Recursos intangíveis

➢ Humanos
➢ Inovação e criatividade
➢ Reputação
133
3. Análise do Ambiente Interno
RECURSOS, CAPACIDADES, COMPETÊNCIAS E VANTAGENS
COMPETITIVAS
Competências distintivas

Vantagens competitivas

Competências nucleares

Competências

Capacidades

Recursos 134
3. Análise do Ambiente Interno
RECURSOS, CAPACIDADES, COMPETÊNCIAS E VANTAGENS
COMPETITIVAS
➢ RECURSOS: inputs no processo de produção.

➢ CAPACIDADES: aptidões para desenvolver tarefas ou atividades com base na utilização, de uma
forma integrada, dos recursos da empresa.

➢ COMPETÊNCIAS: atividades que uma empresa aprendeu a desempenhar bem; aptidões para
manter a coordenação de recursos e capacidades para atingir os objetivos pretendidos.

➢ COMPETÊNCIA NUCLEAR: atividade central (não periférica ou casual) que a empresa


desempenha melhor do que as outras atividades e que é fundamental para a estratégia
pretendida

➢ VANTAGEM COMPETITIVA: aptidão de uma empresa para ser melhor (em algum aspeto) que
os seus rivais

➢ COMPETÊNCIA DISTINTIVA: competência que torna a empresa superior e representa,


portanto, uma fonte de vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes
135
3. Análise do Ambiente Interno

COMPETÊNCIA – CHAVE (NUCLEAR, CENTRAL, CORE-COMPETENCE)

1. Capacidade da organização que pode ser usada transversalmente em


produtos ou negócios diversos

2. Muda mais lentamente do que os produtos que torna possível

3. Desenvolve-se a partir da aprendizagem coletiva

4. Desafio para aquisição de aptidões geradoras de vantagens competitivas

136
3. Análise do Ambiente Interno

CORE COMPETENCIES - UM VALIOSO RECURSO DA EMPRESA

➢ Uma competência torna-se uma core competence quando a bem


executada atividade é central para a competitividade e rendabilidade da
empresa

➢ Muitas vezes, uma core competence resulta da colaboração entre as


diferentes partes de uma empresa

➢ Tipicamente, as core competencies residem nas pessoas da


empresa e não nos ativos que aparecem no balanço patrimonial

➢ Potencial valiosa capacidade competitiva para a empresa, representa


um verdadeiro ativo competitivo
137
3. Análise do Ambiente Interno

VANTAGEM COMPETITIVA

Competência para criar mais valor do que os concorrentes

➢ Oferecer algo que seja:


• diferente (em relação aos concorrentes) e
• que os consumidores valorizem

➢ É o resultado de fazer algo diferente e/ou melhor que os concorrentes

➢ Se todas as empresas oferecessem o mesmo, não haveria vantagens


competitivas

138
3. Análise do Ambiente Interno

VANTAGEM COMPETITIVA SUSTENTÁVEL / ANÁLISE VRIO

Vantagens competitivas sustentáveis: vantagens competitivas que


uma empresa consegue manter ao longo do tempo.

Para que um recurso ou capacidade se converta numa vantagem


competitiva sustentável, deve satisfazer os requisitos da análise VRIO:

Valioso: permite explorar uma oportunidade e/ou neutralizar uma ameaça?


Raro: controlado por um pequeno número de empresas concorrentes?
Inimitável (ou difícil de imitar): As empresas sem esse recurso enfrentam
problemas de custo para obtê-lo ou para desenvolvê-lo?
Organização adequada (políticas e processos) à exploração desse recurso:
a empresa, de forma consistente, colhe os respetivos proveitos? 139
3. Análise do Ambiente Interno

INSTABILIDADE DO AMBIENTE

As empresas têm de lidar com permanentes alterações do ambiente (como os ciclos de


vida cada vez mais curtos) e as suas repercussões no comportamento dos outros dois
elementos do triângulo estratégico (clientes e concorrentes)

Cada vez mais


exigente Cliente
Cada vez mais
valor valor imprevisível

Empresa
Concorrência
(company) custo

Necessidade de
permanente vigilância 140
3. Análise do Ambiente Interno

CAPACIDADES DINÂMICAS

➢ As competências não se desgastam com o uso; pelo contrário, o uso


desenvolve-as.
➢ Mas a posse de uma vantagem competitiva não vai ser permanente.
➢ A sustentabilidade não é definitiva, a estabilidade não é a regra.
➢ Necessário manter uma postura de vigilância e mudança permanente.

CAPACIDADES DINÂMICAS: capacidades de uma empresa para


renovar competências, colocando-a em linha com as mudanças do
ambiente

Habilidades da empresa para integrar, construir e reconfigurar competências


internas e externas para rapidamente fazer face às alterações do
ambiente
141
3. Análise do Ambiente Interno

VANTAGENS COMPETITIVAS TRANSITÓRIAS

➢ Para obviar ao desgaste das vantagens competitivas, é sugerido o


conceito de vantagem competitiva transitória

➢ Traduz-se no lançamento relativamente rápido de novas iniciativas


estratégicas, criando um portfólio de vantagens que, também com
relativa rapidez, pode ser alterado

➢ Embora individualmente temporárias, tendo como base um portfolio de


vantagens, podem manter a empresa na vanguarda no longo prazo

142
3. Análise do Ambiente Interno AMBIENTE EXTERNO / AMBIENTE
INTERNO / AJUSTAMENTO

Ambiente externo SWOT Ambiente interno

Ambiente Análise PEST Recursos Inputs


Geral
c
Capacidades Integração a
dos recursos d
Ambiente Indústria
Competitivo mod 5 forças e
F
Competências Capacidades i
desenvolvidas u
a
n
Grupos Grupos mesma
Estratégicos estratégia ç
Competências Capacidades d
õ
nucleares estratégicas… e
e
Concorrentes Análise do s
Vantagens Aptidão p/ ser v
+ Próximos concorrente a
competitivas sup concorrent
l
o
Factores críticos Análise Vantag Competit Análise
r
de sucesso 3 Cs (K.Ohmae) sustentáveis VRIO 143
Modelo de I/O (organização industrial) vs modelo baseado nos recursos
OUTSIDE – IN INSIDE – OUT
Ambiente externo Analisar Identificar Recursos

Indústria atractiva Identificar Determinar Capacidades

Formulação da estratégia Seleccionar Determinar Vantagem competitiva

Desenvolver Activos e capacidades Indústria atractiva Identificar


ou adquirir

Utilizar os activos e Implementação da Formulação e imple- Selecc. e implementar a


capacidades para estratégia mentação da estratégia que melhor
implementar a estratégia utilize os recursos e
estratégia capacidades

Retornos
superiores 144 144
3. Análise do Ambiente Interno

AUDITORIA DOS RECURSOS HUMANOS

1. Número de empregados: total, por departamento, local de trabalho, nível na hierarquia, tipo de
competência, idade, tempo de serviço, género, etc.

2. Custos da mão de obra: total, por atividade, departamento, etc.

3. Estrutura organizacional

4. Procedimentos relativos ao recrutamento, seleção e vínculo

5. Qualidade e eficácia dos programas de formação e desenvolvimento usados

6. Nível de motivação e moral dos empregados

7. Qualidade das relações entre empresa e empregados

8. Redes internas e externas desenvolvidas pela empresa e sua eficácia


145
9. Políticas de recursos humanos, procedimentos de controlo e sua eficácia
PARTE 2. FORMULAÇÃO DA ESTRATÉGIA

146
2. Estratégias de Negócio

ESCOLHAS ESTRATÉGICAS

Análise Externa Análise Interna

Escolhas
estratégicas

Nível do Nível da
negócio organização

Como concorrer Quais os


neste negócio? negócios
147
2. Estratégias de Negócio

CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS

DA EMPRESA (globais)

1. De crescimento
➢ Concentração (Desenvolvimento de mercado / Desenvolvimento do produto / Integração horizontal)
➢ Integração vertical (A montante / A jusante / Diversificação)

2. De estabilidade

3. Defensivas
➢ “Turnaround”
➢ Desinvestimento
➢ Liquidação

4. Combinadas

DO NEGÓCIO

1. Liderança pelo custo


2. Diferenciação (do produto ou do serviço) 148
3. Foco
2. Estratégias de Negócio

ESTRATÉGIA DA ORGANIZAÇÃO E ESTRATÉGIAS DO NEGÓCIO

ESTRATÉGIA

Estratégia do negócio 1

Estratégia do negócio 2

Estratégia do negócio 3

DA OR
GANIZ A ÇÃ O
( “C O R P O R A T E ” )
149
2. Estratégias de Negócio

A NATUREZA ITERATIVA DA ANÁLISE ESTRATÉGICA

Análise Análise
Análise do Posição
preliminar da sumativa da
negócio estratégica
organização organização

Revisão contínua até se esgotarem as hipóteses viáveis

150
2. Estratégias de Negócio

FONTES DE VANTAGEM COMPETITIVA

VANTAGEM
de CUSTO

VANTAGEM
COMPETITIVA

VANTAGEM de
DIFERENCIAÇÃO

151
2. Estratégias de Negócio

AS TRÊS ESTRATÉGIAS GENÉRICAS DE PORTER

Vantagem competitiva
Custo Diferenciação

Alargado
1. Liderança em 2. Diferenciação
custos
Mercado

3. Foco
Liderança em custos Diferenciação
Restrito

152
2. Estratégias de Negócio

BENEFÍCIOS DE UMA ESTRATÉGIA DE LIDERANÇA EM CUSTOS

➢ Proveitos mais elevados (custos mais baixos)

➢ Possibilidade de aumento das vendas e quota de mercado (se existir


significativa elasticidade da procura)

➢ Possibilidade de entrada em novo mercado (com preços inferiores aos


praticados pelos concorrentes instalados)

➢ Criação de uma adicional barreira à entrada na indústria

153
2. Estratégias de Negócio
POTENCIAIS PROBLEMAS DE UMA ESTRATÉGIA DE LIDERANÇA EM
CUSTOS
Focalização excessiva em uma ou poucas das atividades da cadeia de valor (fixação nos
custos de produção esquecendo outros e as relações entre atividades)

Facilidade de imitação (os concorrentes a fazer o mesmo, melhor e mais barato)

Possibilidade de erosão da vantagem de custo (rapidez na circulação de informações


sobre preços e outras condições, ou obsolescência do equipamento)

Partilha de matéria-prima ou outro fator de produção com concorrentes; (as subidas de


preços podem ocasionar maiores desvantagens nuns do que noutros)

Falta de paridade na diferenciação (a vantagem de custo parte do pressuposto que


não existe diferenciação. Se esta vier a existir, a vantagem de custo perde importância)

154
2. Estratégias de Negócio

VANTAGENS DE CUSTO - PEQUENA VS GRANDE EMPRESA

Curva do custo unitário de uma Curva do custo unitário de uma


empresa especializada em empresa com uma estratégia de
pequenas encomendas de elevado volume e custo
acordo com as necessidades do reduzido
cliente

Custo unitário
Vantagem de custo da
grande empresa

Vantagem de custo da
pequena empresa

Produção por unidade de tempo

155
2. Estratégias de Negócio

VANTAGENS DE CUSTO - PEQUENA VS GRANDE EMPRESA

Sistemas de informação de Poucos níveis de Práticas simplificadas de


gestão eficientes p/ redução gestão p/ reduzir planeamento p/ reduzir custos
de custos custos gerais de planeamento

Políticas consistentes p/ reduzir custos de Programas de formação intensiva para


rotação dos empregados melhorar a produtividade do trabalho

Uso de tecnologias de produção de Desenvolver capacidades em engenharia de


fácil utilização processos para reduzir custos de produção
Políticas orientadas para a compra de
matérias primas de menor custo ( e Avaliação frequente dos fornecedores e
qualidade aceitável) partilha de custos com outras SBU

Sistemas Uso eficiente do Programação de Equipa de vendas Serviço de reparações


eficientes para controlo de entregas reduzida e orientado para
receber as qualidade para orientada para a altamente treinada reduzir a
matérias primas e minimizar redução de custos frequência
sincronizar as defeituosos e Produtos com das
entregas dos desperdícios Utilização de preços geradores reclamações
fornecedores com transportes que de volumes de e devoluções
os processos de Tirar partido de minimizem os vendas
produção da economias de custos significativos
empresa escala

156
2. Estratégias de Negócio

FORMAS DE DIFERENCIAÇÃO

Produto (superior à concorrência / design, tecnologia, desempenho, etc)

Serviço (pós-venda de qualidade superior)

Canais de distribuição de nível superior (ex: localização – caso do sector


de retalho)

Marca forte, apoiada em design, inovação, publicidade, etc

Embalagem e entrega diferenciada ou de qualidade superior, etc

157
2. Estratégias de Negócio
CONTRIBUTOS DA CADEIA DE VALOR PARA UMA ESTRATÉGIA DE
DIFERENCIAÇÃO
Sistemas de informação de gestão desenvolvido Ênfase em todos os sectores
para um melhor entendimento das preferências da empresa na importância
do cliente da qualidade

Programas de remuneração destinados a atrair Formação para assegurar elevada


talentos e a incentivar a criatividade orientação de serviço ao cliente
Pesquisa e desenvolvimento de Investimento em equipamento e capacidade
tecnologias adequadas ao fabrico de de manuseamento de equipamento
produtos diferenciáveis tecnologicamente evoluído

