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DG - Projeto de Vida (2023)
DG - Projeto de Vida (2023)
Ingrid Borba
Mariama Aquino
Técnico em
Design Gráfico
Projeto de Vida
Ingrid Borba
Mariama Aquino
Curso Técnico em
Design Gráfico
Educação a Distância
Recife
Catalogação e Normalização
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 5
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................. 38
Bons estudos!
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UNIDADE 01 | AS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES E ÁREAS DE ATUAÇÃO DO
DESIGN GRÁFICO NA ATUALIDADE
Acreditamos que você já saiba o que é um designer gráfico e quais são suas principais
ocupações, mas será que você sabe, ou tem consciência, da dimensão de habilidades, áreas e
propósitos que um designer gráfico pode ter?
Estamos aqui para dizer a você e também mostrar que as possibilidades são inúmeras!
Isso acontece porque a profissão de design gráfico, como conhecemos hoje, agregou às
suas competências profissionais a interdisciplinaridade de saberes, fazendo com que esse campo de
trabalho se relaciona com várias áreas do conhecimento.
Em design gráfico podemos criar nosso caminho profissional se especializando em áreas
específicas como o design editorial, o design de embalagem, o design de superfície, o UX, UI design,
o game design, o branding, design sustentável, design de serviço, design de produto e tantas outras
áreas que essa profissão pode compreender. Como também podemos criar pontes com áreas
correlatas ao design como arquitetura, a publicidade, o jornalismo e a arte, ou ainda mesclar
conhecimentos com outros saberes profissionais, como a informática, a sociologia e a antropologia.
Desta forma, a disciplina de projeto de vida tem o objetivo de mostrar a você as
intercessões do design gráfico com as outras áreas do conhecimento, os fundamentos dessa prática
profissional, além de te ajudar a se encontrar nesse vasto campo de atuação. Assim, a gente espera
que você consiga construir habilidades que levem você a elaborar um protagonismo profissional
alinhado a seus objetivos pessoais.
O design gráfico, como a profissão que conhecemos hoje, é uma construção metodológica
do século XX. Antes da fundação da Escola da Bauhaus, a comunicação visual e as peças gráficas eram
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feitas por profissionais que eram conhecidos como “artistas comerciais”, que desde o século XIX
atuavam em conjunto com impressores, desenvolvendo técnicas e fontes tipográficas.
Nos anos de 1950, surgiram as primeiras tecnologias fotográficas e de edição de imagens
que permitiram o tratamento mais corporativo e comunicacional das imagens de forma sistêmica e
elaborada.
Esse foi o início da evolução dos meios de comunicação e das teorias de comunicação
visual em massa que modificaram as práticas de atuação do designer gráfico.
Diante desse cenário, formas midiáticas bidimensionais, como por exemplo cartazes e
revistas, passaram por um processo de expansão e diversificação onde o design gráfico passou a ser
considerado uma atividade organizadora da comunicação visual na sociedade, voltando-se
predominantemente para o mercado de consumo, acompanhando também os novos paradigmas do
marketing.
Segundo o historiador Hollis (2001), foi nesse momento da história do design que o
designer gráfico passou a trabalhar como diretor de arte juntamente com o jornalismo e a
publicidade. Nesse mesmo período, o designer gráfico também atuava contribuindo com a
comunicação visual para o cinema e a televisão.
Assim o designer gráfico, nessa época, atuava basicamente na produção das seguintes
atividades; design impresso para revistas, jornais, publicidade em periódicos, criação de pôsteres,
criação de material editorial, anúncios de calendários, capas de discos e sobrecapas de livros.
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Que tal dar uma pausa na leitura e assistir uma série do canal Curta sobre o
design gráfico brasileiro? Essa série mostra um pouco a trajetória profissional
de alguns designers e seu passeio por diversas áreas do design.
https://canalcurta.tv.br/series/design-gr%C3%A1fico-brasileiro
Um ponto importante para a essa profissão é que muitos dos profissionais sempre
atuaram em uma ou mais atividades, das que foram citadas anteriormente. Isso demonstra como,
desde o início dessa profissão, ela é dinâmica e interdisciplinar.
Desta forma, o profissional da área gráfica sempre foi caracterizado e reconhecido por
sua capacidade de ser “multitarefas” e com o advento de novas tecnologias comunicacionais e digitais
esse processo se intensificou.
Nas décadas de 1980 a introdução das ferramentas digitais para edição e manipulação de
imagens fez com que um processo de produção de design gráfico, que antes era fragmentado em três
ou quatro profissionais, os designers, os tipógrafos e os impressores, passasse a ser controlado quase
que por um único profissional: o próprio designer.
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No link abaixo você pode conferir como funcionava esse trabalho nas prensas
manuais de tipografia.
https://www.youtube.com/watch?v=9W64dK9aszQ&ab_channel=Ma%C3%AD
raLemos
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aprender algo novo. Seguindo esses passos você certamente desenvolverá o protagonismo do seu
caminho de atuação profissional.
Dando seguimento ao nosso estudo de propósitos do design gráfico, outro ponto
importante que você deve refletir é a preocupação do design com a responsabilidade social.
Muito antes da revolução digital, essa área do saber, já se preocupava com questões
políticas, sociais e culturais utilizando o design como forma de propor soluções para o mundo em que
vivemos.
Designers como Victor Papanek trouxeram para a profissão, o debate e estudos do que
seria o design para um mundo real. Assim, o profissional da área deveria se questionar se as suas
ações, de atuação profissional, estariam alinhadas às necessidades desse mundo promovendo o bem-
estar social.
