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PEDAGOGIA

SAMARA MOREIRA SABOIA


RA:2992895704

PROJETO DE ENSINO

Ludicidade na infância

RIO BRANCO-AC
2023

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SAMARA MOREIRA SABOIA

PROJETO DE ENSINO

Projeto de ensino apresentado à Universidade


Unopar como requisito parcial conclusão do curso
de pedagogia.

Orientador(a): Lilian Amaral da Silva Souza

RIO BRANCO-AC

2023

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Sumário

1 Introdução. ................................................................................................................................4
2.tema: ludicidade na infância. ..................................................................................................6
3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................7
4 PARTICIPAÇÃO. ..................................................................................................................... 8
5 OBJETIVOS ..............................................................................................................................9
5 PROBLEMATIZAÇÃO. ............................................................................................................9
6. Referencial teórico ................................................................................................................. 10
7 METODOLOGIAS. .................................................................................................................. 16
8. CRONOGRAMA ..................................................................................................................... 17
9.RECURSOS ............................................................................................................................. 18
10 considerações finais. ............................................................................................................ 18
11.REFERÊNCIAS. ............................................................................................................................20

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1. INTRUDUÇÃO

A pesquisa aqui apresentada pretende fazer uma breve reflexão sobre o


conceito de lúdico, bem como demostrar sua importância no desenvolvimento infantil
e sua utilização dentro da educação como uma metodologia que possibilita mais
vida, prazer e significado ao processo de ensino aprendizagem, no qual criança se
torna um sujeito ativo e estimulado a compreender sua própria vivência social

O lúdico tem origem na palavra latina lundus, que significa “jogo”. Se


formos analisar esse contexto, o lúdico só se referiria ao jogar, ao brincar, ao
movimento livre e natural da criança, porém o lúdico é uma nova aprendizagem, é
um meio que acrescenta e enriquece o desenvolvimento corporal e intelectual.

A ludicidade é um tema que conquistou um grande espaço junto à


educação, uma ferramenta de ensino muito importante para o desenvolvimento
integral do aluno, na medida em que o brincar revela a essência da infância e do
próprio indivíduo. O seu uso permite um trabalho pedagógico que possibilita a
produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento. Trabalhar com
o lúdico na educação infantil é um desafio a mais dentro do campo escolar do
conhecimento ao qual os alunos são submetidos no decorrer de sua vida escolar. O
papel da educação escolar é formar pessoas criativas e consequentemente críticas
que em seu cotidiano, criem, invertem, descubram, que sejam capazes de construir
conhecimentos. Não se propondo a aceitar simplesmente o que o outro já fizeram,
pensam ou oferecem como verdade absoluta. Daí a importância de se ter em sala de
aula, alunos que sejam ativos, que aprendem a investigar e descobrir,
desenvolvimento assim atitudes mais de iniciativas do que de expectativas.

Manter a atenção dos alunos sem perder o foco de aprendizagem


atualmente é um desafio imenso, pois estamos ladeados por mídias e uma
diversidade de recursos tecnológicos os quais exigem do professor uma reflexão
mais afundo de sua prática.

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A infância é considerada a idade das brincadeiras. Acreditamos que por
meio delas a criança satisfaz, em grande parte, seus interesses, necessidades e
desejos particulares, sendo estas um eixo privilegiado de inserção na realidade, pois
expressa a maneira como a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói
o mundo. Destacamos o lúdico como umas das maneiras mais eficazes de envolver
os alunos nas atividades pois a brincadeira é algo inerente na criança é sua forma
de trabalha, refletir, e descobrir o mundo que a cerca.

A criança interage com o mundo por meio de diferentes ferramentas. O


ato de brincar é uma forma de comunicação em que a criança tem a oportunidade de
reproduzir o seu cotidiano através da linguagem lúdica. Brincar possibilita a
aprendizagem e facilita a construção da autonomia, da reflexão e da criatividade; e
pode também estabelecer uma relação ao se utilizar jogos pedagógicos que
promovam o desenvolvimento físico, cultural, social, afetivo, e cognitivo da criança.

Um dos grandes problemas da educação atualmente, senão o maior de


todos é promover um aprendizado prazeroso e que estimule o educando a estudar
mais e mais. Nossos estudantes

vivem em um momento de busca por afirmação no mercado de trabalho


bem como, na sua própria vida social, porém um tanto quanto demorada. Dentre os
quais podemos citar: escolas sucateadas, professores desestimulados, conteúdo
desatualizado etc.