Políticas orientadas para a compra de matérias Aquisição de peças de substituição


primas de elevada qualidade de alta qualidade

Manuseamento Flexibilidade na Processamento Programas de Resposta rápida às


adequado das produção e rapidez das encomendas publicidade solicitações dos
matérias primas na resposta às caracterizado pela inovativos clientes
de modo a solicitações eficácia e rapidez
minimizar danos e específicas dos Desenvolvimento de Stock de
melhorara clientes Entregas rápidas relações substituição
qualidade do e oportunas aos personalizadas com de peças e
produto final Taxa de clientes clientes chave materiais
defeituosos sem
reduzida roturas

158
2. Estratégias de Negócio

MODELO DAS 5 FORÇAS DE PORTER (ambiente competitivo)

Ameaça de
novos
concorrentes

Poder negocial Rivalidade Poder negocial


dos na Indústria dos
fornecedores clientes

Ameaça de
novos
produtos 159
2. Estratégias de Negócio

CADEIA DE VALOR

Atividades de Infra-estruturas
Suporte
Gestão dos recursos humanos

Investigação e desenvolvimento

MARGEM
Compras
Atividades
Primárias

Logística
Logística Marketing
de Operações Serviço
de outputs e vendas
inputs

160
2. Estratégias de Negócio

BENEFÍCIOS DE UMA ESTRATÉGIA DE DIFERENCIAÇÃO

Retornos acima da média pela criação de mecanismos de defesa contra as ameaças


identificáveis pelo modelo das 5 forças de Porter

Menor exposição aos malefícios da rivalidade/por elevação das barreiras á


entrada

Acréscimo de poder negocial em relação aos clientes, (reduz as alternativas /menor


sensibilidade dos clientes às alterações de preço)

Aumento do poder negocial em relação aos fornecedores (prestígio geralmente


associado ao fornecimento de empresa bem diferenciada);

Menores hipóteses de ameaças de substitutos, em função do grau de lealdade dos


clientes superior (ex: localização – caso do sector de retalho)

161
2. Estratégias de Negócio

POTENCIAIS PROBLEMAS DE UMA ESTRATÉGIA DE DIFERENCIAÇÃO

A diferença não representar grande valor (não chega ser diferente, é necessário que
o cliente valorize essa diferença)

Demasiada diferenciação (preço-prémio demasiado elevado); o cliente pode preferir


diferenciação menor com menor preço decidida por outros concorrentes

Diferenciação de fácil imitação (em pouco tempo a entrada de novos concorrentes


pode ser uma realidade)

Diluição da marca através da extensão das linhas de produtos (adição a uma marca
prestigiada produtos ou serviços de menor preço e inferior qualidade)

Diferenças de perceção da diferenciação (contrariando a empresa, os clientes não


consideram os produtos diferenciados em relação aos concorrentes)

162
2. Estratégias de Negócio

ESTRATÉGIA DE FOCO

UMA ESTRATÉGIA DE FOCO IMPLICA

➢ Identificação de um adequado grupo de clientes/segmento de mercado

➢ Identificação das necessidades específicas desse grupo

➢ Averiguar se esse segmento de mercado tem dimensão suficiente para sustentar o


negócio

➢ Capacidade técnica e de produção que vá ao encontro das específicas necessidades do


grupo

➢ Decisão quanto à base do foco: custos ou diferenciação

163
2. Estratégias de Negócio

QUATRO ESTRATÉGIAS GENÉRICAS DE NEGÓCIOS

Vantagem competitiva
Custo Diferenciação

1. Liderança em 2. Diferenciação
Alargado custos

4. Integração
Mercado

Baixo Custo com


Diferenciação
Restrito

3. Foco
Liderança em custos Diferenciação

164
2. Estratégias de Negócio
EXEMPLO DE ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO BAIXO CUSTO C/
DIFERENCIAÇÃO

UMA ESTRATÉGIA DE FOCO IMPLICA

➢ Combinação de custo e diferenciação

➢ Produção flexível

➢ Piscina de proveitos

➢ Estratégia do oceano azul

➢ Redes de empresas

165
2. Estratégias de Negócio
BENEFÍCIOS DE UMA ESTRATÉGIA DE INTEGRAÇÃO
BAIXO CUSTO C/ DIFERENCIAÇÃO

➢ Melhores condições de adaptação rápida às mudanças do ambiente

➢ Maior dificuldade de imitação por parte dos concorrentes

➢ Os benefícios podem ser aditivos: qualidade superior pode conduzir a redução de custos

➢ Pode ficar demasiado caro

➢ A empresa pode ser tentada a subavaliar os desafios

➢ Eventual subavaliação das despesas necessárias para uma perfeita coordenação das
atividades geradoras de valor ao longo da cadeia

166
2. Estratégias de Negócio

CICLO DE VIDA DE UM PRODUTO

Declínio
Vendas / resultados
Maturidade

Crescimento VENDAS

Iniciação

RESULTADOS

Tempo
167
2. Estratégias de Negócio

CICLO DE VIDA DO PRODUTO/CARACTERÍSTICAS DAS FASES

Introdução Crescimento Maturidade Declínio


Tx. crescimento do Reduzida Muito elevada Reduzida a moderada Negativa
mercado

Estratégias genéricas Diferenciação Diferenciação Diferenciação Custo


Custo Foco
Número de segmentos Muito poucos Alguns Muitos Poucos

Intensidade da Reduzida Em crescimento Muito intensa Em alteração


concorrência
Ênfase no design do Muito elevada Elevada Reduzida a moderada Reduzida
prod.
Ênfase no processo Reduzida Reduzida a Elevada Reduzida
moderada
Área funcional em Pesquisa e Vendas e marketing produção Gestão geral e
evidência desenvolvimento financeira

Objectivo principal Aumentar Criar procura do Manter quota de Consolidar, manter,


conhecimento do cliente mercado e alargar cicl colher ou sair
mercado vida do produto
168
2. Estratégias de Negócio

ORIENTAÇÕES ESTRATÉGIAS – LÍDER/SEGUIDOR

Posição
Compet.
LÍDER SEGUIDOR
(grande participação) (reduzida participação)
Fases
- Investir em pesquisa e
desenvolvimento - Ir no "vácuo" da empresa
Introdução líder
- Lançar novos produtos

- Investir para aumentar


- Reduzir preços para desencorajar
participação no mercado
Crescimento concorrentes
- Concentrar-se num segmento
- Utilizar toda a sua capacidade
que pode ser dominado

- Retirar-se do mercado ou
- Manter a participação no mercado,
manter a quota sustentando
Maturidade melhorando a qualidade, aumentando
preços e custos abaixo do(s)
o esforço de vendas, divulgando
líder(es

- Maximizar o fluxo de caixa,


Declínio reduzindo o investimento e as - Retirar-se do mercado
despesas de desenvolvimento

169
2. Estratégias de Negócio

FIRST MOVERS/LATE MOVERS

FIRST – MOVERS

As empresas que tiveram a ação competitiva inicial podem conseguir eventuais


vantagens competitivas (lealdade dos clientes ou quota de mercado resultantes da atuação
empreendedora e inovadora)

LATE – MOVERS

Empresas que respondem a uma ação competitiva de uma empresa inovadora mas só
depois de saber a aceitação do produto ou serviço

170
2. Estratégias de Negócio

CICLO DE VIDA LONGO, RÁPIDO, PADRÃO

CICLO DE VIDA LONGO (ou lento)

Ex.º: a IBM que, durante décadas, dominou o mercado dos grandes computadores,
absorvendo a generalidade das iniciativas inovadoras das empresas mais pequenas

CICLO RÁPIDO

Exº: a Gillette que gere o lançamento ritmado de novos produtos antes que a concorrência
se antecipe, encurtando assim o ciclo de vida dos seus produtos

171
2. Estratégias de Negócio

CICLO DE VIDA LONGO, RÁPIDO, PADRÃO

A duração do ciclo de vida não é igual em todas as indústrias ou produtos

CICLO DE VIDA LONGO (ou lento)


Indústrias com posições competitivas próximas de monopólio, em que os recursos estão de algum
modo protegidos e as pressões competitivas não penetram prontamente nas fontes de
competitividade

CICLO DE VIDA RÁPIDO


Como uma vantagem competitiva não pode ser sustentada por muito tempo, a empresa inovadora
lança sistematicamente novas iniciativas, mesmo canibalizando os seus produtos, antecipando-se
assim á concorrência.
(ex: o time-pacing)

CICLO DE VIDA PADRÃO


Nos mercados que mais se ajustam á aplicação do modelo das cinco forças, as vantagens
competitivas são parcialmente sustentáveis, a imitação implica custos embora por vezes moderados e
as empresas procuram aumentar a quota de mercado e a fidelidade dos clientes.
172
2. Estratégias de Negócio

CICLO DE VIDA / TIPO DE INDÚSTRIAS

VENDAS

Indústria
Indústria fragmentada
emergente Indústria
Vendas

em declínio
Indústria
concentrada

Iniciação Crescimento Maturidade Declínio

Tempo

173
2. Estratégias de Negócio

MODELOS DE NEGÓCIO

Alterações do ambiente /globalização e novas tecnologias

Mais, melhor e mais rápida informação/maior grau de exigência dos clientes

Novas formas de fazer negócio/novos modelos de negócio

MODELO DE NEGÓCIO

➢ A forma adotada por uma empresa para criar e agregar valor para os clientes e converter
os pagamentos recebidos em lucro

➢ Uma espécie de descritivo da criação e apropriação de valor nas organizações com fins
lucrativos

174
2. Estratégias de Negócio

LOCALIZAÇÃO DO MODELO DE NEGÓCIO NUMA EMPRESA

Estratégia

Modelo de negócio

Estrutura organizacional e Processo do Tecnologias de informação e


financeira negócio comunicação

175
2. Estratégias de Negócio

MODELO DE NEGÓCIO GENÉRICO (CANVAS)

176
2. Estratégias de Negócio

MODELO DE NEGÓCIO GENÉRICO (CANVAS)

Proposta de valor: o que a empresa vai oferecer para o mercado que realmente terá valor para os
clientes;

Segmento de clientes: quais segmentos de clientes que serão o target da empresa;

Canais: como o cliente compra e recebe seu produto e serviço;

Relacionamento com clientes: como a sua empresa se relacionará com cada segmento de clientes;

Atividade-chave: quais são as atividades essenciais para que seja possível entregar a Proposta de Valor;

Recursos principais: são os recursos necessários para realizar as atividades-chave;

Parcerias principais: são as atividades-chave e sinergias realizadas complementar e os recursos


principais adquiridos fora da empresa;

Fontes de receita: são as formas de obter receita por meio de propostas de valor.

Estrutura de custos: São os custos relevantes necessários para que a estrutura proposta possa funcionar.
177
178
2. Estratégias de Negócio

MODELO DE NEGÓCIO E ESTRATÉGIA

Modelo de negócio e estratégia são conceitos interligados mas


distintos

Um modelo de negócio é mais genérico do que uma estratégia de negócio

A estratégia traduz a forma como uma empresa se diferencia em relação à


sua concorrência; o modelo de negócio define em que bases isso vai ser
feito

A estratégia está associada ao processo de decisão numa ótica de


futuro; o modelo de negócio reflete essas escolhas e as suas
implicações operacionais
179
2. Estratégias de Negócio

MODELO DE NEGÓCIO E ESTRATÉGIA

Um modelo de negócios traduz a coerência entre as escolhas


estratégicas da empresa e as relações para a criação de valor nos
níveis operacional, tático e estratégico

Um modelo de negócio não se concretiza de forma independente, mas


antes interagindo com a estratégia, bem como com os processos do
negócio

Ao analisar uma empresa, é muito importante perceber qual o seu modelo


de negócio (sobretudo quando se trata de empresas baseadas na Internet)

180
2. Estratégias de Negócio

MODELOS DE NEGÓCIO (exemplos)

O modelo mais simples é o que consiste em fornecer um produto ou serviço de tal modo que as
receitas excedam os custos e despesas. Outros podem ser bastante mais complicados:

➢ Modelo de soluções para o cliente: não a vender produtos (IBM), mas os seus conhecimentos
para melhorar as operações dos seus clientes. É um modelo de consultoria

➢ Modelo da pirâmide de lucros: (General Motors) a conseguir clientes de baixo preço (e


reduzida margem) e movê-los depois para produtos da gama alta (e margem elevada)

➢ Sistema multicomponente/modelo base instalado: (Gillette) a vender máquinas de barbear


a preços de lucro zero para ganhar dinheiro em máquinas de maior margem

➢ Modelo publicitário: (Google) oferecendo o seu produto básico gratuito, a empresa faz dinheiro
na publicidade. Este modelo é usado fortemente na rádio e na televisão e empresas que
funcionam com base na Internet.