Desta forma, ações do design relacionadas ao meio ambiente, a educação, a valorização
da cultura, a segurança, entre outros, objetivam promover mudanças de atitudes, novos hábitos e
conscientização.
Na atualidade da profissão, é comum que o designer precise lidar com as questões
ambientais da sustentabilidade e com a responsabilidade social, essas duas pautas são tão marcantes
para a sociedade contemporânea, que se desdobram em duas áreas específicas de atuação, no
design.
Assim, o design social seriam as práticas que estão relacionadas à ideia de produzir
conhecimento e artefatos que gerem ações em benefício da sociedade.
Essa área de atuação valoriza a cidadania e o bem estar social acima dos lucros e tem o
intuito também de criar consciência crítica nas pessoas. Na realidade, os objetivos que regem esse
design é propor ou criar produtos e serviços que estejam alinhados às necessidades de grupos sociais,
e que esses funcionem como estratégias de emancipação social.
Já o design sustentável lida com as relações entre o design e a pauta ambiental buscando
encontrar soluções para diminuir os desgastes ambientais da produção atual e ainda produzir
artefatos que satisfaçam as demandas do consumo e das vendas. Esse problema contraditório é o
ponto chave para se pensar propostas de design sustentável na atualidade.
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Ok professoras, eu achei essas áreas muito interessantes, mas eu sou estudante de design
gráfico. Como eu posso relacionar o conhecimento do meu curso com as diferentes pautas dessas
duas áreas do design?
Essa pergunta é muito boa, e possui uma resposta ampla. Deixa a gente te explicar.
Em paralelo às transformações da profissão de design gráfico, desde a década de 1990,
existe um debate sobre qual seria o papel social e a função do design gráfico em um mundo
globalizado, em crise ecológica e com mudanças cada vez mais rápidas na comunicação, na economia
e na cultura.
Dimensões éticas da atuação profissional em função desse amplo debate são pautas em
diversos países, incluindo o Brasil. Essas preocupações giram em torno do desenvolvimento de um
profissional consciente que consiga alinhar as habilidades da profissão em prol de resoluções de
problemas do mundo contemporâneo.
Desta maneira, a gente convida você agora para assistir a videoaula sobre o
papel social do design gráfico.
O objetivo dessa videoaula é que você perceba como um profissional consciente do seu
papel, ao exercer sua função social, pode contribuir na criação de projetos inovadores que alinhem
necessidades humanas e seus desejos com o bem estar coletivo.
Achou esse conteúdo interessante? Nós professoras, esperamos criar pulguinhas na sua
orelha que levem você a construção de uma carreira profissional que saiba atuar em contextos
complexos provendo inovações!
Assim, nessa videoaula você também vai conhecer alguns exemplos de projetos de design
gráfico que são socialmente responsáveis.
Esse conteúdo já nos lembra que você está pronto para conhecer, e quem sabe até
escolher, quais são as áreas de atuação do design gráfico que você pode trabalhar.
Vamos simbora!
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1.2 As Áreas de atuação do design gráfico
Como vimos o design é uma área interdisciplinar e segundo o professor Rafael Cardoso
“Na concepção mais ampla do termo “design”, às várias ramificações do campo surgiram para
preencher os intervalos e separações entre as partes, suprindo lacunas com projetos e interstícios
com interfaces (CARDOSO, p. 23, 2008).
0 que esse autor que nos dizer é que, todos os propósitos que estudamos até agora
operam dentro desse campo total chamado design, porém a nossa área de estudo específica é o
design gráfico.
Dessa forma, de acordo com Villas Boas (2007), o design gráfico é uma atividade
profissional que o objetivo é a elaboração de projetos para reprodução no meio gráfico e de peças
comunicacionais que precise do suporte impresso.
Após a inserção tecnológica e digital, o design gráfico passou a atuar na elaboração de
peças gráficas e serviços que funcionam para formatos digitais. No entanto, como já pudemos
constatar no e-book, as fronteiras entre os campos do design estão muito próximas emergindo umas
nas outras em atividades que são interdisciplinares.
Diante desse contexto, existem alguns campos de atuação que são próprios a formação
do design gráfico e que possuem relação com as disciplinas que você estuda no seu curso.
Iremos então, conhecer e focar nos aprofundamento de áreas que se encaixam no
conceito de Villas Boas sobre a atuação do design gráfico como uma atividade ligada à elaboração de
programações visuais.
Desta maneira, nos próximos tópicos vamos conhecê-las e saber suas principais
particularidades.
Pode-se dizer que o design editorial é uma das especialidades do design gráfico que é
mais conhecida e corresponde ao projeto visual de uma edição, seja ela um livro, um jornal, uma
revista, um folder, um e-book, entre outros.
O planejamento visual de um design editorial envolve a edição de textos e imagens que
irão compor uma publicação impressa ou digital. Essa publicação corresponde aos produtos do design
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editorial, onde mensagens visuais e textuais são ordenadas visando cumprir os objetivos de
comunicação.
Assim, nesse campo do design é imprescindível obter o conhecimento e técnicas de
hierarquia da informação, ritmo, harmonia da composição, uso e tipos de tipografias e diagramação.
Esses são valores relevantes para que os trabalhos nessa área sejam bons e eficientes.
Assim como todas as áreas do design na atualidade, o design editorial é uma atividade
multidisciplinar que atua na formação de opinião e na busca de soluções para um determinado
problema gráfico, conjugando características formais com aspectos de funcionalidade do projeto.