A educação de modo geral necessita de um olhar especial, uma nova


roupagem, na qual os alunos seja realmente o sujeito mais interessado e
interessante do processo. Caso contrário estaremos sujeitos ao ócio e propensos a
manter uma sociedade inoperante e desacreditada na escola como instituição
formadora.

A educação infantil não se difere muito dos outros ciclos educacionais,


encontramos escolas sem as mínimas condições que propicia um aprendizado
integro e mínimo. Nossos professores tendo que se desenrolar para oferecer as

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crianças um aprendizado que vise o desenvolvimento social mais igualitário, porém,
esbarram em inúmeros empecilhos como falta de material didático, espaço
adequado para as atividades e um dos grandes vilões, alimentação adequada para a
idade e o nível educacional.

2. Tema: ludicidade na infância.

No século XV, a criança era vista como um adulto em miniatura, ficando


assim a infância roubada ou perdida, mas através deste estudo, somos inclinados a
dirigir nosso olhar para a criança em suas brincadeiras, afirmando que no espaço
escolar também se aprende brincando através do lúdico, e não somente segurando
lápis e papel na mão. Para caminharmos no processo que garante a transformação
da criança, frente que é pertinente a cada faixa etária.

A ideia é importante e possui grande relevância, pois se compreende que


as brincadeiras fazem parte da infância e cabe ao professor desenvolver estratégias
para aprendizagem dos conteúdos onde os seus alunos aprendam com prazer e
satisfação para a aprendizagem dos conteúdos onde os seus alunos aprendam com
prazer e satisfação, as brincadeiras promovam alegria. O tema está relacionado aos
eixos estudados nas disciplinas durante o curso de pedagogia, dessa maneira
podemos compreender que os profissionais da área da educação precisam dos
conhecimentos adquiridos. Sendo que trabalha com a ludicidade na infância auxilia
tanto na aprendizagem no desenvolvimento pessoal, desenvolve o indivíduo como
um todo, dessa forma incluí-lo na educação infantil durante sua prática docente
resultar no desenvolvimento integral além de tornar as aulas mais dinâmica e leves
para os alunos. Segundo Freire (1996, p 47)” ensinar não é transferir conhecimento,
mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”
Desse modo por parte do educador é possível que por meio do lúdico, haja uma
maneira mais significativa e prazerosa de criar e construir de modo geral todo o
conhecimento da criança. É importante enfatizar a participação e utilização do lúdico

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por parte do educador, uma vez que é possível perceber que ele não é visto apenas
como um mediador de conhecimento mais como alguém com totais possibilidades
de não só influenciar mais também intervir diretamente em meio a personalidade da
criança.

3. JUSTIFICATIVA

O motivo pela escolha do tema encontrasse ao egresso que atualmente


encontro por trabalhar com as crianças pequenas e por compreender que os jogos e
brincadeiras devem ser explorados por todos os professores, pois estamos em uma
época em que o construtivismo faz parte da realidade educacional, embora muitos
professores ainda não trabalhem tais realidades vivenciando o tradicionalismo.

Partindo desses pressupostos, é possível observar que para o educador a


ludicidade ou o simples ato de brincar, é um momento diferenciado que permitir
observar as crianças de uma maneira única, através da brincadeira, na qual
possibilita perceber ações e atitudes que demostrem prazeres, frustrações, desejos,
enfim, aspectos que possam favorecer as ações educativa. O papel do educador em
sala de aula deve ser o de mediador, ele é a referência do aluno e precisa
desenvolver atividades diversas, atraentes, divertidas, diferentes, saindo da rotina
pedagógica centralizada na cognição, sem cair no deixar fazer sem uma orientação
educativa através do uso de recursos que resultem na melhoria da qualidade do
ensino, adquirindo assim um excelente resultado na aprendizagem dos alunos,
trazendo pontos positivos para essa relação. O educador precisa se comprometer
com o sucesso de seu aprendente, respeitando sua individualidade. (NEVES,2010)

É necessário que o educador busque criar métodos de ensino que visem


desperta integralmente a curiosidade da criança, para que haja um reforço positivo
maior em sua resposta a individualidade de cada uma das crianças respeitando suas

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especificidades, reconhecendo seus direitos a uma educação prazerosa e de
qualidade que seja também um instrumento facilitador que contribuirá positivamente
nos exercícios de sua função e na reação com a criança em meio a troca de
saberes.