181
2. Estratégias de Negócio

MODELOS DE NEGÓCIO (exemplos)

➢ Modelo de painel de comando: uma empresa actua como um intermediário para conectar
vários vendedores a vários compradores (eBay e a Amazon)

➢ Modelo de tempo: (Sony) o primeiro a comercializar com uma nova inovação permite que um
pioneiro ganhe margens altas. Uma vez que outros entram no mercado é hora de seguir em
frente

➢ Modelo da eficiência: neste modelo uma empresa espera até que um produto se torne
estandardizado para entrar no mercado com um preço baixo e produto de baixa margem que
apela para o mercado massificado. (Dell e algumas empresas de linhas aéreas low-cost)

➢ Modelo Blockbuster: em algumas indústrias, a rentabilidade é impulsionada por alguns


produtos-chave. Investimento elevado em um ou poucos produtos com altos retornos potenciais,
especialmente se eles puderem ser protegidos por patentes

182
2. Estratégias de Negócio

MODELOS DE NEGÓCIO (exemplos)

➢ Modelo multiplicador de lucro: desenvolver um conceito que pode ou não ganhar dinheiro por
si próprio, mas, através de sinergia pode dar origem a muitos produtos rentáveis. Walt Disney
usando personagens de desenhos animados para desenvolver parques temáticos, mercadorias e
oportunidades de licenciamento com altas margens

➢ Modelo empreendedor: neste modelo, uma empresa oferece produtos ou serviços


especializados em nichos de mercado que são demasiado pequenos para despertar o interesse de
grandes concorrentes, mas têm o potencial para crescer rapidamente. (Ex. pequenas empresas
high-tech que desenvolvem protótipos inovadores, a fim de vender as próprias empresas a
empresas de grande dimensão (como a Microsoft ou a DuPont, por ex.)

183
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

MODELOS DE NEGÓCIO (exemplos)

QUESTÕES FUNDAMENTAIS

➢ Qual o mix de negócios mais apropriado

➢ Ações estratégicas para fortalecer a posição dos negócios existentes

➢ Grau de coordenação das estratégias individuais das SBU

➢ Distribuição dos recursos disponíveis pelas diversas atividades nas SBU

➢ (Sony) o primeiro a comercializar com uma nova inovação permite que um pioneiro ganhe
margens altas. Uma vez que outros entram no mercado é hora de seguir em frente

184
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

MATRIZ PRODUTO / MERCADO

➢ Penetração no mercado
➢ Desenvolvimento do mercado
➢ Desenvolvimento do produto
➢ Diversificação e Integração vertical

MATRIZ PRODUTO/MERCADO (VETOR DE CRESCIMENTO)

Produtos
Produtos Atuais Novos produtos
Mercados
Penetração no Desenvolvimento
Mercado actual
mercado do produto
Desenvolvimento Diversificação e
Novos mercados integração vertical
do mercado
185
ESTRATÉGIAS – OPÇÕES POSSÍVEIS

Expansão Estabilidade Retracção Combinação

Procurar Reduzir custos / activos;


Penetração em mercados
eficiências em abandonar produtos /
Interna existentes; adicionar novos Subcontratação
marketing e mercados; abandonar
produtos / novos mercados
produção funções.
Licenciamento
Manter quota de Alienar SBUs;
Externa Fusões e aquisições cruzado; joint-
mercado liquidações; falências
ventures
Procurar sinergias com novos Eliminar produtos,
Relacionada produtos, mercados ou funções Melhorar produtos mercados ou funções
(diversificação concêntrica) relacionados
Diversificação conglomerada Eliminar produtos,
Não
em produtos, mercados ou mercados ou funções
relacionada
funções não relacionadas
Eliminar produtos ou
Adicionar produtos ou
Horizontal mercados
mercados complementares
complementares
Vertical Adicionar novas funções Reduzir funções
Movimento em inovação e / ou Crescer para
Activa
empreendedorismo vender
Imitador em I & D, novos Defesa reactiva da 186
Passiva
produtos posição
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO
CRESCIMENTO

Relacionado (mesma Não relacionado (indústria


indústria) diferente)

Integração Diversificação

Horizontal Vertical (fase Concêntrico Conglomerado


(mesma fase na diferente na cadeia (algumas (poucas ou sem
cadeia de valor) de valor) competências competências
partilhadas) partilhadas)

A jusante A montante
(forward) (backward)
(controlo sobre um (controlo sobre um
cliente) fornecedor) 187
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

MATRIZ DE EXPANSÃO

▪ Fusão

nacional
▪ Aquisição
Desenvolvimento interno
Localização geográfica ▪ Joint venture
▪ Aliança
▪ Franchising

▪ Exportação ▪ Fusão
▪ Aquisição
Internacional

▪ Sucursais no estrangeiro
▪ Joint venture
▪ Produção no estrangeiro
▪ Aliança
▪ Operação multinacional
▪ Franchising
▪ Operação global
▪Turnkey (“chave na mão”)
▪ Licença

Interno (orgânico) externo (inorgânico)


Crescimento da Empresa 188
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

DIVERSIFICAÇÃO/ VANTAGENS

➢ Alavancagem das competências nucleares (possui uma competência distintiva)

➢ Partilhar atividades e reduzir custos

➢ Economias de gama

➢ Poder de mercado acrescido

➢ Economias financeiras

➢ Manutenção do crescimento (reestruturando os negócios)

➢ Redução do risco

189
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

DIVERSIFICAÇÃO/ RISCOS

➢ Investimento necessário

➢ Eventual redução da atenção ao negócio base

➢ Possibilidade de retaliação dos concorrentes instalados

190
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

INTEGRAÇÃO VERTICAL / VANTAGENS

➢ Controlo do fornecimento das matérias primas e/ou dos canais de


distribuição

➢ Proteção e controlo de ativos e serviços fundamentais (ex. tecnologias


próprias)

➢ Acesso a novas oportunidades e novas tecnologias

➢ Simplificação de procedimentos administrativos (diminuição da


necessidade de negociar com um conjunto de fornecedores e /ou
distribuidores)

191
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

INTEGRAÇÃO VERTICAL / RISCOS

➢ Custos associados (instalações, serviços administrativos, stocks,etc)

➢ Redução da flexibilidade

➢ Maior dificuldade no balanceamento das suas capacidades

➢ Custos administrativos adicionais

192
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

FUSÕES E AQUISIÇÕES / VANTAGENS

➢ Acréscimo do poder de mercado (capacidade para vender os produtos


acima do nível competitivo e /ou adquirir os inputs abaixo do preço da
concorrência)

➢ Redução da concorrência

➢ Ultrapassar as barreiras à entrada

➢ Acesso a competências complementares

➢ Redução do risco de desenvolvimento de novos produtos

➢ Maior diversificação (benefícios associados) 193


3. Estratégia Organizacional/Corporativa

FUSÕES E AQUISIÇÕES / RISCOS

➢ Dificuldade de integração de culturas

➢ Elevados investimentos

➢ Incapacidade de obter sinergias

➢ Inadequada avaliação dos benefícios e custos relacionados

➢ Acréscimos de dimensão e da provável burocracia

194
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

FUSÕES E AQUISIÇÕES / CONDIÇÕES PARA O SUCESSO

➢ A aquisição é amigável

➢ Há complementaridade de recursos e capacidades

➢ A empresa adquirente te uma elevada capacidade financeira

➢ As empresas (em especial a adquirente) são flexíveis e abertas à


mudança

195
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

ESTRATÉGIAS DE REESTRUTURAÇÃO

➢ Downsizing

➢ Downscoping

➢ Spin-off

➢ LBO leveraged buy out

➢ MBO management buy out

196
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

ESTRATÉGIAS DE REESTRUTURAÇÃO

➢ Downsizing
Redução do número de trabalhadores e/ou do número de unidades
operacionais, incluindo ou não a alteração do portfólio de negócios

➢ Downscoping
Alienação, spin-off ou outra forma de uma empresa sair de negócios não
relacionados com os seus negócios centrais (core business)

➢ Spin-off
Alienação de uma parte da empresa (atividade, negócio) a um grupo de
trabalhadores, podendo manter as relações com a empresa mas agora de
forma independente
197
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

VANTAGEM PARENTAL

Vantagem competitiva resultante da atuação do órgão de gestão central


(corporate office)

➢ Desenvolvimento global, gestão de portfolio)

➢ Influencia isolada (stand-alone influence)

➢ Centralização de funções e serviços (partilha de atividades)

➢ Influência interligada (linkage influence)

198
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

VANTAGEM PARENTAL

Questão fundamental na estratégia ao nível da organização:

Quais os negócios

Que deve manter,

Que deve abandonar, e

Em que deve apostar

199
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

VANTAGEM PARENTAL

Definir quais os negócios implica:

➢ Identificação da atual estratégia global da organização


➢ Análise da composição da carteira de negócios
➢ Comparação da atratividade de cada indústria na carteira de negócios
➢ Comparação da força competitiva de cada unidade
➢ Análise comparada do desempenho de cada SBU e do seu futuro
➢ Análise da compatibilidade de cada SBU com a estratégia global da
organização e das relações estratégicas existentes entre as SBU
➢ Ordenação das diversas SBUs em termos de prioridade para novos
investimentos de capital, e desenvolvimento de uma estratégia para cada
SBU
➢ Seleção das opções estratégicas 200
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

CURVA DA EXPERIÊNCIA

Curva da experiência
(ou de aprendizagem)
Custo unitário

C1

C2

P1 P2 Produção Acumulada

201
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

MATRIZ DO BCG

Taxa de crescimento do negócio


B
A

C
med

G
E
F
D

10 1
0,1
Quota relativa de 202
mercado
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

MATRIZ DO BCG - CARACTERÍSTICAS DOS NEGÓCIOS

ESTRELAS INTERROGAÇÕES

Resultados: elevados, estáveis, em Resultados: reduzidos, instáveis,


Taxa de crescimento do negócio crescimento em crescimento

Cash-flow : neutro Cash-flow : negativo

Estratégia: investir para crescer Estratégia: analisar/investir?

VACAS LEITEIRAS RAFEIROS

Resultados: elevados, estáveis Resultados: reduzidos, instáveis

Cas-flow : elevado, estável Cash-flow : neutro ou negativo

Estratégia: colher Estratégia: desinvestir

203
Quota relativa do mercado
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

CICLO DE VIDA DO PRODUTO E MATRIZ DO BCG


(Importância da distribuição equilibrada dos produtos nas diversas ases do c.v.p)

(2) B liberta fundos para


apoiar o crescimento de C e
Vendas lançar D

(3) Cash-flow libertado por C pode


(1) A está na fase da (1) (2) (3)
apoiar o crescimento de D e
maturidade – vaca eventualmente financiar a extensão
leiteira. Gera fundos para estratégica de B
desenvolver o C

B
A C

Tempo 204
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

MATRIZ DO BCG - ASPETOS POSITIVOS

➢ Construção simples

➢ Aplicável a empresas grandes e pequenas

➢ Análise da estratégia dos concorrentes

➢ Análise da posição estratégica de uma empresa ao longo do tempo

205
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

MATRIZ DO BCG - LIMITAÇÕES

➢ Simplicidade (na análise da realidade complexa)

➢ Pressuposto de financiamento interno dos negócios em crescimento


(subvalorizando outras hipóteses)

➢ Ênfase na eficiência (custos) / menosprezo pela inovação e flexibilidade

➢ Apenas duas posições em cada variável

206
3. Estratégia Organizacional/Corporativa
ALGUMAS FINALIDADES DAS MATRIZES, ALÉM DO PLANEAMENTO
ESTRATÉGICO
➢ Definição dos fluxos de cash-flow entre as diversas unidades de negócio e orientação
das decisões de investimento e afetação dos recursos

➢ Vocabulário partilhado pelos diversos gestores e pessoal envolvido, e ferramenta


facilitadora da comunicação, pressupostos, avaliação, etc

➢ Força os gestores a pensar e discutir o futuro

➢ Faz incidir especial atenção nas oportunidades para criação ou aquisição de novas
unidades e contribui para o desenvolvimento do pensamento criativo

➢ Contribui para a apreciação crítica das decisões estratégicas tomadas

➢ Contributo p/ melhoria da qualidade dos planos das SBU e da sua explicação

207
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

NOVA MATRIZ DO BCG


Transferência da experiência

múltiplas
Actividades Actividades de
Fontes de diferenciação
fragmentadas especialização

Standardização
Actividades de Actividades de
limitadas

impasse volume

fraca
elevada
Dimensão da vantagem competitiva (de volume) 208
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

COMPORTAMENTOS ESTRATÉGICOS SUGERIDOS PELO BCG

➢ Explorar as normas vigentes melhor que os concorrentes (sobretudo nas atividades de


volume e de especialização)

➢ Modificar as regras do jogo sem mudar o sistema (principalmente nas atividades


fragmentadas

➢ Transformar a natureza do sistema, prevendo as evoluções da oferta, da procura e do


ambiente, e introduzir uma inovação radical (ideal numa situação de impasse
concorrencial)

209
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

210
3. Estratégia Organizacional/Corporativa
ATRATIVIDADE DA INDÚSTRIA E POSIÇÃO CONCORRENCIAL
POSIÇÃO CONCORRENCIAL PESO PONTUAÇÃO VALOR
Dimensão das unidades 0.15 4 0.60
Taxa de crescimento do negócio 0.15 5 0.75
Quota de mercado 0.10 3 0.30
Rendabilidade do negócio 0.20 4 0.80
Capacidade tecnológica 0.15 3 0.45
Qualidade da gestão 0.15 3 0.45
Imagem 0.10 5 0.50
_______ _______
1.00 3.85

ATRACTIVIDADE DA INDÚSTRIA PESO PONTUAÇÃO VALOR


Dimensão do mercado 0.15 4 0.60
Taxa de crescimento do mercado 0.20 5 1.00
Rendabilidade da indústria 0.10 4 0.40
Estrutura concorrencial 0.20 5 1.00
Política de preços 0.15 2 0.30
Emergência de oportunidades ou ameaças 0.20 1 0.20
Factores sociais deve ser aceitável -- -----
_______ _______ 211
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

GE/ MCKINSEY - ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS


ALTA MÉDIA BAIXA

Vencedor 1 Vencedor 2 Interrogações

INDÚSTRIA
A
Investir Investir Investir L
(Crescer) (Crescer) Selectivamente T
A

Vencedor 3 Médios perdedor 1


M
DA

É
Investir Investir Desinvestir D
ATRACTIVIDADE

(Crescer) Selectivamente (Colher) I


A

Fontes de proveitos perdedor 2 perdedor 3


B
A
Investir Desinvestir Desinvestir I
Selectivamente (Colher) (Colher) X
A

POSIÇÃO CONCORRENCIAL 212


3. Estratégia Organizacional/Corporativa
ADL - CLASSIFICAÇÃO DAS POSIÇÕES COMPETITIVAS
ESTRATÉGICAS
POSIÇÃO CARACTERÍSTICAS

▪ É capaz de controlar o comportamento dos concorrentes (em matéria de realizações ou de estratégia)


1. Dominante ▪ Dispõe da mais vasta escolha de opções estratégicas, independentemente dos seus concorrentes.

2. Forte ▪ É capaz de conduzir a política da sua escolha sem pôr em perigo a sua posição a longo prazo.

▪ Dispõe de trunfos exploráveis para a condução de certas estratégias.