A editoração, como também é conhecida essa prática, pode atuar no projeto gráfico de
livros, revistas, jornais, catálogos e inúmeras outras plataformas de comunicação visual. Essa
atividade também se encontra com campo produções oriundas de várias outras disciplinas.
Por essa razão, o profissional que atua com design editorial deve desenvolver o
conhecimento de aspectos culturais e técnicos do projeto, exigindo também o senso estético e o
treinamento no manuseio de ferramentas gráficas.
A imagem acima mostra um exemplo de design editorial com livros. O que esse projeto
nos demonstra é que o design editorial se utiliza da combinação de elementos gráficos no objetivo
de informar, instruir e comunicar os objetivos da publicação, que no caso da imagem trata-se de um
projeto cultural do museu Inhotim sobre a biodiversidade brasileira.
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Outro ponto importante para o projeto de diagramação, é o conhecimento sobre a
construção de grids para a disposição ordenada dos elementos compositivos deste projeto de design.
Podemos citar como elementos importantes as formas, as cores, as ilustrações, as fotografias e a
escolha do formato do texto. Com uma grade compositiva, grid, o diagramador possui maior
liberdade em distribuir de forma adequada e equilibrada os elementos que compõem a publicação.
Também é necessário saber trabalhar e conhecer os suportes oferecidos e disponíveis
para o projeto, como por exemplo tipos de encadernação e tipos de impressões. Para trabalhar com
design editorial é preciso estar mais do que atento ao apresentar o conteúdo, é necessário também
refletir sobre os diferentes contextos de aplicação e usabilidade no design editorial.
Se você não se identificou muito com essa área, não se preocupe, pois ainda vamos
conhecer mais possibilidades.
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Figura 04: Exemplo de projeto com design de embalagem.
Fonte: https://www.behance.net/gallery/166446495/Chippewa-Falls-Packaging-
design?tracking_source=search_projects%7Cdesign+de+embalagem
Descrição da figura: Imagem de três embalagem de salgadinhos nas cores rosa, marrom, laranja e verde. As embalagens
estão dispostas lado a lado sobre um fundo rosa e laranja. Fim da descrição.
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A superfície são criações compostas de padrões de imagens e texturas que são
desenvolvidos por um designer. Esse profissional também cria identidades visuais ao projetar
superfícies gráficas singularizando linhas de produtos, estampas de tecidos e ornamentos de
interiores. Percebe-se então, a infinidade de áreas onde o design de superfície pode ser inserido.
A superfície tem por função conter e comunicar a primeira impressão de um objeto, ela é
a pele, o que está por cima, o que cobre ou reveste um objeto e precisa de um tratamento próprio.
Na imagem acima podemos visualizar um design de superfície que caracterizou uma linha
de produtos de embalagem. O design de superfície e embalagem são duas áreas independentes, mas
que muitas vezes podem ser trabalhadas em conjunto no processo de identificação de um produto.
Existe outra área do design gráfico que atua na criação de marcas que identifiquem um
produto, serviço, pessoa ou empresa. Vermos mais sobre esse assunto no tópico a seguir.
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Dessa forma, a marca é todo sinal distintivo que é visualmente perceptível e tem por
função identificar e distinguir produtos, serviços e pessoas. Ela passou por um processo evolutivo em
sua história a partir de três paradigmas.
O primeiro foi a identificação, como no caso de brasões familiares e fachadas. O segundo,
está na distinção entre produtos, ou do comerciante, como acontecia nas marcas em móveis,
cerâmicas, alimentos, entre outros. O terceiro, foi a identificação de um bem pertencente a um
proprietário, como por exemplo a marcação de animais.
A união desses três paradigmas reúne o conceito contemporâneo de marca, que citamos,
pois um consumidor ao adquirir um produto não está apenas comprando um bem, mas sim um
conjunto de valores e atributos de uma determinada marca.
No mundo contemporâneo vivemos rodeados de grandes marcas que são facilmente
identificadas pela pregnância de sua linguagem visual, como a Apple, a Nike, o Google, entre outras.
Figura 06: Marcas da Apple, Nike, Coca- Cola, Lojas Americanas, Nestlé e Google.
Fonte: https://gkpb.com.br/49714/20-marcas-mais-admiradas-pelos-jovens/
Descrição da figura: Na imagem vemos a imagem de uma maçã preta, o nome Nike e um seta na cor preta, um círculo
vermelho com o nome Coca-Cola dentro, o nome Lojas Americanas em vermelho, três passarinhos em um ninho com o
nome Nestlé na cor cinza e o nome Google nas cores azul, vermelho, amarelo e verde. Fim da Descrição.
Todos os sinais gráficos dessas marcas na imagem acima possuem em sua construção
visual elementos que carregam conceitos emocionais e subjetivos agregados aos elementos
compositivos do design como a cor, a escala, a tipografia, que tem por objetivo lhes conferir
identidade.
Assim, o sistema de identidade visual de uma marca é um conjunto de características
pelas quais a marca é reconhecida ou conhecida. No caso da Apple, por exemplo, associamos sua
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marca à imagem de uma maçã que é seu ícone gráfico. Sendo assim, a marca também possui uma
identidade que a distingue de seus concorrentes. A construção dessa identidade é formada através
do contato e reconhecimento de diversos aspectos que influenciam o processo de assimilação.
A gestão dessa identidade visual mais os valores agregados à marca é chamada de
branding. Em inglês, brand significa “marca”, já a expressão “branding” resume a prática de gestão
dessa marca. Quando falamos em gestão de marca estamos envolvendo todos os aspectos e
conceitos citados até agora.