“É brincando que a gente se educa e aprende. Alguns,


ouvido isso, pensam que quero tornar a educação a coisa
fácil. Coitados! Não sabem o que brincar! Brinquedo fácil não
tem graça. Brinquedo para ser brinquedo tem de ter um
desafio”. (ALVES,2008, p.42).

4. PARTICIPAÇÃO.

Esse projeto é destinado ao público infantil, onde enfatiza a importância


de
ter a ludicidade nas escolas privadas ou púbicas, focando na aprendizagem e no
desenvolvimento da coordenação motora, e lateralidade dando também seu próprio
conhecimento de si mesmo como sujeitos histórico, capazes de ser crítico
conhecedor da arte de si e na sociedade, os autores como Vygotsky(1980),
Piaget(1990), Dewey(1952), em meio seus estudos demostram a importância da
ludicidade na vida das crianças , firmando a presença de aspectos positivos tanto
no processo da aprendizagem como no desenvolvimento e toda a interação social
da criança com seus pares e como meio no qual está inserido, sendo assim o papel
do ato de brincar na constituição do pensamento infantil , pois é brincando, jogando,
que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de
aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas,
coisas e símbolos.

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5. OBJETIVOS

 Promover a defesa do direito da criança de brincar;


 Incentivar o brincar que dá oportunidade a criança de escolher
livremente como e com quem quer brincar:
 Criar oportunidades para o resgate de brinquedos e brincadeiras
característicos das diferentes regiões do país;
 Proporcionar momentos agradáveis e de prazer;
 Criar laços de amizade;
 Desenvolver a sensibilidade, o raciocínio lógico, a expressão
corporal, a capacidade de concentração, a memória, a inteligência,
o cuidado, o capricho e a criatividade;
 Criar laços de amizade;
 Estimular o trabalho em grupo.

6. PROBLEMATIZAÇÃO.

Este estudo apresenta uma reflexão sobre a importância dos jogos e


brincadeiras para o desenvolvimento integral das crianças na educação infantil, com
base nessas observações, os problemas de pesquisa são:

• Os educadores atendem os alunos da educação infantil e conhecem a


importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento da aprendizagem na
educação infantil.

• E as crianças que chegam à escola estão sendo estimuladas, nos seus


desenvolvimentos integrais através do lúdico?

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Tendo a importância de se vivenciar nas escolas esses momentos para cada
criança que levarão consigo uma grande aprendizagem onde todos se tornam
capazes de ser sujeitos históricos. Dessa maneira, percebemos que, os jogos, as
brincadeiras e alguns tipos de brinquedos, são situações em que as crianças
revelam maneiras próprias de ver e pensar o mundo. Através deles as crianças
aprendem a se relacionar com os companheiros, a trocar seu ponto de vista com as
outras metas possíveis a construir conceitos, a raciocinar sobre o seu dia a dia, a
aprimorar as coordenações de movimentos variados. Assim, estas atividades lúdicas
realizadas na escola tornaram as atividades pedagógicas indispensáveis a
aprendizagem.
Segundo Kishimoto (2003, p.36): O uso de brinquedos e jogos com fins
pedagógicos remete para a relevância desse instrumento para situações de ensino e
aprendizagem e desenvolvimento infantil. Se consideramos, que a criança pré-
escolar aprende de modo intuitivo adquire noções espontânea, em processos
interativos, envolvendo o ser humano inteiro com suas cognições, Afetividade, corpo
e interação sociais, o brinquedo desempenha o papel de grande relevância para
desenvolvê-la.
Podemos perceber que, ao brincar a criança constrói conhecimentos de
forma interessante e prazerosa, propiciando uma motivação não forçada, ou seja,
natural, necessária para uma boa aprendizagem. O brincar é fundamental para o
desenvolvimento do corpo e da mente, porém é necessário que o docente tenha um
objetivo pedagógico e construtivo ao passar as brincadeiras e os jogos, do contrário,
a aula não será produtiva e não fará nenhum sentindo para a criança.