3. Favorável ▪ Tem muito boas probabilidades de poder manter a sua posição a longo prazo.

▪ Tem desempenhos suficientemente satisfatórios para justificar uma continuação das sua actividades.
4. Defensável (ou
▪ Subsiste, geralmente, em virtude da tolerância (voluntária ou não) dos concorrentes mais importantes.
ameaçada) ▪ Tem possibilidades médias (ou inferiores à média) de manter a sua posição a longo prazo.

▪ Tem, actualmente, desempenhos pouco satisfatórios, mas tem possibilidades de melhorar a sua posição.
▪ Pode ter as características de uma posição melhor, mas apresenta uma grande fraqueza.
5. Marginal (ou fraca) ▪ Pode sobreviver a curto prazo, mas tem que melhorar a sua posição para Ter possibilidade de sobreviver a longo
prazo.

213
3. Estratégia Organizacional/Corporativa

MATRIZ ADL

Fases do ciclo de vida

Introdução Crescimento Consolidação Declínio

competitiva DOMINANTE

Desenvolvimento
FORTE Natural

FAVORÁVEL
Posição

AMEAÇADA

FRACA
Retirada
214
4. Estratégia Internacional e Cooperação

MOTIVAÇÕES DA INTERNACIONALIZAÇÃO

▪ necessidade de crescimento da empresa


▪ aproveitamento da capacidade produtiva disponível
Endógenas ▪ obtenção de economias de escala
▪ exploração de competências, tecnologias
▪ diversificação de riscos
Características dos ▪ limitações do mercado doméstico
mercados ▪ percepção de dinamismo dos mercados externos

▪ resposta a concorrentes
Relacionais ▪ acompanhamento (de movimentos de internacionalização) dos
clientes
▪ abordagens por empresas estrangeiras
Acesso a recursos no ▪ custos de produção mais baixos no exterior (ex.: deslocalização)
exterior ▪ acesso a conhecimentos tecnológicos
Incentivos ▪ apoios dos governos (país de origem ou de acolhimento)
governamentais
215
4. Estratégia Internacional e Cooperação

RISCOS DE UMA ESTRATÉGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO

RISCOS POLÍTICOS
➢ Instabilidade política
➢ Terrorismo
➢ Intervenção do estado na atividade económica
➢ Tipo de atuação das entidades oficiais (aspetos legais)

RISCOS ECONÓMICOS
➢ Legislação sobre a carga fiscal
➢ Transferência de lucros
➢ Leis laborais
➢ Regulação da concorrência

RISCOS FINANCEIROS
➢ Risco de câmbio

RISCOS DE GESTÃO
➢ Cultura
➢ Língua
➢ Costumes
➢ Preferências dos consumidores 216
4. Estratégia Internacional e Cooperação

MODELO DE COMPETITIVIDADE NACIONAL (PORTER)

Estratégia, Estru-
Acaso tura e Rivalidade
Empresariais

Condições Condições
da dos
Procura Factores

Indústrias Governo
Relacionadas
e de Suporte
217
4. Estratégia Internacional e Cooperação

CICLO DE VIDA DO PRODUTO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL


Importações PRODUÇÃO
Q
u CONSUMO
a Exportações
n
t
i Países mais
d
a desenvolvidos
d
e
tempo
Exportações

Países
Importações desenvolvidos

Q
u
a
n
Exportações Países menos
t
i
d
desenvolvidos
a
d
e Importações 218
tempo
4. Estratégia Internacional e Cooperação

COMÉRCIO INTERNACIONAL: “CASCATA” E “CHUVEIRO”

"Cascata" “Chuveiro”

Países mais
desenvolvidos

Outros países
desenvolvidos
Países Outros Países
mais países menos
desenvol- desenvol- desenvol-
Países menos vidos vidos vidos
desenvolvidos

219
4. Estratégia Internacional e Cooperação

FASES DA INTERNACIONALIZAÇÃO

EMPRESA INTERNACIONAL: orientação etnocêntrica, mentalidade doméstica, apoiada no


mercado interno

EMPRESA MULTINACIONAL: orientação policêntrica (mundo = um conjunto de mercados


nacionais) – estratégia tendo em conta as diferenças nacionais

EMPRESA GLOBAL: orientação mista (mundo = mercado global): estratégia → abastecer esse
mercado a partir de um único país onde centraliza as operações, ou abastecer-se nesse mercado
global para fazer a distribuição através dos seus canais no mercado interno

EMPRESA TRANSNACIONAL: empresa "integrada" a nível mundial, fazendo a ligação entre os


recursos e os mercados globais, assim construindo as suas vantagens competitivas; orientação
geocêntrica (reconhece semelhanças e diferenças e adota uma visão global)
Empresa do futuro, "pensa globalmente e atua localmente" (glocal). Ativos geralmente dispersos
geograficamente, interdependentes e especializados

220
4. Estratégia Internacional e Cooperação

FASES DE EVOLUÇÃO DAS ESTRUTURAS

Divisionária
por produto Matriz global

Número
de
produtos Padrões
alternativos de
desenvolvimento
Divisão
Divisionária por
internacional
área geográfica

221
Importância das vendas no mercado global
4. Estratégia Internacional e Cooperação

PERCURSOS - FASES

Multinacional Transnacional

Adaptação

Internacional Global

Estandardização
222
4. Estratégia Internacional e Cooperação
ORGANIZAÇÃO TRANSNACIONAL
(INTEGRAÇÃO / DIFERENCIAÇÃO NACIONAL)

elevadas
Organização
global
Organização
transnacional
Forças para
a integração
global

Organização
reduzidas multinacional

reduzidas elevadas
Forças para a 223
diferenciação nacional
4. Estratégia Internacional e Cooperação

AS QUATRO FORMAS DE ORGANIZAÇÃO / INTERNACIONALIZAÇÃO


Internacional Multinacional (Bartlett e Ghoshal)

Federação coordenada Federação descentralizada

Global Transnacional

224
Rede centralizada Rede integrada
4. Estratégia Internacional e Cooperação
POTENCIAL DE GLOBALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA / GLOBALIZAÇÃO DA
ESTRATÉGIA

A globalização da estratégia
depende do potencial de

- Globalização da estratégia +
Desvantagem
estratégica
globalização da indústria
nacional

Equilíbrio entre
vantagem estratégica
global e nacional

Desvantagem
estratégica
global

- Potencial de globalização da indústria +


225
4. Estratégia Internacional e Cooperação

ADAPTAÇÃO ESTRATÉGICA A MERCADOS EXTERNOS

elevado

Enraizamento cultural
Necessidade de
adaptação

reduzido
industrial de consumo
Natureza do produto

226
4. Estratégia Internacional e Cooperação

FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO

▪ Indireta (via agentes)


▪ Cooperativa ou partilhada
EXPORTAÇÃO
▪ Direta (com canais de distribuição próprios)

▪ Licenciamento
▪ Franchising
▪ Subcontratação
CONTRATUAL
▪ Joint-ventures
▪ Alianças (consórcios, etc.)

▪ Aquisições
INVESTIMENTO
DIRECTO ▪ Investimento de raiz
227
4. Estratégia Internacional e Cooperação

ALIANÇAS ESTRATÉGICAS

UMA RELAÇÃO ENTRE DUAS OU MAIS EMPRESAS QUE:

➢ se associam para prosseguir objetivos comuns

➢ se mantêm independentes mesmo após a formação da aliança

➢ partilham os benefícios e o controlo da relação

➢ contribuem de uma forma contínua numa ou mais áreas estratégicas —


tecnologia, produtos, etc

228
4. Estratégia Internacional e Cooperação

CAPACIDADES/EQUILÍBRIO DE PODERES

CONHECIMENTO

Capacidades Equilíbrio dos poderes


dos parceiros na aliança

APRENDIZAGEM

229
4. Estratégia Internacional e Cooperação
GLOBALIZAÇÃO
Da abordagem bidimensional para a tridimensional

Adaptação local

Eficiência global

Adaptação local
230
4. Estratégia Internacional e Cooperação

Acordos de capital Acordos contratuais

RELAÇÕES
Dissolução da sociedade Contratos n/ tradicionais

Fusões I& D conjunta INTEREMPRE


Aquisições Desenvolv conj de prod SARIAIS
Acordos de fornecim l.p.
Produção conjunta
Marketing conjunto
Criação de nova entidade Distrib / serv.partilhados
Consórcios de investigaç
Joint ventures subs multin
Joint ventures não subs.

Contratos tradicionais

Sem nova entidade Contrato base comercial


Franchising
Swaps de capital
Licenças
Investim financ minorit
Licenças cruzadas
231
4. Estratégia Internacional e Cooperação

Acordos de capital Acordos contratuais

Dissolução da sociedade Contratos n/ tradicionais


ALIANÇAS
Fusões I& D conjunta ESTRATÉGICAS
Aquisições Desenvolv conj de prod
Acordos de fornecim l.p.
Produção conjunta
Criação de nova entidade Marketing conjunto
Joint ventures subs multin Distrib / serv.partilhados
Joint ventures não subs. Consórcios de investigaç

Contratos tradicionais
Sem nova entidade Contrato base comercial
Swaps de capital Franchising
Investim financ minorit Licenças
Licenças cruzadas 232
4. Estratégia Internacional e Cooperação

ALIANÇAS ENTRE CONCORRENTES


(Garrete, B., Dussauge, P.)
Aliança Aliança Aliado A Aliado B

Aliança
Aliado A Aliado B Aliado A Aliado B

Mercado Mercado Mercado

Cointegração Pseudoconcentração Complementar


233
4. Estratégia Internacional e Cooperação
SUCESSO DA ESTRATÉGIA/AJUSTAMENTO ESTRATÉGICO E
CULTURAL

Ajustamento estratégico
Aliança potencialmente Situação óptima com
boa, dado o ajustamento vantagem competitiva pela
Elevado cultural aliança

Sem compatibilidade nem Com compatibilidade, mas


vantagem competitiva pela sem vantagem competitiva
Reduzido

aliança pela aliança

Reduzido Ajustamento cultural Elevado


234
4. Estratégia Internacional e Cooperação

ALIANÇAS ESTRATÉGICAS/REQUISITOS PARA O SUCESSO

1. Ter uma finalidade estratégica clara


2. Aliado «ajustado» (objetivos compatíveis e capacidades complementares)
3. Especialização (cada parceiro faça aquilo que sabe fazer melhor)
4. Criar incentivos à cooperação (trabalho em conjunto não é automático)
5. Minimizar os conflitos (evitar colocar um contra o outro no mercado)
6. Partilhar informação (aumenta a confiança e melhora a monitorização)
7. Permuta de pessoal (para manter a comunicação e a confiança)
8. Operar com um horizonte de longo prazo
9. Desenvolver múltiplos projetos comuns (o sucesso é contagioso)
10. Ser flexível (as alianças são relações abertas e dinâmicas)

235
4. Estratégia Internacional e Cooperação

INTERNACIONALIZAÇÃO /ANÁLISE TRADICIONAL

1. Produto/mercado alvo

2. Objetivos e metas no mercado alvo

3. Forma de entrar

4. Plano de marketing para penetrar no mercado alvo

5. Sistema de controlo do desempenho

236
4. Estratégia Internacional e Cooperação

INTERNACIONALIZAÇÃO / REDES INDUSTRIAIS

➢ Quem são os atores (na rede)?

➢ Qual é a posição relativa dos atores na rede?

➢ Quais são as relações das empresas locais com os atores no potencial


mercado regional?

➢ Como podem os recursos dos outros atores ser mobilizados para apoio da
entrada no mercado?