O branding então se caracteriza como uma área interdisciplinar em que vários
profissionais estão envolvidos. O marketing entra com sua função de planejamento, pesquisa de
informações estratégicas para a idealização do produto. O design tem a função de decodificar essas
informações, e, através delas, expressar visualmente a marca. A propaganda tem a incumbência de
divulgar a personalidade da marca e gerar conhecimento. A arquitetura é um forte elemento de
experiência, tanto do ponto de venda, quanto no contato com os colaboradores e funcionários da
empresa. A administração e suas subáreas têm a função de planejar, organizar, gerenciar e controlar
o trabalho de seus funcionários e colaboradores.
Outro ponto importante sobre o branding é que esse passou a ganhar mais importância
nas estratégias de mercado nas últimas décadas, quando começou a abranger não apenas gigantes
da economia mundial, mas também pequenas e médias empresas em busca de crescimento, espaço
e visibilidade.
Tal fenômeno se deve ao avanço da tecnologia, principalmente o desenvolvimento da
internet, onde as mídias digitais e sociais proporcionam um meio para divulgação e popularização da
marca ao mesmo tempo que aumentam a vulnerabilidade desta.
Se você já gostou desta área e deseja atuar nela saiba que a maior contribuição que o
design gráfico pode oferecer ao branding se encontra no projeto de elementos gráficos e visuais que
comunicam e promovem os valores da marca.
O designer gráfico será então o profissional responsável pela comunicação visual do
conceito da empresa, produto ou serviço. É importante que o designer saiba planejar projetos e
trabalhar com equipes multidisciplinares.
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O projeto do branding deve sempre ser conduzido pelo briefing, onde se documenta quais
são os princípios da empresa, o seu perfil, o seu público-alvo, quais as simbologias que são
comunicadas e desenvolvidas, os principais concorrentes e necessidades da marca.
Como podemos ver é um super projeto onde qualquer detalhe faz toda a diferença! É
importante que o designer saiba ser profissional atendendo as necessidades do projeto e em conjunto
com os outros profissionais desenvolvam a comunicação visual de uma empresa, do produto ou do
serviço.
Essa comunicação irá abranger desde a criação do logotipo ou símbolo, até embalagens,
impressos, websites, hotsites entre outros.
Nessa área do design existem alguns conceitos e denominações que são fundamentais e
são diferentes um do outro, como marca, logo e logotipo.
A próxima área do design gráfico que vamos conhecer é mais recente que a de branding
e identidades visuais, mas é super legal e a gente tem certeza que você pode se identificar.
O motion design é uma área mais recente que nasceu da convergência entre o cinema e
o design gráfico e está em quase todo projeto audiovisual e gráfico que consumimos.
Suas áreas de atuação se estendem desde programas de televisão, a criação de conteúdo
para canais no YouTube e redes sociais, vídeos empresariais, videogames, aplicativos de smartphones
e animações cinematográficas.
O motion design também é conhecido pelo nome de motion graphics. Esse termo nasceu
na década de 70, para designar o conjunto de produção que combina preocupações do design gráfico
tradicional, como o uso de tipográfias, a distinção estética e criação de signos visuais, com a
capacidade de dar movimento a esses elementos.
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Sendo assim, a principal característica do motion design é a utilização e animação de
formas geométricas, ilustrações, imagens, textos e ícones. Essa principal característica é o que o
diferencia da animação tradicional, que é feita quadro por quadro.
Figura 07: Motion design para a frase “I’m gonna make it better”
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=otmgAVSaGyE&t=62s&ab_channel=MotionDesignCommun
Descrição da figura: Frame de uma animação. Na imagem vemos um fundo cinza com um luz circular branca no meio da
imagem. No lado esquerdo a frase “I’m gonna make it better” na cor cinza escuro. Fim da descrição.
Para que você compreenda essa diferença, se liga nesse vídeo que é uma
referência de motion design.
https://www.youtube.com/watch?v=otmgAVSaGyE&t=62s&ab_channel=Moti
onDesignCommun
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aplicado para animação gráfica: créditos de abertura e encerramento; interferência de apoio e
intertítulos (no cinema, TV e vídeo); vinhetas de identidade visual; chamadas de programação;
interprogramas; spots comerciais e suportes de infografia em programas jornalísticos e esportivos;
videoclipes; videoarte; vídeo experimental; poesia visual; vídeos narrativos e institucionais.
Como podemos ver há ainda uma infinidade de trabalhos que podem ser explorados
nessa área pelo design. Elas necessitam que o profissional seja graduado especificamente em design
e que possua conhecimento de outras áreas como cinema e animação.
O profissional dessa área pode atuar como contratado, trabalhando diretamente para
uma empresa, ou como freelancer designer, onde geralmente o designer é prestador de serviços e
possui seu próprio MEI ou CNPJ.
Esse último caso nos leva a última área que vamos estudar que se trata do
empreendedorismo no design independente, vamos lá?
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designers, artistas e artesãos independentes de todo o Brasil com o propósito de vender e de
popularizar criações autorais.
Nessas feiras, também podemos ver a atuação independente dos designers em grupos e
coletivos e que no design gráfico tem se relacionado muito com a produção do design editorial. Em
Recife, podemos encontrar a mistura entre produção independente de design e design editorial em
trabalhos como os das editoras Livrinho de Papel Finíssimo e Chuvisco Editora.