7. Referencial teórico

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Para iniciarmos o seguinte estudo buscam- se as condições de Piaget
(1973), onde ele se verifica o desenvolvimento humano que se realiza através de
estágio, de fases, na mesma ordem para todos os indivíduos que possuem o mesmo
desenvolvimento normal, e passam por essas fases, podendo até mesmo variar as
idades.

A educação infantil no contexto político nacional. No Brasil, as lutas em


torno da constituinte de 1988, e do estatuto da criança e do adolescente e da lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, é as discussões em torno da atuação do
Ministério da Educação nos anos de 1990 são parte de uma história coletiva de
intelectuais, militantes e movimentos sociais. (KRAMER,2006).

Nos anos de 1970, as políticas educacionais voltadas á educação de


crianças de 0 a 6 anos defendiam a educação compensatória com vistas à
compensação de carências culturais, deficiência linguísticas e desfasagens afetivas
das crianças provenientes das camadas populares. Influenciados por orientações de
agências internacionais e por programas desenvolvidos nos Estados Unidos e na
Europa, documentos oficiais do MEC e pareceres do então Conselho Federal de
Educação defendiam a ideia de que a pré-escola poderia, por antecipação, salvar a
escola dos problemas relativos aos fracassos escolar. (KRAMER,2006).

Como aponta Rosemberg:” A proposta do MEC DE 1975, com alguns


ajustes periféricos, tornou se o modelo nacional de atenção ao pré-escolar até, pelo
menos, a Nova República (...) Apesar da sua força de persuasão discursiva, foi
praticamente nulo seu impacto de fato no sistema educacional” (kRAMER,2006 apud
1992ª, p.26). Entretanto o próprio debate crítico em torno destas questões motivou a
busca de alternativas para as crianças brasileiras.

Para Kishimoto (2003, p.70) jogo brincadeira e brinquedo possuem


significados distintos. Portanto, brinquedo é entendido como instrumento, suporte de
brincadeira, brincadeira como uma descrição de uma conduta estruturada com
regras e o jogo designa tanto o objeto, como as regras em ação da brincadeira.
Sendo assim, torna se necessário considera o lúdico por todas essas vertentes,
jogo, brincadeira, representação e brinquedo, entendendo assim estes não como

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componentes distintos da atividade lúdica, mas sim como peças de um quebra
cabeça que configuram a ludicidade na educação. Nessas perspectivas Schiller
(apud Chateau,1987, p.110) afirma que o “homem só é completo quando brinca”, ou
seja, a brincadeira é peça fundamental na construção da identidade da criança
enquanto sujeito. FROEBEL (apud Kishimoto, 2008, p.68) configura como a fase
mais importante da infância, onde a criança por meio desta atividade desenvolve
uma representação auto ativa do interno, atendendo assim a necessidades e
impulsos internos. Para a criança, brincar, é sinal vital, é sinônimo de vida ativa,
sendo assim é possível considerar esta atividade como meio da criança dominar
conflitos e experiências cotidianas. Compreender a importância do brincar envolve o
entendimento sobre o porquê a criança brinca e quais as necessidades E aspectos
que envolve essa atividade lúdica.

“Nem uma criança brinca só para passar o tempo, sua


escolha é motivada por processos íntimos, desejos,
problemas ansiedades. O que está acontecendo com a
mente da criança determina suas atividades lúdicas:
brincar é sua linguem secreta, que devemos respeitar
mesmo se não a entendemos.” (GARDINEI apud
FERREIRA; MISSE; BONADIO, 2004)

No que se refere ao desenvolvimento infantil brincar oferece contribuição


em vários aspectos e a falta desta atividade pode ocasionar graves consequências
para o futuro da criança em desenvolvimento.

Teles (1997, p.13) apresenta algumas consequências em torno da falta do


brincar na infância que leva a criança a desenvolver determinadas posturas como: a
falsidade; a dissimulação; a gravidade; o desajustamento sexual; vícios; neurose;
falta de iniciativa; isolamento; timidez; preguiça ou lentidão; falta de criatividade.
Portanto, é necessário que se promovam condições para que o brincar aconteça na
vida da criança, sem que esta atividade seja tomada como algo inútil ou “não-
produtivo” perante a sociedade. O brinca precisa ser uma prática reconhecida por
pais e professores, pois da relevância e o reconhecimento deste na vida do infantil é

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condição essencial para o desenvolvimento da criança criativa, de sua autoestima
positiva, e da criança segura e equilibrada.