237
4. Estratégia Internacional e Cooperação

FORMAS DE ATUAÇÃO

EXTENSÃO
Estabelecimento de posições em redes sediadas na região, mas que são novas
para a empresa

PENETRAÇÃO
Desenvolvimento adicional de posições nas redes sediadas na região em que a
empresa já tem uma posição

INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL
Aumento da coordenação entre posições em diferentes redes sediadas em
diversas regiões

238
4. Estratégia Internacional e Cooperação

SITUAÇÕES DE INTERNACIONALIZAÇÃO

Grau de internacionalização da empresa


SOLITÁRIO
UM DE VÁRIOS
INTERNACIONAL

PIONEIRO RETARDATÁRIO

239
Grau de internacionalização do mercado
4. Estratégia Internacional e Cooperação

CLUSTERS (COMPOSIÇÃO)

➢ Organizações que fornecem produtos ou serviços similares

➢ Fornecedores especializados de bens ou serviços e capital financeiro (relações a


montante)

➢ Empresas com produtos complementares (relações laterais)

➢ Empresas utilizando competências ou tecnologias relacionadas ou inputs comuns (relações


laterais)

➢ Investigação relacionada, educação e instituições de formação, universidades, faculdades


e programas de formação da mão-de-obra

➢ Organizações que apoiam (e são apoiadas pelas empresas do cluster) tal como
associações profissionais e outras similares.
240
4. Estratégia Internacional e Cooperação

A ESTRATÉGIA COMO UM JOGO

Inovação Procura de novos


Globalização
tecnológica produtos

A m b i e n t e

Complexidade

Insuficiência do modelo de Aumento da reputação das formas de


competitividade agressiva (5 forças) cooperação estratégica

Estratégia considerada um jogo


241
4. Estratégia Internacional e Cooperação

TEORIA DOS JOGOS

JOGO
➢ “O estudo das decisões em situação interativa”
➢ “estudo do comportamento das pessoas em situações em que as ações
de um participante afetam a atuação dos outros”

A competição estratégica é vista como a interação entre os jogadores:


as ações de um jogador dependem das decisões dos outros

A simples dicotomia competição ou colaboração não existe:


as decisões estratégicas são mais competitivas ou mais colaborativas
("coopetição”)

242
4. Estratégia Internacional e Cooperação

ELEMENTOS CONSTITUINTES DE UM JOGO

1. Jogadores: agentes económicos que tomam as decisões (com


racionalidade, procurando maximizar as suas preferências)

2. Ações e estratégias: as ações a serem executadas por cada jogador

3. Informações disponíveis: os diversos tipos de informação à disposição


dos jogadores

4. Resultados possíveis ou payoffs: resultados das interações dos


jogadores (ganhar, perder, lucro, remuneração...)

243
4. Estratégia Internacional e Cooperação

TIPOS DE JOGOS
Jogos de informação completa
Informação disponível
Jogos de informação incompleta

Jogos sequenciais
Tempo de decisão
Jogos simultâneos

Jogos cooperativos
Cooperação
Jogos não cooperativos

Jogos de soma constante


Resultados Jogos de soma zero
244
Jogos de soma variável
4. Estratégia Internacional e Cooperação

JOGO SEQUENCIAL - ÁRVORE DE DECISÕES

Jogador Ação Jogador Ação Resultados


jogador

Inicia guerra
de preços (-2, 7)
Empresa M
(monopolista)
Entra no
mercado Não inicia guerra
(3, 8)
de preços
Empresa E
(entrante)

Não entra
no mercado (0, 10)

245
4. Estratégia Internacional e Cooperação

O DILEMA DO PRISIONEIRO (jogo simultâneo e simétrico)

Prisioneiro A

Não confessa Confessa

2 1

Prisioneiro B
Não
confessa
2 10

10 5
Confessa
1 5

246
4. Estratégia Internacional e Cooperação

O DILEMA DO PRISIONEIRO (estratégias possíveis)

ESTRATÉGIA MAXIMAX: o melhor dos melhores resultados (o jogador tenta o melhor resultado
possível, mesmo que um resultado altamente desfavorável também seja possível)

Confessar é a melhor das melhores decisões (1 ano de prisão entre 1 e 2)

ESTRATÉGIA MAXIMIN: o melhor (menos mau) dos piores resultados. Quando o jogador não pode
confiar no outro para cumprir qualquer acordo (por ex: negar)

Confessar é a melhor das piores decisões (5 anos de prisão entre 5 e 10)

ESTRATÉGIA DOMINANTE: a melhor das melhores é igual à melhor das piores.

Confessar é, então, a estratégia dominante, ou seja, o melhor resultado independentemente


da decisão do outro.

Um jogador, atuando com racionalidade, optará por uma estratégia dominante sempre que
ela exista.
247
4. Estratégia Internacional e Cooperação

ESTRATÉGIA DE NASH (ou equilíbrio de Nash)

O equilíbrio de Nash é a melhor estratégia, assumindo que os outros


jogadores escolheram a sua própria estratégia e não a mudarão de forma
independente

No dilema do prisioneiro, confessar é a estratégia dominante para cada um


dos jogadores.
É um equilíbrio de Nash (nenhum dos jogadores tem interesse em mudar)

Sempre que dois ou mais jogadores têm a mesma estratégia


dominante, ela é um equilíbrio de Nash

248
4. Estratégia Internacional e Cooperação

EQUILÍBRIO DE NASH

Mas, pode haver equilíbrio de Nash sem que todos os jogadores tenham a
mesma estratégia dominante

Exemplo: duas empresas, A e B

A empresa A tem uma estratégia dominante – fazer

A empresa B não tem uma estratégia dominante:

- decide fazer se A fizer e


- decide não fazer se A não fizer

Então, fazer é um equilíbrio de Nash 249


4. Estratégia Internacional e Cooperação

ALGUMAS VANTAGENS DA APLICAÇÃO DA TEORIA DOS JOGOS

O recurso à teoria dos jogos pode conduzir a melhores soluções


estratégicas para as empresas que a adotam, sobretudo em oligopólio

Exemplos de aplicação da teoria dos jogos:

➢ Avançar para uma estratégia de competição ou colaboração


➢ Decisões sobre os preços ou produções (aumentar, reduzir, manter)
➢ Sobre o mix de produtos (manter ou desenvolver novos produtos)
➢ Promoções ou publicidade (aumentar, reduzir ou manter a respetiva
despesa)

250
PARTE 3. IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGICA

251
3. Estrutura Organizacional

ESTRUTURA MECANICISTA E ESTRUTURA ORGÂNICA

Estrutura Mecanicista Estrutura Orgânica

252
3. Estrutura Organizacional

IMPACTO DO AMBIENTE NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Estável

Abundante

Simples Complexo

Escasso

Dinâmico

253
3. Estrutura Organizacional

ESTRUTURA SIMPLES

Gestor

Empregados

254
3. Estrutura Organizacional

ESTRUTURA FUNCIONAL

Conselho de
Administração

Diretor Diretor Diretor Diretor Diretor Diretor


Produção Engenharia Marketing R&D Pessoal Financeiro

Gestores intermédios, especialistas, e pessoal operacional


255
3. Estrutura Organizacional

ESTRUTURA DIVISIONÁRIA

Conselho de
Administração

Staff

Director geral Director geral Director geral


Divisão A Divisão B Divisão C

Dir. Dir. Dir. Dir. Dir. I&D Dir.


Financ Comerc Pessoal Técnic Aprovis

Gestores de nível inferior, especialistas e pessoal operacional

Organizada Organizada
como a como a
Divisão A Divisão A 256
3. Estrutura Organizacional

ESTRUTURA SBU

Conselho de
Administração

Staff

Director geral Director geral Director geral


S.B.U. A S.B.U. B S.B.U. C

Dir. Dir. Dir. Dir. Dir. Dir.


Financ Comerc Pessoa Técni I &D Aprovi
l c s

Gestores de nível inferior, especialistas, e pessoal


operacional Organizada Organizada
como a S.B.U. A como a S.B.U. A
257
3. Estrutura Organizacional

ESTRUTURA SBU

Conselho de
Administração

Staff

Direcção Direcção Direcção Direcção Direcção Direcção


Projectos Rec Human Produção Técnica Marketing Relaç Publicas

Project A

Project B

Project C

Project D
258
3. Estrutura Organizacional

ESTRUTURA EM REDE (rede interna)

Empresa
U1

U2 U3

UC

U4 U5

U6

259
3. Estrutura Organizacional

REDES EXTERNAS: DESCENTRALIZADA E CENTRALIZADA

Rede externa descentralizada Rede externa centralizada

260
3. Estrutura Organizacional

REDES EXTERNAS (formação)

REDE DESCENTRALIZADA

REDES CENTRALIZADAS

261
3. Estrutura Organizacional

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, AMBIENTE, TAREFA / TENDÊNCIAS

Redes externas

Instável
Redes internas
Ambiente

Equipas transfuncionais

Equipas locais
Estável

Hierarquias

Simples Tarefa Complexa


262
3. Estrutura Organizacional

PERSPETIVAS DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

estabilidade flexibilidade
Alianças Empresas virtuais / redes

interorganizacional
organização

Organização Organização orientada para


intraorganizacional

hierárquica resolução de problemas

Economias de escala Economias de gama


estratégia 263
3. Estrutura Organizacional

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E MUDANÇA

Relação com a
experiência da organização

rede

solução estrutural
Adequação a uma
Velocidade de
mudança
equipas
hierarquia

Grau de mudança de
comportamento requerido
264
3. Estrutura Organizacional

FORMAS DE ORGANIZAÇÃO, AMBIENTE EXTERNO E INTERNO E


ADEQUAÇÃO A SOLUÇÕES ESTRUTURAIS

Redes
Hierarquias Equipas Internas Externas

Situação de Situação de Para passar Para aprender


relativa mudança e a informação e com (e
estabilidade e organização ainda aprender exercer
a organização não sabe como rapidamente sem a influência
sabe como reagir, mas tem ajuda de estruturas sobre) o
fazer capacidade para formais mundo
aprender exterior

A rapidez é A difusão da O alargamento das


fundamental experiência é capacidades é fundamental
fundamental 265 265
3. Estrutura Organizacional

Tipo de estratégia
ESTRATÉGIA /
Custo…………………………..................centralização, estrutura funcional
ESTRUTURA:
Diferenciação………………..……..descentralização, estrutura divisionária ALGUMAS
TENDÊNCIAS

Global (coordenada)…………........................................estrutura matricial

Diversificação …………………………………...estrutura divisionária (SBU)

Necessidade de

Eficiência …………………………………..………….…..centralização

Eficácia……………………………………………......…..descentralização

Crescimento da organização

Dimensão (aumento)……………………………descentralização (aumento) 266


3. Estrutura Organizacional

NÍVEIS DE APRENDIZAGEM

Organização

Grupo

Indivíduo

267
3. Estrutura Organizacional

ORGANIZAÇÃO QUE APRENDE / CARACTERÍSTICAS

CULTURA: orientação para a tarefa mas simultaneamente para o mercado e para o cliente;
cultura de aprendizagem. As normas e valores dominantes facilitam a prática da inovação, é
posta ênfase nos objetivos partilhados, na autonomia e na ação

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL: simples, reduzido número de níveis hierárquicos;


estímulo à deslocação do pessoal staff para a “linha”; equipas pequenas constituídas por
elementos com especialidades e estilos diversos, fronteiras flexíveis entre os diversos
departamentos, A atribuição de poder (empowerment) e autonomia aos trabalhadores assenta
numa actuação equilibrada entre experimentação e segurança

ESTRATÉGIA: claramente definida mas com possibilidade de ser alterada sempre que
necessário. A missão deixa espaço suficiente para as mudanças e influências do ambiente em
mudança e dos níveis hierárquicos inferiores; valorizada a formação das estratégias que
partem da base (“bottom-up”)

268
3. Estrutura Organizacional

ORGANIZAÇÃO QUE APRENDE / CARACTERÍSTICAS

ESTILO DE GESTÃO: os gestores funcionam como treinadores; estimulam a experimentação


e a inovação e são, eles próprios, aprendizes exemplares.

SISTEMA DE INFORMAÇÃO: privilegiam a retro-alimentação (feed-back), proporcionam


informação a todos os intervenientes sem grandes distorções.

269
3. Estrutura Organizacional

A EMPRESA QUE APRENDE (learning organization)

É uma organização que:

➢ se assume como um sistema de aprendizagem coletiva

➢ Constrói em permanência o seu futuro

➢ Está em estado de vigilância

➢ Cria, capitaliza e difunde os conhecimentos e os saber-fazer novos

➢ Melhora as competências dos seus membros

➢ Auto avalia-se e compara-se com as melhores

➢ Transforma-se para atingir os seus objetivos


270
3. Estrutura Organizacional
ORGANIZAÇÃO QUE APRENDE (EM FASES)

ORGANIZAÇÃO QUE APRENDE (em fases)

Evitar que os novos comportamentos sejam "amolecidos" pelos métodos


anteriores

1.- Iniciar 2. 3.- projecto 4.- projecto 5.-


projecto de Comprovar de mudança de mudança englobar
mudança resultados num em terceiro e totalidade
num único segundo quarto da
processo processo processos empresa

6-8 meses 1-2 meses 4-6 meses 3-6 meses 6-12 meses

Desenvolver novas estruturas, sistemas e recompensas a partir da


experiência obtida

271
3. Estrutura Organizacional

GESTÃO DO CONHECIMENTO

O processo de adquirir, distribuir e usar eficazmente o conhecimento

O processo de criação, aquisição e transferência do conhecimento e modificação do


comportamento organizacional para refletir novos conhecimentos e ideias

Trazer o conhecimento tácito á superfície, consolidando-o e formalizando-o, tornando-o mais


amplamente acessível e promovendo a sua contínua recriação

CINCO FORMAS DE GERAR CONHECIMENTO NUMA ORGANIZAÇÃO

1. Aquisição (novo nessa organização)


2. Afetação de recursos
3. Fusão (diferentes pessoas ou equipas para uma solução conjunta)
4. Adaptação (imposição das forças do ambiente externo e / ou interno)
5. Estabelecimento de redes de conhecimento
272
3. Estrutura Organizacional

GESTÃO DO CONHECIMENTO

O benchmarking e a transferência das melhores práticas no interior da organização,


são a manifestação mais visível da gestão do conhecimento.