Eita como estudamos, não foi? Mas não desanime agora, pois é hora de
praticar os conhecimentos adquiridos na atividade que já está postada no
fórum da unidade 01 no AVA.
Nesta unidade compreendemos quais são os objetivos da disciplina projeto de vida dentro
da carreira de design gráfico.
Você estudou também a evolução dos objetivos de atuação desta profissão desde seus
primórdios até a revolução digital contemporânea.
Após isso passamos para a parte onde conhecemos alguns campos de atuação do design
gráfico com os quais você pode trabalhar.
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O planejamento da sua carreira como designer ainda não acabou, existem algumas etapas
importantes que veremos na unidade 02!
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UNIDADE 02 | O PLANEJAMENTO DA CARREIRA DE DESIGN GRÁFICO
Oi, querido (a)! Você, estudante e futuro designer, já está cansado de saber das suas
principais atribuições e habilidades. Não é mesmo? Na unidade anterior você pode conhecer melhor
algumas possibilidades de atuação de um designer e, realmente, são muitas possibilidades e às vezes
é até difícil decidir em que ramo enveredar.
Nessa unidade você irá aprender a planejar sua carreira profissional, pois é muito
importante pensar no seu futuro e com planejamento e muita dedicação ficará mais fácil de tudo dar
certo.
E o que é uma carreira profissional? É onde você trabalha hoje? É onde você quer estar
daqui a 5 ou 10 anos? A carreira compreende toda a sua trajetória ao longo da sua vida profissional.
De modo geral, essa trajetória engloba as empresas e cargos que você trabalhou (remunerados ou
não), todas as competências que você adquiriu ao longo dos seus trabalhos e experiências. Escolher
a profissão é mais fácil do que pensar sobre nossa carreira, haha!
Essa organização da carreira não é feita dentro de um período determinado, ao contrário,
ela é organizada a longo prazo onde você poderá planejar sua carreira profissional da melhor maneira
que desejar. Entender suas aptidões, seus gostos e preferências são passos importantíssimos que vão
te ajudar a direcionar sua trajetória como designer.
Nos próximos tópicos desta unidade, você conhecerá melhor sobre a profissão de
designer, habilidades, diferencial que você enquanto profissional pode oferecer para o mercado.
Também veremos dicas de como montar um currículo e portfólio criativos e nos atualizar com
algumas dicas de novidades de áreas que o design está “bombando”.
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2.1 Como ser um bom designer gráfico?
Para início de conversa, trarei um ponto que pode parecer bobo mas é super importante
e por vezes pode causar confusões. Eita, é o que? É a utilização do termo design e designer. Acredito
que você conhece a diferença, mas é importante estar sempre atento!
Muita gente e até mesmo empresas confundem a utilização do termo design e designer,
mas a diferença é bem fácil: design é o processo, métodos e técnicas, se refere ao projeto e conceito,
já d-e-s-i-g-n-e-r é referente ao profissional, exemplo: um designer irá realizar um projeto de design
de um lançamento de catálogo.
Pronto, acho que ficou mais do que entendido. Vamos seguir!
O que faz um designer? Na unidade anterior você deu uma passeada em algumas áreas
de atuação de um designer e viu que as atividades são bem diversificadas e podem ser desde a criação
de logotipos, embalagens, peças gráficas para mídias sociais, anúncios, panfletos, cartazes e muitas
outras possibilidades de produtos.
Mas, basta saber construir projetos gráficos e conhecer ferramentas e softwares de
edição? O que faz um designer ser um designer?
Bem, a profissão de design gráfico ainda não é regulamentada por lei, isso significa que
não é necessário ter um curso superior em design para atuar na área, mas isso não quer dizer que ter
formação não seja importante.
Existem muitos profissionais que sabem colocar a mão na massa, pois sabem mexer em
softwares e editores de imagens e é lógico que esse conhecimento é interessante, afinal, essa é uma
das atribuições de um designer. Mas, assim como em qualquer outra profissão, não basta ter o
conhecimento intuitivo, é preciso ter técnica e conhecimentos específicos da área. No design gráfico
é bem importante que o profissional conheça conceitos, meios de solucionar problemas, ter um
amplo conhecimento de mercado, compreender de qualidade e cultura do design.
Por isso a formação é tão importante, além de conhecer o objeto, conceito e
metodologias, ao longo do curso de graduação ou técnico em design, é estudado história do design,
teorias, semiótica, Gestalt, técnicas e materiais, exemplos práticos de construção de projetos e tudo
isso fará de você um excelente profissional.
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Você, estudante do curso técnico em Design Gráfico já está dando aquele “start” na sua
carreira profissional e certamente você já tem um ponto a mais no mercado por ser um profissional
qualificado.
Depois de adulto, uma das palavras que mais escutamos com frequência é a tal da
concorrência. Mas não se apavore, neste tópico você terá algumas dicas de como se destacar no
mercado do design. A primeira dica já foi dada e é a formação na área, seja a nível técnico ou superior,
o profissional já tem maior destaque. Orgulhe-se disso!
Além dessas modalidades citadas anteriormente, existem as qualificações, que podem ser
especializações para desenvolver habilidades específicas na sua área de formação; MBA para quem
deseja enveredar no ramo dos negócios; cursos de extensão que são cursos de curta duração
geralmente oferecidos ao longo da graduação ou formação técnica e pós-graduação que, como o
próprio nome já sugere, são as qualificações feitas após o curso de graduação. Essas qualificações
além de proporcionar muito mais conhecimentos ao profissional, pode ser de grande valia para
concorrer a uma vaga em uma agência, por exemplo.