“à criança desenvolve o que ele chama de esquemas circulares, após


o bebê, ao descobrir sua capacidade, volta a repetir sempre o
movimento. No primeiro mês, ele apenas exerce os reflexos: de 1ª 4
meses, coordena os reflexos e reações: de 4 a 8 meses, repete,
intencionalmente, as reações que produzem resultados interessantes;
de 8 a 12 meses, faz experimentação ativa; de 18 a 2 anos, adquire a
capacidade de reagir e pensar sobre objetos e acontecimentos que
não são imediatamente observáveis.” (Jean Piaget,2005, p.25).

Retrata que os jogos não são apenas uma forma de entretenimento para
gastar a energia das crianças, mas meios que enriquecem o desenvolvimento
intelectual. Dessa forma, a ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser
humano é um espaço que merece atenção dos pais e educadores pois é o espaço
para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda a criança para
exercícios da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com objetos. Assim o
lúdico possibilita o estudo da relação da criança com o mundo externo, integrando
estudos específico sobre a importância do lúdico na formação da personalidade.
Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideias,
estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o
crescimento físico e desenvolvendo, por meio dele vai se socializando com as
demais crianças. Com isso, pode se ressaltar que a educação lúdica esteve
presente em vária épocas, povos e contexto e forma uma vasta rede de
conhecimentos no campo da educação.

De acordo com Gomes (2004, p.47), a ludicidade é uma dimensão da


linguagem humana, que possibilita a “expressão do sujeito criador que se torna
capaz de dá significado a tua existência, ressignificar e transformar o mundo’.
(GOMES,2004, p 145). Ainda falando do lúdico, Gomes nos dá a chave para
estabelecer a premissa básica de nossa abordagem quando escreve:

“como expressão de significados que tem o brincar como


referência, o lúdico representa uma oportunidade de
organizar a vivência e elaborar valores, os quais se
comprometem com determinado projeto da sociedade. pode

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contribuir, por um lado com a alienação das pessoas:
forçando estereótipos, instigando discriminações, incitando a
evasão da realidade, estimulando a passividade, o
conformismo o consumismo: por outro o lúdico pode
colaborar com a emancipação dos sujeitos, por meio do
diálogo, da reflexão crítica, da construção coletiva e da
contestação e resistência a ordem social injusta excludente
que impera em nossa realidade” (GOMES,2004, p146).

Portanto sabe se que a ludicidade é uma necessidade em qualquer idade e


não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico
facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para
uma boa saúde mental, prepara o estado interior fértil, facilita a comunicação,
expressão e construção do conhecimento. Assim, a prática lúdica entendida como

Ato de brincar das crianças permite um mergulho sua trajetória ao longo


dos tempos, acumulando informações. A esse respeito Santos (2008) menciona que
esse processo cíclico retratado em cada ação e em cada jogo, permite conhecer um
pouco da evolução. Portanto, entender o brincar das crianças no cenário das
civilizações é conhecer um pouco da cultura, com isso a educação pela vida da
ludicidade propõe uma nova postura existencial cujo paradigma é um novo sistema
de aprender brincando, inspirado numa concepção de educação para além da
instrução. Para que isso aconteça é preciso que os profissionais da educação
reconhecem o real significado do lúdico para aplicá-lo adequadamente,
estabelecendo relação entre o brincar e o aprender.

“O brincar é uma atividade humana criadora, na qual


imaginação, fantasia e realidade interagem na
produção de novas possibilidades de interpretação,
de expressão e de ação pelas crianças, assim como
de novas formas de construir relações sociais com
outros sujeitos, crianças e adultos”.

Para Freire (1996, p.60, grifo do autor) [...] “presença no mundo não é de
quem ele se adaptar, mas é de quem ele se insere. É posição de quem luta para não
ser apenas objeto, mas sujeito da história”. O educador ao utilizar jogos e

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brincadeiras em seu processo de ensino utilizará ferramentas capazes de ajudar a
desenvolver a coordenação motora, imaginação, desenvolver e senso crítico do
aluno e conquistando assim sua autonomia.