Benchmarking é o processo de identificar, entender e adaptar práticas já


consagradas em qualquer organização incluindo a própria

“Polinização” - uma das várias formas de fazer benchmarking e transferência das melhores
práticas:
um gestor ou técnico analisa no exterior novas práticas, transfere o seu conhecimento para
outros gestores dentro da empresa e estes, por sua vez, para o seu pessoal, disseminando a
informação)

Outra hipótese: a transferência de pessoal de um local para outro (levando consigo o


conhecimento e práticas adquiridos)

273
4. Planeamento e Afetação de Recursos

OS PLANEADORES E A FORMAÇÃO DA ESTRATÉGIA


(Mintzberg)

Caixa negra
Analistas de da formação Programadores
estratégia estratégica de estratégia

Catalisadores

274
4. Planeamento e Afetação de Recursos

VANTAGENS DO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO

VANTAGENS RELACIONADAS COM O PROCESSO

➢ Identificação e exploração de oportunidades


➢ Visão objetiva dos problemas de gestão
➢ Existência de uma matriz de revisão da execução do plano e controlo das atividades
➢ Relação mais eficaz entre as decisões mais importantes e os objetivos
➢ Afetação mais eficaz de tempo e recursos às oportunidades identificadas
➢ Possibilidade de coordenação da execução das tácitas do plano
➢ Possibilidade de combinação das diversas funções num esforço conjunto
➢ Redução das necessidades em tempo e recursos para corrigir decisões ad hoc incorretas
➢ Desenvolvimento de uma estrutura de comunicação interna entre as pessoas

275
4. Planeamento e Afetação de Recursos

VANTAGENS DO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO

VANTAGENS RELACIONADAS COM AS PESSOAS

➢ Integração de comportamentos individuais num esforço global


➢ Base de clarificação das responsabilidades individuais e contribuição para a motivação
➢ Encorajamento para pensamento proactivo do pessoal
➢ Estímulo para uma abordagem cooperativa, integrada e entusiástica na análise dos
problemas e das oportunidades
➢ Encorajamento de uma atitude favorável às mudanças
➢ Desenvolvimento de elevado grau de disciplina e formalização

276
4. Planeamento e Afetação de Recursos
Nivel 1 Nivel 2
FUTURO FUTUROS
SUFICIENTEMENTE ALTERNATIVOS
CLARO 1
NÍVEIS DE
INCERTEZA E
2 TÉCNICAS DE
3 PLANEAMENTO
•Cenários alternativos
•Análise de decisão
•Previsão simples •Avaliação de opções
•Planeamento estratégico tradicional •Teoria dos jogos
Nivel 3 Nivel 4
UM INTERVALO VERDADEIRA
DE FUTUROS AMBIGUIDADE

•Apuradas técnicas de previsão •Análise qualitativa


•Análise da procura latente •Identificação e análise de padrões análogos 277
•Planeamento por cenários •Modelos dinâmicos não lineares
4. Planeamento e Afetação de Recursos

DESENVOLVIMENTO DE CENÁRIOS

C1
D
E
C2 S
E
J

P C3 Á
V
O E
I
S C4 S
S
CENÁRIOS Í C5 R
V E
A
E C6 L
I I
S Z
C7 Á
V
C8 E
I
S
C9 278
4. Planeamento e Afetação de Recursos

CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS

Identificar Futuros alternativos do mundo


factores-chave
(PEST):
Políticos
Económicos Cenário 1 Cenário 2 Cenário n
Sociais
Tecnológicos

Cenários-foco

Futuros alternativos
da empresa Cenários de acções

Planos

279
4. Planeamento e Afetação de Recursos

TIME-PACING

DEFINIÇÃO DE UM RITMO APROPRIADO NA

➢ Criação de novos produtos ou serviços

➢ Iniciação de novos negócios

➢ Desenvolvimento de novos mercados

de acordo com o calendário programado

280
4. Planeamento e Afetação de Recursos

IMPLEMENTAÇÃO DO TIME-PACING / TRÊS ASPECTOS FUNDAMENTAIS

MEDIDAS DE DESEMPENHO
➢ Tempo, velocidade, ritmo, número de produtos novos introduzidos

TRANSIÇÃO
➢ rever as transições críticas do negócio (ex: mudança de um projeto de
desenvolvimento de um produto para o seguinte, mudança de produtos conforme a
estação, entrada em novos mercados, novas alianças ou aquisições, etc.,) desenvolver
processos de gestão de cada transição crítica, tentando encurtá-las no tempo (se
necessário), simplificá-los, etc

RITMOS
➢ listar os ritmos próprios da empresa, analisar os principais ritmos que regem os
negócios dos seus clientes, complementares, fornecedores e concorrentes, verificar a
hipótese de sincronização com alguns deles e a forma de explorar essas oportunidades

281
4. Planeamento e Afetação de Recursos

PROCESSO DE PLANEAMENTO ESTRATÉGICO NUMA EMPRESA


DIVERSIFICADA

Linhas de
Planos Feedback
orientação Revisão
Previsões, cenários,
provisórios
SBU Discussão com
pressupostos
gestão central

Análise e revisão / reuniões ad hoc

Planos
Plano global da
operacionais / Aprovação Apresentação
organização
orçamentos

282
4. Planeamento e Afetação de Recursos

CALENDARIZAÇÃO DAS FASES DE PLANEAMENTO ESTRATÉGICO


(Exemplo)
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Linhas de
orientação

Planos provisórios
SBU

Feedback

Revisão

Plano global da
organização

Apresentação

Aprovação

Planos operacionais /orçamentos

283
Revisões / reuniões ad hoc
4. Planeamento e Afetação de Recursos

PLANEAMENTO DESLIZANTE

ANO t ANO t+1


J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D

Plano inicial

Plano revisto 1

Plano revisto 2

Plano revisto 3

Plano revisto 4 = plano inic ano t+1

284
4. Planeamento e Afetação de Recursos

UM PROCESSO DE ELABORAÇÃO DOS ORÇAMENTOS ESTRATÉGICOS


Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5

Estabelecer os Aprovar ou Fazer tentativas de Rever e


Nível global atribuição de Preparar
objectivos e a alterar metas aprovar as
da recursos e orçamentos
estratégia da e estratégia propostas
Organização propostas de sintéticos
organização e os
pressupostos orçamentos

Receber
Preparar Propor alterações
Definir os Preparar orçamentos
Nível da orçamentos nos pedidos de
objectivos e a premissas e aprovados e
SBU preliminares recursos
estratégia da previsões preparar plano
SBU final
285
4. Planeamento e Afetação de Recursos

PLANEAMENTO ESTRATÉGICO/GESTÃO ESTRATÉGICA

1. O planeamento pode contribuir para:


- a formulação da estratégia (antes)
- a formação da estratégia (durante)
- a implementação da estratégia (depois)

2. Renovação do planeamento estratégico:


- novas tecnologias da informação
- forma de aprendizagem organizacional

3. As técnicas tradicionais de planeamento estratégico só fazem sentido em


organizações em ambiente estável e grau de incerteza relativamente
reduzido
286
4. Planeamento e Afetação de Recursos

PLANEAMENTO ESTRATÉGICO/GESTÃO ESTRATÉGICA

4. Aumento do nível de incerteza → técnicas de planeamento menos


quantitativas e mais qualitativas

5. Aumento do nível de incerteza → mais difícil, mas mais necessário

6. Necessidade do envolvimento do maior número de pessoas

7. Mais importante que o plano formal é o processo de planeamento (plans


are nothing, planning is everything)
287
5. Liderança e Cultura Organizacional

LIDERANÇA

LIDERANÇA
O processo de influenciar outros de modo a conseguir que eles façam o que o líder quer que
seja feito,

A capacidade para influenciar um grupo a atuar no sentido da prossecução dos objetivos do


grupo

LIDERANÇA ESTRATÉGICA
O processo de transformar as organizações a partir do que realmente são no que o líder quer
que venham a ser.

Três aspetos fundamentais:


➢ Insatisfação com a situação atual da empresa
➢ Uma visão do que ela deveria ser
➢ Um processo que possa conduzir à mudança
288
5. Liderança e Cultura Organizacional

LIDERANÇA - ABORDAGEM PELO PERFIL

Traços de um líder (Dess):

▪ Integridade Capacidades:
▪ Maturidade

▪ Energia ▪ Técnicas
▪ Capacidade de julgamento

▪ Capacidade de inovação ▪ Cognitivas

▪ Inteligência
▪ Inteligência emocional
▪ Capacidades técnicas

289
5. Liderança e Cultura Organizacional

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

➢ Auto-conhecimento

➢ Auto-regulação

➢ Motivação

➢ Empatia

➢ Relacionamento social

290
5. Liderança e Cultura Organizacional

ABORDAGEM COMPORTAMENTAL - MODELO DA UNIVERSIDADE DE OHIO

Alta Alta estrutura


C consideração
O
N Alta
S
I
Reduzida consideração
D estrutura
E
R
A
Ç
Reduzida Alta estrutura
à estrutura
O
Reduzida
Reduzida consideração
consideração
ESTRUTURA 291
5. Liderança e Cultura Organizacional

GRELHA DE GESTÃO DE BLAKE E MOUTON

Elevada

Preocupação com as pessoas

Reduzida

Reduzida Preocupação com a produção Elevada


(resultados) 292
5. Liderança e Cultura Organizacional

ABORDAGEM CONTINGENCIAL - TEORIA CAMINHO / OBJETIVO

Características
da tarefa

Comportamento Efeito da liderança na


de liderança motivação e satisfação

Características dos
subordinados
293
5. Liderança e Cultura Organizacional

CONTINUUM DE LIDERANÇA

Liderança centralizada Liderança centralizada


no chefe nos subordinados

Uso de autoridade
pelo gestor Area de liberdade
dos subordinados

O gestor O gestor O gestor


O gestor O gestor
apresenta define os permite que
O gestor O gestor apresenta apresenta
o problema, limites e subordinados
toma a “vende” as suas uma
recebe pede ao funcionem
decisão e a sua ideias e decisão
sugestões e grupo que dentro de
comunica decisão pede sujeita a
toma a sua tome uma lim. definidos
perguntas modificação
decisão decisão por superior

294
5. Liderança e Cultura Organizacional

MODELO DE LIDERANÇA DE HERSEY- BLANCHARD

Elevado
Comportamento/Relação

Reduzido

Reduzido Elevado
Comportamento/tarefas

Elevado Moderado Reduzido

M4 M3 M2 M1

Grau de maturidade 295


5. Liderança e Cultura Organizacional

CONDICIONANTES DA ESCOLHA DO ESTILO DE LIDERANÇA

Características do gestor:
- Convicções básicas sobre as pessoas
- Experiência, conhecimentos e competência
- Grau de auto-confiança
- Compromisso com a estratégia da empresa

Características do pessoal: Características da situação:


- Sentido ético em relação ao trabalho. - Número de membros do grupo
- A atitude em relação à autoridade.
Estilo de - Tipo de tarefas.
- Grau de maturidade. liderança - Situações de crise.
- Experiência e aptidões. - Objectivos da unidade.
- Estilo de gestão do superior.

Características da organização: Ambiente externo:


- Dimensão e idade - Estrutura da indústria
- Cultura - Tx de crescimento do mercado
- Disponibilidade de recursos - Nº e tipo de concorrentes
- Padrões de interaccão entre empregados - Constrangimentos politico-legais
- Possibilidade de diferenciação
296
5. Liderança e Cultura Organizacional

CARACTERÍSTICAS DA CULTURA DE UMA ORGANIZAÇÃO

profissão identificação empresa

individual ênfase no grupo grupo

tarefas focalização nas pessoas pessoas

independente integração departamental interdependente

folgado controlo apertado

reduzida tolerância do risco elevada

desempenho critérios de recompensas outros

reduzida tolerância de conflitos elevada

meios orientação meios / fins fins

interna oncepção de sistema aberto externa 297


5. Liderança e Cultura Organizacional

TEIA CULTURAL DE UMA ORGANIZAÇÃO

Histórias Símbolos

Rituais e Estruturas
rotinas Paradigma de poder

Sistemas de Estrutura
controlo organizacional

298
5. Liderança e Cultura Organizacional

ANÁLISE DA CULTURA DE UMA ORGANIZAÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES


ESTRATÉGICAS
(Lynch)
1. Idade da organização? Ambiente estável ou em rápida mudança?
2. Estrutura acionista? pequena empresa familiar? sociedade anónima cotada? valores
fundamentais
3. Como está organizada? clara estrutura de tomada de decisões? Estruturas formais ou
informais? competição interna ou o espírito de colaboração?
4. Avaliação dos resultados? bonomia ou rigor? Que elementos são monitorizados? Enfatiza-se
a análise do passado ou a perspetiva estratégica do futuro?
5. Tomada de decisões? Individualmente? Coletivamente? Por consenso? Distribuição do poder
através da organização? Quem pode travar e quem pode encorajar a mudança?
6. Quais as qualidades apreciadas num bom gestor? E num bom subordinado?
7. Recompensas? Simples remuneração? Atuam por medo? Lealdade? Satisfação por um
trabalho bem feito?
8. Controlo individual e dos grupos? pessoais ou impessoais? Avalia-se o entusiasmo e
interesse? Ou regulamentos e regras são abstratos?
9. Como é que as pessoas lidam com a mudança? Com facilidade ou dificuldade?
10. Trabalho em equipa ou individualmente? O que é que a empresa prefere? 299
5. Liderança e Cultura Organizacional

TESTES DE RELEVÂNCIA ESTRATÉGICA

RISCO: a organização pretende mudar o seu nível de risco?