A área de design passa por inovações constantemente e é fundamental que você se
mantenha por dentro das novidades. Acompanhar as tendências, desenvolver competências e
habilidades é outro ponto para se destacar profissionalmente.
Talvez você tenha ficado curioso (a) para saber quais são as habilidades, vou te apresentar
logo em seguida.
Na gestão da carreira, as habilidades são divididas em Soft skills e Hard skills. Que danado
é isso?
• Soft Skills:
São habilidades que compreendem o comportamento do profissional, a maneira de se
relacionar e interagir em equipe. São aptidões sociais, mentais e emocionais.
• Hard skills:
Essas são as habilidades técnicas e tem a ver com o currículo também. É o conhecimento de
utilização de ferramentas, especializações, cursos de idiomas, e outras possíveis qualificações.
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O trabalho de designer muitas vezes é feito em equipe e por isso é importante essas
habilidades, quando se trata das soft skills, essas são as principais para um designer:
• Comunicação;
• Criatividade e inovação;
• Colaboração;
• Inteligência emocional;
• Proatividade;
• Solução de problemas;
• Gerenciamento de tempo.
As hard skills podem ser desenvolvidas a partir de estudos, leitura de livros, pesquisa de
referências, cursos de idiomas, participação em eventos com temas voltados para sua profissão,
cursos EaD e especializações.
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2.2 Montando um currículo e portfólio criativo
Quando falamos em currículo ou curriculum (podem ser as duas escritas), vem logo na
cabeça a imagem de um documento bem padrão, formal, com uma foto e experiências profissionais.
Não é mesmo? Aposto que sim.
Ainda bem que somos designers e com muita criatividade conseguimos inovar até mesmo
nesse documento, hahaha! O currículo e portfólio funcionam como cartão de visita e por se tratar de
uma profissão totalmente visual, podemos usar e abusar das nossas habilidades técnicas para
elaborar esses cartões de maneira interessante, atrativa, mas sem exageros.
O currículo de um designer pode sim seguir os modelos mais padrões, mas, geralmente
são mais elaborados em formato de portfólio, tão bem trabalhados que chegam a ser quase um
produto. Eles podem ser físicos ou digitais e dependendo da proposta, pode ser feito das duas
maneiras.
O portfólio físico é feito em material impresso e pode ser uma boa opção para se
candidatar à vagas destinadas a produções de editorial, design de embalagens e até mesmo
catálogos.
Observe na figura a seguir um tipo de portfólio impresso:
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O digital é legal para trabalhos de peças digitais, animação e branding. Observe na figura
a seguir um exemplo de portfólio digital:
Existem algumas plataformas online para criar e compartilhar seu portfólio, é uma espécie
de rede social de portfólio. As principais são essas:
Behance, Carbonmade, Dribbble, Canva e DeviantArt. Além de compartilhar o portfólio,
alguns desses sites permitem que empresas encontrem seu perfil.
No caso do design gráfico, os portfólios funcionam como currículos e é importante colocar
seus dados e expressar sua identidade visual. Capricha na escolha da tipografia, paleta de cores,
enquadramento, equilíbrio e todos os elementos que você conhece para deixar seu cartão de visita
bem bonito e ter destaque.
Para saber mais sobre criação de currículo, você pode visitar esse link que tem
bastante dicas: https://chiefofdesign.com.br/portfolio-de-design/
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2.3 Novas tendências do design gráfico
Você que é super jovem (assim como eu) e vive antenado nas novidades, deve ter
percebido que os últimos anos tem sido de bastante movimento nas áreas de marketing, criação e
tecnologia. Certo? Uma explosão nas redes sociais, novos aplicativos e até mesmo metaverso. São
tantas coisas. Não é? É claro que o design gráfico também faz parte dessas novidades e está sempre
por dentro das novas tendências.
Designers geralmente trabalham em equipe e a amplitude da sua função vai depender do
porte da agência e do projeto. Além de se dedicar ao produto a ser feito, designers também podem
realizar pesquisas para entender melhor o cliente e o mercado.
Se você, futuro designer gráfico, deseja ser um profissional moderno, é importante estar
atento a todas as possibilidades, se atualizar, buscar referências e inspirações para inovar em seus
trabalhos e ser sempre um profissional valioso para o mercado. Além disso, é fundamental pensar na
vida útil dos produtos que você está elaborando, afinal, a sustentabilidade é um dos temas mais
falados e o design é totalmente parte disso.
O design compreende atividades projetuais multidisciplinares, ou seja, que englobam
diversas áreas. Para conhecer mais das novidades e tendências do mercado, iremos conhecer
algumas áreas que estão em destaque, sobretudo, no nosso contexto nacional. Vamos nessa?
2.3.1 Moda
Moda é, sem dúvida, uma parte muito importante do nosso dia a dia, é uma das maneiras
de expressar nosso estilo, gostos, também é uma das formas de expressão cultural. A moda é um tipo
de comunicação que envolve conceitos, valores e inovação. Opa! Percebe que essas características
também combinam com design?
É pensando nisso que, muitas marcas de vestuário que buscam quebrar padrões e inovar
nas produções tem unido os setores moda e design para construírem projetos marcantes.
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O design gráfico na moda é muito mais do que a criação de estampas. O trabalho pode
envolver a criação do conceito de uma nova coleção, criação de catálogos, convites de desfile entre
outros diversos produtos, afinal, quando falamos da indústria da moda, estamos falando de coisa
chique! ✨ 💅
Tanto o design quanto a moda trabalham com fundamentos e elementos básicos em
comum, como formas, linhas, volumes, cores e texturas.