O ato de brincar na educação infantil tem o papel fundamental no


desenvolvimento da criança, e embora predomine na maioria das situações o prazer,
há casos em que o desprazer é o elemento que caracteriza. no jogo ele aprende a
aceitar as regras, esperar a sua vez, aceitar o resultado, lidar com frustrações e
elevar o nível de motivação. Piaget descreve quatro estrutura básicas de jogos
infantis: “jogo de exercícios, jogo simbólico, jogo de construção, e jogo de regra”.
Cabe ao professor garantir o espaço, o tempo e as condições para que as
brincadeiras aconteçam na escola em sua essência, tendo sempre uma finalidade e
um objetivo específico. Devemos ter flexibilidade para dar a liberdade as crianças
para ela mudar o rumo atividade lúdica. Quando nascida a proposta o educador
deve ter atenção redobrada com os alunos que nunca participam, ficando sempre de
fora de tudo, porém não devem ser forçados a participar. Se a escola não atuar
positivamente garantindo o desenvolvimento das habilidades através das
brincadeiras, ela age negativamente, impedindo que esta aconteça, considerando
que as brincadeiras devam ocupar um espaço central na educação, o educador
torna se então peça chave neste quebra cabeça. Contudo brincar na escola é
diferente de brincar em casa, na rua, no play, em parquinhos ou em outros lugares.

A essência da função lúdica referenciada no jogar é uma grande propulsora


da diversão, da aprendizagem, do prazer até mesmo segundo Vygotsky (1998), do
desprazer, digo isto pela medida que se processa algumas atividades em trazer
atividades e em trazer desconfortos que não são encarados de forma tão
prazerosas, sendo considerado por muitos como algo não divertido. Se tratamos o
divertimento como zombarias, então a atividade jamais será lúdica, pois, estes dois
termos não possuem o mesmo significado. O divertimento não está caracterizado
por agressão e intolerância, desqualificação e exclusão, não sendo consideradas
atividades lúdicas aquelas que expõem os seus participantes ao ridículo ou objeto de
pistas, só podendo dar qualificação da atividade de lúdica ou não lúdica a depender
da experiência de quem dela participa. Para a criança, as brincadeiras proporcionam

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um estado de prazer, o que leva a descontração e, consequentemente, ao
surgimento de novas ideias criativas que facilitam a aprendizagem de novos
conteúdos. Pelo ato de brincar, a criança pode desenvolver a confiança em si
mesma, sua imaginação, a autoestima, o autocontrole, a cooperação e a
criatividade, o brinquedo revela o seu mundo interior e leva ao aprender fazendo. A
escola que respeitar este conhecimento de mundo prévio da criança e compreender
o processo pelo qual a criança passa até alfabetizar se, propiciando-lhe enfrentar e
entender com maior tranquilidade e sabor os primeiros anos escolares poderá ser
considerado um verdadeiro ambiente de aprendizagem.

8. METODOLOGIAS

Através dessa pesquisa foram usadas em atuação na sala de aula no


colégio Frei Thiago Maria Martiolli, onde foi usada na escola com meio lúdico,
desenvolvendo assim sua capacidade de conhecimento como ressalta Piaget
(1971), que o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico, ela precisa
brincar para crescer, ou seja está apta para o conhecimento e compreensão do
universo lúdico na infância, pois é através desses momentos que as crianças se
satisfazem o universo lúdico.

• Utilizar alfabeto móvel para desenvolver a alfabetização, bingo das


letras,
figuras e palavras, fazendo assim associações.

➢ Bingo das letras- As carteiras devem conter letras variadas. Algumas


podem conter só letras do tipo bastão; as outras, somente cursivas: e
outras, letras dos dois tipos, misturadas.

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➢ Bingo de palavras- as cartelas devem conter palavras variadas.
Algumas podem conter só palavras do tipo bastão: as outras, somente
cursivas; e outras, letras dos dois tipos.
➢ Bingos de iniciais: A docente deve eleger uma palavra iniciadas por
cada letra do alfabeto e distribui-las, aleatoriamente, entre as cartelas
(+\-6 palavras por cartela). A docente sorteia a letra e o aluno assinala
a palavra sorteada por ela.
➢ Bingo de letras variadas- as cartelas devem conter letras variadas. A
docente dita palavras e a criança deve procurar, em sua cartela, a
inicial da palavra ditada.
➢ Utilizar dado com letras e números para promover atividades lúdicas
como amarelinha das letras quebra cabeças com figuras e palavras.