Recompensas: como são encaradas as recompensas e a satisfação do


trabalho?

Mudança: qual o grau de mudança necessário? Elevado ou reduzido?

Redução de custos: a organização procura uma elevada redução de custos?

Vantagem competitiva: novas vantagens competitivas são necessárias ou


as existentes são suficientes?

300
5. Liderança e Cultura Organizacional

CLASSIFICAÇÃO DAS CULTURAS


(Deal e Kennedy)

301
5. Liderança e Cultura Organizacional

CLASSIFICAÇÃO DAS CULTURAS


(Harrison)

302
5. Liderança e Cultura Organizacional

RELAÇÃO GRAU DE PARTICIPAÇÃO / EFICÁCIA DA DECISÃO

Eficácia da decisão

Grau de participação
303
5. Liderança e Cultura Organizacional

ESFORÇO DA ORGANIZAÇÃO / FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO

crescivo
Esforço cultural
total da
organi-
zação

colaborativo
comando
mudança

Formulação Implementação

304
5. Liderança e Cultura Organizacional

TIPOLOGIAS DE
autocrático autónomo
FORMAÇÃO
DAS
ordens e directivas envolvimento e influência
ESTRATÉGIAS

TIPOLOGIAS DE FORMAÇÃO DA ESTRATÉGIA Fonte

Comando Simbólica Racional Transactiva Generativa Hart (1992)

Comando De Mudança Cultural Colaborativa Cresciva Bourgeois e Brodwin(1984)

Intencionada Emergente Mintzberg (1978)

Estratégia Estratégia Estratégia


imposta por originada em influenciada
imposição e análises pelas iniciativas
visão do racionais e dos gestores
gestor sistemáticas intermédios e
principal (planeamento) pessoal 305
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

MUDANÇA

A mudança pode ser devida fundamentalmente a

Fatores externos (alterações significativas do ambiente externo)


ou
Fatores internos

A mudança pode ser

Evolucionária
gradual, incremental e geralmente bem focalizada
(ex: introdução de um novo sistema de gestão da qualidade)

Revolucionária
estratégica, mais rápida, por vezes dramática e de focalização mais alargada
(ex. através da reengenharia, reestruturação e inovação)
306
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

MUDANÇA

A mudança organizacional, mais evolucionária acontece praticamente em todas as


organizações e é inevitável

A mudança estratégica, mais revolucionária resulta da gestão consciente com esse


objectivo.
A mudança estratégica pode ser vista como a gestão proactiva da mudança na empresa para
atingir os objectivos estratégicos claramente definidos

De um modo geral, na prática, as mudanças têm sempre uma componente maior ou menor de
evolução (mudança organizacional) e de revolução (mudança estratégica).

307
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

FONTES INDIVIDUAIS DE RESISTÊNCIA À MUDANÇA

➢ O hábito

➢ A segurança

➢ Fatores económicos

➢ Receio do desconhecido

➢ Informação seletiva

308
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

FONTES DE RESISTÊNCIA ORGANIZACIONAL À MUDANÇA

➢ Inércia estrutural

➢ Foco de mudança limitado

➢ Inércia de grupo

➢ Ameaça às competências

➢ Ameaça às relações de poder estabelecidas

➢ Ameaça à estabelecida distribuição de recursos


309
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

TÁTICAS PARA ELIMINAR OU ATENUAR AS FONTES DE RESISTÊNCIA

➢ Educação e comunicação

➢ Participação e envolvimento

➢ Facilitação e apoio

➢ Negociação e acordo

➢ Manipulação e cooptação

➢ Coerção
310
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

IMPLEMENTAÇÃO DA MUDANÇA – MODELO DE LEWIN

1.ª fase 2.ª fase 3.ª fase

situação
Forças de resistência

desejada Forças de resistência Recongelamento

actual
Descongelamento Forças de apoio

Forças de apoio

tempo 311
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

IMPLEMENTAÇÃO DA MUDANÇA - MODELO DE KOTTER

1. Estabelecer um sentido de urgência

2. Criar uma coligação orientadora

3. Desenvolver a visão e estratégia

4. Comunicar a alteração da visão

5. Delegar de uma forma alargada

6. Gerar e evidenciar vitórias de curto prazo

7. Consolidar os ganhos obtidos e produzir mais mudanças

8. Ancorar as novas abordagens na cultura


312
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

IMPLEMENTAÇÃO DA MUDANÇA - MODELO DE KOTTER

1. Estabelecer um sentido de urgência


➢ Analisando o mercado e as realidades competitivas
➢ Identificando e discutindo as crises reais ou potenciais e as grandes oportunidades

2. Criar uma coligação orientadora


➢ Colocando um grupo com poder em posição de liderar a mudança
➢ Fazendo com que o grupo trabalhe como uma verdadeira equipa

3. Desenvolver a visão e estratégia


➢ Criando uma visão que ajude a orientar os esforços da mudança
➢ Desenvolvendo estratégias para alcançar essa visão

4. Comunicar a alteração da visão


➢ Utilizando todas as formas de comunicação para, constantemente, transmitir a nova
visão e a estratégia
➢ Tendo a coligação orientadora como guia do comportamento a esperar dos
313
empregados
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

IMPLEMENTAÇÃO DA MUDANÇA - MODELO DE KOTTER

5. Delegar de uma forma alargada


➢ Identificando os obstáculos
➢ Mudando os sistemas ou estruturas que obstaculizem a concretização da nova visão
➢ Encorajando a assunção de riscos, ideias e atividades e ações não tradicionais

6. Gerar e evidenciar vitórias de curto prazo


➢ Planeando para melhoramentos ou «vitórias» visíveis
➢ Criando essas vitórias
➢ Dando visibilidade ao reconhecimento e recompensa das pessoas que as tornaram
possíveis

314
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

IMPLEMENTAÇÃO DA MUDANÇA - MODELO DE KOTTER

7. Consolidar os ganhos obtidos e produzir mais mudanças


➢ Usando o acréscimo de credibilidade para mudar todos os sistemas, estruturas e
políticas que não se ajustam ou não se ajustam à nova visão
➢ Recrutando, promovendo e desenvolvendo as pessoas que podem implementar a
mudança da visão
➢ Revigorando o processo com novos projetos, temas e agentes da mudança

8. Ancorar as novas abordagens na cultura


➢ Criando melhor desempenho através de comportamento orientado para o cliente e a
produtividade, com mais e melhor liderança e uma gestão mais eficaz
➢ Articulando a conexão entre o novo comportamento e o sucesso da organização
➢ Desenvolvendo meios que assegurem o desenvolvimento da liderança e a sucessão

315
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

FORMAS DE ADESÃO À MUDANÇA

1. Oposição

2. Indiferença

3. Contribuição para a mudança

4. Fazer com que aconteça

316
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

FASES DO PROCESSO DE MUDANÇA

Perceção inicial

Interesse na mudança

Querer que aconteça

Predisposição para a ação

317
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

INOVAÇÃO

Geração e exploração de novas ideias


Criação de coisas novas/rearranjar de coisas antigas de nova forma

Incremental/evolucionária: - melhorias incrementais nos produtos ou processos pela


melhoria de desempenho, mantendo a posição competitiva das empresas, geralmente com
custos mais baixos

Radical/revolucionária: - avanços no produto ou no processo abrindo a possibilidade a


indústrias novas: Relativamente rara e geralmente originada fora da empresa

Fechada: a empresa gera, desenvolve e comercializa as suas ideias

Aberta: a empresa comercializa quer as suas ideias quer as inovações originadas noutras
empresas e procura trazer para o mercado as ideias que desenvolveu («porosidade» das
barreiras entre empresas)
318
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

FONTES DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL

Market pull (necessidades ou pressões externas dos mercados)

Technology push (força interna do desenvolvimento tecnológico)

1. Acontecimentos inesperados

2. Contradição (realidade/forma como é encarada)

3. Alterações dos processos de trabalho

4. Alterações na estrutura da indústria ou do mercado

5. Alterações demográficas

6. Mudanças na forma de ver o mundo

7. Novo conhecimento 319


6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

INOVAÇÃO SUSTENTADA / DISRUPTIVA ; O DILEMA DO INOVADOR

INOVAÇÃO SUSTENTADA
Elevação do nível de desempenho de produtos ou serviços existentes de acordo com as
dimensões historicamente mais valorizadas pelos clientes mais significativos num mercado
existente

INOVAÇÃO DISRUPTIVA
Disrupção de novo mercado: criando um novo mercado (com os não consumidores)
Disrupção de baixo mercado (low end market): concorrendo em “baixo mercado”
(segmento de mercado menos trabalhado)

DILEMA DO INOVADOR
O problema das empresas que, sendo bem sucedidas, por força da inovação sustentada, não
investem tão cedo quanto deviam em inovações disruptivas

320
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

INOVAÇÃO DISRUPTIVA VS INOVAÇÃO SUSTENTADA

desempenho
Clientes mais
exigentes

diferentes medidas de
desempenho Clientes menos
exigentes

tempo

tempo

321
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

RESPOSTAS ESTRATÉGICAS PARA ULTRAPASSAR O DILEMA DO INOVADOR

Focalizar e investir no negócio tradicional - partindo do princípio de que a inovação


disruptiva não irá crescer indefinidamente e não irá conseguir capturar 100% do mercado.

Ignorar a inovação - Partindo do princípio de que se trata de diferentes clientes com


diferentes conceitos de valor que requerem diferentes capacidades e competências, assume-se
que «não é o nosso negócio»

Atacar pela retaguarda - ação disruptiva em relação à inovação disruptiva — criando um


jogo ainda mais novo.

Jogar os dois jogos simultaneamente - através de uma unidade separada.

Agarrar completamente a inovação e desenvolvê-la ao máximo.

Na maior parte dos casos, um dos efeitos resultantes da inovação disruptiva é o crescimento do mercado
total acompanhado do crescimento de oportunidades para ambos os grupos de contendores, os 322
incumbentes e os recém-chegados.
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

EMPRESAS INOVADORAS BEM SUCEDIDAS / CARACTERÍSTICAS

➢ Recolha sistemática dos impulsos que podem conduzir à inovação

➢ Recrutamento, desenv. e promoção dos empregados / criatividade

➢ Ênfase no trabalho de equipa

➢ Abordagem/desenvolvimento de projetos e capacidade para os gerir

➢ Cooperação com especialistas externos

➢ Cultura propícia a uma equilibrada assunção de riscos

➢ Motivação dos empregados/melhorar produtos e operações

➢ Preocupação com a educação e formação contínua dos empregados

➢ Capacidade financeira para o suporte das atividades de inovação 323


6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

EMPREENDEDORISMO

Está intrinsecamente associado à inovação e envolve a criatividade e a capacidade para


assumir riscos

Capacidade de uma empresa para desenvolver novos produtos ou serviços e gerir o processo
de inovação

Muitas vezes, associado à iniciativa individual de uma pessoa e também à criação pura de
novos negócios, novas empresas.
Mas pode também ser visto como o comportamento fortemente colaborativo e com aplicação
efetiva no interior das empresas (Intra empreendedorismo ou empreendedorismo
organizacional)

Forma de pensar e agir oportunisticamente obcecada, holística por natureza, e balanceada em


termos de liderança / criação de valor

324
6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

FORMAS PARA DESENVOLVER O INTRAEMPREENDEDORISMO

➢ Autonomia dos diversos departamentos

➢ Encorajamento do envolvimento global da empresa nos seus objetivos

➢ Centros de proveitos em vez de centros de custos

➢ Permitir alguma liberdade de opção nas tarefas a desempenhar, em esforços de inovação,


alianças e permutas.

➢ Encorajar o desenvolvimento dos empregados/programas de formação.

➢ Conceder um estatuto interno relevante às empresas criadas internamente.

➢ Apoiar e definir um tipo de contrato entre as empresas internas

➢ Definir um sistema de resolução dos diferendos internos 325


6. Gestão da mudança, Inovação e Empreendedorismo

PROCESSO DO EMPREENDEDORISMO (Modelo de Timmons)

Comunicação

Oportunidade Recursos
(2) Plano de negócio
(4)
Alinhamentos e desvios
Ambiguidade Forças exógenas

Criatividade Liderança
Equipa
(3)
Incerteza Mercado de capitais

Fundador
(1)
326
PARTE 4. AVALIAÇÃO E CONTROLO DA ESTRATÉGICA

327
6. Processo de avaliação da estratégia

RELAÇÃO PLANEAMENTO/CONTROLO

Novos Planos

Não há
PLANEAMENTO Implementação CONTROLO desvios
dos planos significativos

Desvios
significativos

ACÇÕES
CORRETIVAS
328
6. Processo de avaliação da estratégia

CONTROLO TRADICIONAL (SEQUENCIAL) VS CONTEMPORÂNEO


(COMPORTAMENTAL)

Formulação da Implementação Controlo


Estratégia da Estratégia Estratégico

Formulação da Implementação
Estratégia da Estratégia

Controlo Controlo
Informacional Comportamental
Controlo
Estratégico
329
6. Processo de avaliação da estratégia

CONTROLO ESTRATÉGICO COMPORTAMENTAL

Fronteiras

CONTROLO
ESTRATÉGICO

Cultura Recompensas

330
6. Processo de avaliação da estratégia

APRENDIZAGEM EM CICLO SIMPLES E CICLO DUPLO

AÇÕES RESULTADOS

Ciclo Simples

Reformular
REPENSAR AVALIAÇÃO DOS
AÇÕES RESULTADOS
a estratégia

Ciclo duplo

Rever pressupostos
da estratégia 331
6. Processo de avaliação da estratégia

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA

1. Consistência (interna): objetivos consistentes, potenciadores de


coordenação, sem conflitos interdepartamentais

2. Consonância (com o ambiente): resposta adaptativa ao ambiente externo


e às suas mudanças críticas

3. Vantagem competitiva: assentar numa superioridade em recursos,


capacidades ou posicionamento

4. Exequibilidade: possibilidade de concretização com os recursos de que a


empresa dispõe

332
6. Processo de avaliação da estratégia

FASES DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA

I. Rever pressupostos da estratégia

Diferenças? Sim
III.
Não
Desencadear
II. Medir o desempenho da empresa Ações
Corretivas
Diferenças? Sim

Não

Manter o curso atual


333
6. Processo de avaliação da estratégia

REVER PRESSUPOSTOS

➢ Qual a razão por que os concorrentes estão a proceder a alterações das suas estratégia?
(Tendência do mercado que a nossa empresa ainda não detetou?)