Para entender melhor a importância do design gráfico na moda, te apresentarei alguns exemplos bem
legais.
Conhecido como mestre das formas inusitadas, delicadeza e estampas aplicadas, designer
brasileiro lá de Belo Horizonte, Ronaldo Fraga tem seus trabalhos e pesquisas voltados para os
grafismos. Ronaldo acha super interessante e importante trazer e valorizar a memória dos grafismos
em coleções.
Um dos seus trabalhos é a coleção Tudo é Risco de Giz que foi inspirada em uma obra de
teatro da companhia de bonecos Giramundo, a obra cênica em questão se chama “Giz”.
A partir de uma conversa com o autor de Giz, Álvaro Apocalypse, também de Belo
Horizonte, Ronaldo criou o conceito da coleção que dialogava com a visão geral da obra de Álvaro,
que são as relações entre início, meio e fim, material e imaterial. Observe na figura a seguir um pouco
da coleção:
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As texturas e grafismos estão presentes em todas as roupas da coleção onde ele trabalha
a estampa, texturas e o traço leve e fluido do giz.
Como conversamos anteriormente, o design dentro da moda vai além da criação de
estampas. Ainda utilizando o exemplo do trabalho de Ronaldo, podemos observar que existe um
estudo estratégico por trás do produto, a construção das roupas e do desfile tem fundamentos na
ludicidade do teatro de bonecos, o giz de cera que remete a escola. Pensando com criatividade e
inovação, Ronaldo também trouxe modelos de diversas faixas etárias e fora dos “padrões”.
Aqui nesse link você pode conhecer mais dos trabalhos de Ronaldo Fraga:
https://www.instagram.com/fragaronaldo/?hl=es
Outro case bem interessante e que foge um pouco das estampas, é o trabalho da marca
de moda Van Deurs em parceria do estúdio sueco de Design Ohlsonsmith. Uma das diversas
atividades que o design está presente, é na inovação da identidade de alguma marca a fim de dialogar
mais com seu propósito e ter uma aparência mais moderna. A Van Deurs é uma marca superluxuosa,
aquelas de roupas chiquérrimas, haha, e tecidos com texturas muito bonitas, mas as etiquetas e
embalagens não combinavam nadinha com a essência da marca.
Considerando essa falta de conexão entre marca e seus pontos de contato, o estúdio
Ohlsonsmith fez um trabalho de imersão na marca para entender melhor sobre a comunicação visual
da mesma, o estilo de roupas e público alvo, então, algumas coisas foram feitas para dar um “up” na
marca. As etiquetas e embalagens passaram a dialogar com as texturas das roupas. Confere na figura
a seguir:
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Figura 09: Roupa e etiqueta Van Deurs, 2007.
Fonte: Revista Cliche.
Descrição da figura: Imagem de modelo vestindo vestido na cor preta e ao lado direito, imagem de uma etiqueta preta
com dobraduras. Fim da descrição.
Você conhece ou já ouviu falar em cultura maker? Muita gente acha estranho quando
escuta esse termo, pois realmente parece algo distante, mas fazemos cultura maker mais do que você
imagina.
Cultura maker é nada mais, nada menos, que “colocar a mão na massa”. Como é isso,
professoras?
Essa cultura é uma prática que tem crescido muito nas empresas e, principalmente nas
escolas. O conceito principal da cultura maker é fazer com que as pessoas tenham ferramentas e
conhecimentos para terem autonomia para criarem soluções para diversos problemas, desde um
projeto de ciências da classe da escola, ou até mesmo no desenvolvimento de produtos que
possibilitem algum impacto social (positivo). E é aí que entra o design! Muitas das atividades podem
ser realizadas utilizando técnicas e conhecimentos do design gráfico para desenvolver sites, produtos
digitais, aplicativos e diversas ferramentas que envolvam tecnologia.
Vamos de exemplo?
Em 2016 o Instituto Europeu de Design-IED São Paulo, desenvolveu o projeto chamado
NEX – Núcleo Exploratório de Pesquisa em Design. O núcleo tem como objetivo conectar makers para
experimentar novas linguagens, inovação e design em projetos que sejam importantes. É bem legal,
pois pessoas da comunidade também podem participar.
Dentro dos projetos desenvolvidos pelo NEX, destaco o “Essa Nossa Rua Maranhão” que
tinha como objetivo buscar meios de gerenciar e criar utilidades para o espaço público com
conhecimentos de planejamento e design.
O NEX envolveu jovens designers gráficos, estudantes de design de moda, design gráfico,
design digital, design de interiores e de produto.
Para conhecer mais do Instituto você pode acessar esse link: https://ied.edu.br
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A cultura maker também tem gerado crescimento em diversas áreas da tecnologia com o
desenvolvimento da robótica, impressoras 3D, máquinas de corte a laser e tudo que envolve a web.
É uma das áreas que mais inovam no momento.
O exemplo trazido anteriormente é de São Paulo, mas, a cultura maker está por todos os
lados e bem perto da gente. Em Recife, por exemplo, existe um instituto focado em cultura maker, o
Instituto MeMaker, onde são promovidos cursos gratuitos em tecnologia, arte e design para jovens
estudantes da cidade de Recife.