9. CRONOGRAMA

Etapas do projeto AGO SET OUT NOV DEZ

Planejamento x

Execução x
x
Avaliação

O projeto tem a finalidade de reuniões com duração de 6 meses, tendo em


consideração que o seu caráter é formativo e deverá reunir educadores para sua

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formação com intuito de tornar suas aulas mais atrativas e lúdicas. Com objetivo de
exercer sua função no lúdico, trazendo para si uma aula de alfabetização divertida.

10. RECURSOS

O interesse dos educadores em sua formação é primordial no sucesso do


projeto e será de suma importância a utilização de recursos onde colaborem com a
formação e o desenvolver do projeto, como utilização de vídeos, slides, pesquisas,
músicas e outros.

11. considerações finais

É buscando novas maneiras de ensinar por meio do lúdico que conseguiremos


uma educação de qualidade e que realmente consiga ir ao encontro dos interesses e
necessidades da criança.

No transcorrer deste projeto procurei me remeter a reflexões sobre a


importância das atividades lúdicas na educação infantil, tendo sido possível desvelar
que a ludicidade é de extrema relevância para o desenvolvimento integral da
criança, pois para ela brincar é viver.

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É relevante mencionar que o brincar nesses espaços educativos precisa estar
num constante quadro de inquietações e reflexões dos educadores que o compõem.
É sempre bom que se auto avaliem fazendo perguntas como: A que fins estão sendo
propostas as brincadeiras? A quem estão servindo? Como elas estão sendo
apresentadas? O que queremos é uma animação, um relaxamento ou uma relação
de proximidade cultural e humana? Como estamos agindo diante das crianças? Elas
são ouvidas?

O lúdico proporciona um desenvolvimento sadio e harmonioso, sendo uma


tendência instintiva da criança. Ao brincar, a criança aumenta a independência,
estimula sua sensibilidade visual e auditiva, valoriza a cultura popular, desenvolve
habilidades motoras, diminui a agressividade, exercita a imaginação e a criatividade,
aprimora a inteligência emocional, aumenta a integração, promovendo, assim, o
desenvolvimento sadio, o crescimento mental e a adaptação social.

Cabe ressaltar que uma atitude lúdica não é somente a somatória de atividades;
é, antes de tudo, uma maneira de ser, de estar, de pensar e de encarar a escola,
bem como de relacionar-se com os alunos. É preciso saber entrar no mundo da
criança, no seu sonho, no seu jogo e, a partir daí, jogar com ela. Quanto mais
espaço lúdico proporcionarmos, mais alegre, espontânea, criativa, autônoma e
afetiva ela será.

A ação do docente da educação infantil como mediador das relações entre a


criança e os diversos universos sociais nos quais elas interagem, possibilita a
criação gradativamente, desenvolver capacidades ligadas às tomadas de decisões à
construção de regras de cooperação. Por meio da música, e dos jogos pedagógicos
a criança aprende a se descobrir as suas habilidades e o meio social na sua
totalidade, com participação dos educadores essas crianças buscam adequar os
seus hábitos e costumes, desenvolvendo uma melhor capacidade de interagir,
coletivamente expressando seus diferentes modos até mesmo as individualidades.

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Portanto, cabe à escola e a nós, educadores, proporcionarmos a ludicidade
infantil de nossas crianças, ajudando-as a encontrar um sentido para suas vidas. Ao
brincar, não se aprendem somente conteúdos escolares; aprende-se algo sobre a
vida e a constante peleja que nela travamos.

12. REFERÊNCIAS.

SILVA, Natália Zanatta da. A importância do lúdico na Educação Infantil. 2014. 33 fls.
Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Educação: Métodos e Técnicas
de Ensino). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2014.

VYGOTSKY, Lev Semyonovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins


Fontes, 1987. VYGOTSKY, Lev Semyonovich. Imaginação e criatividade na infância.
1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa.


São Paulo: Paz e Terra, 2011.

PIAGET, J.o juízo moral na criana.3. ed. São Paulo:Summus,1999. (ed.orig.1932).

Sistema educacional relacionados educação infantil-Creche. Disponível em:


http://www.brasil.gov.br/sobre/educação/creche. Acesso em 25 agosto de 2023

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