➢ Por que razão algumas estratégias dos concorrentes têm mais sucesso do que outras? (Que
podemos aprender com a experiência e os erros deles?)

➢ Qual o grau de satisfação dos nossos concorrentes quanto à posição de mercado e


rendabilidade?

➢ Até onde podemos pressionar os nossos concorrentes sem que haja retaliação? (Há espaço
por ocupar no mercado?)

➢ Como poderemos cooperar mais eficazmente com os nossos concorrentes? (Uma estratégia
de cooperação pode e deve ser equacionada?)

334
6. Processo de avaliação da estratégia

MONITORIZAR AMEAÇAS E OPORTUNIDADES, PONTOS FORTES E FRACOS

➢ As oportunidades definidas continuam a ser oportunidades?

➢ Surgiram outras oportunidades no ambiente externo?

➢ As ameaças ainda são ameaças?

➢ Surgiram outras ameaças?

➢ A empresa está vulnerável a um takeover hostil?

335
6. Processo de avaliação da estratégia

MEDIÇÃO DO DESEMPENHO DA EMPRESA

➢ Comparar os resultados conseguidos com os esperados

➢ Analisar os desvios em relação ao plano

➢ Avaliar o desempenho individual

➢ Melhorar os objetivos estabelecidos

336
6. Processo de avaliação da estratégia

MEDIÇÃO DO DESEMPENHO DA EMPRESA

Importa também comparar o desempenho da empresa


➢ Ao longo do tempo
➢ Com o desempenho dos concorrentes e
➢ Com o desempenho médio da indústria

Dois tipos de análise do desempenho: análise quantitativa e análise qualitativa

Na análise quantitativa as ferramentas mais usadas são o controlo orçamental e os rácios.

Na análise qualitativa há que avaliar:


➢ A consistência interna da estratégia
➢ A consistência da estratégia com o ambiente
➢ O grau de risco que é considerado aceitável
➢ A adequada distribuição das tarefas no tempo
➢ A possibilidade prática da sua execução
337
7. Processo de controlo da estratégia

CONTROLO ORÇAMENTAL GLOBAL

Custos Proveitos
Orçamento de
vendas Orçamento de
resultados
Orçamentos
auxiliares:
Pessoal…..

Despesas Receitas
Orçamento de Orçamentos
produção auxiliares: Orçamento de
gastos tesouraria
gerais…..

Orçamentos Créditos, Débitos,


auxiliares: stocks capital
Investimen- Balanço
Orçamento de
tos….. patrimonial
aprovisionamentos
previsional
338
7. Processo de controlo da estratégia

RÁCIOS
Liquidez imediata = Disponibilidades
Débitos de curto prazo

Tesouraria
Liquidez Reduzida = Disponibilidades + Créditos curto prazo
Débitos de curto prazo
Activo circulante
Liquidez Geral = Débitos de curto prazo

F i n a n c e i r o s Capitais permanentes

Estrutura financeira
Cobertura do I mobilizado =
Activo imobilizado
Capitais permanentes
Autonomia Financeira = Passivo total

Solvabilidade Total = Capitais próprios


Passivo total

Tempo Médio de Cobranças (em meses) = Créditos (de Clientes) X 12


Funcionamento

Vendas

Tempo Médio de Pagamento de Dívidas (meses) = Débitos (fornecedores) X 12


Compras

Stock médio 339


Tempo médio de Rotação de Stocks (meses) = X 12
Vendas (custo)
7. Processo de controlo da estratégia

RÁCIOS
Resultados Líquidos
Rendabilidade do Capital Próprio = x 100

Rendabilidade
Capital Próprio (médio)

Rendabilidade do Activo Total = Resultados Líquidos + Custos Financeiros x100


Activo Total (médio)

Rendabilidade das Vendas = Resultados Líquidos x 100


Vendas

E c o n ó m i c o s

Alavancagem
RL R L+CF A RL
Alavanca Financeira (Leverage) = = X X
CP A CP R L+CF
X
Kf
Ponto Crítico de Vendas = (sendo W = Custos Variáveis / Vendas)
1-W

Produtividade
Produção
Produtividade da Mão de Obra =
Volume da Mão de obra

Produção
Produtividade dos Equipamentos =
Volume dos equipamentos

Resultados Líquidos
EPS (Earning per share = lucro por acção) =
Outros

Nº total de acções

Cotação de uma acção


PER (Price earning ratio = relação preço / resultado) = 340
Lucro por acção (EPS)
7. Processo de controlo da estratégia

PONTO CRÍTICO DE VENDAS


Lucro

Ponto V
Crítico de
Vendas
KT
Prejuízo

KF
y0 Pc=
1-σ
Valores
KF
KV
σ=
KV V

x0 Quantidades
Redução Aumento Combinação de Redução
de ativos de receitas estratégias de custos

341
Atuações estratégicas sugeridas
7. Processo de controlo da estratégia

MATRIZ DE AVALIAÇÃO DA ESTRATÉGIA

Ocorreram grandes Ocorreram grandes Progresso na


alterações na posição alterações na posição prossecução dos
estratégica interna da estratégica externa da objetivos Conclusão
empresa? empresa? propostos significativo?
Não Não Não Acções corretivas

Sim Sim Sim Acções corretivas

Sim Sim Não Acções corretivas

Sim Não Sim Acções corretivas

Sim Não Não Acções corretivas

Não Sim Sim Acções corretivas

Não Sim Não Acções corretivas

Não Não Sim Manter atuação

342
7. Processo de controlo da estratégia

OS 7s DA MCKINSEY

Estrutura
(structure)

Estratégia Sistemas
(strategy) (systems)

Valores
partilhados
(shared values)
Capacidades Estilo de
da gestão
Organização (style)
(skills)
Técnicos
(staff)
343
7. Processo de controlo da estratégia
EXEMPLOS DE RELAÇÕES RECÍPROCAS

Xxxxxxxx Xxx Xxxxxxx Xxx Xxxxxxxxxx Xxxx


Estratégia alteracões
Xxxxx Xxxxxxx Xxxx Xxxxxxxx Xxxxxx Xxxxxxxxxx

Xxx Xxxxxxxx Xxx Xxxxxxxx Xxx


Estrutura Alterar?
alteracões
Xxxxxxx Xxxxx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxxxx
Xxxxxxxx Xxx Xxxxxxxx Xxx
Sistemas alteracões A estratégia proposta vai
Xxxxx Xxxxxxx Xxxxx Xxxxxxx contra os valores
Xxx Xxxxxxxx Xxx partilhados?
Alterar?
Valores partilhados alteracões
Xxxxxxx Xxxxx Xxxxxxx
Xxxxxxxx Xxx
Estilo alteracões
Xxxxx Xxxxxxx Alterar?
Xxx
Técnicos e quadros alteracões
Xxxxxxx O estilo de gestão dos quadros (antigos)
Alterar?
conflitua com os empregados recentemente
Capacidades admitidos?
alteracões
344
7. Processo de controlo da estratégia

BALANCED SCORECARD

Medidas Balanced Implementação


financeiras scorecard da estratégia

345
7. Processo de controlo da estratégia

BARREIRAS À IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA

Apenas 10% das organizações


executam a estratégia

Barreiras à execução da estratégia

Visão Pessoais Gestão Recursos


Apenas 5% do Apenas 25% 85% das equipas 50% da
pessoal tem um dos gestores de executivos organização
conhecimento tem incentivos gastam menos de não liga os
perfeito da ligados à 1h / mês a discutir orçamentos à
estratégia estratégia a estratégia estratégia 346
7. Processo de controlo da estratégia

OS 5 PRINCÍPIOS DO BALANCED SCORECARD

1 Traduzir a estratégia em

5 termos operacionais
• Mapas estratégicos
2
Mobilizar a mudança • Balanced scorecard
Alinhar a organização com a
através da liderança estratégia
executiva
BALANCED • Sinergias entre as SBU
• Mobilização
ESTRATEGIA •Sinergias entre serviços
• Processos de governança partilhados
• Sistema de gestão SCORECARD
estratégica

Converter a estratégia num Transformar a estratégia em


processo contínuo tarefa de todos
• Ligação estratégia / orçamentos • Consciência estratégica
4 • Scorecards pessoais
3
• Sistemas de informação e análise
• Aprendizagem estratégica • Ligação desempenho / incentivos
347
7. Processo de controlo da estratégia

ESTRUTURA BÁSICA DO BALANCED SCORECARD

Para termos sucesso


financeiramente, como deveríamos
Para alcançarmos a nossa
ser vistos pelos nossos acionistas
visão, como deveríamos ser
vistos pelos nossos
Finanças e outros financiadores?
clientes?

VISÃO E Processos
Clientes
ESTRATÉGIA internos

Para satisfazermos acionistas,


Para alcançarmos a nossa Aprendizagem e credores e clientes, em que
processos de negócios devemos
visão, como sustentaremos a crescimento alcançar a excelência?
nossa capacidade de mudar e
melhorar?
348
7. Processo de controlo da estratégia

MAPA ESTRATÉGICO SIMPLIFICADO

Rendabilidade
Financeira
Crescimento

Fidelização
Cliente
Satisfação
dos clientes

Qualidade Processos
do serviço internos

Satisfação dos
colaboradores Aprendizagem
Planos de
incentivos Crescimento 349
7. Processo de controlo da estratégia

MAPA ESTRATÉGICO
Otimizar o valor
da empresa Financeira
Crescimento Produtividade

Valor para Expansão Estrutura de


Uso de ativos
os clientes geográfica custos

Clientes satisfeitos e fidelizados Cliente


preço qualidade disponbilidade seleção funcional serviço parceria marca

Melhor qualidade e mais eficiência Processos


Proc. operacional Proc. Gest. Clientes Proc. Inovação Proc.regul e soc internos
Cadeia de valor Seleção Ident. oprtunidades Ambiente
Produção Aquisição Pesq. Desenv. Segurança /saúde
Distribuição Retenção Design e desenv. Emprego
Gestão do risco Crescimento Lanç.novos produtos Comunidade

Pessoal treinado e motivado Aprendizagem


Competências Tecnologia Cultura organizacional Crescimento
350 350
7. Processo de controlo da estratégia

Balanced scorecard (exemplo)


Mapa Objectivos
Perspectivas Indicadores Metas Iniciativas
estratégico estratégicos

Crescimento do Lucro operacional Aumento de 20% do + Pontos venda


lucro lucro prazos pagamento
Exportação
Financeira + Participação França e Aumento 12% França +nº de agentes
no mercados Espanha Aumento 10% Campanha
externos Espanha publicitária

Satisfação do % satisfação Aumento satisfação + Promoção


cliente clientes cl 10% + Nº vendedores
Clientes
Fidelização % retenção Aumento retenção Atendimento ao
clientes cl 12% cliente

Qualidade % de produtos Melhoria de 30% na Programa de


sem defeitos qualidade qualidade total
Processos
internos Índice de Aumento de 10% na Programa de
Eficiência
eficiência eficiência produtividade

Treinar e equipar Produtividade do Aumento de 10% na Programa de


pessoal pessoal produtividade Formação
Aprendi- Intensiva
zagem e
Motivar Índice satisfação Melhoria do clima
crescimento dos empregados organizacional 10% Prémios (assid...) 351
7. Processo de controlo da estratégia

AUDITORIA ESTRATÉGICA

1. Análise e avaliação dos resultados atuais de desempenho em termos de:


1.1. retorno do investimento, rentabilidade, etc. 1.2.- missão atual, objetivos, estratégias
e políticas

2. Análise e revisão da governação da empresa (Cons. Administração e outros órgãos gest. de


alto nível)

3. Análise e avaliação do ambiente externo para determinar os fatores estratégicos (em


especial os fatores críticos de sucesso) que representam oportunidades e ameaças.

4. Análise e avaliação do ambiente interno para determinar os pontos fortes (especialmente


competências - chave) e os pontos fracos

352
7. Processo de controlo da estratégia

AUDITORIA ESTRATÉGICA

5. Análise dos fatores estratégicos (SWOT) para:


5.1. identificar áreas problemáticas
5.2. rever e alterar a missão e os objetivos, se necessário

6. Análise da avaliação e seleção da melhor estratégia alternativa (considerando análise ponto


anterior)

7. Análise da implementação da estratégia selecionada (análise dos programas, orçamentos e


procedimentos

8. Avaliação e controlo da estratégia implementada através de sistemas de feedback e do


controlo de atividades para ter a certeza de que elas se desviam o menos possível dos planos

353
FIM

Mestrado em Gestão
2023

354

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