Você pode fazer uma visita no Instagram do Instituto para conhecer um pouco
dos projetos:
https://instagram.com/institutomemaker?igshid=YmMyMTA2M2Y=
Outro setor que tem sido mais comentado do que novela das nove, é o setor de UI e UX
design. Você sabe as funções e diferenças entre eles?
O primeiro, UI, é a abreviação para design de interface, ou seja, as telas. UI é uma
atividade que compreende uma série de ações de planejamento e desenvolvimento de soluções que
para proporcionar a melhor experiência possível para o usuário e sua interação com algum tipo de
tela, pode ser televisão, computador, celular, programas e jogos.
Você sabia que já existe a profissão designer de interface? Pois é! Designer de interface é
o profissional que será responsável por toda a aparência, ou melhor, toda interface de um site,
aplicativos, programas, produtos digitais em geral. São realizadas tarefas iguais ou quase iguais às
tarefas de construção de peças gráficas. Como assim? Seleção de cores, tipografia, organização do
layout, todos os conhecimentos de sintaxe e linguagem visual para tornar-se uma página bonita,
harmoniosa, prática e útil. Todos esses conhecimentos servem para criar um ambiente esteticamente
agradável e de fácil navegação para o usuário. Não podemos esquecer, nunca, da acessibilidade (que
também é uma tendência super atual).
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Uma das interfaces que designers tem projetado bastante, são as telas de aplicativos.
Confere algumas telas do aplicativo da rede social de compartilhamento de música SoundCloud:
O aplicativo tem uma proposta de ter navegação rápida e interativa onde os usuários
consigam ouvir músicas e buscar cantores com bastante facilidade.
Para ficar mais por dentro da área, dá uma conferida nesse vídeo para
entender como
funciona na prática o dia a dia de um UI design:
https://www.youtube.com/watch?v=InGacP20a14
É possível que você encontre UI e UX sempre juntos, afinal, são campos que se
complementam bastante, mas há algumas diferenças. Vamos conhecer?
UX é uma abreviação para User Experience Design, que em português, significa Design
de Experiência do Usuário. É um campo dentro do design que busca garantir a melhor
experiência do usuário diante de um serviço ou produto, mas, tudo isso através de um bom design
bem estruturado, organizado e intuitivo. O UX tem como objetivo central o humano, a pessoa que vai
navegando nas telinhas.
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Uma das plataformas muito conhecidas e muito queridas que tem o UX como carro chefe,
é o Canva, tenho certeza que você conhece! O Canva tem uma interface supersimples de ser
compreendida, botões de navegação de fácil acesso e uma navegação mega tranquila. Resumindo: a
plataforma é direta e reta!
Para atuar em uma das áreas, é fundamental ter conhecimentos nas técnicas de design e,
também, buscar formações específicas nas áreas.
Acabamos por aqui e espero que esses ensinamentos te auxiliem bastante, tanto nos seus
estudos quanto na sua vida profissional.
Nos vemos em breve!
Chegamos ao fim da unidade. Que tal praticar um pouco do que foi estudado?
Confere no AVA o fórum com a descrição da atividade.
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CONCLUSÃO
Encerramos mais uma disciplina e a sensação é sempre muito boa te ter você aqui
conosco trocando tantos conhecimentos ao longo da sua formação.
A disciplina de Projeto de Vida é toda construída pensando na sua carreira profissional
como designer gráfico e trouxemos vários conteúdos fundamentais para que você entenda o
funcionamento do mercado do design, áreas de atuação, novidades do momento e as principais
ferramentas e habilidades para que você possa se tornar cada dia mais valioso para o mercado.
Acreditamos que os conteúdos trazidos serão muito úteis para você pensar nos seus
ramos preferidos, buscar cada vez mais qualificações e gerenciar bem sua carreira.
Estaremos sempre disponíveis para te auxiliar nos momentos de estudos e
experimentações.
Bons estudos e até a próxima disciplina.
Beijos!!
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REFERÊNCIAS
BRAGA, Marcos da Costa. (Org.). O papel social do design gráfico. São Paulo: Editora Senac São Paulo,
2011.
CARDOZO, Rafael. Design para um mundo complexo. São Paulo: Ubu Editora, 2016.
GRANDI, Silvia. Arte e moda: uma relação em evolução. In: SORCINELLI, Paolo (Org.). Estudar a moda:
corpos, vestuários, estratégias. São Paulo: Senac São Paulo, 2008. P.87-96.
NEGRÃO, Celso; CAMARGO, Eleida. Design de embalagem: Do marketing à produção. São Paulo,
Novatec Editora, 2007.
MOURA, Mônica. (Org.). Design brasileiro contemporâneo: reflexões. São Paulo: Estação das Letras
e Cores Editora, 2014.
SEIVEWRIGHT, Simon. Fundamentos de design de moda: pesquisa e design. Porto Alegre: Bookman,
2009.
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MINICURRÍCULO DO PROFESSOR
Ingrid Borba
Ingrid Borba é formada em Design Gráfico pelo Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco, e em Artes Visuais pela
Universidade Federal de Pernambuco. É mestre pelo programa associado de
pós-graduação em Artes Visuais da UFPE/UFPB. Atua como professora e
designer gráfico. Nas horas vagas gosta de tomar café e fazer bordados.
Mariama Aquino
Mariama Aquino é Artista Visual pela Universidade Federal
Rural de Pernambuco e técnica em Artes Visuais pelo Instituto Federal de
Pernambuco. Atua na educação como professora e mediadora cultural.
Pesquisa práticas educacionais e artísticas anticoloniais. Adora dar boas
risadas, bicicleta e um cafézinho de fim de tarde.
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